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Bens Jurídicos

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DIREITO CIVIL = AGENTE DA FISCALIZAÇÃO – TCE/SP 
AULA DEMONSTRATIVA: DOS BENS PÚBLICOS 
Prof. Lauro EscobarProf. Lauro EscobarProf. Lauro EscobarProf. Lauro Escobar 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Lauro Escobar 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA DEMONSTRATIVA 
 
= DOS BENS PÚBLICOS = 
 
 
Professor Lauro Escobar 
 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
 
 
 
DIREITO CIVIL = AGENTE DA FISCALIZAÇÃO – TCE/SP 
AULA DEMONSTRATIVA: DOS BENS PÚBLICOS 
Prof. Lauro EscobarProf. Lauro EscobarProf. Lauro EscobarProf. Lauro Escobar 
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CAROS AMIGOS E ALUNOS 
É um prazer poder usufruir dos atuais meios de comunicação e me dirigir 
a todos vocês. Nesta apresentação vou passar algumas breves informações sobre 
minha pessoa e o curso que pretendo ministrar. 
Sou graduado e pós-graduado em Direito pela Pontifícia Universidade 
Católica de São Paulo (PUC/SP). Sempre fui o que se pode chamar de 
“concurseiro”. Exerci diversos cargos públicos, sempre por concurso, desde 
Escrevente, Técnico, passando por Procurador do Estado e atualmente Juiz de 
Direito. Ao lado das funções públicas, sempre fui ligado à área do ensino. Para 
mim, uma atividade completa a outra e com isso vou me mantendo atualizado. 
Iniciei minha carreira docente na própria PUC/SP, onde lecionei durante alguns 
anos. Atualmente dedico-me aos cursos preparatórios para concursos 
públicos, tendo me especializado no Direito Civil, matéria que possuo algumas 
obras e diversos artigos publicados. 
Minha intenção com este curso é ministrar aulas direcionadas para o 
concurso de AGENTE DA FISCALIZAÇÃO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO 
ESTADO DE SÃO PAULO (TCE/SP), fornecendo o máximo de informações ao 
aluno, abrangendo a totalidade do edital, sem perder a objetividade e 
dispersar para temas que não caem nas provas, evitando opiniões pessoais que 
não são acolhidas nas provas. 
Nosso curso foi elaborado com base no Edital n° 01 – TCE/SP – de 20 
de setembro de 2015. Segundo nos informa o edital a banca examinadora é a 
FUNDAÇÃO VUNESP (Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual 
Paulista Júlio de Mesquita Filho). As questões da prova objetiva serão elaboradas 
no sistema “múltipla escolha” com cinco alternativas. As provas, a princípio, 
estão marcadas para o dia 17 de dezembro de 2017. 
 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DAS AULAS 
 
Além da aula demonstrativa de hoje, seguindo rigorosamente o 
edital publicado, teremos somente OUTRAS 02 (duas) AULAS. Nosso 
programa, seguindo rigorosamente o edital, é o seguinte: 
AULA DEMO: Bens Públicos (arts. 98 a 103). 
AULA 01: Atos Jurídicos Lícitos e Ilícitos (arts. 185 a 188). 
AULA 02: Atos Unilaterais. Pagamento Indevido e Enriquecimento sem 
Causa (arts. 876 e 886). 
DIREITO CIVIL = AGENTE DA FISCALIZAÇÃO – TCE/SP 
AULA DEMONSTRATIVA: DOS BENS PÚBLICOS 
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Vamos agora explicar como será desenvolvido este curso. 
Cada aula contém a matéria referente a um capítulo do Direito Civil que 
está no edital, sendo que a mesma será exposta de uma forma direta e objetiva. 
Durante as aulas forneço o maior número de exemplos possível. Tenho certeza 
que mesmo uma pessoa que não seja formada em Direito terá plenas condições 
de acompanhar o curso e entender tudo o que será ministrado. 
Em todas as aulas, após apresentar a parte teórica, com muitos exemplos 
práticos, sempre faço um quadro sinótico, que na verdade é o resumo da aula. 
É o que eu chamo de “esqueleto da matéria”. A experiência demonstra que esse 
“quadrinho” é de suma importância, pois se o aluno conseguir memorizá-lo, 
saberá situar a matéria e completá-la de uma forma lógica e sequencial. Sem 
dúvida alguma, esta é uma excelente maneira de fixação do conteúdo da aula. 
Além disso, é ótimo para rápidas revisões às vésperas de uma prova. 
Ao final de cada aula também apresento alguns exercícios. São testes que 
já caíram em concursos anteriores. Até por experiência própria, entendo que os 
exercícios são imprescindíveis para um curso direcionado para concursos. Uma 
aula, por melhor que seja, só é completa se tiver exercícios, pois é por meio deles 
que o aluno vai pegando a “malícia” de uma prova. Inicialmente eles têm a 
finalidade de revisar o que foi ministrado na aula e fixar, ainda mais, a matéria 
dada. Resolver questões já aplicadas em concursos anteriores é, 
indiscutivelmente, uma das melhores formas de se preparar para exames. 
Finalmente, qualquer dúvida que porventura o aluno ainda tenha referente 
à aula deve ser encaminhada ao fórum deste site, para que eu possa respondê-
la da melhor forma possível. 
Com a exposição da matéria teórica acompanhada de exemplos práticos, 
quadros sinóticos, resumos e uma boa quantidade de testes com gabarito 
comentado, possibilitando ainda ao aluno eliminar qualquer dúvida que reste 
através do nosso fórum, acreditamos ser este trabalho uma importante 
ferramenta para o conhecimento e aprimoramento nos estudos. 
Finalizo, desejando a todos os votos de pleno êxito em seus objetivos, 
com muita tranquilidade e paz durante os estudos e na hora da realização das 
provas. 
 Um forte abraço a todos. 
 
Lauro R. Escobar Jr. 
 
 
 
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� Itens específicos do edital publicado (20 setembro de 2017) que 
serão abordados nesta aula →→→→ BENS PÚBLICOS. 
 
Subitens →→→→ BENS PÚBLICOS: Classificação (uso comum do povo, uso 
especial e dominicais). Características. 
 
�Legislação a ser consultada →→→→ CÓDIGO CIVIL: arts. 98 a 103. 
 
Sumário 
 
INTRODUÇÃO ........................................................................................... 05 
Bens. A problemática da conceituação ..................................................... 05 
Classificação Supralegal: bens corpóreos e incorpóreos ........................... 06 
Classificação Legal .................................................................................. 07 
Bens Considerados em Relação ao Titular do Domínio .............................. 08 
BENS PÚBLICOS .................................................................................. 08 
Classificação .................................................................................. 09 
Características ............................................................................... 11 
RESUMO ESQUEMÁTICO DA AULA ............................................................. 13 
Bibliografia Básica .................................................................................... 14 
EXERCÍCIOS COMENTADOS (VUNESP) ...................................................... 15 
 
Aula Demonstrativa 
Dos Bens Públicos 
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INTRODUÇÃO 
Como já sabemos, uma relação jurídica envolve três elementos: as 
pessoas, os bens e o vínculo. Enquanto no tema “pessoas” nós estudamos os 
sujeitos de direito, ou seja, quem pode ser considerado sujeito de direitos e 
deveres na ordem civil, no tema de hoje analisaremos o quê pode ser objeto do 
Direito. Assim, a relação jurídica entre dois sujeitos tem por objeto os bens sobre 
os quais recaem direitos e obrigações. 
����Atenção ����Divergência Doutrinária ���� 
Há muita divergênciadoutrinária acerca da utilização das expressões coisa 
e bem. 
Alguns autores conceituam coisa como tudo o que existe objetivamente 
no Universo (com a exclusão das pessoas humanas) e que pode satisfazer a uma 
necessidade humana. Já bem é designado para a conceituação de uma coisa útil 
ao homem, economicamente apreciável ou valorável, suscetível de apropriação e 
que pode ser objeto de direito. Desta forma coisa seria o gênero (qualquer 
elemento da natureza, com exceção das pessoas) e bem a espécie. 
Outros autores fornecem conceitos completamente inversos de bem e 
coisa. Para eles bem seria um gênero (qualquer objeto que satisfaz o ser humano, 
seja de expressão econômica ou não). Alguns bens são amparados pelo Direito e 
chamados de bens jurídicos, enquanto outros são bens apenas na acepção 
gramatical da palavra. Dos bens jurídicos somente os que se comportam de forma 
material é que são considerados como coisas (casas veículos, joias, etc.), 
enquanto os bens englobariam também os objetos abstratos ou imateriais (direitos 
autorais, honra, imagem, privacidade, etc.). Assim, coisas seriam espécie de bens 
materiais, suscetíveis de apropriação. 
Uma terceira corrente entende que entre bens e coisas há uma 
sinonímia. De fato, a legislação brasileira acaba por utilizar as duas expressões 
indistintamente, sem diferenciá-las. O próprio Código Civil não é uniforme, pois 
utiliza a expressão “bem” na Parte Geral e passa a utilizar “coisa” na Parte 
Especial, quando trata da propriedade. 
����Atenção! Isso já caiu em concurso ���� Apesar de toda essa discussão 
doutrinária, a ESAF, na prova para MDIC (Analista de Comércio Exterior), 
realizada em 2012, considerou como correta a seguinte afirmação: “Coisas e bens 
são conceitos que não se confundem, embora a coisa represente espécie da qual 
o bem é gênero. A honra, a liberdade, a vida, entre outros, representam bens 
sem, no entanto, serem considerados coisas”. Houve recurso, porém a questão 
não foi anulada... No meu entendimento, questões como essas deveriam ser 
evitadas... caindo, deveriam ser anuladas. Mas como já caiu e não foi anulada, é 
prudente seguir o que as bancas estão pedindo: “bem é gênero; coisa é espécie 
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de bem" (particularmente eu discordo... mas enfim...). Outras bancas como a FCC, 
VUNESP e CESPE ainda não se posicionaram sobre o tema (o que fizeram muito 
bem... até agora). Acompanhando a doutrina majoritária, vamos fornecer um 
conceito, tentando harmonizar os conteúdos das correntes jurídicas. 
����BENS são objetos (materiais ou imateriais) que compõem o 
patrimônio das pessoas (naturais ou jurídicas) e que podem ser 
componentes (objeto) das relações jurídicas. 
CLASSIFICAÇÃO 
Definida a expressão que vamos usar e o seu conceito, vamos agora falar 
sobre a classificação dos bens, que é feita segundo critérios de importância 
científica, pois a inclusão de um bem de determinada categoria implica a aplicação 
de regras próprias e específicas, uma que não se pode aplicar as mesmas regras 
a todos os bens. 
CLASSIFICAÇÃO SUPRALEGAL (doutrinária) 
A primeira classificação que é feita não está prevista expressamente no 
Código Civil, mas é plenamente aceita pela doutrina (e também tem grande 
incidência em concursos). Vejamos. 
 Bens Corpóreos (sinônimos: materiais, tangíveis ou concretos): são aqueles 
que possuem existência física ou material; podem ser tocados e são 
visíveis, percebidos pelos sentidos (ex.: terrenos, edificações, joias, veículos, 
dinheiro, livros, etc.). 
 Bens Incorpóreos (sinônimos: imateriais, intangíveis ou abstratos): 
aqueles que não existem fisicamente, pois possuem uma existência 
abstrata. No entanto podem ser traduzidos em dinheiro, possuindo valor 
econômico e sendo objeto de direito. Ex.: no caso de um programa de 
computador (software), o importante não é o CD ou o meio que o contém, 
mas sim a produção intelectual de quem elaborou o programa. Outro 
exemplo: ainda que dois produtos sejam idênticos, um consumidor pode 
decidir comprar de acordo com a marca do produto, pois esta pode lhe 
transmitir maior sensação de confiança. Muitas vezes o importante não é a 
característica material ou física do produto, mas sim a própria marca. Por isso 
é que as empresas investem na criação e desenvolvimento de uma marca, 
que pode ajudá-la a conquistar o consumidor e aumentar seus lucros. O 
mesmo ocorre com o nome de uma empresa. Outros exemplos: propriedade 
literária e/ou científica, direitos autorais, propriedade industrial (marcas de 
propaganda, logotipos, patentes de fabricação), concessões obtidas para a 
exploração de serviços públicos, fundo de comércio (ponto comercial), etc. 
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Na prática os bens corpóreos são objetos de contrato de compra e venda, 
enquanto os bens incorpóreos são objetos de contratos de cessão (transferência 
a outrem). Mas ambos podem integrar o patrimônio de uma pessoa. 
PATRIMÔNIO JURÍDICO 
Anteriormente dizia-se que patrimônio era a representação econômica da 
pessoa. Atualmente afirma-se que é uma universalidade de direitos e 
obrigações (cada pessoa possui apenas um patrimônio). Trata-se, portanto, do 
conjunto das relações jurídicas ativas e passivas (abrange bens, direitos e 
obrigações) de uma pessoa (natural ou jurídica), apreciável economicamente. 
Não se incluem aqui as qualidades pessoais, como a capacidade física ou técnica, 
conhecimento ou a força de trabalho, porque estes são considerados simples 
fatores de obtenção de receitas. No entanto, incluem-se a posse, os direitos reais, 
as obrigações e as ações correspondentes. O patrimônio é composto de elementos 
ativos ou positivos (bens e direitos) e passivos ou negativos (obrigações). 
Patrimônio positivo é aquele em que o ativo é maior que passivo 
(falamos em solvente). O patrimônio do devedor responde por suas dívidas e 
constitui garantia geral dos credores. Patrimônio negativo (insolvente) é 
aquele em que as dívidas superam os bens e direitos. 
PATRIMÔNIO 
Bens e Direitos (a receber) Obrigações (a serem pagas) 
Só para completar o tema: alguns autores admitem a existência do 
chamado “patrimônio moral”, que seria o conjunto de direitos da personalidade. 
Outros se referem ao chamado “patrimônio mínimo”, que, em respeito ao princípio 
da dignidade, cada pessoa deve ter resguardado pela lei civil um mínimo de 
patrimônio para sobreviver de forma efetiva e digna (art. 1°, III, CF/88). 
 
CLASSIFICAÇÃO LEGAL DOS BENS 
 
 Bens considerados em si mesmos →→→→ dependem da individualidade do 
próprio bem (arts. 79 a 91, CC): móveis ou imóveis, fungíveis ou infungíveis, 
consumíveis ou inconsumíveis, divisíveis ou indivisíveis, singulares ou 
coletivos. 
 Bens reciprocamente considerados →→→→ dependem de sua relação com 
outros bens integrantes do patrimônio do sujeito (arts. 92 a 97, CC): 
principais ou acessórios (frutos, produtos, pertenças e benfeitorias). 
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 Bens considerados em relação ao titular do domínio →→→→ dependem do 
próprio sujeito que é o seu titular (arts. 88 a 103, CC): públicos (uso comum 
do povo, uso especial e dominicais), particulares e res nullius. 
 Bens considerados quanto à possibilidade de alienação: bens que 
estãofora do comércio. O atual Código não prevê expressamente essa 
modalidade da classificação em uma seção específica. No entanto ela existe 
esparsa pelo Código, ainda é mencionada pela doutrina e cai em concursos! 
Nosso edital foi bem específico somente em relação aos Bens Públicos. 
Vamos a eles... 
 
BENS CONSIDERADOS EM RELAÇÃO AO TITULAR DO DOMÍNIO 
 
Na realidade esta classificação é feita não sob o ponto de vista dos 
proprietários, mas sim pelo modo como se exerce o domínio sobre os bens. 
Neste sentido eles podem ser divididos em particulares, públicos ou coisas de 
ninguém. Vejamos: 
A) BENS PARTICULARES (ou privados) 
São os que pertencem às pessoas naturais ou jurídicas de direito 
privado. Não vemos necessidade de aprofundar o tema, pois, por exclusão, serão 
particulares, tudo aquilo que não for público ou coisa de ninguém. 
B) RES NULLIUS 
São as chamadas “coisas de ninguém”. Existem no universo, mas não são 
públicas nem particulares, pois não têm dono. Ex.: animais selvagens em 
liberdade, pérolas de ostras que estão no fundo do mar, peixes no mar, conchas 
na praia, etc. As coisas abandonadas (também chamadas de res derelictae) são 
espécies do gênero ‘coisas de ninguém’; elas já pertenceram a alguém, mas foram 
abandonadas. 
C) BENS PÚBLICOS (res publicae) 
Estabelece o art. 98, CC que são públicos os bens do domínio nacional 
pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno (União, 
Estados, Distrito Federal, Territórios, Municípios, Autarquias e Fundações de 
Direito Público). Os demais bens são particulares, seja qual for a pessoa a que 
pertencerem. No entanto é interessante ressaltar o Enunciado 287 da IV Jornada 
de Direito Civil do CJF: “O critério da classificação de bens indicado no art. 98, CC 
não exaure a enumeração dos bens públicos, podendo ainda ser classificado como 
tal o bem pertencente à pessoa jurídica de direito privado que esteja afetado à 
prestação de serviços públicos”. 
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CLASSIFICAÇÃO DOS BENS PÚBLICOS 
Quanto à titularidade (natureza da pessoa titular) os bens públicos 
podem ser federais, estaduais, distritais ou municipais, conforme pertençam, 
respectivamente, à União, aos Estados, ao Distrito Federal ou aos Municípios, ou 
as suas autarquias ou fundações de direito público. 
Quanto à disponibilidade eles se classificam em: a) indisponíveis por 
natureza: são os que sequer possuem natureza patrimonial, e, por tal motivo, não 
podem ser alienados ou onerados pelas entidades a que pertencem (ex.: mares, 
rios, etc.); b) patrimoniais indisponíveis: apesar de terem natureza patrimonial 
não podem ser alienados, pois são utilizados pelo Estado para uma finalidade 
pública (ex.: escolas, hospitais, etc.); c) patrimoniais disponíveis: são os que 
possuem natureza patrimonial e como não estão afetados a determinada 
finalidade pública, podem ser alienados (ex.: bens dominicais, que veremos mais 
adiante). 
 Para o Direito Civil, a classificação mais importante é quanto à sua 
destinação. Vejamos: 
1. USO COMUM (OU GERAL) DO POVO (art. 99, I, CC): são os destinados 
à utilização do público em geral; podem ser usados sem restrições e em igualdade 
de condições por todos (sem discriminação de usuários) e sem necessidade de 
ordem ou permissão especial para sua fruição. Também são chamados de bens de 
domínio público. O Código Civil fornece uma enumeração exemplificativa: praças, 
jardins, ruas, estradas, mares, rios navegáveis, praias, etc. Não perdem a 
característica de uso comum se o Estado regulamentar seu uso por questões de 
segurança (ex.: fechamento de uma praça à noite), higiene, saúde, etc. ou exigir 
uma contraprestação (ex.: pedágio nas rodovias). Neste sentido, prevê o art. 
103, CC: “O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, 
conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração 
pertencerem”. É franqueado o uso e não a propriedade (que pertence à entidade 
de Direito Público), estando presente o poder de polícia do Estado (o povo é o 
usuário do bem). 
2. USO ESPECIAL (art. 99, II, CC): são bens destinados ao funcionamento 
e aprimoramento dos serviços realizados pelo Estado; em regra são os edifícios 
ou terrenos utilizados pelo próprio poder público para a execução de serviço 
público (federal, estadual, territorial ou municipal). Ex.: Prefeituras, Secretarias, 
Ministérios, prédios onde funcionam Tribunais, Assembleias Legislativas, Quartéis, 
Escolas Públicas, Hospitais Públicos, Bibliotecas, Museus, etc. Podem também ser 
móveis, como os veículos oficiais. Incluem-se, também, os bens das autarquias. 
O Direito Administrativo se refere a todos estes bens públicos como sendo 
afetados. 
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Afetação quer dizer que há a imposição de um encargo, um ônus a um bem 
público. Isto é, indica ou determina que um bem está sendo utilizado para uma 
determinada finalidade pública. Assim, uma praça (uso comum do povo) que 
estiver sendo usada pela população como tal, é um bem afetado; da mesma forma 
um prédio em que funcione uma repartição pública (uso especial). De forma 
contrária, um bem que não esteja sendo utilizado para qualquer finalidade pública 
é considerado desafetado. 
3. DOMINICAIS ou dominiais – do latim: dominus  relativo ao domínio, 
senhorio (art. 99, III): são os bens que constituem o patrimônio disponível da 
pessoa jurídica de direito público. Abrange os bens imóveis e também os móveis. 
Na verdade, são os demais bens públicos, por exclusão (ou residual), pois eles 
não são de uso comum do povo e nem têm uma destinação pública especial 
definida; não possuem afetação. São eles (apenas exemplificativamente): 
• Mar territorial: compreende a faixa de 12 milhas marítimas de largura, de 
propriedade da União. Além disso, há a zona econômica exclusiva (de 12 a 200 
milhas), onde o Brasil tem direitos de soberania exclusivos, para fins de exploração 
econômica, preservação ambiental e investigação científica. 
• Terrenos de marinha (e acrescidos): terrenos banhados por mar, lagoas e rios 
(públicos) onde se faça sentir a influência das marés. Estão compreendidos na 
faixa de 33 metros para dentro da terra medidos à linha de preamar média 
(mediação realizada em 1831 e até hoje válida). Pertencem à União, por questão 
de segurança nacional (art. 20, VII, CF/88). 
���� Observação: Decreto-lei n° 9.760/46. Art. 2° São terrenos de marinha, em 
uma profundidade de 33 (trinta e três) metros, medidos horizontalmente, para a parte 
da terra, da posição da linha do preamar-médio de 1831: a) os situados no continente, 
na costa marítima e nas margens dos rios e lagoas, até onde se faça sentir a influência 
das marés; b) os que contornam as ilhas situadas em zona onde se faça sentir a 
influência das marés. Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo a influência das 
marés é caracterizada pela oscilação periódica de 5 (cinco) centímetros pelo menos, do 
nível das águas, que ocorra em qualquer época do ano. Art. 3° São terrenos 
acrescidos de marinha os que se tiverem formado, natural ou artificialmente, para o 
lado do mar ou dos rios e lagoas, em seguimento aos terrenos de marinha. Art. 4° 
São terrenos marginais os que banhados pelas correntes navegáveis, fora do alcance 
das marés, vão até a distância de 15 (quinze) metros, medidos horizontalmente para 
a parte da terra, contados desde a linha média das enchentes ordinárias. 
• Terras devolutas: são terras que, embora nãodestinadas a um uso público 
específico, ainda se encontram sob o domínio público. São terras não 
aproveitadas. As terras devolutas se forem indispensáveis à segurança nacional 
(fronteiras, fortificações militares, preservação ambiental) são consideradas da 
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União (art. 20, II, CF/88). As demais pertencem aos Estados-membros (art. 26, 
IV, CF/88), sendo que podem ser transferidas aos Municípios. 
•••• Herança: bens que o Município recebeu em razão de herança vacante (pessoa 
morreu sem deixar herdeiros) e que permanecem sem destinação. 
•••• Outros bens considerados (pela doutrina) como dominicais: prédios 
públicos desativados, móveis inservíveis, estradas de ferro (se forem públicas, 
pois algumas são privadas); títulos da dívida pública; quedas d’água, jazidas e 
minérios; sítios arqueológicos, etc. Quanto às ilhas, há uma divisão: em regra as 
marítimas pertencem à União. Já as fluviais e lacustres pertencem aos Estados-
membros, exceto se localizadas na fronteira com outro País ou em rios que 
banham mais de um Estado. Quanto às terras indígenas (arts. 231, §1° e 20, 
XI, CF/88), há quem diga que são bens de uso especial (corrente majoritária, pois 
há uma afetação) e outros que são dominicais. 
 Questão interessante Meio Ambiente. Para alguns autores o art. 225, 
CF/88 criou uma nova espécie de bem, que foge da tradicional classificação 
público/particular: “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente 
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, 
impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo 
para as presentes e futuras gerações”. 
O bem ambiental, assim, seria um bem de uso comum do povo, essencial 
à sadia qualidade de vida. No entanto tal bem não é classificado como público, 
propriamente dito e muito menos como particular, posto que não se refere a uma 
pessoa (física ou jurídica, de direito público ou privado), mas sim a toda uma 
coletividade de pessoas. Portanto é chamado de bem coletivo. Este direito 
ganhou definição legal infraconstitucional com o advento da Lei n° 8.078/90 
(Código de Defesa do Consumidor), que estabeleceu em seu art. 81, parágrafo 
único, inciso I que são interesses difusos os direitos transindividuais (isto é, 
que transcendem, ultrapassam a figura do indivíduo), de natureza indivisível, 
pertencendo a toda uma coletividade simultaneamente (pessoas indeterminadas) 
e não a esta ou aquela pessoa ou um grupo específico de pessoas. 
CARACTERÍSTICAS DOS BENS PÚBLICOS 
• Inalienabilidade  os bens públicos não podem ser vendidos, doados ou 
trocados, desde que destinados ao uso comum do povo e uso especial, ou seja, 
enquanto tiverem afetação pública (art. 100, CC: Os bens públicos de uso 
comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a 
sua qualificação, na forma que a lei determinar). Já os bens públicos dominicais 
podem ser alienados, observadas as exigências legais previstas para a alienação 
de bens da administração (art. 101, CC). Conclusão: a inalienabilidade dos bens 
públicos não é absoluta. 
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• Impenhorabilidade  penhora é um instituto de Direito Processual Civil; 
trata-se de um ato judicial pelo qual se apreendem os bens de um devedor para 
saldar uma dívida que não foi paga. Geralmente o bem penhorado é vendido 
judicialmente e com o produto da venda paga-se o credor, satisfazendo seu 
crédito. No entanto isso não é possível em relação aos bens públicos, posto que 
estes não se sujeitam ao regime da penhora. Isso porque a Constituição Federal 
estabeleceu regra diferenciada para a satisfação dos créditos de terceiros, 
chamada de “precatórios” (art. 100, CF/88). Impede-se, assim, que um bem 
público passe do devedor ao credor, ou seja, vendido, mesmo que por força de 
uma execução judicial. A doutrina costuma citar apenas uma exceção prevista na 
Constituição Federal (art. 100, §6°), uma vez que nesta hipótese admite-se o 
sequestro (ou seja, a apreensão) de dinheiro para assegurar o pagamento do 
precatório em caso de ser preterido o seu direito. 
• Imprescritibilidade  trata-se da impossibilidade total de aquisição da 
propriedade de qualquer bem público por usucapião (também chamada de 
prescrição aquisitiva). A Constituição Federal proíbe a aquisição da propriedade, 
por usucapião de bens públicos (confiram os arts. 183, §3° e 191, parágrafo único 
da CF/88). Nesse sentido, estabelece o art. 102, CC: “Os bens públicos não 
estão sujeitos a usucapião”. A Súmula 340 do Supremo Tribunal Federal 
assim dispõe: “Desde a vigência do Código Civil, os bens dominicais, como os 
demais bens públicos, não podem ser adquiridos por usucapião”. Assim, ainda que 
uma pessoa tenha a posse de um imóvel por tempo muito além do que o 
necessário para a sua aquisição por usucapião, não nascerá para ele qualquer 
direito diante da expressa vedação constitucional. Interessante acrescentar que a 
Constituição somente faz menção aos bens imóveis, mas há unanimidade no 
sentido de que o dispositivo também se aplica também aos bens móveis. Até 
porque o art. 102, CC foi genérico, não fazendo qualquer distinção entre os bens. 
•••• Não-onerabilidade  onerar um bem significa deixá-lo em garantia, caso 
haja o descumprimento de uma obrigação (ex.: penhor e hipoteca). Os bens 
públicos não podem ser gravados com qualquer tipo de garantia em favor de 
terceiros. 
• Conversão  os bens públicos dominicais podem ser convertidos em bens 
de uso comum ou de uso especial. Por meio da afetação o bem passa da categoria 
de bem do domínio privado do Estado para a categoria de bem do domínio público. 
Já a desafetação permite que um bem de uso comum do povo ou de uso especial 
seja reclassificado como sendo um bem dominical; retira-se do bem a finalidade 
pública à qual ele se liga. Esta classificação afetação/desafetação tem vital 
importância para se possibilitar a alienação do bem. Isso porque os bens afetados, 
enquanto permanecerem nesta situação, não podem ser alienados. 
 
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Resumo Esquemático da AulaResumo Esquemático da AulaResumo Esquemático da AulaResumo Esquemático da Aula 
 
I. CONCEITO 
Bens são valores materiais ou imateriais, que satisfazem uma necessidade humana 
(úteis), economicamente valoráveis e suscetíveis de apropriação, que podem ser objeto 
de uma relação de direito. Toda relação jurídica entre dois sujeitos tem por objeto um 
bem sobre o qual recaem direitos e obrigações. Obs.: há divergência doutrinária acerca 
da utilização das expressões “coisa” e “bem”. 
II. CLASSIFICAÇÃO SUPRALEGAL (DOUTRINÁRIA) 
1. Corpóreos (materiais, tangíveis ou concretos): são os que têm existência física; 
podem ser tocados (ex.: terreno, casa, carro, livro, joia). 
2. Incorpóreos (imateriais, intangíveis ou abstratos): são os que não podem ser 
percebidos pelos sentidos, mas possuem valor econômico, podendo ser objeto de direito 
(ex.: direitos autorais, propriedade industrial). 
Obs.: ambos integram o patrimônio de uma pessoa; os primeiros podem ser objeto 
de compra e venda e os segundos apenas de cessão. 
III. CLASSIFICAÇÃO LEGAL 
• Bens considerados em si mesmos: móveis ou imóveis; fungíveis ou infungíveis,consumíveis ou inconsumíveis, divisíveis ou indivisíveis; singulares ou coletivos. 
• Bens reciprocamente considerados: principais ou acessórios (frutos, produtos, 
pertenças e benfeitorias). 
• Bens considerados em relação ao titular do domínio: públicos (uso comum do 
povo, uso especial e dominicais), particulares e res nullius. 
• Bens considerados quanto à possibilidade de alienação: bens que estão fora 
do comércio. Não há previsão expressa desse item no atual Código. 
IV. BENS CONSIDERADOS EM RELAÇÃO AO TITULAR DO DOMÍNIO (arts. 
98/103, CC) 
1. Particulares: são os que pertencem às pessoas naturais (físicas) ou às 
pessoas jurídicas de direito privado. 
2. Res Nullius: são as coisas de ninguém (ex.: um peixe no fundo do mar; as 
coisas abandonadas, conhecidas como res derelictae). Não confundir coisa 
abandonada, onde há um ato voluntário (o abandono) com a coisa perdida, em que 
o ato foi involuntário e a coisa continua a pertencer (ao menos em tese) ao 
patrimônio do titular. 
3. Públicos: são os bens de domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas 
de direito público interno. 
3.1. Uso comum do povo (art. 99, I, CC): destinados à utilização do público 
em geral (rios, mares, estradas, ruas, etc.). O uso comum dos bens públicos 
pode ser gratuito ou retribuído (art. 103, CC). 
3.2. Uso especial (art. 99, II, CC): utilizados pelo próprio poder público para 
a execução de serviço público (hospitais e escolas públicas, secretarias, 
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ministérios, etc.). Imóveis (prédios) ou móveis (veículos). Incluem-se os bens 
das autarquias. 
3.3. Dominicais (art. 99, III, CC): constituem o patrimônio disponível das 
pessoas de direito público: terras devolutas, terrenos de marinha, herança 
vacante, etc. Não estão afetados a qualquer finalidade pública. 
3.4. Características dos bens públicos: inalienáveis, pois como regra não 
podem ser vendidos (os bens dominicais e os desafetados podem ser alienados, 
observadas as exigências legais); impenhoráveis (não recai execução judicial ou 
penhora); imprescritíveis (não podem ser objeto de usucapião, qualquer que seja 
a sua natureza: art. 191, parágrafo único, CF/88, art. 102, CC e Súmula 340 
STF). 
3.5. Observação: os bens públicos de uso comum do povo e os de uso 
especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação (art. 100, 
CC). Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências 
da lei (art. 101, CC). 
3.6. Conversão: os bens públicos dominicais podem ser convertidos em bens 
de uso comum ou de uso especial (afetação). Já pela desafetação permite-se 
que um bem de uso comum do povo ou de uso especial seja reclassificado como 
sendo um bem dominical. 
 
BIBLIOGRAFIA BÁSICA 
 
Para a elaboração desta aula foram consultadas as seguintes obras: 
DINIZ, Maria Helena – Curso de Direito Civil Brasileiro. Editora Saraiva. 
FARIAS, Cristiano Chaves de e ROSENVALD, Nelson – Curso de Direito Civil. 
Editora JusPODIVM. 
GAGLIANO, Pablo Stolze e PAMPLONA, Rodolfo Filho – Novo Curso de Direito 
Civil. Editora Saraiva. 
GOMES, Orlando – Direito Civil. Editora Forense. 
GONÇALVES, Carlos Roberto – Direito Civil Brasileiro. Editora Saraiva. 
MAXIMILIANO, Carlos – Hermenêutica e Aplicação do Direito. Editora Freitas 
Bastos. 
MONTEIRO, Washington de Barros – Curso de Direito Civil. Editora Saraiva. 
NERY, Nelson Jr. e Rosa Maria de Andrade – Código Civil Comentado. Editora 
Revista dos Tribunais. 
PEREIRA, Caio Mário da Silva – Instituições de Direito Civil. Editora Forense. 
RODRIGUES, Silvio – Direito Civil. Editora Saraiva. 
SERPA LOPES, Miguel Maria de – Curso de Direito Civil. Editora Freitas Bastos. 
SILVA, De Plácido e – Vocabulário Jurídico. Editora Forense. 
VENOSA, Silvio de Salvo – Direito Civil. Editora Atlas. 
 
 
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01) (VUNESP – Câmara Municipal de Caieiras/SP – Assessor Jurídico – 
2015) Sobre a prescrição aquisitiva de bens públicos, é CORRETO afirmar 
que 
(A) todos os bens públicos estão sujeitos à prescrição aquisitiva. 
(B) apenas os bens de uso especial estão sujeitos à prescrição aquisitiva. 
(C) nenhum bem público está sujeito à prescrição aquisitiva. 
(D) apenas os bens dominicais estão sujeitos à prescrição aquisitiva. 
(E) apenas os bens de uso especial e os dominicais estão sujeitos à prescrição 
aquisitiva. 
COMENTÁRIOS. Nenhum bem público está sujeito à prescrição aquisitiva ou 
usucapião. Os arts. 183, §3° e 191, parágrafo único da CF/88 proíbem a aquisição 
da propriedade, por usucapião de bens públicos. No mesmo sentido, estabelece o 
art. 102, CC: Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião. Finalmente, 
estabelece a Súmula 340 do Supremo Tribunal Federal: “Desde a vigência do 
Código Civil, os bens dominicais, como os demais bens públicos, não podem ser 
adquiridos por usucapião”. Gabarito: “C”. 
02) (VUNESP – PC/SP – Delegado de Polícia – 2014) Com relação aos bens 
públicos, é CORRETO afirmar que 
(A) os de uso especial e os dominicais são inalienáveis, inadmitindo desafetação. 
(B) podem ser de uso gratuito ou retribuído, conforme disposição legal. 
(C) os rios, mares, ruas e praças constituem bens de uso especial. 
(D) os de uso especial são aqueles bens públicos revestidos de estrutura de 
direito privado. 
(E) apenas os dominicais estão sujeitos à usucapião. 
COMENTÁRIOS. A letra “a” está errada. Conforme dispõe o art. 101, CC, os bens 
públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei. A letra 
“b” está correta, pois estabelece o art. 103, CC: O uso comum dos bens públicos 
pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela 
entidade a cuja administração pertencerem. A letra “c” está errada, pois prescreve 
o art. 99, CC: São bens públicos: I. os de uso comum do povo, tais como rios, 
mares, estradas, ruas e praças. A letra “d” está errada, pois são bens públicos de 
uso especial (art. 99, II, CC), tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço 
ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, 
inclusive os de suas autarquias. A letra “e” está errada, pois prevê o art. 102, CC 
Exercícios Comentados Específicos da 
Banca VUNESP 
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que os bens públicos (sejam eles da natureza que forem) não estão sujeitos a 
usucapião. Gabarito: “B”. 
03) (VUNESP – Procurador de Universidade – UNICAMP – 2014) Não 
dispondo a lei em contrário, os bens pertencentes às pessoas jurídicas de 
direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado são 
considerados, de acordo com o Código Civil, como 
(A) privilegiados. 
(B) de uso comum. 
(C) de uso especial. 
(D) dominicais. 
(E) servidões. 
COMENTÁRIOS. Trata-se de transcrição literal do parágrafo único, do art. 99, 
CC: Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens 
pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura 
de direito privado. Gabarito: “D”. 
04) (VUNESP – Câmara Municipal de São José dos Campos/SP – Advogado 
– 2014) De acordo com as disposições do Código Civil de 2002, assinale a 
alternativa correta acerca dos bens públicos, bem como o institutoda 
usucapião. 
(A) Apenas os bens de uso especial estão sujeitos à usucapião. 
(B) Apenas os bens dominicais estão sujeitos à usucapião. 
(C) Todos os bens públicos estão sujeitos à usucapião. 
(D) Apenas os bens de uso comum estão sujeitos à usucapião. 
(E) Nenhum bem público está sujeito à usucapião. 
COMENTÁRIOS. Segundo o art. 102, CC: Os bens públicos não estão sujeitos a 
usucapião. Além do art. 102, CC, a matéria também possui previsão 
constitucional, no sentido de se proibir a usucapião de bens públicos, conforme 
os artigos 183, §3° e 191, parágrafo único, CF/88. Gabarito: “E”. 
05) (VUNESP – Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano – 
EMPLASA – Analista Jurídico – 2014) Para efeitos legais, os direitos 
autorais são 
(A) bens móveis, interpretando-se restritivamente os negócios jurídicos sobre 
eles, cuja proteção independe de registro. 
(B) bens móveis, interpretando-se amplamente os negócios jurídicos sobre eles, 
cuja proteção independe de registro. 
(C) bens imóveis, interpretando-se amplamente os negócios jurídicos sobre eles, 
cuja proteção independe de registro. 
(D) bens imóveis, interpretando-se restritivamente os negócios jurídicos sobre 
eles, cuja proteção depende de registro. 
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(E) bens imóveis, interpretando-se restritivamente os negócios jurídicos sobre 
eles, cuja proteção depende de expressa disposição negocial. 
COMENTÁRIOS. Arts. 3° e 4° da Lei 9.610/1998: Art. 3° Os direitos autorais 
reputam-se, para os efeitos legais, bens móveis. Art. 4° Interpretam-se 
restritivamente os negócios jurídicos sobre os direitos autorais. Gabarito: “A”. 
06) (VUNESP – TJ/SP – Titular de Serviços de Notas e de Registros – 
Remoção – 2016) A instituição do bem de família sobre um terço do 
patrimônio líquido, por ato de vontade, nos moldes do Código Civil, 
(A) deverá ser formalizada necessariamente por escritura pública, levada a 
registro no Registro de Imóveis. 
(B) afasta as regras sobre a impenhorabilidade do imóvel residencial 
estabelecidas em lei especial. 
(C) produz efeitos temporalmente ilimitados, salvo se novo título for levado ao 
Registro, modificando o conteúdo anterior. 
(D) terá forma solene e dependerá do registro do título no Registro de Imóveis 
para sua constituição. 
COMENTÁRIOS. Letra A, incorreta. Art. 1.711, CC: “Podem os cônjuges, ou a 
entidade familiar, mediante escritura pública ou testamento, destinar parte de seu 
patrimônio para instituir bem de família, desde que não ultrapasse um terço do 
patrimônio líquido existente ao tempo da instituição (...)”. Letra B, incorreta. O 
mesmo dispositivo, em sua parte final assim dispõe (...) “mantidas as regras sobre 
a impenhorabilidade do imóvel residencial estabelecida em lei especial”. Letra C, 
incorreta. Os efeitos não são “temporalmente ilimitados”. Estabelece o art. 1.722, 
CC que o bem de família se extingue com a morte de ambos os cônjuges e a 
maioridade dos filhos, desde que não sujeitos à curatela. Letra D, correta. Art. 
1.714, CC: O bem de família, quer instituído pelos cônjuges ou por 
terceiro, constitui-se pelo registro de seu título no Registro de Imóveis. Gabarito: 
“D”. 
07) (VUNESP – Prefeitura de Sertãozinho/SP – Procurador Municipal – 
2016) Sobre obre os bens dominicais, é correto afirmar que 
(A) podem ser adquiridos por particulares, por meio da prescrição aquisitiva 
extraordinária. 
(B) são aqueles destinados a serviço ou estabelecimento da Administração 
Pública, inclusive autarquias. 
(C) não podem ser utilizados por particular, com exclusividade, por meio de 
institutos típicos de direito privado. 
(D) constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público e podem ser 
alienados. 
(E) são aqueles pertencentes às pessoas jurídicas de direito privado que prestam 
serviços de interesse público. 
COMENTÁRIOS. Letra A, incorreta. Art. 99, CC: São bens públicos: III. 
os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito 
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público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. 
Art. 102, CC: Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião (qualquer que seja 
a sua natureza). Letra B, incorreta. Art. 99, CC: São bens públicos: II. os de uso 
especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento 
da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas 
autarquias. Letra C, incorreta. Os bens públicos dominiais não têm afetação 
alguma e se encontram no patrimônio privado da administração. Por isso podem 
ser objeto de relação jurídica com particulares (locação, comodato, etc.). Art. 103, 
CC: O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for 
estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem. Letra 
D, correta. Art. 99, CC: São bens públicos: III. os dominicais, que constituem o 
patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, 
ou real, de cada uma dessas entidades. Art. 101, CC: Os bens públicos dominicais 
podem ser alienados, observadas as exigências da lei. Letra R, incorreta. Art. 98, 
CC: São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas 
de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa 
a que pertencerem. Gabarito: “D”. 
 
 
 
 
 
01) (FCC – Assembleia Legislativa/PB – Assessor Técnico Legislativo – 
2013) Os bens públicos destinados a estabelecimento de administração 
federal e a serviço de autarquia da administração municipal são 
considerados bens 
(A) de uso especial. 
(B) de uso comum do povo e bens de uso especial, respectivamente. 
(C) de uso especial e bens dominicais, respectivamente. 
(D) de uso comum do povo. 
(E) dominicais. 
COMENTÁRIOS. Dispõe o art. 99, II, CC: São bens públicos: os de uso especial, 
tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da 
administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas 
autarquias. Gabarito: “A”. 
02) (FCC – Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Estado 
do Ceará – Analista – 2013) Considere: 
I. São bens públicos de uso especial do povo os rios, mares, estradas, ruas e 
praças. 
Exercícios Complementares 
= FCC = 
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II. O uso comum dos bens públicos pode ser oneroso, conforme estabelecido 
legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem. 
III. Ao Ministério Público cabe, em regra, elaborar o estatuto das fundações. 
Está CORRETO o que se afirma em 
(A) I, apenas. 
(B) II, apenas. 
(C) I e II, apenas. 
(D) II e III, apenas. 
(E) I, II e III. 
COMENTÁRIOS. O item I está errado, pois estes bens são de uso comum do 
povo (art. 99, I, CC). O item II está correto, pois o art. 104, CC estabelece que o 
uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou oneroso. O item III está 
errado, pois o Ministério Público age supletivamente. Art. 65, parágrafo único, CC: 
Se o estatuto não for elaborado no prazo assinado pelo instituidor, ou, não 
havendo prazo, em cento e oitenta dias, a incumbência caberá ao Ministério 
Público. Gabarito: “B” (somente o item II está correto). 
03) (FCC – TRT/6ª Região/PE– Magistratura do Trabalho – 2013) Podem 
os cônjuges ou a entidade familiar destinar parte de seu patrimônio para 
instituir bem de família, desde que não ultrapasse um terço do patrimônio 
líquido existente ao tempo da instituição, 
(A) mediante escritura pública ou testamento, que apenas consistirá do imóvel 
de menor valor, entre os de propriedade do instituidor, compatível com o padrão 
de vida da família, e esse bem ficará livre de penhora, salvo em execuções por 
dívidas de alimento, débitos trabalhistas, indenização por responsabilidade civil 
e para saldar hipoteca ou satisfazer obrigação decorrente de fiança locatícia. 
(B) apenas por escritura pública, e consistirá em prédio residencial urbano ou 
rural, com suas pertenças e acessórios, e poderá abranger valores mobiliários, 
cuja renda será aplicada na conservação do imóvel e no sustento da família. 
(C) mediante escritura pública ou instrumento particular, sem prejuízo das regras 
sobre a impenhorabilidade do imóvel residencial estabelecida em lei especial, que 
consistirá em prédio residencial urbano ou rural, com suas pertenças e 
acessórios, e poderá abranger valores mobiliários, cuja renda será aplicada na 
conservação do imóvel e no sustento da família. 
(D) mediante escritura pública ou testamento, sem prejuízo das regras sobre a 
impenhorabilidade do imóvel residencial estabelecida em lei especial, que 
consistirá em prédio residencial urbano ou rural, com suas pertenças e 
acessórios, e poderá abranger valores mobiliários, cuja renda será aplicada na 
conservação do imóvel e no sustento da família. 
(E) somente por testamento que consistirá em prédio residencial urbano ou rural, 
com suas pertenças e acessórios, mas não poderá abranger quaisquer bens 
móveis de elevado valor, nem aplicações financeiras, exceto para, com sua 
renda, conservar o imóvel. 
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COMENTÁRIOS. A letra “d” é a única correta nos exatos termos do art. 1.711, 
CC. As letras “a” e “b” contém erroneamente a expressão “apenas”. A letra “c” 
está errada por causa da expressão “instrumento particular”. Finalmente a letra 
“e” está errada pela expressão “somente”. Gabarito: “D”. 
04) (FCC – TRE/PR – Analista Judiciário – 2013) Considera-se imóvel para 
efeitos legais 
(A) o direito à sucessão aberta. 
(B) apenas a ação que assegura os direitos reais sobre imóveis. 
(C) tudo o que se incorporar natural ou artificialmente ao solo. 
(D) somente o que se incorporar artificialmente ao solo. 
(E) somente o direito real sobre os imóveis alheios. 
COMENTÁRIOS. Observem que o examinador está se referindo aos bens 
considerados imóveis para efeitos legais, previsto no art. 80, CC. A letra “a” está 
correta. Nas letras “b” e “d” o erro está nas expressões apenas e somente. As 
letras “c” e “d” referem-se a bens imóveis por acessão artificial. Gabarito: “A”. 
05) (FCC – TRT/14ª Região/RO e AC – Analista Judiciário – 2013) A 
respeito dos bens públicos, considere: 
I. Bens de uso comum do povo. 
II. Bens de uso especial. 
III. Bens dominicais. 
São inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, os bens 
públicos indicados APENAS em 
(A) I. 
(B) I e II. 
(C) I e III. 
(D) II e III. 
(E) III. 
COMENTÁRIOS. Segundo o art. 100, CC, os bens públicos de uso comum do povo 
e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, 
na forma que a lei determinar. Gabarito: “B”. 
06) (FCC – TRE/SP – Analista Judiciário – 2013) Os bens públicos podem 
ser classificados, de acordo com a sua destinação, como bens 
(A) de uso especial aqueles de domínio privado do Estado e que não podem ser 
gravados com qualquer espécie de afetação. 
(B) de uso especial aqueles utilizados por particular mediante concessão ou 
permissão de uso. 
(C) de uso comum do povo aqueles afetados a determinado serviço público, tais 
como os edifícios onde se situam os órgãos públicos. 
(D) dominicais aqueles destinados à fruição de toda a coletividade e que não 
podem ser alienados ou afetados à atividade específica. 
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(E) dominicais aqueles de domínio privado do Estado, não afetados a uma 
finalidade pública e passíveis de alienação. 
COMENTÁRIOS. Segundo o art. 101, CC, os bens públicos dominicais podem ser 
alienados, observadas as exigências legais. As letras “a” e “b” estão erradas, pois 
os bens públicos de uso especial são os destinados ao serviço ou ao 
estabelecimento da administração, sendo os mesmos, por tal motivo, afetados 
(art. 99, II, CC). A letra “c” está errada, pois o conceito se refere aos bens públicos 
de uso especial e não aos de uso comum do povo, previsto no art. 99, I, CC. 
Finalmente a letra “d” está errada, pois os bens dominicais, como visto, podem 
ser alienados e, além disso, não se destinam à fruição de toda a coletividade. 
Gabarito: “E”. 
07) (FCC – Procurador da Prefeitura de Campinas/SP – 2016) Caio 
estabeleceu-se, com animus domini, em praça pública abandonada pelo 
Município. Decorridos mais de 20 anos, sem oposição das pessoas que 
frequentavam o local, requereu fosse declarada usucapida a área. Tal 
praça constitui bem 
(A) de uso comum do povo, suscetível de usucapião, em caso de abandono pelo 
poder público. 
(B) de uso especial, insuscetível de usucapião, assim como os de uso comum do 
povo e os dominicais. 
(C) dominical, suscetível de usucapião, ainda que conserve tal qualificação. 
(D) de uso comum do povo, insuscetível de usucapião, diferentemente dos bens 
de uso especial e dos dominicais. 
(E) de uso comum do povo, insuscetível de usucapião, assim como os de uso 
especial e os dominicais. 
COMENTÁRIOS. Segundo o art. 99, CC: São bens públicos: I. os de uso 
comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças. A Constituição 
Federal proíbe a aquisição da propriedade, por usucapião de bens públicos 
(confiram os arts. 183, §3° e 191, parágrafo único, da CF/88). Estabelece o art. 
102, CC: Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião. Prevê a Súmula 340 do 
Supremo Tribunal Federal: “Desde a vigência do Código Civil, os bens dominicais, 
como os demais bens públicos, não podem ser adquiridos por usucapião”. 
Gabarito: E. 
LISTA DE EXERCÍCIOS SEM COMENTÁRIOS 
SOMENTE OS BANCA VUNESP 
01) (VUNESP – Câmara Municipal de Caieiras/SP – Assessor Jurídico – 
2015) Sobre a prescrição aquisitiva de bens públicos, é CORRETO afirmar 
que 
(A) todos os bens públicos estão sujeitos à prescrição aquisitiva. 
(B) apenas os bens de uso especial estão sujeitos à prescrição aquisitiva. 
DIREITO CIVIL = AGENTE DA FISCALIZAÇÃO – TCE/SP 
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(C) nenhum bem público está sujeito à prescrição aquisitiva. 
(D) apenas os bens dominicais estão sujeitos à prescrição aquisitiva. 
(E) apenas os bens de uso especial e os dominicais estão sujeitos à prescrição 
aquisitiva. 
02) (VUNESP – PC/SP – Delegado de Polícia – 2014) Com relação aos bens 
públicos, é CORRETO afirmar que 
(A) os de uso especial e os dominicais são inalienáveis, inadmitindo desafetação. 
(B) podem ser de uso gratuito ou retribuído, conforme disposição legal. 
(C) os rios, mares, ruas e praças constituem bens de uso especial. 
(D) os de uso especial são aqueles bens públicos revestidos de estrutura de 
direito privado. 
(E) apenas os dominicaisestão sujeitos à usucapião. 
03) (VUNESP – Procurador de Universidade – UNICAMP – 2014) Não 
dispondo a lei em contrário, os bens pertencentes às pessoas jurídicas de 
direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado são 
considerados, de acordo com o Código Civil, como 
(A) privilegiados. 
(B) de uso comum. 
(C) de uso especial. 
(D) dominicais. 
(E) servidões. 
04) (VUNESP – Câmara Municipal de São José dos Campos/SP – Advogado 
– 2014) De acordo com as disposições do Código Civil de 2002, assinale a 
alternativa correta acerca dos bens públicos, bem como o instituto da 
usucapião. 
(A) Apenas os bens de uso especial estão sujeitos à usucapião. 
(B) Apenas os bens dominicais estão sujeitos à usucapião. 
(C) Todos os bens públicos estão sujeitos à usucapião. 
(D) Apenas os bens de uso comum estão sujeitos à usucapião. 
(E) Nenhum bem público está sujeito à usucapião. 
05) (VUNESP – Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano – 
EMPLASA – Analista Jurídico – 2014) Para efeitos legais, os direitos 
autorais são 
(A) bens móveis, interpretando-se restritivamente os negócios jurídicos sobre 
eles, cuja proteção independe de registro. 
(B) bens móveis, interpretando-se amplamente os negócios jurídicos sobre eles, 
cuja proteção independe de registro. 
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(C) bens imóveis, interpretando-se amplamente os negócios jurídicos sobre eles, 
cuja proteção independe de registro. 
(D) bens imóveis, interpretando-se restritivamente os negócios jurídicos sobre 
eles, cuja proteção depende de registro. 
(E) bens imóveis, interpretando-se restritivamente os negócios jurídicos sobre 
eles, cuja proteção depende de expressa disposição negocial. 
06) (VUNESP – TJ/SP – Titular de Serviços de Notas e de Registros – 
Remoção – 2016) A instituição do bem de família sobre um terço do 
patrimônio líquido, por ato de vontade, nos moldes do Código Civil, 
(A) deverá ser formalizada necessariamente por escritura pública, levada a 
registro no Registro de Imóveis. 
(B) afasta as regras sobre a impenhorabilidade do imóvel residencial 
estabelecidas em lei especial. 
(C) produz efeitos temporalmente ilimitados, salvo se novo título for levado ao 
Registro, modificando o conteúdo anterior. 
(D) terá forma solene e dependerá do registro do título no Registro de Imóveis 
para sua constituição. 
07) (VUNESP – Prefeitura de Sertãozinho/SP – Procurador Municipal – 
2016) Sobre obre os bens dominicais, é correto afirmar que 
(A) podem ser adquiridos por particulares, por meio da prescrição aquisitiva 
extraordinária. 
(B) são aqueles destinados a serviço ou estabelecimento da Administração 
Pública, inclusive autarquias. 
(C) não podem ser utilizados por particular, com exclusividade, por meio de 
institutos típicos de direito privado. 
(D) constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público e podem ser 
alienados. 
(E) são aqueles pertencentes às pessoas jurídicas de direito privado que prestam 
serviços de interesse público. 
GABARITO SECO = VUNESP 
01) C 
02) B 
03) D 
04) E 
05) A 
06) D 
07) D

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