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Unidade_1_Conceitos_Basicos

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1
 
1. CONCEITOS BÁSICOS 
 
1.1) Porque estudar Economia? 
 
Você deve estar se questionando porque estudar Economia, sendo que não gosta de 
cálculos, não entende nada do que os outros falam e por aí afora. Entretanto sem perceber 
ou até mesmo sem saber, você está inserido em um contexto econômico a partir do 
momento em que vai às compras ou trabalha, ou seja, você está consumindo e/ou 
produzindo. 
Economia não envolve só cálculo, e mostraremos isto durante o curso, você com 
certeza perceberá que ela é uma ciência social e não exata. 
Embora a Economia tenha seu núcleo de análise e seu objeto bem definidos, ela tem 
intercorrências com outras ciências. Afinal, todos estudam uma mesma realidade, e 
evidentemente há muitos pontos de contato. 
Existe relação da Economia com as seguintes áreas: Física, Biologia, Direito, 
Matemática, Estatística, Política, História, Geografia, Moral, Filosofia, etc. 
Seja em nosso cotidiano seja através dos jornais, rádio e televisão, deparamo-nos 
com inúmeras questões econômicas. Esses temas, já rotineiros em nosso dia-a-dia, são 
discutidos pelos cidadãos comuns, que, com altas doses de empirismo, tem opiniões 
formadas sobre as medidas que o Estado deve adotar.Você estudante pode vir a ocupar 
cargo de responsabilidade em uma empresa ou na própria administração pública, e 
necessitará de conhecimentos teóricos mais sólidos para poder analisar os problemas 
econômicos que nos rodeiam diuturnamente. 
O objetivo do estudo da Ciência Econômica é o de analisar os problemas 
econômicos e formular soluções para resolvê-los, de forma a melhorar nossa qualidade de 
vida. 
Portanto, estudar Economia, envolve um conhecimento extra que você poderá 
utilizar em todos os momentos de sua vida tanto, profissional, como pessoal. 
 BEM VINDO! 
 
1.2) Conceito de Economia 
A palavra Economia deriva do grego oikosnomos (oikos, casa, e nomos, lei), que 
significa a administração de uma casa, ou do Estado, e pode ser assim definida: 
Economia é a ciência social que estuda como o indivíduo e a sociedade decidem 
empregar recursos produtivos (recursos humanos, recursos naturais e capital*) escassos na 
produção de bens e serviços, de modo a distribuí-los entre as várias pessoas e grupos da 
sociedade, a fim de satisfazer as necessidades humanas. 
Esta definição contém vários conceitos importantes, que são a base e o objeto do 
estudo da Ciência Econômica: 
aescolha; 
aescassez; 
anecessidades; 
arecursos; 
aprodução; 
adistribuição. 
 2
Em qualquer sociedade, os recursos ou fatores de produção são escassos (recursos 
naturais – água; mão-de-obra qualificada, máquinas e equipamentos); contudo, as 
necessidades humanas são ilimitadas, e sempre se renovam (exemplo: a quantidade de 
roupas, sandálias, cds, etc.). Isso obriga a sociedade a escolher entre alternativas de 
produção e de distribuição dos resultados da atividade produtiva. 
 
* Capital em economia significa máquinas e equipamentos. 
 
1.3) Os problemas econômicos fundamentais 
 
Necessidades Humanas > Ilimitadas ou Infinitas. 
 Contradição 
Recursos Produtivos (Fat.de Produção) > Finito e Limitado 
(Recursos naturais, Mão-de-obra, Capital) 
- Insumos - 
↓ 
Terra, matéria-prima, etc. 
 
Escassez : Natureza limitada dos recursos da sociedade. 
 (restrição física dos recursos) 
 
Da escassez dos recursos ou fatores de produção, associada ás necessidades 
ilimitadas do homem, originam-se os chamados problemas econômicos fundamentais: 
O que e quanto produzir? Dada a escassez de recursos de produção, a sociedade terá 
de escolher quais produtos serão produzidos e as respectivas quantidades a serem 
fabricadas. 
 Como produzir? A sociedade terá de escolher quais recursos de produção serão 
utilizados para a produção de bens e serviços, dado o nível tecnológico existente. 
 Para quem produzir? A sociedade terá de decidir como seus membros participarão 
da distribuição dos resultados de sua produção. 
Em Economias de mercado, esses problemas são resolvidos predominantemente 
pelo mecanismo de preços atuando por meio da oferta e da demanda. Nas Economias 
centralizadas, essas questões são decididas por um órgão central de planejamento, a partir 
de um levantamento dos recursos de produção disponíveis e das necessidades do país. Ou 
seja, a maioria dos preços dos bens e serviços, salários e quotas de produção e de recursos 
são calculados nos computadores desse órgão, e não pela oferta (produção) e demanda 
(procura) no mercado. 
 
1.4) Sistema econômico 
Um sistema econômico pode ser definido como sendo a forma política, social e 
econômica pela qual está organizada uma sociedade. É um particular sistema de 
organização da produção, distribuição e consumo de todos os bens e serviços que as 
pessoas utilizam buscando uma melhoria no padrão de vida e bem-estar. 
Os elementos básicos de um sistema econômico são: 
aestoque de recursos produtivos ou fatores de produção(recursos humanos, capital, 
recursos naturais e tecnologia); 
acomplexo de unidades de produção (as empresas); 
 3
aconjunto de instituições políticas, jurídicas, econômicas e sociais (base da 
organização da sociedade). 
O sistema econômico é constituído por quatro setores ( também chamados de 
agentes econômicos): 
aempresa; 
afamília; 
agoverno; 
aresto do mundo. 
Eles se inter-relacionam, exemplo: as famílias fornecem mão-de-obra para as 
empresas, estas por sua vez colocam à disposição bens e serviços ambos pagam impostos 
ao governo, e este retribui sob a forma de policiamento/segurança, educação, saúde. Com o 
resto do mundo, tanto famílias , empresas e governo exportam e importam bens e serviços, 
ou seja ,mercadorias , empréstimos, financiamentos, serviços e etc.. 
 
Sistema Econômico / Organização Econômica 
Principais formas: 
. Economia de Mercado (ou descentralizada, tipo capitalista) 
. Economia Planificada (ou centralizada, tipo socialista) 
 
Economia de Mercado 
 
- Sistema de concorrência pura (sem interferências do governo): Laissez-faire: O 
mercado resolve os problemas econômicos fundamentais (o que e quanto, como e para 
quem produzir), como guiados por uma mão invisível, sem a intervenção do governo. 
Exemplo: Se tem excesso de mercadorias, o preço tende a cair até chegar ao 
equilíbrio;ocorre o contrário quando temos escassez de produto, o preço tende a subir até 
chegar ao equilíbrio; ou seja , o próprio mercado procura o equilíbrio. 
 
 
- Sistema de concorrência mista (com interferência governamental): O papel 
econômico do governo. O mercado sozinho não garante que a economia opere sempre com 
pleno emprego dos seus recursos. Necessitando de maior atuação do Setor Público na 
economia, para evitar as distorções alocativas e distributivas , por meio das atuações 
governamentais, tais como: - Atuação sobre a formação de preços, (via impostos, etc.);- 
complemento da iniciativa privada (infra-estrutura, etc.);- fornecimento de serviços 
públicos;- fornecimento de bens públicos (não vendidos no mercado). ;- compra de bens e 
serviços do setor privado. 
 
Economia Planificada 
 
Economia Centralizada: Agência ou Órgão Central de Planejamento decide a forma 
como resolver os problemas econômicos fundamentais. 
Por exemplo: os meios de produção o Estado decide como utiliza-los, entretanto os 
meios de sobrevivência (Carros, roupas, televisores, etc.) quem decide são os indivíduos. 
Características da Economia Centralizada: 
 4
Processo Produtivo: os preços representam apenas recursos contábeis que permitem 
o controle da eficiência das empresas (não há desembolso monetário); 
Distribuição do Produto: os preços dos bens de consumo são determinados pelo 
governo 
Repartição do lucro: Governo, investimento da empresa e o restante dividido entre 
osadministradores e os trabalhadores. 
 
1.5)Fluxos Econômicos 
Para entender o funcionamento do sistema econômico, vamos supor inicialmente 
uma Economia de mercado que não tenha interferência do governo e não tenha transações 
com o exterior. Os agentes econômicos são as famílias e as empresas. As famílias são 
proprietárias dos fatores de produção (mão-de-obra) e os fornecem às unidades de produção 
(empresas) através do mercado dos fatores de produção. As empresas, através da 
combinação dos fatores de produção, produzem bens e serviços e os fornecem às famílias 
por meio do mercado de bens e serviços. A esse fluxo denominamos fluxo real da 
Economia. 
Como pode ser observado, famílias e empresas exercem um duplo papel. No 
mercado de bens e serviços, as famílias demandam bens e serviços, enquanto as empresas 
os oferecem; no mercado de fatores de produção, as famílias oferecem os serviços dos 
fatores de produção (que são de sua propriedade), enquanto as empresas os demandam. 
No entanto, o fluxo real da Economia só se torna possível com a presença da 
moeda, que é utilizada para remunerar os fatores de produção e para pagamento dos bens e 
serviços. 
Desse modo, paralelamente ao fluxo real temos um fluxo monetário da Economia. 
 
 → → Fornece a mão-de-obra para a → → (fluxo real) 
 ↑ ↓ 
Família Empresa 
 ↑ ↓ 
 ← ←Remunera a mão-de-obra (salários)← ← (fluxo 
monetário) 
 
 
 Associem da seguinte maneira: 
- Fluxo Real: envolve produção, fornecimento de bens (produtos duráveis e não 
duráveis) e serviços (dentista, advogado, jornalista, assistente social , etc.). 
- Fluxo Monetário: envolve recursos financeiros: pagamento pela aquisição dos 
bens e serviços, remuneração da mão-de-obra. 
 
1.6) Curva de possibilidade de produção (CPP) 
A curva (ou fronteira) de possibilidade de produção é um conceito pelo qual se 
ilustra como a questão da escassez impõe um limite à capacidade produtiva de uma 
sociedade, que terá de fazer escolhas entre alternativas de produção. É a fronteira máxima 
que a economia pode produzir, dado os recursos produtivos limitados. Mostra as 
alternativas de produção da sociedade, supondo os recursos plenamente empregados. 
Supondo uma produção de milho e soja: a curva nos mostra todas as combinações 
possíveis entre milho e soja que podem ser estabelecidas, quando todos os recursos 
 5
disponíveis estão sendo utilizados o que significa estar havendo pleno emprego (perfeita 
utilização) de recursos. 
Melhor exemplificando: 
Vamos supor que numa sociedade decida-se plantar único e exclusivamente milho. 
Dessa forma, todos os fatores de produção disponíveis (mão-de-obra, recursos naturais e 
capitais) serão utilizados no plantio de milho. Depois de algum tempo, essa sociedade 
estará produzindo a máxima quantidade de milho. O que significa isso? Significa que, ao 
decidir produzir apenas milho, estará sendo produzida sempre a quantidade máxima, pois 
todos os recursos estão sendo utilizados. 
Vamos supor que, num segundo momento, a sociedade decida que deve começar a 
produzir soja. Ora, isso significa que uma parte dos fatores de produção empregados no 
plantio do milho terá que ser deslocada para a produção de soja. Se houver menos fatores 
alocados na produção de milho, o valor total da produção de milho irá cair. Isso faz sentido 
porque a produção passa a ser distribuída entre milho e soja. Se a sociedade for transferindo 
fatores para a produção de soja e, depois de um certo tempo, estiver produzindo apenas 
soja, isso significará que vai produzir a máxima quantidade de soja. 
Vamos observar a tabela: 
 
ALTERNATIVA SOJA (quilos) MILHO (quilos) Custo de 
Oportunidade 
A 0 8000 - 
B 1000 7500 500 
C 2000 6500 1000 
D 3000 5000 1500 
E 4000 3000 2000 
F 5000 0 3000 
 
Percebe-se que vai aumentando a produção de soja e diminuindo a produção de 
milho, significa que se estivermos utilizando eficientemente os recursos, um aumento na 
produção de soja somente ocorrerá mediante uma diminuição na produção de milho. Assim, 
o custo de um produto poderá ser expresso em termos da quantidade sacrificada do outro: 
como não é possível produzir o máximo dos dois, temos que aceitar diminuir um pouco a 
produção do outro 9diminuir milho para produzir soja). 
“Custo de oportunidade” é a expressão utilizada para exprimir os custos em termos 
das alternativas sacrificadas. De acordo com nosso exemplo, se estivermos no ponto C 
(2000 de soja e 6500 de milho) e quisermos passar para o ponto D aumentando a produção 
de soja para 3000 quilos, esse aumento só será conseguido mediante o sacrifício de 1500 
quilos de milho (6500 – 5000). O “Custo de oportunidade” desses 1000 quilos adicionais 
de soja será dado pelos 1500 quilos de milho a serem sacrificados. 
Sintetizando, para que tenhamos a ocorrência de “Custo de oportunidade” é preciso 
não só que os recursos sejam limitados, mas que estejam sendo plenamente utilizados. 
 
 
 6
Curva de Possibilidade de Produção
0
2000
4000
6000
8000
10000
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000
Soja
M
ilh
o
 
 
 
Caso a produção esteja apresentando a seguinte situação: Milho – 4000 quilos e 
Soja- 2000 quilos, não haverá custo de oportunidade. O custo de oportunidade é zero, 
pois não é necessário sacrifício de recursos produtivos para aumentar a produção de um 
bem, ou mesmo, dois bens. Temos aí a chamada Capacidade Ociosa da Economia. 
Entretanto, para que a Economia alcance o nível de produção de Soja – 4000 quilos 
e de Milho - 8000, deverá aumentar os recursos produtivos, pois com os disponíveis fica 
impossível atingir este nível de produção. 
 
Custo de oportunidade pode ser chamado de custo alternativo ou custo implícito. É 
o grau de sacrifício que se faz ao optar pela produção de um bem, em termos da produção 
alternativa sacrificada. O custo de alguma coisa é o que você desiste para obtê-la. 
 
Hipoteticamente poderíamos exemplificar da seguinte maneira: você pode escolher 
acessar o AVA e estudar Economia ou sair com os amigos. Como não pode “maximizar” 
sua presença em ambos, deve abandonar um (sacrifício) para estar no outro. 
 
 
1.7) Divisão do estudo econômico 
A análise econômica para fins metodológicos e didáticos, é normalmente dividida 
em: 
aMicroeconomia ou Teoria de Formação de Preços: Estuda a formação de preços 
em mercados específicos, ou seja, como consumidores e empresas interagem no mercado e 
como decidem os preços e quantidades para satisfazer a ambos simultaneamente. Ou seja, o 
comportamento das empresas e dos consumidores. 
 7
É o ramo da Teoria Econômica que estuda o funcionamento do mercado de um 
determinado produto ou grupo de produtos, ou seja, o comportamento os compradores 
(consumidores) e vendedores (produtores) de tais bens. 
Estuda o comportamento de consumidores e produtores e o mercado no qual 
interagem. Preocupa-se com a determinação dos preços e quantidades em mercados 
específicos. 
 
 
aMacroeconomia:Estuda a determinação e o comportamento dos grandes 
agregados nacionais, como o Produto Interno Bruto (PIB), investimento agregado, a 
poupança agregada, o nível geral de preços, entre outros. 
É o ramo da Teoria Econômica que estuda o funcionamento como um todo, 
procurando identificar e medir as variáveis ( agregadas ) que determina o volume da 
produção total ( crescimento econômico ), o nível de emprego e o nível geral de preços 
(Inflação) do sistema econômico, bem como a inserção do mesmo na economia mundial. 
 
aEconomia Internacional:Estuda as relações econômicas entre residentes e não 
residentes do país, as quais envolvem transações com bens e serviços e transações 
financeiras. Ou seja, as relações do país com o resto do mundo. 
 Estuda asrelações de troca entre países (transações de bens e serviços e transações 
monetárias). Trata-se da determinação da taxa de câmbio, do comércio exterior e das 
relações financeiras internacionais. 
 
aDesenvolvimento Econômico: Preocupa-se com a melhoria do padrão de vida da 
coletividade ao longo do tempo. O enfoque é também macroeconômico, mas centrado em 
questões estruturais e de longo prazo (progresso tecnológico, estratégias de crescimento, 
etc.). 
Estuda modelos de desenvolvimento que levem à elevação do padrão de vida (bem-
estar) da coletividade. Questões estruturais, de longo prazo (crescimento da renda per 
capita, distribuição de 
renda, evolução tecnológica).

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