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Prévia do material em texto

1 
 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO SERRA DOS ÓRGÃOS – UNIFESO 
 CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS 
 CURSO DE GRADUAÇÃO EM 
ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRABALHO DE 
RECUPERAÇÃO DE ÁREA DEGRADADA 
 
“Voçoroca” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ivy Juliani 
Isabela Afonso 
Marcelo Abreu 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TERESÓPOLIS 
ABR/2018 
2 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO SERRA DOS ÓRGÃOS – UNIFESO 
 CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS 
 CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E 
ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRABALHO DE 
RECUPERAÇÃO DE ÁREA DEGRADADA 
 
“Voçoroca” 
 
 
 
 
 
 
 
Ivy Juliani 
Isabela Afonso 
Marcelo Abreu 
 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado à disciplina de 
Recuperação de Áreas Degradadas como 
requisito parcial para aprovação no período. 
 
Professor: Guilherme Hissa 
 
 
 
 
 
TERESÓPOLIS 
ABR/2018 
3 
 
1 ENQUADRAMENTO DO PROJETO 
 
O presente projeto foi idealizado em função do surgimento de um processo de erosão 
ocorrido em um ponto dentro da fazendo pertencente a um dos Campus da FESO. Para que tal 
processo não se intensifique deteriorando ainda mais o solo, surge a proposta de estudo e 
recuperação da área degradada, a qual foi diagnosticada preliminarmente como sendo uma 
voçoroca. 
O solo é o recurso natural mais utilizado na produção dos alimentos, contudo, sofre 
intensamente com os processos erosivos. Estes processos, ocorridos em diversas partes do 
Brasil, tem se intensificado bastante nos últimos tempos devido ao solo desprotegido, ao tipo 
do solo (arenoso) ou pela escassez de vegetação em função da falta de nutrientes. 
Pode-se definir erosão como sendo o processo de desprendimento e arraste acelerado 
de partículas do solo causados pela água ou pelo vento. Também tem influencia neste 
processo, forças ativas relacionadas com as chuvas, com a declividade do terreno, capacidade 
de absorção de água pelo solo e também devido à densidade da cobertura vegetal, deixando o 
solo mais ou menos exposto. 
Geralmente são identificadas duas formas de processos erosivos, a erosão geológica, 
processo natural de evolução da superfície terrestre, caracterizado pela desagregação e 
transporte de partículas do solo pelos agentes erosivos, e a erosão acelerada que é aquela 
desenvolvida principalmente pela ação antrópica que gera desequilíbrio nas fases da erosão 
natural e de sedimentação, já que se trata de um processo acelerado e destrutivo. Dentre estes 
processos erosivos tem-se a voçoroca. 
A voçoroca constitui um processo muito severo de erosão podendo chegar a vários 
metros de profundidade e largura e se caracteriza pela formação de pequenas irregularidades 
no sentido da declividade do terreno, fazendo com que o escoamento superficial se concentre 
nos pontos mais baixos, atingindo volume e velocidade suficientes para formar canais mais ou 
menos profundos. Ainda com relação às voçorocas, pode-se dizer que o deslocamento de 
grande quantidade de solo com a formação de canais de grandes dimensões, impede o trânsito 
de máquinas e reduz a área de plantio em se tratando de áreas rurais. 
Sendo assim, o objetivo deste projeto é fazer com que uma área onde se encontra uma 
voçoroca seja recuperada a partir de estudos relacionados com pH do solo local, sua 
granulometria, aspectos físico-químicos entre outros. Além disso, a partir do referido estudo 
se faz necessário a avaliação de todo o terreno para que outros pontos fragilizados não sejam 
atingidos pelo mesmo problema. 
Professor
Nota
campi
Professor
Realce
Professor
Nota
autor?
Professor
Realce
Professor
Nota
academico
4 
 
 
1.1 IDENTIFICAÇÃO DO REQUERENTE/PROPRIETÁRIO/EMPREENDEDOR: 
 
UNIFESO – Centro Universitário Serra dos Órgãos. 
CAMPUS QUINTA DO PARAÍSO 
CNPJ: 32.190.092/0001-06 
Endereço: Estrada Wenceslau José de Medeiros, n°1045, Bairro Prata, Teresópolis, RJ. 
CEP: 25976-345. 
Telefone: (21) 2743-5301 
 
 
1.2 IDENTIFICAÇÃO DO ELABORADOR E EXECUTOR DO PROJETO: 
 
 Marcelo Pereira de Abreu. 
CPF: 035.215.377-65. 
Endereço: Rua Bom Jardim, n° 252, casa 04, Santo Aleixo, Magé/RJ. 
CEP: 25920-279. 
Telefone: (21) 99491 6127 
 
 Ivy Juliani Garcia. 
CPF: 117.134.386-82 
Endereço: Rua Augusto do Amaral Peixoto, n° 647, apt 303, Teresópolis/RJ 
CEP: 25961-165 
Telefone: (21) 982592432 
 
 Isabela Afonso. 
CPF: 144.525.937-04 
Endereço: Rua Das Paineiras, n° 650, Teresópolis/RJ 
CEP: 25965-700 
Telefone: (21) 991437336 
 
 
1.3 DADOS DA PROPRIEDADE 
 
Na propriedade em referência, objeto de estudo, fica localizado o Campus Quinta do 
Paraíso do Centro Universitário Serra dos Órgãos (UNIFESO) onde se encontram as clínicas-
escola de Fisioterapia e Medicina Veterinária (possuindo pequena atividade pecuária), a 
Floresta-escola e o Meliponário-escola, um pasto propício às abelhas nativas sem ferrão e 
uma pequena reserva florestal que oferece sombra e abrigo. 
Possui uma área de cerca de 960000m2, localizada nos pontos 22°23’36”S e 
42°57’35”W, a aproximadamente 890m de altitude. 
 
Professor
Realce
Professor
Realce
Professor
Nota
parágrafo de uma frase apenas e sem sujeito
5 
 
Figura 1 – Localização do Campus Quinta do Paraíso da FESO. 
 
Fonte: Google Earth Pro, 2018. 
 
 
2 CARACATERIZAÇÃO DA ÁREA 
 
 
Está inserido num fragmento do bioma Mata Atlântica na região serrana central, o qual 
detêm uma das mais ricas floras do Estado, devido ao relevo escarpado da serra dos Órgãos. 
A área limítrofe do Campus é cortada pela rodovia RJ-130, conhecida como Circuito Terê-Fri. 
 
2.2 DIAGNÓSTICO REGIONAL 
 
Clima 
 
 O clima no município de Teresópolis está divido claramente em três grandes 
faixas horizontais do clima tropical Brasil central como observado na figura 2. A primeira 
faixa, localizada no sentido norte a sul, caracteriza-se pelo clima tropical Brasil central 
subquente-úmido possuindo 1 a 2 meses secos no período do inverno. A faixa que representa 
o clima tropical Brasil central mesotérmico branco, a faixa intermediária, apresenta baixas 
temperaturas com a umidade caracterizada como super-úmido subseca. A faixa horizontal 
Professor
Realce
Professor
Realce
Professor
Realce
Professor
Nota
Quem
Professor
Nota
Qual parte não é?
Professor
Realce
Professor
Realce
6 
 
inferior climática está representada pelo clima tropical Brasil central mesotérmico brando, 
com umidade definida como super-úmido sem seca (ALTO URUGUAI, 2015). 
O clima tropical Brasil central geralmente caracteriza-se por apresentar estiagem ou 
também pouca chuva no inverno, com frio moderado, verões chuvosos e com bastante calor 
(ALTO URUGUAI, 2015). 
 
Figura 2 – Clima municipal – Teresópolis – RJ 
 
Fonte: Alto Uruguai, 2015. 
 
 
Pluviosidade (quantidade, distribuição e intensidade) 
 
O regime de chuvas define-se pela precipitação abundante no período do verão, indo 
geralmente de outubro a abril, e períodos secos durante o inverno, ocorrendo, usualmente, de 
maio a setembro. Os seguintes mapas representam a precipitação mínima e máxima 
respectivamente (figura 3 e 4) (ALTO URUGUAI, 2015). Neste caso, pela interpretação dos 
mapas, percebe-se que a precipitação mínima anual na região está na faixa de 1001 mm a 
2000 mm. Enquanto a precipitação máxima tem seu valor indo de 1251 mm a 2500 mm 
(ALTO URUGUAI, 2015). 
 
Professor
Nota
vem antes
Professor
Nota
do municipioProfessor
Realce
Professor
Nota
onde?
7 
 
Figura 3 – Precipitação mínima anual – Teresópolis – RJ. 
 
Fonte: Alto Uruguai, 2015. 
 
Figura 4 – Precipitação máxima anual – Teresópolis – RJ 
 
Fonte: Alto Uruguai, 2015. 
 
8 
 
Temperatura 
 
Teresópolis está em uma região de clima tropical, devido a isto espera-se que a 
temperatura média atinja valores maiores que 18ºC durante o ano. O mapa da figura 5 mostra 
a temperatura assim como o clima dividida em três faixas, onde as temperaturas variam de 
17ºC a 21ºC no sentido norte a sul, tendo a mesma disposição do clima (ALTO URUGUAI, 
2015). 
 
Figura 5 – Temperatura média anual – Teresópolis – RJ 
 
Fonte: Alto Uruguai, 2015. 
 
 
Insolação 
 
A energia solar de ondas curtas incidente diária média passa por variações 
sazonais moderadas ao longo do ano. O período mais radiante do ano vai de 
setembro a março, com média diária de energia de ondas curtas incidente por metro quadrado 
acima de 5,8 kWh. O dia mais radiante do ano é 25 de novembro, com média de 6,2 kWh. O 
período mais escuro do ano vai de maio a julho, com média diária de energia de ondas curtas 
Professor
Realce
Professor
Realce
Professor
Realce
Professor
Realce
Professor
Realce
9 
 
incidente por metro quadrado abaixo de 4,4 kWh. O dia mais escuro do ano é 27 de junho, 
com média de 4,0 kWh (SPARK, 2018). 
 
Figura 6 – Média diária de energia solar de ondas curtas incidente – Teresópolis – RJ 
 
Fonte: Weather Spark, 2018. 
 
 
Ventos predominantes 
 
Esta seção discute o vetor médio horário de vento (velocidade e direção) em área 
ampla a 10 metros acima do solo. A sensação de vento em um determinado local é altamente 
dependente da topografia local e de outros fatores. A velocidade e a direção do vento em um 
instante variam muito mais do que as médias horárias (SPARK, 2018). 
A velocidade horária média do vento em Teresópolis passa por variações 
sazonais pequenas ao longo do ano. A época de mais ventos no ano vai de julho a dezembro, 
com velocidades médias do vento acima de 8,6 quilômetros por hora. O dia de ventos mais 
fortes no ano é 15 de setembro, com 10,1 quilômetros por hora de velocidade média horária 
do vento. A época mais calma do ano vai de dezembro a julho. O dia mais calmo do ano é 31 
de março, com 7,1 quilômetros por hora de velocidade horária média do vento (SPARK, 
2018). 
 
 
 
 
Professor
Realce
Professor
Realce
Professor
Realce
Professor
Nota
DIREÇÃO?
10 
 
Figura 7 – Velocidade média do vento – Teresópolis – RJ. 
 
Fonte: Weather Spark, 2018. 
 
 
Figura 8 – Direção do vento – Teresópolis – RJ 
 
Fonte: Weather Spark, 2018. 
 
 
Vegetação predominante 
 
O município está dividido por dois tipos de vegetação, a representada em roxo na 
figura 9, é a Floresta Ombrófila Densa Montana, a caracterização climática dessa floresta se 
dá pela temperatura elevada e alto índice de precipitação, a qual é bem distribuída ao longo do 
ano. Como consequência, são raros os períodos de seca. A classificação de “Montana” se deve 
ao fato de sua localização em altitudes que variam de 500 a 1000 metros. E a representada em 
amarelo escuro, a vegetação secundária e atividades agrárias, de acordo com a Resolução nº 
28, de 7 de dezembro de 1994, do CONAMA, a vegetação secundária se caracteriza por uma 
vegetação que sofreu efeito de sucessão, por ações antrópicas ou naturais. A vegetação 
secundária possui remanescentes da vegetação original e que se encontra em regeneração. O 
Professor
Realce
11 
 
nível de regeneração geralmente depende dos seguintes fatores: espécies indicadoras, tipos de 
árvores presentes, diversidade biológica e distribuição das mesmas (ALTO URUGUAI, 
2015). 
 
Figura 9 – Vegetação – Teresópolis – RJ 
 
Fonte: Alto Uruguai, 2015. 
 
Espécies de vegetais predominantes 
 
A Floresta Atlântica, no Estado do Rio de Janeiro, encontra-se fragmentada em cinco 
grandes blocos de remanescentes florestais, relativamente isolados. Está inserido no bloco da 
região serrana central, o qual detêm uma das mais ricas floras do Estado, devido ao relevo 
escarpado da Serra dos Órgãos (ROCHA, 2013). 
Segundo Manual do IBGE (2012), a Serra dos Órgãos possui uma Floresta Estacional 
Semidecidual Montana, cuja formação de vegetação estabelecida acima de 500m de altitude. 
Situam-se principalmente na face interiorana da Serra dos Órgãos, no Estado do Rio de 
Janeiro. Juntamente com uma Floresta Estacional Decidual Montana presente em latitudes e 
altitudes específicas, onde segundo IBGE Teresópolis possui essa vegetação por se enquadrar 
na 16º latitude Sul a 24º latitude Sul, varia de 500 até em torno de 1500 m de altitude. 
 
Professor
Nota
quem?
12 
 
Tabela 1 - Espécies vegetais que habitam as alamedas do campus quinta do paraíso 
 
 
 NOME CIENTÍFICO NOME 
POPULAR 
FAMÍLIA ORIGEM HÁBITO POTENCIAL 
DE USO 
1 Acnistus arborencens Fruto-do-sábia, 
Marianeira, 
Maria-caganeira 
Solanaceae Nativa Árvore, 
Arbusto 
Ecológica 
2 Acrocomia acuelata Macaúba, Coco-
espinho 
Arecaceae 
(Palmae) 
Nativa Árvore Ornamental, 
Ecológica 
3 Agapanthus 
africanus 
Agapanto Agapanthaceae 
(anteriormente 
Liliaceae) 
Exótica Herbácea Ornamental 
4 Agave attenuata Agave, agave-
dragão 
Agavaceae Exótica Arbusto Ornamental 
5 Alocasia cucullata Inhame-chinês Araceae Exótica Herbácea Ornamental, 
Tóxica 
6 Araucaria 
angustifolia 
Araucária, 
Pinheiro-do-
paraná 
Araucariaceae Nativa Árvore Ecológica, 
Madeireira 
7 Bambusa metake Bambu Poaceae 
(Gramineae) 
Exótica Arbusto Ornamental 
8 Bouganvillea 
spectabilis 
Primavera, Três-
marias, 
Bouganvilia 
Nyctaginaceae Nativa Arbusto Ornamental 
9 Caesalpinia echinata Pau-brasil Fabaceae-
Caesalpinioideae 
(Leguminosae) 
Nativa Árvore Ornamental, 
Madeireira 
10 Calliandra tweediei Esponjinha, 
Caliandra, 
Esponjinha-
sangue 
Fabaceae-
Mimosoideae 
(Leguminosae-
Mimosoidae) 
Nativa Arbusto Ornamental 
11 Callistemon 
viminalis 
Escova-de-garrafa Myrtaceae Exótica Árvore Ornamental 
12 Casuarina 
equisetifolia 
Casuarina Casuarinaceae Exótica Árvore Ornamental 
13 Citrus limonia Limão-cravo Rutaceae Exótica Árvore, 
Arbusto 
Frutífera, 
Medicinal 
14 Citrus sp Tangerina Rutaceae Exótica Árvore Frutífera 
15 Costus spicatus Cana-do-brejo, 
Cana-de-macaco 
Costaceae 
(anteriormente 
Zimgiberaceae) 
Nativa Herbácea Ornamental, 
Medicinal 
16 Cunninghamia 
lanceolata 
Pinheiro-chinês, 
Cuningamia 
Cupressaceae Exótica Árvore Madeireira 
17 Cycas revoluta Sagu, Cica, 
Palmeira-sagu 
Cycadaceae Exótica Arbusto Ornamental, 
Tóxica 
18 Cymbopogon citrates Capim-limão, 
Erva-cidreira 
Poaceae 
(Gramineae) 
Exótica Herbácea Ornamental, 
Medicinal 
19 Diospyros kaki Caqui Ebenaceae Exótica Árvore Frutífera 
20 Dombeya wallichii Astrapéia, 
assônia, Dombéia 
Sterculiaceae Exótica Arbusto Ornamental 
Professor
Nota
contextualizar
13 
 
21 Duranta erecta Pingo-de-ouro, 
violeta-dourada 
Verbenaceae Exótica Arbusto Ornamental 
22 Dypsis lutescens Areca-bambu Arecaceae Exótica Arbusto Ornamental 
23 Equisetum hyemale Cavalinha, 
Cavalinha-do-
seco 
Equisetaceae Exótica Herbácea Ornamental, 
Medicinal,Tóx
ica 
24 Eriobotrya japônica Nêspera, Amaixa-
amarela 
Rosaceae Exótica Árvore Frutífera 
25 Erythrina speciosa Mulungu Fabaceae – 
Faboideae 
(Leguminosae) 
Nativa Árvore Ornamental, 
Ecológica 
26 Eugenia uniflora Pitangueira Myrtaceae Nativa ÁrvoreEcológica, 
Frutífera, 
Medicinal 
27 Fícus benjamina var. 
variegata 
Ficus Moraceae Exótica Arbusto Ornamental 
28 Handroanthus 
umbellatus 
Ipê-amarelo Bignoniaceae Nativa Árvore Ornamental, 
Ecológica, 
Madeireira 
29 Hemerocallis flava Lírio, Lírio-de-
são-josé, 
Hemerocallis 
Hemerocallidacea
e 
Exótica Herbácea Ornamental 
30 Hibiscus rosa-
sinensis 
Hibisco, Mimo-
de-vênus, 
Hibisco-da-china 
Malvaceae Exótica Arbusto Ornamental 
31 Hippeastrum 
puniceum 
Amarílis, 
Açucena 
Amaryllidaceae Nativa Herbácea Ornamental, 
Medicinal 
32 Jacaranda 
mimosifolia 
Jacarandá, Caroba Bignoniaceae Nativa Árvore Ornamental, 
Madeireira 
33 Lantana camara Lantana-cambará, 
Verbena-arbustiva 
Verbenaceae Nativa Arbusto Ornamental, 
Medicinal,Tóx
ica 
34 Lantana fucata Cambará-lilas, 
cambará-roxo 
Verbenaceae Nativa Arbusto Ornamental 
35 Mangifera indica Mangueira Anacardiaceae Exótica Árvore Frutífera 
36 Monstera deliciosa Costela-de-adão Araceae Exótica Herbácea Ornamental 
37 Myrciaria cauliflora Jabuticaba Myrtaceae Nativa Árvore Frutífera, 
Ecológica 
38 Myrciaria jaboticaba Jabuticaba, 
Jabuticaba-
caipirinha 
Myrtaceae Nativa Árvore Frutífera, 
Ecológica 
39 Phoenix roebelenii Fênix, Palmeira-
fênix 
Arecaceae Exótica Arbusto Ornamental 
40 Plinia edulis Cambucá Myrtaceae Nativa Árvore Ecológica, 
Madeireira, 
Frutífera 
41 Prunus campanulata Cerejeira, 
Cerejeira-do-
japão 
Rosaceae Exótica Árvore Ornamental 
42 Psidium 
cattleyanum 
Araçá Myrtaceae Nativa Arbusto Ecológica, 
Frutífera, 
Madeireira 
43 Pyrus communis Pereira Rosaceae Exótica Árvore Frutífera 
44 Ricinus communis Mamona Euphorbiaceae Exótica Árvore Medicinal, 
14 
 
Fonte: Adaptado Rocha, 2013. 
 
 
2.2 DIAGNÓSTICO DO SÍTIO (ÁREA A SER RECUPERADA) 
 
Para o melhor reconhecimento da área a ser recuperada, foi feita uma visita técnica no 
dia 21 de março de 2018, através disso, ficou possível analisar de forma detalhada o local. 
Diante disso, levantou-se pontos importantes da voçoroca, como: a área da mesma, onde irá 
elaborar o Plano de Recuperação de Área Degradada (PRAD), as coordenadas que está 
localizada, declividade do relevo que introduzida a área de estudo e sua caracterização, 
vegetação predominante do local, detalhamento da microbracia que está inserida, existência 
de cursos d’água, nascente ou drenagem natural que contribuem ou não com a erosão, 
caracterização pedológica da degradação com ênfase nas análises químicas e físicas do solo 
para ajudar no PRAD e identificação dos possíveis causadores ambientais que agravam está 
erosão. 
 
- Orientação da vertente, coordenada UTM da área de estudo, caracterização do relevo e 
sua declividade 
 
Por intermédio da visita, foi feito pelo Google Earth Pro a delimitação do estudo 
proposto, figura 10, mostrando que o mesmo tem aproximadamente 140 m² de área, que 
equivale a 0,014 ha, além disso, está localizado nas coordenadas UTM, 071°02’72” e 
752°21’41”, no fuso 23K e sua vertente tem orientação 152 S, apresentando uma declividade 
média de mais ou menos 27°. Vale ressaltar, que com o auxílio do teodolito em conjunto com 
Tóxica 
45 Rosa chinensis Rosa miniatura, 
minirosa 
Rosaceae Exótica Arbusto Ornamental 
46 Solanum 
mauritianum 
Fumo-bravo Solanaceae Nativa Árvore Frutífera, 
Ecológica 
47 Sphagneticola 
trilobata 
Vedélia Asteraceae Nativa Herbácea Ornamental 
48 Struthanthus 
flexicaulis 
Erva-de-
passarinho 
Loranthaceae Nativa Parasita Ecológica 
49 Tabebuia 
heptaphyllus 
Ipê-rosa Bignoniaceae Nativa Árvore Ornamental, 
Ecológica, 
Madeireira 
50 Tibouchina 
granulosa var. angus
tifólia 
Quaresma-rosa Melastomataceae Nativa Árvore Ornamental, 
Madeireira, 
Ecológica 
51 Tibouchina 
moricandiana 
Quaresmeira-
arbustiva 
Melastomataceae Nativa Arbusto Ornamental 
52 Tillandsia usneoides Barba-de-velho Bromeliaceae Nativa Epífita Ecológica 
Professor
Realce
Professor
Realce
Professor
Nota
tirar
Professor
Realce
Professor
Realce
15 
 
a régua e o GPS da marca Garmin GPSMAP 64, foi capaz de localizar e demarcar a voçoroca, 
figura 11. 
Salienta-se que a declividade está relacionada com a inclinação da terra em referência 
ao plano horizontal, e que o relevo descreve a topografia de acordo com as adequações 
geológicas do local (ALTO URUGUAI, 2015). 
 
Figura 10- Delimitação da área degradada, voçoroca 
 
 Fonte: Adptado do Google Earth Pro, 2018. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Professor
Realce
16 
 
Figura 11- Delimitação da Voçoroca com a ajuda do teodolito e a régua no dia da visita 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Autoria Própria, 2018. 
 
A profundidade, o comprimento e a largura da voçoroca foram medidas com a ajuda 
da régua e de uma trena, como mostra a figura 12, as medições expostas não são muito 
precisas pois houve uma dificuldade para realiza-las, devido à grande quantidade de 
vegetação no local, onde não foi possível adentrar na erosão, para assim, ter uma análise com 
mais exatidão. 
 
Professor
Realce
17 
 
Figura 12- Medições da Voçoroca 
Fonte: Autoria Própria, 2018. 
 
A proposta de recuperação de área degradada na voçoroca, está inserida no município 
de Teresópolis/RJ, onde apresenta relevo ondulado ou fortemente ondulado, de acordo com a 
figura 13 que exibi o mapa de declividade da região, além do mais é formado por colinas de 
pequena a média amplitude, intercalado por vales planos, por ter está caracterização e está 
situada na região serrana do Rio de Janeiro, a cidade é favorável a escoamento das águas 
pluviais urbanas através de macrodrenagem e aos escorregamentos, sendo um fator 
preocupante (COMITE PIABANHA, 2014; ALTO URUGUAI, 2015). 
 
Professor
Realce
Professor
Realce
18 
 
Figura 13- Mapa de declividade da Região e suas porcentagens 
Fonte: Alto Uruguai, 2015. 
 
Ressalta-se que o relevo é compreendido pelo Domínio Montanhoso em quase toda 
sua área, com resquícios de Domínio de Morros e de Serras Baixas na porção oeste e de 
Escarpas Serranas na faixa limítrofe, figura 14 (COMITE PIABANHA, 2014; ALTO 
URUGUAI, 2015). Além disso, Teresópolis obtém maiores altitudes em áreas escarpadas, 
com aproximadamente 3000 metros, e no restante do município variam de 700 a 1500m 
(ALTO URUGUAI, 2015). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Professor
Nota
do municipio
19 
 
Figura 14- Mapra do relevo de Teresópolis. 
 
 Fonte: Alto Uruguai, 2015. 
 
 
- Vegetação predominante do local 
 
A área degradada está intrudizada no campus Quinta do Paraíso do Centro Universitário 
Serra dos Órgãos (UNIFESO), onde apresenta relevos escarpados com as mais ricas espécies 
de flora do Estado, sendo composta por espécies de arbóreas, arbustivas e herbáceas. Assim 
sendo, foi possível observar que no estudo a vegetação predominante é rasteira e arbustiva, 
como a do campus, além de ser uma região de pastagem. 
A figura 15, demonstra as vegetações, com algumas espécies de árvores por estar inclusa 
em uma Floresta Ombrófila Densa Montana (IBGE, 2012). 
 
 
 
 
 
 
Professor
Realce
Professor
Realce
Professor
Realce
Professor
Realce
Professor
Realce
20 
 
 
 
Figura 15- Vegetações predominantes na área de estudo e ao redor 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Autoria Própria, 2018. 
 
- Microbacia Hidrográficaonde o sítio está inserido 
O Município de Teresópolis está inserido na bacia hidrográfica do Rio Paraíba do Sul. 
Esta abrange os Estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo e caracteriza-se por 
ocupar um bioma marcado pela Mata Atlântica, se entendendo pela costa brasileira numa 
faixa de 300 km, além do mais, a região situa-se na sub-bacia do Funil até Foz Paraibuna e 
Piabanha (ALTO URUGUAI, 2014). 
Sendo assim, a Microbacia Hidrográfica que compreende em uma boa parte de 
Teresópolis é a do Paquequer, como demonstra a figura 16. 
 
Arbustiva 
Rasteira 
Árvores 
Árvores 
Professor
Nota
trazer a tabela de especie para cá
Professor
Realce
21 
 
Figura 16- Bacia Hidrográfica do Rio Paquequer abrangendo uma boa parte de Teresópolis 
Fonte: Silva, 2017. 
 
Além do Rio Parquequer, existe os outros recursos hídricos superficiais (córregos e 
rios) que compõe o município, são eles: Rio Preto, Rios dos Andradas, Rio dos Frades, 
Formiga, Vieira, Rio das Antas, Rio das Bengalas, Vargem Grande, Albuquerque, Rio do 
Príncipe, Córregos do Arreeiro, da Prata, das Cruzes, Sebastiana, da Gamboa, Córrego Sujo e 
Ribeirão Santa Rita (COMITE PIABANHA 2014), figura 17. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
Figura 17- Teresópolis com os recursos hídricos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Comitê Piabanha, 2014. 
 
Contudo, a área de estudo se encontra na Sub-Bacia Hidrográfica do Rio Fischer 
(Figura 18), com uma amplitude de aproximadamente 890m, possui sua hierarquia fluvial de 
3º ordem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Professor
Realce
Professor
Realce
23 
 
Figura 18- Sub-Bacia Hidrográfica do Rio Fischer e delimitação da área do Campus 
Fonte: Silva, 2017. 
 
- Existência de cursos d'águas, nascentes, drenagem natural 
 
Pela visita realizada em março, foi possível observar se o local de estudo apresentava 
algum curso d’ água ao seu redor ou na propriedade que está compreendida. Através das 
análises visuais não se encontrou nenhuma nascente na área, porém, com algumas 
informações obtidas no mesmo dia confirmou-se que o Campus Quinta do Paraiso há diversas 
nascentes que contribuem para o abastecimento. Além disso, pelas localizações geográficas 
que a voçoroca está inserida, observou-se que abaixo da mesma existe um pequeno córrego 
que passa dentro da instituição, figura 19. 
 
 
 
 
 
 
 
Professor
Realce
Professor
Realce
Professor
Realce
24 
 
Figura 19- Delimitação de um corpo hídrico perto da voçoroca com o curso d’água 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Autoria Própria, 2018. 
 
Além do escoamento natural existente na região através dos pequenos cursos d’água 
que formam a sub-bacia hidrográfica do Fischer, outro fator importante que merece ser 
mencionado é o escoamento superficial causado pela impermeabilização do solo de forma 
antrópica. Devido ao processo de urbanização do município, a pavimentação das ruas acaba 
por dificultar a percolação natural das águas das chuvas, fazendo com que estas sejam 
canalizadas para pontos estratégicos (de acordo com projeto de urbanização), sendo 
Passagem do 
pequeno córrego 
Professor
Nota
desenhar o corpo hidrico na imagem
25 
 
conduzidas para corpos hídricos como os rios, riachos, através dos bueiros e 
consequentemente das galerias pluviais. 
Em uma análise realizada in loc, foi possível notar que existe uma caixa coletora de 
águas pluviais às margens da estrada (Figura 20), próximo e acima do ponto objeto de estudo. 
Contudo, não foi possível fazer uma inspeção mais aprofundada da galeria de águas pluviais 
já por se tratar de uma obra subterrânea. 
 
Figura 20- Bueiro localizado perto do ponto de estudo, às margens da estrada 
 
 Fonte: Fonte: Autoria Própria, 2018. 
 
Caso haja, por exemplo, uma rachadura ou um ponto de fragilidade na tubulação 
subterrânea da galeria, que ofereça condições de vazamento, supostamente haveria a 
possibilidade desta água desviada da tubulação estar comprometendo a região da voçoroca, 
mesmo com o fato deste ponto de escoamento estar após o ponto, como na figura 21. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
Figura 21– Localização do ponto de captação das águas pluviais e pavimentação do local 
 
 Fonte: Google Earth, 2018. 
 
- Principais indicadores ambientais que apontem o grau de degradação da área alvo, tais 
como ocorrência de processos erosivos, presença de gramíneas, regeneração, 
proximidade a fragmentos florestais (fonte de propágulos), presença de animais, 
afloramentos rochosos, indícios de incêndios, etc. 
 
A partir das informações obtidas no local, a área de estudo teve uma grande 
regeneração natural em comparação com o ano anterior, os tipos de vegetação que 
desenvolveram dentro da voçoroca foram: rasteiras, podendo ser consideradas como 
gramíneas, arbustivas e algumas árvores de porte médio a grande, vale ressaltar, que essas 
espécies são nativas do local (Figura 22). 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
Figura 22- Regeneração natural no interior da voçoroca 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Autoria Própria, 2018. 
 
Na propriedade onde está inserida a área de estudo, foi possível perceber vegetações 
dos tipos: gramíneas (ou rasteiras), árvores de pequeno a grande porte e diferente tipos de 
arbustos como foi dito anteriormente, além disso, observou-se também a presença de animais 
perto da área degradada os quais foram, cavalos e cabras, como mostra a figura 23. Ressalta-
se que propriedade há outros tipos de animais, como bovinos. 
 
 
 
 
Gramíneas 
Arbustivas 
Gramíneas 
Árvore 
pequeno porte 
Árvore 
porte grande 
Professor
Realce
28 
 
Figura 23- Presença de animais entorno da área degradada 
Fonte: Autoria Própria, 2018. 
 
Desta maneira, a existência destes animais ao redor da área degradada e também da 
própria instituição, contribui para o aumento da pressão, compactação e deterioração do solo, 
através do pisoteio que atrela a pressão constate no solo, podendo causar também 
apodrecimento do mesmo. Além disso, percebeu-se a caminho do estudo que na área existe 
fezes dos animais e cocheiras de alimentação, podendo ajudar na degradação do solo ou na 
contribuição da qualidade do solo através da decomposição de matéria orgânica, figura 24. 
 
Figura 24- Contribuições para a degradação ou para qualidade do solo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Autoria Própria, 2018. 
 
 
 
Professor
Realce
Professor
Realce
29 
 
- Caracterização pedológica da área de implantação do projeto com resultado da análise 
físico-química do solo realizada por uma instituição habilitada 
 
O município de Teresópolis como demonstrado no mapa, figura 25, constitui pelos 
principais tipos de solos na região, que são o Latossolo vermelho-amarelo Distrófico, 
Cambissolo háplico Tb Distrófico e Cambissolo háplico Tb Eutrófico. Somente uma pequena 
área do município apresenta o solo Argissolo vermelho Distrófico. 
 
Figura 25- Tipos de solos no Município 
 
Fonte: Alto Uruguai, 2015. 
 
No âmbito da geologia, a região é abrangida, em sua maioria, pela Unidade Serra dos 
Órgãos, seguido pela unidade geológica Leucogranito gnaisse Serra do Paquequer, localizada 
no Distrito Vale do Paquequer. Encontram-se outras unidades geológicas em menor 
quantidade no município, como a Unidade Santo Aleixo e Granito Morro dos Frades(ALTO 
URUGUAI, 2015). 
Diante disso, foi coletado na visita técnica, 3 amostras de solo na área degradada e 1 
fora da erosão, com o objetivo de caracterizar o solo no interior e nas proximidades da 
Professor
Realce
Professor
Realce
Professor
Nota
voçoroca
30 
 
voçoroca. As amostras foram separadas e realizadas no laboratório de solos no Campus Pro-
Arte. A fim de verificar a susceptibilidade do solo à erosão, foram feitas analises físico-
químicas, compostas por composição granulométrica, matéria orgânica e pH. 
Foram coletados cerca de 1 kg de solo de cada um dos 4 pontos da voçoroca (Figura 
26). Cada coleta foi pensada de acordo com o objetivo principal do trabalho que é, a 
caracterização do solo da voçoroca, sendo assim, constituído por partes interna, laterais e 
externa da mesma. 
Com tudo, os solos dos pontos 1 e 4 foram manuseados com um trado e uma pá (figura 
27), em uma profundidade de 40 cm, pois a leitura dos resultados objetiva caracterizar o solo 
do próprio local, e se as amostras destes locais fossem coletadas a nível superficial, os 
resultados obtidos poderiam ser de sedimentos de outras áreas que foram deslocadas até lá. 
Além disso, o ponto 1, por ser interno da voçoroca caracteriza o material que é carreado para 
a parte mais baixa do terreno a cada vez que chove e ocorre o escoamento superficial na área, 
e também por apresentar uma quantidade significativa de regeneração natural, conduzindo 
para a matéria orgânica. 
No ponto 2, que seria a lateral da voçoroca, a coleta foi feita a nível superficial, a fim 
de verificar quais sedimentos que foram transportados, pois através da visita observou-se que 
o solo estava solto, ou seja, a área foi erodida recentemente, portando o processo erosivo 
poderia continuar com o passar do tempo. No ponto 3, considerado o topo, também foi coleta 
superficialmente mais com uma profundidade de aproximadamente de 10 a 20 cm, utilizou-se 
uma pá em ambos casos para auxiliar na retirada. Vale ressaltar, que os solos coletados foram 
colocados em saco plástico transparente e rotulados, para a melhor identificação, figura 28. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Professor
Realce
31 
 
Figura 26- Ponto de coleta da voçoroca 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Autoria Própria, 201
1 2 
3 
TOPO 
4 
FORA DA VAÇOROCA 
LATERAL 
MEIO 
32 
 
Figura 27- Instrumentos utilizados para o manuseio do solo, ponto 1. 
 
Fonte: Autoria Própria, 2018. 
 
Figura 28- Instrumento utilizado para coleta do ponto 2 e 3 e identificação do solo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Autoria Própria, 2018. 
 
 
 
33 
 
 Análise Física 
 
A análise física foi feita através da composição granulométrica adaptado da NBR 
7217/87. A fim de retirar toda umidade das amostras coletadas, as mesmas foram colocadas 
em bandejas de alumínio (figura 29), no laboratório de solos da Pro-Arte, por uma semana, 
para secagem ao ar. Com as amostras já secas, foram separados 400g de cada, e com o auxílio 
de um “cadinho grande” e um “socador” foi possível retirar os torrões e homogeneizá-las. Em 
seguida, realizou-se o ensaio granulométrico com o conjunto de peneiras, que ao todo foram 
9, agitador (figura 30) e uma balança de precisão. 
 
Figura 29- Amostra em repouso 
 
Fonte: Autoria Própria, 2018. 
 
 
 
 
 
34 
 
Figura 30- Cadinho grande, socador, peneiras com o agitador 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Autoria Própria, 2018. 
 
Cada amostra ficou no agitador durante 1 minuto, passando pelo conjunto de peneiras, 
e depois a quantidade de solo que permaneceu em cada uma das peneiras foi levada a balança 
para pesagem e feita a porcentagem, junto com o fundo, ou seja, a sobra das peneiras, de 
acordo com a tabela 2. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
 
Tabela 2- Resultado da análise de granulometria de acordo com o peso e a porcentagem 
Resultado Da Composição Granulométrica 
Peneiras (mm) 
Amostra 1 
(Meio) 
Amostra 2 
(Lateral) 
Amostra 3 
(Topo) 
Amostra 4 
(Fora) 
Peso total= ± 400g 
Peso (g) % Peso (g) % Peso (g) % Peso (g) % 
9,50 4,79 1,20 1,56 0,39 2,88 0,72 0,96 0,24 
4,75 46,85 11,71 10,23 2,56 4,51 1,13 26,71 6,68 
2,36 92,10 23,03 50,83 12,71 23,41 5,85 64,24 16,06 
2,00 21,03 5,26 17,76 4,44 10,32 2,58 20,25 5,06 
1,18 72,04 18,01 93,85 23,46 84,89 21,22 116,66 29,17 
0,60 76,26 19,07 133,73 33,43 118,01 29,50 100,13 25,03 
0,30 40,97 10,24 59,34 14,84 99,90 24,98 46,84 11,71 
0,15 21,01 5,25 20,34 5,09 35,44 8,86 16,30 4,08 
0,075 14,05 3,51 4,51 1,13 14,36 3,59 4,86 1,22 
Fundo (Sobra) 5,98 1,50 1,47 0,37 3,31 0,83 1,48 0,37 
Fonte: Autoria Própria, 2018. 
 
De acordo com a NBR 6502/95, foi possível analisar a classificação granulométrica 
dos grãos de solo, figura tabela 3. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Professor
Nota
Total?
36 
 
Tabela 3 - Classificação quanto aos grãos de acordo com a NBR 6502/95 
Classificação Limites (mm)
(NBR 6502/95) (NBR 6502/95)
9,50 Pedregulho M 6,0 - 20,0 1,20 0,39 0,72 0,24
4,75 Pedregulho F 2,00 - 6,00 11,71 2,56 1,13 6,68
2,36 Pedregulho F 2,00 - 6,00 23,03 12,71 5,85 16,06
2,00 Areia Grossa 0,60 - 2,00 5,26 4,44 2,58 5,06
1,18 Areia Média 0,60 - 2,00 18,01 23,46 21,22 29,17
0,60 Areia Média 0,20 - 0,60 19,07 33,43 29,50 25,03
0,30 Areia Média 0,20 - 0,60 10,24 14,84 24,98 11,71
0,15 Areia Fina 0,06 - 0,2 5,25 5,09 8,86 4,08
0,075 Silte 0,002 - 0,06 3,51 1,13 3,59 1,22
Fundo (Sobra) 1,50 0,37 0,83 0,37
Total 98,77 98,41 99,26 99,61
Peneiras (mm) Amostra 1 (%) Amostra 2 (%) Amostra 3 (%)
Resultado Da Composição Granulométrica 
Amostra 4 (%)
Figura: Autoria Própria, 2018. 
 
De acordo com a tabela acima, foi possível analisar que, as amostras apresentaram 
maior quantidade de areia média do que, pedregulho, argila e silte, salvo a retirada no ponto 1, 
que representou uma proporção grande de pedregulho fino em relação aos demais. No que se 
refere ao ponto 2, onde o mesmo foi coletado superficialmente para analisar a possível erosão 
em que o solo estava “solto”, apresentou-se uma quantidade significativa de areia média na 
peneira de 0,60. Os pontos 3 e 4 também tiveram uma grande quantidade de areia. Pode-se 
considerar, de forma geral, que os solos analisados são solo de areia média, ou seja, 
considerando um solo arenoso. A maior quantidade de areia presente nas amostras é um 
indicativo da susceptibilidade do terreno à erosão, uma vez que a remoção de sedimentos 
tende a ser maior nesta fração, apresentando assim os maiores índices de erodibilidade. 
 
 Análises Químicas 
 
Teor de Matéria Orgânica 
 
A análise de matéria orgânica foi adaptada da ABNT NBR 13600, e utilizou-se estufa, 
balança de alta precisão, mufla e cadinho de porcelana. Em seguida, pesou-se o cadinho, pois 
cada um tem um peso diferente, e logo depois foi pesado o solo juntamente com o mesmo, 
lembrando que, de acordo com a NBR 13600 a quantidade de solo é de 50g. Após a pesagem, 
37 
 
cada amostra foi incubada na estufa (± 110° C) por aproximadamente 24 horas. Assim que as 
amostras concluíram as horas estabelecidas, as mesmas permaneceram na estufa, pois no 
laboratório não possuía dessecador com sílica gel, que segundo a NBR este instrumento não 
deixa as mesmas pegarem umidade do ambiente, lembrando que os solos foram pesados 
depois que atingiram a temperatura ambiente, ou seja, resfriados. 
Logo depois, os materiais de estudoforam colocados na mufla (440 ± 5 °C) onde 
permaneceram por 12 horas para a queima total da matéria orgânica. Após a atingir a hora 
estabelecida a mesma foi desligada e os solos ficaram na mufla, e depois de algumas horas 
foram pesadas outra vez. O quadro 1, a tabela 6 e o gráfico 1, demonstra os procedimentos e o 
cálculo. Para calcular a matéria orgânica foi utilizada a fórmula: 
M = (1 – B/A) * 100, onde MO = Matéria Orgânica; A = massa da amostra seca em 
estufa; B = massa da amostra queimada em mufla. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
Quadro 1- Demonstração do procedimento 
N° Amostra Cadinho + Amostra(g) Cadinho (g) Amostra (g)
1 (MEIO) 121,39 71,36 50,03
2(LATERAL) 121,36 71,35 50,01
3(TOPO) 121,02 70,98 50,04
4(FORA) 120,95 70,97 49,98
N°Amostra Cadinho + Amostra (g) Cadinho (g) Amostra (g)
1 119,25 71,36 47,89
2 120,33 71,35 48,98
3 120,01 70,98 49,03
4 119,92 70,97 48,95
N°Amostra Cadinho + Amostra (g) Cadinho (g) Amostra (g)
1 112,48 71,36 41,12
2 116,08 71,35 44,73
3 114,12 70,98 43,14
4 115,58 70,97 44,61
Etapa 1 
Etapa 1: Amostra quando começou a análise, sem estufa e mufla 
Etapa 3
Etapa 2: Amostra depois que saiu da estufa 
Etapa 2
Etapa 3: Amostra depois que saiu da mufla 
 
Fonte: Autoria Própria, 2018. 
 
 
Tabela 6- Resultado do Teor de Matéria Orgânica (%) 
N° Amostra Matéria Orgânica em %
1 14,14
2 8,68
3 12,01
4 8,87
Teor de Matéria Orgânica (%)
 
Fonte: Autoria Própria, 2018. 
 
 
 
39 
 
Gráfico 1- Resultado do Teor de Matéria Orgânica 
 
Fonte: Autoria Própria, 2018. 
 
A partir da tabela 6 e do gráfico 1, percebe-se que o ponto 1, situado no interior da 
voçoroca, foi o que apresentou o maior valor de teor de matéria orgânica, o que pode estar 
relacionado com a presença de arbustos e arvores de médio a grande porte, ou seja, a 
decomposição da vegetação, além disso, pode-se estar relacionada também com à presença de 
fezes provenientes dos animais próximo a área de estudo, que são decompostas pelos 
organismos presentes no solo. 
O ponto 2 apresentou um teor menor que os demais, pois o mesmo era decorrente só 
de sedimentos erodidos. A quantidade de matéria orgânica é um dos fatores que mais 
influenciam na susceptibilidade à erosão, uma vez que funciona como agente agregador do 
solo, tornando-o mais estável, controlando a erosão relacionada a processos hidrológicos, 
dificultando a formação de crostas (pequenas partículas que recobrem a superfície do terreno 
reduzindo a porosidade do solo) na superfície do solo e maior resistência ao impacto da água 
da chuva. 
 
pH (Potencial Hidrogeniônico) 
 
Para recente análise foi utilizado o procedimento pH específico para aquário, mesmo 
não sendo adequado para usar no solo. Foi colocada 200ml de água destilada misturada a 10g 
40 
 
de solo de cada amostra, após a misturada foi colocada em repouso durante 24 horas para 
decantação do material particulado, para assim, realizar a análise visual (figura 31). Para 
análise visual, foi usado o próprio material que vem com o produto, um potinho transparente 
que foi adicionado 3 gostas do produto, para a modificação da cor da água de cada amostra, 
de acordo com a figura 32. 
Figura 31- Decantação das partículas de solo 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Autoria Própria, 2018. 
 
Figura 31- Material utilizado para verificação de pH 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Autoria Própria, 2018. 
 
Através disso, foi tabelado as medições do pH de cada amostra de solo, de acordo com 
a tabela 6. 
 
 
 
 
41 
 
Tabela 6- Resultado do pH 
Amotras pH
1 6,8
2 6,4
3 6,2
4 6,4
Resultado do pH
 
Fonte: Autoria Própria, 2018. 
 
Diante disso, conclui-se que quanto maior conteúdo orgânico do solo, mais ácido o 
mesmo tende a ser em decorrência de atividades de organismos decompositores sobre a 
matéria, que liberam íons H+ durante o processo de decomposição. E o ponto 2 exibi essa 
concepção, pelo mesmo ter maior teor de matéria orgânica. O pH normalmente está associado 
a outros fatores. Solos que apresentam valores muito baixos referentes a esse parâmetro 
normalmente significam uma deficiência de cálcio, que além de micronutriente, contribui para 
a formação de agregados no solo, o que aumenta sua estabilidade e dificulta a perda por 
processos erosivos. 
 
Referências 
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<https://pt.weatherspark.com/y/30649/Clima-característico-em-Teresópolis-Brasil-durante-o-
ano>. Acesso em: 16 abr. 2018. 
 
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 2012. Manuais técnicos em 
geociências Manual de Geomorfologia. Disponível em: 
<https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv66620.pdf>. Acesso em: 16 abr. 2018. 
 
ROCHA, C.E.C. Inventário Florístico das Alamedas do Campus Quinta do Paraíso – 
Centro Universitário Serra dos Órgãos, Teresópolis – RJ. 2013. Disponível em: 
<https://sites.google.com/site/biounifeso/calendario-de- avaliacoes-2013- 1/home/flora-do-
campus-quinta- do-paraiso>. Acesso em: 16 abr. 2018. 
 
42 
 
ALTO URUGUAI. Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos- PMGIRS. 
2015. Disponível em: 
<http://54.94.199.16:8080/publicacoesArquivos/arq_pubMidia_Processo_202-2014_P2.pdf> 
Acesso em: 16 de abr. 2018. 
 
COMITE PIABANHA. Plano Regional de saneamento com base municipalizada nas 
modalidades água, esgoto e drenagem urbana dos municípios de: Areal, Carmo, São José do 
Vale do Rio Preto, Sapucaia, Sumidouro e Teresópolis. 2014. Disponível em: 
<http://comitepiabanha.org.br/caracterizacao-municipal/teresopolis.pdf> Acesso em: 16 de 
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Determinação do teor de matéria orgânica por queima a 440°C. Rio de Janeiro, RJ: 
ABNT, 1996.

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