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Plano de Recuperação de Áreas Degradadas

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1 
 
 
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA - CAMPUS 
QUIXADÁ 
ANDRÉIA LETÍCIA BARROS 
FRANCISCA BEATRIZ SEVERO MAGALHÃES 
FRANCISCO WESLEY MENDONÇA SILVA 
ÍTALA DA SILVA LOPES 
 
 
 
 
 
 
PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS - PRAD 
RECUPERAÇÃO DE TRECHO DA MARGEM DO RIO SITIÁ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quixadá 
2020
 
 
2 
 
LISTA DE FIGURAS 
por: Ítala da Silva Lopes 
Figura 1 - Imagem de satélite com demarcação da área estudada.........................6 
Figura 2 - Imagem ilustrativa das queimadas..........................................................7 
Figura 3 - Imagens ilustrativas da poluição do solo e água.....................................7 
Figura 4 - Sistemas hídricos próximos a área........................................................12 
Figura 5 - Croqui da distribuição das mudas..........................................................19 
Figura 6 - Distribuição espacial das espécies vegetais.…………………................19 
Figura 7 - Aplicação do método de estimativa da cobertura de copas em vista de 
perfil…………………………………….…………………….……………………...……25 
Figura 8 - Vista superior do método de estimativa da cobertura de copas............26 
 
LISTA DE TABELAS 
por: Ítala da Silva Lopes 
Tabela 1 - Matriz de avaliação para projetos de recuperação de matas ciliares....23 
Tabela 2 - Exemplo de recomendações técnicas da matriz de avaliação..............24 
Tabela 3 - Periodicidade da matriz de avaliação....................................................27 
Tabela 4 - Cronograma físico.................................................................................28 
Tabela 5 - Cronograma financeiro..........................................................................34 
 
 
3 
 
SUMÁRIO 
 
 
APRESENTAÇÃO 5 
I. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA 6 
II. IDENTIFICAÇÃO DO INTERESSADO 6 
III. ORIGEM DA DEGRADAÇÃO 6 
1 Identificação da área degradada ou perturbada 7 
2 Causa da degradação ou alteração 8 
3 Descrição da atividade causadora do impacto 8 
4 Efeitos causados ao ambiente 8 
IV. CARACTERIZAÇÃO REGIONAL E LOCAL 9 
1 Regional 9 
1.1 Região e Hidrografia 10 
1.2 Relevo e Solos 10 
1.3 Clima 10 
1.5 Vegetação 11 
2 Local 11 
2.1 Região e Hidrografia 11 
2.2 Vegetação e fauna 11 
V. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA A SER RECUPERADA 12 
1. Relevo 12 
2. Solo e subsolo 13 
3. Hidrografia 13 
4. Cobertura vegetal 14 
5. Fauna 14 
VI. OBJETIVO GERAL 15 
VII. OBJETIVOS ESPECÍFICOS 15 
 
 
4 
 
VIII. DA IMPLEMENTAÇÃO 16 
1. Isolamento da área 16 
2. Preparo do solo 16 
3. Controle das espécies exóticas 17 
4. Seleção de espécies 18 
5. Modelo de recuperação 19 
IX. MANUTENÇÃO 21 
1. Irrigação e adubação de cobertura 21 
2. Roçada e coroamento 22 
3. Controle de pragas e doenças 22 
X. MONITORAMENTO DA RECUPERAÇÃO 23 
1. Indicadores de monitoramento e avaliação 23 
1.1. Parâmetros de diagnóstico dos indicadores 27 
2. Periodicidade da coleta de dados e da apresentação dos relatórios
 28 
XI. CRONOGRAMA FÍSICO E 30 
1. Cronograma físico 30 
2. Cronograma financeiro 37 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 40 
 
5 
 
APRESENTAÇÃO 
por: Ítala da Silva Lopes 
O conteúdo deste projeto se refere ao Plano de Recuperação de Áreas 
Degradadas - PRAD com a finalidade da recuperação de área degradada nas 
margens do Rio Sitiá, localizada no perímetro urbano da cidade de Quixadá, no 
estado do Ceará. 
O projeto prevê executar ações de controle e recuperação ambiental com o 
intuito de mitigar ou corrigir os processos de perda da vegetação nativa, 
restabelecimento da fauna local e nativa. A recuperação da vegetação inclui a 
plantação de mudas, utilizando técnicas consolidadas, bem como planos de 
monitoramento e manutenção das ações implementadas. 
A manutenção da dinâmica hidrológica do Rio Sitiá é de suma importância 
para o projeto, evitando assim, possíveis transtornos para a população em períodos 
de cheia do rio. 
 
Quixadá, 07 de setembro de 2020. 
 
 
 
6 
 
I. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA 
Descrição da área: Margem do Rio Sitiá 
Endereço completo: Rua Florêncio Lopes (extremidade da rua ao sul) 
Localidade: Combate 
Município/UF/CEP: Quixadá, Ceará, 63.903-413 
Coordenadas do centro da área: 4° 58' 33.1" S, 39° 01' 14.3" W (Figura 1) 
Acesso ao local: Via de pavimentação asfáltica e de terra. 
Figura 1 – Imagem de satélite com demarcação da área estudada. 
 
Fonte: Adaptação de Google Earth, 2018. 
II. IDENTIFICAÇÃO DO INTERESSADO 
Razão social: Prefeitura Municipal de Quixadá 
CNPJ: 23.444.748/0001-89 
Endereço completo: Rua Tabelião Enéas, 649 - Centro 
Município/UF/CEP: Quixadá, Ceará, 63.900-169 
Endereço eletrônico: comunicacao@quixada.ce.gov.br 
 
III. ORIGEM DA DEGRADAÇÃO 
por: Francisco Wesley Mendonça Silva 
 
 
7 
 
Para descrever a origem da degradação foram levantados os seguintes 
pontos 
1 Identificação da área degradada ou perturbada 
O local de execução do PRAD, localiza-se no bairro Combate, município de 
Quixadá - Ceará. A área encontra-se às margens do rio Sitiá, sendo considerada 
uma área de preservação permanente, possuindo 8.543,34 metros quadrados (0,85 
hectares). Mesmo sendo uma área de proteção, às práticas inadequadas por parte 
da população são bem recorrentes, provocando um desequilíbrio tanto no solo como 
no corpo hídrico. São dois tipos de atividade que causam degradação: queimadas 
(Figura 2) e poluição da água e do solo (Figura 3). 
Figura 2 - Imagem ilustrativa das queimadas. 
 
Fonte: Autores, 2020. 
Figura 3 - Imagens ilustrativas da poluição do solo e água. 
 
Fonte: Autores, 2020. 
 
 
8 
 
2 Causa da degradação ou alteração 
Na área estudada é comum o descarte inadequado de resíduos sólidos 
urbanos e da construção civil, a queima desses resíduos e o despejo inadequado 
de efluentes domésticos. A prática de queimadas na área é aplicada para limpar o 
terreno e não gerar grandes quantidades de resíduos, e devido à falta de coleta de 
esgotos na cidade de Quixadá, a população que se encontra perto da área, adaptou 
um canal para fazer esse despejo inadequado. 
3 Descrição da atividade causadora do impacto 
Em detrimento das ações antrópicas, os danos causados ao meio ambiente 
refletem na diminuição da cobertura vegetal, contaminação do solo e redução da 
qualidade dos recursos hídricos. Portanto, são uma ameaça à coletividade, 
provocando modificações e alterando a qualidade de vida da população. 
4 Efeitos causados ao ambiente 
Em relação às queimadas, os riscos advindos desse tipo de atividade, 
incluem um ciclo de prejuízos e danos ambientais que vão desde a redução da 
biodiversidade local como alterações no sistema de distribuição de chuvas, 
diminuição da proteção dos rios, arrefecimento de espécies essenciais à 
manutenção da qualidade de vida de populações, bem como aumento da 
temperatura e emissão de gases nocivos à saúde humana (NOBRE et al., 2017). 
Quando as APP’s são desmatadas, queimadas, degradadas ou 
indevidamente ocupadas, os rios perdem proteção, isso faz com que a área seja 
afetada por deslizamentos de solo ou rochas e posterior transporte de sedimentos 
para o leito dos rios, provocando processos de assoreamento (SANCHES, 2011). 
É notório que no momento em que um contaminante ou poluente atinge a 
superfície do solo, ele pode ser adsorvido, arrastado pelo vento ou pelas águas do 
escoamento superficial, ou lixiviado pelas águas de infiltração, passando para as 
camadas inferiores e atingindo as águas subterrâneas. As atividades resultantes do 
crescimento urbano, a extração de recursos e o descarte de resíduos sólidos são 
alguns dos processos que podem provocar impactos no solo e nas águas 
subterrâneas (RODRIGUES; DUARTE, 2003). 
No que se refere aos impactos ambientais negativos que podem ser 
originados a partir do resíduo produzido, estão os efeitos decorrentes da prática de 
disposição inadequada em fundos de vale, às margens de ruasou cursos d’água. 
 
 
9 
 
Essas práticas habituais podem provocar, entre outras coisas, contaminação de 
corpos d’água, assoreamento, enchentes, proliferação de vetores transmissores de 
doenças, tais como cães, gatos, ratos, baratas, moscas, vermes, entre outros. Com 
também poluição visual, mau cheiro e contaminação do ambiente (MUCELIN; 
BELLINI, 2008). 
O solo constitui a parte superficial da camada terrestre, sua função é servir 
como substrato e fonte de nutrientes para produtividade das plantas e, 
consequentemente, dos animais e atuar na formação, atenuação e degradação de 
compostos que são prejudiciais ao meio ambiente (VEZZANI, 2001). 
A contaminação do solo é um agravante ambiental que não afeta somente 
áreas de mineração. Em regiões urbanas a contaminação por deposição de 
resíduos e despejos de esgotos domésticos acaba sendo uma opção devido à falta 
de saneamento e coleta, principalmente em terrenos não ocupados que se tornam 
atrativos para despejo de resíduos de construção civil, poda, resíduos domésticos 
e até carcaças de animais. Estas atividades são degradantes ao meio, pois geram 
poluição do solo, alterando suas propriedades, poluição visual e caso atinja o lençol 
freático, poluição hídrica. 
Neste cenário, a prática de queimada para limpar o solo é comumente 
utilizada, com objetivo de “se livrar” dos resíduos. Entretanto, esta atividade também 
é degradante ao meio ambiente, causando impactos negativos como: redução da 
umidade do solo e capacidade de retenção de água, alterações na ciclagem de 
nutrientes, aumento do risco de erosão e, consequentemente, o assoreamento de 
rios, redução da matéria orgânica no solo, perda de comunidades microbianas e de 
macro invertebrados e a morte de plantas e animais (NEARY et al., 1999; DIAZ et 
al., 2002; LOUZADA; MACHADO; BERG, 2003; KEELEY, 2009). 
 
IV. CARACTERIZAÇÃO REGIONAL E LOCAL 
A caracterização em escala regional e local mostra algumas semelhanças e 
também divergências, que podem ser analisadas nos tópicos a seguir: 
 
1 Regional 
por: Francisca Beatriz Severo Magalhães 
Para especificar a caracterização da área em escala regional foram 
levantados os seguintes pontos: 
 
 
10 
 
1.1 Região e Hidrografia 
A área a ser recuperada está localizada no centro urbano do município de 
Quixadá, estado do Ceará, situado nas coordenadas geográficas latitude: 4° 58' 
33.1" S, e longitude 39° 01' 14.3" W, distante cerca de 160 km de Fortaleza 
(DNOCS, 2019). Por onde percorre o rio Sitiá, sistema do Jaguaribe, pertencente à 
Bacia Hidrográfica do Banabuiú, sub-Bacia Hidrográfica do Rio do Banabuiú com 
extensão territorial de 2 019,8 km² (CRUZ, 2006). 
1.2 Relevo e Solos 
A quase totalidade territorial de Quixadá está englobada por depressões 
sertanejas com maciços residuais, como a serra do Estevão. Notabiliza-se, também, 
pela geografia rica em inselbergs (formações rochosas isoladas na paisagem), que 
dominam boa parte da área do município, dos quais o mais famoso é a “Pedra da 
Galinha Choca”, que tem este nome por conta do curioso formato. Os solos são 
pouco profundos em sua maior parte e têm como principal característica encharcar 
na estação chuvosa e ressecar facilmente nos períodos de estiagem. Os lençóis de 
água são geralmente salinizados devido às características geológicas da região 
(IPECE, 2016). 
1.3 Clima 
O clima é tropical quente semiárido. A temperatura média anual é de 30 °C, 
com pluviometria média anual de 818 mm e chuvas concentradas de fevereiro a 
abril (IPECE, 2017). 
1.4 Bioma 
O bioma o qual pertence o município é Savana. De acordo com Coutinho 
(2006) a caatinga nordestina sensu lato, é um bioma de savana semi-árida do 
Zonobioma II, com temperaturas mais elevadas e acentuada evapotranspiração 
potencial, o que agrava ainda mais os efeitos da baixa e irregular pluviosidade. 
Assemelha-se ao bioma de savana do Cerrado, sendo também formada por um 
complexo de formas fisionômicas distribuídas em mosaico, como caatinga arbórea, 
caatinga arbustiva, caatinga espinhosa etc. Pode-se considerá-la como savana 
semiárida, em contraste com a savana úmida do Cerrado, à semelhança do que 
ocorre na África. 
 
 
11 
 
1.5 Vegetação 
A vegetação característica da maior parte do município é a caatinga arbustiva 
densa ou aberta, caracterizada pela presença de cactos e vegetação rasteira com 
árvores baixas e cheias de espinho e é coberta por uma vegetação xerófila, com 
fisionomia e florística variadas (RODAL; SAMPAIO; FIGUEREDO, 2013), composta 
por um mosaico de especies herbáceas, arbustivas, arbóreas e cactáceas. As 
espécies desse domínio são adaptadas a condições ambientais adversas como 
irregularidade pluvial, alta radiação solar e altas temperaturas, baixa umidade 
relativa, elevada evapotranspiração, além de apresentam peculiaridades nas 
formas de vegetação. Em estudos realizados em áreas de Caatinga no Quixadá – 
CE, Costa e Araújo (2003) observaram que as famílias com maior riqueza de 
espécies foram Poaceae, Euphorbiaceae e Convolvulaceae. Nas áreas mais 
elevadas da Serra do Estevão ocorre a floresta caducifólia espinhosa, ou Caatinga 
arbórea. Sua cobertura vegetal tem sofrido grande intervenção, através de 
desmatamentos e queimadas com o objetivo de preparar o solo para a agricultura 
e a pecuária extensiva, além da extração ilegal de madeira para lenha e carvoarias 
(FUNCEME, 2017). 
2 Local 
por: Andréia Letícia Barros 
Para especificar a caracterização da área em escala local foram levantados 
os seguintes pontos: 
2.1 Região e Hidrografia 
A área de interesse deste trabalho corresponde a área urbana com 
urbanização recente, cerca de 10 anos, em local que anteriormente era ocupado 
por vegetação. Com a urbanização da área ocorreram perturbações no local devido 
a construção de residências e equipamentos públicos. Na última década o local foi 
gradativamente desmatado e a vegetação deu lugar às moradias, a área específica 
a qual se destina esse PRAD é um terreno ocupado pela vegetação nativa com 
aproximadamente 5 m de distância da margem do rio Sitiá, que é um rio em parte 
urbano que percorre a extensão do município. 
2.2 Vegetação e fauna 
A área tem vegetação nativa característica da caatinga arbustiva aberta na 
qual é possível avistar alguns indivíduos de espécies nativas da vegetação da 
 
 
12 
 
caatinga. Por exemplo, o bamburral (Hiptis suaveolens), imburana (Commiphora 
leptophloeos), malva (Waltheria bracteosa) e trepadeiras. Há também outras 
espécies como algaroba (Prosopis juliflora), pinhão roxo (Jatropha gossypiifolia) e 
mamona (Ricinus communis), que embora não sejam nativas são facilmente 
encontradas no sertão e têm um bom desenvolvimento na região. Embora na 
estação seca percam as folhas e apresentem aspecto seco com as primeiras 
chuvas já se restabelecem naturalmente. É possível avistar em algumas residências 
árvores popularmente conhecidas como Nim (Azadirachta indica) plantadas, elas 
são citadas por conta da dispersão que pode ocorrer, embora na área específica 
não tenham sido avistadas preliminarmente. Também se pode ver plantas de jardim 
da família Nyctaginaceae a Bougainvíllea spectabilis e Bougainvíllea glabra, que 
são nativas do Brasil, conhecida como primavera. Nas áreas desocupadas do 
entorno também se vê plantas das famílias Apocynaceae, a Calotropis procera que 
é exótica, mas pode ser encontrada em vários estados da região Nordeste, e 
Agavaceae, a Agave angustifolia que também é exótica. Ambas as espécies se 
desenvolvem bem em regiões áridas e com pouca precipitação. 
Em relação à fauna já foram vistos diversos animais, entre eles répteis como 
tejo (Tupinambis merianae/Tupinambis teguixim), camaleão (Chamaeleonidae), 
cágado (Chelidae), tijubina (Ameivula ocellifera). Também há algumas espécies de 
aves como bem te vi (Pitangus sulphuratus), urubu cabeça preta (Coragyps atratos), 
carcará (Caracara plancus),garça branca (Ardea alba), saracura (Aramides 
cajaneus), anu preto (Crotophaga ani), lavadeira (Fluvicula nengeta), juriti (Leptotila 
varreauxi). Há ainda uma população de gatos, provenientes de abandono e outros 
que nasceram no local. Vale ressaltar, que alguns dos felinos são alimentados por 
moradores, enquanto outros sobrevivem da caça, ou de restos de comida que 
conseguem no lixo. 
 
 
V. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA A SER RECUPERADA 
por: Francisco Wesley Mendonça Silva 
1. Relevo 
O município se encontra na depressão sertaneja, com alguns resquícios de 
maciços residuais (IPECE, 2012). Portanto, o local analisado, encontra-se em sua 
totalidade na depressão sertaneja. 
 
 
13 
 
2. Solo e subsolo 
Na área em questão, os solos são rasos, bastante erodidos e de grande 
salinização. O solo por si só não consegue suprir as necessidades nutricionais das 
plantas, sendo considerado de baixa fertilidade (SANTOS; VIEIRA; CASTELO, 
2011). Durante a análise observou-se que a camada superficial do solo é composta 
por areia, mais precisamente de granulometria fina, possuindo um certo grau de 
permeabilidade da água. 
No que se diz respeito ao subsolo, a área se encontra no escudo cristalino. 
É a estrutura que suporta o relevo, composto por fissuras entre rochas, onde 
comumente as águas encontradas são salinas (BRASIL, 2018). 
3. Hidrografia 
A área degradada localiza-se próxima ao rio Sitiá (Figura 2), sendo um rio 
temporário, pertencente a bacia hidrográfica do rio Banabuiú, conseguinte, 
pertencente a bacia hidrográfica do rio Jaguaribe. Além do despejo de esgoto dentro 
do curso do rio, a disposição irregular de resíduos e o desmatamento das matas 
ciliares podem gerar mudanças na dinâmica do rio, aumentando sua área de 
inundação nos períodos de cheia devido ao assoreamento e o barramento do curso 
natural da água. 
Figura 4 - Sistema hídrico próximo a área. 
 
Fonte: Adaptação de Google Earth, 2018. 
 
 
14 
 
4. Cobertura vegetal 
De acordo com o Perfil Básico Municipal do IPECE (2007) e com o Relatório 
Técnico elaborado por Souza et. al. (2006), Quixadá apresenta três unidades 
vegetacionais, sendo elas: Caatinga Arbustiva, Caatinga Arbórea, e a Vegetação de 
Várzea. 
Na área em questão é encontrado a caatinga arbustiva, onde 
fisionomicamente a principal característica é o seu caráter caducifólio. Na época 
chuvosa, é perceptível a presença de um estrato arbustivo e outro gramíneo. Devido 
às práticas antrópicas, a vegetação encontra-se alterada pelas ações antrópicas, 
mas apresenta um potencial de regeneração. 
Para melhor entendimento foram encontradas as seguintes espécies: 
● Algaroba - Prosopis juliflora; 
● Pinhão-roxo - Jatropha gossypiifolia; 
● Bamburral - Hiptis suaveolens; 
● Malva - Waltheria bracteosa; 
● Imburana - Commiphora leptophloeos; 
● Nim - Azadirachta indica. 
5. Fauna 
No período de observância foram encontradas as seguintes espécies 
animais na área a ser recuperada: 
● Tejo - Tupinambis merianae/Tupinambis teguixim; 
● Camaleão - Chamaeleonidae; 
● Cágado - Chelidae; 
● Tijubina - Ameivula ocellifera; 
● Bem te vi - Pitangus sulphuratus; 
● Urubu cabeça preta - Coragyps atratos; 
● Carcará - Caracara plancus; 
● Garça branca - Ardea alba; 
● Saracura - Aramides cajaneus; 
● Anu preto - Crotophaga ani; 
● Lavadeira - Fluvicula nengeta; 
● Juriti - Leptotila varreauxi; 
● Gato - Felis catus. 
 
 
15 
 
 
VI. OBJETIVO GERAL 
por: Ítala da Silva Lopes 
O PRAD tem como objetivo apresentar orientações para a recuperação lato 
senso de uma área degradada no entorno do Rio Sitiá, desenvolvendo ações de 
controle do cenário atual, mediante a interferência antrópica, bem como adotando 
medidas de minimização da ação de agentes degradantes e a recuperação da área 
analisada (BRASIL, 2013b). 
 
VII. OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
por: Ítala da Silva Lopes 
Podem ser citados como objetivos específicos do plano: 
a) Executar ações de controle e recuperação ambiental com o intuito de mitigar 
ou corrigir os processos de perda da vegetação nativa; 
b) Executar ações de limpeza da área degradada, promovendo a retirada de 
resíduos sólidos queimados e a desativação de tubulações irregulares de 
esgoto bruto; 
c) Executar ações de retirada de indivíduos de espécies exóticas, a fim de 
aumentar a diversidade da fauna local; 
d) Promover recuperação de áreas degradadas que possam alterar a dinâmica 
hidrológica do rio Sitiá em período de cheia; 
e) Monitorar áreas comumente utilizadas para queimadas, despejo de resíduos 
sólidos e esgoto não tratado; 
f) Gerar conscientização dos residentes da área do entorno do rio acerca da 
importância da preservação das margens, a fim de cessar o despejo de 
materiais poluentes como resíduos domiciliares, de poda, de construção civil, 
bem como esgoto bruto; 
g) Mobilizar os residentes da área do entorno do rio a cultivarem espécies da 
flora local e nativa da região; 
h) Monitorar a área recuperadas, avaliando periodicamente a efetividade das 
ações de recuperação executadas por meio de indicadores ambientais, para 
dessa forma, identificar possíveis desvios no plano de recuperação e 
executar recomendações para adequação nos parâmetros pré-
estabelecidos. 
 
 
16 
 
 
VIII. DA IMPLEMENTAÇÃO 
por: Francisca Beatriz Severo Magalhães e Francisco Wesley Mendonça Silva 
Atividades de degradação ambiental vem crescendo de forma crítica em 
escala global. No Brasil, este processo se caracterizou, dentre outros fatores, pela 
falta de planejamento ocupacional (MARTINS, 2017). Dessa forma, atividades de 
recuperação são fundamentais, pois seu objetivo é o “retorno do sítio degradado a 
uma forma de utilização, de acordo com um plano preestabelecido para o uso do 
solo, visando à obtenção de uma estabilidade do meio ambiente” (BRASIL, 1989). 
Assim, as etapas para implementação do Plano de Recuperação de Área 
Degradada estão a seguir: 
1. Isolamento da área 
Como a área está inserida no centro urbano de Quixadá e seus impactos são 
oriundos principalmente das residências em seu entorno, neste caso é requerido o 
isolamento da área a ser recuperada. Antes de tudo é necessário limpar o terreno, 
com retirada dos resíduos jogados na área. Para impedir o acesso e continuidade 
dos despejos de resíduos e esgoto será realizado cercamento com sinalização da 
área. Como o terreno é plano o arame para cerca será do tipo liso (ovalado). Para 
prevenção dos focos de queimadas será feito aceiros ao longo do cercamento. O 
aceiro consiste na eliminação da cobertura vegetal, viva ou morta, presente sobre 
o solo o que pode ser realizado manualmente com o uso de enxada ou pelo seu 
revolvimento e incorporação por meio da aragem e/ou gradagem leve do solo, em 
faixas paralelas às cercas (EMBRAPA, 2016). De acordo com o Decreto 
47.700/2003 o comprimento mínimo recomendado para o aceiro é de 3 metros para 
demais áreas. 
2. Preparo do solo 
Diante das práticas de poluição do solo por esgotos e resíduos sólidos e dos 
focos de queimadas na área, a interrupção imediata dessas atividades são 
fundamentais para ocorrência das atividades de recuperação, as práticas de 
limpeza e isolamento da área citadas no item anterior colaboram para os próximos 
passos. 
O esgoto a céu aberto na área apresenta prejuízo não apenas no âmbito 
ambiental, mas para as pessoas que residem e transitam na região. A interrupção 
 
 
17 
 
da canalização clandestina deve ser realizada com a retirada dos canos e do 
material residual, ou seja, a camada superior do solo que está contaminada será 
removida. Para o restabelecimento das condições físicas, químicas e nutritivas do 
solo haverá deposição de adubo orgânico em toda área onde o solo sofreu 
degradação, visando aumentar atividade microbiana do solo para a posterior origem 
de serapilheira. 
• Tipo de adubo orgânico: Esterco de Gado; 
• Quantidade por metro quadrado: 5Kg; 
• Área degradada:800m². 
𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 5
𝑘𝑔
𝑚2
× 800 𝑚2 = 4000 𝑘 (1) 
3. Controle das espécies exóticas 
 Espécies exóticas invasoras são consideradas a segunda maior causa de 
perda de diversidade biológica em nível global, de acordo com a International Union 
for Conservation of Nature (IUCN, 2000). As espécies exóticas identificadas na área 
foram: 
● Prosopis juliflora (Algaroba): No Brasil, a algaroba se dispersa 
exclusivamente na Caatinga e em zonas de tensão ecológica desta formação 
savânica com a Mata Atlântica (Agreste) e com as Florestas Estacionais 
(FABRICANTE, 2013). 
Status da espécie: exótica invasora; 
Impactos: (i) afeta a resiliência de sítios invadidos; (ii) promove a 
homogeneização da flora; (iii) altera a química e a fertilidade dos solos; (iv) 
diminui a disponibilidade de recursos hídricos; (v) afeta arranjos produtivos 
(FABRICANTE, 2013). 
Controle: (i) indivíduos jovens - mecânico (arranquio); (ii) indivíduos adultos 
- mecânico + químico (corte raso ou anelamento seguido de aplicação de 
óleo queimado)(FABRICANTE, 2013). 
● Azadirachta indica A. Juss (Nim): é originário da Índia e Myanmar, onde está 
presente em florestas de regiões tropicais e subtropicais, apresentando 
enorme capacidade de adaptação a determinados fatores, como climáticos, 
topográficos e edáficos (KARAN & SUBUDHI, 2012). 
Status da espécie: exótica invasora; 
 
 
18 
 
Impactos: (i) tem ação comprovada sobre mais de 400 espécies de insetos 
e ácaros, causando neles redução de alimentação, repelência de postura, 
interrupção do desenvolvimento, da ecdise, da fertilidade, fecundidade e na 
fisiologia, podendo levá-los à morte (FORIM, 2006); (ii) raízes profundas; (iii) 
compete com nativas; 
Controle: (i) indivíduos jovens - mecânico (arranquio)(FABRICANTE, 2014); 
Indivíduos adultos- anelamento da árvore-mãe e aplicação de herbicida 
(SARTORELLI et.al, 2018). A aplicação de herbicida na base do anel será à 
base de triclopyr em diluição de 2% assim como recomendado por ICMBIO 
(2019). 
4. Seleção de espécies 
A escolha das espécies para recuperação e proteção ambiental dessas 
áreas é afetada por fatores edáficos, climáticos e ambientais. É notório que o fator 
climático é considerado o mais importante, pois não pode ser reproduzido 
artificialmente; assim deve-se atentar para a tolerância a secas, geadas, déficits 
hídricos da região, precipitação, temperatura e umidade (PEREIRA, 2008). 
Ainda segundo o autor, a seleção correta de plantas a serem utilizadas em 
áreas degradadas pode efetivamente estabilizar e reconstruir a área. Esse objetivo 
pode ser alcançado porque as plantas aumentam a resistência do solo através de 
suas raízes, reduzindo o transporte de sedimentos (PEREIRA, 2008). 
Portanto, como estratégia para recomposição florestal, foi levado em 
consideração as informações obtidas no diagnóstico (meio físico, biótico, presença 
de regeneração e os fatores limitantes), serem nativas da caatinga e terem um 
retorno acelerado. Assim as espécies estão descritas a seguir: 
● Sabiá (Mimosa caesalpiniaefolia): espécie pioneira e tem apresentado bom 
desenvolvimento em solos mais pobres (EMBRAPA, 2007). 
● Catingueira (Caesalpinia pyramidalis): Adapta-se muito bem aos diferentes 
tipos de solos, incluindo os mais pobres, especialmente os solos 
pedregosos (MAIA, 2012). 
● Jucá (Libidibia ferrea): É uma planta perenifólia ou semidecídua, de ampla 
dispersão e baixa densidade populacional, com importante uso na 
ornamentação, construção civil e marcenaria. Por ser uma espécie tolerante 
a áreas abertas e também utilizada em programas de reflorestamento de 
áreas degradadas (LORENZI, 1992). 
 
 
19 
 
● Aroeira (Myracrodruon urundeuva): É considerada uma espécie secundária 
tardia, precisando de bastante luz para se desenvolver, sendo uma árvore 
longeva (CARVALHO, 2003). 
● Angico (Anadenanthera colubrina): espécie heliófila, considerada pioneira a 
secundária inicial. A mesma se desenvolve em climas com temperaturas 
entre 16-17 ºC, mas mesmo que de forma lenta também pode se 
desenvolver em solos rasos e de fertilidade química baixa (CARVALHO, 
2002). 
● Juazeiro (Ziziphus joazeiro): é uma árvore perenifólia o ano todo, graças 
ao amplo e profundo sistema radicular, capaz de coletar a escassa umidade 
existente no subsolo (OLIVEIRA, 1976). 
5. Modelo de recuperação 
Na área a ser recuperada, existe vegetação com potencial de regeneração, 
sendo feita a recuperação utilizando mudas de espécies pioneiras e não pioneiras. 
O modelo utilizado será o plantio de mudas que tem o objetivo de acelerar o 
processo de sucessão, proteger rapidamente o solo contra a erosão e garantir o 
aceleramento e sucesso da recuperação. A grande vantagem deste método é 
termos o controle da densidade de plantio, que deverá ser preferencialmente 
próxima da original. Além, é claro, de fácil operacionalização e de custo reduzido 
em áreas de fácil acesso (ALMEIDA, 2016). 
As mudas serão plantadas de forma sistemática com espaçamento 2m x 2m, 
seguindo o modelo do croqui da figura 5. Com uma enxada serão feitas coroas com 
50cm de diâmetro e no centro dessas coroas, covas com 25cm de largura e 25cm 
de profundidade. A terra será misturada 120g de adubo químico NPK, hidrogel e 
depois do plantio das mudas serão aplicadas cobertura morta na coroa para evitar 
ervas daninhas e manter a umidade do solo. Vale lembrar que se deve ter bastante 
cuidado com a retirada dos sacos plásticos das mudas, para não desmanchar o 
torrão em voltas das raízes. Na etapa do transplante, em cada cova será adicionado 
um condicionador de solo, para auxiliar na posterior manutenção da área 
degradada. 
 
 
 
 
 
20 
 
Figura 5 - Modelo de croqui da distribuição das mudas. 
 
Fonte: Adaptação de Macedo, 1993. 
A distribuição espacial das mudas em toda a extensão da área será realizada 
como ilustrado na figura 6. A recuperação ocorrerá em 5000 m² (0,5 hectares), pois 
o restante da área conta com vegetação e não será preciso removê-la. Desse modo, 
na poligonal que delimita a área serão inseridas as 6 espécies, totalizando 1250 
mudas, cálculo realizado a partir do espaçamento estabelecido de 2m x 2m. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
Figura 6 - Distribuição espacial das espécies vegetais. 
 
Fonte: Autores, 2020. 
● Cor verde: Sabiá (Mimosa caesalpiniaefolia); 
● Cor cinza: Aroeira (Myracrodruon urundeuva); 
● Cor laranja: Angico (Anadenanthera colubrina); 
● Cor preta: Juazeiro (Ziziphus joazeiro); 
● Cor amarela: Catingueira (Caesalpinia pyramidalis); 
● Cor azul: Jucá (Libidibia ferrea). 
IX. MANUTENÇÃO 
por: Ítala da Silva Lopes 
As medidas de manutenção têm o intuito de garantir a efetividade das 
medidas de recuperação durante o período de monitoramento, até que o plano seja 
concluído. 
1. Irrigação e adubação de cobertura 
Na etapa de implementação do plano será utilizada a irrigação por 
gotejamento, para manter um alto nível de umidade no solo. Para auxiliar na 
contenção de água no subsolo será utilizado o hidrogel, constituído por copolímero 
de acrilamida e acrilato de potássio, que pode absorver até 100x do volume seu 
volume original em líquidos e diminuir o volume de água necessária para a irrigação 
por gotejamento. A irrigação será feita por meio de sistema “tambor e gotas”, com 
abastecimento de água doce por meio de caminhão-pipa. 
 
 
22 
 
A adubação da cova será feita com adubo químico NPK, hidrogel. Para a 
manutenção da umidade do solo será aplicada a cobertura do coroamento pela 
vegetação serrapilheira, sendo reposta sempre que necessário. 
2. Roçada e coroamento 
Nos primeiros anos após a implantação deverá ser promovida a roçada 
manual da área. Nos primeiros anos as roçadas deverão acontecer durante os 11 
meses após o período chuvoso, do segundo ano em diante deverão acontecer 
durante o período chuvoso e os meses seguintes, diminuindoo intervalo a cada ano 
(11, 9, 6, 3, 3 meses consecutivamente). Durante a operação de roçadas, deverá 
se evitar danos na vegetação nativa regenerante. 
O coroamento, assim como a roçada visa a retirada de espécies que possam 
competir por nutrientes com as mudas. A técnica consiste em capinas superficiais 
e arranquio das ervas e matos junto à cova, formando uma espécie de pequena 
bacia de acumulação junto a cada muda, isso facilita a infiltração da água 
acumulada no solo, essa bacia deve ter capacidade para receber 20 litros de água. 
Esse processo deve ser refeito, caso necessário, a cada adubação de cobertura, 
respeitando o formato circular com 50 centímetros de raio a partir do caule. A capina 
da coroa deve ser cuidadosa, de modo que não danifique as raízes das mudas. 
3. Controle de pragas e doenças 
 De acordo com Brasil (2013a apud BOARETTO E FORTI, 1997) há uma 
preocupação com o controle de formigas cortadeiras, na maioria dos ecossistemas 
brasileiros, em diversas modalidades de plantio, estima-se um consumo de 
aproximadamente 12.000 toneladas/ano de iscas tóxicas, forma amplamente 
utilizada para minimizar efeitos negativos destes insetos. Na execução desse plano 
daremos prioridade a métodos naturais, sem uso de controle químico. 
 Uma das estratégias propostas pela Embrapa (2005) é o Manejo Integrado 
de Pragas (MIP), que o define como “sistema de manejo de pragas que no contexto 
associa o ambiente e a dinâmica populacional da espécie, utiliza todas as técnicas 
apropriadas e métodos de forma tão compatível quanto possível e mantém a 
população da praga em níveis abaixo daqueles capazes de causar dano”. 
 As seguintes técnicas do MIP podem ser utilizadas no plano: 
● Monitoramento de pragas do solo: consiste em examinar amostras de solo 
de 30 x 30 por 15 cm de profundidade, utilizando-se uma peneira 
 
 
23 
 
granulométrica e procurando por insetos. Para a detecção da presença de 
insetos na área, pode-se enterrar 200g de semente, e enterrar em locais com 
identificação, dentro da área a ser cultivada e cobrir com um pedaço de 
plástico transparente; alguns dias depois, desenterrar o material e procurar 
por insetos. 
● Substituição de mudas atacadas: o plano prevê a de substituição das 
mudas arbóreas plantadas no primeiro ano, reduzindo assim o inevitável 
dano causado pelas formigas sobre as plantas introduzidas. 
● Plantio de espécies atrativas para a fauna nativa: consiste na inserção de 
plantas que atraiam espécies que se alimentam de pragas e que atraiam a 
fauna nativa. O enriquecimento florestal com tais espécies poderá favorecer 
inimigos naturais e minimizar o dano por formigas nas plantas introduzidas. 
 
X. MONITORAMENTO DA RECUPERAÇÃO 
por: Ítala da Silva Lopes 
A metodologia utilizada para o monitoramento da recuperação é a proposta 
por Melo et al. (2010), uma vez que a mesma se mostra eficaz para áreas de 
pequenas magnitudes, por oferecer uma análise detalhada, com coleta de amostras 
a cada 0,1 ha e ser adequada para o levantamento de indicadores RAD em áreas 
degradadas de mata ciliar em todo o território nacional. Considerando a completa 
retirada das espécies exóticas na fase inicial da restauração, o método consiste na 
avaliação de sete (7) indicadores. 
1. Indicadores de monitoramento e avaliação 
Os sete indicadores que serão monitorados nessa etapa da recuperação 
foram separados em três (3) categorias, sendo elas: 
● Reparo: envolve todas as tarefas necessárias para o preparo da área de 
plantio, levando em conta também interferências antrópicas e dispositivos 
que afastam as mesmas. Inclui os indicadores “Cercamento” e “Proteção de 
Perturbadores”; 
● Manutenção: abrange todas as tarefas de manutenção do plantio da área 
em recuperação. Inclui os indicadores “Mortalidade de mudas”, “Ataque de 
formigas”, “Matocompetição na coroa das mudas” e “Matocompetição na 
entrelinha”; 
 
 
24 
 
● Estrutura: compreende o aspecto da estrutura da comunidade vegetal 
formada a partir do plantio. Inclui o indicador “Cobertura de copas (%)”; 
O técnico responsável pela avaliação deverá, durante a visita à área, realizar 
as observações considerando que o valor levantado em campo para cada um dos 
indicadores, em cada reflorestamento, deverá ser comparado a um valor ideal, e 
então poderá ser avaliada a situação do reflorestamento. Estima-se que o plano 
alcançará o Nível de adequação 1 em todos os indicadores a partir de 2º ano. Esse 
valor ideal é apresentado na Matriz de Avaliação (Tabela 1), nas diferentes colunas 
de Níveis de Adequação. A comparação dos valores obtidos pelas observações em 
campo, que deverão ser anotados na coluna Valor estimado com os valores de 
referência das colunas Níveis de adequação permitem avaliar a eficiência da 
recuperação, sendo que o avaliador deverá anotar, na coluna Avaliação, o número 
correspondente ao nível de adequação obtido para cada indicador. 
25 
 
Tabela 1 - Matriz de avaliação para projetos de recuperação de matas ciliares 
Etapa Indicador 
Norma 
(Nível de adequação) 
Valor 
encontrad
o 
Avaliação 
1 2 3 
Preparo 
Cercamento 
Área completamente 
cercada ou cercamento 
desnecessário 
Área parcialmente cercada Área não cercada 
Proteção de 
perturbadores 
Não se detectam sinais de 
perturbação ou, quando 
existem, não comprometem 
mais que 5% da área 
São detectados sinais de 
perturbação que 
comprometem entre 5 e 
30% da área 
São detectados sinais de 
perturbação em mais de 
30% da área 
 
Manutenção 
Mortalidade de 
mudas 
Até 10% 
Entre 10 e 20% ou menor, 
localizada em reboleiras 
Entre 10 e 20% localizada 
em clareiras ou acima de 
20% dispersos na área 
 
Ataque de 
formigas 
Até 10% das árvores 
parcialmente desfolhadas 
Entre 10 e 20% das árvores 
parcialmente desfolhadas 
ou até 10% de árvores 
totalmente desfolhadas 
Mais de 20% de árvores 
parcialmente desfolhadas 
ou mais de 10% de árvores 
totalmente desfolhadas 
 
Matocompetição 
na coroa das 
mudas 
Ocorrência em até 10% da 
coroa 
Observa-se ocorrência de 
competidoras em área entre 
10 e 30% das coroas 
Observa-se ocorrência de 
competidoras em área 
maior que 30% da área das 
coroas 
 
Matocompetição 
na entrelinha 
Menor que 30% da área 
Ocorrência de competidoras 
em área equivalente a 30 – 
50% da área 
Mais de 50% da 
matocompetição dispersa 
nas entrelinhas 
 
Estrutura 
Cobertura de 
copas 
Acima de 80% do valor na 
melhor área de mesma 
idade na mesma microbacia 
Entre 50 e 80% do valor na 
melhor área de mesma 
idade na mesma microbacia 
Abaixo de 50% do valor na 
melhor área de mesma 
idade na mesma microbacia 
 
Fonte: Adaptação de Melo et al. (2010). 
26 
 
 
A comparação entre os valores obtidos em campo e os Níveis de Adequação 
sugere o nível de urgência de realização das atividades de manutenção. Quando a 
avaliação do indicador levantado nos plantios de mudas não alcançar o nível 1 de 
adequação, o avaliador define os procedimentos a serem adotados em função das 
condições locais, dos recursos materiais, de equipamentos ou mão-de-obra 
disponível, ou seja, realizar a Recomendação de Manejo (Tabela 2). 
Tabela 2 - Exemplo de recomendações técnicas da matriz de avaliação 
Etapa Indicador Recomendação 
Preparo 
Cercamento 
Completar o isolamento nos pontos 
necessários 
Proteção de 
perturbadores 
Completar proteção para os elementos de 
degradação detectados. Analisar o caso e 
definir medidas para cessar perturbações em 
toda a área. Em caso de interferências 
antrópicas, reforçar as atividades de educação 
ambiental à população do entorno. 
Manutenção 
Mortalidade de mudas 
Analisar causa da mortalidade e adotar 
medidas necessárias de controle de doenças, 
pragas ou adequação de espécies às 
condições ambientais 
Ataque de formigas 
Analisar espécie infestante, condições 
climáticas e adotar técnica de controle. Analisar 
se houve mortalidade de mudas e, caso 
necessário,realizar replantio 
Matocompetição na 
coroa das mudas 
Analisar espécie infestante, condições 
climáticas e priorizar região da “coroa” das 
mudas para adoção de medidas manuais, 
químicas ou mecânica de controle de 
infestantes das mudas. 
Matocompetição na 
entrelinha 
Analisar espécie infestante, condições 
climáticas e adotar medidas manuais, químicas 
ou mecanizadas de controle de infestantes das 
mudas. 
Estrutura Cobertura de copas 
Verificar se o conjunto de espécies plantadas 
contempla aquelas de maior crescimento na 
região e proceder ao adensamento associado 
com outras medidas de adequação dos 
indicadores do Grupo Manutenção 
Fonte: Adaptação de Melo et al. (2010). 
 
 
 
 
27 
 
1.1. Parâmetros de diagnóstico dos indicadores 
Para o diagnóstico do nível de adequação de cada indicador da matriz o 
avaliador deve observar os seguintes pontos: 
● Cercamento: avaliar o nível de isolamento da área de implantação do plano 
de recuperação ou a presença de agentes que impeçam a entrada de 
agentes perturbadores do processo; 
● Proteção de perturbadores: avaliar visualmente o nível de perturbação, 
estimando (em porcentagem) a área do terreno em que cada evento ocorre; 
● Mortalidades de mudas: avaliar a uma linha de plantio de 20 mudas 
escolhida aleatoriamente, posteriormente verifica o número de falhas e 
obter a mortalidade através da equação (2). Deve-se evitar a área de 
bordas. Na área estudada serão coletadas 20 amostras; 
𝑀𝑜𝑟𝑡𝑎𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 (%) = 𝑛º 𝑑𝑒 𝑓𝑎𝑙ℎ𝑎𝑠 × 5 (2) 
● Ataque de formigas: avaliar a possibilidade de ocorrência de ataque em 
reboleiras, principalmente nas bordas do reflorestamento. Utilizando as 20 
mudas analisadas no cálculo do indicador anterior, o avaliador determina a 
quantidade de mudas suscetíveis ao ataque para aplicar na equação (3); 
𝐴𝑡𝑎𝑞𝑢𝑒 𝑑𝑒 𝑓𝑜𝑟𝑚𝑖𝑔𝑎𝑠 (%) = 𝑛º 𝑚𝑢𝑑𝑎𝑠 𝑎𝑡𝑎𝑐𝑎𝑑𝑎𝑠 × 5 (3) 
● Matocompetição na coroa das mudas: avaliar visualmente a ocorrência 
de matocompetição na região da coroa das mudas para comparação com 
os níveis de adequação; 
● Matocompetição na entrelinha: avaliar visualmente a ocorrência de 
matocompetição na região das entrelinhas para comparação com os níveis 
de adequação; 
● Cobertura de copas (%): com uma trena de 15 metros, o avaliador a 
estende sobre o terreno, no sentido diagonal ao do plantio (Figura 7). Todas 
as copas que estiverem sobre a linha da trena terão o comprimento da copa 
medidas (Figura 8), a somatória do comprimento das copas de cada 
amostra é aplicada na equação (4). O processo deve ser repetido três 
vezes, cobrindo a maior extensão do terreno. 
𝐶𝐶 (%) =
∑ 𝐴1𝑖
𝑛
𝑖=1 +∑ 𝐴2𝑖
𝑛
𝑖=1
2×𝐿
× 100 (4) 
onde: CC - Cobertura de copas (%); 
A1 - Amostra 1 (m); 
 
 
28 
 
A2 - Amostra 2 (m); 
n - número de copas analisadas (indivíduos); 
L - comprimento da trena (15 m). 
Figura 7 - Aplicação do método de estimativa da cobertura de copas em vista de 
perfil. 
 
Fonte: Autores (2020) 
Figura 8 - Vista superior do método de estimativa da cobertura de copas. 
 
Fonte: Autores (2020) 
2. Periodicidade da coleta de dados e da apresentação dos relatórios 
O monitoramento necessita do estabelecimento de uma periodicidade, que 
tem o intuito de gerar uma análise confiável de cada um dos indicadores, e a 
verificação da evolução do reflorestamento, durante os cinco (5) anos de execução 
 
 
29 
 
do plano, o grau de desenvolvimento das mudas e da eficácia do manejo 
recomendado na implementação do projeto (Tabela 2). Os intervalos podem ser 
alterados em função de características ligadas à logística da organização 
realizadora da avaliação. 
Tabela 3 - Periodicidade da matriz de avaliação 
Etapa Indicador Periodicidade 
Preparo 
Cercamento 
Mensal no 1º ano 
Trimestral a partir do 2º ano 
Proteção de perturbadores 
Manutenção 
Mortalidade de mudas 
Mensal no 1º ano 
Trimestral a partir do 2º ano 
Ataque de formigas 
Matocompetição na coroa 
das mudas 
Matocompetição na 
entrelinha 
Estrutura Cobertura de copas 
Trimestral no 1º ano 
Semestral a partir do 2º ano 
Fonte: Adaptação de Melo et al. (2010).
 
 
30 
 
XI. CRONOGRAMA FÍSICO E 
: 
 : 
1. Cronograma físico 
Tabela 4 – Cronograma físico 
1º ANO 
Etapa Atividade 
Meses 
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ 
IMPLANTAÇÃO 
ISOLAMENTO DA 
ÁREA 
 
PREPARO DO 
SOLO 
 
CONTROLE DAS 
ESPÉCIES 
EXÓTICAS 
 
SELEÇÃO DE 
ESPÉCIES 
 
PLANTIO DE 
MUDAS 
 
MANUTENÇÃO 
IRRIGAÇÃO 
 
ADUBAÇÃO 
 
 
 
31 
 
ROÇA E 
COROAMENTO 
 
CONTROLE DE 
PRAGAS E 
DOENÇAS 
 
SUBSTITUIÇÃO 
DE PLANTAS 
NOVAS 
 
CONTENÇÃO DA 
EROSÃO NO 
TALUDE DO RIO 
COM 
COBERTURA 
VEGETAL 
 
MONITORAMEN
TO DA 
RECUPERAÇÃO 
INDICADORES 
DE 
MONITORAMENT
O E AVALIAÇÃO 
 
PARÂMETROS E 
INTERVALOS DE 
DIAGNÓSTICO 
DOS 
INDICADORES 
 
PERIODICIDADE 
DA COLETA DE 
DADOS E DA 
APRESENTAÇÃO 
DE RELATÓRIOS 
 
 
 
32 
 
 
2º ANO 
Etapa Atividade 
Meses 
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ 
IMPL
ANT
AÇÃ
O 
ISOLAMENTO DA ÁREA 
PREPARO DO SOLO 
CONTROLE DAS ESPÉCIES 
EXÓTICAS 
 
SELEÇÃO DE ESPÉCIES 
PLANTIO DE MUDAS 
MAN
UTE
NÇÃ
O 
IRRIGAÇÃO 
ADUBAÇÃO 
ROÇA E COROAMENTO 
CONTROLE DE PRAGAS E 
DOENÇAS 
 
SUBSTITUIÇÃO DE 
PLANTAS NOVAS 
 
 
 
33 
 
CONTENÇÃO DA EROSÃO 
NO TALUDE DO RIO COM 
COBERTURA VEGETAL 
 
MON
ITOR
AME
NTO 
DA 
REC
UPE
RAÇ
ÃO 
INDICADORES DE 
MONITORAMENTO E 
AVALIAÇÃO 
 
PARÂMETROS E 
INTERVALOS DE 
DIAGNÓSTICO DOS 
INDICADORES 
 
PERIODICIDADE DA 
COLETA DE DADOS E DA 
APRESENTAÇÃO DE 
RELATÓRIOS 
 
 
 
3º ANO 
Etapa Atividade 
Meses 
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ 
IMPL
ANT
AÇÃ
O 
ISOLAMENTO DA ÁREA 
PREPARO DO SOLO 
CONTROLE DAS ESPÉCIES 
EXÓTICAS 
 
 
 
34 
 
SELEÇÃO DE ESPÉCIES 
PLANTIO DE MUDAS 
MAN
UTE
NÇÃ
O 
IRRIGAÇÃO 
ADUBAÇÃO 
ROÇA E COROAMENTO 
CONTROLE DE PRAGAS E 
DOENÇAS 
 
SUBSTITUIÇÃO DE 
PLANTAS NOVAS 
 
CONTENÇÃO DA EROSÃO 
NO TALUDE DO RIO COM 
COBERTURA VEGETAL 
 
MON
ITOR
AME
NTO 
DA 
REC
UPE
INDICADORES DE 
MONITORAMENTO E 
AVALIAÇÃO 
 
PARÂMETROS E 
INTERVALOS DE 
DIAGNÓSTICO DOS 
INDICADORES 
 
 
 
35 
 
RAÇ
ÃO 
PERIODICIDADE DA 
COLETA DE DADOS E DA 
APRESENTAÇÃO DE 
RELATÓRIOS 
 
 
 
 4º e 5º ANOS 
Etapa Atividade 
Trimestres 
1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 
IMP
LAN
TAÇ
ÃO 
ISOLAMENTO DA ÁREA 
 
 
PREPARO DO SOLO 
 
 
CONTROLE DAS 
ESPÉCIES EXÓTICAS 
 
 
 
SELEÇÃO DE ESPÉCIES 
 
 
PLANTIO DE MUDAS 
 
 
MA
NUT
ENÇ
ÃO 
IRRIGAÇÃO 
 
 
 
ADUBAÇÃO 
 
 
 
ROÇA E COROAMENTO 
 
 
 
 
36 
 
CONTROLE DE PRAGAS 
E DOENÇAS 
 
 
 
SUBSTITUIÇÃO DE 
PLANTAS NOVAS 
 
 
 
CONTENÇÃO DA 
EROSÃO NO TALUDE DO 
RIO COM COBERTURA 
VEGETAL 
 
 
 
MO
NIT
ORA
ME
NTO 
DA 
REC
UPE
RAÇ
ÃO 
INDICADORES DE 
MONITORAMENTO E 
AVALIAÇÃO 
 
 
PARÂMETROS E 
INTERVALOS DE 
DIAGNÓSTICO DOS 
INDICADORES 
 
 
PERIODICIDADE DA 
COLETA DE DADOS E DA 
APRESENTAÇÃO DE 
RELATÓRIOS 
 
 
 
Fonte: Autores (2020)
 
 
37 
 
 
2. Cronograma financeiro 
Tabela 5 – Cronograma financeiro 
ITENS 
PERÍODO 
1º ANO 2º ANO 3º ANO 4º ANO 5º ANO 
Mudas 13.081,75 
Arame para cerca 3.658,41 
Enxada 506,00 
Adubo químico 
NPK 
6.120,00 6.120,00 
Material para 
irrigação 
73.667,38 100,00 100,00 
EPI 4.782,20 4.782,20 2.391,10 2.391,10 2.391,10 
Material para 
plantio 
1.485,80 250,00 250,00 
Hidrogel245,00 
Óleo diesel 
queimado 
50,00 
Mão de obra 36.000,00 36.000,00 18.000,00 18.000,00 18.000,00 
Caminhão pipa 240,00 240,00 120,00 120,00 120,00 
Esterco Bovino 6716,00 6716,00 
Custo por ano R$ 146.552,54 R$ 53.858,2 R$ 20.861,10 R$ 20.511,10 R$ 20.861,10 
Custo total 
R$ 
262.644,04 
Fonte: Autores (202
 
 
38 
 
3. Valores utilizados nos cálculos dos custos 
Os valores que compõem o cronograma financeiro foram obtidos a partir da 
pesquisa de preços realizada comparando os valores em pelo menos três lojas, 
escolhendo o menor preço. Outro fator considerado foi a quantidade de meses em 
que o item seria utilizado. 
Abaixo foram listados os itens e os respectivos preços e quantidades: 
● Mudas 
Sabiá (Mimosa caesalpiniaefolia) - R$ 1,20 (174 mudas); 
Catingueira (Caesalpinia pyramidalis) - R$ 23,00 (150 mudas); 
Jucá (Libidibia ferrea) - R$ 12,25 (313 mudas); 
Aroeira (Myracrodruon urundeuva) - R$ 2,39 (313 mudas); 
Angico (Anadenanthera colubrina) - R$ 12,26 (313 mudas); 
Juazeiro (Ziziphus joazeiro) - R$ 20,00 (150 mudas). 
● Arame para a cerca – R$ 406,49 (5000m²) 
● Enxada – R$ 506,00 (20 unidades) 
● Adubo químico NPK - R$ 193,56/kg (150kg/mês) 
● Material para irrigação - R$ 73.667,38 (Sistema de gotejamento) 
● EPI 
Touca árabe - R$ 10,27 (20 unidades) 
Luvas - R$ 8,84 (20 unidades) 
Camisa - R$ 40,00 (20 unidades) 
Calça - R$ 60,00 (20 unidades) 
Botas - R$ 80,00 (20 unidades) 
● Material para plantio 
Cavadeira – R$ 35,00 (5 unidades) 
Pá - R$ 25,54 (10 unidades) 
Pazinha – R$ 7,52 (20 unidades) 
Carro de mão - R$ 110,00 (5 unidades) 
Picareta – R$ 35,50 (10 unidades) 
 
 
39 
 
● Hidrogel - R$ 245,00 (7kg) 
● Óleo diesel queimado – R$ 50,00 (10L) 
● Mão de obra – R$ 50,00 (20 trabalhadores por diária) 
● Caminhão pipa – R$ 120,00 
● Esterco de gado – 16,79/10kg (4000kg) 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
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