Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CRIMINAL DE XX Proc. Nº ... MATEUS, já qualificado no processo crime em epígrafe nos autos da ação penal que lhe move o MP, vem por meio de seu advogado que este subscreve, perante V. Ex° com fulcro no art. 396, “A” do CPP oferecer RESPOSTA À ACUSAÇÃO pelas razões de fato e de direito a seguir expostas. DOS FATOS Alega o Ministério Público que no mês de agosto de 2010, em dia não determinado, Mateus dirigiu-se à residência de Maísa, para assistir, pela televisão, a um jogo de futebol e aproveitando-se do fato de estar a só com Maísa, mantiveram conjunção carnal. Fato atestado em laudo de exame de corpo de delito. Afirma também que Maísa possui deficiência mental, porém nos autos, havia somente a peça inicial acusatória, o laudo comprobatório da ocorrência de relação sexual entre Mateus e Maísa, os depoimentos prestados na fase do inquérito e a folha de antecedentes penais do acusado. Entretanto Mateus declarou não saber que Maísa, ora vítima, possuía deficiência mental e que já a namorava havia algum tempo, e que sua avó materna, Olinda, e sua mãe, Alda, que moram com ele, sabiam do namoro e que todas as relações que manteve com a vítima eram consentidas. Nem a vítima nem a família dela quiseram dar ensejo à ação penal, tendo o promotor, segundo o réu, agido por conta própria. Por fim, Mateus informou que não havia qualquer prova da debilidade mental da vítima. DO DIREITO DA PRELIMINAR POR ILEGITIMIDADE DA PARTE Há nulidade ante a ausência de representação do ofendido tendo em vista que o crime de estupro de vulnerável previsto no art. 217-A do CP trata de uma ação penal pública condicionada a representação da vítima e, portanto, o MP é parte ilegítima sendo o processo nulo conforme o art. 564, III, “A” do CPP. DO MÉRITO O acusado era namorado da vítima e não tinha conhecimento da deficiência da vítima bem como não houve laudo que a comprovasse está. Portanto trata-se de um fato atípico devido a ausência de dolo para praticar o tipo penal. Logo trata-se absolvição sumária ao acusado devido a atipicidade com fundamento no art.397, III, do código de processo penal. DO PEDIDO Diante o exposto requer: Preliminarmente o acolhimento por ilegitimidade da parte por consequente a nulidade do processo nos termos do art. 564, II do CPP. Não sendo esse o entendimento de V. Ex°, requer a absolvição sumária do acusado com fulcro no art. 397, III do CPP Caso ainda não seja este o entendimento, vencido o pedido de absolvição sumária, requer a improcedência do pedido com absolvição final do acusado conforme restará demonstrado após a instrução Por fim, requer a notificação das testemunhas a seguir arroladas. Requer a juntada de documentos com o presente pedido. Termos em que, Pede-se deferimento Local/03/11/2016 Advogado. OAB/RJ Rol de testemunhas: Olinda (qualificação) Alda (qualificação)
Compartilhar