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Livro Hidrogeologia do estado de Goiás

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H
idrogeologia do Estado de G
oiás
2006
Hidrogeologia
SÉRIE GEOLOGIA E MINERAÇÃO
1
do Estado de Goiás
Rio da Lapa, entrada da Gruta de Terra Ronca - Sistema Aqüífero Bambuí
Parque Estadual de Terra Ronca - São Domingos, Goiás
Serra Geral de Goiás e Morro do Moleque - Sistema Aqüífero Urucuia
São Domingos, Goiás.
�Hidrogeologia do Estado de Goiás
� Hidrogeologia do Estado de Goiás
�Hidrogeologia do Estado de Goiás
Trabalho laureado com o Prêmio CREA Goiás de Meio Ambiente 2006
na categoria “Geologia e Minas”
� Hidrogeologia do Estado de Goiás
�Hidrogeologia do Estado de Goiás
HIDROGEOLOGIA DO
ESTADO DE GOIÁS
Goiânia
2006
� Hidrogeologia do Estado de Goiás
Hidrogeologia do Estado de Goiás e Distrito Federal 
GOVERNO DO ESTADO DE GOIÁS 
Alcides Rodrigues Filho 
Governador
SECRETARIA DE INDÚSTRIA E COMÉRCIO 
Ridoval Darci Chiareloto 
Secretário
SUPERINTENDÊNCIA DE GEOLOGIA E MINERAÇÃO 
Luiz Fernando Magalhães 
Superintendente 
GERÊNCIA DE GEOLOGIA 
Antônio Passos Rodrigues 
Gerente 
Hidrogeologia do Estado de Goiás e Distrito Federal
�Hidrogeologia do Estado de Goiás
GOVERNO DO ESTADO DE GOIÁS 
SECRETARIA DE INDÚSTRIA E COMÉRCIO 
SUPERINTENDÊNCIA DE GEOLOGIA E MINERAÇÃO
Hidrogeologia do Estado de Goiás e Distrito Federal 
Série Geologia e Mineração 
Número 1 
Autores
Leonardo de Almeida 
Leonardo Resende 
Antônio Passos Rodrigues 
José Eloi Guimarães Campos 
Goiânia – Goiás 
2006
Hidrogeologia do Estado de Goiás e Distrito Federal
� Hidrogeologia do Estado de Goiás
EQUIPE TÉCNICA 
Leonardo de Almeida – Geólogo (Coordenador) 
Leonardo Resende – Geólogo 
Antônio Passos Rodrigues – Geólogo 
José Eloi Guimarães Campos – Geólogo (Consultor) 
COLABORADORES
Maria Luiza Osório Moreira – Geóloga 
Heitor Faria da Costa – Geólogo 
Cláudio Rodrigues da Silva – Geólogo 
Levindo Cardoso Medeiros – Tecnólogo em Geoprocessamento 
Cristina Maria Pompeo de Camargo e Silva – Bibliotecária 
Sílvio Divino Carolina – Químico 
Rafael Lisita Júnior – Administrador 
Benedito Lopes da Silva – Técnico em Mineração 
Juarez Rodrigues dos Santos – Técnico em Mineração 
Ivanilson Dantas da Fonseca – Técnico em Mineração 
Jeovah Quintino da Silva – Técnico em Mineração 
Sérgio Pereira da Silva – Técnico em Mineração 
Wilson Roberto dos Santos – Técnico em Mineração 
José Leonardo Neves de Souza – Técnico em Mineração 
Francisco Fernandes Pereira – Técnico Químico 
Sabrina de Morais Guimarães – Tecnóloga em Geoprocessamento 
Fotos: Capa: 1 – Precipitação pluvial (chuva), Morrinhos (GO); 
2 – Cachoeira no Rio Claro, Itaguaçu (GO); 
3 – Ensaio de Permeabilidade in situ, método dos anéis concêntricos. 
GOIÁS (Estado). Secretaria de Indústria e Comércio. Superintendência 
de Geologia e Mineração. 
Hidrogeologia do Estado de Goiás. Por Leonardo de Almeida, 
Leonardo Resende, Antônio Passos Rodrigues, José Eloi Guimarães 
Campos. Goiânia, 2006. 
232 p.: il. (Série Geologia e Mineração, n. 1) 
1. Hidrogeologia – Goiás. 2. Gestão dos Recursos Hídricos. 
3. Águas Termais. 4. Ensaios de Permeabilidade in situ. I. ALMEIDA, 
L. de (Coord.). II. RESENDE, L. III. RODRIGUES, A. P. IV. 
CAMPOS, J. E. G. IV. Título. 
CDU: 556.3 (817.3) 
�Hidrogeologia do Estado de Goiás
SUMÁRIO 
APRESENTAÇÃO ...................................................................................................................................................... 17
CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 19
 1.1. ÁGUA .............................................................................................................................................................. 19
 1.2. ÁGUAS SUBTERRÂNEAS ........................................................................................................................... 20
CAPÍTULO II – GEOLOGIA .................................................................................................................................. 25
 2.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS ......................................................................................................................... 25
 2.2. TERRENOS GRANITO-GREENSTONE (Arqueano) .................................................................................... 26
 2.3. TERRENOS CRISTALINOS (Paleo/Neoproterozóico) ................................................................................. 27
 2.4. COMPLEXOS MÁFICO-ULTRAMÁFICOS DIFERENCIADOS (Paleo/Neoproterozóico) ....................... 28
 2.5. SEQÜÊNCIAS VULCANOSSEDIMENTARES (Paleo/Neoproterozóico) ................................................... 29
 2.5.1. Seqüências Paleoproterozóicas ................................................................................................................ 29
 2.5.2. Seqüências Mesoproterozóicas ................................................................................................................ 29
 2.5.3. Seqüências Neoproterozóicas .................................................................................................................. 30
 2.6. GRUPO ARAÍ (Paleo/Mesoproterozóico) ...................................................................................................... 30
 2.7. GRUPO SERRA DA MESA/GRUPO SERRA DOURADA (Paleo/Mesoproterozóico) ............................... 31
 2.8. GRUPO CANASTRA (Meso/Neoproterozóico) ............................................................................................. 32
 2.9. GRUPO PARANOÁ (Meso/Neoproterozóico) ............................................................................................... 33
 2.10. GRUPO ARAXÁ (Neoproterozóico) ............................................................................................................ 35
 2.11. GRUPO BAMBUÍ (Neoproterozóico) .......................................................................................................... 35
 2.12. GRUPO IBIÁ (Neoproterozóico) .................................................................................................................. 36
 2.13. GRANITOS ................................................................................................................................................... 38
 2.14. BACIA DO PARANÁ ................................................................................................................................... 38
 2.15. BACIA SANFRANCISCANA ...................................................................................................................... 41
 2.16. ROCHAS ALCALINAS ............................................................................................................................... 43
 2.17. COBERTURAS CENOZÓICAS ................................................................................................................... 44
CAPÍTULO III – GEOMORFOLOGIA ................................................................................................................. 47
 3.1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 47
 3.2. METODOLOGIA E BASES CONCEITUAIS ............................................................................................... 47
 3.3. SISTEMAS DENUDACIONAIS .................................................................................................................... 48
 3.3.1. Superfícies Regionais de Aplainamento – SRA ...................................................................................... 48
 3.3.2. Zonas de Erosão Recuante – ZER ...........................................................................................................
53
 3.3.3. Morros e Colinas – MC ........................................................................................................................... 55
 3.3.4. Estruturas Dobradas – ED ........................................................................................................................ 55
 3.3.5. Estruturas de Blocos Falhados – EF ........................................................................................................ 56
 3.3.6. Sistemas Cársticos ................................................................................................................................... 56
 3.4. SISTEMAS AGRADACIONAIS .................................................................................................................... 57
 3.4.1. Sistemas Lacustres ................................................................................................................................... 58
 3.4.2. Sistemas Fluviais ..................................................................................................................................... 58
 3.5. CONCLUSÕES ............................................................................................................................................... 59
CAPÍTULO IV – CLIMA ......................................................................................................................................... 61
 4.1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 61
 4.2. ELEMENTOS CLIMÁTICOS ........................................................................................................................ 61
 4.2.1. Precipitação .............................................................................................................................................. 61
 4.2.2. Temperaturas Máxima e Mínima do Ar .................................................................................................. 68
 4.2.3. Evaporação de Água para a Atmosfera .................................................................................................... 74
 4.2.4. Umidade Relativa do Ar .......................................................................................................................... 77
 4.2.5. Insolação .................................................................................................................................................. 80
 4.3. EXCEDENTE E/OU DÉFICIT HÍDRICO ..................................................................................................... 83
 4.4. CONSIDERAÇÕES GERAIS ......................................................................................................................... 86
CAPÍTULO V – SOLOS ........................................................................................................................................... 87
 5.1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 87
 5.2. LATOSSOLOS ................................................................................................................................................ 88
 5.2.1. Latossolos Vermelhos 1 ........................................................................................................................... 89
 5.2.2. Latossolos Vermelhos 2 ........................................................................................................................... 90
 5.2.3. Latossolos Vermelho-Amarelos .............................................................................................................. 90
 5.3. CAMBISSOLOS ............................................................................................................................................. 91
 5.4. ASSOCIAÇÃO ARGISSOLOS/NITOSSOLOS ............................................................................................. 92
 5.5. NEOSSOLOS QUARTZARÊNICOS ............................................................................................................. 94
 5.6. PLINTOSSOLOS ............................................................................................................................................ 95
�0 Hidrogeologia do Estado de Goiás
 5.7. NEOSSOLOS LITÓLICOS ............................................................................................................................. 96
 5.8. ASSOCIAÇÃO GLEISSOLOS/NEOSSOLOS FLÚVICOS .......................................................................... 97
CAPÍTULO VI – ANÁLISE DE LINEAMENTOS ............................................................................................... 99
 6.1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 99
 6.2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS .................................................................................................... 102
 6.3. AVALIAÇÃO DOS LINEAMENTOS ........................................................................................................... 103
 6.3.1. Norte da Sintaxe dos Pirineus ................................................................................................................. 104
 6.3.2. Sul da Sintaxe dos Pirineus ...................................................................................................................... 106
 6.3.3. Região dos Arcos de Ilha do Oeste do Estado ......................................................................................... 107
 6.3.4. Bacia do São Francisco ............................................................................................................................ 108
 6.3.5. Bacia do Paraná ....................................................................................................................................... 110
 6.3.6. Bacia do Araguaia .................................................................................................................................... 110
 6.3.7. Avaliação Integrada ................................................................................................................................. 112
 6.4. CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................................................... 114
CAPÍTULO VII – USO E COBERTURA VEGETAL .......................................................................................... 115
 7.1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 115
 7.2. CLASSES DE USO ......................................................................................................................................... 115
 7.2.1. Agricultura ............................................................................................................................................... 115
 7.2.2. Água ......................................................................................................................................................... 116
 7.2.3. Área Urbana ............................................................................................................................................. 116
 7.2.4. Cerrado e Floresta ....................................................................................................................................
117
 7.2.5. Pastagem .................................................................................................................................................. 117
 7.2.6. Solo Exposto (Exceto Agricultura) .......................................................................................................... 118
 7.3. CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................................................... 118
CAPÍTULO VIII – HIDROGRAFIA ...................................................................................................................... 121
 8.1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 121
 8.2. REGIÃO HIDROGRÁFICA TOCANTINS/ARAGUAIA ............................................................................. 121
 8.2.1. Rio Araguaia ............................................................................................................................................ 122
 8.2.2. Rio Tocantins ........................................................................................................................................... 122
 8.3. REGIÃO HIDROGRÁFICA DO SÃO FRANCISCO .................................................................................... 123
 8.4. REGIÃO HIDROGRÁFICA DO PARANÁ ................................................................................................... 123
 8.5. MASSAS D’ÁGUA ......................................................................................................................................... 124
 8.5.1. Região Hidrográfica do Paraná ................................................................................................................ 124
 8.5.2. Região Hidrográfica Tocantins/Araguaia ................................................................................................ 126
 8.5.3. Região Hidrográfica do São Francisco .................................................................................................... 127
 8.5.4. Lagoas Naturais ....................................................................................................................................... 127
CAPÍTULO IX – ENSAIOS DE PERMEABILIDADE ......................................................................................... 129
 9.1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 129
 9.2. MÉTODO DOS ANÉIS CONCÊNTRICOS ................................................................................................... 130
 9.3. MÉTODO OPEN END HOLE ........................................................................................................................ 131
 9.4. AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS .............................................................................................................. 132
 9.5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................................................... 134
CAPÍTULO X – SISTEMAS AQÜÍFEROS ........................................................................................................... 137
 10.1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................. 137
 10.2. CARACTERIZAÇÃO DOS AQÜÍFEROS .................................................................................................. 137
 10.2.1. Sistemas Aqüíferos Freáticos ................................................................................................................ 138
 10.2.1.1. Sistema Aqüífero Freático I – F1 ................................................................................................. 140
 10.2.1.2. Sistema Aqüífero Freático II – F2 ................................................................................................ 141
 10.2.1.3. Sistema Aqüífero Freático III – F3 .............................................................................................. 141
 10.2.2. Sistemas Aqüíferos Profundos ............................................................................................................... 142
 10.2.3. Caracterização dos Aqüíferos Profundos ............................................................................................... 146
 10.2.3.1. Sistema Aqüífero Cristalino Oeste (SACW) ................................................................................ 146
 10.2.3.2. Sistema Aqüífero Cristalino Noroeste (SACNW) ........................................................................ 146
 10.2.3.3. Sistema Aqüífero Cristalino Nordeste (SACNE) ......................................................................... 147
 10.2.3.4. Sistema Aqüífero Cristalino Sudeste (SACSE) ............................................................................ 147
 10.2.3.5. Sistema Aqüífero Greenstone Belts (SAGB) ................................................................................ 148
 10.2.3.6. Sistema Aqüífero Complexos Acamadados (SACA) .................................................................... 148
 10.2.3.7. Sistema Aqüífero Araí (SAAR) ..................................................................................................... 149
 10.2.3.8. Sistema Aqüífero Canastra (SAC) ............................................................................................... 150
 10.2.3.9. Sistema Aqüífero Araxá (SAAX) .................................................................................................. 151
 10.2.3.10. Sistema Aqüífero Serra da Mesa (SASM) .................................................................................. 152
��Hidrogeologia do Estado de Goiás
 10.2.3.11. Sistema Aqüífero Paranoá (SAP) .............................................................................................. 152
 10.2.3.12. Sistema Aqüífero Bambuí (SAB) ................................................................................................ 155
 10.2.3.13. Sistema Aqüífero Furnas (SAF) ................................................................................................. 157
 10.2.3.14. Sistema Aqüífero Ponta Grossa (SACW) ................................................................................... 158
 10.2.3.15. Sistema Aqüífero Aquidauna (SAAQ) ........................................................................................ 158
 10.2.3.16. Sistema Aqüífero Guarani (SAG) .............................................................................................. 159
 10.2.3.17. Sistema Aqüífero Serra Geral (SASG) ....................................................................................... 161
 10.2.3.18. Sistema Aqüífero Bauru (SABAU) ............................................................................................. 161
 10.2.3.19. Sistema Aqüífero Cachoeirinha (SACH) ................................................................................... 162
 10.2.3.20. Sistema Aqüífero Urucuia (SAU) ............................................................................................... 163
 10.2.3.21. Sistema Aqüífero Araguaia (SAAG) ..........................................................................................
164
 10.2.3.22. Sistema Aqüífero Ouvidor-Catalão (SAOC) .............................................................................. 165
 10.2.3.23. Aqüíferos Isolados ..................................................................................................................... 166
 10.3. MAPA HIDROGEOLÓGICO ....................................................................................................................... 166
 10.4. ESTIMATIVA DE RESERVAS ................................................................................................................... 167
 10.4.1. Aqüíferos Intergranulares ...................................................................................................................... 168
 10.4.2. Aqüíferos Fraturados, Cársticos e Físsuro-Cársticos ............................................................................. 168
 10.4.3. Reservas Explotáveis ............................................................................................................................. 170
 10.5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................................ 173
CAPÍTULO XI – CARACTERIZAÇÃO HIDROQUÍMICA ............................................................................... 175
 11.1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................ 175
 11.2. METODOLOGIA ANALÍTICA .................................................................................................................. 175
 11.3. RESULTADOS ............................................................................................................................................. 176
 11.4. FÁCIES HIDROGEOQUÍMICAS ............................................................................................................... 178
 11.5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................................ 185
CAPÍTULO XII – ÁGUAS TERMAIS E SULFUROSAS .................................................................................... 187
 12.1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................ 187
 12.2. ÁGUAS TERMAIS ...................................................................................................................................... 187
 12.2.1. Região de Caldas Novas/Rio Quente .................................................................................................... 189
 12.2.2. Região de Lagoa Santa .......................................................................................................................... 191
 12.2.3. Região de Cachoeira Dourada ............................................................................................................... 192
 12.2.4. Região de Aragarças ............................................................................................................................. 193
 12.2.5. Região de Minaçu ................................................................................................................................. 193
 12.2.6. Região de Jataí ...................................................................................................................................... 195
 12.2.7. Região da Chapada dos Veadeiros ........................................................................................................ 195
 12.2.8. Região de Mara Rosa ............................................................................................................................ 197
 12.3. HIDROQUÍMICA DAS ÁGUAS TERMAIS ............................................................................................... 197
 12.4. ÁGUAS SULFUROSAS .............................................................................................................................. 198
 12.4.1. Águas de São João ................................................................................................................................ 198
 12.4.2. Montes Claros de Goiás ........................................................................................................................ 199
 12.5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................................ 199
CAPÍTULO XIII – GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS SUBTERRÂNEOS ............................................ 203
 13.1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................. 203
 13.2. PROPOSTAS DE PRÁTICAS PARA A GESTÃO ...................................................................................... 203
 13.2.1. Construção Adequada dos Sistemas de Captação .................................................................................. 204
 13.2.2. Recarga Artificial de Aqüíferos ............................................................................................................. 205
 13.2.3. Recuperação de Áreas Degradadas ........................................................................................................ 208
 13.2.4. Investimento em Saneamento Ambiental .............................................................................................. 208
 13.2.5. Educação Ambiental .............................................................................................................................. 209
 13.2.6. Construção de Barragens Subterrâneas .................................................................................................. 210
 13.2.7. Mapeamento da Vulnerabilidade e Risco de Contaminação ................................................................. 210
 13.2.8. Refinamento das Estimativas de Reservas Hídricas .............................................................................. 212
 13.2.9. Implantação de Sistemas de Outorga e Cobrança .................................................................................. 212
 13.2.10. Integração das Instituições Gestoras .................................................................................................... 213
CAPÍTULO XIV – CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................................. 215
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................................................... 219
�� Hidrogeologia do Estado de Goiás
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1.1 – Distribuição das águas no Planeta Terra ................................................................................................ 20
Figura 1.2 – Distribuição das águas doces no planeta ................................................................................................ 20
Figura 1.3 – Representação esquemática do ciclo hidrológico ................................................................................... 20
Figura 1.4 – Províncias Hidrogeológicas do Brasil .................................................................................................... 22
Figura 2.1 – Síntese da estratigrafia dos terrenos greenstone belts do estado de Goiás ............................................. 27
Figura 2.2 – Correlações estratigráficas entre os complexos acamadados da porção central de Goiás ..................... 29
Figura 2.3 – Correlações
estratigráficas propostas por diversos autores para o Grupo Araí. As várias proposições 
representam colunas-tipo construídas em diferentes regiões do norte do estado de Goiás ......................................... 31
Figura 2.4 – Estratigrafia do Grupo Canastra, conforme Freitas-Silva & Dardenne (1994) ...................................... 33
Figura 2.5 – Estratigrafia do Grupo Paranoá na área-tipo de Alto Paraíso de Goiás - São João D’Aliança .............. 34
Figura 2.6 – Estratigrafia do Grupo Bambuí, segundo Dardenne (1978a) ................................................................. 37
Figura 2.7 – Estratigrafia do Grupo Ibiá, conforme Pereira (1992) e Pereira et al. (1994) ........................................ 37
Figura 2.8 – Carta estratigráfica da Bacia do Paraná no estado de Goiás .................................................................. 39
Figura 2.9 – Carta estratigráfica da Bacia Sanfranciscana ......................................................................................... 43
Figura 3.1 – SRA-IVA, representada localmente pelo Vão do Rio Claro (em primeiro plano) em transição 
abrupta para a SRA IA, representada pela Chapada dos Veadeiros (em segundo plano) ........................................... 49
Figura 3.2 – Aspecto geomorfológico regional, na região de São Domingos (GO), mostrando, em primeiro plano, 
a ZER, que erode, com forte dissecação, a SRA-IIA (localmente, representada pela Serra Geral de Goiás, em 
segundo plano) e forma a SRA-IVA, representada, localmente, pelo Vão do Paranã ................................................ 50
Figura 3.3 – Vista geral da SRA-IIIA, localmente representada na região de Goiânia ............................................. 51
Figura 3.4 – Vista panorâmica do Vão do Paranã (SRA-IVA). Foto tirada a partir da rampa de salto de vôo livre, 
próximo ao Distrito de São Gabriel, localmente representando a SRA-IIA. Observa-se a ZER na transição entre as 
duas superfícies ............................................................................................................................................................ 52
Figura 3.5 – Região de Monte Alegre de Goiás, Vista geral da SRA-IVA (em primeiro plano), com feições de 
Morros e Colinas ao fundo .......................................................................................................................................... 55
Figura 3.6 – Vista geral de geoformas de Hogback, na região de Nova Roma ......................................................... 56
Figura 3.7 – Sistema Cárstico bem representado no Parque Estadual de Terra Ronca. Vista da entrada da Gruta 
de Terra Ronca, São Domingos (GO) .......................................................................................................................... 57
Figura 3.8 – Sistema Cárstico representado por morros de calcário na região de Cabeceiras (GO) .......................... 57
Figura 3.9 – Planície Fluvial do Rio Araguaia na região de Luiz Alves, noroeste de Goiás. Geoforma 
representativa de Planície Fluvial de Espiras de Meandro .......................................................................................... 58
Figura 4.1 - Precipitação pluvial – janeiro ................................................................................................................. 62
Figura 4.2 - Precipitação pluvial – fevereiro .............................................................................................................. 62
Figura 4.3 - Precipitação pluvial – março .................................................................................................................. 63
Figura 4.4 - Precipitação pluvial – abril ..................................................................................................................... 63
Figura 4.5 - Precipitação pluvial – maio .................................................................................................................... 63
Figura 4.6 - Precipitação pluvial – junho ................................................................................................................... 63
Figura 4.7 - Precipitação pluvial – julho .................................................................................................................... 63
Figura 4.8 - Precipitação pluvial – agosto .................................................................................................................. 63
Figura 4.9 - Precipitação pluvial – setembro ............................................................................................................. 64
Figura 4.10 - Precipitação pluvial – outubro .............................................................................................................. 64
Figura 4.11 - Precipitação pluvial – novembro .......................................................................................................... 64
Figura 4.12 - Precipitação pluvial – dezembro .......................................................................................................... 64
Figura 4.13 - Precipitação pluvial - período chuvoso (outubro a abril) ..................................................................... 64
Figura 4.14 - Precipitação pluvial - período seco (maio a setembro) ........................................................................ 64
Figura 4.15 - Precipitação pluvial - média anual ....................................................................................................... 65
Figura 4.16 - Total mensal médio da precipitação (mm) para a Estação Jataí (Período 1986/2002) ........................ 65
Figura 4.17 - Total mensal médio da precipitação (mm) para a Estação Jandaia (Período 1976/2002) .................... 65
Figura 4.18 - Total mensal médio da precipitação (mm) para a Estação Cristalina (Período 1978/2001) ................ 66
Figura 4.19 - Total mensal médio da precipitação (mm) para a Estação Planaltina de GO (Período 1976/2001)..... 66
Figura 4.20 - Total mensal médio da precipitação (mm) para a Estação Estrela do Norte (Período 1976/2002)..... 66
Figura 4.21 - Total mensal médio da precipitação (mm) para a Estação São Miguel do Araguaia (Período 
1975/2001) .................................................................................................................................................................. 67
Figura 4.22 - Total mensal médio da precipitação (mm) para a Estação Nova Roma (Período 1975/2001) ............ 67
Figura 4.23 - Total mensal médio da precipitação (mm) para a Estação São Domingos (Período 1975/2001) ........ 67
Figura 4.24 - Temperatura máxima do ar – janeiro ................................................................................................... 68
Figura 4.25 - Temperatura máxima do ar – fevereiro ................................................................................................ 68
Figura 4.26 - Temperatura máxima do ar – março .................................................................................................... 69
Figura 4.27 - Temperatura máxima do ar – abril ....................................................................................................... 69
Figura 4.28 - Temperatura máxima do ar – maio ...................................................................................................... 69
Figura 4.29 - Temperatura máxima do ar – junho ..................................................................................................... 69
Figura 4.30 - Temperatura máxima do ar – julho ...................................................................................................... 69
��Hidrogeologia do Estado de Goiás
Figura 4.31 - Temperatura máxima do ar – agosto .................................................................................................... 69
Figura 4.32 - Temperatura máxima do ar – setembro ................................................................................................
70
Figura 4.33 - Temperatura máxima do ar – outubro .................................................................................................. 70
Figura 4.34 - Temperatura máxima do ar – novembro .............................................................................................. 70
Figura 4.35 - Temperatura máxima do ar – dezembro ............................................................................................... 70
Figura 4.36 - Temperatura máxima do ar – períodochuvoso (outubro a abril) ......................................................... 70
Figura 4.37 - Temperatura máxima do ar – períodoseco (maio a setembro) ............................................................. 70
Figura 4.38 - Temperatura máxima do ar – médiaanual ............................................................................................ 71
Figura 4.39 - Temperatura mínima do ar – janeiro .................................................................................................... 71
Figura 4.40 - Temperatura mínima do ar – fevereiro ................................................................................................. 71
Figura 4.41 - Temperatura mínima do ar – março ..................................................................................................... 71
Figura 4.42 - Temperatura mínima do ar – abril ........................................................................................................ 71
Figura 4.43 - Temperatura mínima do ar – maio ....................................................................................................... 72
Figura 4.44 - Temperatura mínima do ar – junho ...................................................................................................... 72
Figura 4.45 - Temperatura mínima do ar – julho ....................................................................................................... 72
Figura 4.46 - Temperatura mínima do ar – agosto ..................................................................................................... 72
Figura 4.47 - Temperatura mínima do ar – setembro ................................................................................................ 72
Figura 4.48 - Temperatura mínima do ar – outubro ................................................................................................... 72
Figura 4.49 - Temperatura mínima do ar – novembro ............................................................................................... 73
Figura 4.50 - Temperatura mínima do ar – dezembro ............................................................................................... 73
Figura 4.51 - Temperatura mínima do ar – médiaanual ............................................................................................ 73
Figura 4.52 - Temperatura mínima do ar – períodochuvoso (outubro a abril) .......................................................... 73
Figura 4.53 - Temperatura mínima do ar – períodoseco (maio a setembro) ............................................................. 73
Figura 4.54 - Evaporação – janeiro ............................................................................................................................ 74
Figura 4.55 - Evaporação – fevereiro ......................................................................................................................... 74
Figura 4.56 - Evaporação – março ............................................................................................................................. 74
Figura 4.57 - Evaporação – abril ................................................................................................................................ 75
Figura 4.58 - Evaporação – maio ............................................................................................................................... 75
Figura 4.59 - Evaporação – junho .............................................................................................................................. 75
Figura 4.60 - Evaporação – julho ............................................................................................................................... 75
Figura 4.61 - Evaporação – agosto ............................................................................................................................. 75
Figura 4.62 - Evaporação – setembro ........................................................................................................................ 76
Figura 4.63 - Evaporação – outubro ........................................................................................................................... 76
Figura 4.64 - Evaporação – novembro ....................................................................................................................... 76
Figura 4.65 - Evaporação – dezembro ....................................................................................................................... 76
Figura 4.66 - Evaporação – período chuvoso (outubro a abril) ................................................................................. 76
Figura 4.67 - Evaporação – período seco (maio a setembro) ..................................................................................... 76
Figura 4.68 - Evaporação – média anual .................................................................................................................... 77
Figura 4.69 - Umidade relativa do ar – janeiro .......................................................................................................... 77
Figura 4.70 - Umidade relativa do ar – fevereiro ....................................................................................................... 77
Figura 4.71 - Umidade relativa do ar – março ........................................................................................................... 78
Figura 4.72 - Umidade relativa do ar – abril .............................................................................................................. 78
Figura 4.73 - Umidade relativa do ar – maio ............................................................................................................. 78
Figura 4.74 - Umidade relativa do ar – junho ............................................................................................................ 78
Figura 4.75 - Umidade relativa do ar – julho ............................................................................................................. 78
Figura 4.76 - Umidade relativa do ar – agosto ........................................................................................................... 78
Figura 4.77 - Umidade relativa do ar – setembro ...................................................................................................... 79
Figura 4.78 - Umidade relativa do ar – outubro ......................................................................................................... 79
Figura 4.79 - Umidade relativa do ar – novembro ..................................................................................................... 79
Figura 4.80 - Umidade relativa do ar – dezembro ..................................................................................................... 79
Figura 4.81 - Umidade relativa do ar – período chuvoso (outubro a abril) ............................................................... 79
Figura 4.82 - Umidade relativa do ar – período seco (maio a setembro) ................................................................... 79
Figura 4.83 - Umidade relativa do ar – média anual .................................................................................................. 80
Figura 4.84 - Insolação – janeiro ............................................................................................................................... 81
Figura 4.85
- Insolação – fevereiro ............................................................................................................................ 81
Figura 4.86 - Insolação – março ................................................................................................................................. 81
Figura 4.87 - Insolação – abril ................................................................................................................................... 81
Figura 4.88 - Insolação – maio ................................................................................................................................... 81
Figura 4.89 - Insolação – junho ................................................................................................................................. 81
Figura 4.90 - Insolação – julho .................................................................................................................................. 82
Figura 4.91 - Insolação – agosto ................................................................................................................................ 82
Figura 4.92 - Insolação – setembro ............................................................................................................................ 82
Figura 4.93 - Insolação – outubro .............................................................................................................................. 82
Figura 4.94 - Insolação – novembro .......................................................................................................................... 82
Figura 4.95 - Insolação – dezembro ........................................................................................................................... 82
�� Hidrogeologia do Estado de Goiás
Figura 4.96 - Insolação – período chuvoso (out. a abril) ........................................................................................... 83
Figura 4.97 - Insolação – período seco (maio a set.) ................................................................................................. 83
Figura 4.98 - Insolação – total anual .......................................................................................................................... 83
Figura 4.99 - Excedente hídrico – janeiro .................................................................................................................. 84
Figura 4.100 - Excedente hídrico – fevereiro ............................................................................................................ 84
Figura 4.101 - Excedente hídrico – março ................................................................................................................. 84
Figura 4.102 - Excedente e déficit hídrico – abril ...................................................................................................... 84
Figura 4.103 - Déficit hídrico – maio ........................................................................................................................ 84
Figura 4.104 - Déficit hídrico – junho ....................................................................................................................... 84
Figura 4.105 - Déficit hídrico – julho ........................................................................................................................ 85
Figura 4.106 - Déficit hídrico – agosto ...................................................................................................................... 85
Figura 4.107 - Déficit hídrico – setembro .................................................................................................................. 85
Figura 4.108 - Déficit hídrico – outubro .................................................................................................................... 85
Figura 4.109 - Excedente hídrico – novembro ........................................................................................................... 85
Figura 4.110 - Excedente hídrico – dezembro ........................................................................................................... 85
Figura 5.1 – Latossolo Vermelho 1, exibindo horizonte A moderado, ABw1 de 30 cm de espessura e perfil de 
230 cm. Desenvolvido sobre filitos do Grupo Canastra, na região de Planaltina, DF................................................. 91
Figura 5.2 – Porção superior de Latossolo Vermelho 2 com ampla homogeneidade vertical e com textura granular 
constante em todo o perfil exposto .............................................................................................................................. 91
Figura 5.3 – Porção superior de Latossolo Vermelho-Amarelo desenvolvido em metarritmito arenoso do Grupo 
Paranoá (Planaltina de Goiás). Perfil de 180 cm ......................................................................................................... 91
Figura 5.4 – Perfil de Cambissolo (80 cm) sobre xistos do Grupo Araxá, na região de Luziânia. Notar a ampla 
pedregosidade, principalmente na seção superior do perfil ......................................................................................... 92
Figuras 5.5 a) Perfil de Argissolo Vermelho com Horizonte A proeminente e horizonte Bt com mais de 200% de 
fração argilosa comparada ao horizonte superficial. Notar o bloco de rocha ultrabásica na porção inferior do 
perfil. Seção vertical exposta de 190 cm. b) Detalhe do mesmo perfil mostrando a estruturação granular grossa e o 
contato entre os horizontes A e AB (Niquelândia) ...................................................................................................... 93
Figura 5.6 – Perfil de Nitossolo eutrófico desenvolvido sobre rochas metabásicas associadas aos terrenos granito-
greenstone. Forte estruturação granular grossa, distinção evidente entre horizontes e rochosidade na base da seção 
são as feições mais diagnósticas. A análise granulométrica não indica relação textural entre os horizontes A e Bn 
(Colinas do Sul) ........................................................................................................................................................... 94
Figura 5.7 – Perfil de Nitossolo (220 cm) com delimitação dos horizontes A, AB e Bn (região de Jataí) ................ 94
Figura 5.8 – Perfil de Neossolo Quartzarênico (250 cm) típico da região marginal do Grupo Urucuia, na divisa 
entre os estados de Goiás e Bahia ................................................................................................................................ 95
Figura 5.9 – Horizonte petroplíntico parcialmente degradado sob horizonte superficial areno-argiloso .................. 96
Figura 5.10 – Neossolo Litólico associado a exposições rochosas com ampla pedregosidade e rochosidade típicas 
desse tipo de cobertura jovem e pouco desenvolvida (Monte Alegre de GO) ............................................................ 97
Figura 5.11 – Seção de Neossolo Flúvico decapeado. Observar a falta de pedogênese nos clastos de quartzito e 
apenas oxidação e transformação da matriz areno-argilosa ......................................................................................... 98
Figura 5.12 – Topo de seção de Gleissolo Húmico com horizonte superficial rico em matéria orgânica e 
horizonte B glei na base (perfil de 45 cm). Próximo à base da escala já se inicia o nível de saturação, 
evidenciando a deficiência de drenagem desta classe de solo (Distrito Federal) ........................................................ 98
Figura 6.1 - Elementos do aqüífero fraturado ............................................................................................................. 100
Figura 6.2 – Identificação dos elementos de relevo e lineamentos ............................................................................ 102
Figura 6.3 – Compartimentação tectônica utilizada
para se proceder aos estudos da análise de lineamentos .......... 104
Figura 6.4 – Rosetas de lineamentos curtos, médios, longos e totais para o compartimento Norte da Sintaxe dos 
Pirineus ........................................................................................................................................................................ 105
Figura 6.5 – Rosetas de lineamentos curtos, médios, longos e totais para o compartimento Sul da Sintaxe dos 
Pirineus ........................................................................................................................................................................ 107
Figura 6.6 – Padrão de distribuição de rosetas de lineamentos verticais do compartimento Arcos de Ilha do Oeste 
de Goiás ....................................................................................................................................................................... 109
Figura 6.7 – Padrão de distribuição de rosetas de lineamentos verticais do compartimento Bacia do São Francisco 
...................................................................................................................................................................................... 109
Figura 6.8 – Distribuição estatística dos lineamentos estruturais no compartimento Bacia do Paraná ..................... 111
Figura 6.9 – Padrão de lineamentos do compartimento Bacia do Araguaia .............................................................. 111
Figura 6.10 – Rosetas totais dos lineamentos do estado de Goiás ............................................................................. 113
Figura 7.1 – Extensa área de lavoura de soja observada na região sudoeste de Goiás, município de Jataí ............... 116
Figura 7.2 – Cultura de girassol na região de Chapadão do Céu ............................................................................... 116
Figura 7.3 – Lago de Serra da Mesa, maior represa em volume d’água do Brasil. Barramento construído no curso 
do Rio Tocantins, região norte de Goiás ...................................................................................................................... 116
Figura 7.4 – Vista panorâmica da cidade de Goiânia ................................................................................................ 117
Figura 7.5 – Lixão da cidade de Mineiros, construído sobre os arenitos do Sistema Aqüífero Guarani – SAG ....... 117
Figura 7.6 – Vista geral de área de cerrado antropizado e transformado em pastagem (em primeiro plano) e de 
cerrado preservado em segundo plano, na região de Morrinhos ................................................................................. 118
Figura 7.7 – Vista panorâmica de cava de mineração de amianto em Minaçu – GO ................................................ 118
b
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Figura 8.1 – Distribuição das Regiões Hidrográficas em Goiás e Distrito Federal ................................................... 121
Figura 8.2 – Localização dos principais represamentos em Goiás e Distrito Federal ............................................... 125
Figura 9.1 – Localização dos ensaios de Permeabilidade realizados no estado de Goiás e Distrito Federal ............ 129
Figura 9.2 – A: Representação esquemática do método dos anéis concêntricos para ensaios de infiltração. B:
Execução do ensaio em campo ................................................................................................................................... 130
Figura 9.3 – A: Representação esquemática do método open end hole para ensaios de infiltração. B: Execução do 
ensaio em campo .......................................................................................................................................................... 131
Figura 10.1 – Distribuição dos Sistemas Aqüíferos Freáticos em Goiás ................................................................... 139
Figura 10.2 – Ampla exposição de areias inconsolidadas, compondo a zona não saturada de um exemplo típico 
do Sistema Aqüífero Freático I .................................................................................................................................... 140
Figura 10.3 – Distribuição dos Domínios Aqüíferos Profundos em Goiás ................................................................ 143
Figura 10.4 – Exemplo de sistema aqüífero intergranular desenvolvido sobre arenitos eólicos da Formação Posse 
(Grupo Urucuia) ........................................................................................................................................................... 144
Figura 10.5 – Xistos do Grupo Araxá mostrando amplos planos de fraturas verticalizados que resultam na 
porosidade secundária planar e representam os reservatórios em rochas metamórficas e magmáticas ...................... 144
Figura 10.6 – Arenito calcífero do Grupo Aquidauana, mostrando denso padrão de fraturas e porosidade 
intergranular primária e secundária por dissolução ..................................................................................................... 144
Figura 10.7 – Lente de calcário estratificado do Grupo Bambuí, com fenda de dissolução de cerca de 50 cm de 
abertura, observada nos sistemas físsuro-cársticos ...................................................................................................... 144
Figura 11.1 – Diagrama de Piper contendo as análises de amostras de águas subterrâneas oriundas dos sistemas 
fraturados dos seguintes aqüíferos: SACW, SACNW, SACNE, e SACSE ................................................................ 180
Figura 11.2 – Diagrama de Piper contendo as análises de amostras de águas subterrâneas oriundas dos sistemas 
fraturados dos seguintes aqüíferos: SAOC, SAAR, SASM, SAGB e SACA ............................................................. 181
Figura 11.3 – Diagrama de Piper contendo as análises de amostras de águas subterrâneas oriundas dos sistemas 
fraturados e físsuro-cársticos dos sistemas aqüíferos Bambuí, Paranoá, Canastra e Araxá ........................................ 182
Figura 11.4 – Diagrama de Piper contendo as análises de amostras de águas subterrâneas oriundas dos sistemas 
aqüíferos relacionados à Bacia do Paraná .................................................................................................................... 183
Figura 11.5 – Diagrama de Piper contendo as análises de amostras de águas subterrâneas obtidas de nascentes de 
vazão espontânea ......................................................................................................................................................... 184
Figura 12.1 – Mapa de localização das águas termais e sulfurosas no estado de Goiás ............................................ 188
Figura 12.2 – Vista geral da região de Caldas Novas ................................................................................................. 190
Figura 12.3 – Modelo de fluxo regional para os aqüíferos termais da região da Serra de Caldas ............................. 190
Figura 12.4 – Modelo de fluxo proposto para o aqüífero termal da região de Lagoa Santa (GO) ............................. 192
Figura 12.5 – Vista geral da região da Serra Dourada, entre os municípios de Montividiu do Norte, Formoso e 
Minaçu ......................................................................................................................................................................... 194
Figura 12.6 – Modelo de fluxo regional proposto para os aqüíferos termais vizinhos a Serra Dourada, na região 
de Minaçu .................................................................................................................................................................... 194
Figura 12.7 – Modelo de fluxo proposto para a região de Jataí (GO) ........................................................................
195
Figura 12.8 – Vista geral da Região da Chapada dos Veadeiros, entre os municípios de Colinas do Sul e 
Cavalcante .................................................................................................................................................................... 196
Figura 12.9 – Surgência de água termal (37°C) na Fazenda Caldas, município de Cavalcante ................................. 196
Figura 13.1 – Representação esquemática da caixa de recarga padrão ...................................................................... 207
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LISTA DE TABELAS 
Tabela 3.1 – Características gerais das Superfícies Regionais de Aplainamento ....................................................... 54
Tabela 5.1 – Correspondência entre as denominações antiga e nova, dos tipos de coberturas de solos presentes no 
estado de Goiás e Distrito Federal ............................................................................................................................... 88
Tabela 6.1 – Síntese das informações dos lineamentos em cada compartimento geotectônico ................................. 104
Tabela 9.1 – Classificação de magnitudes da condutividade hidráulica ..................................................................... 132
Tabela 9.2 – Distribuição estatística dos resultados dos ensaios de infiltração in situ nas diferentes classes de
solos em superfície e em profundidade......................................................................................................................... 135
Tabela 10.1 – Proposta de classificação dos aqüíferos subterrâneos do estado de Goiás .......................................... 138
Tabela 10.2 – Valores máximos e mínimos de K
 
v em superfície e em profundidade dos vários grupos de solos .... 140
Tabela 10.3 – Síntese dos dados do cadastro geral de pontos d’água (poços tubulares profundos em Goiás) .......... 145
Tabela 10.4 – Vazão dos poços que interceptam o Sistema Aqüífero Bauru e o Sistema Aqüífero Serra Geral ....... 162
Tabela 10.5 – Parâmetros para o cálculo das reservas hídricas permanentes nos diversos sistemas aqüíferos do 
estado de Goiás ............................................................................................................................................................ 169
Tabela 10.6 - Estimativa das reservas de águas subterrâneas do estado de Goiás ...................................................... 173
Tabela 12.1 - Resultados das análises químicas das águas termais do Estado de Goiás ............................................ 201
��Hidrogeologia do Estado de Goiás
APRESENTAÇÃO 
Ao admitirmos a água como um componente da natureza e parte constituinte do planeta terra, a 
definimos como um elemento geológico, portanto, objeto de estudo, pesquisa e avaliação da geologia.
Assim, tendo como missão a promoção do conhecimento e desenvolvimento da geologia, dos 
recursos minerais e da mineração no território goiano, a Superintendência de Geologia e Mineração da 
Secretaria de Estado da Indústria e Comércio realizou, dentro do Programa de Geologia e Mineração do 
Governo do Estado de Goiás, um inédito estudo das águas subterrâneas intitulado HIDROGEOLOGIA DO 
ESTADO DE GOIÁS, neste momento disponibilizado como a primeira publicação da Série Geologia e 
Mineração.
As águas subterrâneas representam um importante e estratégico recurso natural, apresentando-se, 
muitas vezes, como a única fonte de água potável disponível para parcelas consideráveis da população 
mundial. 
No Brasil, apesar da aparente abundância, os recursos hídricos superficiais são muito mal 
distribuídos. A Região Norte, de baixíssima densidade populacional e pouca demanda, abrange cerca de 70% 
das águas superficiais, enquanto a Região Nordeste responde tão somente por cerca de 3%. Ademais, em 
praticamente todas as regiões brasileiras, uma grande parte dos rios e mananciais encontra-se seriamente 
ameaçada e até comprometida por algum tipo de degradação como a poluição e contaminação por efluentes 
domésticos e industriais, metais pesados, lixo, hidrocarbonetos, entre outros. 
Esta relação de disponibilidade dos recursos hídricos superficiais versus demanda hídrica faz com 
que os recursos hídricos subterrâneos sejam cada vez mais procurados para complementar o abastecimento 
superficial ou até mesmo substituí-lo por completo. Atualmente são muitas as cidades, vilas, atividades 
industriais, agrícolas e pecuárias integralmente abastecidas por água subterrânea por intermédio de poços 
tubulares profundos. 
Contudo, esta realidade, também presente no território goiano, tem exigido um constante avanço do 
conhecimento e avaliação do arcabouço hidrogeológico, visando a gestão sustentável dos recursos hídricos 
subterrâneos, recurso renovável, porém finito. 
Desta forma, o presente estudo apresenta, na escala 1:500.000, as águas subterrâneas em todo o 
território goiano, descrevendo e evidenciando seu potencial em termos de características físicas de seus 
reservatórios, vazões, qualidade da água, profundidade e vulnerabilidade, finalizando com propostas e 
recomendações para uma gestão sustentável de uso, conservação e preservação. 
O Estado de Goiás torna-se, assim, um dos poucos estados no país a disponibilizar um levantamento 
completo de seus recursos hídricos subterrâneos, e ter um importante documento de subsídios às políticas e 
gestores públicos, além dos diversos setores da sociedade como segmentos privados, comunidades científicas 
e acadêmicas que atuam diretamente com o uso da água e com a gestão dos recursos hídricos. 
Ridoval Darci Chiareloto 
Secretário de Estado de Indústria e Comércio 
Governo do Estado de Goiás 
Luiz Fernando Magalhães 
Superintendente de Geologia e Mineração 
Secretaria de Indústria e Comércio/GO 
�� Hidrogeologia do Estado de Goiás
��Hidrogeologia do Estado de Goiás
CAPÍTULO I
INTRODUÇÃO
1.1. A ÁGUA 
A água é a substância mais abundante na superfície da Terra. Participa expressivamente dos 
processos e fenômenos responsáveis pela evolução do planeta e da vida. Trata-se de um recurso 
natural renovável, porém finito. Ocorre na atmosfera, na superfície e na subsuperfície do planeta, 
nos três estados físicos: sólido, líquido e gasoso. 
A água em condições favoráveis ao consumo humano é um recurso escasso e, de acordo 
com a Organização das Nações Unidas – ONU (2002), cerca de um bilhão de pessoas apresentam 
doenças relacionadas à água, com a conseqüente morte de três milhões de pessoas por ano, em sua 
maioria crianças. 
A superfície do planeta é constituída por 29,3% de terras emersas e 70,7% de água. A maior 
parte da água existente encontra-se nos mares e oceanos (97,5%) enquanto que os 2,5% restantes 
das reservas correspondem a água doce, porém, também não são totalmente aproveitáveis para o 
consumo (Figuras 1.1 e 1.2). 
A grande maioria da água doce existente no planeta, não está diretamente disponível para o 
consumo por se encontrar concentrada e congelada nas calotas polares e nos topos de montanhas 
(68,9%). Outra parte expressiva (29,9%) ocorre em reservatórios subterrâneos e apenas 0,3% de 
toda a água doce do planeta está localizada em rios e lagos, sendo de fácil acesso à população, no 
entanto, fortemente susceptíveis à contaminação por poluentes diversos. O restante da água doce 
(0,9%) está distribuído entre pântanos, solos congelados, biomassa, vapor d’água, entre outros. 
O Brasil é o país mais rico do mundo em recursos hídricos, onde cerca de 12% de toda a 
água doce do planeta é associado ao seu domínio territorial. Contudo, esta abundância não se reflete 
de forma homogênea por todo o território. A Região Norte, com 6% da população brasileira, 
acumula aproximadamente 70% de toda água doce disponível
para uso, no Brasil. Enquanto a 
Região Nordeste, com 29% da população, possui apenas 3,2% da água doce disponível em território 
brasileiro.
O consumo diário per capita também traduz a realidade da disponibilidade, no semi-árido do 
nordeste brasileiro o volume de água utilizado por pessoa é inferior a 100 litros por dia, enquanto 
nas áreas mais nobres da capital federal, por exemplo, o consumo diário ultrapassa 500 
litros/habitante/dia (Rebouças, 1994; Distrito Federal, 2006). 
A Região Centro-Oeste é a segunda mais rica em disponibilidade de recursos hídricos 
(15,3%). O estado de Goiás é contemplado com cerca de 5% de toda a água doce disponível para 
uso no Brasil, enquanto o Distrito Federal tem apenas 0,05%, o que o torna a Unidade da Federação 
com o menor potencial hídrico de todo o país. 
�0 Hidrogeologia do Estado de Goiás
Em Goiás, a principal atividade produtiva consumidora de água é a agricultura, perfazendo 
84% de toda a água consumida, seguida por abastecimento humano (9%) e indústria (7%), (Goiás, 
2006).
O homem demanda volumes cada vez maiores de água doce, seja para seu próprio consumo 
ou para atividades agrícolas e industriais. Em conseqüência disso, a sobrexplotação e a 
contaminação dos mananciais hídricos são duas importantes questões que se contrapõe a uma 
gestão sustentável deste recurso. 
Neste sentido as águas subterrâneas assumem um papel estratégico e relevante ao homem, 
quanto à sua sobrevivência e sustentabilidade do planeta, que serão assegurados tão somente por 
meio de uma gestão que tenha como suporte a responsabilidade do conhecimento, das dimensões 
deste recurso, do seu aproveitamento e proteção. Para tanto, a hidrogeologia é um ator 
reconhecidamente imprescindível e preponderante nesta gestão. 
Figura 1.1 – Distribuição das águas no Planeta Terra. Figura 1.2 – Distribuição das águas doces no planeta.
1.2. ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 
O Ciclo Hidrológico é um importante mecanismo responsável pela constante recirculação de 
toda a água existente no planeta (Figura 1.3). 
Figura 1.3 – Representação esquemática do ciclo hidrológico. 
Esta “máquina” é movida por duas forças: a energia solar e a gravidade. É pelo ciclo 
hidrológico que a água dos lagos, rios e oceanos evapora, torna-se potável, e precipita novamente 
nos continentes e mares. Parte da água que cai nos continentes (cerca de 40%) escoa pela superfície 
��Hidrogeologia do Estado de Goiás
alimentando rios, lagos e nascentes e uma parte considerável (até cerca de 50%) infiltra nos solos e 
rochas.
As águas subterrâneas representam a fração de água que, após a precipitação, infiltra e ocupa 
os espaços vazios existentes tanto nos solos quanto nas rochas. Desempenham papel fundamental na 
manutenção da umidade do solo e na perenização de rios e nascentes. As águas subterrâneas 
armazenam-se em espaços vazios nos materiais geológicos (solos e rochas), caracterizados por 
espaços intergranulares ou por espaços abertos pelo fraturamento ou fissuramento das rochas e por 
espaços gerados pela dissolução de minerais. 
Os materiais geológicos que apresentam porosidade intercomunicável compõem os 
aqüíferos. Os aqüíferos são reservatórios subterrâneos naturais onde a água se armazena e 
encontra-se disponível para ser extraída. Podem ter extensões em área que variam de dezenas de m² 
a milhares de km² e espessuras que variam de poucos metros a centenas de metros. 
A caracterização do potencial de um aqüífero é determinada por fatores geológicos, 
associados com clima, relevo e solo. A associação destes fatores caracteriza e define regiões com o 
mesmo potencial de armazenamento, circulação e qualidade das águas. Estas regiões são 
denominadas Províncias Hidrogeológicas.
No Brasil, existem 10 Províncias Hidrogeológicas (BRASIL, 1983a) denominadas: Escudo 
Setentrional, Amazonas, Escudo Central, Parnaíba, São Francisco, Escudo Oriental, Paraná, Escudo 
Meridional, Centro-Oeste e Costeira (Figura 1.4). Goiás é a Unidade da Federação que possui o 
maior número de Províncias Hidrogeológicas em seu território, com porções das províncias: Escudo 
Central, São Francisco, Escudo Oriental, Paraná e Centro-Oeste. 
Dentro das Províncias Hidrogeológicas existem aqüíferos de características distintas e com 
potenciais bastante diversificados. Em Goiás podemos exemplificar aqüíferos que são fundamentais 
para suas regiões, como é o caso do aqüífero Bambuí, que apesar de não possuir águas de qualidade 
desejável (águas salobras) torna-se um recurso estratégico devido à escassez de recursos hídricos 
superficiais. Dentre os diversos aqüíferos presentes no estado, destacam-se os aqüíferos Urucuia, 
Araxá, Paranoá e os aqüíferos da Bacia do Paraná: Serra Geral, Bauru, Aquidauna e Guarani, este 
último tido como um dos maiores aqüíferos do mundo. 
O uso dos recursos hídricos subterrâneos remonta a períodos pré-históricos, com registros da 
existência de poços escavados em sítios arqueológicos. Os avanços tecnológicos têm permitido que 
com o passar do tempo, a humanidade fosse capaz de desenvolver técnicas que proporcionassem 
um aproveitamento qualitativo e quantitativo cada vez mais aprimorado. Atualmente todas as 
nações do mundo utilizam água subterrânea para abastecimento de sua população e/ou em sua 
cadeia produtiva. 
�� Hidrogeologia do Estado de Goiás
Figura 1.4 – Províncias Hidrogeológicas do Brasil (modificado de BRASIL, 1983). 
A água subterrânea contribui com 51% do abastecimento humano no Brasil (BRASIL, 
2003), apresentando ampla tendência de aumento de consumo nos centros urbanos brasileiros. 
Ainda segundo o IBGE, em Goiás, cerca de 30% da população é abastecida com água subterrânea 
(poços tubulares ou poços escavados), enquanto 70% da população é atendida por rede pública de 
distribuição. Cabe ressaltar, contudo, que em várias cidades goianas, parte do abastecimento público 
se dá por captação por poços tubulares profundos, como por exemplo, São Simão, Águas Lindas de 
Goiás, Aparecida de Goiânia (onde a água subterrânea é o manancial mais importante) ou Luziânia, 
Valparaíso de Goiás, Pedregal e Novo Gama (onde a água subterrânea é o manancial 
complementar). 
O conhecimento e a compreensão dos processos hidrogeológicos são fundamentais para 
fornecer bases científicas que auxiliem no gerenciamento das águas subterrâneas, incluindo a 
previsão de riscos de contaminação, caracterizando possíveis pontos de sobrexploração dos 
aqüíferos e propondo medidas visando à eliminação ou mitigação dos impactos negativos em 
desenvolvimento. Estes estudos auxiliam, ainda, no fornecimento de subsídios para zoneamentos 
urbanos por intermédio de uma análise da vulnerabilidade dos aqüíferos, da disponibilidade dos 
recursos hídricos e da integração entre águas superficiais e subterrâneas. 
No estado de Goiás, observam-se estudos esparsos e extremamente localizados sobre a 
caracterização qualitativa e quantitativa das águas subterrâneas. As áreas de maior concentração de 
��Hidrogeologia do Estado de Goiás
estudos localizam-se na Região Metropolitana de Goiânia (Campos et al., 2003; Rodrigues et al.,
2005), na região Sudoeste de Goiás (Scislewski & Araújo, 1998; Almeida, 2003), na região de 
Caldas Novas (Campos & Costa, 1980; Drake Jr., 1980; Tröger et al., 1999; Haesbaert & Costa, 
2000) e no Distrito Federal e entorno (Campos & Freitas-Silva, 1998; Lousada, 1999; Souza, 2001; 
Joko, 2002; ZEE-RIDE, 2003). 
Todos estes trabalhos trazem contribuições valiosas para a compreensão da dinâmica 
hidrogeológica, contudo, apresentam visões distintas, localizadas e não padronizadas sobre os temas 
referentes às águas subterrâneas no âmbito do território goiano. 
Desta forma, pretendeu-se, com este trabalho realizar um levantamento e uma integração

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