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H idrogeologia do Estado de G oiás 2006 Hidrogeologia SÉRIE GEOLOGIA E MINERAÇÃO 1 do Estado de Goiás Rio da Lapa, entrada da Gruta de Terra Ronca - Sistema Aqüífero Bambuí Parque Estadual de Terra Ronca - São Domingos, Goiás Serra Geral de Goiás e Morro do Moleque - Sistema Aqüífero Urucuia São Domingos, Goiás. �Hidrogeologia do Estado de Goiás � Hidrogeologia do Estado de Goiás �Hidrogeologia do Estado de Goiás Trabalho laureado com o Prêmio CREA Goiás de Meio Ambiente 2006 na categoria “Geologia e Minas” � Hidrogeologia do Estado de Goiás �Hidrogeologia do Estado de Goiás HIDROGEOLOGIA DO ESTADO DE GOIÁS Goiânia 2006 � Hidrogeologia do Estado de Goiás Hidrogeologia do Estado de Goiás e Distrito Federal GOVERNO DO ESTADO DE GOIÁS Alcides Rodrigues Filho Governador SECRETARIA DE INDÚSTRIA E COMÉRCIO Ridoval Darci Chiareloto Secretário SUPERINTENDÊNCIA DE GEOLOGIA E MINERAÇÃO Luiz Fernando Magalhães Superintendente GERÊNCIA DE GEOLOGIA Antônio Passos Rodrigues Gerente Hidrogeologia do Estado de Goiás e Distrito Federal �Hidrogeologia do Estado de Goiás GOVERNO DO ESTADO DE GOIÁS SECRETARIA DE INDÚSTRIA E COMÉRCIO SUPERINTENDÊNCIA DE GEOLOGIA E MINERAÇÃO Hidrogeologia do Estado de Goiás e Distrito Federal Série Geologia e Mineração Número 1 Autores Leonardo de Almeida Leonardo Resende Antônio Passos Rodrigues José Eloi Guimarães Campos Goiânia – Goiás 2006 Hidrogeologia do Estado de Goiás e Distrito Federal � Hidrogeologia do Estado de Goiás EQUIPE TÉCNICA Leonardo de Almeida – Geólogo (Coordenador) Leonardo Resende – Geólogo Antônio Passos Rodrigues – Geólogo José Eloi Guimarães Campos – Geólogo (Consultor) COLABORADORES Maria Luiza Osório Moreira – Geóloga Heitor Faria da Costa – Geólogo Cláudio Rodrigues da Silva – Geólogo Levindo Cardoso Medeiros – Tecnólogo em Geoprocessamento Cristina Maria Pompeo de Camargo e Silva – Bibliotecária Sílvio Divino Carolina – Químico Rafael Lisita Júnior – Administrador Benedito Lopes da Silva – Técnico em Mineração Juarez Rodrigues dos Santos – Técnico em Mineração Ivanilson Dantas da Fonseca – Técnico em Mineração Jeovah Quintino da Silva – Técnico em Mineração Sérgio Pereira da Silva – Técnico em Mineração Wilson Roberto dos Santos – Técnico em Mineração José Leonardo Neves de Souza – Técnico em Mineração Francisco Fernandes Pereira – Técnico Químico Sabrina de Morais Guimarães – Tecnóloga em Geoprocessamento Fotos: Capa: 1 – Precipitação pluvial (chuva), Morrinhos (GO); 2 – Cachoeira no Rio Claro, Itaguaçu (GO); 3 – Ensaio de Permeabilidade in situ, método dos anéis concêntricos. GOIÁS (Estado). Secretaria de Indústria e Comércio. Superintendência de Geologia e Mineração. Hidrogeologia do Estado de Goiás. Por Leonardo de Almeida, Leonardo Resende, Antônio Passos Rodrigues, José Eloi Guimarães Campos. Goiânia, 2006. 232 p.: il. (Série Geologia e Mineração, n. 1) 1. Hidrogeologia – Goiás. 2. Gestão dos Recursos Hídricos. 3. Águas Termais. 4. Ensaios de Permeabilidade in situ. I. ALMEIDA, L. de (Coord.). II. RESENDE, L. III. RODRIGUES, A. P. IV. CAMPOS, J. E. G. IV. Título. CDU: 556.3 (817.3) �Hidrogeologia do Estado de Goiás SUMÁRIO APRESENTAÇÃO ...................................................................................................................................................... 17 CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 19 1.1. ÁGUA .............................................................................................................................................................. 19 1.2. ÁGUAS SUBTERRÂNEAS ........................................................................................................................... 20 CAPÍTULO II – GEOLOGIA .................................................................................................................................. 25 2.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS ......................................................................................................................... 25 2.2. TERRENOS GRANITO-GREENSTONE (Arqueano) .................................................................................... 26 2.3. TERRENOS CRISTALINOS (Paleo/Neoproterozóico) ................................................................................. 27 2.4. COMPLEXOS MÁFICO-ULTRAMÁFICOS DIFERENCIADOS (Paleo/Neoproterozóico) ....................... 28 2.5. SEQÜÊNCIAS VULCANOSSEDIMENTARES (Paleo/Neoproterozóico) ................................................... 29 2.5.1. Seqüências Paleoproterozóicas ................................................................................................................ 29 2.5.2. Seqüências Mesoproterozóicas ................................................................................................................ 29 2.5.3. Seqüências Neoproterozóicas .................................................................................................................. 30 2.6. GRUPO ARAÍ (Paleo/Mesoproterozóico) ...................................................................................................... 30 2.7. GRUPO SERRA DA MESA/GRUPO SERRA DOURADA (Paleo/Mesoproterozóico) ............................... 31 2.8. GRUPO CANASTRA (Meso/Neoproterozóico) ............................................................................................. 32 2.9. GRUPO PARANOÁ (Meso/Neoproterozóico) ............................................................................................... 33 2.10. GRUPO ARAXÁ (Neoproterozóico) ............................................................................................................ 35 2.11. GRUPO BAMBUÍ (Neoproterozóico) .......................................................................................................... 35 2.12. GRUPO IBIÁ (Neoproterozóico) .................................................................................................................. 36 2.13. GRANITOS ................................................................................................................................................... 38 2.14. BACIA DO PARANÁ ................................................................................................................................... 38 2.15. BACIA SANFRANCISCANA ...................................................................................................................... 41 2.16. ROCHAS ALCALINAS ............................................................................................................................... 43 2.17. COBERTURAS CENOZÓICAS ................................................................................................................... 44 CAPÍTULO III – GEOMORFOLOGIA ................................................................................................................. 47 3.1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 47 3.2. METODOLOGIA E BASES CONCEITUAIS ............................................................................................... 47 3.3. SISTEMAS DENUDACIONAIS .................................................................................................................... 48 3.3.1. Superfícies Regionais de Aplainamento – SRA ...................................................................................... 48 3.3.2. Zonas de Erosão Recuante – ZER ........................................................................................................... 53 3.3.3. Morros e Colinas – MC ........................................................................................................................... 55 3.3.4. Estruturas Dobradas – ED ........................................................................................................................ 55 3.3.5. Estruturas de Blocos Falhados – EF ........................................................................................................ 56 3.3.6. Sistemas Cársticos ................................................................................................................................... 56 3.4. SISTEMAS AGRADACIONAIS .................................................................................................................... 57 3.4.1. Sistemas Lacustres ................................................................................................................................... 58 3.4.2. Sistemas Fluviais ..................................................................................................................................... 58 3.5. CONCLUSÕES ............................................................................................................................................... 59 CAPÍTULO IV – CLIMA ......................................................................................................................................... 61 4.1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 61 4.2. ELEMENTOS CLIMÁTICOS ........................................................................................................................ 61 4.2.1. Precipitação .............................................................................................................................................. 61 4.2.2. Temperaturas Máxima e Mínima do Ar .................................................................................................. 68 4.2.3. Evaporação de Água para a Atmosfera .................................................................................................... 74 4.2.4. Umidade Relativa do Ar .......................................................................................................................... 77 4.2.5. Insolação .................................................................................................................................................. 80 4.3. EXCEDENTE E/OU DÉFICIT HÍDRICO ..................................................................................................... 83 4.4. CONSIDERAÇÕES GERAIS ......................................................................................................................... 86 CAPÍTULO V – SOLOS ........................................................................................................................................... 87 5.1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 87 5.2. LATOSSOLOS ................................................................................................................................................ 88 5.2.1. Latossolos Vermelhos 1 ........................................................................................................................... 89 5.2.2. Latossolos Vermelhos 2 ........................................................................................................................... 90 5.2.3. Latossolos Vermelho-Amarelos .............................................................................................................. 90 5.3. CAMBISSOLOS ............................................................................................................................................. 91 5.4. ASSOCIAÇÃO ARGISSOLOS/NITOSSOLOS ............................................................................................. 92 5.5. NEOSSOLOS QUARTZARÊNICOS ............................................................................................................. 94 5.6. PLINTOSSOLOS ............................................................................................................................................ 95 �0 Hidrogeologia do Estado de Goiás 5.7. NEOSSOLOS LITÓLICOS ............................................................................................................................. 96 5.8. ASSOCIAÇÃO GLEISSOLOS/NEOSSOLOS FLÚVICOS .......................................................................... 97 CAPÍTULO VI – ANÁLISE DE LINEAMENTOS ............................................................................................... 99 6.1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 99 6.2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS .................................................................................................... 102 6.3. AVALIAÇÃO DOS LINEAMENTOS ........................................................................................................... 103 6.3.1. Norte da Sintaxe dos Pirineus ................................................................................................................. 104 6.3.2. Sul da Sintaxe dos Pirineus ...................................................................................................................... 106 6.3.3. Região dos Arcos de Ilha do Oeste do Estado ......................................................................................... 107 6.3.4. Bacia do São Francisco ............................................................................................................................ 108 6.3.5. Bacia do Paraná ....................................................................................................................................... 110 6.3.6. Bacia do Araguaia .................................................................................................................................... 110 6.3.7. Avaliação Integrada ................................................................................................................................. 112 6.4. CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................................................... 114 CAPÍTULO VII – USO E COBERTURA VEGETAL .......................................................................................... 115 7.1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 115 7.2. CLASSES DE USO ......................................................................................................................................... 115 7.2.1. Agricultura ............................................................................................................................................... 115 7.2.2. Água ......................................................................................................................................................... 116 7.2.3. Área Urbana ............................................................................................................................................. 116 7.2.4. Cerrado e Floresta .................................................................................................................................... 117 7.2.5. Pastagem .................................................................................................................................................. 117 7.2.6. Solo Exposto (Exceto Agricultura) .......................................................................................................... 118 7.3. CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................................................... 118 CAPÍTULO VIII – HIDROGRAFIA ...................................................................................................................... 121 8.1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 121 8.2. REGIÃO HIDROGRÁFICA TOCANTINS/ARAGUAIA ............................................................................. 121 8.2.1. Rio Araguaia ............................................................................................................................................ 122 8.2.2. Rio Tocantins ........................................................................................................................................... 122 8.3. REGIÃO HIDROGRÁFICA DO SÃO FRANCISCO .................................................................................... 123 8.4. REGIÃO HIDROGRÁFICA DO PARANÁ ................................................................................................... 123 8.5. MASSAS D’ÁGUA ......................................................................................................................................... 124 8.5.1. Região Hidrográfica do Paraná ................................................................................................................ 124 8.5.2. Região Hidrográfica Tocantins/Araguaia ................................................................................................ 126 8.5.3. Região Hidrográfica do São Francisco .................................................................................................... 127 8.5.4. Lagoas Naturais ....................................................................................................................................... 127 CAPÍTULO IX – ENSAIOS DE PERMEABILIDADE ......................................................................................... 129 9.1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 129 9.2. MÉTODO DOS ANÉIS CONCÊNTRICOS ................................................................................................... 130 9.3. MÉTODO OPEN END HOLE ........................................................................................................................ 131 9.4. AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS .............................................................................................................. 132 9.5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................................................... 134 CAPÍTULO X – SISTEMAS AQÜÍFEROS ........................................................................................................... 137 10.1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................. 137 10.2. CARACTERIZAÇÃO DOS AQÜÍFEROS .................................................................................................. 137 10.2.1. Sistemas Aqüíferos Freáticos ................................................................................................................ 138 10.2.1.1. Sistema Aqüífero Freático I – F1 ................................................................................................. 140 10.2.1.2. Sistema Aqüífero Freático II – F2 ................................................................................................ 141 10.2.1.3. Sistema Aqüífero Freático III – F3 .............................................................................................. 141 10.2.2. Sistemas Aqüíferos Profundos ............................................................................................................... 142 10.2.3. Caracterização dos Aqüíferos Profundos ............................................................................................... 146 10.2.3.1. Sistema Aqüífero Cristalino Oeste (SACW) ................................................................................ 146 10.2.3.2. Sistema Aqüífero Cristalino Noroeste (SACNW) ........................................................................ 146 10.2.3.3. Sistema Aqüífero Cristalino Nordeste (SACNE) ......................................................................... 147 10.2.3.4. Sistema Aqüífero Cristalino Sudeste (SACSE) ............................................................................ 147 10.2.3.5. Sistema Aqüífero Greenstone Belts (SAGB) ................................................................................ 148 10.2.3.6. Sistema Aqüífero Complexos Acamadados (SACA) .................................................................... 148 10.2.3.7. Sistema Aqüífero Araí (SAAR) ..................................................................................................... 149 10.2.3.8. Sistema Aqüífero Canastra (SAC) ............................................................................................... 150 10.2.3.9. Sistema Aqüífero Araxá (SAAX) .................................................................................................. 151 10.2.3.10. Sistema Aqüífero Serra da Mesa (SASM) .................................................................................. 152 ��Hidrogeologia do Estado de Goiás 10.2.3.11. Sistema Aqüífero Paranoá (SAP) .............................................................................................. 152 10.2.3.12. Sistema Aqüífero Bambuí (SAB) ................................................................................................ 155 10.2.3.13. Sistema Aqüífero Furnas (SAF) ................................................................................................. 157 10.2.3.14. Sistema Aqüífero Ponta Grossa (SACW) ................................................................................... 158 10.2.3.15. Sistema Aqüífero Aquidauna (SAAQ) ........................................................................................ 158 10.2.3.16. Sistema Aqüífero Guarani (SAG) .............................................................................................. 159 10.2.3.17. Sistema Aqüífero Serra Geral (SASG) ....................................................................................... 161 10.2.3.18. Sistema Aqüífero Bauru (SABAU) ............................................................................................. 161 10.2.3.19. Sistema Aqüífero Cachoeirinha (SACH) ................................................................................... 162 10.2.3.20. Sistema Aqüífero Urucuia (SAU) ............................................................................................... 163 10.2.3.21. Sistema Aqüífero Araguaia (SAAG) .......................................................................................... 164 10.2.3.22. Sistema Aqüífero Ouvidor-Catalão (SAOC) .............................................................................. 165 10.2.3.23. Aqüíferos Isolados ..................................................................................................................... 166 10.3. MAPA HIDROGEOLÓGICO ....................................................................................................................... 166 10.4. ESTIMATIVA DE RESERVAS ................................................................................................................... 167 10.4.1. Aqüíferos Intergranulares ...................................................................................................................... 168 10.4.2. Aqüíferos Fraturados, Cársticos e Físsuro-Cársticos ............................................................................. 168 10.4.3. Reservas Explotáveis ............................................................................................................................. 170 10.5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................................ 173 CAPÍTULO XI – CARACTERIZAÇÃO HIDROQUÍMICA ............................................................................... 175 11.1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................ 175 11.2. METODOLOGIA ANALÍTICA .................................................................................................................. 175 11.3. RESULTADOS ............................................................................................................................................. 176 11.4. FÁCIES HIDROGEOQUÍMICAS ............................................................................................................... 178 11.5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................................ 185 CAPÍTULO XII – ÁGUAS TERMAIS E SULFUROSAS .................................................................................... 187 12.1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................ 187 12.2. ÁGUAS TERMAIS ...................................................................................................................................... 187 12.2.1. Região de Caldas Novas/Rio Quente .................................................................................................... 189 12.2.2. Região de Lagoa Santa .......................................................................................................................... 191 12.2.3. Região de Cachoeira Dourada ............................................................................................................... 192 12.2.4. Região de Aragarças ............................................................................................................................. 193 12.2.5. Região de Minaçu ................................................................................................................................. 193 12.2.6. Região de Jataí ...................................................................................................................................... 195 12.2.7. Região da Chapada dos Veadeiros ........................................................................................................ 195 12.2.8. Região de Mara Rosa ............................................................................................................................ 197 12.3. HIDROQUÍMICA DAS ÁGUAS TERMAIS ............................................................................................... 197 12.4. ÁGUAS SULFUROSAS .............................................................................................................................. 198 12.4.1. Águas de São João ................................................................................................................................ 198 12.4.2. Montes Claros de Goiás ........................................................................................................................ 199 12.5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................................ 199 CAPÍTULO XIII – GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS SUBTERRÂNEOS ............................................ 203 13.1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................. 203 13.2. PROPOSTAS DE PRÁTICAS PARA A GESTÃO ...................................................................................... 203 13.2.1. Construção Adequada dos Sistemas de Captação .................................................................................. 204 13.2.2. Recarga Artificial de Aqüíferos ............................................................................................................. 205 13.2.3. Recuperação de Áreas Degradadas ........................................................................................................ 208 13.2.4. Investimento em Saneamento Ambiental .............................................................................................. 208 13.2.5. Educação Ambiental .............................................................................................................................. 209 13.2.6. Construção de Barragens Subterrâneas .................................................................................................. 210 13.2.7. Mapeamento da Vulnerabilidade e Risco de Contaminação ................................................................. 210 13.2.8. Refinamento das Estimativas de Reservas Hídricas .............................................................................. 212 13.2.9. Implantação de Sistemas de Outorga e Cobrança .................................................................................. 212 13.2.10. Integração das Instituições Gestoras .................................................................................................... 213 CAPÍTULO XIV – CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................................. 215 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................................................... 219 �� Hidrogeologia do Estado de Goiás LISTA DE FIGURAS Figura 1.1 – Distribuição das águas no Planeta Terra ................................................................................................ 20 Figura 1.2 – Distribuição das águas doces no planeta ................................................................................................ 20 Figura 1.3 – Representação esquemática do ciclo hidrológico ................................................................................... 20 Figura 1.4 – Províncias Hidrogeológicas do Brasil .................................................................................................... 22 Figura 2.1 – Síntese da estratigrafia dos terrenos greenstone belts do estado de Goiás ............................................. 27 Figura 2.2 – Correlações estratigráficas entre os complexos acamadados da porção central de Goiás ..................... 29 Figura 2.3 – Correlações estratigráficas propostas por diversos autores para o Grupo Araí. As várias proposições representam colunas-tipo construídas em diferentes regiões do norte do estado de Goiás ......................................... 31 Figura 2.4 – Estratigrafia do Grupo Canastra, conforme Freitas-Silva & Dardenne (1994) ...................................... 33 Figura 2.5 – Estratigrafia do Grupo Paranoá na área-tipo de Alto Paraíso de Goiás - São João D’Aliança .............. 34 Figura 2.6 – Estratigrafia do Grupo Bambuí, segundo Dardenne (1978a) ................................................................. 37 Figura 2.7 – Estratigrafia do Grupo Ibiá, conforme Pereira (1992) e Pereira et al. (1994) ........................................ 37 Figura 2.8 – Carta estratigráfica da Bacia do Paraná no estado de Goiás .................................................................. 39 Figura 2.9 – Carta estratigráfica da Bacia Sanfranciscana ......................................................................................... 43 Figura 3.1 – SRA-IVA, representada localmente pelo Vão do Rio Claro (em primeiro plano) em transição abrupta para a SRA IA, representada pela Chapada dos Veadeiros (em segundo plano) ........................................... 49 Figura 3.2 – Aspecto geomorfológico regional, na região de São Domingos (GO), mostrando, em primeiro plano, a ZER, que erode, com forte dissecação, a SRA-IIA (localmente, representada pela Serra Geral de Goiás, em segundo plano) e forma a SRA-IVA, representada, localmente, pelo Vão do Paranã ................................................ 50 Figura 3.3 – Vista geral da SRA-IIIA, localmente representada na região de Goiânia ............................................. 51 Figura 3.4 – Vista panorâmica do Vão do Paranã (SRA-IVA). Foto tirada a partir da rampa de salto de vôo livre, próximo ao Distrito de São Gabriel, localmente representando a SRA-IIA. Observa-se a ZER na transição entre as duas superfícies ............................................................................................................................................................ 52 Figura 3.5 – Região de Monte Alegre de Goiás, Vista geral da SRA-IVA (em primeiro plano), com feições de Morros e Colinas ao fundo .......................................................................................................................................... 55 Figura 3.6 – Vista geral de geoformas de Hogback, na região de Nova Roma ......................................................... 56 Figura 3.7 – Sistema Cárstico bem representado no Parque Estadual de Terra Ronca. Vista da entrada da Gruta de Terra Ronca, São Domingos (GO) .......................................................................................................................... 57 Figura 3.8 – Sistema Cárstico representado por morros de calcário na região de Cabeceiras (GO) .......................... 57 Figura 3.9 – Planície Fluvial do Rio Araguaia na região de Luiz Alves, noroeste de Goiás. Geoforma representativa de Planície Fluvial de Espiras de Meandro .......................................................................................... 58 Figura 4.1 - Precipitação pluvial – janeiro ................................................................................................................. 62 Figura 4.2 - Precipitação pluvial – fevereiro .............................................................................................................. 62 Figura 4.3 - Precipitação pluvial – março .................................................................................................................. 63 Figura 4.4 - Precipitação pluvial – abril ..................................................................................................................... 63 Figura 4.5 - Precipitação pluvial – maio .................................................................................................................... 63 Figura 4.6 - Precipitação pluvial – junho ................................................................................................................... 63 Figura 4.7 - Precipitação pluvial – julho .................................................................................................................... 63 Figura 4.8 - Precipitação pluvial – agosto .................................................................................................................. 63 Figura 4.9 - Precipitação pluvial – setembro ............................................................................................................. 64 Figura 4.10 - Precipitação pluvial – outubro .............................................................................................................. 64 Figura 4.11 - Precipitação pluvial – novembro .......................................................................................................... 64 Figura 4.12 - Precipitação pluvial – dezembro .......................................................................................................... 64 Figura 4.13 - Precipitação pluvial - período chuvoso (outubro a abril) ..................................................................... 64 Figura 4.14 - Precipitação pluvial - período seco (maio a setembro) ........................................................................ 64 Figura 4.15 - Precipitação pluvial - média anual ....................................................................................................... 65 Figura 4.16 - Total mensal médio da precipitação (mm) para a Estação Jataí (Período 1986/2002) ........................ 65 Figura 4.17 - Total mensal médio da precipitação (mm) para a Estação Jandaia (Período 1976/2002) .................... 65 Figura 4.18 - Total mensal médio da precipitação (mm) para a Estação Cristalina (Período 1978/2001) ................ 66 Figura 4.19 - Total mensal médio da precipitação (mm) para a Estação Planaltina de GO (Período 1976/2001)..... 66 Figura 4.20 - Total mensal médio da precipitação (mm) para a Estação Estrela do Norte (Período 1976/2002)..... 66 Figura 4.21 - Total mensal médio da precipitação (mm) para a Estação São Miguel do Araguaia (Período 1975/2001) .................................................................................................................................................................. 67 Figura 4.22 - Total mensal médio da precipitação (mm) para a Estação Nova Roma (Período 1975/2001) ............ 67 Figura 4.23 - Total mensal médio da precipitação (mm) para a Estação São Domingos (Período 1975/2001) ........ 67 Figura 4.24 - Temperatura máxima do ar – janeiro ................................................................................................... 68 Figura 4.25 - Temperatura máxima do ar – fevereiro ................................................................................................ 68 Figura 4.26 - Temperatura máxima do ar – março .................................................................................................... 69 Figura 4.27 - Temperatura máxima do ar – abril ....................................................................................................... 69 Figura 4.28 - Temperatura máxima do ar – maio ...................................................................................................... 69 Figura 4.29 - Temperatura máxima do ar – junho ..................................................................................................... 69 Figura 4.30 - Temperatura máxima do ar – julho ...................................................................................................... 69 ��Hidrogeologia do Estado de Goiás Figura 4.31 - Temperatura máxima do ar – agosto .................................................................................................... 69 Figura 4.32 - Temperatura máxima do ar – setembro ................................................................................................ 70 Figura 4.33 - Temperatura máxima do ar – outubro .................................................................................................. 70 Figura 4.34 - Temperatura máxima do ar – novembro .............................................................................................. 70 Figura 4.35 - Temperatura máxima do ar – dezembro ............................................................................................... 70 Figura 4.36 - Temperatura máxima do ar – períodochuvoso (outubro a abril) ......................................................... 70 Figura 4.37 - Temperatura máxima do ar – períodoseco (maio a setembro) ............................................................. 70 Figura 4.38 - Temperatura máxima do ar – médiaanual ............................................................................................ 71 Figura 4.39 - Temperatura mínima do ar – janeiro .................................................................................................... 71 Figura 4.40 - Temperatura mínima do ar – fevereiro ................................................................................................. 71 Figura 4.41 - Temperatura mínima do ar – março ..................................................................................................... 71 Figura 4.42 - Temperatura mínima do ar – abril ........................................................................................................ 71 Figura 4.43 - Temperatura mínima do ar – maio ....................................................................................................... 72 Figura 4.44 - Temperatura mínima do ar – junho ...................................................................................................... 72 Figura 4.45 - Temperatura mínima do ar – julho ....................................................................................................... 72 Figura 4.46 - Temperatura mínima do ar – agosto ..................................................................................................... 72 Figura 4.47 - Temperatura mínima do ar – setembro ................................................................................................ 72 Figura 4.48 - Temperatura mínima do ar – outubro ................................................................................................... 72 Figura 4.49 - Temperatura mínima do ar – novembro ............................................................................................... 73 Figura 4.50 - Temperatura mínima do ar – dezembro ............................................................................................... 73 Figura 4.51 - Temperatura mínima do ar – médiaanual ............................................................................................ 73 Figura 4.52 - Temperatura mínima do ar – períodochuvoso (outubro a abril) .......................................................... 73 Figura 4.53 - Temperatura mínima do ar – períodoseco (maio a setembro) ............................................................. 73 Figura 4.54 - Evaporação – janeiro ............................................................................................................................ 74 Figura 4.55 - Evaporação – fevereiro ......................................................................................................................... 74 Figura 4.56 - Evaporação – março ............................................................................................................................. 74 Figura 4.57 - Evaporação – abril ................................................................................................................................ 75 Figura 4.58 - Evaporação – maio ............................................................................................................................... 75 Figura 4.59 - Evaporação – junho .............................................................................................................................. 75 Figura 4.60 - Evaporação – julho ............................................................................................................................... 75 Figura 4.61 - Evaporação – agosto ............................................................................................................................. 75 Figura 4.62 - Evaporação – setembro ........................................................................................................................ 76 Figura 4.63 - Evaporação – outubro ........................................................................................................................... 76 Figura 4.64 - Evaporação – novembro ....................................................................................................................... 76 Figura 4.65 - Evaporação – dezembro ....................................................................................................................... 76 Figura 4.66 - Evaporação – período chuvoso (outubro a abril) ................................................................................. 76 Figura 4.67 - Evaporação – período seco (maio a setembro) ..................................................................................... 76 Figura 4.68 - Evaporação – média anual .................................................................................................................... 77 Figura 4.69 - Umidade relativa do ar – janeiro .......................................................................................................... 77 Figura 4.70 - Umidade relativa do ar – fevereiro ....................................................................................................... 77 Figura 4.71 - Umidade relativa do ar – março ........................................................................................................... 78 Figura 4.72 - Umidade relativa do ar – abril .............................................................................................................. 78 Figura 4.73 - Umidade relativa do ar – maio ............................................................................................................. 78 Figura 4.74 - Umidade relativa do ar – junho ............................................................................................................ 78 Figura 4.75 - Umidade relativa do ar – julho ............................................................................................................. 78 Figura 4.76 - Umidade relativa do ar – agosto ........................................................................................................... 78 Figura 4.77 - Umidade relativa do ar – setembro ...................................................................................................... 79 Figura 4.78 - Umidade relativa do ar – outubro ......................................................................................................... 79 Figura 4.79 - Umidade relativa do ar – novembro ..................................................................................................... 79 Figura 4.80 - Umidade relativa do ar – dezembro ..................................................................................................... 79 Figura 4.81 - Umidade relativa do ar – período chuvoso (outubro a abril) ............................................................... 79 Figura 4.82 - Umidade relativa do ar – período seco (maio a setembro) ................................................................... 79 Figura 4.83 - Umidade relativa do ar – média anual .................................................................................................. 80 Figura 4.84 - Insolação – janeiro ............................................................................................................................... 81 Figura 4.85 - Insolação – fevereiro ............................................................................................................................ 81 Figura 4.86 - Insolação – março ................................................................................................................................. 81 Figura 4.87 - Insolação – abril ................................................................................................................................... 81 Figura 4.88 - Insolação – maio ................................................................................................................................... 81 Figura 4.89 - Insolação – junho ................................................................................................................................. 81 Figura 4.90 - Insolação – julho .................................................................................................................................. 82 Figura 4.91 - Insolação – agosto ................................................................................................................................ 82 Figura 4.92 - Insolação – setembro ............................................................................................................................ 82 Figura 4.93 - Insolação – outubro .............................................................................................................................. 82 Figura 4.94 - Insolação – novembro .......................................................................................................................... 82 Figura 4.95 - Insolação – dezembro ........................................................................................................................... 82 �� Hidrogeologia do Estado de Goiás Figura 4.96 - Insolação – período chuvoso (out. a abril) ........................................................................................... 83 Figura 4.97 - Insolação – período seco (maio a set.) ................................................................................................. 83 Figura 4.98 - Insolação – total anual .......................................................................................................................... 83 Figura 4.99 - Excedente hídrico – janeiro .................................................................................................................. 84 Figura 4.100 - Excedente hídrico – fevereiro ............................................................................................................ 84 Figura 4.101 - Excedente hídrico – março ................................................................................................................. 84 Figura 4.102 - Excedente e déficit hídrico – abril ...................................................................................................... 84 Figura 4.103 - Déficit hídrico – maio ........................................................................................................................ 84 Figura 4.104 - Déficit hídrico – junho ....................................................................................................................... 84 Figura 4.105 - Déficit hídrico – julho ........................................................................................................................ 85 Figura 4.106 - Déficit hídrico – agosto ...................................................................................................................... 85 Figura 4.107 - Déficit hídrico – setembro .................................................................................................................. 85 Figura 4.108 - Déficit hídrico – outubro .................................................................................................................... 85 Figura 4.109 - Excedente hídrico – novembro ........................................................................................................... 85 Figura 4.110 - Excedente hídrico – dezembro ........................................................................................................... 85 Figura 5.1 – Latossolo Vermelho 1, exibindo horizonte A moderado, ABw1 de 30 cm de espessura e perfil de 230 cm. Desenvolvido sobre filitos do Grupo Canastra, na região de Planaltina, DF................................................. 91 Figura 5.2 – Porção superior de Latossolo Vermelho 2 com ampla homogeneidade vertical e com textura granular constante em todo o perfil exposto .............................................................................................................................. 91 Figura 5.3 – Porção superior de Latossolo Vermelho-Amarelo desenvolvido em metarritmito arenoso do Grupo Paranoá (Planaltina de Goiás). Perfil de 180 cm ......................................................................................................... 91 Figura 5.4 – Perfil de Cambissolo (80 cm) sobre xistos do Grupo Araxá, na região de Luziânia. Notar a ampla pedregosidade, principalmente na seção superior do perfil ......................................................................................... 92 Figuras 5.5 a) Perfil de Argissolo Vermelho com Horizonte A proeminente e horizonte Bt com mais de 200% de fração argilosa comparada ao horizonte superficial. Notar o bloco de rocha ultrabásica na porção inferior do perfil. Seção vertical exposta de 190 cm. b) Detalhe do mesmo perfil mostrando a estruturação granular grossa e o contato entre os horizontes A e AB (Niquelândia) ...................................................................................................... 93 Figura 5.6 – Perfil de Nitossolo eutrófico desenvolvido sobre rochas metabásicas associadas aos terrenos granito- greenstone. Forte estruturação granular grossa, distinção evidente entre horizontes e rochosidade na base da seção são as feições mais diagnósticas. A análise granulométrica não indica relação textural entre os horizontes A e Bn (Colinas do Sul) ........................................................................................................................................................... 94 Figura 5.7 – Perfil de Nitossolo (220 cm) com delimitação dos horizontes A, AB e Bn (região de Jataí) ................ 94 Figura 5.8 – Perfil de Neossolo Quartzarênico (250 cm) típico da região marginal do Grupo Urucuia, na divisa entre os estados de Goiás e Bahia ................................................................................................................................ 95 Figura 5.9 – Horizonte petroplíntico parcialmente degradado sob horizonte superficial areno-argiloso .................. 96 Figura 5.10 – Neossolo Litólico associado a exposições rochosas com ampla pedregosidade e rochosidade típicas desse tipo de cobertura jovem e pouco desenvolvida (Monte Alegre de GO) ............................................................ 97 Figura 5.11 – Seção de Neossolo Flúvico decapeado. Observar a falta de pedogênese nos clastos de quartzito e apenas oxidação e transformação da matriz areno-argilosa ......................................................................................... 98 Figura 5.12 – Topo de seção de Gleissolo Húmico com horizonte superficial rico em matéria orgânica e horizonte B glei na base (perfil de 45 cm). Próximo à base da escala já se inicia o nível de saturação, evidenciando a deficiência de drenagem desta classe de solo (Distrito Federal) ........................................................ 98 Figura 6.1 - Elementos do aqüífero fraturado ............................................................................................................. 100 Figura 6.2 – Identificação dos elementos de relevo e lineamentos ............................................................................ 102 Figura 6.3 – Compartimentação tectônica utilizada para se proceder aos estudos da análise de lineamentos .......... 104 Figura 6.4 – Rosetas de lineamentos curtos, médios, longos e totais para o compartimento Norte da Sintaxe dos Pirineus ........................................................................................................................................................................ 105 Figura 6.5 – Rosetas de lineamentos curtos, médios, longos e totais para o compartimento Sul da Sintaxe dos Pirineus ........................................................................................................................................................................ 107 Figura 6.6 – Padrão de distribuição de rosetas de lineamentos verticais do compartimento Arcos de Ilha do Oeste de Goiás ....................................................................................................................................................................... 109 Figura 6.7 – Padrão de distribuição de rosetas de lineamentos verticais do compartimento Bacia do São Francisco ...................................................................................................................................................................................... 109 Figura 6.8 – Distribuição estatística dos lineamentos estruturais no compartimento Bacia do Paraná ..................... 111 Figura 6.9 – Padrão de lineamentos do compartimento Bacia do Araguaia .............................................................. 111 Figura 6.10 – Rosetas totais dos lineamentos do estado de Goiás ............................................................................. 113 Figura 7.1 – Extensa área de lavoura de soja observada na região sudoeste de Goiás, município de Jataí ............... 116 Figura 7.2 – Cultura de girassol na região de Chapadão do Céu ............................................................................... 116 Figura 7.3 – Lago de Serra da Mesa, maior represa em volume d’água do Brasil. Barramento construído no curso do Rio Tocantins, região norte de Goiás ...................................................................................................................... 116 Figura 7.4 – Vista panorâmica da cidade de Goiânia ................................................................................................ 117 Figura 7.5 – Lixão da cidade de Mineiros, construído sobre os arenitos do Sistema Aqüífero Guarani – SAG ....... 117 Figura 7.6 – Vista geral de área de cerrado antropizado e transformado em pastagem (em primeiro plano) e de cerrado preservado em segundo plano, na região de Morrinhos ................................................................................. 118 Figura 7.7 – Vista panorâmica de cava de mineração de amianto em Minaçu – GO ................................................ 118 b ��Hidrogeologia do Estado de Goiás Figura 8.1 – Distribuição das Regiões Hidrográficas em Goiás e Distrito Federal ................................................... 121 Figura 8.2 – Localização dos principais represamentos em Goiás e Distrito Federal ............................................... 125 Figura 9.1 – Localização dos ensaios de Permeabilidade realizados no estado de Goiás e Distrito Federal ............ 129 Figura 9.2 – A: Representação esquemática do método dos anéis concêntricos para ensaios de infiltração. B: Execução do ensaio em campo ................................................................................................................................... 130 Figura 9.3 – A: Representação esquemática do método open end hole para ensaios de infiltração. B: Execução do ensaio em campo .......................................................................................................................................................... 131 Figura 10.1 – Distribuição dos Sistemas Aqüíferos Freáticos em Goiás ................................................................... 139 Figura 10.2 – Ampla exposição de areias inconsolidadas, compondo a zona não saturada de um exemplo típico do Sistema Aqüífero Freático I .................................................................................................................................... 140 Figura 10.3 – Distribuição dos Domínios Aqüíferos Profundos em Goiás ................................................................ 143 Figura 10.4 – Exemplo de sistema aqüífero intergranular desenvolvido sobre arenitos eólicos da Formação Posse (Grupo Urucuia) ........................................................................................................................................................... 144 Figura 10.5 – Xistos do Grupo Araxá mostrando amplos planos de fraturas verticalizados que resultam na porosidade secundária planar e representam os reservatórios em rochas metamórficas e magmáticas ...................... 144 Figura 10.6 – Arenito calcífero do Grupo Aquidauana, mostrando denso padrão de fraturas e porosidade intergranular primária e secundária por dissolução ..................................................................................................... 144 Figura 10.7 – Lente de calcário estratificado do Grupo Bambuí, com fenda de dissolução de cerca de 50 cm de abertura, observada nos sistemas físsuro-cársticos ...................................................................................................... 144 Figura 11.1 – Diagrama de Piper contendo as análises de amostras de águas subterrâneas oriundas dos sistemas fraturados dos seguintes aqüíferos: SACW, SACNW, SACNE, e SACSE ................................................................ 180 Figura 11.2 – Diagrama de Piper contendo as análises de amostras de águas subterrâneas oriundas dos sistemas fraturados dos seguintes aqüíferos: SAOC, SAAR, SASM, SAGB e SACA ............................................................. 181 Figura 11.3 – Diagrama de Piper contendo as análises de amostras de águas subterrâneas oriundas dos sistemas fraturados e físsuro-cársticos dos sistemas aqüíferos Bambuí, Paranoá, Canastra e Araxá ........................................ 182 Figura 11.4 – Diagrama de Piper contendo as análises de amostras de águas subterrâneas oriundas dos sistemas aqüíferos relacionados à Bacia do Paraná .................................................................................................................... 183 Figura 11.5 – Diagrama de Piper contendo as análises de amostras de águas subterrâneas obtidas de nascentes de vazão espontânea ......................................................................................................................................................... 184 Figura 12.1 – Mapa de localização das águas termais e sulfurosas no estado de Goiás ............................................ 188 Figura 12.2 – Vista geral da região de Caldas Novas ................................................................................................. 190 Figura 12.3 – Modelo de fluxo regional para os aqüíferos termais da região da Serra de Caldas ............................. 190 Figura 12.4 – Modelo de fluxo proposto para o aqüífero termal da região de Lagoa Santa (GO) ............................. 192 Figura 12.5 – Vista geral da região da Serra Dourada, entre os municípios de Montividiu do Norte, Formoso e Minaçu ......................................................................................................................................................................... 194 Figura 12.6 – Modelo de fluxo regional proposto para os aqüíferos termais vizinhos a Serra Dourada, na região de Minaçu .................................................................................................................................................................... 194 Figura 12.7 – Modelo de fluxo proposto para a região de Jataí (GO) ........................................................................ 195 Figura 12.8 – Vista geral da Região da Chapada dos Veadeiros, entre os municípios de Colinas do Sul e Cavalcante .................................................................................................................................................................... 196 Figura 12.9 – Surgência de água termal (37°C) na Fazenda Caldas, município de Cavalcante ................................. 196 Figura 13.1 – Representação esquemática da caixa de recarga padrão ...................................................................... 207 �� Hidrogeologia do Estado de Goiás LISTA DE TABELAS Tabela 3.1 – Características gerais das Superfícies Regionais de Aplainamento ....................................................... 54 Tabela 5.1 – Correspondência entre as denominações antiga e nova, dos tipos de coberturas de solos presentes no estado de Goiás e Distrito Federal ............................................................................................................................... 88 Tabela 6.1 – Síntese das informações dos lineamentos em cada compartimento geotectônico ................................. 104 Tabela 9.1 – Classificação de magnitudes da condutividade hidráulica ..................................................................... 132 Tabela 9.2 – Distribuição estatística dos resultados dos ensaios de infiltração in situ nas diferentes classes de solos em superfície e em profundidade......................................................................................................................... 135 Tabela 10.1 – Proposta de classificação dos aqüíferos subterrâneos do estado de Goiás .......................................... 138 Tabela 10.2 – Valores máximos e mínimos de K v em superfície e em profundidade dos vários grupos de solos .... 140 Tabela 10.3 – Síntese dos dados do cadastro geral de pontos d’água (poços tubulares profundos em Goiás) .......... 145 Tabela 10.4 – Vazão dos poços que interceptam o Sistema Aqüífero Bauru e o Sistema Aqüífero Serra Geral ....... 162 Tabela 10.5 – Parâmetros para o cálculo das reservas hídricas permanentes nos diversos sistemas aqüíferos do estado de Goiás ............................................................................................................................................................ 169 Tabela 10.6 - Estimativa das reservas de águas subterrâneas do estado de Goiás ...................................................... 173 Tabela 12.1 - Resultados das análises químicas das águas termais do Estado de Goiás ............................................ 201 ��Hidrogeologia do Estado de Goiás APRESENTAÇÃO Ao admitirmos a água como um componente da natureza e parte constituinte do planeta terra, a definimos como um elemento geológico, portanto, objeto de estudo, pesquisa e avaliação da geologia. Assim, tendo como missão a promoção do conhecimento e desenvolvimento da geologia, dos recursos minerais e da mineração no território goiano, a Superintendência de Geologia e Mineração da Secretaria de Estado da Indústria e Comércio realizou, dentro do Programa de Geologia e Mineração do Governo do Estado de Goiás, um inédito estudo das águas subterrâneas intitulado HIDROGEOLOGIA DO ESTADO DE GOIÁS, neste momento disponibilizado como a primeira publicação da Série Geologia e Mineração. As águas subterrâneas representam um importante e estratégico recurso natural, apresentando-se, muitas vezes, como a única fonte de água potável disponível para parcelas consideráveis da população mundial. No Brasil, apesar da aparente abundância, os recursos hídricos superficiais são muito mal distribuídos. A Região Norte, de baixíssima densidade populacional e pouca demanda, abrange cerca de 70% das águas superficiais, enquanto a Região Nordeste responde tão somente por cerca de 3%. Ademais, em praticamente todas as regiões brasileiras, uma grande parte dos rios e mananciais encontra-se seriamente ameaçada e até comprometida por algum tipo de degradação como a poluição e contaminação por efluentes domésticos e industriais, metais pesados, lixo, hidrocarbonetos, entre outros. Esta relação de disponibilidade dos recursos hídricos superficiais versus demanda hídrica faz com que os recursos hídricos subterrâneos sejam cada vez mais procurados para complementar o abastecimento superficial ou até mesmo substituí-lo por completo. Atualmente são muitas as cidades, vilas, atividades industriais, agrícolas e pecuárias integralmente abastecidas por água subterrânea por intermédio de poços tubulares profundos. Contudo, esta realidade, também presente no território goiano, tem exigido um constante avanço do conhecimento e avaliação do arcabouço hidrogeológico, visando a gestão sustentável dos recursos hídricos subterrâneos, recurso renovável, porém finito. Desta forma, o presente estudo apresenta, na escala 1:500.000, as águas subterrâneas em todo o território goiano, descrevendo e evidenciando seu potencial em termos de características físicas de seus reservatórios, vazões, qualidade da água, profundidade e vulnerabilidade, finalizando com propostas e recomendações para uma gestão sustentável de uso, conservação e preservação. O Estado de Goiás torna-se, assim, um dos poucos estados no país a disponibilizar um levantamento completo de seus recursos hídricos subterrâneos, e ter um importante documento de subsídios às políticas e gestores públicos, além dos diversos setores da sociedade como segmentos privados, comunidades científicas e acadêmicas que atuam diretamente com o uso da água e com a gestão dos recursos hídricos. Ridoval Darci Chiareloto Secretário de Estado de Indústria e Comércio Governo do Estado de Goiás Luiz Fernando Magalhães Superintendente de Geologia e Mineração Secretaria de Indústria e Comércio/GO �� Hidrogeologia do Estado de Goiás ��Hidrogeologia do Estado de Goiás CAPÍTULO I INTRODUÇÃO 1.1. A ÁGUA A água é a substância mais abundante na superfície da Terra. Participa expressivamente dos processos e fenômenos responsáveis pela evolução do planeta e da vida. Trata-se de um recurso natural renovável, porém finito. Ocorre na atmosfera, na superfície e na subsuperfície do planeta, nos três estados físicos: sólido, líquido e gasoso. A água em condições favoráveis ao consumo humano é um recurso escasso e, de acordo com a Organização das Nações Unidas – ONU (2002), cerca de um bilhão de pessoas apresentam doenças relacionadas à água, com a conseqüente morte de três milhões de pessoas por ano, em sua maioria crianças. A superfície do planeta é constituída por 29,3% de terras emersas e 70,7% de água. A maior parte da água existente encontra-se nos mares e oceanos (97,5%) enquanto que os 2,5% restantes das reservas correspondem a água doce, porém, também não são totalmente aproveitáveis para o consumo (Figuras 1.1 e 1.2). A grande maioria da água doce existente no planeta, não está diretamente disponível para o consumo por se encontrar concentrada e congelada nas calotas polares e nos topos de montanhas (68,9%). Outra parte expressiva (29,9%) ocorre em reservatórios subterrâneos e apenas 0,3% de toda a água doce do planeta está localizada em rios e lagos, sendo de fácil acesso à população, no entanto, fortemente susceptíveis à contaminação por poluentes diversos. O restante da água doce (0,9%) está distribuído entre pântanos, solos congelados, biomassa, vapor d’água, entre outros. O Brasil é o país mais rico do mundo em recursos hídricos, onde cerca de 12% de toda a água doce do planeta é associado ao seu domínio territorial. Contudo, esta abundância não se reflete de forma homogênea por todo o território. A Região Norte, com 6% da população brasileira, acumula aproximadamente 70% de toda água doce disponível para uso, no Brasil. Enquanto a Região Nordeste, com 29% da população, possui apenas 3,2% da água doce disponível em território brasileiro. O consumo diário per capita também traduz a realidade da disponibilidade, no semi-árido do nordeste brasileiro o volume de água utilizado por pessoa é inferior a 100 litros por dia, enquanto nas áreas mais nobres da capital federal, por exemplo, o consumo diário ultrapassa 500 litros/habitante/dia (Rebouças, 1994; Distrito Federal, 2006). A Região Centro-Oeste é a segunda mais rica em disponibilidade de recursos hídricos (15,3%). O estado de Goiás é contemplado com cerca de 5% de toda a água doce disponível para uso no Brasil, enquanto o Distrito Federal tem apenas 0,05%, o que o torna a Unidade da Federação com o menor potencial hídrico de todo o país. �0 Hidrogeologia do Estado de Goiás Em Goiás, a principal atividade produtiva consumidora de água é a agricultura, perfazendo 84% de toda a água consumida, seguida por abastecimento humano (9%) e indústria (7%), (Goiás, 2006). O homem demanda volumes cada vez maiores de água doce, seja para seu próprio consumo ou para atividades agrícolas e industriais. Em conseqüência disso, a sobrexplotação e a contaminação dos mananciais hídricos são duas importantes questões que se contrapõe a uma gestão sustentável deste recurso. Neste sentido as águas subterrâneas assumem um papel estratégico e relevante ao homem, quanto à sua sobrevivência e sustentabilidade do planeta, que serão assegurados tão somente por meio de uma gestão que tenha como suporte a responsabilidade do conhecimento, das dimensões deste recurso, do seu aproveitamento e proteção. Para tanto, a hidrogeologia é um ator reconhecidamente imprescindível e preponderante nesta gestão. Figura 1.1 – Distribuição das águas no Planeta Terra. Figura 1.2 – Distribuição das águas doces no planeta. 1.2. ÁGUAS SUBTERRÂNEAS O Ciclo Hidrológico é um importante mecanismo responsável pela constante recirculação de toda a água existente no planeta (Figura 1.3). Figura 1.3 – Representação esquemática do ciclo hidrológico. Esta “máquina” é movida por duas forças: a energia solar e a gravidade. É pelo ciclo hidrológico que a água dos lagos, rios e oceanos evapora, torna-se potável, e precipita novamente nos continentes e mares. Parte da água que cai nos continentes (cerca de 40%) escoa pela superfície ��Hidrogeologia do Estado de Goiás alimentando rios, lagos e nascentes e uma parte considerável (até cerca de 50%) infiltra nos solos e rochas. As águas subterrâneas representam a fração de água que, após a precipitação, infiltra e ocupa os espaços vazios existentes tanto nos solos quanto nas rochas. Desempenham papel fundamental na manutenção da umidade do solo e na perenização de rios e nascentes. As águas subterrâneas armazenam-se em espaços vazios nos materiais geológicos (solos e rochas), caracterizados por espaços intergranulares ou por espaços abertos pelo fraturamento ou fissuramento das rochas e por espaços gerados pela dissolução de minerais. Os materiais geológicos que apresentam porosidade intercomunicável compõem os aqüíferos. Os aqüíferos são reservatórios subterrâneos naturais onde a água se armazena e encontra-se disponível para ser extraída. Podem ter extensões em área que variam de dezenas de m² a milhares de km² e espessuras que variam de poucos metros a centenas de metros. A caracterização do potencial de um aqüífero é determinada por fatores geológicos, associados com clima, relevo e solo. A associação destes fatores caracteriza e define regiões com o mesmo potencial de armazenamento, circulação e qualidade das águas. Estas regiões são denominadas Províncias Hidrogeológicas. No Brasil, existem 10 Províncias Hidrogeológicas (BRASIL, 1983a) denominadas: Escudo Setentrional, Amazonas, Escudo Central, Parnaíba, São Francisco, Escudo Oriental, Paraná, Escudo Meridional, Centro-Oeste e Costeira (Figura 1.4). Goiás é a Unidade da Federação que possui o maior número de Províncias Hidrogeológicas em seu território, com porções das províncias: Escudo Central, São Francisco, Escudo Oriental, Paraná e Centro-Oeste. Dentro das Províncias Hidrogeológicas existem aqüíferos de características distintas e com potenciais bastante diversificados. Em Goiás podemos exemplificar aqüíferos que são fundamentais para suas regiões, como é o caso do aqüífero Bambuí, que apesar de não possuir águas de qualidade desejável (águas salobras) torna-se um recurso estratégico devido à escassez de recursos hídricos superficiais. Dentre os diversos aqüíferos presentes no estado, destacam-se os aqüíferos Urucuia, Araxá, Paranoá e os aqüíferos da Bacia do Paraná: Serra Geral, Bauru, Aquidauna e Guarani, este último tido como um dos maiores aqüíferos do mundo. O uso dos recursos hídricos subterrâneos remonta a períodos pré-históricos, com registros da existência de poços escavados em sítios arqueológicos. Os avanços tecnológicos têm permitido que com o passar do tempo, a humanidade fosse capaz de desenvolver técnicas que proporcionassem um aproveitamento qualitativo e quantitativo cada vez mais aprimorado. Atualmente todas as nações do mundo utilizam água subterrânea para abastecimento de sua população e/ou em sua cadeia produtiva. �� Hidrogeologia do Estado de Goiás Figura 1.4 – Províncias Hidrogeológicas do Brasil (modificado de BRASIL, 1983). A água subterrânea contribui com 51% do abastecimento humano no Brasil (BRASIL, 2003), apresentando ampla tendência de aumento de consumo nos centros urbanos brasileiros. Ainda segundo o IBGE, em Goiás, cerca de 30% da população é abastecida com água subterrânea (poços tubulares ou poços escavados), enquanto 70% da população é atendida por rede pública de distribuição. Cabe ressaltar, contudo, que em várias cidades goianas, parte do abastecimento público se dá por captação por poços tubulares profundos, como por exemplo, São Simão, Águas Lindas de Goiás, Aparecida de Goiânia (onde a água subterrânea é o manancial mais importante) ou Luziânia, Valparaíso de Goiás, Pedregal e Novo Gama (onde a água subterrânea é o manancial complementar). O conhecimento e a compreensão dos processos hidrogeológicos são fundamentais para fornecer bases científicas que auxiliem no gerenciamento das águas subterrâneas, incluindo a previsão de riscos de contaminação, caracterizando possíveis pontos de sobrexploração dos aqüíferos e propondo medidas visando à eliminação ou mitigação dos impactos negativos em desenvolvimento. Estes estudos auxiliam, ainda, no fornecimento de subsídios para zoneamentos urbanos por intermédio de uma análise da vulnerabilidade dos aqüíferos, da disponibilidade dos recursos hídricos e da integração entre águas superficiais e subterrâneas. No estado de Goiás, observam-se estudos esparsos e extremamente localizados sobre a caracterização qualitativa e quantitativa das águas subterrâneas. As áreas de maior concentração de ��Hidrogeologia do Estado de Goiás estudos localizam-se na Região Metropolitana de Goiânia (Campos et al., 2003; Rodrigues et al., 2005), na região Sudoeste de Goiás (Scislewski & Araújo, 1998; Almeida, 2003), na região de Caldas Novas (Campos & Costa, 1980; Drake Jr., 1980; Tröger et al., 1999; Haesbaert & Costa, 2000) e no Distrito Federal e entorno (Campos & Freitas-Silva, 1998; Lousada, 1999; Souza, 2001; Joko, 2002; ZEE-RIDE, 2003). Todos estes trabalhos trazem contribuições valiosas para a compreensão da dinâmica hidrogeológica, contudo, apresentam visões distintas, localizadas e não padronizadas sobre os temas referentes às águas subterrâneas no âmbito do território goiano. Desta forma, pretendeu-se, com este trabalho realizar um levantamento e uma integração
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