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Administração dos Serviços Cursos: Administração UNIESP – 1º semestre / 2018 – Turno: Noite Prof. Norberto Devulski Verderame O papel dos serviços na Economia de um país Os serviços estão no centro da atividade econômica em qualquer sociedade. Existem três setores de atividade econômica: a) PRIMÀRIO Exploração de recursos naturais. Agricultura, mineração, pecuária, pesca, extrativismo Setor vulnerável, pois depende de fenômenos naturais (sêcas, chuvas em excesso) Não possui valor agregado como na indústria b) SECUNDÁRIO Transforma as matérias primas em produtos industrializados A tecnologia é agregada a este setor Ele agrega mais valor e mais riqueza Gera mais exportação c) TERCIÁRIO Composto de prestação de serviços e comércio. Marcante nos países altamente desenvolvidos Área de atuação humana pautada no oferecimento de serviços e comércio Produz os chamados bens intangíveis ou imateriais Divisão dos Serviços: Alguns exemplos Serviços Empresariais – Administração Financeira, Bancos, Consultorias, etc. Comércio – Varejo, manutenção, etc. Infraestrutura – Transportes, comunicações, água, eletricidade, etc. Social – Restaurante, saúde, educação, etc. Serviços Públicos – Educação e serviços governamentais Evolução econômica dos serviços: nos EUA Início do século XX – Só 10% da economia representa o setor de serviços 1950 – 50% Hoje – 80% Isso se deve à industrialização crescente Fatores que aumentam a demanda por serviços Desejo de uma melhor qualidade de vida Mais lazer Maior urbanização Mudanças demográficas Mudanças nas classes sociais Sofisticação do consumo Mudanças tecnológicas Como diferencial na competição Custo reduzido Criação de novidades Atendimento e qualidade excelente Canais de distribuição eficientes Características dos serviços: Intangibilidade Participação do cliente no processo Produção e consumo simultâneo O serviço é vivenciado É muito difícil avaliar a sua qualidade Cliente percebe mais riscos quando o adquire Ele não é patenteável Exige estratégias para fidelização do cliente Não pode ser estocado Sua demanda é instável e impõe flexibilidade Nunca é o carro chefe da Economia No Brasil: Maior gerador de empregos formais Tende a acompanhar o crescimento da indústria e da agricultura Quanto maior a produção industrial, maior a atividade do comércio. Quanto maior a renda auferida, maior o turismo, seguros, clínicas, artes, etc. Com a crise no Brasil, empresas reduziram atividades de limpeza, segurança, manutenção, etc. É um setor intensivo de mão de obra e com as demissões em massa, há menos consumo, o que gera mais desemprego. O setor de serviços é sempre o último a declinar Desempenho no Brasil em 2017 - IBGE Recuou 2,8% em 2017 em relação a 2016 Desempenho em %: 2014 – 2,5% 2015 – (3,6) 2016 – (5,0) 2017 – (2,8) Segmentos de serviços – Superior e inferior No seu segmento moderno, o chamado “segmento superior”, inclui-se grandes companhias de logística, cadeias de restaurantes, hipermercados, farmácias e drogarias, bancos e requer uma mão de obra mais qualificada e mais produtiva. Serviços é geralmente trabalho mais intensivo, ou seja, empresas mais intensivamente com trabalhadores do que máquinas e equipamentos. No segmento chamado “inferior”, predomina o trabalho informal e a baixa produtividade. É onde ocorrem mais desempregos e os salários são mais baixos. Hipertrofia do setor terciário Nos países desenvolvidos, a população economicamente ativa, foi se transferindo, primeiro do setor primário para o secundário e depois, deste para o terciário. Com a agricultura moderna, e a automação das indústrias, estes setores liberaram mão de obra, que foi empregada no setor terciário. Nos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento, com a industrialização tardia e a modernização do campo, a mão de obra perdeu seu trabalho no campo, gerando uma migração para as cidades. A mão de obra, sem a devida qualificação, aceitou emprego no setor terciário. Este setor cresceu muito, mas sem qualidade. Foi um crescimento desordenado e não sustentável. Consequência – Crescimento da atividade informal e precarização do trabalho PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO = redução de direitos e garantias trabalhistas. aumentadas pela nova lei da terceirização. A produtividade em serviços Produtividade É a eficiência da produção Produção obtida / Recursos utilizados (Fórmula) Para serviços, o método é uma forma um pouco diferente do contexto produtivo. Exemplo: Não se mede em quantidade de produtos produzidos, mas, sim, em número de clientes atendidos ou trabalhos efetuados. Produção = Serviços prestados Outro exemplo: Atendimento em dia de trabalho de 8 horas foi de 40 chamadas. Produtividade = 40 / 8 = 5 clientes/hora Passos para apurar a produtividade em serviços Estipular qual a melhor estrutura a analisar (o setor, número de pessoas, tipo de trabalho) Qual período de tempo a analisar Medir a produção Tabela com produção de cada funcionário Melhores práticas Escolher uma pequena amostragem de colaboradores Definir o que observará – Ex: nº de clientes atendidos por dia, nº de pedidos por hora, tarefas planejadas x executadas Estipular prazos – 7 ou 30 dias Automatizar o registro de dados Acompanhar indicadores todos os dias Chamar os funcionários com performance insatisfatória Analisar vendas: _ Vendas efetuadas e prazos de entrega Não esquecer jamais da qualidade Faça benchmarking com base em outra empresa do mesmo ramo Produtividade x Produção Crescimento da produção – gera mais produtos obtidos pelo aumento dos fatores de produção. São as quantidades produzidas. Crescimento da produtividade – melhoria nos processos de produção por meio de treinamentos e controle de qualidade
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