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Desafios de Aprend. Fund Pol. Soc. 4º SEM TODAS ETAPAS ENVIADAS

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA/UNIDERP
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
DESAFIO DE APRENDIZAGEM
DISCIPLINA:
FUNDAMENTOS DAS POLÍTICAS SOCIAIS
Belém – Pará
2011
UNIVERSIDADE ANHANGUERA/UNIDERP
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
DESAFIO DE APRENDIZAGEM
FUNDAMENTOS DAS POLÍTICAS SOCIAIS
ALDA MARIA BRANDÃO	RA: 221080
DANIELE PAMPLONA		RA: 270882
IRLANDA RODRIGUES		RA: 193464
MARIA DOYA SANCHES		RA: 225173
MARIA JOSÉ FERREIRA		RA: 230997
Curso: Serviço Social - 4º Semestre
Disciplina: Fundamentos das Políticas Sociais
Professora EAD: Eloisa Castro Berro
Professora Tutora: Zenilda Nicácio
Belém – Pará
2011
INTRODUÇÃO
	Este assunto tem por objeto buscar compreender a trajetória política e evolução das políticas públicas e assistência social no Brasil e reflexionar os impactos sofridos na Constituição de 1988, bem como da política social pelo qual está voltada a própria formação profissional na área do Serviço Social, além de fomentar a revisão crítica social e profissional.
Percebe, que as conquistas no campo da política social pelo qual são frutos de intensa luta sociais, apesar de que parte dessa população ainda não usufruem destas conquistas universalistas de direito devido a reprodução ampliada da pobreza muita coisa se tem feito no campo da assistência por exemplo a implantação do Bolsa- família no combate a pobreza, e houve avanços na formação profissional na graduação além da criação dos CRAS e dos Conselhos de políticas publicas e também da participação social nas arenas de negociação das propostas e ações.
	A Etapa 1 deste tema se refere a uma analise do estado no Entendimento da autora Eloisa de Matos Hofling além de exemplificar políticas sociais no contexto brasileiro. 	Na Etapa 2 do tema aborda o Titulo VIII da constituição destacando os pontos que mais chamaram a atenção e descrevendo objetivos de assistência social. Na Etapa 3 aborda sobre a Campanha das Diretas Já e como esta influenciou na decisão do povo brasileiro no que diz a respeito da democracia no Brasil. A Etapa 4 traz o tema sobre o novo ciclo da assistência sócia na década de 2000, quanto a sua implementação nos programas de bolsa-familia no sentido de combater a pobreza e quanto sua mudança. Finalmente a Etapa 5 se refere aos impactos da Constituição de 1988 no que se refere à proteção social pelo projeto Neoliberal, ao estabelecer novos princípios e diretrizes para as políticas públicas realizado pelo Estado brasileiro, principalmente nas áreas de assistência e proteção social. 
FUNDAMENTOS DAS POLITICAS SOCIAIS
Fundamentação teórica do Estado e Política Social
	Refletir sobre políticas Públicas, numa sociedade capitalista remete a necessidade de compreender que essas políticas apresentam em sua constituição uma complexidade histórica, já que surgem em íntima relação com a característica histórica de cada realidade social em que emergem. A política social tem sua origem modo de produção capitalista de produção da vida social, não como uma política do capital e, sim como uma luta dos trabalhadores e que se sustenta na desigualdade social, e nelas mantém, sendo um dos instrumentos de garantia de manutenção da desigualdade política – da subsunção do trabalho ao capital.
	Toda política social é uma política do Estado. Portanto, a delimitação de direitos a serem satisfeito através das políticas sociais devem ser garantidos através de determinação legal. Os conjuntos destas determinações se expressam no aparato jurídico formal do Estado também possibilita manter as lutas de classes burguesas.
	Segundo Höfling (2001) a distinção entre Estado e Governo se dá em diferentes aspectos que devem estar sempre referidos a um contorno de Estado no interior do qual eles se movimentam. Para se adotar uma definição sintética compatível com os objetivos deste texto, é possível se considerar Estado como o conjunto de instituições permanentes – como órgãos legislativos, tributários, exército e outras que não formam um bloco monolítico necessariamente – que possibilitam a ação do Governo. Já Governo é como um conjunto de programas e projetos que parte da sociedade (políticos, técnicos, organismos da sociedade civil e outros), propõe para a sociedade como um todo, configurando-se a orientação política de um determinado Governo que assume e desempenha as funções de Estado por um determinado período.
	No entendimento de Müller (apud Höfling 2001, p.31), políticas públicas são como “Estado em ação”: é o Estado implantando um projeto de Governo, através de programas de ações voltada para setores específicos da sociedade.
	As políticas sociais segundo Höfling (2001) são entendidas como: “educação, saúde, previdência, habitação, saneamento, etc”. As políticas sociais se referem às ações que determinam o padrão de proteção social implementado pelo Estado, voltadas em princípio, para a redistribuição dos benefícios sociais visando à diminuição das desigualdades estruturais produzidas pelo desenvolvimento socioeconômico. Elas tiveram sua origem no século XIX, com raízes nos movimentos populares.
	Para os neoliberais políticas sociais são consideradas como obstáculos no desenvolvimento. A interferência do Estado se constitui numa ameaça aos interesses e liberdades individuais, inibindo a livre iniciativa e concorrência privada. Em harmonia com esses postulados os neoliberais não defendem a responsabilidade do Estado em relação a oferta de educação pública ao cidadão em geral, em termos universais de maneira padronizada. Um sistema estatal de oferta de escolarização compromete num ultimo momento, as possibilidades de escolha pelos pais em relação a educação desejada para seus filhos (Höfling 2001). Na escolarização, pais e filhos são consumidores, e o mestre e o administrador da escola são os produtores. A centralização na escolaridade trouxe unidades maiores, redução da capacidade dos consumidores de escolher e aumento do poder dos produtores (Friedmam 1980).
	Para ampliar a oferta de modelos educacionais e para aliviar os contribuintes de impostos para o sistema público de ensino sem muitas vezes fazer uso do mesmo, as teorias neoliberais sugerem que o Estado divida ou transfira suas responsabilidades com o setor particular. Porque além de permitir às famílias a escolha ao tipo de educação, este seria um caminho para fomentar a competição entre os serviços ofertados no mercado, mantendo a qualidade dos mesmos.
	A proposta de subsidio do Estado para a educação primária e secundária seria através de “cupons”, oferecidos a quem os solicitasse, para comprar no mercado os serviços educacionais que mais se identificasse com suas expectativas e necessidades, arcando as famílias com a diferença de preço, caso fosse superior ao recebido a estratégia de descentralização adquire grande relevância. A transferência da educação por parte do estado da responsabilidade de execução das políticas sociais, além de contribuir com os objetivos acima, é entendida como uma forma de aumentar a eficácia administrativa e diminuir os gastos. Para a autora o processo de definição de Políticas Públicas ultrapassa as instituições do Estado e da sociedade.
	Quanto à educação como política social que é exemplificada por Höfling (2001), o Estado não possui uma estrutura completa para subsidiá-la e delega uma parte ao setor privado, dando permissão às famílias para escolher a forma que melhor se adéqüe a sua condição financeira, revelando assim o verdadeiro contexto atual brasileiro das desigualdades de classe.
Constituição de 1988: da ordem social e assistencial social
	A seguridade social compreende um conjunto de ações dos poderes públicos e da sociedade, destinadas a assegurar o direito à saúde, à previdência social e à assistência social. No Brasil, a ampliação do conceito de seguridade social surgiu com a Constituição de 1988, conhecida como a Constituição Cidadã. Todos devem ter o direito aos benefícios que ela distribui e o deverde contribuir para manter a solidariedade entre gerações (Araújo 2006).
	Quando os Constituintes insculpiram no Texto Constitucional o capítulo da Seguridade Social (arts. 194 a 204) dentro das disposições da Ordem Social, visavam a ampliação e democratização do acesso da população à saúde, à previdência social e à assistência social. Nesse tripé, cuja implementação deveria envolver iniciativas dos Poderes Públicos e da sociedade, os Constituintes depositaram suas esperanças de maior justiça social, bem-estar e melhoria da qualidade de vida dos brasileiros.
	A Constituição de 1988 tratou da saúde como espécie da seguridade social. Dispõe o art. 196 que a saúde é direito de todos e dever do Estado. A saúde é garantida mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para sua promoção, proteção e recuperação. A execução das ações de saúde pode ser realizada diretamente pelo Estado ou através de terceiros, pessoa física ou jurídica de direito privado, de forma complementar, conforme preconiza o art. 199 da Constituição (Araújo 2006).
	O art. 198 da Lei Maior dispõe sobre o Sistema Único de Saúde (SUS), que é um conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da administração direta e indireta e das fundações públicas, e instituições privadas de forma complementar, com as seguintes diretrizes: a) descentralização, com direção única em cada esfera de governo; b) atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais; e c) participação da comunidade.
	A assistência social foi inserida na Constituição de 1988 nos arts. 203 e 204. Encontra-se regulamentada pela Lei nº 8.742/93 ( Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS). É uma política social destinada a atender as necessidades básicas dos indivíduos, traduzidas em proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência, à velhice e à pessoa portadora de deficiência. As prestações de assistência social são destinadas aos indivíduos sem condições de prover o próprio sustento de forma permanente ou provisória, independentemente de contribuição à seguridade social.
	Wladimir Novaes Martins (apud Araújo 2006) define a assistência social como "um conjunto de atividades particulares e estatais direcionadas para o atendimento dos hipossuficientes, consistindo os bens oferecidos em pequenos benefícios em dinheiro, assistência à saúde, fornecimento de alimentos e outras pequenas prestações. Não só complementa os serviços da Previdência Social, como a amplia, em razão da natureza da clientela e das necessidades providas".
	A principal característica da assistência social é ser prestada gratuitamente aos necessitados. As ações governamentais na área da assistência social serão realizadas com os recursos dos orçamentos dos entes federativos e mediante o recolhimento das contribuições previstas no art. 195 da Constituição, além de outras fontes, observando-se as seguintes diretrizes: a) descentralização político-administrativa das ações; b) participação da população. 
	Então a Constituição é o marco central da proteção social no Brasil. Intuindo novas regras para os benefícios vinculados a previdência social. Devido a alteração da Constituição em 1998 e 2003 atingiu, não só com impacto os trabalhadores regidos pela CLT, sobretudo dos setores privados mas caminhou no sentido de reduzir a amplitude dos direitos conquistados com a Carta Magna de 88 transformando o tempo de serviço em tempo de contribuição, o que torna difícil a obtenção de aposentadoria, sobretudo para os trabalhadores que não tiveram carteira de trabalho assinada ao longo de suas vidas. No que se refere a saúde pública no Brasil, apresenta-se de maneira insustentável, onde muitos não tem acesso a um atendimento de qualidade esses estão de fora da universalização de seus direitos, a partir da década de 1990, a fortalecimento dos planos privados de saúde e previdência, ou transferem as responsabilidades para a sociedade, sob justificativa do voluntariado, da solidariedade e da cooperação (Behring & Boschetti 2011). 
	Sob o artigo 203 da constituição no qual descreve os objetivos da assistência social esses princípios não são seguidos, devido o ajuste estrutural capitalista dos anos 90 trazendo uma gama de conseqüências para as políticas sócias principalmente nas esferas de saúde e educação associado ao aumento do desemprego e da pobreza. Mas isso não significou ausência de política social mais foram adaptadas a novo contexto de padrões universalista e redistributivas de proteção social.
Fundamentos do Estado do direito
	A campanha das DIRETAS JÁ (em 1984) foi o maior movimento popular de toda a história do Brasil. Ulisses Guimarães, foi um dos principais articuladores da campanha, esse era o momento das esperanças de quase toda a população brasileira.Ela se a representava como o primeiro passo para a resolução dos inúmeros problemas que afligiam a nação.Esse movimento ganhou proporções gigantescas. Em 1984 milhões de brasileiros saíram as ruas exigindo o fim da Ditadura Militar na maior mobilização de nossa história.
	Em 1988, sob os olhos atentos de uma grande multidão concentradas em todo o país, o deputado federal Ulisses Guimarães fez um discurso de declaração pública apesar de muito respeitado não conseguiu empolgar a massa. Também o caso de Tancredo Neves. Com a Constituição aprovada no Diário Oficial da União n. 191-A de 5 de outubro de 1988 onde instituiu um Estado Democrático de Direito destinado assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança o bem estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida com a ordem interna e internacional.
	Aí o povo passa ter liberdade democrática na escolha direta para presidente da República. Com decisão política nas mãos o povo tem o poder de decisão política sobre os governantes e podem avaliar ou investigar as ações e procedimentos desde o presidente ate o prefeito vereadores e senadores. Esse poder deve ser usado com muita consciência e responsabilidade quanto as suas escolhas. 
	Em 2008 foi feito um balanço da Constituição Federal de 1998, pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicada (IPEA) onde um de seus palestrantes (Plitino de Arruda Sampaio) que foi um dos que participou da constituição declara que a Constituição Federal de 1988 sem duvida foi uma grande demonstração de democracia, pois permite o voto direto e as expressões populares. Porém, hoje mais de 20 anos da promulgação da Constituição, somente uma parte da população tem seus direito atendidos e temos uma parte bem reduzida de cidadão que estão acima da lei, é o caso de políticos corruptos que conseguem sair imunes, apesar das atrocidades que cometem. 
Perspectivas do Serviço Social
	Este texto tem por finalidade refletir sobre a trajetória do novo ciclo da assistência, no âmbito da proteção social na década de 2000, que se seguiram à Constituição de 1988. Discutiram as transformações da proteção e assistência social das ultimas décadas, principalmente com a implantação da Bolsa Família para diminuir a desigualdade social no pais. O que mudou no Brasil, quanto a Assistência Social, após a Constituição Federal de 1988 vale ressaltar que todos os debates realizados em torno das políticas de assistência nos anos 2000. Se dá em volta dos programas de transferência condicionada da renda para as famílias pobres, principalmente após a criação do programa Bolsa Família em 2003, abarcando 11 milhões de família abaixo da linha de pobreza.
	Devido à mudança na área de proteção social em 2006 pelo qual seguiu a promulgação da Constituição de 1988, ocorreram no plano da política pelos processos de descentralização e participação; nas formas de governança pela flexibilizaçãoorganizacional e a formação de novos atores na formulação e implementação das políticas e na área da assistência social pela construção de um sistema de proteção de caráter publico e universal. Com introdução de novos programas sócias no Brasil como transferência de renda ocorreu a mobilização de um grande número de atores por meio de conferencia, fóruns, conselhos da área da assistência. Mas isso só se efetivo no ano de 2003.
	A proteção de assistência se localiza nos anos 80 e gira em torno de mudanças no significado de proteção social quando os países centrais, diante dos efeitos de crise fiscal, começam a reformular as políticas clássicas de seguridade social no que diz respeito quanto a restrição dos gastos e das políticas universalistas, criando um conjuntos de ações e programas para enfrentar o aumento da pobreza, método adotado por vários países e difundidos pelas organizações multilaterais. Na década de 2000 o Banco Mundial passa a afirmar que o combate a pobreza em meio à opulência constitui um dos principais desafios mundiais.
	Os primeiros programas de transferência condicionada de renda foram implementadas no município de Campinas, no Estado d São Paulo, e no Distrito Federal, ambas em 1995. Em 1996, o Governo Federal lança o programa de Erradicação ao Trabalho Infantil, com objetivo de retirar crianças e adolescentes do trabalho precoce. Todos esses programas eram dirigidos as famílias pobres com crianças e adolescentes (Vaitsman et al. 2009).
	O novo ciclo da assistência social ocorre nos anos 2000 trazendo mudanças significativas em um movimento tímido que se inicia no governo de Fernando Henrique Cardoso, mas que se expande no governo Lula. A tendência é ampliar a proteção social tendo suas diretrizes no Plano plurianual (PPA), a introdução dos programas de transferência de rendas federais seriam unificados no Programa Bolsa família. Ainda no governo de Fernando Henrique Cardoso aprovado pelo Congresso o Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza, mas só foram lançados em 2001. Os primeiros programas federais de transferência de renda, pó três diferentes ministério como Bolsa Escola, do Ministério de Educação; Bolsa Alimentação, do Ministério da Saúde, Auxílio Gás, do Ministério de Minas e Energia.
	A rápida expansão do programa Bolsa família a partir de sua unificação em 2003 concedeu ao governo Lula os altos índices de aprovação, sobretudo nas regiões mais pobres. Isso veio ocasionar um grande debate de acusação contra o governo Lula principalmente pela imprensa conservadora e partidos de oposição, acerca do caráter assistencialista e eleitoreiro do programa, do não cumprimento das condicionalidades dos erros de focalização, alem de criticar as esquerdas que haviam centrado suas baterias contra as políticas focalizadas na pobreza. É necessário entender que esses programas pela sua extensão de cobertura principalmente o Bolsa família alcançou sua meta de 100% para as famílias que estão abaixo da linha de pobreza que assola o pais de certa forma o programa é de bom caráter, mas não deixa de ser uma focalização eleitoreira para aqueles que estão no poder. E usam de artimanha o estigma da pobreza para aqueles que estão de fora do usufruto de capital (Vaitsman et al. 2009).
	Outra mudança importante alem da cobertura nacional do Programa Bolsa Família foi a construção do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) que são os elementos que definirão as feições da assistência social no pais no final dos anos 2000. 	Em 2004 houve aprovação da Política Nacional de Assistência Social (PNAS) que pretende dessa forma romper o viés filantrópico na oferta de bens e serviços, caracterizando-os como direitos sócio-assistenciais. Durante o período de 2003 a 2008 foram implantados Centros de Referência da Assistência Social (CRAS), unidades de atendimento sócio-assistencial, que constituem porta de entrada do sistema, cofinanciadas pelo MDS (Vaitsman et al. 2009).
Impactos da Constituição de 1988 na proteção social, políticas publicas e assistência social na sociedade brasileira
	A Constituição Federal de 1988, ao estabelecer novos princípios e diretrizes para as políticas públicas realizada pelo Estado brasileiro, definiu parâmetros precisos ao processo de elaboração e fiscalização das diferentes políticas setoriais. Não obstante, quase vinte anos pós-promulgação da Constituição Federal, é possível identificar alguns componentes que aproximam e ou distanciam da efetividade desses novos princípios e diretrizes. A universalização do atendimento proposta no sistema de proteção social brasileiro, por exemplo, encontra-se, objetivamente, muito aquém do pretendido por esse princípio constitucional. A descentralização político-administrativa, tanto no tocante a formulação, quanto no financiamento e no controle social, encontra resistências político-burocráticas apesar de avanços na normatização de áreas como a saúde, a educação e a assistência social (Maciel 2007).
	Percebe-se que os impactos da constituição de 1988 no que se refere a proteção social, políticas publicas e a assistência social ocorreram em dois momentos o primeiro nos anos oitenta, no quadro de instabilidade econômica e processo de democratização e o segundo na metade dos anos noventa, em que o contexto da estabilização econômica e das reformas institucionais avançam os processos de descentralização e participação.
	Segundo Costa (2002) na década de oitenta os impactos foram de políticas de ajuste sobre o sistema de proteção social foram residuais, com aumento de gasto público e incorporação de novas clientelas pela constituição de 1988. Já a década de noventa caracterizou-se pela negação da agenda universalista em determinada áreas sociais a focalização de programas e o constrangimento ao funcionamento social. O pais conquista, portanto diretos universalistas de seguridade social e a assistência social introduz programas de enfrentamento a pobreza.
	Nesse contexto combinando democracia, pobreza e desigualdade, a década também assiste a mobilização da sociedade civil por movimentos como Ação de Cidadania contra a fome e a pobreza. Apesar das importantes conquistas de 1988 da política social, engendrado num formato social-democratica, os anos noventa até os dias de hoje tem sido de contra reforma apesar de ser considerada de Constituição Cidadã, pois esta carta constitucional era vista como perdulária e atrasada. Pois os impactos sofridos nos anos oitenta e noventa e seus impactos para a política social estão articulados a uma reação burguesa a crise do capital que se inicia nos anos 1970.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
	O que se procurou expor neste trabalho foi a interpretação das políticas públicas, assistência social e proteção social para a sociedade brasileira, já que no plano político ouve varias mudanças nesse aspecto e como ela vem se comportando no pais, abrangendo não só aqueles que estão abaixo da linhada pobreza mais toda classe trabalhadora brasileira. Refletindo também o conteúdo histórico da redemocratização do pais que por duas décadas foram reprimidas de seus direitos e dos impactos da Constituição Federal de 1988.
	A proposta da descentralização e do controle social, em termos legais, propõe um caminho inovador para as políticas públicas brasileiras. Permitem, em tese, a maior presença do cidadão na fiscalização dos recursos e da gestão das políticas setoriais. Uma presença que pode influir significativamente na agenda do governo em relação as prioridades e as metas a serem desenvolvidas nas áreas compreendidas pelas respectivas políticas (como os programas sociais e assistenciais).
	Quanto a descentralização das políticas públicas, é importante destacar que a diversidade geopolítica dos municípios brasileiros tende a não ser considerada na implantação dos processos de descentralização das políticas setoriais. Essa situação tende a manter os municípios prisioneiros dos programas federais que, centralizados, se tornam os meios para acessarem os recursos financeiros existentes para a realização deações setoriais. 	Focalizando assim novas diretrizes para a gestão das políticas publicas alem de dar um novo caráter para o profissional de Serviço Social.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARAÚJO, F.C.S. 2006. Seguridade Social. Disponível em <http://jus.com.br/revista/texto/9311>. Publicado em 12/2006. Acesso em: 02 outubro 2011.
BEHRING, E.R.; BOSCHETTI, I. 2011. Política Social: fundamentos e historia. 9º Ed. São Paulo, Editora Cortez, v.2. 213p.
COSTA, N.R. 2002. Política social e ajuste macroeconômico. Caderno Saúde Pública, 18(Supl):13-21.
Constituição da Republica Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: <http://www.senado.gov.br/sf/legislacao/const/con1988/CON1988_05.10.1988/CON1988.htm>. Acesso em: 02 outubro 2011.
Diretas Já - Fala Lula. Disponível em: <http://www.oyo.com.br/videos/noticias-e-politica/diretas-ja-fala-lula/>. Acesso em: 02 outubro 2011.
Diretas Já. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Diretas_Já> Acesso em: 02 outubro 2011.
Diretas Já. Disponível em: <http://www.historiabrasileira.com/brasil-republica/diretas-ja/> Acesso em: 02 outubro 2011.
HÖFLING, E.M. 2001. Estado e Políticas (Públicas) Sociais. Cadernos Cedes, ano XXI, nº 55, 12p.
MACIEL, C.A.B. Políticas Públicas e Controle Social: encontros e desencontros da experiência brasileira. Disponível em: <http://unb.revistaintercambio.net.br/24h/pessoa/temp/anexo/1/112/118.doc>. Acesso em 02 outubro 2011.
VAITSMAN, J.; ANDRADE, G.R.B.; FARIAS, L.O. 2009. Proteção social no Brasil: o que mudou na assistência social após a Constituição de 1988. Ciência & Saúde Coletiva, 14(3):731-741, 2009.

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