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Direito Constitucional

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Direito Constitucional
É o ramo do direito público que expõe, interpreta e sistematiza os princípios e as normas definidoras do Estado. – José Afonso da Silva
É a ciência positiva das Constituições. – Pinto Ferreira
Constituição – Conceito, estrutura e classificação
Constituição é a Lei suprema e fundamental que institui o Estado, estabelece a sua estrutura, os seus poderes e os direitos fundamentais das pessoas. 
Constitucionalismo: 
 Final do Século XVIII
 É um movimento que visa a estruturação do Estado a partir de normas e princípios, com o reconhecimento dos poderes de Estado e os direitos e garantias fundamentais. 
Neoconstitucionalismo: 
 Final do Século XX
 É um movimento de interpretação das normas e princípios que tem como fundamento a aproximação entre a ética e o direito. 
Perspectivas da constituição (sentidos ou concepções)
Sociológico: Ferdinand Lassale - Entendia que a Constituição é manifestação real e concreta do poder na sociedade, sendo assim, o texto escrito, não passaria de "mera folha de papel". 
Político: Carl Schmit - Defendia a ideia de que a Constituição cumpre o seu papel essencialmente na definição do Estado, sua estrutura política, forma e regime de governo. As regras insertas no texto escrito poderiam ser "normas constitucionais" ou "leis constitucionais" 
 Jurídico: Hanz Kelsen - Estabeleceu o reconhecimento de que a Constituição é obra de um poder soberano que descreve como as relações da sociedade e, desta com o Estado, devem ocorrer na organização política. Desta forma procura dar reconhecimento e valor jurídico às normas inseridas na "Carta Magna". 
Classificação das Constituições (tipologia)
Quanto à forma:
escrita: é aquela cujas normas encontram-se num determinado compêndio,reunidas de modo sistemático e codificado. 
costumeira (não-escrita): ao contrário do que se pensa, não significa que não existam documentos escritos. Entretanto, estes não estão reunidos num único instrumento, codificado e sistematizado, mas sim, decorrem da praxe, dos usos e costumes.
Quanto ao Conteúdo 
Material: é aquela que cuida apenas das normas substanciais, ou seja, fundamentais para a estrutura do estado, tais como, separação de poderes, organização do estado e os direitos fundamentais. 
Formal: é aquela que não cuida apenas das normas substanciais, mas também das questões procedimentais, para alguns denominam-se “constituições procedimentais”. As constituições formais (a Constituição da República Federativa do Brasil, 1988) nos revelam o poder normativo dos preceitos nela contidos, bem como, a supremacia de suas normas. 
Quanto à origem
Promulgadas: são constituições democráticas, populares e votadas, suas normas são submetidas a debates e aprovação. 
Outorgadas: são aquelas ditas, por impostas, ou seja, decorrem do poder concentrado na autoridade de um ditador, imperador, presidente, junta governista etc. Não há participação popular na sua elaboração.
- Há uma terceira classificação chamada de Cesarista na qual o ditador para dar-lhe uma feição legítima convoca um referendo popular para aprová-la.
Quanto ao modo de elaboração
Dogmática: É aquela que se origina de forma escrita e sistemática, baseada em dogmas, ou seja, princípios e ideias incontestáveis existentes no momento de sua elaboração. 
Histórica: também denominada costumeira, é a que se origina através de uma evolução de ideias no tempo, produto dos usos e costumes de determinada sociedade,  baseada na tradição de um povo.
Quanto à extensão
Prolixas (analíticas): São constituições longas, detalhistas, como no caso da Constituição brasileira de 1988. 
Sintéticas (reduzidas): São constituições pequenas, concisas, com poucos artigos em seu texto escrito. Exemplo a Constituição dos E.U.A. de 1787. 
Quanto aos fundamentos (ideologia)
Ecléticas (compromissórias): são aquelas originadas do encontro de diversas ideologias. 
Ortodoxas: são aquelas que expressam o pensamento único, confirmam uma determinada ideologia. 
Quanto à finalidade
Dirigente: são aquelas que apresentam um plano para dirigir a evolução do Estado. O conceito da constituição-dirigente é de origem marxista. 
Garantia: são aquelas que tem por objetivo estabeleceras garantias de liberdade, é tipicamente reduzida. 
Balanço: são aquelas que indicam os estágios das relações políticas, seguem a escola soviética. Elas recebem esse nome porque procuram equilibrar os anseios burgueses e proletários. Carta de Weimar(1919), combinam os direitos sociais e as liberdades. 
Quanto à rigidez 
imutáveis: são aquelas que, como o próprio nome diz são intocáveis, ou seja, não admitem nenhuma alteração no seu texto original. Não são admissíveis em nosso dias. 
rígidas: são constituições que admitem a mudança em seu texto original, mas estabelce um procedimento especial e rigoroso de controle para sua mudança. A Constituição brasileira de 1988 é tida como rígida. Algumas escolas sustentam que em face de núcleos irreformáveis a constituição brasileira seria também “super-rígida”. 
flexíveis: são constituições plásticas, não seguem processo especial para a sua alteração. As constituições plásticas não produzem estabilidade constitucional. 
semi-rígidas: são constituições mistas, ou seja, parte do texto constitucional se submete ao processo reformador rígido e outra parte a flexibilidade. 
Estrutura didática da constituição brasileira de 1988
A Constituição possui três núcleos:
Preâmbulo;
Corpo;
A.D.C.T. ( Atos das Disposições Constitucionais Transitórias).
Preâmbulo:
É um documento de objetivos do diploma constitucional, caracterizando verdadeiro atestado oficial de origem do novo Estado e a declaração de sua legitimidade e princípios de uma nova ordem política e jurídica. Algumas escolas jurídicas entendem que o preâmbulo não faz parte do texto constitucional propriamente dito, sendo apenas um diploma de promulgação. 
Debate constitucional
A obrigatoriedade do uso da expressão“...sob a proteção de Deus...” no preâmbulo das Constituições estaduais:
O Tribunal (STF) julgou improcedente o pedido formulado em ação direta ajuizada pelo Partido Social Liberal - PSL contra o preâmbulo da Constituição do Estado do Acre, em que se alegava a inconstitucionalidade por omissão da expressão "sob a proteção de Deus", constante do preâmbulo da CF/88. Considerou-se que a invocação da proteção de Deus no preâmbulo da Constituição não tem força normativa, afastando-se a alegação de que a expressão em causa seria norma de reprodução obrigatória pelos Estados-membros. ADI 2.076-AC, rel. Min. Carlos Velloso, 15.8.2002.(ADI-2076)
Corpo:
Para o entendimento didático denominamos como corpo o texto constitucional básico, propriamente dito, ao longo de seus nove títulos com mais de 250 artigos.
ATENÇÃO!
 Não obstante o último artigo ser o art. 250, observe que temos art. 29- A;103-A etc. 
A.D.C.T. (Atos das Disposições Constitucionais Transitórias):
O ato das disposições constitucionais transitórias é um conjunto de normas de hierarquia constitucional, sendo portanto, norma constitucional. O A.D.C.T. foi estabelecido como medida de transição da velha República para a nova República e regulação de dispositivos originados a partir da nova constituição. 
Alguns dispositivos inseridos no A.D.C.T. são tidos como de “eficácia exaurida”, como por exemplo verificamos nos art. 2º e 3º do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, eis que já produziram os seus efeitos. 
Poder Constituinte
Conceito:
“É a manifestação soberana da suprema vontade política de um povo, social e juridicamente organizado.” ( Moraes, Alexandre de, Direito Constitucional, 23ª ed., pg. 26, São Paulo, 2008,Editora Atlas).
A sua origem é reconhecida a partir das Constituições escritas. 
Titularidade do Poder Constituinte:
No início a sua titularidade era atribuída a “nação”. Atualmente a titularidade é reconhecida ao povo (soberania popular – Art. 1º, parágrafo-único c/c Art. 14,caput, da C.F./1988). 
Atenção: Povo é o conjuntode indivíduos (cidadãos) no gozo da capacidade política. 
Classificação:
Poder Constituinte Originário:
 É o poder usado para elaborar a constituição.
Características:
Inicial;
Ilimitado;
Incondicionado.
 Poder Constituinte Derivado Reformador:
 É o poder constituinte usado para produzir Emendas Constitucionais (E.C.) 
Características: 
Superveniente (Derivado) 
Limitado (Subordinado) – Ver art. 60 CF 
Condicionado 
ATENÇÃO! REVISÃO CONSTITUCIONAL (Art. 3º do A.D.C.T.)
Conforme o Art. 3º do A.D.C.T. ocorreu após cinco anos da promulgação da Constituição o processo de Revisão Constitucional, esta Revisão produziu seis Emendas Constitucionais de Revisão (E.C.R.) 
A Revisão Constitucional já aconteceu e o Art. 3º do A.D.C.T. é uma norma constitucional de eficácia exaurida. 
Classificação do Poder Constituinte
Internalização do tratados internacionais	 
 Art. 84 , VIII c/c Art. 5º, §§ 2º e 3º 
REGRA GERAL
 A competência para celebrar “Tratados Internacionais” é do Presidente da República, submetendo ao referendo do Congresso Nacional, por meio de Decreto Legislativo. 
 Em regra, os Tratados Internacionais terão “status quo” de Leis Ordinárias. 
Tratados Internacionais Leis Ordinárias 
 Na hipótese de conflito entre o Trat. Internacional e a Lei Ordinária aplicar-se-á o mais moderno. 
 
 Art. 84 , VIII c/c Art. 5º, §§ 2º e 3º da CF
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: 
VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional; 
 
 Art. 5º. 
        § 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte. 
      § 3º- Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.

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