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Licitações - Lei n. 8.666/1993

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direito administrativo
STM
Licitações
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Licitações 
Prof.ª Lisiane Brito
www.grancursosonline.com.br
SUMÁRIO
Licitações – Lei n. 8.666/1993 ......................................................................3
Introdução ................................................................................................3
Finalidade da Licitação ................................................................................4
Conceito de Licitação ..................................................................................5
Glossário dos Termos Utilizados pela Lei N. 8.666/2003 (Art. 6º) ......................5
Licitação Dispensada (Art. 17) ....................................................................18
Inexigibilidade de Licitação (Art. 25) ...........................................................28
Modalidades de Licitação (Art. 22) ..............................................................29
Concorrência (Art. 22, § 1º) .......................................................................29
A Comissão de Licitações (Art. 51) .............................................................31
Convite (Art. 23, I, “a” e II “a” da Lei N. 8.666/1993) ...................................35
Concurso (Art. 22 § 4º da Lei n. 8.666/1993) ...............................................38
Leilão ......................................................................................................40
Objetivos (Art. 22 § 4º, Lei n. 8.666/1993) ..................................................40
Impugnação do Edital (Art. 41) ..................................................................43
Anulação e Revogação da Licitação .............................................................47
Possibilidade de Revogação ........................................................................47
Questões de Concurso ...............................................................................49
Questões Comentadas ...............................................................................51
Questões de Concurso ...............................................................................54
Gabarito ..................................................................................................71
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LICITAÇÕES – LEI N. 8.666/1993
Introdução 
A Administração não deve atuar da mesma forma que os particulares atuam. 
Pelo contrário, deve sujeitar-se a um regime jurídico administrativo, com o dever 
de observar os princípios constitucionais, dentre os quais podemos destacar isono-
mia, impessoalidade, moralidade e indisponibilidade do interesse público. Podemos 
dizer, inclusive, que o princípio da impessoalidade é o principal fundamento para 
a exigência licitação, pois o Poder Público não deve escolher a seu bel prazer seus 
fornecedores, como fazem as empresas privadas. A licitação, sendo um procedi-
mento público para que se proceda a uma seleção imparcial da melhor proposta, 
assegura iguais condições a todos que queiram disputar determinado contrato. Re-
aliza-se licitação para que se possa posteriormente celebrar um contrato. Assim, a 
licitação não é uma atividade fim, mas uma atividade-meio da administração. 
A regra é: antes de contratar, deve-se licitar. As hipóteses em que pode haver 
contratação direta pela Administração são exceções, expressamente mencionadas 
na Lei. O artigo 89 da Lei n. 8.666/2003 prevê o crime de não se realizar licitação 
sem que haja fundamento para a contratação direta. 
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Art. 89. Dispensar ou inexigir licitação fora das hipóteses previstas em lei, ou deixar de 
observar as formalidades pertinentes à dispensa ou à inexigibilidade:
Pena – detenção, de 3 (três) a 5 (cinco) anos, e multa.
Finalidade da Licitação
As finalidades da licitação são estabelecidas no art. 3º da Lei n. 8.666/2003:
1. proteção ao princípio constitucional da isonomia;
2. obtenção do contrato mais vantajoso;
3. resguardo dos direitos dos licitantes;
4. promoção do desenvolvimento nacional sustentável.
Art. 3º A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da 
isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do 
desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita confor-
midade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da 
igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento 
convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.
Partindo-se do fato de que existem no mercado diversas empresas interessadas 
em contratar com a Administração, o procedimento licitatório tem por finalidade 
selecionar entre eles a proposta mais vantajosa. Entretanto, a busca desse fim não 
autoriza a violação de garantias individuais, tampouco que seja conferido trata-
mento diferenciado a determinado fornecedor, em detrimento dos demais. 
A Lei n. 8.666/2003 deixa explícito que a licitação visa assegurar o princípio 
constitucional da isonomia. 
Por outro lado, alterações recentes no artigo 3º da lei trouxeram uma terceira 
finalidade às licitações: a promoção do desenvolvimento nacional sustentável. Com 
isso o legislador buscou trazer ao Estado o papel de fomentador do desenvolvimen-
to sustentável, na medida em que o poder de compra do governo pode ser utilizado 
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para a reformulação dos padrões de consumo, levando a uma redução de consumo 
de recursos não renováveis, preservação de recursos naturais e redução de custos 
de produção.
Conceito de Licitação
Licitação é o procedimento administrativo pelo qual a Administração seleciona a 
proposta mais vantajosa para o contrato de seu interesse, assegurando a obser-
vância do princípio constitucional da isonomia e contribuindo para a promoção do 
desenvolvimento nacional sustentável. 
Glossário dos Termos Utilizados pela Lei N. 8.666/2003 (Art. 6º)
A Lei n. 8.666/2003 traz no art. 6º um verdadeiro glossário, dando o sentido 
de alguns termos por ela empregados. Utilize-o quando necessário, para facilitar a 
compreensão e o estudo da lei.
Obra: toda a construção, reforma, fabricação, recuperação ou ampliação, reali-
zada por execução direta ou indireta.
Serviço: toda atividade destinada a obter determinada utilidade de interesse 
para a Administração, como demolição, conserto, instalação, montagem, operação, 
conservação reparação, adaptação, manutenção, transporte, locação de bens, pu-
blicidade, seguro ou trabalhos técnico-profissionais.
Compra: toda aquisição remunerada de bens para fornecimento de uma só vez 
ou parceladamente.
Alienação: toda transferência de domínio de bensa terceiros
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Obras, Serviços e Compras de Grande Vulto: aquelas cujo valor estimado 
seja superior a vinte e cinco vezes o valor estabelecido para concorrência.
Seguro-garantia: o seguro que garante o fiel cumprimento das obrigações 
assumidas por empresas em licitações e contratos.
Execução direta: a que é feita pelos órgãos e entidades da Administração, 
pelos próprios meios.
Execução indireta: a que o órgão ou entidade contrata com terceiros, sob 
qualquer dos regimes abaixo.
Empreitada por preço global: quando o que a Administração contrata é a 
execução de uma obra ou serviço, por um preço certo e total. 
Empreitada por preço unitário: quando o que a Administração contrata é a 
execução de uma obra ou serviço, por um preço certo de unidades determinadas.
Tarefa: quando a administração contrata mão de obra para pequenos traba-
lhos, com ou sem o fornecimento de material, por preço certo.
Empreitada íntegra: quando a Administração Pública contrata um empreen-
dimento na sua integralidade, compreendendo todas as etapas de obras, serviços 
e instalações necessárias. A contratada tem inteira responsabilidade até a entrega, 
atendidos os requisitos técnicos e legais para utilização em condições de segurança 
estrutural e operacional e com as características de acordo com a contratação.
Projeto básico: é o conjunto de elementos necessários para caracterizar a 
obra, possibilitando a avaliação dos custos, definição dos métodos e tempo de exe-
cução. 
Projeto executivo: o conjunto de elementos necessários e suficientes à exe-
cução completa da obra, de acordos com as normas da ABNT.
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Administração Pública: a administração direta e indireta da União, dos es-
tados, D.F. e municípios, abrangendo inclusive as entidades de direito privado sob 
controle do poder público e as fundações mantidas ou criadas por ele.
Administração: é espécie do gênero administração pública. É o órgão ou enti-
dade através do qual a administração pública atua diretamente.
Imprensa oficial: o diário oficial para a União, e o que for definido nas leis dos 
estados, DF e municípios.
Contratado: a pessoa física ou jurídica que assina contrato com a administração.
Comissão é a comissão, permanente ou especial, criada pela Administração, 
com a função de receber, examinar e julgar todos os documentos e procedimentos 
relativos à licitação e ao cadastramento dos licitantes. 
Princípios da Licitação
Alguns dos princípios que devem informar o operador da Lei estão explícitos no 
art. 3º e outros estão implícitos. São eles:
• Legalidade;
• Impessoalidade;
• Moralidade;
• Igualdade;
• Publicidade;
• Probidade administrativa;
• Vinculação ao instrumento convocatório;
• Julgamento objetivo;
• Procedimento formal;
• Adjudicação compulsória.
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Legalidade
Impõe ao administrador vinculação à lei em todos os procedimentos ou fases da 
licitação. O art. 4º da Lei n. 8.666/2003 diz que todos os participantes de licitação 
têm direito subjetivo à observância do procedimento estabelecido pela lei. Assim, 
se não for observado, o processo licitatório pode ser impugnado. A lei permite que 
qualquer cidadão acompanhe a licitação, desde que não atrapalhe a realização dos 
trabalhos.
Impessoalidade
Está intimamente ligado aos princípios da igualdade e do julgamento objetivo. 
Todos os licitantes devem ser tratados igualmente, em direitos e obrigações. A 
administração deve decidir com critérios objetivos, sem considerar condições pes-
soais do licitante.
Moralidade
O administrador deve manter conceitos éticos e morais.
Igualdade
Art. 37, XXI CF e art. 3º, § 1º, I e II da Lei n. 8.666/1993.
Veda condições que impliquem preferência em favor de determinado licitante, 
em prejuízo dos demais. Observe que há uma intima relação entre este princípio 
e o da impessoalidade. Se oferecer condições iguais para todos, respeitadas as di-
ferenças, a Administração consequentemente estará agindo com impessoalidade.
A Lei de Licitações também proíbe aos agentes públicos estabelecer tratamento 
diferenciado de natureza comercial, legal, trabalhista, previdenciária ou qualquer 
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outra, entre empresas brasileiras e estrangerias, inclusive no que se refere à mo-
eda, modalidade e local de pagamento, mesmo quando envolvidos financiamentos 
de agências internacionais.
Cuidado nesse ponto, pois há exceções!
A Lei n. 13.146, de 2015, promoveu importantes alterações no artigo 3o da Lei 
n. 8.666/2003, incluindo vários incisos e parágrafos. Atualmente é permitido ao 
administrador dar preferência a bens e serviços produzidos e prestados no país, 
em relação aos similares estrangeiros, a fim de contribuir para o desenvolvimento 
nacional sustentável. 
Vejamos:
Art. 3º 
(...) 
§ 1º É vedado aos agentes públicos:
I – admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação, cláusulas ou condições 
que comprometam, restrinjam ou frustrem o seu caráter competitivo, inclusive nos 
casos de sociedades cooperativas, e estabeleçam preferências ou distinções em razão 
da naturalidade, da sede ou domicílio dos licitantes ou de qualquer outra circunstância 
impertinente ou irrelevante para o específico objeto do contrato, ressalvado o disposto 
nos §§ 5º a 12 deste artigo e no art. 3o da Lei no 8.248, de 23 de outubro de 1991; 
II – estabelecer tratamento diferenciado de natureza comercial, legal, trabalhista, pre-
videnciária ou qualquer outra, entre empresas brasileiras e estrangeiras, inclusive no 
que se refere a moeda, modalidade e local de pagamentos, mesmo quando envolvidos 
financiamentos de agências internacionais, ressalvado o disposto no parágrafo seguinte 
e no art. 3o da Lei no 8.248, de 23 de outubro de 1991.
(...)
5º Nos processos de licitação, poderá ser estabelecida margem de preferência para:
I – produtos manufaturados e para serviços nacionais que atendam a normas técnicas 
brasileiras; e
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II – bens e serviços produzidos ou prestadospor empresas que comprovem cumprimen-
to de reserva de cargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado 
da Previdência Social e que atendam às regras de acessibilidade previstas na legislação.
§ 6º A margem de preferência de que trata o § 5º será estabelecida com base em es-
tudos revistos periodicamente, em prazo não superior a 5 (cinco) anos, que levem em 
consideração:
I – geração de emprego e renda; 
II – efeito na arrecadação de tributos federais, estaduais e municipais;
III – desenvolvimento e inovação tecnológica realizados no País;
IV – custo adicional dos produtos e serviços; e
V – em suas revisões, análise retrospectiva de resultados.
§ 7º Para os produtos manufaturados e serviços nacionais resultantes de desenvolvi-
mento e inovação tecnológica realizados no País, poderá ser estabelecido margem de 
preferência adicional àquela prevista no § 5º.
§ 8º As margens de preferência por produto, serviço, grupo de produtos ou grupo de 
serviços, a que se referem os §§ 5º e 7º, serão definidas pelo Poder Executivo federal, 
não podendo a soma delas ultrapassar o montante de 25% (vinte e cinco por cento) 
sobre o preço dos produtos manufaturados e serviços estrangeiros
§ 9º As disposições contidas nos §§ 5º e 7º deste artigo não se aplicam aos bens e aos 
serviços cuja capacidade de produção ou prestação no País seja inferior: 
I – à quantidade a ser adquirida ou contratada; ou 
II – ao quantitativo fixado com fundamento no § 7º do art. 23 desta Lei, quando for o 
caso.
§ 10. A margem de preferência a que se refere o § 5º poderá ser estendida, total ou 
parcialmente, aos bens e serviços originários dos Estados Partes do Mercado Comum do 
Sul – Mercosul. 
(...)
Publicidade
A licitação deve ser amplamente divulgada para que o maior número possível de 
pessoas tome conhecimento, a fim de atrair grande número de licitantes e, conse-
quentemente, ter mais efetividade na seleção da proposta mais vantajosa.
Além deste aspecto, deve-se ressaltar que, sendo pública a licitação, qualquer 
cidadão pode acompanhar seu procedimento e participar do controle.
Art. 3º 
(...)
§ 3o A licitação não será sigilosa, sendo públicos seus atos, salvo o conteúdo das pro-
postas, até sua abertura.
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Probidade Administrativa
Temos aqui um mandamento constitucional. A improbidade já ganhou contornos 
bem definidos no direito positivo brasileiro, já que o art. 37, § 4º da Constituição 
da República prevê as sanções para os agentes públicos que cometerem atos de 
improbidade. 
CF/1988
Art. 37.
(...)
§ 4º: os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políti-
cos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, 
na forma e graduação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
A probidade, como princípio explícito na Lei de Licitações, tem o sentido de ho-
nestidade, boa fé e moralidade por parte dos administradores.
Vinculação ao Instrumento Convocatório (Art. 41º da Lei n. 8.666/1993)
Dirige-se tanto à administração quanto aos licitantes. Garante que as regras 
traçadas para o procedimento sejam fielmente observadas. Se a regra não é res-
peitada o procedimento se torna inválido e suscetível de correção administrativa e 
judicial.
Art. 41. A Administração não pode descumprir as normas e condições do edital, ao qual 
se acha estritamente vinculada.
§ 1º Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar edital de licitação por irregulari-
dade na aplicação desta Lei, devendo protocolar o pedido até 5 (cinco) dias úteis antes 
da data fixada para a abertura dos envelopes de habilitação, devendo a Administração 
julgar e responder à impugnação em até 3 (três) dias úteis, sem prejuízo da faculdade 
prevista no § 1º do art. 113.
§ 2º Decairá do direito de impugnar os termos do edital de licitação perante a adminis-
tração o licitante que não o fizer até o segundo dia útil que anteceder a abertura dos 
envelopes de habilitação em concorrência, a abertura dos envelopes com as propostas 
em convite, tomada de preços ou concurso, ou a realização de leilão, as falhas ou irre-
gularidades que viciariam esse edital, hipótese em que tal comunicação não terá efeito 
de recurso. 
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§ 3º A impugnação feita tempestivamente pelo licitante não o impedirá de participar do 
processo licitatório até o trânsito em julgado da decisão a ela pertinente.
§ 4º A inabilitação do licitante importa preclusão do seu direito de participar das fases 
subsequentes.
Princípio do Julgamento Objetivo
Afasta a discricionariedade na escolha das propostas.
Obriga os julgadores a se aterem aos critérios pré-fixados pela administração.
Exemplo: se o critério previsto foi melhor preço, não poderá ser escolhida pro-
posta de melhor técnica. O art. 45 trata desse princípio, estabelecendo inclusive 
regras para o julgamento e definindo os tipos de licitação no § 1º. 
Art. 45. O julgamento das propostas será objetivo, devendo a Comissão de licitação 
ou o responsável pelo convite realizá-lo em conformidade com os tipos de licitação, os 
critérios previamente estabelecidos no ato convocatório e de acordo com os fatores 
exclusivamente nele referidos, de maneira a possibilitar sua aferição pelos licitantes e 
pelos órgãos de controle.
Não confunda “tipos de licitação” com as modalidades de licitação. Vejamos o § 1º 
do artigo 45, para gravarmos esse conceito:
Art. 45. 
§ 1º Para os efeitos deste artigo, constituem tipos de licitação, exceto na modalidade 
concurso
I – a de menor preço – quando o critério de seleção da proposta mais vantajosa para a 
Administração determinar que será vencedor o licitante que apresentar a proposta de 
acordo com as especificações do edital ou convite e ofertar o menor preço; 
II – a de melhor técnica;
III – a de técnica e preço;
IV – a de maior lance ou oferta – nos casos de alienação de bens ou concessão de direito 
real de uso.
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Princípio da Adjudicação Compulsória
Esse princípio está implícito no art. 50 da lei e por ele o autor da proposta mais 
vantajosa adquire a qualidade de vencedor da licitação e o direito à preferência na 
futura contratação, se ela ocorrer. Isso porque, enquanto o prazo de adjudicação 
for válido, não é possível a contratação de outro que não o primeiro colocado na 
licitação, nem a abertura de nova licitação para o mesmo contrato. 
Se a licitação chegar ao final, a adjudicação (entrega do objeto da licitação) 
somente poderá ser feita ao vencedor. O direito é apenas à adjudicação, que é a 
atribuição do objeto da licitação, e não ao contrato imediato.
Entretanto, não há um direito subjetivo à adjudicação se a administração opta 
pela revogação do procedimento.
Art. 50. A Administração não poderá celebraro contrato com preterição da ordem de 
classificação das propostas ou com terceiros estranhos ao procedimento licitatório, sob 
pena de nulidade.
Princípio do Procedimento Formal 
O art. 4º da Lei n. 8.666/2003 assegura a todos os que participem de Licitações 
o direito público subjetivo à observância do pertinente procedimento previsto na lei.
Art. 4º Todos quantos participem de licitação promovida pelos órgãos ou entidades a 
que se refere o art. 1º têm direito público subjetivo à fiel observância do pertinente 
procedimento estabelecido nesta lei, podendo qualquer cidadão acompanhar o seu de-
senvolvimento, desde que não interfira de modo a perturbar ou impedir a realização dos 
trabalhos.
Parágrafo único. O procedimento licitatório previsto nesta lei caracteriza ato administra-
tivo formal, seja ele praticado em qualquer esfera da Administração Pública.
Obrigatoriedade de Licitação
Trata-se de uma exigência constitucional, prevista no art. 37, XXI. É obrigatória 
a licitação para obras, serviços, compras e alienações. 
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CF/1988,
Art. 37.
(...)
XXI – ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e 
alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igual-
dade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações 
de pagamento, mantidas as condições
A Constituição Federal também exige a realização de licitação para a entrega de 
Concessões e Permissões de Serviços Públicos (art. 17, CF/1988).
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de 
concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos
O âmbito de atuação da Lei de licitações e, consequentemente, a obrigatorie-
dade da realização do procedimento alcança os Órgãos da Administração Direta, 
os Fundos especiais, as pessoas descentralizadas e demais entidades controladas 
direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
Lei n. 8.666/2003
Art. 1º Esta Lei estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos 
pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações 
no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei, além dos órgãos da administração 
direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, 
as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indireta-
mente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
Art. 2º As obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações, concessões, 
permissões e locações da Administração Pública, quando contratadas com terceiros, se-
rão necessariamente precedidas de licitação, ressalvadas as hipóteses previstas nesta 
Lei.
1. Entidades Privadas
Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, Organizações Sociais, funda-
ções de apoio e outras entidades do chamado terceiro Setor, subordinam-se à Lei 
de Licitações apenas quando seus contratos envolvam recursos ou bens repassados 
pela União. O mesmo se aplica aos Consórcios Públicos.
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2. O Regime Jurídico de Licitações e Contratações para as Empresas Públicas 
e Sociedades de Economia Mista
As Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista a princípio devem se sub-
meter ao regime de licitações, mas o que irá definir os parâmetros e a extensão 
desse regramento é o tipo de atividade desempenhada pela estatal.
O regramento específico sobre licitação para as entidades administrativas com per-
sonalidade jurídica de direito privado está no art. 173, § 1º, III, CF/1988:
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de ati-
vidade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da 
segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
§ 1º. A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de eco-
nomia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou 
comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre:
III – licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os 
princípios da administração pública;
(...)
Assim, as empresas estatais se submetem à regra do art. 173, § 1º, III.
Essas devem respeitar os princípios da licitação: isonomia, probidade boa-fé, 
mas não estão submetidas a todas as regras do regime de licitação das autarquias, 
fundações e Administração Direta.
Entretanto, o TCU já firmou entendimento no sentido de que é admitida a au-
sência de obrigatoriedade da licitação em determinadas hipóteses, como por exem-
plo: não é obrigatória a licitação para contratações no âmbito das atividades-fim, 
mas somente para as atividades-meio, como a construção de um edifício, serviços 
de limpeza e vigilância.
A Emenda Constitucional n. 19/1988, que alterou o art. 173, § 1º CF, admite que 
a lei venha a regular a licitação em empresas públicas e sociedades de economia 
mista. Significa que lei própria irá disciplinar a matéria, especificamente para estas 
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pessoas. Consequentemente, ao ser editada a norma legal, a Lei n. 8.666/1993 
será derrogada no que diz respeito à aplicabilidade de suas regras para empresas 
públicas e sociedades de economia mista. Entretanto, por enquanto, dada a omis-
são legislativa, tais entidades continuam submetidas à Lei n. 8.666/2003, pois o 
referido artigo 173 da Constituição da República não é autoaplicável.
O Tribunal de Contas buscou encontrar uma solução intermediária, aplicando de 
forma equilibrada a regra constitucional.
Dispensa de Licitação
A regra geral é a realização de licitação (como vimos, trata-se de exigência 
constitucional). Entretanto, a própria Lei ressalva alguns casos em que a licitação 
não vai ocorrer e a contratação será direta, sem licitação.
A dispensa de licitação ocorre nas situações em que, embora exista condição 
de competitividade, mesmo que em tese, é possível a contratação direta devido a 
circunstâncias externas ou mesmo ao próprio objeto do contrato. A lei faculta a não 
realização da licitação por conveniência administrativa e satisfação do interesse 
público.
Características da Dispensa
Há possibilidade de competição, ou seja, o processo licitatório poderia ser rea-
lizado, mas o legislador resolveu não o tornar obrigatório.
O art. 17, incisos I e II e o art. 24 da Lei n. 8.666/1993 preveem casos de dis-
pensa. Nestes casos, ainda que existam possíveis interessados em celebrar o con-
trato com a Administração, a licitação não acontecerá.
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Na Licitação Dispensada, a liberdade do administrador de querer licitar não 
existe. Não há discricionariedade quanto à possibilidade de ser realizada a licitação, 
nos casos de alienações de bens arrolados no artigo mencionado.
Por outro lado, na hipótese do art. 24 (licitação dispensável), ainda que o admi-
nistrador não esteja obrigado a realizar a licitação, se preferir poderá fazê-lo.
Procedimento da Dispensa
O procedimento de dispensa de licitação deverá incluir, necessariamente, uma 
fase de pesquisa de mercado, anexando aos autos no mínimo, três (3) propostas 
de empresas ou fornecedores/prestadores de serviços diversos.
Os procedimentos de dispensa e de inexigibilidade de licitação serão instruídos 
com os seguintes documentos:
1) caracterização da situação emergencial ou calamitosa que justifique a dis-
pensa, quando for o caso;
2) razão da escolha do fornecedor ou executante (sempre);
3) justificativa do preço (sempre);
4) documento de aprovação dos projetos de pesquisa aos quais os bens serão 
alocados;
5) ratificação da dispensa/inexigibilidade pela autoridade superior.
O fornecedor/executante deverá apresentar os seguintes documentos:
1) cópia do cartão do CNPJ ou da cédula de identidade, no caso de pessoa física 
ou firma individual;
2) prova de regularidades com as fazendas Federal, Estadual e Municipal;
3) prova de regularidade com a Seguridade Social;
4) prova de regularidades com o FGTS.
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A decisão da autoridade competente deverá ser submetida ao superior hierár-
quico para ratificação e publicação na imprensa oficial, como condição de eficácia 
do ato (art. 26 da Lei n. 8.666/1993).
Art. 26. As dispensas previstas nos §§ 2º e 4º do art. 17 e no inciso III e seguintes do 
art. 24, as situações de inexigibilidade referidas no art. 25, necessariamente justifica-
das, e o retardamento previsto no final do parágrafo único do art. 8º desta Lei deverão 
ser comunicados, dentro de 3 (três) dias, à autoridade superior, para ratificação e pu-
blicação na imprensa oficial, no prazo de 5 (cinco) dias, como condição para a eficácia 
dos atos.
Parágrafo único. O processo de dispensa, de inexigibilidade ou de retardamento, previs-
to neste artigo, será instruído, no que couber, com os seguintes elementos:
I – caracterização da situação emergencial ou calamitosa que justifique a dispensa, 
quando for o caso;
II – razão da escolha do fornecedor ou executante;
III – justificativa do preço.
IV – documento de aprovação dos projetos de pesquisa aos quais os bens serão aloca-
dos.
Todos os casos de Dispensa estão taxativamente elencados em dois artigos da Lei 
n. 8.666/2003: art. 17 e art. 24, não sendo admitidas situações não descritas no 
texto legal.
Licitação Dispensada (Art. 17)
O art. 17 da Lei n. 8.666/2003 se destina a traçar regras para que a Adminis-
tração possa realizar a alienação de bens de sua propriedade.
Tais regras incluem a justificativa do interesse público daquela alienação, a 
avaliação prévia do bem, autorização legislativa no caso de imóveis perten-
centes à Administração Pública Direta, Autarquias e Fundações Públicas e, por fim, 
a regra da realização de licitação antes da alienação.
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Ocorre que o próprio art. 17 abre exceção a essa última regra, dizendo que está 
dispensada a licitação nas hipóteses de alienações taxativamente mencio-
nadas nos incisos I e II.
Então, para fins de prova de múltipla escolha, só vamos considerar DISPENSA-
DA a licitação se a opção apresente uma situação em que a administração pública 
está alienando um bem de sua propriedade.
Fora das hipóteses taxativamente arroladas no art. 17 deverá haver o procedi-
mento licitatório antes da alienação.
A Licitação dispensada se configura em ato vinculado. Significa que já está dis-
pensada a licitação, pela própria lei e diante disso o administrador não pode 
optar por realizar o procedimento licitatório naquelas hipóteses.
Seção VI
Das Alienações
Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de 
interesse público devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às 
seguintes normas:
I – quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos da administração 
direta e entidades autárquicas e fundacionais, e, para todos, inclusive as entidades pa-
raestatais, dependerá de avaliação prévia e de licitação na modalidade de concorrência, 
dispensada esta nos seguintes casos:
a) dação em pagamento;
b) doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou entidade da administração 
pública, de qualquer esfera de governo, ressalvado o disposto nas alíneas f, h e i;
c) permuta, por outro imóvel que atenda aos requisitos constantes do inciso X do art. 
24 desta Lei;
d) investidura;
e) venda a outro órgão ou entidade da administração pública, de qualquer esfera de 
governo;
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f) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso, locação 
ou permissão de uso de bens imóveis residenciais construídos, destinados ou efetiva-
mente utilizados no âmbito de programas habitacionais ou de regularização fundiária de 
interesse social desenvolvidos por órgãos ou entidades da administração pública;
g) procedimentos de legitimação de posse de que trata o art. 29 da Lei no 6.383, de 7 
de dezembro de 1976, mediante iniciativa e deliberação dos órgãos da Administração 
Pública em cuja competência legal inclua-se tal atribuição;
h) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso, locação 
ou permissão de uso de bens imóveis de uso comercial de âmbito local com área de até 
250 m² (duzentos e cinquenta metros quadrados) e inseridos no âmbito de programas 
de regularização fundiária de interesse social desenvolvidos por órgãos ou entidades da 
administração pública
i) alienação e concessão de direito real de uso, gratuita ou onerosa, de terras públicas 
rurais da União e do Incra, onde incidam ocupações até o limite de que trata o § 1º do 
art. 6º da Lei n. 11.952, de 25 de junho de 2009, para fins de regularização fundiária, 
atendidos os requisitos legais; e
II – quando móveis, dependerá de avaliação prévia e de licitação, dispensada esta nos 
seguintes casos:
a) doação, permitida exclusivamente para fins e uso de interesse social, após avaliação 
de sua oportunidade e conveniência socioeconômica, relativamente à escolha de outra 
forma de alienação;
b) permuta,permitida exclusivamente entre órgãos ou entidades da Administração Pú-
blica;
c) venda de ações, que poderão ser negociadas em bolsa, observada a legislação espe-
cífica;
d) venda de títulos, na forma da legislação pertinente;
e) venda de bens produzidos ou comercializados por órgãos ou entidades da Adminis-
tração Pública, em virtude de suas finalidades;
f) venda de materiais e equipamentos para outros órgãos ou entidades da Administra-
ção Pública, sem utilização previsível por quem deles dispõe.
§ 1º Os imóveis doados com base na alínea “b” do inciso I deste artigo, cessadas as 
razões que justificaram a sua doação, reverterão ao patrimônio da pessoa jurídica doa-
dora, vedada a sua alienação pelo beneficiário.
§ 2º A Administração também poderá conceder título de propriedade ou de direito real 
de uso de imóveis, dispensada licitação, quando o uso destinar- se:
II – a pessoa natural que, nos termos de lei, regulamento ou ato normativo do órgão 
competente, haja implementado os requisitos mínimos de cultura, ocupação mansa e 
pacífica e exploração direta sobre área rural, observado o limite de que trata o § 1º do 
art. 6º da Lei no 11.952, de 25 de junho de 2009;
III – vedação de concessões para hipóteses de exploração não contempladas na lei 
agrária, nas leis de destinação de terras públicas, ou nas normas legais ou administra-
tivas de zoneamento ecológico-econômico; e
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IV – previsão de rescisão automática da concessão, dispensada notificação, em caso de 
declaração de utilidade, ou necessidade pública ou interesse social.
§ 2º-B. A hipótese do inciso II do § 2º deste artigo:
I – só se aplica a imóvel situado em zona rural, não sujeito a vedação, impedimento ou 
inconveniente a sua exploração mediante atividades agropecuárias;
II – fica limitada a áreas de até quinze módulos fiscais, desde que não exceda mil e 
quinhentos hectares, vedada a dispensa de licitação para áreas superiores a esse limite;
III – pode ser cumulada com o quantitativo de área decorrente da figura prevista na alí-
nea g do inciso I do caput deste artigo, até o limite previsto no inciso II deste parágrafo.
IV – (VETADO)
§ 3º Entende-se por investidura, para os fins desta lei:
I – a alienação aos proprietários de imóveis lindeiros de área remanescente ou resul-
tante de obra pública, área esta que se tornar inaproveitável isoladamente, por preço 
nunca inferior ao da avaliação e desde que esse não ultrapasse a 50% (cinquenta por 
cento) do valor constante da alínea “a” do inciso II do art. 23 desta lei;
II – a alienação, aos legítimos possuidores diretos ou, na falta destes, ao Poder Público, 
de imóveis para fins residenciais construídos em núcleos urbanos anexos a usinas hi-
drelétricas, desde que considerados dispensáveis na fase de operação dessas unidades 
e não integrem a categoria de bens reversíveis ao final da concessão
§ 4º A doação com encargo será licitada e de seu instrumento constarão, obrigatoria-
mente os encargos, o prazo de seu cumprimento e cláusula de reversão, sob pena de 
nulidade do ato, sendo dispensada a licitação no caso de interesse público devidamente 
justificado;
5º Na hipótese do parágrafo anterior, caso o donatário necessite oferecer o imóvel em 
garantia de financiamento, a cláusula de reversão e demais obrigações serão garantidas 
por hipoteca em segundo grau em favor do doador.
§ 6º Para a venda de bens móveis avaliados, isolada ou globalmente, em quantia não 
superior ao limite previsto no art. 23, inciso II, alínea “b” desta Lei, a Administração 
poderá permitir o leilão
§ 7º (VETADO).
Licitação Dispensável
O art. 24 da Lei n. 8.666/1993 estabeleceu 34 situações (rol taxativo) em que 
é facultado à Administração dispensar a licitação.
Diferentemente do que ocorre na licitação dispensada, em que a dispensa é 
vinculada, nas hipóteses de licitação dispensável o legislador apenas apresenta 
a possibilidade, mas deve ser analisado caso a caso pelo administrador e caberá a 
ele definir se vai ou não ser realizado o procedimento licitatório.
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O que caracteriza a licitação dispensável é que, em todos os casos, seria viável 
uma competição, mas devido a circunstâncias especiais, que podem ser extrínsecas 
à contratação (exemplo: uma calamidade) ou intrínsecas (exemplo: o baixo valor 
do contrato), naquele caso não haverá o procedimento licitatório.
Para que você compreenda melhor, vamos criar uma situação hipotética:
“Uma prefeitura pretende construir uma ponte que atravesse um rio da localidade.
Foi elaborado um projeto básico, foi orçado o valor estimado da obra e por fim 
publicado o instrumento convocatório da licitação. Transcorrido o prazo mínimo de 
publicidade do instrumento convocatório, nenhuma proposta foi apresentada. Pror-
rogou-se o prazo de publicidade do edital e a situação se manteve. Nada de pro-
postas. A consultoria do órgão emitiu um parecer pela contratação direta, alegando 
que, devido ao fato de não terem sido apresentadas propostas pelo contrato, po-
deria ser feita a contratação direta, mediante cotação entre as empresas da região.
O parecer foi acolhido pela autoridade responsável e deu-se publicidade à dis-
pensa, nos termos do artigo 26 da Lei n. 8.666/2003.
Foi feita a contratação direta com a Construtora XYZ, que apresentou um preço 
mais vantajoso”.
Ficou claro?
Naquela situação específica, na ausência de interessados, teve-se uma situação 
de “licitação deserta”, o que não significa que era absolutamente inviável a com-
petição. Poderia inclusive ocorrer de algum tempo depois, para o mesmo contrato, 
nas mesmas condições, surgirem interessados e ser possível a realização de licita-
ção. Mas, diante do julgamento do agente público competente para a dispensa da 
licitação, talvez não fosse conveniente ou oportuno protelar mais o início da obra.
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Essa é a característica da dispensa de licitação. Em todos os casos é possível se 
identificar a viabilidade (ainda que em tese) da competição pelo contrato.
Entretanto, diante da situação que se analisa no momento e face a situações 
que interferem na realização da licitação, o administrador julga mais oportuno ou 
conveniente a contratação direta.
Caso mais Comum de Licitação Dispensável: Baixo Valor do Contrato. 
O artigo 24 estabelece limites de valor para a dispensa de licitação, que são os 
seguintes:
I – Para obras e serviços de engenharia: até R$ 15.000,00 (quinze mil 
reais), o que corresponde a 10% (dez por cento) do valor limite para licitação mo-
dalidade convite, que é de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais) (alínea “a” 
do inc. I, do artigo 23).
II – Para aquisição de bens e serviços que não sejam de engenharia: 
Até R$ 8.000,00 (oito mil reais), o que corresponde a 10% (dez por cento)do 
valor limite para licitação modalidade convite, que é de R$ 80.000,00 (oitenta mil 
reais) (alínea “a” do inc. II, do artigo 23).
Os limites para a licitação dispensável podem dobrar, passando de10% dos limites má-
ximos do Convite para 20%, no caso de compras, obras e serviços contratados por:
a) Consórcios Públicos
a) Sociedade de Economia Mista e Empresa Pública,
b) Autarquias e Fundações Públicas qualificadas, na forma da lei, como Agências 
Executivas. (§ 1º do art. 24 da Lei n. 8.666/2003)
Há várias hipóteses de dispensa de licitação, além do baixo valor do contrato, 
que incluem calamidade, guerra, emergência, licitação deserta (ausência de licitan-
tes interessados), licitação frustrada ou fracassada, locação de imóveis etc.
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É praticamente impossível decorar todos os casos (devo confessar que nem eu 
sei todos de cor), e nenhuma banca séria exigiria isso dos candidatos. Mas é neces-
sário que você, ao fim do nosso curso, seja capaz de identificar a diferença entre 
a dispensa e a inexigibilidade e, dentro da dispensa, as características da licitação 
dispensada e as características da licitação dispensável.
Art. 24. É dispensável a licitação:
I – para obras e serviços de engenharia de valor até 10% (dez por cento) do limite pre-
visto na alínea “a”, do inciso I do artigo anterior, desde que não se refiram a parcelas 
de uma mesma obra ou serviço ou ainda para obras e serviços da mesma natureza e no 
mesmo local que possam ser realizadas conjunta e concomitantemente
II – para outros serviços e compras de valor até 10% (dez por cento) do limite previsto 
na alínea “a”, do inciso II do artigo anterior e para alienações, nos casos previstos nesta 
Lei, desde que não se refiram a parcelas de um mesmo serviço, compra ou alienação de 
maior vulto que possa ser realizada de uma só vez;
III – nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem;
IV – nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada urgência 
de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança 
de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e 
somente para os bens necessários ao atendimento da situação emergencial ou calami-
tosa e para as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo 
de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da 
emergência ou calamidade, vedada a prorrogação dos respectivos contratos;
V – quando não acudirem interessados à licitação anterior e essa, justificadamente, não 
puder ser repetida sem prejuízo para a Administração, mantidas, neste caso, todas as 
condições preestabelecidas;
VI – quando a União tiver que intervir no domínio econômico para regular preços ou 
normalizar o abastecimento;
VII – quando as propostas apresentadas consignarem preços manifestamente superio-
res aos praticados no mercado nacional, ou forem incompatíveis com os fixados pelos 
órgãos oficiais competentes, casos em que, observado o parágrafo único do art. 48 des-
ta Lei e, persistindo a situação, será admitida a adjudicação direta dos bens ou serviços, 
por valor não superior ao constante do registro de preços, ou dos serviços;
VIII – para a aquisição, por pessoa jurídica de direito público interno, de bens produ-
zidos ou serviços prestados por órgão ou entidade que integre a Administração Pública 
e que tenha sido criado para esse fim específico em data anterior à vigência desta Lei, 
desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado
IX – quando houver possibilidade de comprometimento da segurança nacional, nos ca-
sos estabelecidos em decreto do Presidente da República, ouvido o Conselho de Defesa 
Nacional;
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X – para a compra ou locação de imóvel destinado ao atendimento das finalidades pre-
cípuas da administração, cujas necessidades de instalação e localização condicionem 
a sua escolha, desde que o preço seja compatível com o valor de mercado, segundo 
avaliação prévia;
XI – na contratação de remanescente de obra, serviço ou fornecimento, em consequ-
ência de rescisão contratual, desde que atendida a ordem de classificação da licitação 
anterior e aceitas as mesmas condições oferecidas pelo licitante vencedor, inclusive 
quanto ao preço, devidamente corrigido; 
XII – nas compras de hortifrutigranjeiros, pão e outros gêneros perecíveis, no tempo 
necessário para a realização dos processos licitatórios correspondentes, realizadas dire-
tamente com base no preço do dia;
XIII – na contratação de instituição brasileira incumbida regimental ou estatutariamente 
da pesquisa, do ensino ou do desenvolvimento institucional, ou de instituição dedicada à 
recuperação social do preso, desde que a contratada detenha inquestionável reputação 
ético-profissional e não tenha fins lucrativos;
XIV – para a aquisição de bens ou serviços nos termos de acordo internacional especí-
fico aprovado pelo Congresso Nacional, quando as condições ofertadas forem manifes-
tamente vantajosas para o Poder Público;
XV – para a aquisição ou restauração de obras de arte e objetos históricos, de auten-
ticidade certificada, desde que compatíveis ou inerentes às finalidades do órgão ou 
entidade.
XVI – para a impressão dos diários oficiais, de formulários padronizados de uso da 
administração, e de edições técnicas oficiais, bem como para prestação de serviços de 
informática a pessoa jurídica de direito público interno, por órgãos ou entidades que 
integrem a Administração Pública, criados para esse fim específico;
XVII – para a aquisição de componentes ou peças de origem nacional ou estrangeira, 
necessários à manutenção de equipamentos durante o período de garantia técnica, jun-
to ao fornecedor original desses equipamentos, quando tal condição de exclusividade for 
indispensável para a vigência da garantia;
VIII – nas compras ou contratações de serviços para o abastecimento de navios, em-
barcações, unidades aéreas ou tropas e seus meios de deslocamento quando em estada 
eventual de curta duração em portos, aeroportos ou localidades diferentes de suas se-
des, por motivo de movimentação operacional ou de adestramento, quando a exiguida-
de dos prazos legais puder comprometer a normalidade e os propósitos das operações 
e desde que seu valor não exceda ao limite previsto na alínea “a” do inciso II do art. 23 
desta Lei:
XIX – para as compras de material de uso pelas Forças Armadas, com exceção de mate-
riais de uso pessoal e administrativo, quando houver necessidade de manter a padroni-
zação requerida pela estrutura de apoio logístico dos meios navais, aéreos e terrestres, 
mediante parecer de comissão instituída por decreto;
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XX – na contratação de associação de portadores de deficiência física, sem fins lucra-
tivos e de comprovada idoneidade,por órgãos ou entidades da Administração Pública, 
para a prestação de serviços ou fornecimento de mão de obra, desde que o preço con-
tratado seja compatível com o praticado no mercado.
XXI – para a aquisição ou contratação de produto para pesquisa e desenvolvimento, 
limitada, no caso de obras e serviços de engenharia, a 20% (vinte por cento) do valor 
de que trata a alínea “b” do inciso I do caput do art. 23;
XXII – na contratação de fornecimento ou suprimento de energia elétrica e gás natural 
com concessionário, permissionário ou autorizado, segundo as normas da legislação 
específica
XXIII – na contratação realizada por empresa pública ou sociedade de economia mista 
com suas subsidiárias e controladas, para a aquisição ou alienação de bens, prestação 
ou obtenção de serviços, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado 
no mercado.
XXIV – para a celebração de contratos de prestação de serviços com as organizações 
sociais, qualificadas no âmbito das respectivas esferas de governo, para atividades con-
templadas no contrato de gestão;
XXV – na contratação realizada por Instituição Científica e Tecnológica – ICT ou por 
agência de fomento para a transferência de tecnologia e para o licenciamento de direito 
de uso ou de exploração de criação protegida.
XXVI – na celebração de contrato de programa com ente da Federação ou com entidade 
de sua administração indireta, para a prestação de serviços públicos de forma associada 
nos termos do autorizado em contrato de consórcio público ou em convênio de coope-
ração;
XXVII – na contratação da coleta, processamento e comercialização de resíduos sólidos 
urbanos recicláveis ou reutilizáveis, em áreas com sistema de coleta seletiva de lixo, 
efetuados por associações ou cooperativas formadas exclusivamente por pessoas físicas 
de baixa renda reconhecidas pelo poder público como catadores de materiais reciclá-
veis, com o uso de equipamentos compatíveis com as normas técnicas, ambientais e de 
saúde pública.
XXVIII – para o fornecimento de bens e serviços, produzidos ou prestados no País, que 
envolvam, cumulativamente, alta complexidade tecnológica e defesa nacional, median-
te parecer de comissão especialmente designada pela autoridade máxima do órgão.
XXIX – na aquisição de bens e contratação de serviços para atender aos contingentes 
militares das Forças Singulares brasileiras empregadas em operações de paz no exte-
rior, necessariamente justificadas quanto ao preço e à escolha do fornecedor ou execu-
tante e ratificadas pelo Comandante da Força.
XXX – na contratação de instituição ou organização, pública ou privada, com ou sem 
fins lucrativos, para a prestação de serviços de assistência técnica e extensão rural no 
âmbito do Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural na Agricultura 
Familiar e na Reforma Agrária, instituído por lei federal.
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XXXI – nas contratações visando ao cumprimento do disposto nos arts. 3, 4º, 5º e 20 
da Lei no 10.973, de 2 de dezembro de 2004, observados os princípios gerais de 
contratação dela constantes.
XXXII – na contratação em que houver transferência de tecnologia de produtos estra-
tégicos para o Sistema Único de Saúde – SUS, no âmbito da Lei n. 8.080, de 19 de 
setembro de 1990, conforme elencados em ato da direção nacional do SUS, inclusive 
por ocasião da aquisição destes produtos durante as etapas de absorção tecnológica.
XXXIII – na contratação de entidades privadas sem fins lucrativos, para a implementa-
ção de cisternas ou outras tecnologias sociais de acesso à água para consumo humano 
e produção de alimentos, para beneficiar as famílias rurais de baixa renda atingidas pela 
seca ou falta regular de água.
XXXIV – para a aquisição por pessoa jurídica de direito público interno de insumos 
estratégicos para a saúde produzidos ou distribuídos por fundação que, regimental ou 
estatutariamente, tenha por finalidade apoiar órgão da administração pública direta, 
sua autarquia ou fundação em projetos de ensino, pesquisa, extensão, desenvolvimen-
to institucional, científico e tecnológico e estímulo à inovação, inclusive na gestão ad-
ministrativa e financeira necessária à execução desses projetos, ou em parcerias que 
envolvam transferência de tecnologia de produtos estratégicos para o Sistema Único de 
Saúde – SUS, nos termos do inciso XXXII deste artigo, e que tenha sido criada para esse 
fim específico em data anterior à vigência desta Lei, desde que o preço contratado seja 
compatível com o praticado no mercado.
§ 1º Os percentuais referidos nos incisos I e II do caput deste artigo serão 20% (vinte 
por cento) para compras, obras e serviços contratados por consórcios públicos, socie-
dade de economia mista, empresa pública e por autarquia ou fundação qualificadas, na 
forma da lei, como Agências Executivas
§ 2º O limite temporal de criação do órgão ou entidade que integre a administração 
pública estabelecido no inciso VIII do caput deste artigo não se aplica aos órgãos ou 
entidades que produzem produtos estratégicos para o SUS, no âmbito da Lei n. 8.080, 
de 19 de setembro de 1990, conforme elencados em ato da direção nacional do SUS.
§ 3º A hipótese de dispensa prevista no inciso XXI do caput, quando aplicada a obras e 
serviços de engenharia, seguirá procedimentos especiais instituídos em regulamentação 
específica.
§ 4º Não se aplica a vedação prevista no inciso I do caput do art. 9º à hipótese prevista 
no inciso XXI do caput.
É importante ressaltar que, à exceção das dispensas por baixo valor, até os 
limites, todas as demais dispensas, bem como as inexigibilidades de licitação, de-
verão ser justificadas pelo requisitante e ratificadas pela autoridade competente, 
devendo este despacho ser publicado no Diário Oficial, como condição de eficácia 
dos atos (trata-se de ato composto).
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Inexigibilidade de Licitação (Art. 25)
Ocorre quando há absoluta inviabilidade de competição, seja pela natureza 
do objeto, seja por circunstâncias atinentes ou sujeito a ser contratado. O artigo 25 
traz um rol exemplificativo de 3 hipóteses:
Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:
I – para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser forneci-
dos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência 
de marca, devendo a comprovação de exclusividade ser feita através de atestado for-
necido pelo órgão de registro do comércio do local em que se realizaria a licitação ou a 
obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas 
entidades equivalentes;
II – para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de natu-
reza singular, com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexi-
gibilidade para serviços de publicidade e divulgação;
III – para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou atra-
vés de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela 
opinião pública.
§ 1º Considera-se de notória especialização o profissional ou empresa cujo conceito no 
campo de sua especialidade, decorrente dedesempenho anterior, estudos, experiên-
cias, publicações, organização, aparelhamento, equipe técnica, ou de outros requisitos 
relacionados com suas atividades, permita inferir que o seu trabalho é essencial e indis-
cutivelmente o mais adequado à plena satisfação do objeto do contrato.
§ 2º Na hipótese deste artigo e em qualquer dos casos de dispensa, se compro-
vado superfaturamento, respondem solidariamente pelo dano causado à Fazen-
da Pública o fornecedor ou o prestador de serviços e o agente público responsá-
vel, sem prejuízo de outras sanções legais cabíveis.
As hipóteses legais de licitação inexigível são:
a) materiais/equipamentos que só possam ser fornecidos por produtor, empresa 
ou representante comercial exclusivo (A EXCLUSIVIDADE DO FORNECEDOR É 
UM DOS PRESSUPOSTOS DE INEXIGILIDADE);
b) serviços de natureza singular, com profissionais de notória especia-
lização (esta inexigibilidade se justifica porque será inútil licitar quando a Adminis-
tração já é sabedora da falta de concorrentes naquela atividade específica);
c) contratação direta ou através de empresário exclusivo, de profissional de 
qualquer setor artístico, desde que consagrado pela crítica ou opinião pública.
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Modalidades de Licitação (Art. 22)
A Lei n. 8.666/1993 indica 5 modalidades, sendo proibida a combinação ou o 
acréscimo de mais uma modalidade (art. 22, § 8º). Entretanto, a Lei n. 10.520/2002 
prevê a criação de nova modalidade de Licitação, denominada pregão, que estuda-
remos em momento posterior. Passemos agora à análise das modalidades previstas 
na Lei n. 8.666/1993.
• concorrência;
• tomada de preços;
• convite;
• concurso;
• leilão.
Concorrência (Art. 22, § 1º)
É a modalidade adequada a contratações de grande valor e maior complexidade.
A concorrência envolve um procedimento mais elaborado, sempre conduzido 
por comissão, conforme estabelecido no art. 51 da Lei n. 8.666/1993 e é a única 
das modalidades de licitação que inclui, no procedimento, uma fase inicial de habi-
litação preliminar dos licitantes.
Conceito
A Lei n. 8.666/2003 traz um conceito de Concorrência no art. 22, § 1º.
Vejamos:
Art. 22
§ 1º Concorrência é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase 
inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualifica-
ção exigidos no edital para execução de seu objeto.
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Obrigatoriedade de Adoção da Concorrência
A lei determina obrigatoriedade de adoção dessa modalidade em função do va-
lor estimado do contrato (Art. 23)
Assim, a concorrência será obrigatória, em razão do valor da contratação, 
nos casos de
a) obras de engenharia – a partir de R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhen-
tos mil Reais);
b) outros serviços de compras – a partir de R$ 650.000,00 (seiscentos e cin-
quenta mil Reais).
Além destes casos, a lei exige concorrência em algumas situações para as quais 
não se considera o valor, mas a natureza do contrato (art. 23, § 3º).
• Quando a administração pretende adquirir ou alienar imóveis, sendo admitido 
o leilão se os imóveis tiverem sido adquiridos por processos judiciais ou de 
dação em pagamento.
• Quando a administração pretende celebrar contrato de concessão de direito 
real de uso.
• Nas licitações internacionais, sendo admitida tomada de preços, se o órgão 
tiver cadastro internacional de fornecedores, ou convite se não houver forne-
cedor do bem ou serviço no país.
Art. 23
§ 3º A concorrência é a modalidade de licitação cabível, qualquer que seja o valor de seu 
objeto, tanto na compra ou alienação de bens imóveis, ressalvado o disposto no art. 19, 
como nas concessões de direito real de uso e nas licitações internacionais, admitindo-
-se neste último caso, observados os limites deste artigo, a tomada de preços, quando 
o órgão ou entidade dispuser de cadastro internacional de fornecedores ou o convite, 
quando não houver fornecedor do bem ou serviço no País.
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Por ser utilizada para casos em que serão empregados recursos financeiros mais 
elevados, a concorrência tem algumas peculiaridades.
Características da Concorrência
a) Universalidade: possibilidade de participação de qualquer interessado que 
satisfaça os requisitos mínimos de qualificação previstos no edital.
b) Ampla publicidade: é necessária para que se torne possível a participação 
de todos os interessados
c) Habilitação preliminar: é fase inicial do procedimento, onde são analisadas 
as condições de cada participante.
A Comissão de Licitações (Art. 51) 
A Lei estabelece a necessidade de ser instituída uma comissão, para atuar no 
procedimento da licitação. A Comissão de julgamento é geralmente incumbida de 
apreciar a qualificação dos concorrentes na fase de habilitação preliminar e de jul-
gar as propostas, na fase de julgamento, conforme dispõe o art. 51.
Vejamos:
Art. 51 A habilitação preliminar, a inscrição em registro cadastral, a sua alteração ou 
cancelamento, e as propostas serão processadas e julgadas por comissão permanente 
ou especial de, no mínimo, 3 (três) membros, sendo pelo menos 2 (dois) deles servi-
dores qualificados pertencentes aos quadros permanentes dos órgãos da Administração 
responsáveis pela licitação.
§ 1º No caso de convite, a Comissão de licitação, excepcionalmente, nas pequenas uni-
dades administrativas e em face da exiguidade de pessoal disponível, poderá ser subs-
tituída por servidor formalmente designado pela autoridade competente.
§ 2º A Comissão para julgamento dos pedidos de inscrição em registro cadastral, sua 
alteração ou cancelamento, será integrada por profissionais legalmente habilitados no 
caso de obras, serviços ou aquisição de equipamentos.
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§ 3º Os membros das Comissões de licitação responderão solidariamente por todos os 
atos praticados pela Comissão, salvo se posição individual divergente estiver devida-
mente fundamentada e registrada em ata lavrada na reunião em que tiver sido tomada 
a decisão.
§ 4º A investidura dos membros das Comissões permanentes não excederá a 1 (um) 
ano, vedada a recondução da totalidade de seus membros para a mesma comissão no 
período subsequente.
§ 5º No caso de concurso, o julgamento será feito por uma comissão especial integrada 
por pessoas de reputação ilibada e reconhecido conhecimento da matéria em exame, 
servidores públicos ou não.
Procedimentoda Concorrência
O art. 43 da Lei n. 8.666/2003 descreve o procedimento, que poderá ser adota-
do nas outras modalidades, aplicando-se a estas o que couber.
Art. 43. A licitação será processada e julgada com observância dos seguintes procedi-
mentos:
I – abertura dos envelopes contendo a documentação relativa à habilitação dos concor-
rentes, e sua apreciação;
II – devolução dos envelopes fechados aos concorrentes inabilitados, contendo as res-
pectivas propostas, desde que não tenha havido recurso ou após sua denegação;
III – abertura dos envelopes contendo as propostas dos concorrentes habilitados, desde 
que transcorrido o prazo sem interposição de recurso, ou tenha havido desistência ex-
pressa, ou após o julgamento dos recursos interpostos;
IV – verificação da conformidade de cada proposta com os requisitos do edital e, confor-
me o caso, com os preços correntes no mercado ou fixados por órgão oficial competen-
te, ou ainda com os constantes do sistema de registro de preços, os quais deverão ser 
devidamente registrados na ata de julgamento, promovendo-se a desclassificação das 
propostas desconformes ou incompatíveis;
V – julgamento e classificação das propostas de acordo com os critérios de avaliação 
constantes do edital;
VI – deliberação da autoridade competente quanto à homologação e adjudicação do 
objeto da licitação.
§ 1º A abertura dos envelopes contendo a documentação para habilitação e as propostas 
será realizada sempre em ato público previamente designado, do qual se lavrará ata 
circunstanciada, assinada pelos licitantes presentes e pela Comissão.
§ 2º Todos os documentos e propostas serão rubricados pelos licitantes presentes e pela 
Comissão.
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§ 3º É facultada à Comissão ou autoridade superior, em qualquer fase da licitação, a 
promoção de diligência destinada a esclarecer ou a complementar a instrução do pro-
cesso, vedada a inclusão posterior de documento ou informação que deveria constar 
originariamente da proposta.
§ 4º O disposto neste artigo aplica-se à concorrência e, no que couber, ao concurso, ao 
leilão, à tomada de preços e ao convite.
§ 5º Ultrapassada a fase de habilitação dos concorrentes (incisos I e II) e abertas as 
propostas (inciso III), não cabe desclassificá-los por motivo relacionado com a habilita-
ção, salvo em razão de fatos supervenientes ou só conhecidos após o julgamento.
§ 6º Após a fase de habilitação, não cabe desistência de proposta, salvo por motivo 
justo decorrente de fato superveniente e aceito pela Comissão.
Tomada de Preços
Para participar da tomada de preços, os interessados devem ser devidamente 
cadastrados, ou os que atenderem a todas as condições de cadastramento até o 
terceiro dia antes do recebimento das propostas. Destina-se a contratações de va-
lor médio, com faixas estabelecidas em lei.
Conceito
O art. 22, § 2º conceitua a Tomada de Preços nos seguintes termos:
Art. 22
§ 2º Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente 
cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até 
o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária 
qualificação
Limites da Tomada de Preços
A tomada de preços é uma modalidade intermediária, tanto no que se refere à 
complexidade quanto em relação ao valor do contrato. Não é tão complexa quanto 
a concorrência, nem tão simples quanto a modalidade convite.
Em relação ao valor da contratação, a lei estabelece um limite máximo para 
essa modalidade, conforme disposto no art. 23. Diante disso, a tomada de preços 
poderá ser adotada nas seguintes condições:
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a) obras e serviços de engenharia – até R$ 1.500.00,00 (um milhão e qui-
nhentos mil Reais).
b) compras e outros serviços – até R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta 
mil Reais).
Mesmo que o valor do contrato esteja na faixa da tomada de preços, o administra-
dor pode optar por realizar a Concorrência.
Como já dissemos, por se destinar a contratação de valor médio, a tomada de 
preços é uma modalidade menos formal que a concorrência, o círculo de participan-
tes é menor, abrangendo apenas aqueles que possuem cadastro e os que atende-
rem aos requisitos de cadastramento até o 3º dia antes da data do recebimento das 
propostas. Além disso, a publicidade tem prazos menores que os da concorrência, 
embora sejam obrigatórios a publicação dos avisos dos editais, (art. 21 caput e § 
2º da Lei n. 8.666/1993).
Característica da Tomada de Preços
O que mais caracteriza a Tomada de Preços é o fato de participarem apenas li-
citantes cadastrados. Trata-se de uma característica que definitivamente diferencia 
essa modalidade das demais.
Registros Cadastrais (Art.34 a 37)
Os cadastros devem ser mantidos por órgãos e entidade da Administração Pú-
blica que realizam licitações frequentemente. Têm validade de um ano, no máximo. 
A lei estabelece a exigência de ampla divulgação dos registros, que devem estar 
abertos a todos os interessados.
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As entidades e órgãos da Administração Pública podem utilizar registros cadas-
trais de outros órgãos ou entidades.
Seção III
Dos Registros Cadastrais
Art. 34. Para os fins desta Lei, os órgãos e entidades da Administração Pública que 
realizem frequentemente licitações manterão registros cadastrais para efeito de habili-
tação, na forma regulamentar, válidos por, no máximo, um an.
§ 1º O registro cadastral deverá ser amplamente divulgado e deverá estar permanente-
mente aberto aos interessados, obrigando-se a unidade por ele responsável a proceder, 
no mínimo anualmente, através da imprensa oficial e de jornal diário, a chamamento 
público para a atualização dos registros existentes e para o ingresso de novos interes-
sados.
§ 2º É facultado às unidades administrativas utilizarem-se de registros cadastrais de 
outros órgãos ou entidades da Administração Pública.
Art. 35. Ao requerer inscrição no cadastro, ou atualização deste, a qualquer tempo, o 
interessado fornecerá os elementos necessários à satisfação das exigências do art. 27 
desta Lei.
Art. 36. Os inscritos serão classificados por categorias, tendo-se em vista sua especia-
lização, subdivididas em grupos, segundo a qualificação técnica e econômica avaliada 
pelos elementos constantes da documentação relacionada nos arts. 30 e 31 desta Lei.
§ 1º Aos inscritos será fornecido certificado, renovável sempre que atualizarem o regis-
tro.
§ 2º A atuação do licitante no cumprimento de obrigações assumidas será anotada no 
respectivo registro cadastral.
Art. 37. A qualquer tempo poderá ser alterado, suspenso ou cancelado o registro do 
inscrito que deixar de satisfazer as exigências do art. 27 desta Lei, ou as estabelecidas 
para classificação cadastral.
Convite (Art. 23,

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