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SISTEMA DE ENSINO
DIREITO 
ADMINISTRATIVO
Lei n. 8.666/1993 – Licitações Públicas
Livro Eletrônico
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Diogo Surdi
Lei n. 8.666/1993 – Licitações Públicas
DIREITO ADMINISTRATIVO
Apresentação .................................................................................................................4
Lei n. 8.666/1993 – Licitações Públicas .........................................................................5
1. Conceito e Finalidade da Licitação ...............................................................................5
2. O Dever de Licitar e sua Dispensa .............................................................................. 7
3. Princípios da Licitação .............................................................................................. 12
3.1. Legalidade.............................................................................................................. 13
3.2. Impessoalidade ..................................................................................................... 13
3.3. Moralidade ............................................................................................................ 14
3.4. Igualdade............................................................................................................... 16
3.5. Publicidade ............................................................................................................ 16
3.6. Probidade Administrativa .......................................................................................17
3.7. Vinculação ao Instrumento Convocatório ...............................................................17
3.8. Julgamento Objetivo.............................................................................................. 18
3.9. Sigilo das Propostas .............................................................................................. 19
3.10. Adjudicação Compulsória .................................................................................... 20
3.11. Formalismo ..........................................................................................................22
4. Modalidades .............................................................................................................23
4.1. Concorrência ..........................................................................................................26
4.2. Tomada de Preços ................................................................................................ 28
4.3. Convite ..................................................................................................................29
4.4. Leilão .................................................................................................................... 31
4.5. Concurso ...............................................................................................................34
5. Dispensa da Realização de Licitação .........................................................................35
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Lei n. 8.666/1993 – Licitações Públicas
DIREITO ADMINISTRATIVO
5.1. Licitação Dispensada ..............................................................................................36
5.2. Licitação Inexigível ................................................................................................38
5.3. Licitação Dispensável ........................................................................................... 40
6. Etapas da Licitação ..................................................................................................44
6.1. Fase Interna ...........................................................................................................45
6.2. Fase Externa .........................................................................................................46
6.2.1. Abertura .............................................................................................................47
6.2.2. Habilitação ........................................................................................................ 48
6.2.3. Classificação e Julgamento ................................................................................49
6.2.4. Homologação e Adjudicação ..............................................................................53
7. Anulação e Revogação ..............................................................................................54
8. Pregão .....................................................................................................................57
8.1. Aquisição de Bens e Serviços Comuns ....................................................................57
8.2. Inversão das Fases da Licitação ........................................................................... 58
8.3. Divisão da Fase de Julgamento............................................................................. 60
8.4. Fases do Pregão ................................................................................................... 61
8.5. Vedações ..............................................................................................................63
8.6. Prazo de Validade das Propostas ..........................................................................64
Resumo ....................................................................................................................... 66
Mapas Mentais ..............................................................................................................71
Questões de Concurso ..................................................................................................74
Gabarito ..................................................................................................................... 108
Gabarito Comentado .................................................................................................... 110
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Lei n. 8.666/1993 – Licitações Públicas
DIREITO ADMINISTRATIVO
ApresentAção
Olá, tudo bem? Espero que sim!
Na aula de hoje, todas as regras e disposições acerca de um dos assuntos mais “temidos” 
pelos candidatos: estamos falando das licitações públicas, cuja principal fonte normativa 
consta no texto da Lei n. 8.666/1993.
Além disso, também conheceremos as regras relacionadas com o Pregão, fazendo uso, 
para tal, das disposições da Lei n. 10.520/2002.
Grande abraço e boa aula!
Diogo
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Diogo Surdi
Lei n. 8.666/1993 – Licitações Públicas
DIREITO ADMINISTRATIVO
LEI N. 8.666/1993 – LICITAÇÕES PÚBLICAS
1. ConCeito e FinAlidAde dA liCitAção
O conceito de licitação não envolve maiores dificuldades. Ainda que cada autor adminis-
trativista tenha um conceito próprio, a doutrina majoritária, tal como as bancas organizadoras 
de concursos, seguem os entendimentosdefendidos por Hely Lopes Meirelles, para o qual a 
licitação pode ser conceituada da seguinte forma:
O procedimento administrativo mediante o qual a administração pública seleciona a proposta mais 
vantajosa para o contrato de seu interesse.
Do conceito do ilustre professor, chegamos a importantes constatações.
A licitação é um procedimento: a licitação não pode ser confundida com um ato adminis-
trativo, ainda que o parágrafo único do artigo 4º da Lei n. 8.666/1993 caracterize a mesma 
como ato administrativo formal. Ao contrário, a licitação é um procedimento administrativo, 
cuja principal característica é a de ser formada por uma série de atos administrativos.
A licitação é regida pelo direito público: por meio desta característica, as normas concer-
nentes às licitações são reguladas pelo Direito Administrativo. Desta forma, a administração 
pública, que é quem dá início ao procedimento, possui uma série de prerrogativas para a sua 
celebração, tal como a possibilidade de não contratar o objeto licitado ou, em caso de contra-
tação, de alterar ou rescindir o respectivo contrato.
Trata-se de um contrato de interesse do Poder Público: a Administração realiza a licitação, 
fase por fase, e chega a um vencedor, que é aquele que ofereceu a proposta mais vantajosa. 
No entanto, a administração não possui a obrigação de contratar com o vencedor, uma vez 
que ela pode, após a realização da licitação, constatar, por motivos ocorridos posteriormente 
ao procedimento, que não há a necessidade de contratação do serviço ou da obra pública.
Com veremos adiante, após a apresentação da proposta mais vantajosa, a administração 
procede à adjudicação, que é a fase onde é declarado o vencedor do procedimento. Com a 
adjudicação, é como se a administração declarasse que, se ela resolver contratar o objeto da 
licitação, será com a pessoa vencedora, observadas as regras e propostas apresentadas.
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Dessa forma, podemos afirmar que a licitação assegura ao vencedor apenas uma mera 
expectativa de direito, de forma que, caso a administração resolva celebrar um contrato cujo 
objeto seja aquele anteriormente licitado, deverá assim o fazer com o respectivo vencedor. 
Logo, percebe-se que se trata a licitação de um contrato de interesse do Poder Público, uma 
vez que a sua pactuação apenas será realizada quando a administração assim desejar.
Com relação à finalidade da licitação, tivemos, com a alteração da Lei n. 8.666/1993, ocor-
rida em 2010, a inclusão de uma nova disposição, de forma que, atualmente, três são as fi-
nalidades a serem alcançadas com a realização da licitação, conforme se observa do teor do 
artigo 3º da norma em questão:
A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção 
da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sus-
tentável [...].
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Lei n. 8.666/1993 – Licitações Públicas
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Questão 1 (CEBRASPE/CESPE/AJ/STJ/ADMINISTRATIVA/2018) Considerando a legisla-
ção pertinente a licitação e contratos administrativos, julgue o item subsequente.
A garantia da observância do princípio da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa 
para a administração pública e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável são 
objetivos da licitação.
Certo.
Temos aqui as finalidades ou objetivos a serem alcançados com a realização da licitação, 
conforme previsão do artigo 3º da Lei n. 8.666/1993:
Art.  3º A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, 
a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento 
nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios bá-
sicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade 
administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes 
são correlatos.
2. o dever de liCitAr e suA dispensA
O dever de licitar decorre de uma disposição constitucional. Quando da promulgação da 
Constituição Federal de 1988, o legislador optou por conferir uma regra mais bem detalhada 
para as compras e demais aquisições que envolvessem recursos públicos, possibilitando, as-
sim, que houvesse um maior controle por parte de toda a sociedade e dos próprios Tribunais 
de Contas.
Em seu artigo 37, XXI, a Constituição Federal assim dispõe:
Ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão 
contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos 
os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições 
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efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação 
técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.
Do artigo constitucional, podemos concluir que a regra é a realização de licitação, ou seja, 
toda a administração pública de todas as esferas de governo, ressalvadas algumas poucas 
exceções, estão obrigadas a licitar. E para normatizar e detalhar a regra constitucional é que 
foi promulgada a Lei n. 8.666/1993, que estabelece como regra a realização do procedimen-
to, e como exceções as possibilidades de termos uma Licitação dispensável, dispensada ou 
inexigível.
E como estas três situações são as exceções (a regra, como sabemos, é que ocorra a lici-
tação), inúmeras são as questões que exigem o conhecimento destas possibilidades.
A licitação dispensável ocorre quando a administração, desejando adquirir bens ou servi-
ços, pode escolher entre realizar o procedimento ou contratar diretamente com os particula-
res. Para tal, as situações devem estar previamente estabelecidas em lei.
Exemplo: podemos citar a situação onde uma determinada Prefeitura precisa adquirir pão e 
demais alimentos perecíveis para utilizar como lanche para as crianças de uma escola pública.
Imagine como seria complicado se a cada aquisição a administração tivesse que proceder a 
uma nova licitação. Ainda, temos que considerar que tais gêneros são perecíveis, o que pode-
ria resultar, caso o procedimento licitatório não ocorresse em um curto espaço de tempo, em 
alimentos fora das condições necessárias para a alimentação das crianças.
Assim, para evitar que tais riscos ocorram, a Lei n. 8.666/1993 confere à administração a pos-
sibilidade de dispensar o procedimento, contratando diretamente com a empresa que achar 
mais conveniente.
A licitação inexigível, por sua vez, ocorre nas situações em que há inviabilidade de com-
petição, de forma que a realização de licitação se encontra seriamenteprejudicada. Em tais 
situações, a  única alternativa cabível para o Poder Público é a contratação direta com os 
particulares.
Exemplo: seria o caso de a administração pública necessitar de uma máquina que só seja 
fabricada por uma determinada empresa. Neste caso, não há a menor possibilidade de ocorrer 
a licitação, uma vez que apenas uma empresa dispõe de objeto para ofertar à administração.
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Assim, a administração negocia diretamente com tal empresa, observados, sempre, os princí-
pios que norteiam toda a atividade administrativa.
Por fim, temos as situações de licitação dispensada, decorrentes de institutos específicos 
e normalmente relacionados com repartições públicas. Nestas situações, previstas no artigo 
17 da Lei n. 8.666/1993, a administração, assim como ocorre nas hipóteses de licitação ine-
xigível, está impedida de realizar o procedimento.
Exemplo: podemos citar a situação onde um determinado órgão público resolve vender um 
imóvel que anteriormente recebera como dação em pagamento (podemos entender dação em 
pagamento como uma forma de pagamento que substitui a anteriormente contratada).
Assim, se a Administração Pública aceita um imóvel como pagamento de uma dívida ante-
riormente celebrada com o contribuinte e, posteriormente, opta por alienar tal imóvel, não 
poderá realizar tal procedimento por meio de licitação.
Como mencionado, todos os órgãos e entidades de todos os entes federativos estão obri-
gados, como regra, a realizar licitação para as aquisições de bens e serviços. Em caráter de 
exceção, encontramos pessoas que estão dispensadas da realização do procedimento, uma 
vez que não integram a administração pública ou exercem atividades que necessitam de mui-
ta liberdade para o seu desempenho.
Assim, são as seguintes as pessoas jurídicas que estão desobrigadas da regra constitu-
cional de licitar:
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• Empresas privadas: Uma vez que não integram a administração pública, bem como que 
possuem como principal objetivo auferir lucro com a prestação da atividade empre-
sarial, as empresas particulares não precisam contratar bens e serviços por meio de 
licitação, podendo realizar suas compras diretamente;
• Concessionárias e permissionárias de serviço público: Da mesma forma que ocorre 
com as empresas privadas, as delegatárias de serviço público são pessoas jurídicas de 
direito privado. Assim, ainda que prestem serviços públicos à coletividade, não estão 
obrigadas à regra da licitação. Nada impede, no entanto, que as concessionárias ou 
permissionárias realizem licitação. Caso realizem, assim o fazem por interesse próprio 
e com objetivos particulares. Neste sentido, merece destaque o entendimento do STJ, 
conforme se observa do teor do julgado do Recurso Especial 429849/RS:
As empresas privadas, embora concessionárias de serviço público, não estão obrigadas 
a submeter suas compras ou a contratação de serviços ao regime de licitação. Se os 
submetem, o fazem por interesse próprio, mas os atos assim praticados não se trans-
formam em ato administrativo, e o contrato que daí resulta não será um contrato de 
direito público. Continua, como é da sua natureza, um simples ato particular de gestão, 
típico ato jurídico privado. Não sendo ato de autoridade, não há como supor-se presente 
a viabilidade de atacá-lo pela via do mandado de segurança.
• Organizações sociais e Organizações da sociedade civil do interesse público: tais en-
tidades atuam ao lado do Estado, integrando o denominado terceiro setor. Como não 
possuem fins lucrativos, são remuneradas mediante benefícios e isenções concedidas 
pelo Poder Público. Assim, apenas estão obrigadas a realizar licitação para as contra-
tações decorrentes da utilização de recursos repassados diretamente pela administra-
ção pública. Nas demais contratações, ou seja, naquelas em que os recursos públicos 
não estejam envolvidos, estão as entidades dispensadas da obrigação de licitar;
• Conselhos de classe e a questão da OAB: A questão sobre as contratações realizadas 
pela ordem dos advogados do Brasil (OAB) terem ou não que se submeter ao regime 
das licitações gerava muitas controvérsias. Isso passou a ocorrer quando os conselhos 
de classe passaram a ser classificados como autarquias profissionais.
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Como consequência, por serem autarquias, passaram a integrar a administração pública 
indireta dos respectivos entes federativos. Logo, por uma interpretação legal, seria natural 
que a OAB estivesse submetida, tal como os demais conselhos, à regra da licitação. No en-
tanto, não há como negar que a submissão às regras pertinentes às licitações e aos contratos 
administrativos limitaria, em muitos aspectos, a liberdade funcional da entidade.
Após muitas controvérsias, o STF pôs fim à discussão, conforme se observa do inteiro 
teor do julgado proferido na ADIN 3026/2006:
No que se refere ao caput do art.  79 da Lei 8.906/94, o  Tribunal, por maioria, julgou 
improcedente o pedido formulado, por entender que, em razão de a OAB não integrar a 
Administração Pública, não se haveria de exigir a regra do concurso público.
O melhor entendimento a ser levado para a prova é o de que todos os conselhos de classe 
devem se sujeitar às regras de licitação, haja vista integrarem a administração indireta dos 
entes federativos. A única exceção fica por conta da OAB, de natureza sui generis, que, por não 
integrar a administração pública, não está sujeita às regras da Lei n. 8.666/1993.
A questão referente às entidades obrigadas a licitar, tal como as que não devem obediên-
cia a este dispositivo, pode ser mais bem visualizada por meio da tabela a seguir:
Estão Obrigadas a Licitar Não estão Obrigadas a Licitar
Toda a administração direta. Empresas privadas.
Todas as entidades da administração indireta (autar-
quias, empresas públicas, sociedades de economia 
mista e fundações).
Concessionárias e permissionárias de serviço 
público.
Conselhos de classe (espécie de autarquia). Ordem dos advogados do Brasil (OAB).
Entidades do terceiro setor (quando estiverem utili-
zando recursos públicos).
Entidades do terceiro setor (quando não estiverem 
utilizando recursos públicos).
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Questão 2 (CEBRASPE/CESPE/ANAGRS/SLU-DF/ADMINISTRAÇÃO/2019) No que se refe-
re aos processos governamentais de compras, julgue o item a seguir.
As fundações públicas não são sujeitas aos procedimentos licitatórios comuns aos demais 
entes da administração indireta.
Errado.
As fundações públicas, diferente do que informado, estão sujeitas aos procedimentos licita-
tórios observados pelas demais entidades da Administração Indireta.
Neste sentido, inclusive, é a previsão do artigo 1º da Lei n. 8.666/1993:
Art. 1º Esta Lei estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes 
a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes 
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei, além dos órgãos da administração direta, 
os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades 
de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, 
Distrito Federal e Municípios.
3. prinCípios dA liCitAção
A primeira informação é a de que não existe uma unanimidade, por parte da doutrina, so-
bre os princípios aplicáveis à licitação.
Em sua imensa maioria, as bancas seguem, neste ponto, os ensinamentos de Hely Lopes Mei-
relles, de forma que precisamos conhecer, além dos princípios elencados na Lei n. 8.666/1993, 
os princípios do sigilo das propostas, da adjudicação compulsória e do formalismo.
A Lei n. 8.666/1993 estabelece, em seu artigo 3º, uma série de princípios a serem obser-
vados quando da realização das licitações:
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Lei n. 8.666/1993 – Licitações Públicas
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A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a  sele-
ção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional 
sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da 
legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade admi-
nistrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são 
correlatos.
3.1. legAlidAde
Trata-se a legalidade de um princípio balizador de toda a atividade administrativa, segun-
do o qual a administração, ao contrário dos particulares, só pode fazer o que estiver previsto 
ou autorizado em lei.
No caso das licitações, temos que o edital tem força de lei para todos os participantes. 
Isso implica em dizer que qualquer atuação da administração pública, durante o processo 
licitatório, que contrarie as regras previstas no edital regulador, agredirá o princípio da le-
galidade.
Outra perspectiva que temos que considerar é que a administração não pode publicar um 
edital regulador de processo licitatório que contrarie as normas jurídicas vigentes, sob pena 
de, novamente, incorrer em Ilegalidade e não restar alternativa que não seja a anulação de 
todo o procedimento.
3.2. impessoAlidAde
O princípio da impessoalidade, no que se refere às licitações, implica em uma atuação da 
administração pública pautada no dever de conferir tratamento isonômico a todos os licitantes, 
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sem favorecimentos ou obrigações que não sejam igualmente estendidas aos demais licitan-
tes.
Desta perspectiva do princípio da impessoalidade decorrem importantes regras estabele-
cidas na Lei n. 8.666/1993, conforme observa-se, por exemplo, no artigo 3º, § 1º, II, e no artigo 
3º, §2º:
É vedado aos agentes públicos:
Estabelecer tratamento diferenciado de natureza comercial, legal, trabalhista, previdenciária ou 
qualquer outra, entre empresas brasileiras e estrangeiras, inclusive no que se refere a moeda, mo-
dalidade e local de pagamentos, mesmo quando envolvidos financiamentos de agências interna-
cionais (...)
Em igualdade de condições, como critério de desempate, será assegurada preferência, sucessiva-
mente, aos bens e serviços:
II – produzidos no País;
III – produzidos ou prestados por empresas brasileiras.
IV – produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvimento de 
tecnologia no País.
V – produzidos ou prestados por empresas que comprovem cumprimento de reserva de cargos 
prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência Social e que aten-
dam às regras de acessibilidade previstas na legislação.
3.3. morAlidAde
Segundo a moralidade, a atuação da administração não deve apenas ser pautada pela 
legalidade, mas também em conceitos mais amplos, que permitam ao particular fiscalizar e 
analisar se todos os atos foram realizados com observância da probidade, do decoro, da bo-
a-fé e da honestidade.
Se a administração estivesse, no âmbito do processo licitatório, apenas pautada pela le-
galidade, bastaria que cumprisse todas as normas legais para que sua atuação fosse consi-
derada correta.
Para conferir um maior controle, a moralidade deve acompanhar todo o processo licitató-
rio. Assim, não basta ser legal, tem que ser probo, reto, leal e honesto para que a atuação dos 
agentes públicos possa ser considerada adequada às finalidades propostas.
O princípio da moralidade adquiriu tamanha importância, atualmente, que diversos Tri-
bunais Superiores têm admitido a desconsideração da personalidade jurídica de empresas 
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Lei n. 8.666/1993 – Licitações Públicas
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anteriormente inabilitadas em processos licitatórios, evitando-se assim o abuso das formas, 
como a constituição de uma nova sociedade comercial com a finalidade de burlar a penalida-
de imposta pela administração.
No julgamento do Recurso Ordinário n. 15.166/BA, o Superior Tribunal de Justiça proferiu 
o seguinte entendimento:
A constituição de nova sociedade, com o mesmo objeto social, com os mesmos sócios 
e com o mesmo endereço, em substituição a outra declarada inidônea para licitar com 
a Administração Pública Estadual, com o objetivo de burlar à aplicação da sanção 
administrativa, constitui abuso de forma e fraude à Lei de Licitações (Lei n.º 8.666/93), 
de modo a possibilitar a aplicação da teoria da desconsideração da personalidade 
jurídica para estenderem-se os efeitos da sanção administrativa à nova sociedade 
constituída. A Administração Pública pode, em observância ao princípio da moralidade 
administrativa e da indisponibilidade dos interesses públicos tutelados, desconsiderar 
a personalidade jurídica de sociedade constituída com abuso de forma e fraude à lei, 
desde que facultado ao administrado o contraditório e a ampla defesa em processo 
administrativo regular.
Exemplo: poder público realiza licitação com o objetivo de contratar empresa para a presta-
ção de um serviço público. Na execução do contrato, constata-se que o particular nãocum-
priu com as determinações inicialmente previstas, dando ensejo à aplicação da penalidade de 
declaração de inidoneidade.
Caso houvesse a aplicação da penalidade, a empresa estaria impossibilitada de participar de 
novas licitações pelo período mínimo de 2 anos. Poderia a empresa, como forma de burlar a 
regra prevista na norma, criar uma nova sociedade com a participação dos sócios anterior-
mente existentes na empresa anterior, conseguindo assim participar de novas licitações.
Como forma de evitar tal mecanismo protelatório, o STJ entende ser possível a desconstitui-
ção da personalidade jurídica da empresa recém-criada, estando esta, da mesma forma que a 
anterior, impedida de participar de novas licitações durante o prazo da penalidade.
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3.4. iguAldAde
O princípio da igualdade, também chamado de igualdade entre os participantes, é a clás-
sica definição de isonomia defendida pela Lei das Licitações. Segundo tal princípio, que em 
muito se confunde com a impessoalidade, a comissão de licitação não deve dispensar trata-
mento favorecido a nenhum dos participantes.
É o bom e velho “tratar todos iguais, na medida de suas desigualdades” que norteia toda 
a administração pública.
Decorrem da isonomia diversas regras previstas na Lei n. 8.666/1993, conforme explicita-
das. Repare que em todas se faz necessário observar um juízo de igualdade entre os licitan-
tes, sendo que as condições devem ser as mesmas para todos os participantes da licitação.
É vedado aos agentes públicos:
Admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação, cláusulas ou condições que comprome-
tam, restrinjam ou frustrem o seu caráter competitivo, inclusive nos casos de sociedades coopera-
tivas, e estabeleçam preferências ou distinções em razão da naturalidade, da sede ou domicílio dos 
licitantes ou de qualquer outra circunstância impertinente ou irrelevante para o específico objeto 
do contrato (…) (art. 3º, §1º, I)
As licitações serão efetuadas no local onde se situar a repartição interessada, salvo por motivo de 
interesse público, devidamente justificado. O disposto neste artigo não impedirá a habilitação de 
interessados residentes ou sediados em outros locais. (art. 20)
3.5. publiCidAde
A publicidade conferida às licitações é a mesma que norteia toda a atuação da adminis-
tração pública, segundo a qual, para que os atos possam produzir efeitos quanto a terceiros, 
faz-se necessária a devida publicação na imprensa oficial.
A licitação, conforme já mencionado, é um procedimento administrativo, constituído, as-
sim, de uma série de atos administrativos formados em ordem cronológica. Todos eles, para 
produzirem os efeitos que a administração deseja, devem ser publicados na imprensa oficial.
Como exemplo do Princípio da Publicidade estampado na Lei n. 8.666/1993, temos o ar-
tigo 3º, § 3º, que assim dispõe:
A licitação não será sigilosa, sendo públicos e acessíveis ao público os atos de seu procedimento, 
salvo quanto ao conteúdo das propostas, até a respectiva abertura.
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3.6. probidAde AdministrAtivA
A doutrina destaca que a probidade administrativa decorre da moralidade, ou seja, ainda 
que sejam princípios diversos, a moralidade é um princípio constitucional, aplicável à admi-
nistração em todas as suas manifestações de vontade.
A probidade administrativa, por sua vez, implica em um conceito onde o administrador 
público deve ser honesto não apenas com a administração pública, mas também com os ad-
ministrados que participam da licitação.
A diferença é sutil, e para não restar nenhuma dúvida, vamos esquematizá-la:
3.7. vinCulAção Ao instrumento ConvoCAtório
Vincular-se ao instrumento convocatório implica em não poder descumprir as normas 
previstas no edital regulador do processo licitatório. Significa dizer que a administração e os 
licitantes devem obedecer a dois diplomas normativos: as leis que regulam a atividade ad-
ministrativa e o edital da licitação, que, por estabelecer normas pertinentes a todo o procedi-
mento, é o documento que sempre deve ser observado quando as licitações forem realizadas.
Neste sentido, importante salientar que a Lei n. 8.666/1993 apresenta, em seu artigo 41, 
a impossibilidade de o Poder Público descumprir as normas previstas no edital:
A Administração não pode descumprir as normas e condições do edital, ao qual se acha estrita-
mente vinculada.
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Ainda que o mencionado artigo apenas faça menção à necessidade de a administração 
cumprir com as disposições do edital, a doutrina possui entendimento de que os administra-
dos e demais participantes do processo licitatório também devem fiel obediência às regras 
estabelecidas no instrumento convocatório.
3.8. JulgAmento obJetivo
Todas as licitações que são promovidas pela administração devem possuir, no respectivo 
edital, um critério que possibilita ao Poder Público verificar, após a apresentação de todas as 
propostas, àquela que melhor atendeu aos requisitos solicitados pela administração.
Assim, os critérios utilizados pela administração para conseguir mensurar com confiabi-
lidade devem ser claros e objetivos, não havendo a possibilidade, por isso mesmo, da escolha 
do objeto da licitação dar-se por interesses subjetivos. Em consonância com tal entendimen-
to, merece destaque o teor do artigo 45 da Lei n. 8.666/1993, que assim dispõe:
O julgamento das propostas será objetivo, devendo a Comissão de licitação ou o responsável pelo 
convite realizá-lo em conformidade com os tipos de licitação, os critérios previamente estabeleci-
dos no ato convocatório e de acordo com os fatores exclusivamente nele referidos, de maneira a 
possibilitar sua aferição pelos licitantes e pelos órgãos de controle.
A própria Lei n. 8.666/1993 apresenta critérios, a depender da modalidade de licitação, 
que podem ser utilizados pela administração pública como forma de conseguir identificar a 
proposta que melhor satisfaça aos interesses públicos.
São os chamados tipos de licitação, expressos no § 1º do já mencionado artigo 45, e que 
podem, de acordo com a lei das licitações, ser utilizados em todas as modalidades licitatórias, 
com exceção da modalidade concurso.
Para os efeitos deste artigo, constituem tipos de licitação, exceto na modalidade concurso:
I – a de menor preço – quando o critério de seleção da proposta mais vantajosa para a administra-
ção determinar que será vencedor o licitante que apresentar a proposta de acordo com as especi-
ficações do edital ou convite e ofertar o menor preço;
II – a de melhor técnica;
III – a de técnica e preço.
IV – a de maior lance ou oferta – nos casos de alienação de bens ou concessão de direito realde uso
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Nota-se que o julgamento objetivo, ainda que seja um princípio expresso para todos os tipos 
de licitação, consegue ser mais eficazmente utilizado quando estamos diante do menor preço.
Isso ocorre porque, quando da utilização dos demais tipos de licitação, temos envolvido 
certo grau de subjetivismo, cabendo à administração, além dos critérios objetivos previstos 
no edital, analisar as propostas ofertadas pelos licitantes e definir aquela que melhor se en-
quadra nas necessidades administrativas.
Salienta-se que a modalidade concurso é a única que não faz uso dos tipos de licitação 
previstos na Lei n. 8.666/1993. Tal modalidade, conforme veremos adiante, destina-se à es-
colha de um trabalho técnico, artístico ou científico. Em tais situações, ainda que o Poder 
Público deva pautar o seu julgamento em critérios objetivos, a escolha do vencedor envolverá, 
em maior ou menor grau, certo nível de subjetividade.
Exemplo: determinada prefeitura promove uma licitação na modalidade concurso como forma 
de escolher um novo layout a ser utilizado pela administração em todas as correspondências 
oficiais,
No caso apresentado, fica muito difícil pautar a escolha por critérios estritamente objetivos, 
de forma que a premiação ao vencedor envolverá a análise e o julgamento por parte de uma 
comissão de profissionais, envolvendo, desta forma, um maior nível de subjetividade.
3.9. sigilo dAs propostAs
Como visto anteriormente, a regra é que a licitação seja pública e acessível a todos que se 
interessem em acompanhá-la ou fiscalizá-la. A exceção fica por conta das propostas, que, até 
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a abertura dos respectivos envelopes, devem possuir amplo e total sigilo, sob pena de restar 
configurada fraude ensejadora da anulação de todo o procedimento.
Neste sentido é o texto do artigo 3º, § 3º, da Lei n. 8.666/1993, de seguinte teor:
A licitação não será sigilosa, sendo públicos e acessíveis ao público os atos de seu procedimento, 
salvo quanto ao conteúdo das propostas, até a respectiva abertura.
Caso o sigilo das propostas não seja observado, independente de quem tiver dado causa 
ser ou não agente público, teremos a configuração de crime, conforme previsão no artigo 94 
da Lei n. 8.666/1993:
Devassar o sigilo de proposta apresentada em procedimento licitatório, ou proporcionar a terceiro 
o ensejo de devassá-lo:
Pena – detenção, de 2 (dois) a 3 (três) anos, e multa.
3.10. AdJudiCAção CompulsóriA
Adjudicar é conferir ao particular vencedor do processo licitatório o objeto da licitação. 
É atribuir ao vencedor a preferência de poder contratar com a administração caso a mesma 
opte por realizar tal procedimento.
Exemplo: transcorridas todas as fases da licitação, teremos uma proposta como vencedora, 
que será aquela que melhor atenda às necessidades da administração, independentemente 
do tipo de licitação realizado.
Feito isso, a administração pública responsável pela licitação realiza a adjudicação compul-
sória, que consiste em garantir ao vencedor da proposta que, caso a administração opte por 
contratar o bem objeto da licitação, assim o fará com ele, estando impedida de firmar contrato 
com outros licitantes.
Nota-se, desta forma, que a adjudicação se trata de um mero ato declaratório, que não 
vincula a administração a ter que celebrar o contrato respectivo. A única vinculação existente 
é que a administração, caso celebre o contrato, deverá fazê-lo com o particular vencedor.
No entanto, diversas circunstâncias podem ocorrer, inviabilizando a celebração do con-
trato, tal como a anulação ou a revogação de todo o procedimento licitatório. Após a adjudicação, 
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no entanto, não poderá a administração contratar com outra pessoa, que não seja o particular 
detentor da adjudicação, o mesmo objeto licitado.
Da mesma forma, não seria justo que o particular vencedor do certame tivesse que aguar-
dar indefinidamente a manifestação da administração. Para que isso não ocorra, estabelece o 
§ 3º do artigo 64 da Lei n. 8.666/1993 o prazo de 60 dias para que o particular, sendo convo-
cado a contratar com o Poder Público, esteja obrigado a assim proceder. Após este prazo, não 
havendo manifestação da administração, estará o particular vencedor da licitação desimpe-
dido da obrigação de contratar.
Decorridos 60 (sessenta) dias da data da entrega das propostas, sem convocação para a contrata-
ção, ficam os licitantes liberados dos compromissos assumidos.
Questão 3 (CEBRASPE/CESPE/ANA PORT II/EMAP/CONTRATOS/2018) Julgue o item se-
guinte, relativo a contratos administrativos.
O princípio da adjudicação obrigatória ao vencedor é a garantia de que a administração públi-
ca celebrará o contrato com o vencedor do certame.
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Errado.
A adjudicação trata-se de um mero ato declaratório, que não vincula a administração a ter 
que celebrar o contrato respectivo. A única vinculação existente é que a administração, caso 
celebre o contrato, deverá assim o fazer com o particular vencedor da licitação.
3.11. FormAlismo
A Lei n. 8.666/1993 estabelece que “o procedimento licitatório previsto nesta lei caracteri-
za ato administrativo formal, seja ele praticado em qualquer esfera da Administração Pública” 
(art. 4º, parágrafo único).
Interessante percebermos que o formalismo procedimental, defendido como princípio das 
licitações, diverge em muitos sentidos do mero formalismo.
Por este princípio, o descumprimento de um procedimento só acarretará nulidade se hou-
ver comprovação de prejuízo. Evita-se, assim, que a administração fique engessada e lega-
lista, conferindo certa liberdade para que determinados atos sejam convalidados e o procedi-
mento licitatório se torne mais eficaz.
Neste mesmo sentido é o entendimento de Hely Lopes Meirelles, conforme se expõe:
Procedimento formal, entretanto, não se confunde com “formalismo”, que se caracteriza por exi-
gências inúteis e desnecessárias. Por isso mesmo, não se anula o procedimento diante de meras 
omissões ou irregularidades formais na documentação ou nas propostas desde que, por sua irre-
levância, não causem prejuízo à Administração ou aos licitantes. A regra é a dominante nos pro-
cessos judiciais: não se decreta a nulidadeonde não houver dano para qualquer das partes– pas 
de nullité sans grief, como dizem os franceses.
Assim, ainda que o princípio em questão seja comumente chamado de formalismo, o cor-
reto sentido da expressão leva em conta o procedimento como um todo, uma vez que apenas 
serão consideradas nulas as licitações que não observarem regras cabais ao correto prosse-
guimento da licitação. Em sentido oposto, simples falhas que possam ser convalidadas pela 
administração não serão capazes de acarretar, por si só, todo o procedimento licitatório.
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4. modAlidAdes
As modalidades licitatórias previstas na Lei n. 8.666/1993 são cinco, sendo elas: concor-
rência, tomada de preço, convite, concurso e leilão.
Neste ponto da matéria, temos uma grande contradição: Ainda que o texto da Lei n. 
8.666/1993 afirme que não poderão ser criadas novas modalidades de licitação, existem, atu-
almente, duas outras modalidades de licitação que não estão elencadas na Lei n. 8.666/1993.
A primeira delas é o pregão, modalidade caracterizada pela inversão das fases da licitação 
e pela redução das fases do procedimento, priorizando pela eficiência. No pregão, conforme 
veremos adiante, o objetivo é a aquisição de um bem ou serviço comum.
A segunda delas, pouco conhecida, é a consulta, criada pela Lei 9.472/1997, com a estrita 
finalidade de ser utilizada para a aquisição de bens e serviços pela Anatel.
Assim, de início, podemos organizar o conhecimento afirmando que sete são as modali-
dades licitatórias existentes em nosso ordenamento, sendo que cinco delas estão previstas 
na Lei n. 8.666/1993 e as demais em diplomas legais esparsos.
A escolha de cada uma das modalidades licitatórias não é livre à administração. Em sen-
tido oposto, cada uma das modalidades licitatórias possuem critérios a serem observados 
para que sua utilização se coadune com a finalidade da atividade administrativa.
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Com relação à concorrência, tomada de preços e convite, estas restrições incluem valores 
máximos a serem observados por modalidade, conforme se observa da tabela:
Modalidade Obras e Serviços de Engenharia Compras e demais Serviços
Convite Até R$ 330.000,00 Até R$ 176.000,00
Tomada de Preços Até R$ 3.300.000,00 Até R$ 1.430.000,00
Concorrência Acima de R$ 3.300.000,00 Acima de R$ 1.430.000,00
No caso de consórcios públicos, aplica-se o dobro destes valores quando os consórcios 
forem formados por até três entes consorciados, e o triplo quando formados por mais do que 
três entes.
Exemplo: Caso um Estado resolva realizar uma licitação para a construção de uma obra de 
engenharia orçada em R$ 850.000,00, poderá fazer uso da modalidade tomada de preços, 
uma vez que o valor global da contratação se encontra dentro desta faixa de preço.
Caso este mesmo Estado se consorcie com um Município existente no seu território, a tomada 
de preços poderá ser utilizada para obras de engenharia até o dobro do valor inicialmente pre-
visto para a modalidade, ou seja, os valores poderão chegar a R$ 6,6 milhões.
Por fim, caso o Estado se consorcie com mais três Municípios, o limite da tomada de preços 
será triplicado, podendo os entes federativos consorciados utilizarem a modalidade para as 
contratações orçadas em até R$ 9,9 milhões.
De extrema importância é o conhecimento de que as modalidades licitatórias utilizadas 
com base no valor total do procedimento (concorrência, tomada de preços e convite) nem 
sempre possuirão uma única modalidade passível de utilização. Nestas hipóteses, precisa-
mos adotar a regra de que “quem pode o mais, pode o menos”.
Assim, se estivermos diante de uma licitação que se enquadre dentro dos limites de utili-
zação da tomada de preços, poderá o Poder Público perfeitamente fazer uso da concorrência 
para a realização da contratação. Caso estejamos diante de uma obra de engenharia enqua-
drada dentro da faixa prevista para a modalidade convite, a administração poderá fazer uso 
tanto da tomada de preços quanto da concorrência.
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Só temos que ter um cuidado especial, uma vez que o efeito contrário não é permitido. As-
sim, se estivermos diante de uma licitação que se enquadre dentro do valor máximo estabe-
lecido para a modalidade tomada de preços, só será possível a substituição pela modalidade 
concorrência, e não pela modalidade convite.
As modalidades licitatórias previstas na Lei n. 8.666/1993 necessitam, para a sua rea-
lização, da observância de um tempo mínimo entre a publicação do edital e a data do rece-
bimento das propostas. Tal lapso de tempo possui como principal objetivo assegurar aos 
particulares participantes o conhecimento de todas as normas do edital, possibilitando assim 
que as propostas sejam apresentadas em sintonia com a viabilidade econômica da empresa.
Desta forma, os §§ 3º e 4º do artigo 21 da Lei n. 8.666/1993 estabelecem que a contagem 
dos prazos a serem observados entre a publicação do edital e a apresentação das propostas 
deve ser iniciada a cada nova publicação da administração pública, tal como ocorre com as 
retificações ou adendos.
Quando, no entanto, a alteração promovida não apresentar prejuízos aos particulares (tal 
como ocorre com as simples correções de erros formais), não há a necessidade de nova aber-
tura de prazo.
Os prazos estabelecidos no parágrafo anterior serão contados a partir da última publicação do edi-
tal resumido ou da expedição do convite, ou ainda da efetiva disponibilidade do edital ou do convite 
e respectivos anexos, prevalecendo a data que ocorrer mais tarde.
Qualquer modificação no edital exige divulgação pela mesma forma que se deu o texto original, 
reabrindo-se o prazo inicialmente estabelecido, exceto quando, inquestionavelmente, a alteração 
não afetar a formulação das propostas.
Vejamos os prazos que devem ser observados entre a data da publicação do edital (ou da 
última alteração promovida) e a data de recebimento das propostas:
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Tempo mínimo entre a publicação 
do edital e o recebimento das pro-
postas
Modalidade Modalidade
45 dias Concurso. Concorrência, quando for adotado 
o regime de empreitada integral 
ou quando a licitação for do tipo 
melhor técnica ou técnica e preço.
30 dias Concorrência,nos demais casos. Tomada de preço, quando a licita-
ção for do tipo melhor técnica ou 
técnica e preço.
15 dias Tomada de preço, nas demais situ-
ações.
Leilão.
5 dias úteis Convite.
4.1. ConCorrênCiA
A lei das licitações define concorrência como a modalidade de licitação entre quaisquer 
interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos 
mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto (art. 22, §1º).
Trata-se a concorrência da modalidade de licitação mais complexa dentre as previstas na 
Lei n. 8.666/1993, possuindo como principais características a ampla publicidade, a possibi-
lidade de qualquer interessado participar de seu certame e o fato de ser utilizada, entre outras 
hipóteses, em contratos de grande vulto.
Uma das principais características da concorrência é a necessidade de habilitação prévia 
para a análise da proposta apresentada pelo licitante. Assim, antes da abertura dos envelopes 
contendo o teor das propostas, a comissão de licitação verificará se estes atendem ou não os 
requisitos de habilitação previstos em lei. Em caso positivo, os envelopes serão abertos. Em 
caso negativo, o licitante será considerado inabilitado e não poderá participar do procedimento.
Neste sentido, cinco são os critérios de habilitação que podem ser levados em conta para 
efeito de verificação da regularidade dos licitantes, conforme se observa pela leitura do artigo 
27 da Lei n. 8.666/1993:
Art. 27. Para a habilitação nas licitações exigir-se-á dos interessados, exclusivamente, documen-
tação relativa a:
I – habilitação jurídica;
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II – qualificação técnica;
III – qualificação econômico-financeira;
IV – regularidade fiscal e trabalhista;
V – cumprimento do disposto no inciso XXXIII do art. 7º da Constituição Federal.
A habilitação jurídica relaciona-se com a capacidade da empresa em adquirir direitos e 
contrair obrigações.
A qualificação técnica, com o fato de o particular contratado reunir todos os requisitos 
técnicos necessários para a correta execução do bem ou do serviço contratado.
A qualificação econômico-financeira, com a capacidade da empresa possui fluxo de caixa 
para adquirir os bens necessários à execução do contrato.
A regularidade fiscal, com o fato da empresa estar em dia com todos os fiscos (federal, 
estaduais e municipais).
Neste mesmo sentido, a regularidade trabalhista relaciona-se com a obrigação da empre-
sa em pagar todas as verbas devidas aos seus funcionários.
Por fim, o artigo 7º, XXXIII, da Constituição Federal, proíbe que as empresas admitam o 
trabalho “noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a me-
nores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos”.
Em determinadas situações, independentemente do valor do objeto a ser licitado, o Poder 
Público obrigatoriamente deverá fazer uso da modalidade concorrência. Nestas situações, o objetivo, 
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com a realização da concorrência, é conferir um maior controle ao procedimento licitatório, uma 
vez que a concorrência, por exigir a habilitação preliminar como condição para a participação no 
procedimento, assegura um maior formalismo a todos os atos decorrentes da licitação.
São as seguintes as situações em que a concorrência é obrigatória:
• na compra ou alienação de bens imóveis, ressalvado os imóveis adquiridos por dação 
em pagamento ou procedimento judicial, quando poderão ser utilizadas as modalida-
des concorrência ou leilão;
• nas concessões de direito real de uso;
• nas concessões de serviço público;
• nas licitações internacionais, admitindo-se, neste caso, observados os limites deste 
artigo, a tomada de preços, quando o órgão ou entidade dispuser de cadastro interna-
cional de fornecedores ou o convite, quando não houver fornecedor do bem ou serviço 
no País;
• para o sistema de registro de preços.
4.2. tomAdA de preços
Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadas-
trados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o tercei-
ro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação 
(art. 22, §2º).
No âmbito da tomada de preços, encontramos algumas regras que não são encontradas 
nas demais modalidades licitatórias, tal como o fato do particular, para poder participar da 
licitação, obrigatoriamente ter que estar cadastrado até três dias antes da entrega das res-
pectivas propostas.
Dessa forma, a habilitação é feita com o próprio cadastramento, sendo neste momento 
que a autoridade competente verifica se a empresa atende a todos os requisitos necessários 
para, em caso de sagrar-se vencedora da licitação, poder contratar com o Poder Público.
No entanto, a participação na tomada de preços não se restringe às empresas cadastra-
das, sendo assegurada, também, àquelas que atenderem às condições exigidas para cadas-
tramento com antecedência mínima de três dias antes da data do recebimento das propostas.
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Importante mencionar que a tomada de preços é passível de utilização nas licitações in-
ternacionais (onde a regra é a concorrência), bastando para tal que sejam preenchidos dois 
requisitos:
• o órgão disponha de cadastro internacional de fornecedores;
• o contrato a ser celebrado esteja dentro dos limites de valor para a respectiva modalidade.
4.3. Convite
Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, 
cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela unidade 
administrativa, a  qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o 
estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu 
interesse com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas 
(art. 22, §3º).
Assim, a regra é que pelo menos três interessados sejam convidados a participar da lici-
tação. No entanto, caso existam mais de três empresas pertinentes ao mesmo ramo, e desde 
que estas estejam cadastradas na repartição, a cada novo convite, a administração deverá 
convidar, pelo menos, mais um interessado cadastrado que não tenha sido convidado na li-
citação anterior. E isto ocorrerá até que não tenhamos mais empresas cadastradas que não 
tenham sido convidadas em licitações anteriores.
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No entanto, a obrigação da administração de chamar empresas pertinentes ao mesmo 
ramo, não convidadas em licitações anteriores, restringe-se às empresas cadastradas.
Exemplo: a administração municipal resolve realizar licitação na modalidade convite com a 
finalidade de selecionar um fornecedor de água mineral para todas as repartições públicas 
municipais.
Poderão participar da licitação em questão tanto as empresas cadastradas quanto as que 
ainda não possuem cadastro no Poder Público. Assim, após a publicação da carta-convite, 
a administração convida um número mínimo de três particulares para participar da licitação, 
podendo eles ser ou não já cadastrados.
Adicionalmente, a participação no convite será estendida a todos os interessados que mani-
festem sua vontade com a antecedência mínima de 24 horas antes da apresentação das pro-
postas. Tal prerrogativa, no entanto, é assegurada apenas aos previamente cadastrados.
Assim, as empresas que não estejam cadastradas e que não sejam convidadas pelo Po-
der Público não poderão participar da licitação na modalidade convite.
Por outro lado, caso estejamos diante de uma situação onde a administração não consiga 
o mínimo de três empresas para convidar, ainda assim poderá ser realizada a licitação. No 
entanto, a  impossibilidade de encontrar três interessados pertinentes ao ramo da licitação 
deverá ser justificada nos autos do processo, sob pena de todo o procedimento ser anulado.
Outra característica importante do convite é que nesta modalidade não temos um edital, 
tal como ocorre nas demais modalidades, mas sim uma simples carta-convite, que não pre-
cisa ser publicada no respectivo diário oficial. Salienta-se, no entanto, que ainda assim deve 
haver a observância do princípio da publicidade, de forma que o que está dispensado, no âm-
bito da modalidade convite, é a publicação na imprensa oficial.
Assim, como forma de observância da publicidade, a carta-convite deve ser afixada na 
repartição pública que está realizando a licitação, oportunidade em que o respectivo ato pas-
sará a produzir efeitos no universo jurídico.
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Outra peculiaridade da modalidade convite é que o prazo entre a publicação da carta-
-convite e a data do recebimento das propostas é contado em dias úteis, ao contrário do 
que ocorre com as demais modalidades licitatórias previstas na Lei n. 8.666/1993. Logo, 
uma vez publicada a carta-convite, o prazo mínimo para recebimento das propostas é de 5 
dias úteis.
4.4. leilão
Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens 
móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penho-
rados, ou para a alienação de bens imóveis adquiridos por meio de dação em pagamento ou 
procedimento judicial, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação 
(art. 22, §5º).
Do conceito da modalidade, observa-se que três são as situações que dando ensejo à 
utilização do leilão, sendo elas...
Venda de bens móveis inservíveis para a administração: nesta situação, o Poder Público, 
independente da esfera, deseja vender bens móveis que não mais estejam em condições de 
utilização pela respectiva repartição pública.
Exemplo: são bens imóveis inservíveis para utilização do Poder Público mesas, estantes e 
balcões que foram substituídos por novos modelos em decorrência da necessidade do aten-
dimento dos requisitos de acessibilidade.
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Venda de produtos legalmente apreendidos ou penhorados: como a finalidade do Poder 
Público é assegurar o bem-estar da coletividade, pode a administração, em determinadas 
situações, limitar um direito individual em prol da coletividade.
Exemplo: em decorrência do poder de polícia, a administração realiza a fiscalização de diver-
sos estabelecimentos comerciais. Uma vez tendo encontrado produtos sem a corresponden-
te nota fiscal, procede o Poder Público à respectiva apreensão das mercadorias, que poderão, 
observadas as normas legais, ser vendidas a terceiros.
Alienação de bens imóveis adquiridos por meio de dação em pagamento ou de procedi-
mento judicial: em ambas as situações, o Poder Público recebe bens imóveis do particular 
como forma de pagamento de dívidas anteriormente existentes.
Logo, nada mais natural do que a alienação dos bens recebidos, possibilitando assim que 
o Poder Público aufira renda com a respectiva alienação.
Importante salientar que a alienação de bens móveis, tanto quando decorrentes de dação 
em pagamento quanto nas hipóteses de procedimento judicial, poderá ser realizada por meio 
de leilão ou por meio de concorrência. Nas duas modalidades, faz-se necessária a avaliação 
prévia, por parte da administração, dos bens a serem alienados, bem como a comprovação da 
necessidade ou utilidade da alienação. 
No leilão, após o agendamento da data para a realização do certame, os participantes 
comparecem para oferecer seus lances, que não podem ser inferior ao inicialmente avaliado 
pelo Poder Público. Nota-se, desta forma, que no âmbito das licitações realizadas sob a mo-
dalidade leilão o tipo de licitação será sempre o de maior lance.
A Lei n. 8.666/1993 estabelece, em seu artigo 53, um pequeno regramento de como deve 
ser realizada a licitação na modalidade leilão.
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Art. 53. O leilão pode ser cometido a leiloeiro oficial ou a servidor designado pela Administração, 
procedendo-se na forma da legislação pertinente.
§ 1º Todo bem a ser leiloado será previamente avaliado pela Administração para fixação do preço 
mínimo de arrematação.
§ 2º Os bens arrematados serão pagos à vista ou no percentual estabelecido no edital, não inferior 
a 5% (cinco por cento) e, após a assinatura da respectiva ata lavrada no local do leilão, imediata-
mente entregues ao arrematante, o qual se obrigará ao pagamento do restante no prazo estipulado 
no edital de convocação, sob pena de perder em favor da Administração o valor já recolhido.
§ 3º Nos leilões internacionais, o pagamento da parcela à vista poderá ser feito em até vinte e 
quatro horas.
§ 4º O edital de leilão deve ser amplamente divulgado, principalmente no município em que se 
realizará.
Exemplo: realizado o leilão e tendo ocorrido a alienação de um bem, deve o seu arrematante 
(que é a pessoa que adquire o bem) pagar o valor ofertado à vista, ou, em caso haja previsão 
no edital, do valor do parcelamento, que, emqualquer hipótese, não poderá ser inferior a 5% 
do valor oferecido.
Nos leilões internacionais, o prazo para o pagamento do valor à vista será de 24 horas, tempo 
necessário para a conversão da moeda e demais trâmites legais.
Questão 4 (CEBRASPE/CESPE/ANA MIN/MPE-CE/ADMINISTRAÇÃO/2020) Julgue o item, 
relativo à administração de pessoal e a processos de compras governamentais no âmbito do 
setor público.
A modalidade de licitação utilizada para a venda de produtos legalmente apreendidos ou pe-
nhorados é denominada concurso.
Errado.
A venda de produtos legalmente apreendidos ou penhorados ocorre por meio do leilão.
Art. 22, § 5º Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens 
móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, 
ou para a alienação de bens imóveis prevista no art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou 
superior ao valor da avaliação.
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4.5. ConCurso
Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de tra-
balho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos 
vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com ante-
cedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias (art. 22, § 4º).
Inicialmente, nota-se que o concurso é uma exceção quanto à restrição de valores. En-
quanto na maioria das demais modalidades licitatórias, faz-se necessário a observância das 
regras relativas aos valores, no concurso tal restrição não existe, sendo que o que determina 
sua utilização não é o valor, mas sim a natureza da atividade.
Da mesma forma, a modalidade concurso é uma exceção quanto ao tipo de licitação, sen-
do que tal modalidade é a única em que nenhum dos tipos previstos em lei serão aplicados.
Ambas as peculiaridades existem uma vez que objetiva-se, com a realização da licitação 
na modalidade concurso, a escolha de um trabalho técnico, artístico ou científico. Logo, das 
modalidades previstas, o concurso é a que mais leva em conta, para a escolha do seu resul-
tado, uma parcela subjetiva de avaliação. No entanto, ainda assim o Poder Público deverá 
pautar sua escolha com base no princípio do julgamento objetivo.
Exemplo: a administração realiza licitação na modalidade concurso com a finalidade de sele-
cionar um novo layout para as correspondências oficiais. Para a escolha, é  formada uma 
comissão composta por autoridades que entendam do trabalho em questão.
Assim, para a escolha, cada membro da comissão dará o seu parecer, levando em conta 
aspectos pessoais seus (caráter subjetivo). Ainda assim, o julgamento deverá pautar-se em 
critérios que estejam previamente descritos no edital da licitação (caráter objetivo).
Estabelece o artigo 52 da Lei n. 8.666/1993 que a licitação na modalidade concurso de-
verá pautar-se em regras previstas em regulamento próprio, que deverá prever uma série de 
características:
Art. 52. O concurso a que se refere o § 4º do art. 22 desta Lei deve ser precedido de regulamento 
próprio, a ser obtido pelos interessados no local indicado no edital. § 1º O regulamento deverá 
indicar:
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I – a qualificação exigida dos participantes;
II – as diretrizes e a forma de apresentação do trabalho;
III – as condições de realização do concurso e os prêmios a serem concedidos.
Frisa-se que a comissão que avaliará os trabalhos apresentados no âmbito dos concur-
sos poderá ser composta tanto por servidores quanto por terceiros que não possuam vínculo 
com o Poder Público, devendo, para tal, possuir reputação ilibada e reconhecido conhecimen-
to da matéria em exame.
Como nota-se, o concurso é uma exceção a diversas características presentes nas de-
mais modalidades. Assim, para facilitar o conhecimento, elenca-se as características desta 
modalidade licitatória:
5. dispensA dA reAlizAção de liCitAção
Ainda que a regra seja a realização da licitação para todas as aquisições realizadas pela 
administração pública, a Lei n. 8.666/1993 confere, em determinadas situações, a possibili-
dade de termos a dispensa de licitação, situações em que o Poder Público poderá contratar 
diretamente com o particular.
Tais situações são divididas nas hipóteses de licitação dispensável, dispensada e inexigível.
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5.1. liCitAção dispensAdA
As situações em que temos a licitação dispensada estão estipuladas no artigo 17 da Lei n. 
8.666/1993. São casos bem específicos e que estão relacionados, basicamente, com órgãos 
da administração pública.
A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de interesse público devi-
damente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas:
Quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos da administração direta e en-
tidades autárquicas e fundacionais, e, para todos, inclusive as entidades paraestatais, dependerá 
de avaliação prévia e de licitação na modalidade de concorrência, dispensada esta nos seguintes 
casos:
a) dação em pagamento;
b) doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou entidade da administração pública, de 
qualquer esfera de governo;
c) permuta, por outro imóvel que atenda aos requisitos constantes do inciso X do art. 24 desta Lei;
d) investidura;
e) venda a outro órgão ou entidade da administração pública, de qualquer esfera de governo;
f) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso, locação ou permis-
são de uso de bens imóveis residenciais construídos, destinados ou efetivamente utilizados no 
âmbito de programas habitacionais ou de regularização fundiária de interesse social desenvolvi-
dos por órgãos ou entidades da administração pública;
g) procedimentos de legitimação de posse de que trata o art. 29 da Lei no 6.383, de 7 de dezembro 
de 1976, mediante iniciativa e deliberação dos órgãos da Administração Pública em cuja compe-
tência legal inclua-se tal atribuição;
h) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso, locação ou permis-
são de uso de bens imóveis de uso comercial de âmbito local com área de até 250 m² (duzentos 
e cinquenta metros quadrados) e inseridos no âmbito de programas de regularização fundiária de 
interesse social desenvolvidos por órgãos ou entidades da administração pública;
i) alienação e concessão de direito real de uso, gratuita ou onerosa, de terras públicas rurais da 
União e do Incra, onde incidam ocupações até o limite de que trata o § 1º do art. 6º da Lei no 11.952, 
de 25 de junho de 2009, para fins de regularização fundiária, atendidos os requisitos legais; e
Quando móveis, dependerá de avaliação prévia e de

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