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As origens da Psicologia

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As origens da Psicologia
Há mais de dois mil anos, a atenção dos filósofos se voltou para o funcionamento do psiquismo, quando se impuseram a buscar revelar os processos subjetivos, a memória, a aprendizagem e a razão. Desde então, a explicação destes fenômenos é objeto de um constante movimento de acumulação e mudança de paradigmas.
Os filósofos clássicos, para conduzir esta análise, pensaram, primeiramente, como a subjetividade se constitui, como se pensa, como podemos entender a dimensão, ou como eles gostavam de intitular, da alma. Assim, aparecem nesta dimensão distintas explicações, portadoras de um tipo de abordagem própria de cada uma.
Filosofia Clássica
Podemos revisitar o século V a.C. para acompanharmos por um breve momento como a Filosofia Clássica já se preocupava em entender a natureza humana, nosso próprio comportamento, a natureza e os atos humanos. São justamente os filósofos gregos como Platão e Aristóteles que tratam das primeiras tentativas de sistematizar o “estudo da alma", da psyché, que em grego significa “alma”.
Sócrates, por exemplo, buscava traçar o limite entre os instintos e a razão. Assim, aparece neste lugar descontínuo do pensamento grego a razão como a própria essência do homem, a consciência.
Platão, por sua vez, procurou definir um lugar para a razão. Descrevia então o corpo como sede da alma.
 A noção de uma continuidade entre corpo e alma toma um lugar importante na Filosofia Clássica com Aristóteles. De forma inovadora, esse filósofo já antecipava o olhar holístico postulando que alma e corpo estão associados.
A Psicologia como campo de saber
No movimento de transformações desde a Filosofia até a Psicologia Moderna, vemos que o saber da Psicologia não se fecha em uma única teoria sobre a subjetividade, muito menos em uma única área de atuação. Assim, um conhecimento histórico desta diversidade pode ajudar-nos a relacionar a diversidade de ideias, teorias e projetos de pesquisa da Psicologia no seu percurso histórico e na prática da interdisciplinaridade. Não é demais, entretanto, lembrar que todas as explicações sobre a subjetividade são discursos históricos e constituem, antes de tudo, hipóteses de trabalho. São teorias.
Definição de teoria
Teorias, por sua vez, são formações discursivas, não são traduções literais dos fatos. São as teorias, entretanto, que nos ajudam a orientar nossa prática. Uma teoria é um conjunto de convenções. São hipóteses a respeito de uma realidade não predeterminada pela natureza ou pelos dados empíricos. Trata-se de uma construção explicativa sobre a estrutura de um dado fenômeno. A observação dos dados empíricos por si nada dizem a respeito de sua natureza e podem ser utilizados de forma diferente por diferentes esquemas teóricos. Nessa perspectiva, uma teoria é uma escolha convencional; e não algo necessário, inevitável ou preestabelecido pelas relações empíricas.
Segundo Myers (2006), uma boa teoria ajuda-nos a organizar observações. Como o campo da Psicologia, sobretudo o da Psicologia Clínica, é o que mais nos concerne na prática do cuidar, faz-se necessário abordar, de passagem, o que é uma teoria.
As construções teóricas
Não basta uma teoria ser atraente: ela deve ser útil. Uma teoria útil organiza eficazmente uma série de observações e relatos e faz pressuposições claras para inferir aplicações práticas. No decorrer de seu aparecimento no mundo, a Psicologia estabeleceu parcerias e mantém um vinculo constante com a prática. Myers define as boas teorias como “a capacidade de organizar e estabelecer relações, de implicar hipóteses que oferecem predições testáveis e aplicações práticas”.
Psicologia Clínica
A Psicologia que queremos enfatizar é a clínica, que concerne à relação interdisciplinar que mantém com o campo da saúde mental em geral, e com o campo do cuidado em particular. Não devemos esquecer que os psicólogos jamais apreendem diretamente a subjetividade, e que o sujeito que tratamos não pode ser reduzido somente ao somatório de suas expressões ou de seus sintomas, muito menos à soma de seus comportamentos. O que está por trás da soma dos comportamentos é o que deve ser trabalhado pelo psicólogo, para que se revele o sentido da palavra do sujeito. O que, na interdisciplinaridade entre Psicologia e disciplinas da área da saúde, pode auxiliar no entendimento do sofrimento? Uma das contribuições relevantes é a afirmação de que os atos do sujeito não são um simples comportamento, mas têm uma significação. O sujeito com o qual a Psicologia lida não é um ser estático e acabado, mas está em permanente estado de construção.
O processo de cuidar
Segundo a Enciclopédia Britânica, a clínica é um conjunto organizado de serviços e práticas, oferecendo um diagnóstico terapêutico ou tratamento preventivo. Esse conceito é usado para designar todas as atividades da clínica geral ou somente uma divisão particular do trabalho. Enfim, a clínica é toda uma inteira atividade de serviços organizada para atender aos sujeitos que a procuram, seja com sofrimento físico ou mental. Nesta perspectiva, o campo da clínica é aquele que se ocupa do sofrimento considerado individualmente. Em outras palavras, trata-se de dispensar aos sujeitos atenção terapêutica ao sofrimento, que muitas vezes ultrapassa a dimensão do puramente somático.
Como as psicoterapias entendem, por exemplo, o sintoma? As psicoterapias tomam o sintoma como o que é da ordem da narrativa, como o sujeito fala de suas doenças, como ele a sente. É justamente nesta perspectiva que os sintomas podem ser interpretados. Eles não são somente o indício de que algo não vai bem, mas sim, que têm um sentido que pode ser traduzido e conscientizado.
A Diversidade da clínica : A clínica autoriza, portanto, o saber sobre o individual. A clínica surge quando o saber tem como objeto o sujeito. A clínica das diferentes abordagens é, portanto, o ponto de partida de um trabalho terapêutico. Em outras palavras, a clínica é a possibilidade de considerar-se que, entre a doença e o sintoma, há um sujeito.
A teoria freudiana
O que eles têm em comum é que, de suas teorias, nasceram o que descrevemos anteriormente como teorias, que modificaram a forma de se pensar o centro das coisas. Depois deles, o centro do homem como a criação divina(Charles Darwin), a Terra como o centro do universo(Nicolau Copérnico)e a consciência como o centro da razão sofreram um deslocamento(Sigmund Freud) . Depois de Freud, a consciência já não é mais o central no homem: o que determina o sujeito é o inconsciente. Freud sustentou que o psiquismo não estava centrado em uma consciência, mas sim estruturado em torno do esquecimento, e este provocava efeitos na vida do sujeito.
Os objetivos da clínica
A incidência da linguagem no corpo transforma o corpo biológico em um corpo idealizado, representado.
A Terapia Humanista Existencial
O que é o ser, qual o seu sentido e qual a sua verdade? É dessas questões da Ontologia e da Filosofia existencial que surge uma psicoterapia: a Terapia Humanista Existencial. O existencialismo evidencia que o ser humano não tem uma substância; é sim, pura liberdade de escolha. O ponto de partida de toda existência humana é o que o filósofo Heidegger denomina o ser no mundo, um ser sem uma essência prévia, que cria e inventa sua própria existência. Neste sentido, o ser humano não é jamais um ser acabado, mas encontra-se diante de uma série infinita de possibilidades na qual o ser se projeta para o futuro. É justamente baseada nesta filosofia que surgirá uma clínica que trata do sofrimento existencial.
A singularidade
O existencialismo coloca a experiência vivida como fundamental. Esta forma de ver o ser humano implica que o ser humano é entendido não como determinado, mas com as inúmeras possibilidades do “vir a ser”, que a pessoa é singular, livre e responsável por sua existência. Na perspectiva da terapia humanista existencial, há dois conceitos chaves:
A liberdade de criar um modo de existir, singular, provindo de uma escolha;
A responsabilidade por suas escolhas.São justamente os valores que acabamos de ver que serviram para fundar uma prática terapêutica que acabou por ser denominada terapia existencial. O papel do terapeuta é ajudar a pessoa na experiência de sua existência.
A Liberdade
Na perspectiva existencialista, não há, propriamente falando, desajustes, pois todo modo de existir é uma escolha da qual o sujeito é responsável. O desajuste é o resultado de uma escolha própria e singular. Se somos o produto de nossa própria criação, se somos livres para escolher e, apesar de tudo, temos sintomas como ansiedade e depressão, é porque nem todas as nossas escolhas são sábias. Os objetivos da terapia: O principal objetivo da terapia é propiciar uma maximização da autoconsciência e favorecer um aumento do potencial de escolha do cliente para descobrir-se, autocriar-se e aceitar os riscos de suas próprias escolhas e se tornar responsável por elas, aceitando a liberdade.
Terapia Cognitivo-Comportamental
Se a teoria freudiana supõe que há um sujeito do inconsciente, se a Terapia Humanista Existencial supõe que há um sujeito livre e responsável por suas escolhas, a Terapia Cognitivo-Comportamental baseia-se em um sujeito que possui crenças que influenciam seus comportamentos.

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