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INCLUSÃO SOCIAL 
 
 
O QUE É INCLUSÃO SOCIAL? 
 Conceitualmente dizendo: 
 
 É um conjunto de meios e ações que combatem a 
exclusão aos benefícios da vida em sociedade, 
provocada pela diferença de classe social, origem 
geográfica, educação, idade, existência de deficiência 
ou preconceitos raciais 
 Inclusão Social é oferecer aos mais necessitados 
oportunidades de acesso a bens e serviços, dentro de 
um sistema que beneficie a todos e não apenas aos 
mais aptos 
 
 
 
 
 
 
 
 
PPD - PESSOAS PORTADORAS DE 
DEFICIÊNCIA 
 Quem são? 
 Há muitos conceitos para classificar o portador de deficiência e 
foram mudando ao longo da História, assim como as palavras 
utilizadas para exprimi-los 
 Termos como: retardado, doentinho, aleijado, surdo-mudo, 
surdinho, mudinho, excepcional, mongolóide, débil mental e 
outros, não são mais aceitos, pois carregam muitos 
preconceitos 
 Atualmente, os termos adequados são: Pessoa Portadora de 
Deficiência, Pessoa com Deficiência ou Pessoa com 
Necessidades Especiais 
 Estes termos sinalizam que, em primeiro lugar, referimo-nos a 
uma pessoa que, dentre outras características, tem uma 
deficiência, mas ela não é esta deficiência 
 
PPD - PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIA 
 Estes termos também despertam controvérsias; cada um 
deles tem defensores, com argumentos próprios 
 Acredita-se que o fundamental é referir-se a estas 
pessoas ou conversar com elas de forma natural e 
respeitosa 
 
 Em termos gerais, podemos definir que "Pessoa 
Portadora de Deficiência" é a que apresenta, em 
comparação com a maioria das pessoas, significativas 
diferenças físicas, sensoriais ou intelectuais, decorrentes 
de fatores inatos e/ou adquiridos, de caráter permanente 
e que acarretam dificuldades em sua interação com o 
meio físico e social 
 
NO BRASIL - PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIA 
 O Decreto n. 3.298 de 20 de dezembro de 1.999 considera pessoa portadora 
de deficiência a que se enquadra em uma das seguintes categorias: 
 
1.Deficiência Física: Alteração completa 
 ou parcial de um ou mais segmentos do corpo 
humano, acarretando o comprometimento da 
função física, apresentando-se sob a forma de 
paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, 
tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, 
hemiplegia, hemiparesia, amputação ou ausência 
de membro, paralisia cerebral, membros com 
deformidade congênita ou adquirida, exceto as 
deformidades estéticas e as que não produzam 
 dificuldades para o desempenho de funções; 
 
NO BRASIL - PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIA 
2.Deficiência Auditiva: 
Perda parcial ou total das 
 possibilidades auditivas 
sonoras, variando em 
graus e níveis que vão 
de 25 decibéis (surdez leve) 
à anacusia (surdez profunda); 
 
3.Deficiência Visual: 
Acuidade visual igual ou menor 
que 20/200 no melhor olho, 
após a melhor correção, ou campo 
visual inferior a 20 (Snellen), ou 
ocorrência simultânea de ambas 
as situações; 
 
NO BRASIL - PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIA 
4.Deficiência Mental: 
Funcionamento intelectual geral 
significativamente abaixo da média, 
oriundo do período de desenvolvimento, 
concomitante com limitações associadas 
a duas ou mais áreas da conduta 
adaptativa ou da capacidade do indivíduo 
em responder adequadamente às 
demandas da sociedade; 
 
5.Deficiência Múltipla: 
É a associação, no mesmo indivíduo, 
de duas ou mais deficiências primárias 
(mental/visual/auditiva/física), com 
comprometimentos que acarretam 
conseqüências no seu desenvolvimento 
global e na sua capacidade adaptativa. 
 
O EXTREMO DA ESCALA DAS DEFICIÊNCIAS 
 As pessoas consideradas superdotadas ou com altas 
habilidades, fazem parte do extremo da escala das 
habilidades intelectuais, se caracterizam por um notável 
desempenho e elevado potencial em qualquer dos 
seguintes aspectos, isolados ou combinados: 
 
 Alta capacidade intelectual geral; 
 Aptidão acadêmica específica; 
 Pensamento criativo ou produtivo; 
 Capacidade de liderança; 
 Talento especial para artes; 
 Capacidade psicomotora. 
CONDUTAS TÍPICAS - OUTRAS DEFICIÊNCIAS 
 Há um outro grupo de comportamentos e atitudes que se 
diferencia do padrão considerado normal e que recebe o 
nome de condutas típicas 
 São definidas como manifestações de comportamento 
típicas de portadores de síndromes e quadros 
psicológicos, neurológicos ou psiquiátricos, que 
ocasionam atrasos no desenvolvimento e prejuízos no 
relacionamento social, em grau que requeira 
atendimento educacional especializado 
 Como por exemplo o Autismo, que é uma síndrome 
definida por alterações presentes por volta do 3º ano de 
vida, caracterizada pela presença de desvios nas 
relações interpessoais, linguagem/comunicação, jogos e 
comportamentos 
 
AUTISMO 
 
 Dentre os sinais mais característicos do autismo, podemos citar: 
1. Tendência ao isolamento; 
2. Movimentos repetitivos, aparentemente sem função e sem objetivo 
(esteriotipia); 
3. Dificuldade no relacionamento com outras pessoas (não mantém 
diálogo, mantém o olhar distante, rejeita contatos físicos); 
4. Faz uso de seu nome quando se refere a si próprio; 
5. Repete palavras ou frases constantemente (ecolalia); 
6. Ausência de noção de perigo; 
7. Permanência em situação de fantasia desvinculada da realidade; 
8. Hiperatividade intensa e permanente; 
9. Necessidade de manter rotinas obsessivas de comportamento, 
apresentando reação de pânico quando há alguma interferência 
 
VÍDEO 
“Deficiente ao contrário” 
 
 
GRADAÇÕES DAS DEFICIÊNCIAS 
 Qualquer tipo de deficiência apresenta gradações: há pessoas com 
comprometimentos maiores, que exigem equipamentos como cadeira 
de rodas, e há outras cujas limitações são menores; algumas 
conseguem aprender a ler e escrever, mas outras não 
 A Organização Mundial da Saúde (OMS) define estes graus usando as 
seguintes classificações: 
 
 Desvantagem (handicap): "No domínio da saúde, a desvantagem 
representa um impedimento sofrido por um dado indivíduo, resultante 
de uma deficiência ou de uma incapacidade, que lhe limita ou lhe 
impede o desempenho de uma atividade considerada normal para ele, 
levando em conta a idade, o sexo e os fatores sócio-culturais" (OMS, 
1980, p. 37). 
 A situação de desvantagem só se determina em relação a outros, 
sendo por isso um fenômeno social. Caracteriza-se por uma 
discordância entre o nível de desempenho do indivíduo e as 
expectativas que o seu grupo social tem em relação a ele. A situação 
de desvantagem expressa, pois, o conjunto de atitudes e respostas 
dos que não sofrem de desvantagens. 
 
GRADAÇÕES DAS DEFICIÊNCIAS 
 Deficiência: "No domínio da saúde, deficiência representa qualquer 
perda ou anormalidade da estrutura ou função psicológica, fisiológica 
ou anatômica". Dizer que um indivíduo "tem uma deficiência" não 
implica, portanto, que ele tenha uma doença nem que tenha de ser 
encarado como "doente". 
 Incapacidade: No campo da saúde, indica uma desvantagem 
individual, resultante da desvantagem ou da deficiência, que limita ou 
impede o cumprimento ou desempenho de um papel social, 
dependendo da idade, sexo e fatores sociais e culturais. 
 A incapacidade, estabelecendo a conexão entre a deficiência e a 
desvantagem, representa um desvio da norma relativamente ao 
comportamento ou atividade habitualmente esperados do indivíduo. A 
incapacidade não é um desvio do órgão ou do mecanismo, mas sim 
um "desvio" em termos de atuação global do indivíduo e pode ser 
temporária ou permanente, reversível ou irreversível, progressivaou 
regressiva. 
 
VÍDEO 
“Vida em Movimento” 
 
 
VERDADES E MITOS SOBRE AS DEFICIÊNCIAS 
 Verdades: 
 
 Deficiência não é doença; 
 Algumas crianças portadoras de deficiências podem 
necessitar de escolas especiais; 
 As adaptações são recursos necessários para facilitar a 
integração dos educandos com necessidades especiais 
nas escolas; 
 Síndromes de origem genética não são contagiosas; 
 Deficiente mental não é louco. 
 
VERDADES E MITOS SOBRE AS DEFICIÊNCIAS 
 Mitos: 
 
 Todo surdo é mudo; 
 Todo cego tem tendência à música; 
 Deficiência é sempre fruto de herança familiar; 
 Existem remédios milagrosos que curam as 
deficiências; 
 As pessoas com necessidades especiais são eternas 
crianças; 
 Todo deficiente mental é dependente. 
 
DEFINIÇÕES IMPORTANTES 
 Aluno de inclusão: Nas escolas, todos são “de inclusão”.Ao se 
referir por ex:aluno surdo,diga aluno com (ou que tem) 
deficiência 
 Cadeirante: O termo reduz a pessoa a objeto. Diga pessoa em 
cadeira de rodas 
 Deficiente: Não devemos reduzir as pessoas e suas 
capacidades à deficiência. O correto é pessoa com deficiência 
 Excepcional: O certo é criança ou jovem com deficiência 
mental 
 Portador de Deficiência: A deficiência não é algo que a 
pessoa porta (carrega). O correto é pessoa com deficiência 
 Escola ou classe normal: Dizemos escola ou classe regular 
ou comum 
O QUE FAZER, SE SUSPEITAR DA OCORRÊNCIA DE 
DEFICIÊNCIA? 
 
 Entre em contato com a família, 
para verificar se os comportamentos 
estão presentes também em casa e 
se já foi tomada alguma providência; 
 Recomende que a criança seja 
Encaminhada a especialistas, para 
fins de avaliação 
 E o mais importante, 
NÃO tenha PRECONCEITOS! 
 
VÍDEO 
“Carlinhos” 
 
 
POR QUE TEMOS PRECONCEITOS? 
 É normal ter preconceito. 
 O preconceito faz parte da natureza humana, desde o início 
dos tempos. O homem desconfia e tem medo de tudo o que é 
diferente dele mesmo. O "outro" inspira receio, temor, 
insegurança; daí para adotar atitudes defensivas e de ataque 
é um passo. 
 Esses sentimentos eram importantes no tempo das cavernas, 
quando os homens eram poucos e lutavam bravamente para 
sobreviver em um ambiente hostil. Infelizmente, persistem até 
hoje, nas lutas entre católicos e protestantes, árabes e 
judeus, muçulmanos e cristãos, brancos e negros... A lista dos 
pontos de divergência é grande mas, no fundo, o ponto 
essencial reside na diferença entre Eu e o Outro. 
 
POR QUE TEMOS PRECONCEITOS? 
 A rotina das relações sociais nos leva, mais ou menos 
conscientemente, a "classificar" as pessoas de acordo com 
uma escala de valores a priori, como resultante da nossa 
educação e das nossas referências culturais (do lugar que 
ocupamos na "escala social"). Os critérios dessa 
"classificação" são variados: a qualidade da expressão, o 
modo de olhar, a maneira de comer, a forma de andar, a forma 
de vestir, o senso de humor etc. 
 Muitas vezes, a segregação começa a partir da colocação de 
"rótulos" ou de "etiquetas" nas pessoas com deficiência, do 
tipo "não vai aprender a ler", "não pode fazer tal movimento" e 
outros. Estas "etiquetas" têm conseqüências sobre a forma 
como estas pessoas são aceitas pela sociedade e não 
permitem que a própria pessoa se exprima e mostre do que é 
capaz. A ênfase recai sobre a INcapacidade, sobre a 
Deficiência e não sobre a Eficiência, a Capacidade, a 
Possibilidade. 
 
POR QUE TEMOS PRECONCEITOS? 
 "O normal e o estigmatizado não são pessoas concretas 
e sim, perspectivas que são geradas em situações 
sociais. Assim, nenhuma diferença é em si mesma 
vantajosa ou desvantajosa, pois a mesma característica 
pode mudar sua significação, dependendo dos olhares 
que se lançam sobre elas" (Proposta Curricular de Santa 
Catarina - 1998). 
 Felizmente, esta postura começa a ser alterada e os 
profissionais, principalmente na área da Educação, estão 
voltando o diagnóstico e a atuação para as possibilidades 
e os recursos que a pessoa portadora de deficiência tem. 
 
POR QUE TEMO PRECONCEITOS? 
 E, deste ponto de vista, a heterogeneidade, característica 
presente em qualquer grupo humano, passa a ser vista como fator 
imprescindível para as interações na sala de aula. 
 A partir do reconhecimento e da aceitação de nossos preconceitos 
e desconfianças, estamos aptos a mudar nosso comportamento e 
a aceitar que o objeto destes sentimentos é uma pessoa como 
nós, ou seja, começaremos a identificar os pontos comuns entre 
nós e não mais a acentuar as diferenças. Poderemos, então, 
identificar o que nos une e constatar que nossa essência é a 
mesma: somos seres humanos, cuja diversidade indica riqueza de 
situações e possibilidade de intercâmbio de vivências e de 
aprendizagem. 
 
POR QUE TEMOS PRECONCEITOS? 
 Os diferentes ritmos, comportamentos, experiências, trajetórias 
pessoais, contextos familiares, valores e níveis de 
conhecimento de cada criança (e do professor) imprimem ao 
cotidiano escolar a possibilidade de troca de repertórios, de 
visão de mundo, bem como os confrontos e a ajuda mútua, e a 
conseqüente ampliação das capacidades individuais. 
 Por que as pessoas portadoras de deficiência são "invisíveis"? 
 Às vezes, até parece que as pessoas com deficiência não 
existem, são fantasmas... Elas não são muito vistas nas ruas, 
ou na televisão, ou na política... Como se explica isso? 
 
POR QUE TEMOS PRECONCEITOS? 
 
 Na verdade, desde que o mundo é mundo sempre 
houve pessoas com deficiência. Mas, nem sempre 
estas pessoas foram consideradas da mesma maneira. 
 No passado, a sociedade freqüentemente colocou 
obstáculos à integração das pessoas deficientes. 
Receios, medos, superstições, frustrações, exclusões, 
separações estão, lamentavelmente, presentes desde 
os tempos da antiga Grécia, em Esparta, onde essas 
pessoas eram jogadas do alto de montanhas, ou em 
Atenas, onde elas eram abandonadas nas florestas. 
 
POR QUE TEMOS PRECONCEITOS? 
 Adotando esta atitude de "longe dos olhos, 
longe do pensamento", Platão chegou 
mesmo a ponto de afirmar, quando dizia 
como deveria ser a sociedade ideal: 
 
 "As mulheres dos nossos militares são pertença da 
comunidade, assim como os seus filhos, e nenhum pai 
conhecerá o seu filho e nenhuma criança os seus pais. 
Funcionários preparados tomarão conta dos filhos dos bons 
pais, colocando-os em certas enfermarias de educação, mas 
os filhos dos inferiores, ou dos melhores, quando surjam 
deficientes ou deformados, serão postos fora, num lugar 
misterioso e desconhecido, onde deverão permanecer." 
 
VÍDEO 
“Inclusão Social” 
 
O PRECONCEITO É HISTÓRICO 
 Na Idade Média, eram freqüentes os apedrejamentos ou 
a morte nas fogueiras da Inquisição das pessoas com 
deficiência, pois eram consideradas como possuídas 
pelo demônio. 
 No séc. XIX e princípios do séc. XX a esterilização foi 
usada como método para evitar a reprodução desses 
"seres imperfeitos". O nazismo promoveu a aniquilação 
pura e simples das pessoas com deficiência, porque 
não correspondiam à "pureza" da raça ariana. 
 
O PRECONCEITO É HISTÓRICO 
 Paralelamente a estas atitudes extremas de 
aniquilamento, outras atitudes eram adotadas, como o 
isolamento destas pessoas em grandes asilos, além de 
comportamentos marcados por rejeição, vergonha e 
medo. 
 Foi apenas a partir da Revolução Francesa e das suas 
bandeiras de liberdade, igualdade e fraternidade que 
estas pessoas passaram a ser objeto de assistência 
(mas ainda não de educação) e entregues aos cuidados 
de organizações caritativase religiosas. 
 
O PRECONCEITO É HISTÓRICO 
 Após a 2ª Guerra Mundial, os direitos humanos 
começaram a ser valorizados; surgem os conceitos de 
igualdade de oportunidades, direito à diferença, justiça 
social e solidariedade nas novas concepções jurídico - 
políticas, filosóficas e sociais de organizações como a 
ONU - Organização das Nações Unidas, a UNESCO, a 
OMS - Organização Mundial de Saúde, a OIT - 
Organização Internacional do Trabalho e outras. 
 As pessoas com deficiência passaram a ser 
consideradas como possuidoras dos mesmos direitos e 
deveres dos outros cidadãos e, entre eles, o direito à 
participação na vida social e à sua conseqüente 
integração escolar e profissional. 
 
O PRECONCEITO É HISTÓRICO 
 Segundo a UNESCO (1977), pode-se dividir a história 
da humanidade em cinco fases, de acordo com o modo 
como os deficientes foram tratados e considerados: 
 
1.Fase filantrópica: em que as pessoas com deficiência 
são consideradas doentes e portadoras de 
incapacidades permanentes inerentes à sua natureza. 
Portanto, precisavam ficar isoladas para tratamento e 
cuidados de saúde 
2.Fase da "assistência pública“: em que o mesmo 
estatuto de "doentes" e "inválidos" implica a 
institucionalização da ajuda e da assistência social 
 
O PRECONCEITO É HISTÓRICO 
3.Fase dos direitos fundamentais: iguais para todas as 
pessoas, quaisquer que sejam as suas limitações ou 
incapacidades. É a época dos direitos e liberdades individuais 
e universais de que ninguém pode ser privado, como é o caso 
do direito à educação 
4.Fase da igualdade de oportunidades: época em que o 
desenvolvimento econômico e cultural acarreta a massificação 
da escola e, ao mesmo tempo, faz surgir o grande contingente 
de crianças e jovens que, não tendo um rendimento escolar 
adequado aos objetivos da instituição escolar, passam a 
engrossar o grupo das crianças e jovens deficientes mentais ou 
com dificuldades de aprendizagem 
5.Fase do direito à integração: se na fase anterior se 
"promovia" o aumento das "deficiências", uma vez que a 
ignorância das diferenças, o não respeito pelas diferenças 
individuais mascarado como defesa dos direitos de "igualdade" 
agravava essas diferenças, agora é o conceito de "norma" ou 
de "normalidade" que passa a ser posto em questão 
 
O PRECONCEITO NA ATUALIDADE 
 Mas, segundo a UNESCO, estas fases só aparentemente se 
sucedem de forma cronológica. Na verdade, o que acontece é 
que estas diferentes atitudes e concepções face às pessoas 
com deficiência se sobrepõem, mesmo nos dias atuais 
 Atitudes que contribuem para a integração da pessoa com 
necessidades especiais 
 Acesso ao conhecimento e à informação; 
 Convivência, que estimula o relacionamento; 
 Rompimento de padrões de comportamentos estabelecidos. 
 
O PRECONCEITO NA ATUALIDADE 
 Estratégias para facilitar mudança de atitudes: 
 Filmes mostrando como pessoas com necessidades 
especiais podem viver integradas em sua comunidade; 
 Palestras com pessoas com necessidades especiais 
relatando suas experiências; 
 Palestras com profissionais acerca da problemática das 
deficiências; 
 Livros e folhetos informativos sobre a deficiência. 
 
CONVENÇÃO SOBRE OS DIREITOS DA PESSOA COM 
DEFICIÊNCIA 
- ONU - 
 Reconhecendo que a deficiência é um conceito em 
evolução e que a deficiência resulta da interação entre 
pessoas com deficiência e as barreiras devidas às 
atitudes e ao ambiente que impedem a plena e efetiva 
participação dessas pessoas na sociedade em 
igualdade de oportunidades com as demais pessoas 
 
 
 
CONVENÇÃO SOBRE OS DIREITOS 
DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA 
Artigo 1: Propósito 
 
 “O propósito da presente Convenção é promover, proteger 
e assegurar o exercício pleno e equitativo de todos os 
direitos humanos e liberdades fundamentais por todas as 
pessoas com deficiência e promover o respeito pela sua 
inerente dignidade.” 
 
 “Pessoas com deficiência são aquelas que têm 
impedimentos de longo prazo de natureza física, 
 mental, intelectual ou sensorial permanentes, os quais, 
em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua 
participação plena e efetiva na sociedade, em bases 
iguais com as demais pessoas.” 
 
 
CONVENÇÃO SOBRE OS DIREITOS DAS PESSOAS COM 
DEFICIÊNCIA 
Artigo 3 Princípios Gerais 
 
Os princípios da presente Convenção são: 
 O respeito pela dignidade inerente, a autonomia individual, 
inclusive a liberdade de fazer as próprias escolhas, e a 
independência das pessoas. 
 A não-discriminação; 
 A plena e efetiva participação e inclusão na sociedade; 
 O respeito pela diferença e pela aceitação das pessoas com 
deficiência como parte da diversidade humana e da 
humanidade; 
 A igualdade de oportunidades; 
 A acessibilidade; 
 A igualdade entre o homem e a mulher; e 
 O respeito pelo desenvolvimento das capacidades das 
crianças com deficiência e pelo direito das crianças com 
deficiência de preservar sua identidade. 
 
DÉCADA DAS AMÉRICAS 
DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA 2006 - 2016 
PELOS DIREITOS E A DIGNIDADE DAS PESSOAS 
COM DEFICIÊNCIA 
 Igualdade, Dignidade e Participação” 
 
 
OBJETIVOS: 
 
 Dar visibilidade ao tema 
 Fortalecer a vontade política 
 Atrair recursos humanos, técnicos e econômicos para a 
cooperação 
 Propiciar ações regionais concertadas 
 
OS DIREITOS NA CONSTITUIÇÃO 
FEDERAL 
 Logo no artigo 1° da Constituição são mencionados dois dos 
fundamentos que amparam os direitos de todos os 
brasileiros, incluindo, é claro, as pessoas com deficiência : a 
cidadania e a dignidade 
 Cidadania: é a qualidade de cidadão 
 E cidadão é o indivíduo no gozo de seus direitos civis, 
políticos, econômicos e sociais numa Sociedade, no 
desempenho de seus deveres para com esta 
 Dignidade: é a honra e a respeitabilidade devida a qualquer 
pessoa provida de cidadania. 
OS DIREITOS NA CONSTITUIÇÃO 
FEDERAL 
 São fundamentos que orientam os objetivos de nossa 
República, tais como: 
 “construir uma sociedade livre, justa e solidária” 
 “erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as 
desigualdades sociais e regionais” 
 “promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, 
sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação” 
 A expressão “o bem de todos” indica que os direitos e 
deveres da cidadania pressupõem que todos são iguais 
perante a lei, com a garantia de que são invioláveis o 
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade (Artigo 5°) 
 
OS DIREITOS NA CONSTITUIÇÃO 
FEDERAL 
 
 Todavia, as pessoas com deficiência possuem necessidades 
especiais que as distinguem das outras 
 Desta forma, é importante compreender que, além dos direitos 
relativos a todos, as pessoas com deficiência devem ter 
direitos específicos, que compensem, na medida do possível, 
as limitações e/ou impossibilidades a que estão sujeitas 
 Por isto é preciso repetir que os não deficientes e as pessoas 
com deficiência não são iguais, no sentido de uma igualdade 
apenas abstrata e formal, isto é, que não considera as 
diferenças existentes entre os dois grupos 
 E que as pessoas com deficiência apresentam necessidades 
especiais, que exigem um tratamento diferenciado para que 
possam realmente ser consideradas como cidadãos 
COMPROMISSO PELA INCLUSÃO DAS 
PESSOAS COM DEFICIÊNCIA 
DECRETO N. 6215/2007 
 Art. 2o O Governo Federal, atuando diretamente ou em regime de 
cooperação com os demais entes federados e entidades que se 
vincularem ao Compromisso, observará, na formulação e 
implementação das ações parainclusão das pessoas com 
deficiência, as seguintes diretrizes: 
 
 I - ampliar a participação das pessoas com deficiência no mercado de 
trabalho, mediante sua qualificação profissional; 
 II - ampliar o acesso das pessoas com deficiência à política de 
concessão de órteses e próteses; 
 III - garantir o acesso das pessoas com deficiência à habitação 
acessível; 
 IV - tornar as escolas e seu entorno acessíveis, de maneira a 
possibilitar a plena participação das pessoas com deficiências; 
 V - garantir transporte e infra-estrutura acessíveis às pessoas com 
deficiência; 
 VI - garantir que as escolas tenham salas de recursos multifuncionais, 
de maneira a possibilitar o acesso de alunos com deficiência. 
 
 
VÍDEO 
“Parapan” 
 
 
CENÁRIO ATUAL 
 O Brasil está entre os cinco países mais inclusivos das 
Américas, reconhecido por sua legislação e políticas públicas 
voltadas para as pessoas com deficiência 
 
 Como fator diferencial está a organização do movimento social 
e a formação da rede de conselhos de direitos 
 
 Nas duas últimas décadas, o modelo com base em ações 
assistenciais vem sendo substituído pelo paradigma da 
inclusão social, caracterizado pela autonomia das pessoas com 
deficiência, respeito à diversidade e à dignidade, participação e 
equiparação de oportunidades, sob a perspectiva dos direitos 
humanos 
 
SOCIEDADE INCLUSIVA 
 Todas as pessoas têm igual valor; 
 A diferença entre as pessoas é um princípio básico e 
nenhuma forma de discriminação pode ser tolerada; 
 A existência de pessoas com deficiência faz parte da 
diversidade humana; 
 O respeito e a valorização das diferenças definem a 
sociedade inclusiva. 
 
QUANDO VOCÊ ENCONTRAR UMA PESSOA COM 
DEFICIÊNCIA... 
 Segundo o CEDIPOD - Centro de Documentação e 
Informação do Portador de Deficiência e a CORDE- 
Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa 
Portadora de Deficiência, aqui vão algumas dicas de 
comportamento 
 
QUANDO VOCÊ ENCONTRAR UMA PESSOA COM 
DEFICIÊNCIA... 
 Muitas pessoas não deficientes ficam confusas quando 
encontram uma pessoa com deficiência. Isso é natural. 
Todos nós podemos nos sentir desconfortáveis diante do 
"diferente" 
 Esse desconforto diminui e até desaparece quando há 
convivência entre pessoas deficientes e não deficientes 
 
QUANDO VOCÊ ENCONTRAR UMA PESSOA COM 
DEFICIÊNCIA... 
 Não faça de conta que a deficiência não existe. Se você 
se relacionar com uma pessoa deficiente como se ela 
não tivesse uma deficiência, você vai estar ignorando 
uma característica muito importante dela 
 Dessa forma, você não estará se relacionando com ela, 
mas com outra pessoa, uma que você inventou, que não 
é real 
 
QUANDO VOCÊ ENCONTRAR UMA PESSOA COM 
DEFICIÊNCIA... 
 Aceite a deficiência. Ela existe e você precisa levá-la na 
sua devida consideração 
 Não subestime as possibilidades, nem superestime as 
dificuldades e vice-versa 
 
QUANDO VOCÊ ENCONTRAR UMA PESSOA COM 
DEFICIÊNCIA... 
 As pessoas com deficiência têm o direito, podem e 
querem tomar suas próprias decisões e assumir a 
responsabilidade por suas escolhas 
 Ter uma deficiência não faz com que uma pessoa seja 
melhor ou pior do que uma pessoa não deficiente 
 
QUANDO VOCÊ ENCONTRAR UMA PESSOA COM 
DEFICIÊNCIA... 
 Provavelmente, por causa da deficiência, essa pessoa 
pode ter dificuldade para realizar algumas atividades e, 
por outro lado, poderá ter extrema habilidade para fazer 
outras coisas. Exatamente como todo mundo. 
 A maioria das pessoas com deficiência não se importa de 
responder perguntas, principalmente aquelas feitas por 
crianças, a respeito da sua deficiência e como ela 
transforma a realização de algumas tarefas 
 
QUANDO VOCÊ ENCONTRAR UMA PESSOA COM 
DEFICIÊNCIA... 
 Quando quiser alguma informação de uma pessoa 
deficiente, dirija-se diretamente a ela e não a seus 
acompanhantes ou intérpretes 
 Sempre que quiser ajudar, ofereça ajuda. Espere sua 
oferta ser aceita, antes de ajudar. Pergunte a forma mais 
adequada para fazê-lo 
 
QUANDO VOCÊ ENCONTRAR UMA PESSOA COM 
DEFICIÊNCIA... 
 Mas não se ofenda se seu oferecimento for recusado, pois 
nem sempre as pessoas com deficiência precisam de 
auxílio. Às vezes, uma determinada atividade pode ser 
mais bem desenvolvida sem assistência 
 Se você não se sentir confortável ou seguro para fazer 
alguma coisa solicitada por uma pessoa deficiente, sinta-
se livre para recusar. Neste caso, seria conveniente 
procurar outra pessoa que possa ajudar 
 
QUANDO VOCÊ ENCONTRAR UMA PESSOA COM 
DEFICIÊNCIA... 
 As pessoas com deficiência são pessoas como você. Têm 
os mesmos direitos, os mesmos sentimentos, os mesmos 
receios, os mesmos sonhos 
 Você não deve ter receio de fazer ou dizer alguma coisa 
errada. Aja com naturalidade e tudo vai dar certo 
 Se ocorrer alguma situação embaraçosa, uma boa dose de 
delicadeza, sinceridade e bom-humor nunca falha! 
 
VÍDEO 
“Inclusão: um ato de amor” 
 
 
QUEM É O VERDADEIRO DEFICIENTE? 
“Se você deixa de ver a pessoa, vendo apenas a deficiência 
quem é o cego? 
Se você deixa de ouvir o grito do seu irmão para a justiça, 
quem é o surdo? 
Se você não pode comunicar-se com sua irmã e a separa, 
quem é o mudo? 
Se sua mente não permite que seu coração alcance seu 
vizinho, quem é o deficiente mental? 
Se você não se levanta para defender os direitos de todos, 
quem é o aleijado? 
A atitude para com as pessoas deficientes pode ser nossa 
maior deficiência... 
E a sua também” 
 
(Autor desconhecido) 
 
VÍDEO 
“Ballet”

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