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Aula 00
Noções de Direito Administrativo p/ PRF - Policial - 2014/2015 (Com videoaulas)
Professor: Daniel Mesquita
Noções de Direito Administrativo para Policial 
(2014/2015) da PRF. Teoria e exercícios 
comentados 
Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 00 
 
Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 72 
Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita 
AULA 00: Administração Pública (aspectos 
gerais) e princípios 
 
 
SUMÁRIO 
1. APRESENTAÇÃO 2 
2. CRONOGRAMA 4 
3. INTRODUÇÃO À AULA INAUGURAL 6 
4. REGIME JURÍDICO-ADMINISTRATIVO 6 
5. PRINCÍPIOS BASILARES 9 
3.1 PRINCÍPIO DA SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO SOBRE O PARTICULAR 9 
3.2 PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO 11 
3.3 PRINCÍPIOS DO ART. 37, CAPUT, DA CF. 17 
3.4 OUTROS PRINCÍPIOS CONSAGRADOS. 38 
5 RESUMO DA AULA 53 
6 QUESTÕES COMENTADAS 55 
7 REFERÊNCIAS 72 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Noções de Direito Administrativo para Policial 
(2014/2015) da PRF. Teoria e exercícios 
comentados 
Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 00 
 
Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 72 
Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita 
1. Apresentação 
 
Bem vindos ao curso de Noções de Direito Administrativo para 
Policial (2014/2015) da PRF! 
Pessoal, o concurso da PRF está previsto ainda para esse ano!! 
A Polícia Rodoviária Federal solicitou novo concurso com 1,5 mil 
vagas. 
Salário inicial da carreira é de R$ 6.418,25. 
O sucesso não está muito longe pra você não, meu amigo, tenha 
isso em mente: SE VOCÊ ESTUDAR, VOCÊ VAI PASSAR E SE VOCÊ 
PASSAR, VOCÊ VAI SER CHAMADO! 
Hoje eu estou aqui desse lado, tentando passar o caminho das 
pedras pra você, mas lembre-se de que eu já estive aí, onde você está 
agora. 
Pra você me conhecer melhor, vou falar um pouco de mim. 
Meu nome é Daniel Mesquita, sou formado em Direito pela 
Universidade de Brasília (UnB) e pós-graduado em direito público. A 
minha vida no mundo dos concursos teve início em 2005, quando me 
preparei para o concurso de técnico administrativo ± área judiciária ± do 
Superior Tribunal de Justiça. Já nesse concurso, obtive êxito e trabalhei 
por dois anos no Tribunal, na assessoria de Ministro da 1ª Turma. 
Em seguida, passei para o concurso de analista do Tribunal 
Superior Eleitoral (CESPE/UnB), na quarta colocação. 
A partir daí, meu estudo foi focado para as provas de advogado 
público (AGU, procuradorias estaduais, defensorias públicas etc.), pois 
sempre tive como objetivo a carreira de Procurador de Estado ou do 
Distrito Federal. 
Nem tudo na vida são louros. Nessa fase obtive muitas derrotas 
e reprovações nos concursos. Desanimei por algumas vezes, mas 
Noções de Direito Administrativo para Policial 
(2014/2015) da PRF. Teoria e exercícios 
comentados 
Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 00 
 
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continuei firme em meu objetivo, pois só não passa em concurso quem 
pára de estudar! 
E essa atitude rendeu frutos, logo fui aprovado no concurso de 
Procurador Federal ± AGU. 
Continuei estudando, pois ainda faltava mais um degrau: 
Procuradoria de Estado ou do Distrito Federal. 
Foi então que todo o suor, dedicação, disciplina, renúncia e 
privações deram o resultado esperado, logrei aprovação no concurso de 
Procurador do Distrito Federal. Tomei posse em 2009 e exerço essa 
função até hoje. 
Não posso deixar de mencionar também a minha experiência 
como membro de bancas de concursos públicos. A participação na 
elaboração de diversas provas de concursos, inclusive para tribunais, 
me fez perceber o nível de cobrança do conteúdo nas provas, as 
matérias mais recorrentes e os erros mais comuns dos candidatos. 
Espero que a minha experiência possa ajudá-lo no estudo do 
direito administrativo. 
Vamos tomar cuidado com os erros mais comuns, aprofundar 
nos conteúdos mais recorrentes e dar a matéria na medida certa, assim 
como um bom médico prescreve um medicamento. 
Para que esse medicamento seja suficiente, ele deve atacar 
todos os sintomas e, ao mesmo tempo, deve ser eficiente contra o foco 
da doença. Isso quer dizer que não podemos deixar nenhum ponto do 
edital para trás. 
Além disso, buscarei usar muitos recursos visuais para que a 
apreensão do conteúdo venha mais facilmente. 
Para reforçar a aprendizagem, resumirei o conteúdo 
apresentado ao final de cada aula e apresentarei as questões 
mencionadas ao longo da aula em tópico separado, para que você possa 
resolvê-las na véspera da prova. 
Noções de Direito Administrativo para Policial 
(2014/2015) da PRF. Teoria e exercícios 
comentados 
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Todos esses instrumentos você terá a sua disposição para 
encarar a batalha. 
2. Cronograma 
 
Num concurso com muitos inscritos como esse, você não pode 
perder tempo e deve lutar com as armas certas. A principal arma para 
você vencer essa batalha é o planejamento. 
Nesse curso serão ministradas 12 aulas de direito administrativo, 
cada uma com os seguintes temas, de acordo com os pontos previstos 
no edital: 
 
Aula 00 (14/06 /2014) 
6 Princípios básicos da administração. 
Aula 01 (15/07/2014) 
1 Estado, governo e administração pública: conceitos, elementos, 
poderes, natureza, fins e princípios. 2 Direito administrativo: conceito, 
fontes e princípios. 
Aula 02 (17/07/2014) 
8 Organização administrativa. 8.1 Administração direta e indireta, 
centralizada e descentralizada. 8.2 Autarquias, fundações, empresas 
públicas e sociedades de economia mista 
Aula 03 (22/07/2014) 
3 Ato administrativo. 3.1 Conceito, requisitos, atributos, classificação e 
espécies. 3.2 Invalidação, anulação e revogação. 3.3 Prescrição. 
Aula 04 (24/07/2014) 
5 Poderes da administração: vinculado, discricionário, hierárquico, 
disciplinar e regulamentar. 
Aula 05 (29/07/2014) 
4 Agentes administrativos. 4.1 Investidura e exercício da função 
pública. 
Noções de Direito Administrativo para Policial 
(2014/2015) da PRF. Teoria e exercícios 
comentados 
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Aula 06 (31/07/2014) 
4.2 Direitos e deveres dos funcionários públicos; regimes jurídicos. 4.3 
Processo administrativo: conceito, princípios, fases e modalidades.; 
Aula 07 (05/08/2014) 
4.4 Lei nº 8.112/1990 e alterações: Da seguridade social do servidor. ± 
Das disposições gerais e das disposições transitórias e finais 
Aula 08 (07/08/2014) 
7 Serviços públicos: conceito, classificação, regulamentação, formas e 
competência de prestação. 
Aula 09 (12/08/2014) 
6.3 Improbidade administrativa: sanções penais e civis ² Lei nº 
8.429/1992 e alterações. . 6.2 Enriquecimento ilícito e uso e abuso de 
poder. 
Aula 10 (14/08/2014) 
9 Controle. 9.1 Controle administrativo. 9.2 Controle judicial. 9.3 
Controle legislativo. 
Aula 11 (19/08/2014) 
9.4 Responsabilidade civil do Estado. 6.1 Responsabilidade civil daadministração: evolução doutrinária e reparação do dano. 
 
Com base nesse cronograma, você já pode planejar o seu estudo, 
dividindo o tempo que você tem até a prova pelas matérias 
apresentadas. Dedique-se mais às matérias que tem maior peso e 
naquelas em que você não tem muito conhecimento. Faça uma escala 
de estudos e cumpra-a. 
Se você seguir essas dicas, não tem erro, você vai passar! 
 
 
 
Noções de Direito Administrativo para Policial 
(2014/2015) da PRF. Teoria e exercícios 
comentados 
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3. Introdução à aula Inaugural 
 
Nesta aula inaugural de Direito Administrativo para Policial 
(2014/2015) da PRF YDPRV�DERUGDU�XP�WHPD�LPSRUWDQWH�GD�PDWpULD��³6 
Princípios básicos da administração.´. 
Não se esqueça que, ao final, você terá um resumo da aula e as 
questões tratadas ao longo dela. Use esses dois pontos da aula na 
véspera da prova! 
Programe-se para ler os resumos na semana que antecede a 
prova. Lembre-se: o planejamento é fundamental. 
 
Sem mais delongas, vamos à luta! Rumo à aprovação! 
 
 
4. Regime jurídico-administrativo 
 
É o conjunto harmônico de regras e princípios que guardam 
correlação lógica entre si e compõem o Direito Administrativo. A 
doutrina brasileira não decidiu ainda nem quantos e nem quais 
princípios compõem esta lista isso por que, de fato, essa é uma tarefa 
complicada, são inúmeros os princípios. Por isso, é bastante difícil dizer 
aqui quais são eles. 
 Todos os princípios que se incluem listados no Regime Jurídico 
guardam coerência lógica com os demais princípios e por isso, muitas 
vezes, é possível que diversos deles sejam aplicados a mesma situação 
concreta. Na maioria das vezes, ele confluem, ou seja, um corrobora 
com o outro e todos podem ser aplicados ao mesmo tempo. 
Entretanto, em algumas situações esses princípios entram em 
conflito e fica bastante difícil decidir qual deles deve ser aplicado em 
detrimento do outro. Nessas situações difíceis, entra em cena a Teoria 
Noções de Direito Administrativo para Policial 
(2014/2015) da PRF. Teoria e exercícios 
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das Ponderações. Ela foi desenvolvida para auxiliar e guiar a atuação do 
aplicador do Direito para que faça a melhor escolha quando estiver 
diante de uma situação como essa. Ela é largamente aplicada não 
apenas em Direito Administrativo, por isso, é importante que vocês a 
conheçam. 
Em Direito, sabemos que, ao aplicarmos uma regra, essa exclui as 
demais que se contrapõe a ela. No caso do princípio, a aplicação de um 
deles não exclui automaticamente a aplicação de outro. Por isso, quem 
decide deve eleger qual princípio protege o interesse mais caro, que 
merece maior proteção em face do caso concreto. 
Vamos ver uma caso em que o STF aplicou essa teoria? Veja um 
trecho do ADPF: 126 DF de relatoria do Min. Celso de Mello: 
 
³STJ. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO MANDADO DE SEGURANÇA 
2006/0090649-0. Relator Ministro LUIZ FUX. Julgamento em 12.03.08. 
PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. 
PRETENSÃO DE REEXAME DE MATÉRIA DE MÉRITO (PROCESSUAL 
CIVIL E ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA. PORTARIAS 
DO COMANDANTE DO EXÉRCITO. COMÉRCIO DE ARMAS DE USO 
RESTRITO PARA USO PRÓPRIO DE POLICIAIS CIVIS, FEDERAIS, 
MILITARES, DO CORPO DE BOMBEIROS E POLICIAIS RODOVIÁRIOS. 
CABIMENTO DE MANDADO DE SEGURANÇA CONTRA LEI DE EFEITOS 
CONCRETOS INEXISTÊNCIA DE DIREITO LÍQUIDO E CERTO. 
CONVENIÊNCIA E OPORTUNIDADE. LEGALIDADE. LEGITIMIDADE. 
LIVRE CONCORRÊNCIA E SEGURANÇA PÚBLICA. PONDERAÇÃO DE 
VALORES. INOBSERVÂNCIA DAS EXIGÊNCIAS DO ART. 535, E 
INCISOS, DO CPC.´ 
(STJ, Relator: Ministro JOSÉ DELGADO, Data de Julgamento: 
13/06/2007, S1 - PRIMEIRA SEÇÃO) 
 
Nesse caso, uma empresa particular objetivava municiar agentes 
públicos com armas para uso próprio. A empresa alegava estar dentro 
Noções de Direito Administrativo para Policial 
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de seu direito de livre concorrência de realizar regularmente a venda de 
seus produtos. Entretanto, o STJ entendeu que poderia haver um grave 
risco a segurança pública. Nesse caso, a segurança venceu em face da 
livre concorrência. 
Viram, essa teoria não precisa ser conhecida com grande 
profundidade, basta que vocês tenham consciência de que ela existe 
qual é seu preceito básico, qual seja, ponderar entre princípios 
dissonantes aquele que encontra melhor aplicabilidade diante do caso 
concreto. 
 
 
 
1. (CESPE - 2013 - TCE-RO - Auditor de Controle Externo - 
Direito) De acordo com a doutrina, o regime jurídico-administrativo 
abrange tanto as regras quanto os princípios, os quais são considerados 
recomendações para a atividade da administração pública. 
Questão muito interessante! A Banca erra ao afirmar que os 
princípios são considerados recomendações para a administração 
pública. Os princípios são observância obrigatória e não apenas 
recomendações. Muito cuidado! 
Gabarito: Errado. 
 
2. (OAB/ DF/ Exame de ordem 2004.2/ Prova objetiva) 
Entende-se por regime jurídico-administrativo: 
 
A. a adoção de um código administrativo de caráter nacional; 
 
B. ramo do direito público que tem por objeto os órgãos, agentes 
e pessoas jurídicas integrantes da Administração Pública; 
 
Questões de 
concurso 
 
Noções de Direito Administrativo para Policial 
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C. conjunto de prerrogativas, não conhecidos no âmbito do 
direito privado, que conferem posição privilegiada à Administração 
Pública; 
 
D. sistema lógico-jurídico coerente em torno de princípios 
peculiares relacionados com a supremacia do interesse público 
sobre o privado e a indisponibilidade, pela Administração, dos 
interesses públicos. 
 
Essa aqui foi fácil! Com os comentários iniciais sobre o regime 
jurídico-administrativo você consegue acertar. Veja que o conceito dado 
p�� ³É o conjunto harmônico de regras e princípios que guardam 
correlação lógica entre si e FRPS}HP� R� 'LUHLWR� $GPLQLVWUDWLYR´�� &RP�
isso, fechamos nossa resposta: letra D. 
 
5. Princípios basilares 
Como vimos, os princípios basilares são o da supremacia do 
interesse público sobre o particular (ou princípio do interesse público) e 
o da indisponibilidade. Vamos a eles. 
 
3.1 Princípio da supremacia do interesse público sobre o 
particular 
Por esse princípio, entendemos que sempre que houver conflito 
entre interesse público e o particular deve prevalecer o interesse 
público, que representa a coletividade. 
A supremacia do interesse público orienta todo o regime jurídico 
administrativo. Em decorrência desse princípio, a Administração Pública 
goza de poderes e prerrogativas especiaiscom relação aos 
administrados, o que faz com que o poder público possa atuar imediata 
Noções de Direito Administrativo para Policial 
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e diretamente em defesa do interesse coletivo, fazendo prevalecer a 
vontade geral sobre a vontade individual. 
Diz-se, portanto, que a relação entre Estado ± indivíduo é de 
verticalidade. As ordens do Estado se impõem aos indivíduos de forma 
unilateral. 
Isso não quer dizer que os entes públicos podem fazer o que bem 
entendem com os indivíduos. A supremacia não é absoluta, deve 
respeitar os direitos individuais e coletivos previstos na Constituição (p. 
ex.: liberdade, propriedade, devido processo legal, moradia, saúde etc) 
e devem ser exercidas sempre visando o interesse público. 
ALERTA MÁXIMO! ALERTA MÁXIMO! 
Nunca se esqueça: o princípio da supremacia do interesse público 
sobre o privado é limitado também pela proporcionalidade, ou 
seja, o ato praticado pelo administrador só será legítimo se o meio 
utilizado por ele for adequado para atender ao fim perseguido. 
Se ele abusar, tomar uma medida gravosa ao administrado e 
desnecessária ou se escolher um meio inadequado, o princípio da 
supremacia não vai proteger esse administrador. 
Você já ouviu falar em interesse público primário? Existe interesse 
público secundário? 
Existe sim, meus caros, leia com atenção. 
O interesse público primário coincide com a realização de políticas 
públicas voltadas para o bem estar social. Pode ser compreendido como 
o próprio interesse social, o interesse da coletividade como um todo. 
O interesse público secundário decorre do fato de que o Estado 
também é uma pessoa jurídica que pode ter interesses próprios, 
particulares. Esses interesses existem e devem conviver no contexto 
dos demais interesses individuais. De regra, o interesse secundário tem 
cunho patrimonial. 
Noções de Direito Administrativo para Policial 
(2014/2015) da PRF. Teoria e exercícios 
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Por fim, não é a toa que o princípio da supremacia do interesse 
público é um princípio basilar do direito administrativo. É em razão do 
que existe o poder de polícia (que é ³R� SRGHU� GH� TXH� GLVS}H� D�
administração pública para condicionar ou restringir o uso de bens e o 
exercício de direitos ou atividades pelo particular, em prol do bem-estar 
GD�FROHWLYLGDGH´ - Marcelo Alexandrino 2010, p. 239). Além disso, é em 
razão dele que se diz que o poder público tem a seu dispor as cláusulas 
exorbitantes e pode desapropriar bens particulares. 
 
Vamos agora ao princípio da indisponibilidade do interesse 
público? 
Não esmoreça, guerreiro! 
 
3.2 Princípio da indisponibilidade do interesse público 
Esse princípio decorre da ideia de que os interesses da 
Administração não são de uma pessoa ou de um agente, mas de toda a 
coletividade. Por isso, eles não podem ser apropriados ou alienados por 
ninguém, pois não pertencem a ninguém de forma específica. 
1DV�SDODYUDV�GH�%DQGHLUD� GH�0HOR� ������� S�� ����� QHP�PHVPR� ³R�
próprio órgão administrativo que os representa não tem disponibilidade 
sobre eles, no sentido de que lhe incumbe apenas curá-los ± o que 
também é um dever ± na estrita conformidade do que predispuser a 
intentio legis´. Continua o autor, afirmando que a noção de 
administração opõe-se à ideia de propriedade. 
Importante ter em mente, que a Administração não é titular de 
qualquer interesse público. O titular desses interesses é o Estado, pois 
este é constituído pelo povo e, como vimos, todo poder emana do povo. 
É a partir da indisponibilidade do interesse público que surgem os 
princípios da legalidade, da finalidade, da razoabilidade, da 
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proporcionalidade, da motivação, da responsabilidade do Estado, da 
continuidade do serviço público, do controle dos atos administrativos, 
da isonomia, da publicidade e da inalienabilidade dos interesses 
públicos. 
 
 
 
 
 
3. (CESPE - 2013 - MJ - Analista Técnico ± Administrativo) As 
restrições impostas à atividade administrativa que decorrem do fato de 
ser a administração pública mera gestora de bens e de interesses 
públicos derivam do princípio da indisponibilidade do interesse público, 
que é um dos pilares do regime jurídico-administrativo. 
 
Esta questão demonstra o fundamento do princípio da 
indisponibilidade do interesse público. A Administração Pública é apenas 
uma gestora dos bens e interesses públicos, e, não, titulares deles. 
Assim, o interesse público é indisponível, ou seja, a Administração deve 
gerir os bens de acordo com o interesse público, e, não, de acordo com 
o próprio interesse. 
Gabarito: Correto. 
 
4. (CESPE ± 2013 ± TER/MS - Analista Judiciário) Decorrem do 
princípio da indisponibilidade do interesse público a necessidade de 
realizar concurso público para admissão de pessoal permanente e as 
restrições impostas à alienação de bens públicos. 
 
Como vimos, o princípio da indisponibilidade do interesse público 
decorre da ideia de que os interesses da Administração não são de uma 
pessoa ou de um agente, mas de toda a coletividade. Por isso, eles não 
Questões de 
concurso 
 
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(2014/2015) da PRF. Teoria e exercícios 
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podem ser apropriados ou alienados por ninguém, pois não pertencem a 
ninguém de forma específica. 
Desta forma, o concurso público seria uma forma de tratar todos 
igualmente e com impessoalidade, impedindo que a Administração 
contrate quem ela quiser, visto que o que deve prevalecer é o interesse 
público. 
Gabarito: Certo. 
 
5. (CESPE - 2013 - PRF - Policial Rodoviário Federal) A 
administração não pode estabelecer, unilateralmente, obrigações aos 
particulares, mas apenas aos seus servidores e aos concessionários, 
permissionários e delegatários de serviços públicos. 
A Administração pode sim estabelecer obrigações aos particulares. 
De acordo com Marcelo Alexandrino o poder de polícia é ³R� SRGHU� GH�
que dispõe a administração pública para condicionar ou restringir o 
uso de bens e o exercício de direitos ou atividades pelo 
particular, em prol do bem-HVWDU�GD�FROHWLYLGDGH´. Daí a incorreção da 
questão. 
Gabarito: Errado. 
 
6. (CESPE - 2013 - SERPRO - Analista - Advocacia) O princípio 
da isonomia pode ser invocado para a obtenção de benefício, ainda que 
a concessão deste a outros servidores tenha-se dado com a violação ao 
princípio da legalidade. 
O STF já firmou enteQGLPHQWR�GH�TXH�³$ administração pode anular 
seus próprios atos, quando eivados de ilegalidade (Súmula 473), não 
podendo ser invocado o princípio da isonomiacomo pretexto de se 
obter benefício LOHJDOPHQWH�FRQFHGLGR�D�RXWURV�VHUYLGRUHV�´ 
Gabarito: Errado. 
 
Noções de Direito Administrativo para Policial 
(2014/2015) da PRF. Teoria e exercícios 
comentados 
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7. (CESPE - 2013 - Telebras - Especialista em Gestão de 
Telecomunicações - Advogado) O regime jurídico-administrativo pauta-
se sobre os princípios da supremacia do interesse público sobre o 
particular e o da indisponibilidade do interesse público pela 
administração, ou seja, erige-VH� VREUH� R� ELQ{PLR� ³SUHUURJDWLYDV� GD�
administração ² GLUHLWRV�GRV�DGPLQLVWUDGRV´� 
Questão impecável! Resume de forma sucinta o que acabamos de 
estudar. Isso mesmo. 
Gabarito: certo. 
 
8. (CESPE - 2013 - TRT - 10ª REGIÃO (DF e TO) - Analista 
Judiciário - Área Judiciária) O princípio da supremacia do interesse 
público é, ao mesmo tempo, base e objetivo maior do direito 
administrativo, não comportando, por isso, limites ou relativizações. 
Não caiam nessa pegadinha! Nenhum princípio é absoluto! 
Portanto, afirmar que o princípio não comporta limites e relativizações 
será sempre um erro! 
Gabarito: errado. 
 
9. (CESPE - 2013 - INPI - Analista de Planejamento - Direito) A 
supremacia do interesse público constitui um dos princípios que regem 
a atividade da administração pública, expressamente previsto na 
Constituição Federal. 
O erro da questão está em afirmar que o princípio da supremacia 
do interesse público é princípio expresso na CF/88. Mas não é, trata-se 
de princípio implícito. 
Gabarito: Errado. 
 
10. (CESPE - 2012 - TJ-RR - Analista ± Processual) O princípio 
da supremacia do interesse público vincula a administração pública no 
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exercício da função administrativa, assim como norteia o trabalho do 
legislador quando este edita normas de direito público. 
 
O princípio da supremacia do interesse público norteia não só a 
atividade do Poder Executivo, mas do Estado como um todo, inclusive 
do Poder Legislativo, pois nenhum agente ou órgão público pode visar 
primeiramente o interesse particular, mas sim o interesse público. 
Gabarito: correto. 
 
11. (CESPE - 2012 - PRF - Agente Administrativo) Em 
decorrência do princípio da indisponibilidade do interesse público, não é 
permitido à administração alienar qualquer bem público enquanto este 
bem estiver sendo utilizado para uma destinação pública específica. 
Como vimos, os bens públicos não podem ser apropriados ou 
alienados por ninguém, pois não pertencem a ninguém de forma 
específica. 
Gabarito: certo. 
 
12. (CESPE - 2012 - TCE-ES - Auditor de Controle Externo - 
Auditoria Governamental) Segundo o princípio da indisponibilidade, o 
agente público não dispõe livremente dos bens e do interesse público, 
devendo geri-los da forma que melhor atenda à coletividade. 
Exatamente! Tal princípio fundamenta as restrições a que a 
Administração Pública está sujeita (direitos dos administrados). 
Gabarito: certo. 
 
13. (CESPE - 2012 - MPE-PI - Analista Ministerial) A supremacia 
do interesse público é o que legitima a atividade do administrador 
público. Assim, um ato de interesse público, mesmo que não seja 
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condizente com a lei, pode ser considerado válido pelo princípio maior 
da supremacia do interesse público. 
Questão interessante. Pessoal, não cometam esse erro. Não é por 
ser considerado um pilar dos princípios, que o princípio da supremacia 
do interesse público irá se sobrepor aos demais! 
Gabarito: Errado. 
 
14. (CESPE-2011-STM-Analista Judiciário) Em situações em que 
a administração participa da economia, na qualidade de Estado-
empresário, explorando atividade econômica em um mercado 
concorrencial, manifesta-se a preponderância do princípio da 
supremacia do interesse público. 
Na situação descrita, a Administração deverá concorrer em 
igualdade com o particular. Como vimos, em decorrência do princípio da 
supremacia do interesse público, a Administração Pública goza de 
poderes e prerrogativas especiais com relação aos administrados, o que 
faz com que o poder público possa atuar imediata e diretamente em 
defesa do interesse coletivo, fazendo prevalecer a vontade geral sobre a 
vontade individual. Entretanto, quando o Estado está explorando 
atividade econômica em um mercado concorrencial, ele não goza dessa 
supremacia, sob pena de acabar com as demais empresas do ramo e 
violar o princípio da livre concorrência garantido na Constituição. 
É por isso que o art. 173, § 2º�� GD�&)��GLVS}H�TXH� ³Ds empresas 
públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de 
privilégios fiscais QmR�H[WHQVLYRV�jV�GR�VHWRU�SULYDGR´� 
Gabarito: errado. 
 
15. (CESPE ± 2010 ± INSS - Perito Médico ± INSS) O sistema 
administrativo ampara-se, basicamente, nos princípios da supremacia 
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do interesse público sobre o particular e da indisponibilidade do 
interesse público pela administração. 
 
Como vimos, os princípios da supremacia do interesse público 
sobre o privado e da indisponibilidade do interesse público são os 
centrais do regime jurídico-administrativo. Portanto, alternativa correta. 
Gabarito: Correto. 
 
 
3.3 Princípios do art. 37, caput, da CF. 
Passemos agora a tratar dos princípios do LIMPE. 
O princípio da legalidade existe, justamente, para consagrar o 
princípio da indisponibilidade do interesse público. Se esse interesse 
não pode ser alienado pela Administração, ele deve ser curado, tratado, 
cuidado, promovido, nos termos da vontade geral e nos limites 
conferidos pelo povo. 
E como o povo confere limites aos atos da Administração? 
Por meio da edição de leis! 
É por isso que o princípio da legalidade significa a subordinação da 
Administração às imposições legais. 
Diferentemente das ações privadas dos indivíduos, em que 
ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em 
virtude de lei (autonomia da vontade), no princípio da legalidade da 
Administração Pública, esta só pode realizar, fazer ou editar o que a lei 
expressamente permite. 
Num Estado de Direito, as ações da Administração são definidas e 
autorizadas previamente pelo povo, por meio de leis aprovadas pela 
vontade geral. 
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Na jurisprudência do STF, encontramos casos clássicos em que se 
decidiu com fundamento no princípio da legalidade. Dentre eles, no MS 
�������� R� 7ULEXQDO� GHFLGLX� TXH� ³D� DOWHUDomR� GH� DWULEXLo}HV� GH� FDUJR�
S~EOLFR�VRPHQWH�SRGH�RFRUUHU�SRU�LQWHUPpGLR�GH�OHL�IRUPDO´�� 
Mas e se a lei não define exatamente como o administrador deve 
agir? 
Nesse caso, o gestor deve observar as demais fontes do direito 
administrativo. Ele não pode realizar o ato de modo ilógico ou 
incongruente. Deve se pautar nos princípios gerais da Administração 
para agir de modo razoável, escolhendo a melhor opção dentre as 
hipóteses oferecidas na legislação (princípio da razoabilidade). 
Toda competência conferida por lei deve obedecer a certo fim. Por 
isso o agir da Administração deve ser adequado ao que se pretende 
atingir, ou seja, deve haver uma correlação entre os meios adotados e 
os fins almejados (mais uma vez, o princípio da proporcionalidade se 
aplica). 
Tamanha a importância do princípio da legalidade para a 
Administração Pública que Di Pietro (2009, p. 63) afirma que os 
princípios fundamentais do direito administrativo são o da legalidade e o 
da supremacia do interesse público sobre o particular. 
Se o CESPE afirmar que esses são os princípios basilares do direito 
administrativo, a alternativa não estará errada, pois estará adotando a 
posição de Di Pietro. Entretanto, o que a CESPE vem cobrando, como 
vimos acima, é a posição de Bandeira de Mello, no sentido de que os 
princípios basilares são a supremacia do interesse público sobre o 
particular e a indisponibilidade do interesse público, pois é deste último 
que surge o princípio da legalidade. 
Vamos treinar um pouco? 
 
 
Questões de 
concurso 
 
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16. (CESPE - 2013 - DEPEN - Especialista ) Em razão do 
princípio da legalidade, previsto em artigo do texto constitucional, 
apenas a lei é fonte do direito administrativo. 
Já aprendemos que são Fontes do Direito Administrativo: lei, 
doutrina, jurisprudência, costume e os princípios gerais do direito. 
Portanto, não é apenas a lei. 
Gabarito: errado. 
 
17. (CESPE - 2013 - MPOG - Todos os Cargos) Em consequência 
do princípio da legalidade, pode-se concluir que, havendo discordância 
entre determinada conduta e a lei, deverá a conduta ser corrigida para 
eliminar-se a ilicitude. 
Com certeza! A Conduta em discordância com a lei é uma conduta 
ilegal! Portanto, deverá ser corrigida para eliminar-se a ilicitude. 
Gabarito: certo. 
 
18. (CESPE - 2013 - MI - Assistente Técnico Administrativo) Não 
viola o princípio da legalidade a exoneração de ofício de servidor público 
por abandono de cargo. 
Pessoal, a exoneração de ofício afronta o princípio do contraditório 
e ampla defesa. Portanto, incorreta a questão. 
Gabarito: Errado. 
 
19. (CESPE ± 2012 ± MPE - Analista Ministerial) A supremacia 
do interesse público é o que legitima a atividade do administrador 
público. Assim, um ato de interesse público, mesmo que não seja 
condizente com a lei, pode ser considerado válido pelo princípio maior 
da supremacia do interesse público. 
 
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Apesar do princípio da supremacia do interesse público ser um dos 
centrais do regime jurídico-administrativo, todo ato do administrador 
deve ser condizente com a lei, sob pena de incidência de legalidade. 
Isso decorre do princípio da legalidade. Além do mais, nem todo 
tomado pelo administrador é de interesse público. Caso fosse, a 
Administração poderia utilizar-se deste princípio da supremacia para 
praticar atos a favor de particulares, mas sendo protegido pelo 
³LQWHUHVVH� S~EOLFR´� SUHVXPLGR� HP� VHX� DWR�� 3RUWDQWR�� R� LWHP� HVWi�
incorreto. 
Gabarito: Errado. 
 
20. (CESPE-2011-TJ-ES-Analista Judiciário) O princípio da 
legalidade está relacionado ao fato de o gestor público agir somente de 
acordo com a lei. 
No âmbito da Administração Pública, em razão da própria 
indisponibilidade dos interesses públicos, o princípio da legalidade 
assume um teor mais restritivo, no sentido de que o administrador, em 
cumprimento ao princípio da legalidade, "só pode atuar nos termos 
estabelecidos pela lei." Item correto. 
Gabarito: certo. 
 
21. (CESPE-2011-TRE-ES-Técnico Judiciário) Os princípios 
elencados na Constituição Federal, tais como legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, aplicam-se à 
administração pública direta, autárquica e fundacional, mas não às 
empresas públicas e sociedades de economia mista que explorem 
atividade econômica. 
As empresas públicas e as sociedades de economia mista também 
compõem a Administração Pública indireta. Por isso, a questão está 
errada. É só você fazer a leitura atenta do art. 37 da CF. 
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Gabarito: Errado. 
 
 
Passemos agora à análise dos demais princípios constitucionais do 
LIMPE. 
Segundo o princípio da impessoalidade a Administração não 
pode praticar qualquer ato com vistas a prejudicar ou beneficiar 
alguém, nem a atender o interesse do próprio agente, o agir deve ser 
impessoal, pois os agentes públicos devem visar, tão somente, o 
interesse público. 
Por isso que se diz que o princípio da impessoalidade se confunde 
com o da finalidade, pois ato administrativo que não visa o interesse 
público viola tanto o princípio da impessoalidade como o da finalidade. 
Entretanto, outro aspecto do princípio da impessoalidade é 
exclusivo e inconfundível: esse princípio também informa que os atos 
realizados no âmbito da Administração não são praticados por Fulano, 
Beltrano ou Cicrano, mas pelo órgão ao qual o agente se vincula. 
As regras constitucionais que impõem a realização do concurso 
público para provimento de cargos na Administração Pública (art. 37, 
II) e a que determina que as contratações devem ser precedidas de 
licitação (art. 37, XXI) decorrem do princípio da impessoalidade. 
 
 
 
22. (CESPE - 2013 - TRT - 10ª REGIÃO (DF e TO) - Analista 
Judiciário) Considere a seguinte situação hipotética. Determinado 
prefeito, que é filho do deputado federal em exercício José Faber, 
instituiu ação político-administrativa municipal que nomeou da seguinte 
forma: Programa de Alimentação Escolar José Faber. Nessa situação 
hipotética, embora o prefeito tenha associado o nome do próprio pai ao 
Questões de 
concurso 
 
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referido programa, não houve violação do princípio da impessoalidade, 
pois não ocorreu promoção pessoal do chefe do Poder Executivo 
municipal. 
De acordo com o princípio da impessoalidade, o ato não pode 
beneficiar terceiro e nem atender o interesse do próprio agente. 
Lembre-se o agir deve ser impessoal. 
Gabarito: Errado. 
 
23. (CESPE - 2013 - FUNASA - Todos os Cargos ) Se uma 
pessoa tomar posse em cargo público em razão de aprovação em 
concurso público e, por ser filiado a um partido político, sofrer 
perseguição pessoal por parte de seu superior hierárquico, poderá 
representar contra seu chefe por ofensa direta ao princípio da 
impessoalidade. 
Lembre-se que a Administração não pode praticar qualquer ato 
com vistas a prejudicar alguém. A perseguição pessoal sofrida afronta 
diretamente o principio da impessoalidade. 
Gabarito: certo. 
 
24. (CESPE - 2013 - DEPEN - Especialista - Todas as áreas - 
Conhecimentos Básicos) A investidura em cargo ou emprego público, na 
administração direta e nas pessoas jurídicas de direito público, depende 
de aprovação prévia em concurso público, não se submetendo a essa 
exigência apenas as pessoas administrativas de direito privado. 
O concurso público decorre do principio da impessoalidade. E 
também estudamos que os princípios explícitos na CF/88 (LIMPE) são 
de observância obrigatória para a Administração Pública Direta e 
Indireta. Portanto, incorreta a questão. 
Gabarito: Errado. 
 
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25. (CESPE - 2012 - TJ-RR - Administrador) O princípio da 
impessoalidade nada mais é do que o clássico princípio da finalidade, 
que impõe ao administrador público que só pratique o ato para o seu 
fim legal. 
Como vimos, o princípio da impessoalidade se confunde com o da 
finalidade, pois ato administrativo que não visa o interesse público viola 
tanto o princípio da impessoalidade como o da finalidade. 
Gabarito: certo. 
 
26. (CESPE - 2012 - MPE-PI - Técnico Ministerial) O princípio da 
impessoalidade em relação à atuação administrativa impede que o ato 
administrativo seja praticado visando a interesses do agente público 
que o praticou ou, ainda, de terceiros, devendo ater-se, 
obrigatoriamente, à vontade da lei, comando geral e abstrato em 
essência. 
Isso mesmo, pessoal! O ato deve ater-se a vontade da lei! O ato 
praticado por agente público visando seus próprios interesses afronta 
diretamente o princípio da impessoalidade. 
Gabarito: certo. 
 
27. (CESPE/2011/TJ-ES/Analista Judiciário) O princípio da 
impessoalidade trata da incapacidade da administração pública em 
ofertar serviços públicos a todos os cidadãos. 
Meu caro, o princípio da impessoalidade dispõe que a 
Administração não pode praticar qualquer ato com vistas a prejudicar 
ou beneficiar alguém, nem a atender o interesse do próprio agente, o 
agir deve ser impessoal, pois os agentes públicos devem visar, tão 
somente, o interesse público. Não existe essa definição dada pelo 
examinador. Item errado. 
Gabarito: Errado. 
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28. (CESPE-2011-PC-ES-Perito Papiloscópico) O concurso 
público para ingresso em cargo ou emprego público é um exemplo de 
aplicação do princípio da impessoalidade. 
Se num concurso público a Administração busca selecionar o 
melhor preparado, sem observar se ele é o sujeito A ou o B, o item está 
correto. Depois de praticarmos, vemos como os itens vão ficando fácil. 
Alternativa correta. 
Gabarito: certo. 
 
29. (CESPE/TCU/2007) O atendimento do administrado em 
consideração ao seu prestígio social angariado junto à comunidade em 
que vive não ofende o princípio da impessoalidade da administração 
pública. 
Por óbvio, essa assertiva contraria o princípio da impessoalidade e, 
em última análise, o princípio basilar da supremacia do interesse 
público sobre o privado, uma vez que o norte da Administração deve ser 
alcançar o interesse público e não satisfazer o indivíduo A ou B. Desse 
modo, o item está errado. 
Gabarito: Errado. 
 
 
Caro amigo, nesse momento você deve ligar o SINAL DE ALERTA! 
Se você está prestando um concurso em que a imprensa não tirará 
o olho de seus atos e das ações de seus colegas, qual dos princípios 
você acha que será mais explorado em sua prova? 
Isso mesmo, o princípio da moralidade! 
Então vamos lá. 
O princípio da moralidade impõe ao administrador o dever de 
sempre agir com lealdade, boa-fé e ética. Além de obedecer aos limites 
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da lei, o gestor deve verificar se o ato não ofende a moral, os bons 
costumes, os princípios de justiça, de equidade e, por fim, a ideia de 
honestidade. 
O tema que mais vem sendo cobrado em concursos quanto ao 
princípio da moralidade é a Súmula Vinculante 13 do STF, que veda a 
prática do nepotismo na Administração Pública. 
A partir da edição dessa súmula restou consagrado o entendimento 
de que não é preciso de lei em sentido formal para se punir um 
indivíduo por nomear parentes para cargos públicos. Isso porque, essa 
prática viola frontalmente os princípios constitucionais da moralidade e 
da impessoalidade. 
 Pela importância da SV nº 13, transcrevemos a sua redação: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Como se vê, a súmula vinculante impede a nomeação de cônjuge, 
companheiro ou parente da autoridade nomeante ou de servidor da 
mesma pessoa jurídica para exercício de cargo em comissão, de 
confiança ou de função gratificada em qualquer órgão de quaisquer dos 
poderes e de quaisquer dos entes estatais. 
A súmula considera prática imoral a nomeação de parentes 
colaterais em até terceiro grau. 
O texto veda, também, o nepotismo cruzado ao informar que a 
V~PXOD�DOFDQoD�DV�³GHVLJQDo}HV�UHFtSURFDV´, ou seja, a SV nº 13 veda a 
nomeação de um parente de Fulano, que é presidente da FUNASA, por 
³$� QRPHDomR� GH� F{QMXJH�� FRPSDQKHLUR� RX� SDUHQWH� HP� OLQKD� UHWD��
colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade 
nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica, investido em cargo 
de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em 
comissão ou de confiança, ou, ainda, de função gratificada na 
Administração Pública direta e indireta, em qualquer dos Poderes da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios, compreendido 
R�DMXVWH�PHGLDQWH�GHVLJQDo}HV�UHFtSURFDV��YLROD�D�&RQVWLWXLomR�)HGHUDO�´ 
 
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exemplo, para o exercício de um cargo em comissão no INSS enquanto, 
ao mesmo tempo, Beltrano, que é parente do presidente do INSS, é 
nomeado para exercício de cargo em comissão na FUNASA. 
Muita atenção nesse ponto: após a edição da Súmula Vinculante 
em comento, o Supremo Tribunal Federal afirmou que ³a nomeação de 
parentes para cargos políticos não implica ofensa aos princípios que 
regem a Administração Pública, em face de sua natureza 
eminentemente política, e que, nos termos da Súmula Vinculante 13, 
as nomeações para cargos políticos não estão compreendidas nas 
hipóteses nela elencadas´� �5&/� ������ Givulgado no Informativo STF 
524). 
Portanto, olho aberto, meus amigos: não ofende o princípio da 
moralidade a nomeação de parentes para o exercício de cargo político, 
como o de Secretário de Estado, Ministro, presidente de autarquia, etc. 
Outro enfoque do princípio da moralidade é que a sua 
inobservância constitui ato de improbidade administrativa (art. 37, § 
4º, da CF). 
0DV�R�TXH�VHULDP�³DWRV�GH�LPSURELGDGH´" 
A Lei nº 8.429/92 responde essa questão ao afirmar que constitui 
ato de improbidade: 
(a) auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em 
razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade (= 
enriquecimento ilícito ± art. 9º); 
(b) qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda 
patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos 
bens ou haveres de entidades públicas (= causam prejuízo ao erário 
± art. 10); 
(c) qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, 
imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições (= atentam 
contra os princípios da Administração Pública ± art. 11). 
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Apesar da redação clara da lei e da Constituição, que não excluem 
qualquer autoridade das sanções pela prática de improbidade, num 
julgamento pouco moralizador, o Supremo Tribunal Federal entendeu 
que o Presidente da República e os Ministros não respondem por 
improbidade administrativa com base na Lei 8.429/92 (RCL 2138: 
divulgado no Informativo STF nº 471, julgado em 13.06.2007). 
Por outro lado, o Superior Tribunal de Justiça entende TXH� ³os 
prefeitos podem ser processados por seus atos pela Lei nº 
8.429/92´ (RESP 12433779 ± AgRg, julgado em 21.06.2011). 
Sobre o princípio da moralidade, vale apreciar as seguintes 
questões: 
 
 
 
 
 
 
30. (CESPE - 2013 - TRT - 10ª REGIÃO (DF e TO) - Analista 
Judiciário) A nomeação, pelo presidente de um tribunal de justiça, de 
sua companheira para o cargo de assessora de imprensa desse tribunal 
violaria o princípio constitucional da moralidade. 
Exatamente como vimos na Súmula vinculante 13 do STF. 
Gabarito: Certo. 
 
31. (CESPE - 2013 - MJ - Analista Técnico - Administrativo ) O 
princípio da moralidade administrativa torna jurídica a exigência de 
atuação ética dos agentes públicos e possibilita a invalidação dos atos 
administrativos. 
Perfeito, pessoal! O ato administrativo fruto de ato imoral poderá 
ser invalidado. 
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32. (CESPE - 2013 - MPOG - Todos os Cargos ) A vedação da 
prática do nepotismo no âmbito da administração direta e indireta de 
qualquer dos poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos 
municípios está relacionada aos princípios da moralidade e da 
impessoalidade administrativa. 
Dispensa comentários né? É isso mesmo! E chamo atenção para 
algumas questões do Cespe que atrelam o nepotismo ao princípio da 
eficiência. 
Gabarito: certo. 
 
33. (CESPE - 2013 - MI - Assistente Técnico Administrativo) 
Fere a moralidade administrativa a conduta do agente que se vale da 
publicidade oficial para autopromover-se. 
É uma questão muito simples. Então cuidado para não tentar 
encontrar erro, ok? O agente que se vale da publicidade oficial para 
autopromover-se fere o princípio da moralidade. Ah professor, não seria 
o princípio da impessoalidade? Também!! Mas a questão não restringiu 
à moralidade, apenas. Portanto, não há erro algum. 
Gabarito: certo. 
 
34. (CESPE - 2013 - TJ-DF - Analista Judiciário - Oficial de 
Justiça Avaliador) Haverá ofensa ao princípio da moralidade 
administrativa sempre que o comportamento da administração, embora 
em consonância com a lei, ofender a moral, os bons costumes, as 
regras de boa administração, os princípios de justiça e a ideia comum 
de honestidade. 
Isso mesmo. Dispensa comentários, né? 
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35. (CESPE - 2013 - DPE-ES - Defensor Público - Estagiário ± 
Questão adaptada) A moralidade administrativa é um dos conceitos 
abrangidos pelo princípio da legalidade, razão por que não constitui 
propriamente um princípio a que se sujeita a administração pública. 
Questão claramente falsa. A moralidade é um princípio expresso na 
CF/88! 
Gabarito: Errado. 
 
36. (CESPE - 2012 - DPE-ES - Defensor Público) A nomeação de 
cônjuge da autoridade nomeante para o exercício de cargo em comissão 
não afronta os princípios constitucionais. 
Claro que afronta, né? Afronta o princípio da moralidade, da 
impessoalidade... 
Gabarito: Errado. 
 
37. (CESPE-2011-TRE-ES-Técnico Judiciário) Contraria o 
princípio da moralidade o servidor público que nomeie o seu sobrinho 
para um cargo em comissão subordinado de nepotismo. 
É uma situação de nepotismo. Lembra da súmula que estudamos? 
³se a autoridade nomear seu cônjuge, companheiro ou parente até o 3º 
grau para ocupar cargo em comissão ou exercer função de confiança;´�
Portanto, item correto. 
Gabarito: certo 
 
38. (CESPE/IPOJUCA/Procurador/2009) A vedação do nepotismo 
não exige a edição de lei formal para coibir a prática, uma vez que 
decorre diretamente dos princípios contidos na CF. No entanto, às 
nomeações para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas Estadual, 
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por ser de natureza política, não se aplica a proibição de nomeação de 
parentes pelo Governador do Estado. 
Essa questão é de alto grau de dificuldade. A sua primeira parte 
está correta, conforme abordamos acima: não é necessária a expedição 
de lei formal para coibir o nepotismo. Contudo, a questão se torna 
errada em sua segunda parte, pois o cargo de conselheiro de tribunal 
de contas não é político, uma vez que ele não participa diretaou 
indiretamente das funções governamentais. Foi isso o que decidiu o STF 
na RCL 6702 ± AgRg na Cautelar. Por isso, a assertiva está errada. 
Gabarito: Errado. 
 
 
Vamos em frente, passamos agora ao princípio da publicidade. 
Nas palavras de Zannoni (2011, p. 45), o princípio da publicidade 
LPS}H�³WUDQVSDUrQFLD�DRV�DWRV�DGPLQLVWUDWLYRV��VRE�SHQD�GH� LQHILFiFLD��
ressalvadas as hipóteses GH�VLJLOR�SUHYLVWDV�HP�OHL´�� 
Se todo poder emana do povo, nada mais lógico do que dar a mais 
ampla publicidade aos atos editados pela Administração Pública, seja 
por meio de boletins internos, por certidões, pelo diário oficial ou 
mesmo pela internet. É por isso que a Constituição traz em seu bojo o 
art. 5º, XXXIII: 
 
 
 
 
Com se percebe da redação do dispositivo, em certos casos, a 
própria Constituição impõe o dever do sigilo. Como assim? A própria 
Constituição impõe o sigilo? 
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de 
seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão 
prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas 
aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do 
Estado; 
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Isso mesmo, em certos casos a CF impõe o sigilo. São eles: para 
proteger a intimidade do indivíduo (art. 5º, X) e para promover a 
segurança da sociedade e do Estado. 
Outro regramento constitucional relacionado ao princípio da 
publicidade é o direito dos indivíduos de petição aos Poderes Públicos 
em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder e a 
obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e 
esclarecimento de situações de interesse pessoal, tudo isso 
independentemente do pagamento de taxas (art. 5º, XXXIV). 
Se as informações relativas à pessoa do solicitante, constantes de 
registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de 
caráter público, não forem fornecidas, o indivíduo poderá se valer do 
habeas data perante o Poder Judiciário, para que este intervenha e 
determine o fornecimento da informação (art. 5º, LXXII, da CF). 
Não podemos concluir o princípio da publicidade sem informarmos 
a vedação constitucional de se utilizar a publicidade institucional do 
Estado para realizar promoção pessoal. Essa proibição encontra 
previsão expressa no art. 37, §1º, da CF, assim expresso: 
 
 
 
 
Desse modo, a publicidade deve ter caráter educativo, mas, em 
atenção ao princípio da impessoalidade, deve ser rechaçada toda 
forma de utilização de publicidade institucional para promoção pessoal 
de políticos. 
Passemos então ao derradeiro princípio expresso no art. 37, caput, 
da Constituição Federal, o princípio da eficiência. 
Esse princípio consagra a busca de resultados positivos, seja sob o 
enfoque do agente público, que deve exercer suas funções da melhor 
§ 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas 
dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de 
orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens 
que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores 
públicos. 
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forma possível, seja sob enfoque da própria estrutura administrativa, 
que deve sempre buscar prestar os melhores serviços públicos, com os 
recursos disponíveis. 
Isso quer dizer que os serviços públicos devem ser prestados com 
presteza, agilidade, perfeição, adequação e efetividade. Devem atingir 
os objetivos e metas, utilizando um mínimo de recursos para obter o 
máximo de resultados. 
Conforme informamos acima, esse princípio foi inserido no caput 
do art. 37 apenas com a reforma administrativa de 1998 (EC nº 19). 
Essa emenda constitucional não só inseriu o princípio da eficiência na 
Constituição, buscou promover uma reforma administrativa do Estado, 
de modo que ele deixasse de ser um Estado burocratizado e passasse a 
ser um Estado gerencial, focado na persecução de resultados. 
Vamos treinar um pouco? 
 
 
 
39. (CESPE - 2013 - FUB - Assistente em Administração ) Os 
princípios explícitos da administração pública previstos na CF não se 
aplicam às empresas estatais, em razão da natureza e atividade 
desempenhada por essas entidades. 
Claro que se aplicam! Vamos relembrar o que nos diz a 
Constituição Federal/88? 
Art 37. A administração pública direta e indireta de qualquer 
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, 
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: 
Gabarito: Errado. 
 
Questões de 
concurso 
 
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40. (CESPE - 2013 - TRT - 10ª REGIÃO (DF e TO) - Analista 
Judiciário - Área Administrativa) Os princípios constitucionais da 
administração pública se limitam à esfera do Poder Executivo, já que o 
Poder Judiciário e o Poder Legislativo não exercem função 
administrativa. 
É a mesma explicação dada na questão anterior. Vamos treinar, 
pessoal! 
Gabarito: Errado. 
 
41. (CESPE - 2013 - DPE-ES - Defensor Público - Estagiário- 
Questão adaptada) O princípio da eficiência refere-se tanto à atuação 
do agente público quanto à organização da administração pública. 
Perfeito. O princípio da eficiência, assim como os demais, refere-se 
tanto à atuação dos agentes públicos quanto à organização da 
administração pública. 
Gabarito: certo. 
 
42. (CESPE - 2013 - ANS - Analista Administrativo) Segundo os 
princípios da economicidade e da eficiência, a ANS pode se negar a 
receber pedido de reconsideração manifestamente contrário aos seus 
precedentes, evitando, assim, o dispêndio de dinheiro público no 
processamento e na decisão dessa solicitação. 
A Administração não pode se negar a receber pedido de 
reconsideração, pois estaria afrontando o princípio do contraditório e 
ampla defesa. 
Gabarito: Errado. 
 
43. (CESPE - 2013 - SERPRO - Analista - Advocacia) O princípio 
da publicidade vincula-se à existência do ato administrativo, mas a 
inobservância desse princípio não invalida o ato. 
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Pessoal, Deixo aqui uma prévia de que o princípio da publicidade 
está no âmbito da validade do ato e não se sua existência. Portanto, a 
inobservância invalida o ato sim! 
Gabarito: Errado. 
 
44. (CESPE - 2013 - TRT - 10ª REGIÃO (DF e TO) - Analista 
Judiciário - Área Administrativa)A administração está obrigada a 
divulgar informações a respeito dos seus atos administrativos, 
ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da 
sociedade e do Estado e à proteção da intimidade das pessoas. 
Como vimos, em certos casos a CF impõe o sigilo. São eles: para 
proteger a intimidade do indivíduo (art. 5º, X) e para promover a 
segurança da sociedade e do Estado. 
Gabarito: certo. 
 
45. (CESPE - 2013 - DPE-TO - Defensor Público- Questão) A 
disponibilização de informações de interesse coletivo pela administração 
pública constitui obrigação constitucional a ser observada até mesmo 
nos casos em que as informações envolvam a intimidade das pessoas. 
Acabamos de estudar os casos que constituem exceção ao princípio 
da publicidade: proteger a intimidade do individuo e promover a 
segurança da sociedade e do Estado. 
Gabarito: Errado. 
 
46. (CESPE - 2013 - IBAMA - Analista Ambiental - 
Conhecimentos Básicos - Todos os Temas) O princípio da moralidade e 
o da eficiência estão expressamente previstos na CF, ao passo que o da 
proporcionalidade constitui princípio implícito, não positivado no texto 
constitucional. 
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Isso mesmo, pessoal! Com muito treino vocês logo saberão quais 
são os princípios implícitos e os explícitos! 
Gabarito: certo. 
 
47. (CESPE - 2013 - BACEN - Procurador- Questão adaptada) 
Em razão do princípio da publicidade, que rege a administração pública, 
todos têm direito de obter dos órgãos públicos, desde que mediante o 
pagamento de taxa, certidões para a defesa e esclarecimento de 
situações de interesse pessoal. 
O direito de obter dos órgãos públicos certidões para defesa e 
esclarecimento de situações de interesse pessoal se dá independente de 
pagamento de taxas. Daí a incorreção da questão. 
Gabarito: Errado. 
 
48. (CESPE - 2013 - TRT - 8ª Região (PA e AP) - Analista 
Judiciário ± Questão adaptada) A divulgação de ato da administração 
pública pela imprensa particular em programa de televisão ou de rádio 
em horário oficial atende ao princípio da publicidade, podendo produzir 
efeitos jurídicos. 
Pessoal, a ampla publicidade dos atos editados pela Administração 
Pública será por meio de boletins internos, por certidões, pelo diário 
oficial ou mesmo pela internet. 
Gabarito: Errado. 
 
49. (CESPE ± 2012 ± MPE/PI - Analista Ministerial) O direito 
administrativo, ao reger as relações jurídicas entre as pessoas e os 
órgãos do Estado, visa à tutela dos interesses privados. 
Vimos que o direito administrativo é de ordem pública, sendo 
assim, orienta a atuação da Administração sempre no sentido de 
proteger o interesse público. 
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Gabarito: Errado. 
 
50. (CESPE - 2012 - TJ-AL - Analista Judiciário - Área Judiciária) 
Ao ser promulgada, a CF inovou ao incluir o princípio da eficiência entre 
os princípios que regem a administração pública. 
Questão bem legal. Pessoal, a CF foi promulgada em 1988, certo? 
O princípio da eficiência não estava no texto de promulgação. Tal 
princípio foi inserido por emenda em 1998, pela EC 19/98! Portanto, 
incorreta a questão. 
Gabarito: Errado. 
 
51. (CESPE - 2012 - PC-AL - Escrivão de Polícia) O princípio da 
publicidade, no direito administrativo, relaciona-se à publicidade, 
diretamente ligada à eficácia do ato, bem como à transparência, 
derivada, por sua vez, do princípio da indisponibilidade do interesse 
público. 
A questão é tranquila. Talvez surja alguma dúvida quanto à relação 
entre o princípio da indisponibilidade do interesse público e o princípio 
da transparência (publicidade). Com a publicidade se tem o controle da 
Administração pelos administrados! Tranquila essa associação, né? 
Gabarito: certo. 
 
52. (CESPE - 2012 - DPE-ES - Defensor Público) Como o direito 
administrativo disciplina, além da atividade do Poder Executivo, as 
atividades administrativas do Poder Judiciário e do Poder Legislativo, os 
princípios que regem a administração pública, previstos na CF, aplicam-
se aos três poderes da República. 
Mais uma questão! Tá vendo como as questões se repetem? Vamos 
treinar!! 
Gabarito: certo. 
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53. (CESPE - 2012 - DPE-ES - Defensor Público) De acordo com 
o princípio da publicidade, a administração deve divulgar informações 
de interesse público, sendo o sigilo dos atos administrativos admitido 
apenas excepcionalmente e se imprescindível à segurança da sociedade 
e do Estado. 
Como vimos, em certos casos a CF impõe o sigilo. São eles: para 
proteger a intimidade do indivíduo (art. 5º, X) e para promover a 
segurança da sociedade e do Estado. 
 
Gabarito: certo. 
 
54. (CESPE - 2012 - MPE-PI - Analista Ministerial) O princípio da 
moralidade pretende tutelar o descontentamento da sociedade em 
razão da deficiente prestação de serviços públicos e de inúmeros 
prejuízos causados aos usuários. 
É o princípio da eficiência e não da moralidade! 
Gabarito: Errado. 
 
55. (CESPE-2011-PC-ES-Perito Papiloscópico) O princípio da 
eficiência não está expresso no texto constitucional, mas é aplicável a 
toda atividade da administração pública. 
Já falamos que esse princípio foi inserido no caput do art. 37 com a 
reforma administrativa de 1998 (EC nº 19). Item errado. 
Gabarito: Errado. 
 
56. (CESPE - 2008 - PGE-PB - Procurador de Estado) O princípio 
da eficiência, introduzido expressamente na Constituição Federal (CF) 
na denominada Reforma Administrativa, traduz a idéia de uma 
administração 
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a) descentralizada. 
b) informatizada. 
c) moderna. 
d) legalizada. 
e) gerencial. 
Como vimos acima, a idéia é de administração gerencial, se 
opondo à burocrática. O item verdadeiro é o E. 
Gabarito: E 
 
 
3.4 Outros princípios consagrados. 
Passemos agora a outros princípios consagrados da Administração 
Pública, mas que não estão insertos no art. 37, caput, muito embora 
alguns deles tenham previsão constitucional em outros dispositivos. 
Começamos pelo princípio da finalidade. 
Segundo esse princípio, todas as ações da Administração devem 
ser praticadas visando o interesse público. Mais uma vez retomamos ao 
fundamento de nosso Estado de Direito: a finalidade perseguida pelo 
gestor é aquela conferida previamente pelo titular do poder ± o povo ± 
através das leis. 
Seja a finalidade concebidaem sentido amplo (interesse público), 
seja a concebida em sentido estrito (definida por lei), ambas decorrem 
da vontade geral. 
É por isso que Bandeira de Mello afirma que o princípio da 
finalidade está contido no princípio da legalidade, pois o primeiro 
corresponde à aplicação da lei tal que ela é. 
Segundo Meirelles (1998, p. 87-88), o princípio da finalidade se 
confunde com o da impessoalidade, na medida em que ambos 
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caminham para a concretização do que exige a lei e o interesse público 
e não a fins pessoais. 
Você sabia que há um nome específico para aquele que age em 
desvio de finalidade (que age buscando fim diverso do interesse público 
ou do fim previsto em lei)? 
Há sim, chamamos isso de desvio de poder. A autoridade age 
dentro dos limites da sua competência, mas o ato não atende ao 
interesse público ou ao fim visado na norma. Por essa razão, o ato não 
pode ser sanado, devendo ser extirpado do mundo jurídico pela 
anulação. 
Voltemos aos princípios! 
Ao falarmos do princípio da legalidade, demos uma pincelada nos 
princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, que decorrem 
daquele. 
Pelo princípio da razoabilidade, a Administração deve atuar, no 
exercício dos atos discricionários (atos que a lei tenha dado certa 
margem de liberdade ao administrador), obedecendo critérios aceitáveis 
do ponto de vista racional, ou seja, com bom-senso, prudência e 
racionalidade. Assim, esse princípio é um dos limites do ato 
discricionário. 
O princípio da razoabilidade ganhou previsão constitucional com a 
Emenda Constitucional 45 ± que tratou da reforma do Poder Judiciário ± 
ao inserir, no art. 5º, determinação para que os processos tenham 
duração razoável no âmbito administrativo e judicial (inciso LXXVIII). 
Outro limite para a discricionariedade que também decorre do 
princípio da legalidade é o da proporcionalidade. 
Como vimos acima, a Administração deve editar seus atos na 
medida necessária para alcançar os fins legais. 
A proporcionalidade pode ser entendida como o meio adequado 
(exigível ou necessário), ou seja, a relação lógica entre o que se busca 
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e o instrumento que se edita para o resultado. Nesse enfoque, a 
Administração só deve promover algum ato se houver uma necessidade 
real para a sua edição. Não pode o poder público, por exemplo, 
construir uma ponte em um local onde não há estrada que leve um 
veículo até a ponte. 
Noutro giro, a proporcionalidade também é apurada sob o enfoque 
da proporcionalidade em sentido estrito, ou seja, pela avaliação entre o 
meio utilizado e o fim almejado. Os meios utilizados devem ser os 
estritamente necessários para se promover a alteração buscada pelo 
poder público. Não se podem tolerar gastos excessivos para a execução 
de pequenas tarefas. A Administração não pode, por exemplo, comprar 
armas de fogo para exterminar os ratos de um prédio público. 
Você verá nas próximas aulas que, em regra, o Poder Judiciário 
não pode interferir no juízo de discricionariedade do administrador. Se a 
lei conferiu alguma margem de liberdade para a prática de determinado 
ato administrativo é o gestor quem deve fazer um juízo de conveniência 
e oportunidade para preencher a lacuna e praticar o ato. 
Esse juízo de conveniência e oportunidade é chamado de mérito 
administrativo. 
Em situações excepcionais, contudo, o Poder Judiciário, verificando 
tratar-se de caso esdrúxulo, pode realizar um critério de 
proporcionalidade e de razoabilidade para avaliar o ato discricionário do 
administrador e retirá-lo do mundo jurídico, caso ele seja 
desproporcional ou desarrazoado. 
Tanto o princípio da razoabilidade como o da proporcionalidade 
decorrem do devido processo legal material e da legalidade (art. 5º, 
LIV, e 37, caput, da CF). 
Embora represente a melhor técnica, alguns doutrinadores 
apresentam os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade como 
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sinônimos. Assim, se em sua prova o examinador afirmar que 
razoabilidade é a adequação entre meios e fins, assinale correto. 
Confira a seguinte questão do CESPE: 
 
 
 
 
57. (CESPE - 2013 - TCE-RO - Agente Administrativo) O poder 
discricionário é um poder absoluto e intocável, concretizando-se no 
momento em que o ato é praticado pela administração. 
Como vimos, o princípio da razoabilidade é um dos limites do ato 
discricionário. Portanto, o poder discricionário não é absoluto e 
intocável! Deve obedecer critérios aceitáveis do ponto de vista racional, 
ou seja, com bom-senso, prudência e racionalidade. Daí a incorreção da 
questão. 
Gabarito: Errado. 
 
58. (CESPE - 2012 - TRE-RJ - Analista Judiciário - Área 
Administrativa) No âmbito da administração pública, a correlação entre 
meios e fins é uma expressão cujos sentido e alcance costumam ser 
diretamente associados ao princípio da eficiência. 
 
Consoante definição prevista no art. 2º, parágrafo único, VI, da Lei 
9.784/99, a razoabilidade consiste no dever de adequação entre meios 
e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em 
medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do 
interesse público". Assim, o item está errado, pois a definição não é do 
princípio da eficiência. 
Gabarito: errado. 
 
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59. (CESPE-2011-STM-Analista Judiciário) O princípio da 
razoabilidade refere-se à obrigatoriedade da administração pública em 
divulgar a fundamentação de suas decisões por meio de procedimento 
específico. 
Não! Esse é o princípio da motivação. O princípio da motivação 
exige que a Administração Pública indique os fundamentos de fato e de 
direito de suas decisões, justificando-as. Portanto item errado. 
Gabarito: errado. 
 
60. (CESPE/ANAC/Analista/2009) O princípio da razoabilidade 
impõe à administração pública a adequação entre meios e fins, não 
permitindo a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida 
superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse 
público. 
Nesse caso, o gabarito apontou a questão como correta, pois o 
examinador entendeu que razoabilidade e proporcionalidade são 
expressões sinônimas. 
Gabarito: certo. 
 
São muitos os princípios, não são? Pois é, a vida de concursando é 
dura! Não se preocupe, transporemos esse muro juntos, venha comigo 
para

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