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Audiência de Instrução

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AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO
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Definição 
“É o ato processual solene realizado na sede do juízo que se presta para o juiz colher a prova oral e ouvir pessoalmente as partes e seus procuradores” (Theodoro Júnior, Humberto. Curso de Direito Processual Civil, 40. ed., v. I, R. de Janeiro, Forense, 2003, p. 439 ) 
 
“Na audiência de instrução e julgamento se concentra a causa. Sob a presidência do juiz, nela se produzem as provas de natureza oral, completam-se outras provas, debatem as partes os fatos e o direito, proferindo o juiz a decisão da causa” (Santos, Moacyr Amaral. Primeiras Linhas de Direito Processual Civil, 2. v., S. Paulo, Saraiva, 1985, p. 282/3)
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DISPOSIÇÕES GERAIS RELATIVAS À AUDIÊNCIA
Será pública, embora, quando se trate de temas que correm em segredo de justiça (art. 155), deva ser realizada a portas fechadas (art. 444).
Poder de polícia: ao magistrado se confere legalmente o exercício do poder de polícia, sendo-lhe, com esse escopo, atribuída competência para manter a ordem e o decoro; ordenar que se retirem da sala os que se comportarem de modo inconveniente, bem como, quando necessário, requisitar a força policial para fazer valer as suas deliberações nesse âmbito (art. 445). 
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Presidência: defere-se ao juiz, outrossim, competência para presidir a audiência e dirigir os seus trabalhos, proceder direta e pessoalmente à colheita das provas, exortar os advogados e o órgão do Ministério Público a que discutam a causa com elevação e urbanidade (art. 446).
Hierarquia: ao dar-se ao magistrado poderes para dirigir os trabalhos não se confere a ele uma condição hierárquica superior e não é ele colocado em posição inatingível, distante das partes, dos advogados e do membro do Ministério Público. 
Cabe-lhe, em tal condição, coordenar as atividades, dando início aos trabalhos e estimulando o seu desenvolvimento, sem jamais descuidar-se de que é seu dever “tratar com urbanidade as partes, os membros do Ministério Público, os advogados, as testemunhas, os funcionários e auxiliares da Justiça” ,(LC nº 35, 14/03/79 – art. 35, inciso IV). 
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DA CONCILIAÇÃO ENTRE AS PARTES
O Juiz irá tentar a conciliação entre as partes, pondo fim ao litígio que entre elas se desenvolve, que quando versar o litígio sobre direitos patrimoniais de caráter privado, determinará o juiz, de ofício, compareçam as partes à audiência de instrução e julgamento (art. 447). 
Em demandas relativas a assuntos de família, terá lugar igualmente a conciliação, nos casos e para os fins em que a lei consente a transação (parágrafo único). 
Logrando êxito na tentativa de conciliação, levada a efeito antes mesmo da instrução do processo, mandará o juiz que seja a transação então obtida reduzida a termo para que, após assinado pelas partes, seja homologado pelo juiz para que surta os efeitos idênticos àqueles que adviriam da sentença que a ele incumbiria oportunamente prolatar nos autos (arts. 448 e 449). Orientação jurisprudencial a respeito explicita que, independentemente da homologação, apenas com a assinatura do termo, torna-se irretratável a conciliação alcançada (RT 497/87). 
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 DA AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO
Art. 450 do CPC: no dia e hora designados, o juiz declarará aberta a audiência, mandando apregoar as partes e os seus respectivos advogados 
Tentada a conciliação e não obtendo êxito, dará o juiz início à instrução do processo, devendo a prova recair sobre os pontos controvertidos. 
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A coleta da prova far-se-á, durante o desenvolvimento da audiência, observando a ordem a que se refere o art. 452:
1º Perito e os assistentes técnicos responderão aos quesitos de esclarecimentos, requeridos no prazo e na forma do art. 435; 
2º Depoimentos pessoais, primeiro do autor e depois do réu; 
3º Serão inquiridas as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu, respectivamente. 
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DO ADIAMENTO
O adiamento da audiência acha-se previsto e pode ocorrer quando houver convenção das partes, caso em que só será admissível uma vez, e, ainda, se não puderem comparecer, por motivo justificado, o perito, as partes, as testemunhas ou os advogados (art. 453). 
Impõe-se ao advogado provar o impedimento até a abertura da audiência; não o fazendo, o juiz procederá à instrução (§ 1º). 
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 IMPORTANTE 
Atente-se para o fato de que, ausente o advogado sem qualquer justificativa a respeito, faculta-se ao juiz dispensar a produção das provas requeridas pela parte por ele representada, o que decerto poderá acarretar grave dano ao direito e à pretensão deduzida, que ver-se-á frustrada pela impossibilidade de produção da prova necessária à confirmação das teses sustentadas em prol de seu pleito (art. 453, § 2º). 
A responsabilidade pelas despesas que vierem a ser acrescidas ao processo em decorrência do adiamento, deverão ser suportadas pela parte que a ela houver dado causa (art. 453, § 3º). 
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ALEGAÇÕES FINAIS
Ao encerramento da instrução, dever-se-á deferir prazo aos advogados das partes, iniciando-se pelo representante do autor, para que formulem verbalmente suas alegações finais pelo tempo de vinte (20) minutos cada um, pena de nulidade da sentença (RJTJESP 94/39). 
O membro do Ministério Público desfrutará de igual prerrogativa e falará por último. 
O tempo deferido pode, havendo pedido nesse sentido, ser prorrogado em mais dez (10) minutos, o que fica a critério do juiz conceder (art. 454).
 
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Havendo litisconsorte ou terceiro, o prazo, que formará com o da prorrogação um só todo, dividir-se-á entre os do mesmo grupo, se não convencionarem de modo diverso (§ 1º). 
Os debates orais, quando a causa apresentar questões complexas de fato ou de direito, poderão ser substituídos por MEMORIAIS, caso em que o juiz designará dia e hora para o seu oferecimento (§ 3º). 
Em tal hipótese, às partes incumbirão oferecer, por petição, as razões que deveriam ter anteriormente aduzido verbalmente em audiência. 
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ALEGAÇÕES REMISSIVAS, quando não há nada a acrescentar e remete-se à petição inicial/contestação. 
Encerrado o debate ou oferecidos os memoriais, o juiz proferirá a sentença desde logo ou no prazo de 10 (dez) dias (art. 456) 
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 CONSIDERAÇÕES GERAIS
A audiência é una e contínua. Una porque única e também porque os atos que nela se desenvolvem constituirão uma unidade. Contínua porque deverá ser iniciada e encerrada no mesmo dia ou em dia próximo, tornando-se isso possível. Não sendo, todavia, possível concluir, num só dia, a instrução, o debate e o julgamento, ao juiz é dado marcar o seu prosseguimento para dia próximo (art. 455). 
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Em relação à documentação da audiência de instrução e julgamento, fixa o Código de Processo orientação no sentido de que o escrivão lavrará, sob ditado do juiz, termo que conterá, em resumo, o ocorrido na audiência, bem como, por extenso, os despachos e a sentença, se esta for proferida no ato (art. 457). 
O termo, após lavrado, exigirá a rubrica do juiz em todas as folhas (§ 1º), assim como a sua assinatura, a dos advogados, do órgão do Ministério Público e do escrivão (§ 2º). 
Ao escrivão incumbe-se o dever de trasladar para os autos cópia autêntica do termo de audiência (§ 3º). 
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A PREPARAÇÃO PARA A AUDIÊNCIA 
 ATUAÇÃO ATENTA DO ADVOGADO 
Realizar a audiência e bem assistir o cliente exige e impõe ao advogado mais do que apenas estar atento ao procedimento que é em lei estabelecido para o seu desenvolvimento. 
Acarreta a obrigação de adotar, de forma prévia e cuidadosa, uma série de providências específicas, conforme se sugere a seguir: 
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• Revisão e reexame dos autos. 
Uma primeira providência, de fundamental importância, refere-se à realização de uma revisão das peças e dos elementos probatórios já produzidos e carreados ao feito, deles extraindo elementos que podem, no curso da instrução, se tornar relevantes para a coleta da prova oral, ou mesmo para o momento das alegaçõesfinais, quando serão colocados em destaque 
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• Avaliação das provas já produzidas. 
É de todo relevante, outrossim, avaliar as provas já produzidas por uma e por outra parte, determinando, tanto quanto possível, o grau de certeza gerado para o seu cliente. Isto pode simplificar e até tornar desnecessária a produção de prova em audiência, ou exigir o reforço de pontos específicos. 
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• Formulação prévia de perguntas. 
Preparar previamente as indagações que deverão ser formuladas no momento do depoimento pessoal da parte contrária e quando estiverem depondo as testemunhas arroladas, apenas pode facilitar em muito a instrução processual, agilizando a tomada de depoimentos e assegurando resultados mais satisfatórios. Quem sabe o que deseja provar e formula questões a isso relacionadas, evita o constrangimento de ver indeferidas perguntas mal formuladas. Evita-se, com isso, a improvisação, além de não se ter qualquer impedimento para acrescer novas questões que se mostrem, no instante do depoimento, relevantes. 
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• Orientação ao cliente. 
De todo relevante, também, que se busque proporcionar ao cliente informações acerca do desenvolvimento e dos diversos atos que serão praticados em audiência, de modo a dar-lhe maior segurança quando estiver presente à sessão. 
Deve ele, também, ser informado do estágio em que se encontra o processo e dos riscos que resultam, para si, da pretensão deduzida, orientando-o acerca de eventual proposta de acordo. 
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• Seleção prévia de testemunhas. 
O rol de testemunhas deve estar no processo no prazo designado pelo magistrado para esse fim, conforme se determina no art. 407 do CPC. 
Não havendo prazo fixado, o rol terá que ser apresentado, pena de preclusão desse meio de prova, até dez (10) dias antes da audiência. 
Incumbe ao advogado, de modo cuidadoso, selecionar as testemunhas previamente de modo a escolher aquelas que tenham conhecimento efetivo dos fatos que se pretende demonstrar. 
Testemunhas impedidas e suspeitas devem ser rejeitadas. 
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• Contradita às testemunhas arroladas pela outra parte. 
É de suma importância que se busque, antes da audiência, conhecer as testemunhas arroladas pela contraparte de modo a ter-se condições efetivas de formulação de contradita, conforme previsão que se acha inscrita no § 1º do art. 414 do CPC. 
Evitar a contradita sem fundamento é um dever do advogado, pois apenas atrasa a audiência e de nada lhe serve. Estes são apenas alguns aspectos para os quais devem os advogados atentar, preparando-se adequadamente para a realização da audiência. Ao assim procederem, estarão, com certeza, ampliando as chances de êxito para o seu cliente e, em contrapartida, colhendo os frutos que naturalmente disso advirão. 
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• Estes são apenas alguns aspectos para os quais devem os advogados atentar, preparando-se adequadamente para a realização da audiência. 
Ao assim procederem, estarão, com certeza, ampliando as chances de êxito para o seu cliente e, em contrapartida, colhendo os frutos que naturalmente disso advirão. 
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COMO SE POSICIONAM AS PARTES NA SALA DE AUDIÊNCIA 
Embora não se tenha expressa e específica disposição legal orientando o posicionamento das partes na sala de audiência, este é um aspecto simples que chama a atenção e que não deve se transformar em motivo para desgastes indesejáveis antes mesmo de iniciada a audiência, gerando, em desfavor do advogado, que não orienta adequadamente o cliente, a desconfiança. 
Orienta a praxe que devem os advogados tomar assento o mais próximo da bancada em que estará posicionado o juiz, porquanto a eles incumbe o dever de representar a parte e formular os requerimentos que se mostrarem cabíveis no curso da sessão. A parte vem logo a seguir, ao lado de seu advogado. 
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• ESQUEMA – POSIÇÃO PARTES – 
AUDIÊNCIA - CÍVEL 
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• ESQUEMA – POSIÇÃO PARTES – 
AUDIÊNCIA - TRABALHISTA 
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