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* Em qualquer curso experimental é extremamente importante a familiaridade com os fundamentos de segurança; em geral, um acidente ocorre quando menos se espera, mas se forem adotadas as regras básicas de segurança, pode-se diminuir a um mínimo os riscos de acidente. Embora não seja possível enumerar aqui todas as causas possíveis de acidente num laboratório, existem certos cuidados que devem ser observados. * Transmitir aos participantes conceitos básicos para a manipulação e estocagem segura de produtos químicos em laboratórios de CQ ou P&D, a classificação de produtos químicos, os símbolos de periculosidade. Princípios gerais para a realização de trabalhos em laboratórios, considerações de Higiene e Toxicologia industrial. Realização de trabalhos perigosos e procedimentos emergenciais. Equipamentos de proteção individual ( EPI's )e de segurança. * * Parte I : Equipamentos de Proteção Individual * Utilização de EPI’s adquirir o tipo de EPI apropriado à atividade; treinar o usuário quanto ao seu uso; tornar obrigatório o seu uso; substituir, imediatamente, o EPI danificado ou extraviado; responsabilizar-se pela manutenção e esterilização, no que couber. * EPI’s · usar obrigatoriamente o EPI indicado, apenas para a finalidade a que se destina; · responsabilizar-se pela guarda e conservação do EPI que lhe for confiado. · comunicar qualquer alteração no EPI que o torne parcial ou totalmente danificado; · responsabilizar-se pela danificação do EPI, pelo seu uso inadequado ou fora das atividades a que se destina, bem como pelo seu extravio. * Outras Atitudes Importantes: Evitar incêndios Término da jornada de trabalho/ aula (lavar a vidraria e organizar o laboratório sem pressa) * Avental ou Roupas de Proteção Material: algodão grosso queima mais devagar, reage com ácidos e bases Modelo: mangas compridas com fechamento em velcro; comprimento até os joelhos, fechamento frontal em velcro, sem bolsos ou “detalhes soltos” Deve ser usado sempre fechado Deve ser sem bolso para não haver acúmulo de poeira ou outras substâncias Não deve ter detalhes soltos nem abertura lateral * Luvas A eficiência das luvas é medida através de 3 parâmetros: Degradação: mudança em alguma das características físicas da luva Permeação: velocidade com que um produto químico permeia através da luva Tempo de resistência: tempo decorrido entre o contato inicial com o lado externo da luva e a ocorrência do produto químico no seu interior * Material * Proteção Facial/Ocular Deve estar disponível para todos os funcionários que trabalhem locais onde haja manuseio ou armazenamento de substâncias químicas Todos os visitantes deste local também deverão utilizar proteção facial/ocular O uso é obrigatório em atividades onde houver probabilidade de respingos de produtos químicos * Características * O Uso de Lentes de Contato no Laboratório Prós Melhor visão periférica Mais confortáveis Pode funcionar como barrei a alguns gases e partículas Melhor do que óculos em atmosferas úmidas Melhor para trabalhar com instrumentos ópticos Melhor para utilização de óculos de segurança Não têm problemas de reflexo, como os óculos Contras Partículas podem ficar retidas sob as lentes de contato Podem descolorir ou tornar-se turvas em contato com alguns vapores químicos Lentes gelatinosas podem secar em ambientes com pouca umidade Alguns vapores e gases podem ser absorvidos nas lentes e causar irritação Algumas lentes de contato impedem a oxigenação dos olhos * Proteção Respiratória A utilização de EPI para proteção respiratória deve ser utilizado apenas quando as medidas de proteção coletiva não existem, não podem ser implantadas ou são insuficientes O uso de respiradores deve ser esporádico e para operações não rotineiras * Respiradores (Máscaras) Deverão ser utilizadas em casos especiais: Em acidentes, nas operações de limpeza e salvamento Em operações de limpeza de almoxarifados de produtos químicos Em procedimentos onde não seja possível a utilização de sistemas exaustores * * OS RESPIRADORES SOMENTE DEVEM SER USADOS QUANDO AS MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA: - Não são viáveis; - Não atingem níveis aceitáveis de contaminação; - Estão em manutenção; - Estão em estudo ou sendo implantadas. * PROGRAMA DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA (PPR) Treinamento Ensaios de vedação Distribuição dos respiradores Limpeza, guarda e manutenção Inspeção Monitoramento do uso Seleção Política da empresa na área de proteção respiratória * Aspectos importantes no uso de EPR Devem ser utilizados apenas equipamentos com CA (Certificado de Aprovação ) Devem ser adequados a substância que será manuseada Devem ser checados quanto a saturação e vedação Devem ser mantidos limpos e em local sem contaminação Os filtros após a primeira utilização têm um prazo de validade que deverá ser respeitado * Parte II –Instalações e Armazenamento Seguro no Laboratório Construção/ Reforma de Laboratórios Localização, tipo e tamanho do laboratório Materiais de construção Elementos arquitetônicos: fachadas, paredes, pisos, janelas e portas * Procedimentos Padrão para Trabalho com Substâncias Perigosas Todos os que trabalham no laboratório têm a obrigação de adotar e implementar Práticas seguras de trabalho, de forma a não se colocarem em risco nem colocarem em risco os seus colegas. * Símbolos e Indicadores de Perigo Explosivo Muito Inflamável Oxidante Tóxico Perigoso para o ambiente F+ O T N E * Símbolos e Indicadores de Perigo Muito Tóxico Extremamente Inflamável T+ F Corrosivo Irritante Xi C Nocivo Xn * Construção * Prédios de Laboratório * Gases sob Pressão * Classificação dos Gases Quanto às suas Propriedades Máxima concentração tolerável (TLV) inferior a 50 ppm. Ex: NH3, H2S, SO2 Produz corrosão superior a 6 mm/ano em aço A-37 a 55 oC(ASTM). Ex: Cl2, HCl, F2, HF, HBr Potencial redox superior ao ar. Ex: ar sintético, O2, Cl2, N2O, F2 Inflamabilidade ao ar inferior a 13%. Ex: H2, etileno, CH4, liquefeitos de petróleo, PE < -40 oC (fornecido liquefeito). Ex: CO2, N2, Ar, He * Fatores que Afetam a Combustão Composição do material: os que contém C, S e H são mais combustíveis Agregação do material sólido: material finamente dividido é mais combustível Para os combustíveis líquidos são determinantes da combustão: a pressão de vapor, a temperatura e a superfície exposta ao comburente. * * Programa de Segurança Química nos Laboratórios Mapas de Risco Quem faz? CIPA + os que trabalham naquele local Para que serve? Subsidiar a proposição de um plano de metas de melhoria das condições de trabalho Como é feito? Levantamento dos riscos existentes Cores: físico (verde); químico (vermelho); biológico (marrom); mecânicos (azul) * Reconhecimento e Antecipação de Riscos Nomeação de responsáveis pelo Programa Direção da unidade Chefia de Departamento Um responsável em cada laboratório/ grupo de pesquisa Treinamento Em todos os níveis Docentes/Pesquisadores Alunos graduação/pós Funcionários técnicos * Armazenamento de Produtos Químicos Imprescindível Conhecer todos as informações disponíveis sobre os produtos químicos que serão armazenados Frascos adequadamente rotulados Três Princípios Fundamentais: Redução do estoque ao mínimo Estabelecer segregação adequada Isolar ou confinar certos produtos * Informações em Rótulos de Produtos Comerciais “R”: Identificam Risco “S”: Recomendações de Segurança * * Característicasdas Instalações Estantes Piso Armários protegidos Ventilação Refrigeração * Disposição dos Frascos nas Estantes Os mais pesados nas prateleiras inferiores Ácidos e bases distribuídos conforme a “força relativa”, mais fortes embaixo, mais fracos encima Os inertes podem ser agrupados de modo a facilitar sua localização Os reagentes incompatíveis com água devem ser colocados em estantes situadas longe da tubulação de água Maiores detalhes sobre armazenamento de substâncias químicas: D. A. PIPITONE Safe storage of laboratory chemicals, 2nd edition, John Wiley & Sons, 1991 * SEGURANÇA NO LABORATÓRIO DE QUÍMICA As atividades, sejam estas de ensino ou pesquisa, desenvolvidas no interior de um laboratório de Química podem ser divididas em dois casos: Ato inseguro Condição insegura * Regras Gerais de Segurança em Laboratório “É DE RESPONSABILIDADE DE CADA UM ZELAR PELA PRÓPRIA SEGURANÇA, ASSIM COMO PELA SEGURANÇA DOS COLEGAS E DE TODAS AS PESSOAS COM AS QUAIS POSSA ENTRAR EM CONTATO” * “TODO USUÁRIO RESPONSÁVEL PELO TRABALHO TEM O DEVER DE CONHECER E COMPREENDER O RISCO QUE PODE ESTAR ENVOLVIDO NAS OPERAÇÕES QUE REALIZA” * Normas Gerais de Segurança para Trabalho em Laboratório Utilizar EPI (Equipamentos de Proteção individual) Conduta adequada de trabalho Não fumar Não carregar peso Não consumir Álcool / substâncias entorpecentes Usar vestes adequadas Não correr Ter cuidado com equipamentos em funcionamento Receber treinamento Conhecer ficha de segurança Uso de capelas Acatar normas de segurança * Algumas das Condições Inseguras Equipamentos e vidrarias Falta de iluminação Falta de ventilação Armazenamento inadequado de reagentes Precariedade nas instalações elétricas Piso molhado ou escorregadiço * Perigo no Uso de Alguns Equipamentos Comuns em Laboratório de Química Chama (Bico de Bunsen) Sistema de vácuo Cilindro de gases Centrífugas Muflas Capela Outros * Perigo em Atividades Comuns em Laboratório de Química Montagem de aparelhagem Manipulação de vidros / Transporte de vidrarias / Choque térmico em vidraria / Lavagem de vidrarias Preparo de soluções / Pipetagem de soluções / Manuseio de reagentes e amostras Ensaio com chamas: uso de tubos de ensaio evaporação * Quando do Derramamento de Produtos Químicos Isolar a área Advertir as pessoas Consultar ficha de segurança Alertar o responsável Envolvimento de pessoas Corrigir a(s) causa(s) * Principais recomendações da Sub-Comissão: Em nível Federal: MEC devera incluir Segurança Química como uns dos parâmetros de avaliação de cursos de Graduação e pós Em nível local: Elaboração de Mapas de Risco Controle rigoroso do fluxo de insumos químicos Disciplinas obrigatórias de SQ (grad e pg) Formação continuada em SQ Banco de resíduos * Os problemas de SQ em Instituições de Ensino e Pesquisa Número e quantidade cada vez maior de substâncias utilizadas Procedimentos quase sempre incorretos de uso, armazenamento e disposição de resíduos. Procedimentos de aquisição descontrolados Carência de profissionais com conhecimentos para equacionar estes problemas Falta de cobrança de uma “atuação responsável” dos pesquisadores e de suas instituições * Fatores de Risco em Laboratórios Físicos Ruído, temperaturas extremas, radiações ionizantes e não-ionizantes, vibração Ex: radioativo, microondas, ultrassom Biológicos Agentes patogênicos e infectantes Químicos Aerodispersóides, gases e vapores Ergonômicos Fatores de stress físico e/ou mental no trabalho * As Substâncias Químicas Segundo suas Características de Periculosidade: explosivos inflamáveis corrosivos alergênicos asfixiantes irritantes teratogênicos tóxicos carcinogênicos comburentes mutagênicos danosos ao meio ambiente * Reações Químicas Perigosas Algumas Substâncias Incompatíveis Oxidantes com: nitratos, halogenatos, óxidos, peróxidos, flúor Redutores com: materiais inflamáveis, carbetos, nitritos, hidretos, sulfetos, alquilmetais, alumínio, magnésio e zircônio em pó Ácidos fortes com: bases fortes Ácido sulfúrico com: açúcar, celulose, ácido perclórico, permanganato de potássio, cloratos, tiocianatos. * Reações Químicas Perigosas Algumas Combinações Explosivas Acetona com clorofórmio na presença de base forte Acetileno com Cu, Ag, Hg ou seus sais Amônia com Cl2, Br2 ou I2 CS2 com azida de sódio Cl2 com etanol Clorofórmio ou CCl4 com Al ou Mg em pó Éter etílico com Cl2 etanol com CaClO3 ou AgNO3 HNO3 com HAc ou anidrido acético * PARTE IV - GERENCIAMENTO DE RESIDUOS QUIMICOS Conjunto de atividades que tem Por finalidade dar aos resíduos perigosos o destino final mais Adequado de acordo com suas características Compreende as operações de classificação, armazenamento, transporte, tratamento, recuperação e eliminação dos resíduos * Programa de Gerenciamento de Resíduos Gerenciamento de resíduos Formação e informação Recursos Responsáveis Armazenamento Identificação Coleta e transporte Minimização /redução Substituição produtos/ processos Medidas de emergência Inventário * Pré-Requisitos para o Sucesso do Programa Apoio institucional (Chefe do departamento, diretor, prefeito do campus, reitoria) Envolvimento da comunidade do laboratório, departamento, etc Divulgar metas das várias etapas do programa Reavaliação do programa, para re-direcionamento, se necessário * Por Onde Começamos? Caracterizando o problema: * O Que Fazer Com os Resíduos Desconhecidos? Identificação quase sempre é bastante difícil e dispendiosa. Algumas empresas que fazem a destinação final destes resíduos, também oferecem este serviço. * O Que Fazer Com os Resíduos Conhecidos? 1.Substituir substâncias “problemáticas” por outras 2. Minimizar: quantidade e freqüência de utilização 3.Separar em classes para facilitar armazenamento, tratamento e destinação final 4.Reutilização 5.Reciclagem * Substituição/ Minimização Buscar as informações de segurança antes de iniciar os estudos/análises/procedimentos onde as substâncias serão utilizadas; Desenvolver estudos/projetos especificamente para buscar novos caminhos * Seleção e Classificação de Resíduos - Coleta Seletiva Este é um passo muito importante, pois dele dependerão todos as demais ações de encaminhamento dos resíduos Definição de grupos de resíduos: deverão ser definidos considerando-se, além das peculiaridades do inventário, as características fisico-químicas, periculosidade, compatibilidade e o destino final dos resíduos * Gerenciamento de Resíduos
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