Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Bacharelado em Gestão Ambiental Introdução ao Pensamento Social Profª. Patrícia Binkowski Nome: Paulo Rafael Fleck Data: 03/05/2016 Resenha crítica, associando o documentário ¨Estamira para todos e para ninguém¨ ao texto ¨Só os peixes mortos não conseguem nadar contra a correnteza¨. Este documentário mostra como nossa sociedade é perversa a ponto de excluir pessoas, classificando-as como grupos minoritários desta sociedade, vetando sua participação como ser social que têm direitos e deveres, e tem como ideia central a loucura e miséria. As pessoas que não tem a oportunidade de mostrar seus talentos, ou melhor, de vender a sua força de trabalho produzindo nem de consumir é excluído dessa sociedade, e essa é umas das associações feitas no texto, as pessoas que se encontram naquele lugar, naquela situação social e de vulnerabilidade são como peixes mortos tentando nadar contra a maré, sem obter resultado, sem terem importância diante da sociedade. Ela é tida como louca, mas conhece a realidade perfeitamente, e vive essas mazelas que esse sistema capitalista do consumismo traz, vive uma construção social de desumanidades feita pelo próprio homem. É chocante ver além do mar de lixo e seu cheiro fétido, ver crianças, homens e mulheres que ali se encontram, sem nenhuma assistência, misturados ao caos daquele cenário de abandono e tristeza. E é dos restos que muitas pessoas conseguem encontrar vida e alimento para sua sobrevivência. Estamira é uma pessoa questionadora e renega Deus por diversas razões, mal sabe ler e escrever, mas tem uma capacidade impressionante de explicar todos os fenômenos naturais e humanos, completamente lúcida. Após todos esses transtornos que passou durante a sua vida Estamira passou a ter delírios, e é através de suas alucinações que encontra formas de se vingar ao que passou e escapar do seu passado vivenciado. Ela é contra a alienação do homem, critica uma suposta sociedade de controle que tem uma estrutura para calar as vozes dos rebeldes que pede atenção à esfera política que é o estado, que se diz fazer o bem comum. Sua casa é humilde e lá guarda e aproveita muitas coisas encontradas no lixão de gramacho, até mesmo comida vencida como demonstra no documentário. Apesar de sua vida ser difícil e ter que encarar essa realidade com muitos problemas, Estamira é forte e guerreira, tem seu distúrbio mental, mas relata e filosófica brilhantemente com total lucidez e diz ter como missão revelar a verdade ao mundo. O filme é uma lição para todo ser social, que é alienado pela classe dominante, que só quer comprar, e depois descartar os bens como um objeto insignificante. A loucura e miséria em que vive é fruto da Questão Social, e das desigualdades sociais.
Compartilhar