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SISTEMAS JURÍDICOS

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SISTEMAS JURÍDICOS
Introdução – Teoria dos Sistemas; 1 Sistema romano (civil law);2 Sistema common law; 3 Sistema Islâmico (Sharia); 4 Sistema Jurídico Brasileiro: formação e evolução (das ordenações portuguesas até os dias atuais)
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INTRODUÇÃO – TEORIA DOS SISTEMAS
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SISTEMA: Ordem, conjunto, todo, ordenação. Noção de nexo – conjunto de coisas interligadas; Noção de método – sistemático ou metódico.
CONCEITO NA CIÊNCIA DO DIREITO
SISTEMA: “Sistema é sempre duas cousas: sistema é um conjunto de elementos e um conjunto de elementos que estão relacionados entre si. Assim, nestes termos, os elementos compõem aquilo que chamamos de repertório do sistema e as relações que estabelecemos entre os elementos compõem aquilo que chamamos de estrutura do sistema” (Tércio Sampaio Ferraz Jr.)
EX: SISTEMA: Língua Portuguesa
 ELEMENTOS: Palavras
 ESTRUTURA DO SISTEMA: Regras Gramaticais
SISTEMA FECHADO: a introdução de um novo elemento o obriga a mudar o conjunto de regras, isto é, obriga a fazer uma nova regra.
SISTEMA ABERTO: a introdução de um novo elemento não modifica a sua estrutura, com certos limites.
INTRODUÇÃO – TEORIA DOS SISTEMAS
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Obs.: sistemas abertos possuem limites de tolerância, limites de saturação, afim de que não se descaracterizem, deixando de ser aquilo que originariamente eram, e passando a ser algo sem sentido ou nexo, ou ainda assimilado por outro sistema. 
Profº Tércio Sampaio Ferraz Jr.: “Quando pensamos, pois, no Direito como um conjunto de normas, pensamos num sistema fechado, isto é um conjunto que delimita o campo da experiência, um sistema de normas que condiciona a experiência jurídica de tal modo que então vou dizer que experiência jurídica é aquilo que cai dentro desse conjunto de normas. Será anti-jurídico se estiver fora dela. Trata-se de um sistema que fecha, estabelece um limite.”
Canotilho: “o sistema jurídico constitucional é constituído como sistema aberto porque as normas constitucionais têm disponibilidade e “capacidade de aprendizagem” para captarem as mudanças da realidade e estarem abertas às concepções cambiantes da “verdade” e da “justiça.”
INTRODUÇÃO – TEORIA DOS SISTEMAS
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CRIAÇÃO – NASCIMENTO DOS SISTEMAS: DIFERENCIAÇÃO E AUTONOMIA
DIFERENCIAÇÃO: Em um sistema diferenciado as estruturas e acontecimentos do mundo ao redor deixam de ser automaticamente aceitos, significa constituir uma esfera dotada de autonomia de tal forma que os processos seletivos na elaboração das informações que venham de fora, possam ser controlados pelo sistema.
UM SISTEMA DIFERENCIADO TENDE A SE TORNAR UM SISTEMA AUTÔNOMO
AUTONOMIA: entende-se por autônomo o sistema que regula tanto a entrada, quanto a saída de informações. Para que haja um sistema autônomo é necessário que exista um lapso temporal entre a elaboração da informações e a produção de novas informações. Além disso, é necessário que haja uma diferença real de sentido e condições sociais adequadas.
INTRODUÇÃO – TEORIA DOS SISTEMAS
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DIREITO
DIREITO PROCESSUAL
DIREITO PROCESSUAL
Lapso temporal, diferença real de sentido e condições sociais adequadas
INTRODUÇÃO – TEORIA DOS SISTEMAS
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SISTEMA JURÍDICO BRASILEIRO
Macro Sistema Direito Material
Macro Sistema Direito Proc.
Micro Sistema Direito Civil
Micro Sistema Direito Penal
Família
Trabalhista
Empresarial
Micro Sistema Trabalhista
diferenciação
Autonomia
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INTRODUÇÃO – TEORIA DOS SISTEMAS
CONCLUSÃO: Sistema Jurídico é, portanto, a unificação lógica das normas e dos princípios jurídicos vigentes em um país, obra da ciência do direito. Através dele estabelece-se hierarquia entre as fontes do direito; formula-se conceitos; princípios; agrupa-se normas em conjuntos ou sistemas e estabelece-se classificações.
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SISTEMAS JURÍDICOS - HISTÓRIA
SISTEMA ROMANO GERMÂNICO – CIVIL LAW
754 a.C. – 565 d.C – Corpus Juris Civilis – Codex
Lei das XII Tábuas – (patrícios e plebeus) – inicia o jus scriptum – primeira codificação do Direito Romano.
Direito Civil – Jus Civilis ou dos cidadãos
Direito das Gentes – Jus Gentium – aplicado aos estrangeiros
Tábuas I e II: Organização e procedimento judicial;
Tábua III - Normas contra os inadimplentes;
Tábua IV - Pátrio poder;
Tábua V - Sucessões e tutela;
Tábua VI - Propriedade;
Tábua VII - Servidões;
Tábua VIII - Dos delitos;
Tábua IX - Direito público;
Tábua X - Direito sagrado;
Tábuas XI e XII - Complementares
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SISTEMAS JURÍDICOS - HISTÓRIA
SISTEMA ROMANO GERMÂNICO – CIVIL LAW
REFLEXÃO
Sistema Jurídico da Civil Law, de forma utópica, caracteriza-se pelo fato de as leis serem a pedra primária da igualdade e da liberdade, uma vez que objetivava proibir o juiz de lançar interpretação sobre a letra da lei, fornecendo, para tanto, o que se considerava como sendo uma legislação clara e completa, onde ao magistrado caberia tão somente proceder à subsunção da norma, solucionando, dessa forma, os litígios, sem que haja uma necessidade premente de se estender ou restringir o alcance da lei, e sem que exista a ausência ou conflito de normas. Neste sentido, ao se manter o juiz amarrado ao escrito na lei, obter-se-ia a segurança jurídica, elemento este indispensável às decisões judiciais. Tal segurança se originaria na própria lei que mitiga a capacidade interpretativa do juiz, de maneira que este não favorecesse a um dos litigantes e prejudicasse o outro.
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SISTEMAS JURÍDICOS - HISTÓRIA
SISTEMA COMMON LAW
(Direito Comum) – origem = sentenças judiciais dos Tribunais de Westminster (Inglaterra) – cortes constituídas pelo Rei
Common Law vem a ser um direito jurisprudencial, elaborado pelos juízes reais e mantido em virtude da autoridade reconhecida aos precedentes judiciários.
Julgador – Rei – Judges – writ
Equity = São normas que se superpõem ao Common Law. A Equity origina-se de um pedido das partes da intervenção do rei em uma contenda que decidia de acordo com os imperativos de sua consciência. Tem por escopo suprimir as lacunas e complementar o Common Law. As normas da Equity foram obras elaboradas pelos Tribunais de Chancelaria. O chanceler, elemento da coroa, examinava os casos que lhe eram submetidos, com um sistema de provas completamente diferente do Common Law.
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SISTEMAS JURÍDICOS - HISTÓRIA
SISTEMA COMMON LAW
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SISTEMAS JURÍDICOS - HISTÓRIA
SISTEMA ISLÂMICO
Refere-se aos Estados ligados pela religião maometana. Tendo em vista a religião pretender substituir o Direito, é mais do que um sistema jurídico: é uma coletividade de normas pertinentes às relações humanas.
CORÃO, livro sagrado dos árabes (religião, moral e direito) - Já as atitudes, palavras e condutas de Mahomet (Maomé) constituem os hadits, que são as tradições orais. O conjunto dos hadits constitui a Sunna, ou Via Reta.
O direito islâmico manteve-se fundamentalista, assim como sua própria cultura, não havendo rompimento e modernizações que sofreu o mundo cristão romano-germânico, o que explica as barreiras e diferenças culturais irreconciliáveis em nosso tempo.
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SISTEMAS JURÍDICOS - HISTÓRIA
SISTEMA SOCIALISTA
Compunha-se pela a denominada Europa do Leste, capitaneados pela URSS, até a Queda do Muro de Berlim e o esfacelamento daquela.
Filosofia marxista-leninista - características eminentemente totalitárias - princípio da coletivização da economia e da segurança do Estado
“O princípio que norteou todo o direito soviético foi o princípio da ‘legalidade socialista’: o direito deve servir aos interesses da política socialista”
Reflexão: o direito soviético está muito aquém do ideal revolucionário de construção de apenas um conjunto de regras técnicas de organização social em uma sociedade sem classes, desprovida de indivíduos sem impulsos egoísticos e com ampla visão dos condicionamentos sociais. O direito era então considerado como instrumento a serviço da classe dominante
visando à implantação da sociedade sem classes.
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SISTEMA JURÍDICO BRASILEIRO - EVOLUÇÃO
VISÃO GERAL:
Nosso sistema jurídico é escrito, onde a lei é a fonte suprema; conteúdo possui influência do direito romano, germânico e canônico. O sistema constitucional é Presidencialista, a forma de Estado é federativa. Nossa constituição seguiu o modelo da norte-americana, sendo escrita e inflexível.
Em nossa História de formação do Sistema Jurídico passamos pela época colonial; imperial e republicana, obtendo, assim, três fases do sistema jurídico.
LEGISLAÇÃO DA METRÓPOLE DE DA COLÔNIA
Uma legislação para ser aplicada pressupõe condições sociais adequadas para as quais se destina, sendo a situação existente na colônia diferente das situações existentes na metrópole, houve legislações comuns a Portugal e ao Brasil; e legislação especial destinada ao Brasil.
3. ORDENAÇÕES:
Ordem Jurídica Portuguesa codificada – Ordenações do Reino
Afonsinas – Afonso V
Manuelinas – D. Manoel I
Filipinas – Felipe I
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SISTEMA JURÍDICO BRASILEIRO - EVOLUÇÃO
1581 – Dominação da Espanha sobre a Europa – Código Filipino ou Ordenações Filipinas – Portugal – Brasil.
01/01/1917 – Entrou em vigor o Código Civil Brasileiro
10/01/2003 – Entrou em vigor o Atual Código Civil Brasileiro
Criação de Leis Extravagantes no período colonial
1807 – vinda de D. João VI e a Corte portuguesa para o Brasil – início do desenvolvimento da ciência do direito brasileiro
1821 – retorno e D. João VI e a Corte portuguesa. Príncipe-regente D. Pedro. Imposição ao Brasil da Constituição Espanhola
07/09/1922 – declaração Independência. Instauração do Império – 1831
25/03/1824 – 1ª Constituição do Brasil 
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SISTEMA JURÍDICO BRASILEIRO - EVOLUÇÃO
A primeira Constituição instituiu o governo unitário, a monarquia-constitucional-hereditária e a divisão dos poderes (legislativo, executivo e judiciário); garantias individuais; o sistema representativo; o bicamaralismo (câmara dos deputados e câmara dos senadores).
15/11/1989 foi instaurada a República, e por Decreto, foi dado ao Brasil, uma forma federativa de governo, constituída através da união das Províncias.
1891 - primeira Constituição Republicana implantando o presidencialismo, o federalismo, a separação harmônica dos poderes, o bicamaralismo, graus de jurisdição, autonomia dos estados-membros e garantias individuais.
Constituições Federais – 1934; 1937; 1946; 1967 e 1988
1934 - Estabeleceu o voto universal e secreto, o salário mínimo e a jornada de oito horas e, pela primeira vez, assegurou às mulheres o direito a participar das eleições.
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SISTEMA JURÍDICO BRASILEIRO - EVOLUÇÃO
1937 - Centralizou poderes, estendeu o mandato presidencial para seis anos, reintroduziu a pena de morte e eliminou o direito de greve. Por meio dela, Vargas passou a indicar os governadores e acumulou poderes para interferir no Judiciário.
1946 - A vitória dos aliados na II Guerra Mundial expôs a contradição do Estado Novo: na Europa, a ditadura de Getúlio Vargas havia engrossado a frente contra o fascismo; no Brasil, apoiava-se em uma Carta inspirada naquele regime. Encurralado, Getúlio entregou o cargo em 1945. No ano seguinte, o país ganhava uma nova Constituição, que proporcionaria um respiro democrático de 18 anos. O novo marco legal, promulgado sob a presidência de Eurico Gaspar Dutra (que havia sido ministro da Guerra de Getúlio), retomou diversos pontos da Carta de 1934, reassegurando a livre expressão e os direitos individuais.
1967 - Três anos após o golpe de 1964, os militares patrocinaram uma nova Constituição, enterrando as previsões democráticas da Carta de 1946. O texto restringia a organização partidária, concentrava poderes no Executivo, impunha eleições indiretas para presidente e restabelecia a pena de morte. O arcabouço legal da ditadura militar seria remendado nos anos seguintes por sucessivos decretos: mais 13 atos institucionais, 67 complementares e 27 emendas. O mais notório, o AI-5, decretado em 1968, suspendeu as mais básicas garantias, como o direito ao habeas corpus. Foi revogado dez anos depois, em 1978. Já a Carta de 1967 duraria outros dez anos.
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SISTEMA JURÍDICO BRASILEIRO - EVOLUÇÃO
1988 - A ditadura já havia caído e, após a presidência de cinco militares, o país tinha de novo um civil à frente do governo, José Sarney. Faltava o marco legal que livrasse o país do entulho autoritário. Em 1º de fevereiro de 1987, um domingo, foi instalada a Assembleia Constituinte, que seria presidida por Ulysses Guimarães. Em 5 de outubro de 1988, uma quarta-feira, foi promulgada a nova Carta. Para espantar o fantasma do regime militar, o texto ganhou forte acento 'garantista'. Estabeleceu ampla liberdade política e de imprensa, restabeleceu o equilíbrio entre os poderes e fixou direitos individuais. Mas para além das garantias fundamentais, o texto enfileirou uma série de direitos que custam a sair do papel. Tendo cedido ao assédio dos mais diversos grupos de interesse, resultou prolixa, ambígua, paternalista e, especialmente no campo econômico, desastrada, o que exigiu dezenas de remendos. Certamente não é a Constituição ideal. Mas nem seus críticos questionam sua legitimidade. Bem ou mal, o texto proporcionou o mais longo período ininterrupto de democracia que o país já atravessou. Não é o caso, portanto, de ceder à tentação de reformá-la em grandes blocos, muito menos de deitar abaixo o edifício inteiro. É o caso de depurá-la, segundo os mecanismos que ela mesma prevê.

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