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Engenharia Civil CCE0255 – MECÂNICA DOS SOLOS Boa Vista – 2018.1 Profª Esp. Eng. Civil Geny da Silva Bezerra Email: eng.geny@gmail.com Telefone: (95) 99961-0207 GRANULOMETRIA DE UM SOLO Granulometria Definição: ◦ É a distribuição, em porcentagem, dos diversos tamanhos de grãos. É a determinação das dimensões das partículas do agregado e de suas respectivas porcentagens de ocorrência. ◦ Motivo: A composição granulométrica tem grande influência nas propriedades das argamassas e concretos. ◦ Determinação: É determinada através de peneiramento, através de peneiras com determinada abertura constituindo uma série padrão. Objetivo: ◦ Conhecer a distribuição granulométrica do agregado e representá- la através de uma curva. Possibilitando assim a determinação de suas características físicas. Ensaio de Granulometria Granulometria Granulometria Granulometria Limites das frações de solo pelo tamanho dos grãos segundo a ABNT (PINTO, 2000) o Fração Limites • Matacão de 25 cm a 1 m • Pedra de 7,6 cm a 25 cm • Brita de 4,8 mm a 7,6 cm • Areia grossa de 1,2 mm a 4,8 mm • Areia média de 0,3 mm a 1,20 mm • Areia fina de 0,05 mm a 0,3 mm • Silte de 0,005 mm a 0,05 mm • Argila inferior a 0,005 mm Granulometria ◦ Os agregados são classificados em graúdos e miúdos; ◦ Os agregados Graúdos ficam retidos na peneira 4,8 mm; ◦ Os agregados Miúdos passam pela peneira 4,8 mm. Granulometria Granulometria Granulometria Definições Importantes Porcentagem que Passa: É o peso de material que passa em cada peneira, referido ao peso seco da amostra; Porcentagem Retida: É a percentagem retida numa determinada peneira. Obtemos este percentual, quando conhecendo-se o peso seco da amostra, pesamos o material retido, dividimos este pelo peso seco total e multiplicamos por 100; Granulometria Porcentagem Acumulada: É a soma dos percentuais retidos nas peneiras superiores, com o percentual retido na peneira em estudo; Módulo de Finura: É a soma dos percentuais acumulados em todas as peneiras da série normal, dividida por 100. Quanto maior o módulo de finura, mais grosso será o solo; Diâmetro Máximo: Corresponde ao número da peneira da série normal na qual a porcentagem acumulada é inferior ou igual a 5%, desde que essa porcentagem seja superior a 5% na peneira imediatamente abaixo; Granulometria Diâmetro Efetivo: abertura da peneira para a qual temos 10% em peso total de todas as partículas menores que ele. “% Passante”. (10% das partículas são mais finas que o diâmetro efetivo); Esse parâmetro fornece uma indicação sobre a permeabilidade das areias. def = d10 Coeficiente de Não Uniformidade: Ainda segundo Allen-Hazen, é a razão entre os diâmetros correspondentes a 60% e 10%, tomados na curva granulométrica. Esta relação indica, a falta de uniformidade, pois seu valor diminui ao ser mais uniforme o material. Granulometria o Cnu < 5 muito uniforme o 5 < Cnu < 15 uniformidade média o Cnu > 15 não uniforme Coeficiente de Curvatura: fornece a ideia do formato da curva permitindo detectar descontinuidades no conjunto. o 1 < CC < 3 solo bem graduado o CC < 1 ou CC > 3 solo mal graduado Granulometria Quanto maior for o valor de Cnu mais bem graduado é o solo. Solos que apresentam Cnu = 1 possuem uma curva granulométrica em pé (solo mal graduado – curva granulométrica c – Figura). Solos bem graduados apresentarão CC entre 1 e 3. Se o valor de CC for menor que 1, a curva será descontínua com ausência de grãos (curva granulométrica b – Figura). Dificilmente ocorrem areias com valores de CC fora do intervalo de 1 a 3. Daí, a pouca importância que se dá a esse coeficiente. Granulometria Granulometria Exemplo 1: A planilha abaixo apresenta o resultado do processo de peneiramento de um ensaio de granulometria de uma areia média do rio Verde – Santa Maria. LABORATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL Ensaios Físicos de Agregados Miúdos Interessado: Prontomix Certificado Nº: Amostra: Areia média do Rio Verde Data: 03/09/03 Granulometria Plasticidade e Consistência dos Solos Os solos que apresentam certa porcentagem da fração fina (silte e argila), não podem ser adequadamente caracterizados pelo ensaio de granulometria. São necessários outros parâmetros tais como: forma daspartículas, a composição mineralógica e química e as propriedades plásticas, que estão intimamente relacionados com o teor de umidade Introdução Plasticidade Propriedade dos solos finos que consiste na maior ou menor capacidade de serem moldados sob certas condições de umidade. Plasticidade Plasticidade ABNT - NBR 7250/82: “É a propriedade de solos finos, entre largos limites de umidade, de se submeterem a grandes deformações permanentes, sem sofrer ruptura, fissuramento ou variação de volume apreciável.” Plasticidade Plasticidade argilo-minerais (solos finos) – partículas que favorecem a plasticidade. quartzo e o feldspato (solos arenosos) – não desenvolvem misturas plásticas. Plasticidade Composição mineral das argilas Argila – partículas Ø < 0,002 mm (NBR 7250) – em contato com a água adquire plasticidade – não é constituída só de partículas que apresentam plasticidade – é constituída de diversos tipos de partículas (tabela) Plasticidade Composição mineral das argilas Tabela – classificação em função do tipo de partícula. A plasticidade de um solo é devida aos argilo-minerais, às micas e ao húmus existentes. Plasticidade A argila é a fração do solo, cujas partículas apresentam um diâmetro inferior a 0,002mm (NBR 7250) e que, em contato com a água, adquire plasticidade. A fração argila, no entanto, não é constituída só de partículas que apresentam plasticidade. Existem diversos tipos de partículas Plasticidade A plasticidade de um solo é devida aos argilo- minerais, às micas e ao húmus existentes. Como o teor de argilo-minerais na fração argila dos solos é, quase sempre, muito superior aos de mica e de húmus, o estudo dos argilo-minerais deve merecer destaque quando se trata de plasticidade do solo. Plasticidade Os minerais como o feldspato não desenvolvem misturas plásticas, mesmo que suas partículas tenham diâmetros menores do que 0,002mm. A influência do teor de umidade nos solos finos é avaliada pela estrutura e as ligações entre as partículas são dependentes da distância. Portanto, as propriedades de resistência e compressibilidade são influenciadas por variações no arranjo geométrico das partículas. Plasticidade Quanto maior teor de umidade implica em menor resistência Plasticidade Estados de Consistência No início do século XX, um químico sueco Albert Atterberg, realizou pesquisas sobre as propriedades dos solos finos(consis tência). Os solos finos apresentam variações de estado de consistência em função do teor de umidade. Há teores de umidade limite que foram definidos como limites de consistência ou limites de Atterberg. Os estados de consistência são baseados no conceito de que um solo constituído por partículas de pequeno tamanho pode se situar em qualquer dos 4 estados: sólido, semi - sólido, plástico e líquido, dependendo da sua umidade Estados de Consistência Os valores de teor de umidade que separam os estados de consistência do solo são denominados limites de consistência. Estados de Consistência Estados de Consistência ∆V = Vf – V0 é igual ao volume de água da amostra, perdido por secamento, para se passar do estado líquido ao sólido. Estados de Consistência • Estado sólido: não há variação de volume do solo com a secagem. • Estado semi-sólido: verifica-se variação de volume com a secagem. • Estado plástico: facilmente moldável. • Estadolíquido: comportamento de um fluido denso. LL – Limite de Liquidez - é o teor de umidade que separa o estado plástico do estado líquido. Determina o estado de fluidez e moldagem do solo. LP – Limite de Plasticidade – é a umidade que delimita o estado semi-sólido do plástico. LC – Limite de Contração – é o limite entre os estados semi-sólido do sólido. Limite de Consistência Estes limites são determinados empiricamente e são utilizados nos diversos sistemas de classificação do solo e refletem uma série de propriedades dos solos finos, como tipo do argilo- mineral, sua atividade, estrutura, superfície especifica, etc. Limite de Consistência Os limites LL e LP foram estabelecidos pelo cientista sueco Albert Atterberg, enquanto que o LC foi estabelecido por Haines. O LL é determinado através do Aparelho de Casagrande (em homenagem ao cientista Arthur Casagrande), energia potencial para fazer acomodação de uma amostra de solo. Os valores de LL e LP são de uso mais corriqueiro na engenharia geotécnica. Limite de Consistência No ensaio de limite de liquidez mede- se, indiretamente, a resistência ao cisalhamento do solo para um dado teor de umidade, através do número de golpes necessários ao deslizamento dos taludes das amostras. O limite de liquidez de um solo é o teor de umidade que separa o estado de consistência líquido do plástico e para o qual o solo apresenta uma pequena resistência ao cisalhamento. Limite de Liquidez (LL) – NBR 6459-84 O ensaio utiliza o aparelho de Casagrande, onde tanto o equipamento quanto o procedimento são normalizados (ABNT/NBR6459-84). Limite de Liquidez (LL) – NBR 6459-84 Limite de Liquidez (LL) – NBR 6459-84 Limite de Liquidez (LL) – NBR 6459-84 Limite de Liquidez (LL) – NBR 6459-84 De acordo com os estudos do Federal Highway Admii stration, o limite de liquidez pode ser determinado, conhecido “um só ponto”, pela fórmula : Onde : w= umidade correspondente a n golpes Limite de Liquidez (LL) – NBR 6459-84 Limite de Plasticidade (LP) – NBR 7180-84 O limite de plasticidade é o teor de umidade mínimo, no qual a coesão é pequena para permitir deformação, porém, suficientemente alta para garantir a manutenção da forma adquirida. É o teor de umidade que separa o estados de consistência do solo plástico do semi-sólido. • Placa de vidro com uma face esmerilhada e um cilindro padrão com 3mm de diâmetro. • O rolinho deve ter um diâmetro igual ao do cilindro padrão e o aparecimento de fissuras (inicio da fragmentação). Limite de Plasticidade (LP) – NBR 7180-84 Limite de Plasticidade (LP) – NBR 7180-84 A operação do ensaio é repetida pelo menos 5 vezes. Os valores obtidos de umidade serão considerados satisfatórios quando, de pelo menos três, nenhum deles diferir da respectiva média de mais de 5%. O limite de plasticidade será o valor médio de pelo menos três valores de umidade (teores de umidade) considerados satisfatórios. Limite de Plasticidade (LP) – NBR 7180-84 Limite de Contração(LC) – NBR 7183/82 Objetivo: Esta Norma prescreve o modo pelo qual podem ser determinados: a) O limite de contração; b) A relação de contração de solo. Denomina-se índice de plasticidade à diferença entre limites de liquidez e de plasticidade. Fisicamente representaria a quantidade de água que seria necessário a acrescentar a um solo, para que ele passasse do estado plástico ao líquido. Índice de Plasticidade (IP) IP = LL – LP • IP: determina o caráter de plasticidade de um solo quanto maior o IP mais plástico será o solo • Classificação (Jenkins): Índice de Plasticidade (IP) Gráfico de Plasticidade Busca situar o teor de umidade do solo no intervalo de interesse para a utilização na prática, ou seja, entre o limite de liquidez e o de plasticidade. Índice de Consistência (IC) Quantitativamente, cada um dos tipos pode ser identificado quando se tratar de argilas saturadas, pelo seu índice de consistência IC = (LL - w)/IP do seguinte modo: Índice de Consistência (IC) Qualitativamente, cada um dos tipos pode ser identificado do seguinte modo: • Muito moles – as argilas que escorrem com facilidade entre os dedos, se apertadas nas mãos; • Moles – as que são facilmente moldadas pelos dedos; • Médias – as que podem ser moldadas pelos dedos; • Rijas – as que requerem grande esforço para serem moldadas pelos dedos; • Duras – as que não podem ser moldadas pelos dedos e que, ao serem submetidas o grande esforço, desagregam-se ou perdem sua estrutura original. Índice de Consistência (IC) O índice de liquidez é indicativo das tensões vividas pelo solo ao longo de sua história geológica. Onde: w = umidade natural LL = limite de liquidez LP = limite de plasticidade Índice de Liquidez (IL) É a razão da diferença entre os volumes inicial (Vo) e final (Vf) após a secagem da amostra, para o volume inicial (Vo), expressa em porcentagem: C = (Vo - Vf)/ Vo Qualidade do solo: Grau de Contração (C) Exercício 1- Uma amostra de argila apresenta os seguintes parâmetros: LL=55%, LP=32%, LC=20% e h=35%. Pergunta-se a sua classificação quanto à consistência. Exercício 1- Uma amostra de argila apresenta os seguintes parâmetros: LL=55%, LP=32%, LC=20% e h=35%. Pergunta-se a sua classificação quanto à consistência. RESP.: argila rija. IP = LL – LP =>( 55-32=23) IC = (LL - w)/IP => [(55-35)/23]=(20/23)=0,86 ( Tabela IC) Um solo apresenta as segiuntes características: A massa específica úmida é de: 1750 kg/m3. w = umidade = 23% Gs = peso específico relativos = 2,73 Determine: Massa específica seca. Porosidade Saturação. 1.422,76 kg/m3 ; 0,48 ; 68,25% Uma determinada amostra de solo foi recebida em um laboratório e preparada para ensaios de caracterização do material. Primeiramente tomou‐se cerca de 138,00 g do conjunto amostra + cápsula em que foi colocada. Em seguida, esta cápsula com a amostra foi levada para a estufa (105°C) e lá permaneceu até constância de peso. Depois de retirada a amostra da estufa, o conjunto amostra seca + cápsula pesou 120,00 g. Sabendo que a tara da cápsula é de 30,00 g, assinale a alternativa que indica, em porcentagem, o valor da umidade da amostra. 20% Quais são os quatro estados de consistência do solo? Marque a opção correta:Sólido, semi-sólido, plástico e líquido. Os tipos principais são: a) Estrutura granular simples b) Estrutura alveolar ou em favo de abelha c) Estrutura floculenta d) Estrutura em esqueleto Tipos de Estrutura Estrutura Granular simples – é característica das areias e pedregulhos, predominando as forças da gravidade na disposição das partículas, que se apoiam diretamente sobre as outras. De acordo com a maneira pela qual os grãos se agrupam, a estrutura pode ser mais densa ou mais solta, o que é definido pelo “Grau de compacidade”. Tipos de Estrutura Estrutura alveolar ou em favo de abelha– é o tipo de estrutura comum nos siltes mais finos e em algumas areias. (b) Estrutura Alveolar ou em favo de abelha Tipos de Estrutura Tipos de Estrutura Estrutura floculenta – só é possível em solos cujas partículas componentes sejam todas muito pequenas, as partículas, ao se sedimentarem, dispõem-se em arcos, os quais, por sua vez, formam outros arcos. Em geral a estrutura molecular desses solos é aberta, isto é, uma das moléculas tem como uma carga elétrica ainda disponível, possibilitando, assim, a formação dessas estruturas. (c) Estrutura Floculenta Tipos de Estrutura Estrutura em esqueleto – nos solos onde, além de finos, há grãos mais grossos, estes dispõem-se de maneira tal a formar um esqueleto, cujos interstícios (pequena parte entre um todo)são parcialmente ocupados por estrutura de grãos mais finos. Tipos de Estrutura Tipos de Estrutura (d) Estrutura em Esqueleto É a operação de destruição da estrutura do solo, com a consequente perda da sua resistência. Rc: Resistência a compressão simples de uma amostra indeformada Rc’: Resistência a compressão simples de uma amostra amolgada • Grau de sensibilidade: Gs = Rc/Rc’ • Gs < 1: Insensíveis • 1 < Gs < 2: Baixa sensibilidade • 2 < Gs < 4: Média sensibilidade • 4 < Gs < 8: Sensíveis • Gs > 8: Extra-sensíveis A. W. Skempton Amolgamento Tixotropia É o fenômeno da recuperação da resistência coesiva do solo, perdida pelo efeito do amolgamento, quando este é colocado em repouso. Quando se interfere na estrutura original de uma argila, ocorre um desequilíbrio das forças inter−partículas. Deixando−se este solo em repouso, aos poucos vai−se recompondo parte daquelas ligações anteriormente presentes entre as suas partículas. Compactação Procedimentos visando aumentar a compacidade de um solo pela redução de vazios. A compactação de um solo consiste basicamente em se reduzir seus vazios com o auxílio de processos mecânicos. Adensamento - expulsão da água Compactação - expulsão do ar. Efeitos principais da compactação: - aumento da resistência do solo - redução da sua compressibilidade e permeabilidade O índice de vazios final do solo é função do tipo e estado do solo original e da energia empregada na sua compactação Objetivo da compactação • Aumento da resistência de ruptura; • Redução de possíveis variações volumétricas; • Redução da permeabilidade. Os seguintes fatores são representativos na execução de um trabalho de compactação: - tipo de solo; - teor de umidade do solo; - energia de compactação (determinada pelo tipo de compactador); - espessura da camada compactada. Características que são alteradas durante a compactação: - diminuição da permeabilidade; - aumento da resistência (capacidade de suporte); - diminuição da compressibilidade do material; - diminuição da absorção de água. Aplicação da compactação • Base e sub base para pavimentação; • Aterros; • Barragens; • Fundações; • etc. O teor de umidade do solo é vital para uma compactação apropriada. A umidade age como um lubrificante dentro do solo, fazendo as partículas se ajustarem. . Umidade Umidade Excesso de umidade deixa a água preenchendo espaços vazios e diminuindo a capacidade de suportar carga. Pouca umidade não permite um adensamento ótimo. Curva de Saturação • Com o teor de umidade próximo ao de saturação, a compactação do solo não expulsa mais os vazios com ar. • Se houver mais água preenchendo esses vazios a densidade será reduzida. Obs: Curvas obtidas para a mesma energia de compactação. Curva de Saturação Fonte: Bastos, C. - 2011 Curva de Compactação Curvas de compactação para diferentes solos. Curva de compactação exemplos Para fins práticos: gs = g / (1 + h) Interpretação da curva Fonte: bastos, 2011 E = energia de compactação por unidade de volume γd = peso específico aparente seco w = teor de umidade ótima E = 𝑃.ℎ.𝑁.𝑛 𝑉 ( Kg . cm/cm3) P= peso do soquete H= altura de queda N= n° de golpes (por camada) n=° de camadas V= volume total compactado Energia de compactação g = d [(1+h)/(1+e)] ga Se estiver saturado: e = hd Assim, a umidade necessária para saturar um solo é: h = (ga/gs – 1/d) Tipos de Compactação • Compactação Dinâmica ou por Impacto - compactação se dá pela queda do soquete. • Compactação Estática ou por Pressão - compactação se dá pela colocação de um peso sobre a amostra. • Compactação por Amassamento ou por Pisoteamento - seria a mais favorável, pois representa com mais fidelidade o rolo pé de carneiro (solos argilosos). • Compactação por Vibração - utilizados para solos pedregulhosos. Compactação Dinâmica - Ensaios • Compactação no campo através de: - rolo pé de carneiro - rolo liso - rolo de pneu • Solos granulares - rolo liso ( vibratório) • Solos argilosos - rolo pé de carneiro Controle de Compactação no Campo Nos solos argilosos, a compactação é obtida principalmente pelo efeito da compressão e cisalhamento (Ruptura), com a vibração exercendo pouco efeito sobre o aumento de densidade, tanto menor quanto maior for a coesão (é a força de atração entre as superfícies de suas partículas) do material Obs.: Quanto maior a coesão do solo, maior deverá ser a pressão aplicada pelo rolo. Solos coesivos ou argilosos OBS: Solos finos e coesivos, como por exemplo as argilas. Já para os solos granulares ou não coesivos, como as areias. Solos Coesivos - Compactação Estas variam, geralmente, de 3 a 5 kg/cm² na profundidade mais desfavorável da camada. O equipamento ideal de compactação é o rolo pé-de-carneiro, de elevado peso próprio, que produz efeito de amassamento aliado à grande pressão estática. Nos solos arenosos o efeito vibração é fundamental. Por isso os rolos lisos vibratórios são os indicados. Solos Arenosos - Compactação Os rolos combinados, como pés-de-carneiro vibratórios, autopropelidos (mover para frente por si só) e de grande peso atingem ampla faixa de solos, como os argilo- siltosos, siltosos, silto-arenosos, etc. Solos Misturados - Compactação Pistas experimentais Em algumas situações executam-se pistas experimentais para testar o equipamento ideal para cada solo, e obter os outros parâmetros que influem no processo, como: • Espessura da camada solta; • Número de passadas; • Velocidade do equipamento; • Umidade, peso do lastro, etc. Equipamentos de Compactação Rolo Pé-de-carneiro Equipamentos de Compactação Rolo Liso Equipamentos de Compactação Rolo Pneumático Equipamentos de Compactação Compactadores Manuais Equipamentos de Compactação Motoniveladoras Com lâminas e escarificador, cuja função da lamina é adotar qualquer inclinação em relação ao eixo da marcha ao plano horizontal e o escarificador é de misturar o solo e reintegrar ao novo material. Equipamentos de Compactação Caminhões Basculantes Equipamentos de Compactação Caminhões Pipas Equipamentos de Compactação Grade ou Arados • São colocados dentro do aparelho 5 a 20 g de material, cápsulas de carbureto e esferas metálicas; • Com a agitação do aparelho as esferas quebram as cápsulas de carbureto, ocorrendo a reação de cálcio com a água contida na amostra, produzindo a liberação de um gás expansivo (acetileno); • O manômetro registra a expansão, com esta a pressão e com o ábaco de calibração pressão x umidade, determina-se o teor de umidade. Compactação – Determinar o Teor de Umidade pelo Método do Speedy Método do Speedy Determinação do Peso Específico Aparente Seco Para obter maiores graus de adensamento, deve-se PELA ORDEM, tentar: 1. Aumentar o peso (P) do rolo; 2. Aumentar o número (N) de passadas ; 3. Diminuir a velocidade (v) do equipamento de compactação ; 4. Reduzir a espessura (e) da camada . Compactação Número de Passadas: O grau de compactação aumenta substancialmente nas primeiras passadas, e as seguintes não contribuem significativamente para essa elevação. Compactação Número de Passadas: Insistir em aumentar o número de passadas pode produzir perda no grau de compactação (é o processo manual ou mecânico que visa reduzir o volume de vazios do solo, melhorando as suas características de resistência, deformabilidade e permeabilidade) , por destruição de uma estrutura que acabou de ser formada, além de perda de produção e desgaste excessivo do equipamento,principalmente por impacto em superfície já endurecida. Compactação Espessura da Camada: Razões econômicas fazem preferir que a espessura seja a maior possível. Mas características do material, tipo de equipamento e finalidade do aterro são fatores que devem predominar. Segundo a NORMA DNIT 108/2009 “Para o corpo dos aterros, a espessura de cada camada compactada não deve ultrapassar de 0,30m. Para as camadas finais essa espessura não pode ultrapassar de 0,20m.” Compactação Homogeneização da Camada: Feita com motoniveladoras, grades e arados especiais, a camada solta deve estar bem pulverizada (transformar em pó), sem torrões muito secos, blocos ou fragmentos de rocha, antes da compactação, principalmente se for necessário aumentar o teor de umidade. Compactação Espessura da Camada: Equipamentos diversos exigem espessuras de camada diferentes. A tabela "Escolha do rolo compactador" é uma orientação inicial. Geralmente se adotam espessuras menores que as máximas, para garantir compactação uniforme em toda a altura da camada. Compactação Velocidade: A movimentação dos pés-de-carneiro em baixa velocidade acarreta maior esforço de compactação, mas a medida que a parte inferior da camada se adensa, a velocidade aumenta naturalmente. A velocidade de um rolo compactador é função da potência do trator, já que são necessários cerca de 250 kg de força tratora por tonelada de peso para vencer a resistência à rolagem, no caso de material solto. Compactação Velocidade de Rolagem: Rolos pneumáticos admitem velocidades da ordem de 10 a 15 km/h; Rolos pés-de-carneiro 5 a 10 km/h; Vibratórios de 3 a 4 km/h. Compactação Obs: A baixa velocidade recomendada para o equipamento vibratório permite a compactação com menor número de passadas, pelo efeito mais intenso das vibrações. Influência da Amplitude e frequência das Vibrações: A frequência recomendada é de 1500 a 3000 vibrações por minuto, mas alteração entre esses valores altera pouco o efeito da compactação. Já a amplitude aumentada causa sensível aumento no grau de compactação, para todas as frequências pois acrescenta ao peso do rolo vibratório o efeito de impacto. Compactação Influência da forma das patas (Pé de Carneiro): A observação sobre o efeito da amplitude, no caso anterior, levou ao desenvolvimento de novos desenhos de patas para produzir impacto (tamping – pata curta), em compactadores autopropelidos (que possui seu próprio meio de propulsão -impulsinar), permitindo velocidades maiores. Compactação Produção de um Rolo Compactador: O rendimento de um rolo pode ser avaliado por Onde L = largura do rolo compressor em metros; E = espessura da camada em cm; V = velocidade do rolo em km/h N = número de passadas do rolo Compactação Grau de Compactação Compactação Compactação – Equipamentos Indicados Escolha do Equipamento de Compactação É simplesmente o peso próprio da máquina aplicando força para baixo sobre a superfície do solo, comprimindo as partículas do solo. A única maneira de modificar a força efetiva de compactação é pela adição ou subtração do peso da máquina. Compactação estática é restrita a camadas superiores do solo e é limitada a determinada profundidade. Amassamento e pressão são dois exemplos de compactação estática. Força Estática O mecanismo vibratório é normalmente um peso excêntrico giratório ou combinação de pistão/mola (em compactadores). Os compactadores produzem uma sucessão rápida de pancadas (impactos) na superfície, afetando assim as camadas superficiais bem como também as camadas mais profundas. Força Vibratória Cada tipo de solo se comporta diferentemente com respeito à densidade máxima e umidade ótima. Então, cada tipo de solo tem suas exigências e controles próprios e individuais tanto no campo como para fins de testes. Compactação PÉ DE CARNEIRO DE ROLO VIBRATÓRIO IMPACTO PÉ DE CAENEIRO ESTÁTICO ROLO COM GRADE NIVELADORA PRESSÃO COM AMASSAMENTO COMPACTADOR DE PLACA VIBRATÓRIA ROLO VIBRATÓRIO PÉ DE CARNEIRO DE ROLO VIBRATÓRIO. VIBRAÇÃO NIVELADORA COMPACTADOR DE ROLO EMBORRACHADO CARREGADOR ROLO COM GRADE AMASSAMENTO COM PRESSÃO CASCALHO 12+ POBRE NÃO BOM MUITO BOM AREIA 10+/- POBRE NÃO EXCELENTE BOM SILTE 6+/- BOM BOM POBRE EXCELENTE ARGILA 6+/- EXCELENTE MUITO BOM NÃO BOM Solos & Equipamentos de compactação Se executada indevidamente, pode dar margem a uma acomodação do solo e causar custos de manutenção desnecessários ou mesmo a perda da estrutura. Compactação – possíveis falhas Ensaios Frasco de Areia Procedimento do teste: Um pequeno buraco de 15 x 15 cm de profundidade é cavado no material compactado a ser testado. O material é removido e pesado, então é seco e pesado novamente para determinar seu teor de umidade. A umidade do solo é apresentada como uma porcentagem. O volume específico do buraco é determinado pelo enchimento com areia seca proveniente de um dispositivo de jarro e cone. Frasco de Areia - NBR 7185 Frasco de Areia Frasco de Areia Proctor Obrigado!
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