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Draft 
 
Especificações Técnicas para 
Obras de 
Estradas e Pontes 
 
 
Setembro de 1998 
(Reimpresso em Julho de 2001, 
Esboço de tradução de 2010) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Elaborado pela Division of Roads and Transport Technology, CSIR 
 
 
 
Declaração Ambiental 
 
As estradas e vias de transporte, pela sua própria natureza, são potencialmente prejudiciais para o 
ambiente. Têm-se deixado inúmeras cicatrizes desnecessárias na paisagem, e muitas continuam 
visíveis ao fim de vários anos. Intensificam-se as reclamações públicas provenientes do 
desenvolvimento rodoviário e das práticas insustentáveis a ele associadas, bem como do 
consequente aumento de tráfego. É pois importante que Entidades Patronais, Engenheiros e 
Empreiteiros garantam que as estradas e estruturas afins sejam construídas de maneira 
responsável e sustentável, de forma a minimizar tanto quanto possível os impactos negativos 
sobre o ambiente, ao mesmo tempo que se valorizam os impactos positivos associados com o 
fornecimento da infra-estrutura. A implementação de um procedimento de gestão ambiental 
integrada durante o ciclo do projecto vai identificar questões ambientais, quer reais, quer sentidas 
como tal, que podem ser tratadas durante as fases iniciais do desenvolvimento. Em novos 
projectos de estradas, isso permitirá a construção ininterrupta e poderá evitar atrasos 
dispendiosos, resultantes de disputas e acções envolvendo as partes afectadas. A incorporação do 
procedimento na manutenção e operação de vias de transporte já existentes pode optimizar os 
programas de reabilitação e gestão. 
 
 
“Nós não herdámos esta Terra dos nossos pais, tomámo-la por empréstimo 
dos nossos filhos” 
1000 
Especificações Técnicas para Obras de Estradas e Pontes 
 
ÍNDICE 
 
SÉRIE 1000 GENERALIDADES 
 
1100 Definições e Termos 1100-1 
1200 Requisitos e Disposições Gerais 1200-1 
1300 Estabelecimento do Empreiteiro no Local da Obra e Obrigações Gerais 1300-1 
1400 Habitação, Escritórios e Laboratórios para o Pessoal da Fiscalização no Local da Obra 
 1400-1 
1500 Acomodação de Tráfego 1500-1 
1600 Transporte a “Mais” (Overhaul) 1600-1 
1700 Desmatação E Limpeza 1700-1 
 
 
SÉRIE 2000 DRENAGEM 
 
2100 Orgãos (dispositivos) de drenagem 2100-1 
2200 Passagens hidráulicas pré – fabricadas 2200-1 
2300 Lancis em betão, valetas de lancil em betão, descidas de água, revestimentos em betão 
para canais abertos 2300-1 
2400 Lancis de bordadura em aterro, de asfalto e de betão 2400-1 
2500 Enrocamento, alvenaria de pedra e protecção contra erosão 2500-1 
2600 Gabiões 2600-1 
 
 
SÉRIE 3000 MOVIMENTO DE TERRAS E CAMADAS DE PAVIMENTO EM CASCALHO 
(MATERIAL GRANULAR NATURAL) E EM AGREGADO BRITADO 
 
3100 Materiais de empréstimo 3100-1 
3200 Selecção, amontoamento e desagregação de materiais de câmaras de empréstimo e de 
cortes (escavações), colocação e compactação das camadas de material granular 
(cascalho) 3200-1 
3300 Movimento de terras (Terraplenagens) 3300-1 
3400 Camadas de pavimento em material granular 3400-1 
3500 Estabilização 3500-1 
3600 Base em agregado britado 3600-1 
3700 Base em macadame hidráulico 3700-1 
3800 Escarificação de camadas de pavimento existentes 3800-1 
 
 
SÉRIE 4000 PAVIMENTOS E REVESTIMENTOS BETUMINOSOS 
 
4100 Rega de impregnação 4100-1 
4200 Base e revestimento em asfalto (mistura betuminosa) 4200-1 
4300 Materiais e requisitos gerais para selagens 4300-1 
4400 Revestimentos superficiais simples 4400-1 
4500 Revestimentos superficiais duplos 4500-1 
4600 Revestimento superficial simples com lama asfáltica (“Cape seal”) 4600-1 
4700 Selagens com areia 4700-1 
4800 Revestimento de tabuleiros de pontes 4800-1 
4900 Tratamento (Reparação) de defeitos da superfície, tapamento de buracos e de 
deformações, reparação de bordo partido e tapamento (selagem) de fissuras 4900-1 
 
 
SÉRIE 5000 TRABALHOS SUPLEMENTARES DE ESTRADAS 
 
5100 Marcas de distâncias 5100 
5200 Guardas de segurança 5200 
1000 
5300 Vedações 5300-1 
5400 Sinalizações 5400-1 
5500 Marcações de estrada 5500-1 
5600 Barreiras de gado 5600-1 
5700 Arranjos paisagísticos e colocação de plantas 5700-1 
5800 Acabamentos de estradas e da reserva de estrada e tratamento de estradas velhas 5800-1 
5900 Pinturas 5900-1 
 
 
SÉRIE 6000 ESTRUTURAS 
 
6100 Fundações para estruturas 6100-1 
6200 Escoramentos, cofragens e acabamentos em betão 6200-1 
6300 Armaduras de aço para estruturas 6300-1 
6400 Betão para estruturas 6400-1 
6500 Pré-esforço 6500-1 
6600 Betão sem finos, juntas, apoios, pinos para electrificação, parapeitos e drenagem de 
estruturas 6600-1 
6700 Trabalho estrutural em aço 6700-1 
6800 Tolerâncias de construção para estruturas 6800-1 
 
 
SÉRIE 7000 ENSAIOS E CONTROLO DE QUALIDADE 
 
7100 Ensaios de materiais e qualidade de execução 7100-1 
7200 Controlo de qualidade 7200-1 
 
 
1000 
 
 
 
 
SÉRIE 1000 
 
GENERALIDADES 
 
 
 
 
 
 
1100 Definições e Termos 
1200 Requisitos e Disposições Gerais 
1300 Estabelecimento do Empreiteiro no Local da Obra e Obrigações 
Gerais 
1400 Habitação, Escritórios e Laboratórios para o Pessoal da Fiscalização 
no Local da Obra 
1500 Acomodação de Tráfego 
1600 Transporte a “Mais” (Overhaul) 
1700 Desmatação E Limpeza 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1100 - 1 
SÉRIE 1000: GENERALIDADES 
 
SECÇÃO 1100: DEFINIÇÕES E TERMOS 
 
 
CONTEÚDOS 
 
1101 ASFALTO (MISTURA BETUMINOSA) 
1102 REVESTIMENTO ASFÁLTICO 
(BETUMINOSO) 
1103 BASE 
1104 ÁREA DE EMPRÉSTIMO 
1105 MATERIAL DE EMPRÉSTIMO 
1106 PONTE 
1107 PLATAFORMA 
1108 VALA OU DIQUE DE CRISTA 
1109 AQUEDUTO 
1110 CORTE (ESCAVAÇÃO) 
1111 EXCESSO DE MATERIAL SUPERFICIAL 
1112 ATERRO 
1113 CONDIÇÕES GERAIS DE CONTRATO 
1114 RASANTE 
1115 MÓDULO DE GRANULOMETRIA (GM) 
1116 VALETAS/VALAS DE DRENAGEM DE SAÍDA 
E DE ENTRADA 
1117 VIA 
1118 LOTE 
1119 SEPARADOR 
1120 VALETA EM SEPARADOR 
1121 SANJA E DIQUE DA SANJA 
1122 CAMADAS DO PAVIMENTO 
1123 CAMADA PIONEIRA 
1124 ESPECIFICAÇÕES DO PROJECTO 
1125 FUNDAÇÃO DA ESTRADA 
1126 PRISMA DA ESTRADA 
1127 RESERVA DA ESTRADA 
1128 PASSAGENS DE CILINDRO 
1129 SELAGEM 
1130 LEITO DO PAVIMENTO (CAMADA DE 
MATERIAL SELECCIONADO) 
1131 SERVIÇOS 
1132 VALETA (DE PLATAFORMA) LATERAL 
1133 BERMA 
1134 LIMITE DA BERMA 
1135 ESTABILIZAÇÃO 
1136 TALUDE 
1137 MATERIAL SOBRANTE 
1138 SUB-BASE 
1139 DRENAGEM SUBTERRÂNEA 
1140 FAIXA DE RODAGEM 
1141 ORLA 
 
 
A não ser que seja inconsistente com o contexto, nestas 
Especificações, os termos, palavras e expressões 
seguintes terão os significados que aqui lhes são 
atribuídos. As figuras 1 e 2 (no fim da Secção), 
detalhando elementos do perfil transversal de uma 
estrada, deverão ser consultadas quando necessário. 
 
 
1101 ASFALTO (MISTURA BETUMINOSA) 
 
 
Mistura, em proporções pré-determinadas, de agregado, 
fíler e ligante betuminoso, preparada fora da estrada e 
normalmente aplicada por meio de uma máquina 
pavimentadora. 
 
 
1102 REVESTIMENTO EM ASFALTO (MISTURA 
BETUMINOSA) 
 
 
Camada (ou camadas) de asfalto construída (s) sobre a 
base e, em alguns casos, sobre as bermas. 
 
 
1103 BASE 
 
 
Camada de material construída em cima da sub-base, 
ou na ausência desta, sobre o leito do pavimento 
(camada de material seleccionado). A base pode 
estender-se para além da faixa de rodagem. 
 
 
1104 ÁREA DE EMPRÉSTIMO 
 
 
 Área dentro de limites definidos, aprovada com o 
propósito de obtenção de material de empréstimo. A 
depressão escavada na área de empréstimo designa-secâmara de empréstimo. 
 
 
1105 MATERIAL DE EMPRÉSTIMO 
 
 
Qualquer cascalho, areia, solo, rocha, pedra ou cinza 
obtidos de áreas de empréstimo, depósitos de entulho 
ou outras fontes que não a escavação dentro dos limites 
do prisma da estrada e que é usado na execução dos 
Trabalhos. Não incluirá agregado britado ou areia 
obtidos de fontes comerciais. 
 
 
1106 PONTE 
 
 
Estrutura edificada sobre uma depressão, rio, curso de 
água, linha férrea, estrada ou outro obstáculo, para 
suportar tráfego motorizado, ferroviário, pedestre ou 
outro tipo de tráfego ou serviços, e tendo um 
comprimento igual ou maior do que 6 metros, medido 
entre as faces dos encontros ao longo do eixo da 
estrada, ao nível da base do tabuleiro, com a ressalva 
que as estruturas “estrada sobre linha férrea” e “linha 
férrea sobre estrada” são sempre classificadas como 
pontes. 
 
 
1107 PLATAFORMA 
 
 
Superfície normalmente utilizada por veículos e que 
consiste numa ou diversas vias de trânsito contíguas, 
incluindo vias auxiliares e bermas. 
 
 
1108 VALA OU DIQUE DE CRISTA 
 
 
Vala ou dique longitudinal fora do prisma da estada, 
para desviar água que de outro modo escoaria em 
direcção ao prisma da estrada. 
 
 
1109 AQUEDUTO 
 
 
Estrutura, diferente de uma ponte, que proporciona uma 
abertura debaixo da plataforma ou do separador para 
drenagem ou outros fins. 
 
 
1110 CORTE 
 
 
1100 - 2 
Corte designa todas as escavações do prisma da 
estrada, incluindo valetas (de plataforma) laterais, 
escavações para intersecções, nós de ligação e, onde 
classificadas como corte, escavações para canais 
abertos. 
 
1111 EXCESSO DE MATERIAL SUPERFICIAL 
 
 
Material superficial no interior de uma área de 
empréstimo que não é necessário ou é inapropriado 
para uso em construção. 
 
 
1112 ATERRO 
 
 
Porção do prisma da estrada constituída por material 
importado aprovado que assenta sobre a fundação da 
estrada e é limitada pelos taludes laterais, mostrados 
nos perfis transversais tipo nos Desenhos 
desenvolvendo-se para baixo e para fora do limite 
(“breakpoint”) da berma exterior e sobre a qual o leito do 
pavimento, a sub-base, a base, as bermas e, no caso de 
plataformas duplas, o separador devem ser construídos. 
Material importado (de empréstimo) para substituir 
material inapropriado da fundação da estrada será 
também classificado como aterro. 
 
 
1113 CONDIÇÕES GERAIS DE CONTRATO 
 
 
Edição apropriada das Condições Gerais de Contrato 
publicadas pela Autoridade de Estradas (Autoridade 
Rodoviária) para a qual o Contrato está a ser executado, 
juntamente com quaisquer Condições Especiais de 
Contrato que dele façam parte. 
 
 
1114 RASANTE 
 
 
A rasante é uma linha de referência nos Desenhos dos 
perfis longitudinais da estrada, indicando a intervalos 
regulares as cotas de acordo com as quais a estrada 
deve ser construída. A rasante pode estar referida à 
estrada construída, base ou qualquer outra camada e 
pode indicar as cotas ao longo do eixo da plataforma ou 
de qualquer posição definida no perfil transversal da 
estrada. 
 
 
1115 MÓDULO DE GRANULOMETRIA 
 
 
As percentagens acumuladas, em massa, de material de 
uma amostra representativa de agregado, cascalho ou 
solo, retidas nos peneiros de 2,00 mm, 0,425 mm e de 
0,075 mm, divididas por 100. 
 
 
1116 VALETAS/VALAS DE ENTRADA E DE SAÍDA 
 
 
Canais conduzindo para ou descarregando de 
aquedutos, colectores de águas pluviais ou pontes 
pequenas. 
 
 
1117 VIA 
 
 
Parte da faixa de rodagem prevista para uma fila simples 
de tráfego numa direcção, a qual é normalmente 
marcada como tal por marcas rodoviárias. 
 
 
1118 LOTE 
 
 
Porção quantificável de trabalho ou de quantidade de 
material que é avaliada como uma unidade para fins de 
controlo de qualidade e seleccionada para representar o 
material ou o trabalho produzido essencialmente pelo 
mesmo processo e com os mesmos materiais. 
 
 
1119 SEPARADOR 
 
 
Área ente as duas faixas de rodagem de uma plataforma 
dupla, excluindo as bermas interiores. 
 
 
1120 VALETA DE (ou EM) SEPARADOR 
 
 
Valeta longitudinal situada entre as bermas interiores de 
uma plataforma dupla. 
 
 
1121 SANJA E DIQUE DE SANJA 
 
 
Valeta construída obliquamente ao eixo da estrada, para 
escoar a água da valeta (de plataforma) lateral. A sanja 
inclui normalmente um dique da sanja colocado 
transversalmente à valeta (de plataforma) lateral. 
 
 
1122 CAMADAS DE PAVIMENTO 
 
 
As camadas superiores da estrada, compreendendo o 
leito do pavimento (camadas seleccionadas), sub-base, 
base ou camada de desgaste em cascalho, e as 
camadas da berma. 
 
 
1123 CAMADA PIONEIRA 
 
 
Uma camada inicial construída sobre uma fundação 
fraca, em que se usa material seleccionado para 
proporcionar uma plataforma estável para a construção 
das camadas subsequentes. 
 
 
1124 ESPECIFICAÇÕES DE PROJECTO 
 
 
Especificações relativas a um projecto específico, que 
fazem parte integrante dos documentos do Contrato 
para esse projecto, e que contêm especificações 
suplementares e/ou alterações às Especificações 
Padrão. 
 
 
1125 FUNDAÇÃO DA ESTRADA 
 
 
O material natural in situ, sobre o qual o aterro, ou na 
ausência de aterro, quaisquer camadas do pavimento 
devem ser construídas. 
 
 
1126 PRISMA DA ESTRADA 
1100 - 3 
 
 
A porção da construção da estrada incluída entre a cota 
do terreno original e os limites exteriores dos taludes de 
cortes, aterros e valetas (de plataforma) laterais. Não 
incluirá o leito do pavimento (camada seleccionada), 
sub-base, base, revestimento, bermas ou fundação da 
estrada. 
 
 
1127 RESERVA DA ESTRADA 
 
 
Toda a área incluída entre os limites anunciados para 
uma estrada. 
 
 
1128 PASSAGENS DE CILINDRO 
 
 
A não ser que especificado de outro modo nestas 
Especificações ou nas Especificações de Projecto, 
considerar-se-á que uma área recebeu uma passagem 
de cilindro quando um cilindro passou uma vez sobre 
essa área. As passagens adicionais, feitas apenas como 
resultado da sopreposição nominal para assegurar 
cobertura total, não serão tidas em conta. 
 
 
1129 SELAGEM 
 
 
Aplicação de uma ou mais camadas de ligante 
betuminoso com ou sem camadas de agregado britado 
ou areia em sucessivas camadas na plataforma, bermas 
ou qualquer outra camada compactada na qual tem 
lugar movimento de tráfego. 
 
 
1130 LEITO DO PAVIMENTO 
 
 
A camada ou camadas inferiores do pavimento, 
construída(s) directamente sobre o aterro, ou, em alguns 
casos, sobre a fundação da estrada. Poderá incluir 
material da fundação compactado in situ. 
 
 
1131 SERVIÇOS 
 
 
Cabos, tubos ou outras estruturas para providenciar, 
entre outros, ligações para electricidade, telefone e 
telégrafo, água, esgotos, etc. 
 
 
1132 VALETA (DE PLATAFORMA*) LATERAL 
 
 
Canal aberto longitudinal situado adjacente a e no fundo 
de taludes de corte ou aterro. 
 
*Nota de tradução: a valeta exterior claramente 
associada à plataforma da estrada tem, em Portugal, a 
designação de ‘valeta de plataforma lateral’. Diferentes 
autores designam uma valeta construída junto ao pé de 
um talude de aterro, a qual pode ser dissociada da 
plataforma da estrada, por ‘valeta de pé de talude’. 
 
 
1133 BERMA 
 
 
(a) Quando referida como superfície: a área entre o 
bordo exterior da faixa de rodagem e o limite da berma. 
 
(b) Quando referida como uma camada do pavimento: a 
camada superior do pavimento localizada entre o bordo 
exterior da base e o limite da berma. 
 
 
1134 LIMITE DA BERMA (“shoulder breakpoint”)Linha ao longo da qual se intersectam os planos 
prolongados da berma e do talude do aterro. Este bordo 
é normalmente arredondado a um raio pré-determinado. 
 
 
1135 ESTABILIZAÇÃO 
 
 
Tratamento dos materiais usados na construção da 
fundação da estrada, aterro ou camadas do pavimento 
através da adição de um ligante tal como cal ou cimento 
Portland ou a modificação mecânica do material através 
da adição de um ligante de solo ou de um ligante 
betuminoso. Asfalto e betão não serão considerados 
como materiais que tenham sido estabilizados. 
 
 
1136 DECLIVE** 
 
 
A não ser que estabelecido de outro modo, o declive é 
dado pelo quociente da diferença de cotas entre 
quaisquer dois pontos e a distância horizontal entre eles. 
 
Este quociente também pode ser expresso em 
percentagem. 
 
** “Slope” na versão inglesa. De notar que “slope” pode 
ser traduzido para português como declive (caso 
presente) ou como talude. 
 
 
1137 MATERIAL SOBRANTE 
 
 
Material resultante das operações de construção e que 
não é utilizado para fins de construção. 
 
 
1138 SUB-BASE 
 
 
Camada de material no topo do leito do pavimento 
(camadas seleccionadas) ou do aterro e abaixo da base 
e das bermas. 
 
 
1139 SISTEMA DE DRENAGEM SUBTERRÂNEA 
 
 
Conjunto de tubos de drenagem do sub-solo (incluindo 
algum material permeável) construído para intersectar e 
remover água subterrânea. 
 
 
1140 FAIXA DE RODAGEM 
 
 
A porção da plataforma que inclui as diferentes vias de 
trânsito e vias auxiliares mas exclui as bermas. 
 
 
1141 ORLA 
 
 
1100 - 4 
Área entre o bordo exterior do prisma da estrada e o 
limite da reserva da estrada.
 
1200 - 1 
 
SÉRIE 1000: CONSIDERAÇÕES GERAIS 
 
SECÇÃO 1200 REQUISITOS E DISPOSIÇÕES 
GERAIS 
 
 
ÍNDICE 
 
1201 ÂMBITO 
1202 SERVIÇOS 
1203 INTERSECÇÕES RODOVIÁRIAS 
1204 PROGRAMA DE TRABALHOS 
1205 MÃO-DE-OBRA E CONTROLO DE QUALIDADE 
1206 IMPLANTAÇÃO DA OBRA E PROTECÇÃO DE 
MARCOS 
1207 AVISOS, SINAIS E ANÚNCIOS 
1208 MEDIÇÕES 
1209 PAGAMENTO 
1210 CERTIFICADO DE CONCLUSÃO DA OBRA 
1211 TRÁFEGO SOBRE CAMADAS DE PAVIMENTO 
CONCLUÍDAS 
1212 PROJECTOS E OFERTAS ALTERNATIVOS 
1213 VARIAÇÕES DAS TAXAS NOMINAIS DE 
APLICAÇÃO OU DAS PROPORÇÕES 
NOMINAIS DE MISTURA ESPECIFICADAS 
1214 ACTIVIDADES DO EMPREITEIRO 
RELACIONADAS COM BENS FORA DA 
RESERVA DA ESTRADA E COM SERVIÇOS 
DESLOCADOS, DANIFICADOS OU 
ALTERADOS 
1215 PRORROGAÇÃO DO PRAZO DEVIDO A 
PRECIPITAÇÃO ANORMAL 
1216 INFORMAÇÕES FORNECIDAS PELO DONO 
DA OBRA 
1217 PROTECÇÃO DAS OBRAS E REQUISITOS A 
SEREM CUMPRIDOS ANTES DO INÍCIO DA 
CONSTRUÇÃO DE NOVOS TRABALHOS 
SOBRE TRABALHOS CONCLUÍDOS 
1218 TRABALHOS DE REPARAÇÃO 
1219 ÁGUA 
1220 MEDIÇÕES E TOLERÂNCIAS AUTORIZADAS 
1221 DESENHOS FORNECIDOS PELO 
EMPREITEIRO 
1222 USO DE EXPLOSIVOS 
1223 OBRAS SOBRE, POR CIMA, SOB OU ADJACENTES 
A LINHAS FÉRREAS 
1224 A ENTREGA DA RESERVA DA ESTRADA 
1225 ESTRADAS PARA TRANSPORTE DE 
MATERIAIS 
1226 MEDIÇÃO DA PROFUNDIDADE DE VALAS E 
DE ESCAVAÇÕES DE FUNDAÇÕES 
1227 REUNIÕES MENSAIS NO LOCAL DA OBRA 
1228 DISPOSIÇÕES LEGAIS 
1229 LIMPEZA FINAL 
 
 
1216 ÂMBITO 
 
 
Esta Secção abrange questões relacionadas com o 
Contrato no seu todo. As definições, frases ou termos 
que de outra forma seria necessário repetir em outras 
secções das Especificações estão igualmente 
abrangidos por cláusulas na presente Secção. As 
questões abrangidas pelas Condições Gerais do 
Contrato não se encontram repetidas na presente 
Secção, excepto onde necessário para fornecer 
informações mais detalhadas. 
 
 
1202 SERVIÇOS 
 
 
O presente Contrato poderá incluir certos trabalhos 
relacionados com a deslocação e reposição de serviços 
existentes que possam ser afectados pela execução das 
Obras. 
 
O Dono da Obra fornecerá, nos documentos do 
Contrato, informações relativas à localização de serviços 
públicos ou outros existentes, embora ele não aceite 
responsabilidade pela precisão dessas informações. 
 
O Empreiteiro verificará e determinará no local da obra 
as posições de quaisquer serviços indicadas nos 
Desenhos. Isto será feito por meio de inspecções 
visuais, utilizando aparelhos de detecção, e por meio de 
escavações para se pôr a descoberto a posição do 
serviço em pontos críticos. Isto será igualmente feito nos 
locais onde nos Desenhos não estejam indicados 
serviços, mas em que, todavia, se acredita existirem. As 
posições de todos os serviços assim detectados serão 
cuidadosamente marcadas e depois assinaladas nos 
Desenhos. Tais serviços serão então definidos como 
serviços conhecidos. O Empreiteiro tomará todas as 
precauções razoáveis para não danificar os serviços 
durante as buscas, recaindo sobre si o ónus da prova de 
que, na eventualidade de serem causados danos a tais 
serviços no decurso dessas mesmas buscas, não foi por 
culpa sua que os referidos serviços foram danificados. 
 
O Empreiteiro será responsável por quaisquer danos por 
ele causados a serviços conhecidos, salvo se ele puder 
provar que tomou todas as precauções acima 
mencionadas e que os danos foram, no entanto, 
causados porque a posição do serviço conhecido se 
havia desviado em mais de um metro da posição que 
poderia ser razoavelmente deduzida a partir das 
investigações por ele efectuadas. 
 
O Empreiteiro tomará todas as precauções razoáveis 
para proteger os serviços existentes durante a 
construção e durante a mudança de tais serviços. Nos 
casos em que as medidas de protecção envolverem a 
construção de obras permanentes, o Empreiteiro 
executará os trabalhos de acordo com as instruções da 
Fiscalização, e os pagamentos serão efectuados tal 
como previsto nas Especificações do Projecto. 
 
Todos os tubos, cabos, condutas ou quaisquer outros 
tipos de serviços conhecidos, de qualquer natureza, 
danificados como resultado das operações do 
Empreiteiro serão prontamente reparados e repostos por 
ele ou pela Autoridade competente, tudo isso a 
expensas do Empreiteiro e a contento da Fiscalização. 
 
Nos locais em que devam ser executados trabalhos nas 
proximidades de linhas de energia eléctrica aéreas, o 
Empreiteiro assegurará que todas as pessoas que 
trabalhem nessas áreas estejam cientes da distância 
relativamente grande a que a electricidade de alta 
tensão pode fazer “curto-circuito” com a terra quando 
gruas ou outras grandes massas de aço, se encontrem 
nas proximidades de linhas de energia eléctrica. Ao 
Empreiteiro será exigido que trabalhe para além das 
tolerâncias indicadas na norma BS162, a qual fornece 
tolerâncias seguras para as várias tensões. 
 
Deverá ficar claramente entendido que, em certos 
casos, os serviços existentes só poderão ser 
transferidos depois de o Empreiteiro ter avançado o 
suficiente ou ter concluído certas secções das 
terraplanagens ou de determinadas estruturas. 
 
Sempre que sejam encontrados serviços que interfiram 
com a execução das Obras e que necessitem de ser 
deslocados e recolocados, o Empreiteiro aconselhará a 
Fiscalização, a qual determinará a extensão de 
1200 - 2 
trabalhos, caso os haja, a serem executados pelo 
Empreiteiro para remover, recolocar e reinstalar ou 
proteger tais serviços. 
 
Quaisquer trabalhos que devam ser executados pelo 
Empreiteiro para proteger, remover e repor serviços, os 
quais não foram considerados nos documentos do 
Contrato, ou para os quais não existam preços unitários 
apropriados propostos, serão classificados como 
trabalhos adicionais tal como previsto nas Condições 
Gerais do Contrato. 
 
O Empreiteiro trabalhará em estreita colaboração com 
Proprietários privados ou autoridades públicas no 
controlo de serviços que tenham de ser protegidos, 
removidos ou recolocados.Os detalhes referentes ao 
estado das negociações concluídas entre o Dono da 
Obra e o Proprietário no momento da apresentação das 
propostas, relativamente ao momento em que o 
Proprietário está preparado para iniciar a mudança de 
tais serviços, ou se exige ou autoriza o Empreiteiro a 
iniciar a mudança dos serviços, bem como a duração de 
tais operações, serão indicados nos documentos do 
concurso ou serão postos à disposição dos 
concorrentes. Se os Proprietários dos serviços se 
recusarem a cooperar com o Empreiteiro de forma 
razoável no que respeita à protecção ou mudança de 
serviços que lhes pertençam, o Empreiteiro remeterá o 
assunto para a Fiscalização. 
 
Ao detalhar o seu programa de trabalhos, tal como 
mencionado na cláusula relevante das Condições Gerais 
do Contrato, o Empreiteiro deverá, em consulta com a 
Fiscalização, indicar de forma clara quando é que (se) 
propõe iniciar e concluir a mudança de cada serviço ou 
quando é que necessitará que o Dono da Obra inicie e 
conclua a mudança de cada serviço. Se, posteriormente, 
devido a atrasos por parte do Dono da Obra ou do 
Proprietário do serviço a ser mudado, se tornar 
impossível cumprir o programa de trabalhos, este será 
devidamente alterado pelo Empreiteiro em consulta com 
a Fiscalização de modo a limitar, dentro do possível, a 
extensão de quaisquer danos ou atrasos. Caso seja 
impossível limitar na totalidade os danos ou atrasos 
resultantes das alterações necessárias ao programa de 
trabalhos, o Empreiteiro será reembolsado de quaisquer 
custos adicionais incorridos, ou de danos que tenha 
sofrido. 
 
 
1203 INTERSECÇÕES RODOVIÁRIAS 
 
 
Salvo onde vier especificado em contrário, não serão 
efectuados pagamentos adicionais – para além do 
pagamento referente a itens diversos de trabalhos 
incluídos no presente Contrato – relacionados com a 
construção, em espaço confinado, de curvas, transições 
de saída (afunilamentos), cruzamentos do tipo 
“bellmouth” (cruzamento em T, com simples 
alargamento da faixa do ramo de menor tráfego, sem 
ilhas direccionais para canalização do tráfego, mas 
eventualmente com ilha separadora), ilhas 
(direccionais/separadoras), acessos a propriedades 
agrícolas e outras Obras acessórias respeitantes à 
construção e manutenção de intersecções e 
cruzamentos rodoviários. 
 
Ao Empreiteiro será exigido que proporcione a fluência 
segura e sem restrições de tráfego público em todas as 
fases da construção e manutenção das referidas 
intersecções e cruzamentos. 
 
 
1204 PROGRAMA DE TRABALHOS 
 
 
Caso o Empreiteiro se atrase com o programa por ele 
entregue nos termos da cláusula relevante das 
Condições Gerais do Contrato, programa esse aprovado 
pela Fiscalização, o Dono da Obra poderá, sem prejuízo 
dos seus direitos nos termos da cláusula relevante das 
Condições Gerais do Contrato, exigir que o Empreiteiro 
entregue, num prazo de sete dias a contar da data em 
que recebeu uma notificação nesse sentido, um 
programa revisto nos termos da presente Cláusula, o 
qual indica a forma como o Empreiteiro se compromete 
a concluir as Obras dentro do prazo exigido. Qualquer 
proposta do programa revisto para acelerar o ritmo do 
progresso, será acompanhada de passos positivos para 
aumentar a produção através da disponibilização de 
mais e/ou melhor mão-de-obra e equipamento no local 
da obra, ou através da utilização mais eficiente da mão-
de-obra e equipamento disponíveis. 
 
A aprovação de qualquer programa pela Fiscalização 
não terá nenhum significado contratual para além de 
manifestar que a Fiscalização ficará satisfeita caso os 
trabalhos sejam executados de acordo com esse 
programa e que o Empreiteiro se compromete a 
executar os trabalhos de acordo com esse mesmo 
programa. Essa aprovação também não limitará o direito 
da Fiscalização de instruir o Empreiteiro para alterar o 
programa, caso as circunstâncias o exijam. O acima 
exposto não deverá ser considerado como limitando o 
direito do Empreiteiro a apresentar reclamações por 
danos ou a solicitar a prorrogação do prazo, a que 
poderá estar justamente habilitado nos termos das 
Condições Gerais do Contrato por atraso ou interrupção 
das suas actividades. 
 
Caso o Dono da Obra solicite e o Empreiteiro se 
comprometa a acabar as Obras, no todo ou em parte, 
antes do prazo inicialmente exigido no Contrato, o 
pagamento pela aceleração dos trabalhos só será 
efectuado se previamente acordado por escrito e nos 
termos desse acordo. 
 
 
1205 EXECUÇÃO COMPETENTE DOS TRABALHOS 
E CONTROLO DE QUALIDADE 
 
 
Cabe ao Empreiteiro a responsabilidade de produzir 
trabalho que cumpra, em qualidade e precisão dos 
detalhes, todos os requisitos das Especificações 
Técnicas e dos Desenhos, devendo o Empreiteiro, a 
expensas suas, instituir um sistema de controlo de 
qualidade e providenciar pessoal experiente, 
nomeadamente engenheiros, encarregados, topógrafos, 
técnicos de materiais, outros técnicos e demais pessoal 
técnico, bem como todos os meios de transporte, 
instrumentos e equipamento para assegurar a 
supervisão adequada e o controlo positivo das Obras em 
todas as ocasiões. 
 
O Empreiteiro efectuará ou mandará efectuar ensaios de 
forma contínua e numa base regular, a fim de verificar 
as propriedades dos materiais naturais e dos materiais 
naturais processados, e de produtos manufacturados no 
local da obra, tais como betão e asfalto. Embora não 
seja exigido que o Empreiteiro efectue ensaios regulares 
em quaisquer produtos produzidos comercialmente, tais 
como cimento, betume, aço e tubos, o Empreiteiro será 
inteiramente responsável por quaisquer materiais ou 
equipamento defeituosos fornecidos por ele. Do mesmo 
modo, a qualidade de todos os elementos das Obras 
será verificada numa base regular, de modo a assegurar 
conformidade com os requisitos especificados. 
 
1200 - 3 
A intensidade do controlo e dos ensaios a serem 
realizados pelo Empreiteiro nos termos destas 
obrigações não se encontra especificada, mas deverá 
ser adequada para assegurar que se exerça um controlo 
apropriado. 
 
Nos casos em que quaisquer materiais naturais ou 
produtos feitos de materiais naturais sejam fornecidos, e 
no momento da conclusão de cada elemento dos 
trabalhos de construção, o Empreiteiro efectuará o 
ensaio e a verificação de tais materiais, produtos e/ou 
elementos para efeitos de conformidade com os 
requisitos especificados, e submeterá) os resultados à 
Fiscalização para aprovação. Tal entrega incluirá todas 
as medições e resultados dos ensaios efectuados pelo 
Empreiteiro, devendo dar prova adequada de 
conformidade com os requisitos especificados. 
 
Não se estabelecem itens de pagamento específicos 
como compensação pelas obrigações acima 
mencionadas, incluindo o fornecimento de todas as 
amostras entregues à Fiscalização, a reparação dos 
locais de onde se extraíram as amostras, e o 
fornecimento do pessoal bem como equipamento de 
ensaio e instalações necessários, cuja compensação 
será incluída nos preços unitários propostos pelo 
Empreiteiro para os diversos itens de trabalho a que 
estas obrigações dizem respeito. 
 
Chama-se ainda a atenção do Empreiteiro para as 
disposições da Cláusula 7208 relativamente à instituição 
de sistemas específicos de controlo de processos. 
 
 
1206 IMPLANTAÇÃO DA OBRA E PROTECÇÃO DE 
MARCOS 
 
 
Chama-se a atenção do Empreiteiro para os requisitos 
da cláusula relevante das Condições Gerais do 
Contrato, devendo ele ainda cumprir todas as 
disposições legais relativamente a trabalhos de 
levantamento topográfico e implantação da obra. 
 
O Empreiteiro verificará as condições em que se 
encontram todas os marcos de referência e de nível, 
devendo certificar-se de que os mesmos não foram 
tirados do local e correspondem à posição e nível reais. 
Seos marcos tiverem sido destruídos, deslocados ou 
danificados antes de o local da obra ter sido entregue ao 
Empreiteiro, a Fiscalização tratará de instalar novos 
marcos. Um marco que tenha sido deslocado não 
poderá ser usado, a não ser que a sua posição e nível 
reais tenham sido redefinidos e os novos valores 
verificados pela Fiscalização. 
 
Onde um marco possa vir a ser removido durante as 
operações de construção, o Empreiteiro colocará 
marcos de referência apropriados em locais de onde não 
serão deslocados durante a construção. Nenhum marco 
poderá ser tapado, deslocado ou destruído antes de 
terem sido colocados marcos de referência precisos, e 
os detalhes das posições e níveis de tais marcos 
submetidos à Fiscalização e aprovados por esta. Os 
marcos de referência do Empreiteiro serão, pelo menos, 
da mesma qualidade e durabilidade dos marcos 
existentes. 
 
O Empreiteiro submeterá à Fiscalização o método de 
implantação que se propõe utilizar. Para assegurar, sem 
margem de dúvidas, que os elementos complexos da 
estrada, tais como nós de ligação, estruturas e outras 
características importantes se encontram localizados 
precisa e correctamente, o Empreiteiro verificará toda a 
implantação com recurso a um segundo método. A 
Fiscalização poderá a qualquer altura solicitar ao 
Empreiteiro que comprove que a sua implantação foi 
verificada de forma satisfatória. 
 
Nos casos em que o deslocamento ou a danificação de 
marcos de propriedades ou de marcos de levantamentos 
trigonométricos sejam inevitáveis, o Empreiteiro 
notificará a Fiscalização atempadamente, de modo que 
esta possa tratar de que tais marcos sejam devidamente 
referenciados e posteriormente recolocados. O custo 
desse trabalho, caso seja pago pelo Empreiteiro, será 
reembolsável como trabalho adicional, tal como disposto 
nas Condições Gerais do Contrato. 
 
Para efeitos da presente Cláusula e da cláusula 
relevante das Condições Gerais do Contrato, qualquer 
marco feito em estaca de metal chumbada em betão e 
qualquer marco de delimitação, quer seja chumbado em 
betão ou não, será considerado como um marco. As 
estacas de eixo não serão classificadas como marcos. 
 
Para proteger os marcos, as vedações de delimitação da 
reserva da estrada serão chanfradas nos cantos, de 
modo a evitar o uso de postes de canto na mesma 
posição que os marcos de propriedade ou de 
levantamentos trigonométricos, tudo isso tal como 
indicado nos Desenhos. 
 
O Empreiteiro garantirá o controlo preciso do 
alinhamento e do nível em todas as fases da construção. 
Relativamente à estrada propriamente dita, o controlo 
será a intervalos de 20 m ou intervalos mais curtos, 
conforme o que for determinado para curvas horizontais 
e verticais. Onde necessário, e em particular ao se 
concluir o aterro e a base, o Empreiteiro procederá à 
reposição de estacas de alinhamento a intervalos 
suficientemente curtos, para se determinar com precisão 
a posição dos bordos da base e do revestimento e em 
particular dos lancis, guardas de segurança e outros 
elementos rodoviários permanentemente visíveis. 
 
A implantação dos trabalhos não será medida e paga 
directamente, sendo a compensação pelo trabalho 
envolvido na implantação considerada como coberta 
pelos preços unitários propostos e paga no âmbito dos 
diversos itens incluídos no presente Contrato. 
 
 
1207 AVISOS, SINAIS E ANÚNCIOS 
 
 
O Empreiteiro e os Subempreiteiros não edificarão 
quaisquer sinais, avisos ou anúncios na Obra ao longo 
da mesma ou no Estaleiro sem a aprovação por escrito 
da Fiscalização. 
 
Em cada um dos extremos da Obra, o Empreiteiro 
fornecerá e colocará, como parte das suas obrigações 
ao abrigo da Secção 1300, e em locais aprovados, nos 
pontos inicial e final dos Trabalhos, tabuletas bem 
executadas e à prova de intempéries, pintadas por uma 
firma aprovada de letreiros, de acordo com os detalhes 
indicados nos Desenhos. 
 
Esses sinais deverão ser erigidos o mais tardar até um 
mês após o Empreiteiro ter tido acesso ao local da obra. 
 
A Fiscalização terá o direito a determinar que qualquer 
sinal, aviso ou anúncio seja mudado para uma melhor 
posição ou seja retirado do local das Obras, caso venha 
a revelar-se insatisfatório, inconveniente ou perigosos 
para o público em geral. 
 
O Empreiteiro retirará todos os anúncios, avisos e sinais 
ao ser emitido o certificado final de conclusão. 
1200 - 4 
 
 
1208 MEDIÇÕES 
 
 
(a) Unidades de medição 
Todos os trabalhos serão medidos de acordo com o 
Sistema Internacional (SI) de unidades métricas. 
 
 
(b) Mapa de Quantidades 
 
As quantidades apresentadas no Mapa de Quantidades 
constituem estimativas, sendo usadas para comparação 
das propostas e para adjudicação do Contrato. Deve 
ficar claramente entendido que apenas as quantidades 
reais de trabalho realizado ou de materiais fornecidos 
serão medidas para pagamento, e que as quantidades 
previstas no Mapa poderão ser aumentadas ou 
diminuídas, tal como estipulado nas Condições Gerais 
do Contrato. 
 
 
(c) Medição dos trabalhos concluídos 
 
Todas as distâncias ao longo do eixo central da estrada, 
tal como indicado nos Desenhos, são distâncias 
horizontais, as quais serão usadas no cálculo de 
quantidades de aterro e das camadas de pavimento 
para efeitos de pagamento. Todos os cortes transversais 
serão obtidos num plano vertical. 
 
Todos os materiais especificados para serem medidos 
num veículo serão transportados em veículos de tipo e 
tamanho que permitam que o volume real possa ser 
determinado de forma rápida e precisa. A não ser que 
todos os veículos possuam capacidade uniforme, cada 
um deles deverá ostentar um dístico de identificação 
claramente legível, indicando a sua capacidade 
específica aprovada. 
 
A quantidade de materiais betuminosos ou similares a 
serem pagos em volume serão medidos à temperatura 
de aplicação. 
 
As estruturas serão medidas por meio das linhas nítidas 
indicadas nos Desenhos e incluirão quaisquer mudanças 
ordenadas por escrito pela Fiscalização e, para efeitos 
de pagamento, o volume calculado para as estruturas de 
betão incluirá o volume das armaduras de aço e tubos 
com diâmetro até 150 mm. 
 
 
1209 PAGAMENTO 
 
 
(a) Preços unitários contratuais 
 
No cálculo do valor final do Contrato, o pagamento 
basear-se-á na quantidade real dos trabalhos 
autorizados realizados de acordo com as Especificações 
Técnicas e com os Desenhos. Serão aplicados os 
preços unitários propostos, de acordo com as 
disposições das Condições Gerais do Contrato, 
independentemente das quantidades reais serem 
maiores ou menores do que as quantidades previstas. 
 
Nos casos em que nenhuma tarifa ou preço unitário 
tenha sido proposto pelo concorrente para um item de 
pagamento no Mapa de Quantidades, entender-se-á que 
ele não exige qualquer compensação por esse trabalho. 
Todavia, nos casos em que um item de pagamento 
descrito nestas Especificações ou no Caderno de 
Encargos não constar do Mapa de Quantidades, o 
Empreiteiro receberá, se necessário, compensação 
razoável por tal trabalho, salvo se algo em contrário tiver 
sido determinado em outro local. 
 
 
(b) Os preços unitários deverão ser inclusivos 
 
O Empreiteiro aceitará o pagamento previsto no 
Contrato e representado pelos preços unitários por ele 
propostos no Mapa de Quantidades, como pagamento 
total pela execução e conclusão dos trabalhos como 
especificado, pela aquisição, fornecimento, colocação e 
instalação de todos os materiais, pela procura e 
fornecimento de mão-de-obra, supervisão, máquinas de 
construção, ferramentas e equipamento, pelos 
desperdícios, transporte, carregamento e 
descarregamento, manuseamento, manutenção, 
trabalhos temporários, ensaios, controlo de qualidade, 
incluindocontrolo de processos, despesas gerais, lucro, 
risco e outras obrigações e por todas as despesas 
imprevistas necessárias para a conclusão dos trabalhos 
e manutenção durante o período de manutenção. 
 
O Empreiteiro deverá notar que o custo de todos os 
trabalhos e materiais para pormenores de construção 
em pontes, por exemplo pequenas quantidades de 
materiais de calafetagem e materiais de enchimento de 
juntas (excluindo juntas de dilatação), coberturas de 
varões de ancoragem, etc., que não estejam indicados 
no Mapa de Quantidades, estarão incluídos nos preços 
unitários propostos para o betão. 
 
A presente Cláusula aplicar-se-á por inteiro a todos os 
itens de pagamento, excepto quando esses requisitos 
possam ser especificamente alterados caso a caso. 
 
 
(c) Significado de certas expressões em 
cláusulas de pagamento 
 
(i) Aquisição e fornecimento... (material) 
 
Nos casos em que quaisquer das palavras “abastecer”, 
“adquirir”, “providenciar”, “aprovisionar” ou “fornecer 
(material)” sejam usadas na descrição de um item de 
pagamento, tal significará o fornecimento e entrega no 
ponto de utilização de todos os materiais de qualquer 
tipo necessários para o trabalho coberto pelo item de 
pagamento específico, incluindo todos os impostos, 
custos de compra, reclamações, danos, direitos de 
exploração (“royalties”) e custos de transporte 
envolvidos, mas excluindo o “transporte a mais”. No 
caso de materiais de empréstimo, pedra e areia, esses 
deverão também incluir todas as negociações com os 
Proprietários em causa, a escavação, produção, 
preparação, processamento, ensaio, transporte e entrega 
do material no ponto de utilização; a construção, 
reparação, manutenção e reposição, após a conclusão, 
de todas as estradas de acesso, bem como todos os 
trabalhos necessários para a abertura, utilização e fecho 
de câmaras de empréstimo, salvo se cobertos por 
quaisquer outros itens de pagamento do Mapa de 
Quantidades. 
 
(ii) Aplicação de material 
 
A frase “aplicação de material” significará a descarga, 
espalhamento, adição, processamento, rega, mistura, 
regularização e compactação (onde especificado) do 
material nas camadas de pavimento, aterros e desvios, 
assim como a aquisição, fornecimento, aplicação e 
mistura de água; a desagregação de material de 
tamanho demasiado grande, a remoção de material de 
dimensão demasiado grande que não puder ser 
desagregado, correcção de superfícies ou camadas 
irregulares ou desniveladas, cuja espessura não 
1200 - 5 
obedece à especificação, acabamento dentro das 
tolerâncias especificadas, o tapamento de buracos de 
ensaio e a manutenção dos trabalhos concluídos. No 
caso de camadas de mistura betuminosa e de selagens 
betuminosas, também significará o aquecimento e 
pulverização do ligante, o espalhamento de agregado ou 
de misturas betuminosas, cilindramento, compactação, o 
acabamento dentro das tolerâncias especificadas e a 
manutenção dos trabalhos concluídos. 
 
A frase “aquisição, fornecimento e aplicação” significará 
aquisição e fornecimento, para além da aplicação 
propriamente dita, tudo isso tal como aqui definido. 
 
 
(d) Itens de pagamento 
 
As descrições ao abrigo dos itens de pagamento nas 
diversas secções das Especificações, indicando o 
trabalho em relação ao qual serão concedidas 
tolerâncias nos preços unitários propostos para os 
referidos itens de pagamento, são para orientação do 
Empreiteiro e não repetem necessariamente todos os 
detalhes dos trabalhos e dos materiais necessários que 
se encontram descritos nas Especificações. 
 
Estas descrições deverão ser lidas juntamente com as 
Especificações e Desenhos relevantes, e o Empreiteiro 
deverá, ao apresentar propostas, ter em conta que os 
seus preços unitários deverão incluir todos os aspectos 
tal como especificado na Sub-cláusula (b) acima 
mencionada. 
 
 
(e) Materiais no local da obra 
 
O pagamento nos termos da cláusula relevante das 
Condições Gerais da Contrato para materiais no local da 
obra, que ainda não tenham sido incorporados nas 
Obras, será calculado em 80% do respectivo preço de 
compra, ou, no caso de pedra britada, que não tenha 
sido comprada, mas produzida no local, em 80% de uma 
estimativa justa do valor desse material. 
 
A Fiscalização poderá por seu exclusivo discernimento, 
permitir o pagamento ao abrigo de “materiais no local da 
obra” relativamente a artigos tais como vigas pré-
fabricadas produzidas e guardadas fora do local da obra, 
desde que tenham sido concluídos, que se prove serem 
propriedade do Empreiteiro e que os artigos estejam 
claramente marcados com o nome do Empreiteiro, o 
número do Contrato e outros pormenores, em 
conformidade com as instruções da Fiscalização. 
 
 
(f) Itens apenas de preço unitário 
 
Em relação a um item do Mapa de Quantidades, para o 
qual não seja indicada a quantidade, mas seja 
necessário apenas um preço unitário, o Empreiteiro 
incluirá um preço unitário ou uma quantia, que 
constituirá o pagamento pelo trabalho que possa vir a 
ser executado nos termos desse item. Utiliza-se um item 
“apenas de preço unitário” quando se estimar que pouco 
ou nenhum trabalho será necessário ao abrigo desse 
item, ou nos casos em que o item será considerado 
como alternativa de outro item em que seja dada uma 
quantidade, ou para variações nas taxas de aplicação ou 
de proporções de mistura nos termos da Cláusula 1213. 
 
Só será pago trabalho ao abrigo de itens apenas de 
preço unitário, se ele tiver sido executado nos termos de 
instruções dadas por escrito pela Fiscalização. 
 
 
1210 CERTIFICADO DE CONCLUSÃO DA OBRA 
 
 
Será emitido um Certificado de Conclusão da Obra, nos 
termos da cláusula relevante das Condições Gerais do 
Contrato apenas se os seguintes itens dos Trabalhos, 
entre outros e conforme for aplicável, tiverem sido 
devidamente concluídas: 
 
(a) a camada de desgaste de cascalho (material 
granular), selagens, pavimento de asfalto ou de betão; 
(b) todas as estruturas de drenagem à superfície ou no 
subsolo; 
(c) toda a vedação; 
(d) o acabamento de separadores e de taludes de cortes 
e aterros; 
(e) todos os sinais rodoviários verticais e a sinalização 
horizontal; 
(f) todas as guardas de segurança; 
(g) todas as estruturas. 
 
 
1211 TRÁFEGO SOBRE CAMADAS DE 
PAVIMENTO CONCLUÍDAS 
 
 
O tráfego sobre estruturas ou camadas de pavimento de 
uma estrada incompleta deverá, para além das 
restrições especificadas em outro local, ser limitado a 
equipamento necessário à sua construção, sob condição 
de que, o tráfego para transporte de materiais sobre 
camadas de pavimento seja, dentro do possível, limitado 
ao mínimo mediante o uso de estradas de construção e 
desvios. 
 
O tráfego sobre estruturas ou sobre a estrada concluída 
será restringido à carga máxima por eixo permitida nos 
termos das disposições legais. Quaisquer danos 
causados pelo tráfego do Empreiteiro em estruturas ou 
camadas concluídas serão reparados à sua própria 
custa. 
 
 
1212 PROPOSTAS E PROJECTOS ALTERNATIVOS 
 
 
A não ser que algo tenha sido determinado em contrário 
em outro local dos documentos do Contrato, um 
concorrente poderá, juntamente com a sua proposta 
para os projectos originais contidos nos documentos do 
Contrato, submeter propostas e projectos alternativos 
para consideração. Tais propostas e projectos 
alternativos estarão sujeitos às seguintes condições e 
requisitos. 
 
 
(a) Propostas 
 
Apenas se considerará uma proposta ou projecto 
alternativo se a proposta referente aos itens originais 
incluir todos os preços e estiver completa. 
 
Salvo se a proposta alternativa estipular o contrário, 
dever-se-á assumir que o período para conclusão das 
Obras será o mesmo do projecto original. 
 
Umaproposta ou projecto alternativo será submetido 
juntamente com a proposta para os itens ou projecto 
original, caso contrário não será considerado aquando 
da abertura das propostas. 
 
Cálculos, desenhos e um Mapa de Quantidades 
Modificado (tal como determinado daqui em diante) 
relativamente a cada oferta ou projecto alternativo 
1200 - 6 
deverão acompanhar a proposta de concurso 
alternativa. 
 
 
 (b) Códigos de projecto 
 
Os projectos alternativos serão executados estritamente 
de acordo com os códigos de projecto apropriados e as 
prescrições do Dono da Obra. As cópias de tais códigos 
e directivas estarão disponíveis para consulta no 
escritório da Fiscalização, mas cabe ao Empreiteiro a 
responsabilidade de assegurar que cumpre os requisitos 
de projecto do Dono da Obra. 
 
 
(c) Cálculos preliminares 
 
Os cálculos preliminares para um projecto alternativo 
serão submetidos com a proposta. Tais cálculos 
fornecerão detalhes adequados de modo a permitir uma 
avaliação da eficiência geral do projecto e dos seus 
principais elementos, bem como do grau em que as 
prescrições e códigos do projecto do Dono da Obra 
estão a ser cumpridos. Os cálculos deverão ser claros e 
estar numa sequência lógica, devendo reflectir 
claramente todos os pressupostos ou hipóteses do 
projecto. 
 
 
(d) Desenhos preliminares 
 
Os desenhos preliminares dos projectos alternativos 
também serão submetidos com a proposta. Estes 
desenhos deverão incluir plantas, alçados, e cortes 
adequados, devendo ilustrar claramente a eficiência do 
projecto e dos seus elementos principais. As 
profundidades da fundação e outros elementos 
dependentes das condições de fundação deverão, se 
aplicável, estar de acordo com os pormenores da 
fundação que constam do documento do Contrato. 
 
Os Desenhos para projectos alternativos serão 
preparados de acordo com as disposições da Cláusula 
1221. 
 
 
 (e) Quantidades 
 
Cada oferta alternativa será acompanhada de um Mapa 
de Quantidades Modificado e orçamentado, compilado 
de acordo com as Especificações Padrão, na medida do 
aplicável, e que ilustre claramente a forma como os 
preços referentes ao Mapa de Quantidades original 
deixaram de vigorar ou foram alterados. Para além do 
Mapa de Quantidades, será fornecido um conjunto de 
cálculos para ilustrar a forma como se determinaram as 
quantidades. Todos os pressupostos ou hipóteses 
relativamente às condições da fundação ou outros 
factores que determinarão as quantidades serão clara e 
manifestamente assinalados por meio de sublinhados ou 
cores, indicando-se também se as hipóteses se 
basearam ou não em informações fornecidas nos 
documentos do Contrato (com as necessárias 
referências). 
 
 
(f) Outros detalhes 
 
Caso a Fiscalização constate que os cálculos e 
desenhos submetidos para projectos alternativos não 
estão suficientemente completos para uma adjudicação 
fundamentada dos projectos alternativos, isso poderá 
significar que tais projectos alternativos deixarão de ser 
considerados. Porém, o Dono da Obra reserva-se o 
direito de convidar o proponente para submeter cálculos 
e desenhos adicionais, consoante o que for necessário. 
Se esses detalhes adicionais não forem submetidos no 
prazo de dez dias após o pedido ter sido formulado, 
possivelmente os projectos alternativos não voltarão a 
ser tomados em consideração. 
 
 
(g) Adjudicação preliminar de projectos alternativos 
 
A Fiscalização efectuará uma minuciosa análise 
preliminar de quaisquer projectos alternativos para 
verificação do cumprimento dos requisitos especificados 
pelo Dono da Obra. Caso se detectem quaisquer erros 
ou aspectos não satisfatórios, a Fiscalização poderá 
conceder ao Empreiteiro a oportunidade de os rectificar 
dentro de um período a ser determinado por ela. 
Todavia, é de salientar que a análise preliminar do 
projecto e da proposta, efectuada pela Fiscalização, 
dada a sua própria natureza, não pode ser abrangente, 
e a este respeito não se pode dar qualquer garantia de 
que todos os erros cometidos pelo Empreiteiro serão de 
facto detectados. Qualquer correcção desses erros será 
feita mantendo-se o preço da proposta do Empreiteiro e, 
onde necessário, o Mapa de Quantidades orçamentado 
para o projecto alternativo, será conformemente 
ajustado. 
 
 
(h) Aceitação do projecto alternativo 
 
O Empreiteiro deverá notar que a aceitação de uma 
proposta, que inclua projectos alternativos, significará 
que tais projectos foram apenas aprovados em princípio. 
Se os cálculos, desenhos e detalhes finais não 
obedecerem aos requisitos especificados, os referidos 
projectos alternativos poderão ser rejeitados, salvo se 
devidamente emendados pelo Empreiteiro de modo a 
serem aceitáveis para a Fiscalização. 
 
 
(i) Desenhos e cálculos finais e o Mapa de 
Quantidades orçamentado 
 
Caso uma proposta com um projecto alternativo tenha 
sido aceite, o Empreiteiro deverá submeter à 
Fiscalização, para aprovação, até três meses antes da 
data em que tenciona iniciar a construção desse 
projecto, um conjunto completo de desenhos de 
trabalho, os cálculos detalhados e um Mapa de 
Quantidades completo. O Mapa de Quantidades basear-
se-á no Mapa de Quantidades preliminar, mas com os 
necessários ajustamentos das quantidades e preços, 
mantendo-se o preço proposto para o projecto 
alternativo. 
 
No prazo de seis semanas após a recepção dos itens 
atrás referidos, a Fiscalização indicará que desenhos, 
cálculos, quantidades, preços e outros dados são ou não 
aceitáveis para si, fornecendo as razões para tal. O 
Empreiteiro submeterá então atempadamente à 
Fiscalização, para aprovação, quaisquer desenhos e 
outros dados modificados, podendo para tal dispor de 
duas semanas. Qualquer atraso resultante do facto de 
os dados emendados não cumprirem os requisitos, será 
da responsabilidade do Empreiteiro. 
 
Não se poderá começar qualquer trabalho que venha a 
ser afectado por um projecto alternativo, salvo se os 
Desenhos, Mapa de Quantidades e os preços para esse 
projecto alternativo tiverem sido aprovados. Caso o 
Empreiteiro não modifique quaisquer desenhos, 
cálculos, quantidades, preços ou quaisquer outros 
detalhes a contento da Fiscalização, o projecto 
alternativo será rejeitado e o projecto original construído 
1200 - 7 
pela mesma quantia que tenha sido proposta para o 
projecto alternativo. 
 
 
(j) Responsabilidade pelo projecto alternativo 
 
A aprovação de um projecto pela Fiscalização não 
ilibará de forma alguma o Empreiteiro da sua 
responsabilidade em elaborar um projecto que obedeça 
em todos os aspectos a todos os requisitos 
especificados e que seja adequado para o fim 
pretendido. 
 
Se, posteriormente, se verificar, durante a construção ou 
durante o período de manutenção, que o projecto não 
respeita os requisitos especificados, apenas o 
Empreiteiro será responsável por qualquer dano daí 
resultante, e ele deverá, por conta própria, efectuar todo 
o trabalho necessário para assegurar que a estrutura 
respeite todos os requisitos especificados. 
 
 
(k) Pagamentos de projectos alternativos 
 
Os pagamentos referentes a projectos alternativos 
basear-se-ão na versão final aprovada do Mapa de 
Quantidades e nos preços unitários para esses 
projectos. O valor global por um projecto alternativo 
permanecerá fixa, sendo constituída pela quantia final 
pagável ao Empreiteiro relativamente a esse projecto, 
exceptuando-se apenas os desvios resultantes de: 
 
(i) condições de fundação que diferem das condições de 
fundação indicadas nos documentos do Contrato, ou 
relativamente a hipóteses relacionadas com as 
condições de fundação mencionadas pelo Empreiteiro 
na sua proposta e aceites pela Fiscalização; 
 
(ii) alterações não resultantesde quaisquer erros ou 
falhas do Empreiteiro, mas sim de modificações 
solicitadas pela Fiscalização. 
 
 
(l) Custo de verificação de projectos alternativos 
 
Na sua proposta referente a cada projecto alternativo, o 
Empreiteiro incluirá um item para cobrir o custo de 
verificação do respectivo projecto. Este item será 5% da 
quantia proposta para o projecto, sem qualquer ajuste 
de preço nos termos da cláusula relevante das 
Condições Gerais do Contrato em consideração, e a 
quantia será pagável à Fiscalização, apenas mediante 
uma autorização emitida pelo Dono da Obra. 
 
 
(m) Propostas alternativas 
 
No presente contexto, ofertas alternativas significará 
ofertas não relacionadas com uma estrutura, como uma 
ponte, a qual requer uma análise estrutural abrangente. 
No essencial, trata-se de ofertas quanto ao uso de 
outros materiais, programas de construção, itinerários 
alternativos, etc. Neste caso, continuarão ainda a vigorar 
as disposições da Cláusula 1212, exceptuando-se os 
casos em que o Empreiteiro, em consulta com o Dono 
da Obra, possa concordar em alterar ou eliminar certas 
disposições, dependendo da natureza da oferta, mas 
sujeito a um prévio acordo por escrito com o Dono da 
Obra. 
 
 
1213 VARIAÇÃO DAS TAXAS NOMINAIS DE 
APLICAÇÃO ESPECIFICADAS OU DAS 
PROPORÇÕES NOMINAIS DE MISTURA 
 
 
As diversas secções destas Especificações Técnicas 
estabelecem taxas nominais de aplicação ou de 
proporções nominais de mistura para materiais tais 
como materiais betuminosos, agregados, fíleres, 
agentes estabilizantes, tinta e outros materiais afins. Os 
concorrentes deverão basear as suas propostas nestas 
taxas nominais de aplicação e de proporções de mistura. 
 
Nos casos em que se especificarem essas taxas 
nominais de aplicação ou de proporções de mistura, há 
cláusulas sobre os desvios nas quantidades de materiais 
como consequência das taxas de aplicação ou de 
proporções de mistura recomendadas pela Fiscalização 
em cada caso particular, tendo em conta os materiais 
disponíveis e as condições no local. 
 
Nos casos em que as taxas reais de aplicação ou as 
proporções de mistura usadas nas Obras variarem em 
relação às taxas nominais e às proporções de mistura 
especificadas, será feito um ajuste de compensação: 
 
(a) como pagamento ao Empreiteiro a respeito de 
qualquer aumento autorizado de quantidades que 
excedam as especificadas, nos casos em que tal 
aumento tenha sido ordenado por escrito pela 
Fiscalização; 
 
ou 
 
(b) como reembolso ao Dono da Obra relativamente ao 
decréscimo em quantidades que sejam inferiores às 
especificadas, independentemente de o decréscimo 
resultar de um decréscimo autorizado nas taxas de 
aplicação ou nas proporções de mistura, ou de reduções 
não autorizadas por parte do Empreiteiro. 
 
O pagamento por uma taxa de aplicação ou de 
proporção de mistura prescrita basear-se-á na taxa real 
de aplicação ou de proporção de mistura usada, 
contanto que isso não exceda a taxa de aplicação ou de 
proporção de mistura prescrita, mais uma certa 
tolerância permitida na taxa de aplicação ou de 
proporção de mistura. Se a taxa real de aplicação ou de 
proporção de mistura exceder a taxa ou proporção 
prescritas, o pagamento basear-se-á na taxa prescrita 
de aplicação ou de proporção de mistura mais qualquer 
tolerância permitida. Se a taxa real de aplicação ou de 
proporção de mistura for inferior à taxa prescrita de 
aplicação ou da proporção de mistura ordenada, o 
pagamento basear-se-á na taxa real de aplicação ou de 
proporção de mistura, independentemente de qualquer 
tolerância permitida. Não obstante o acima enunciado, a 
Fiscalização terá o pleno direito de rejeitar obras que 
não tenham sido construídas de acordo com as 
Especificações ou com as taxas de aplicação ou de 
proporções de mistura por ela recomendadas. 
 
O Dono da Obra será reembolsado por quaisquer 
decréscimos nas taxas especificadas de aplicação ou de 
proporções de mistura pelo mesmo preço unitário por 
unidade de medição que o proposto pelo Empreiteiro 
relativamente a materiais adicionais necessários como 
resultado de um aumento nas taxas de aplicação ou de 
proporções de mistura. 
 
 
1214 ACTIVIDADES DO EMPREITEIRO 
RELACIONADAS COM PROPRIEDADE FORA 
DA RESERVA DA ESTRADA E COM 
SERVIÇOS DESLOCADOS, DANIFICADOS OU 
ALTERADOS 
 
 
1200 - 8 
(a) O Empreiteiro exercerá quaisquer direitos que 
lhe possam ser cedidos por uma Autoridade nos termos 
de quaisquer disposições legais para efeitos de 
execução do Contrato, na condição de: 
 
(i) o Empreiteiro cumprir estritamente os requisitos 
de tais disposições legais, particularmente no que se 
refere a questões relacionadas com avisos a dar ao 
Dono da Obra ou com consultas a manter com o 
mesmo; 
 
(ii) ser firmado por escrito, em cada caso, um 
acordo com a Fiscalização relativamente aos 
pormenores das acções propostas pelo Empreiteiro, 
antes que os direitos deste sejam exercidos nos termos 
das disposições legais. 
 
(b) O Empreiteiro deverá enunciar por escrito todos 
os acordos com os Donos de propriedades fora da 
reserva da estrada ou de serviços dentro ou fora da 
reserva da estrada, no tocante às seguintes questões: 
 
(i) A localização, dimensão e uso de câmaras de 
empréstimo, estradas para transporte de materiais, 
estradas para fins de construção e desvios fora da 
reserva da estrada. 
 
(ii) Compensação, se aplicável, por terrenos ou 
materiais tomados ou por terrenos temporariamente 
utilizados ou ocupados. 
 
(iii) A reposição de bens ocupados, utilizados, 
danificados ou destruídos, ou compensação pelos 
mesmos em vez da sua reposição. 
 
(iv) O procedimento referente à deslocação de 
serviços e detalhes sobre como e quando isso será feito. 
 
(v) Qualquer questão semelhante directamente 
relacionada com as actividades do Empreiteiro ou 
respeitantes a bens ou serviços privados. 
 
Esses acordos serão assinados por todas as partes 
interessadas e entregues à Fiscalização. 
 
Nos casos em que o Empreiteiro não puder obter o 
acordo do Proprietário por escrito, ele remeterá a 
questão à Fiscalização, fornecendo-lhe os detalhes, por 
escrito, de qualquer acordo verbal feito. 
 
(c) Nos casos em que, para além de qualquer 
acordo com o Dono de qualquer propriedade, em 
relação à qual haverá acesso ou ocupação temporária, 
ou de qualquer serviço a ser deslocado, se entende ou 
exige que o Empreiteiro deverá avisar o Proprietário 
imediatamente antes de, efectivamente, entrar ou 
ocupara propriedade privada ou deslocar o serviço, esse 
aviso será devidamente entregue por escrito, devendo 
ser enviada à Fiscalização uma cópia do mesmo, 
juntamente com a confirmação da sua recepção. 
 
(d) Ao concluir as suas operações, o Empreiteiro 
deverá obter, do Proprietário em questão, uma 
declaração por escrito comprovando que: 
 
(i) o Empreiteiro cumpriu as suas obrigações ao 
abrigo de qualquer acordo por escrito ou, na falta de um 
tal acordo, 
 
(ii) o Proprietário recebeu por inteiro a 
compensação a que tem direito e que também se sente 
satisfeito com o facto de toda a propriedade ocupada, 
incluindo câmaras de empréstimo, estradas para o 
transporte de materiais e estradas para fins de 
construção , ter sido reposta de forma apropriada e se 
encontrar em condições satisfatórias. 
 
Relativamente aos serviços que tenham sido 
deslocados, alterados, danificados ou sob qualquer 
forma afectados, o Empreiteiro deverá igualmente obter 
uma declaração por escrito do Proprietário de que esses 
serviços foram recebidos em condições satisfatórias. 
 
Todas essas declarações serão assinadas, datadas e 
entregues à Fiscalização. 
 
(e) Se o Empreiteiro desejar fazer uso de terras fora 
da área concedida pelo Dono daObra para armazenar 
ou guardar material ou equipamento necessário para a 
construção de Obras permanentes, tal será sujeito ao 
seguinte: 
 
(i) Que a Fiscalização aprove qualquer área 
seleccionada para esse fim. 
 
(ii) Que tais terrenos estejam fisicamente separados 
de quaisquer equipamentos ou actividades de produção, 
e apropriadamente vedados. 
 
(iii) Que a área utilizada para o fim acima 
mencionado seja submetida a levantamento e, nos 
casos em que os terrenos não pertençam ao 
Empreiteiro, ele deverá celebrar um contrato de 
arrendamento com o respectivo Proprietário referente ao 
período total em que tais terrenos serão usados para 
esse mesmo fim, contrato esse que estipulará que o 
Proprietário não terá quaisquer direitos a quaisquer 
materiais amontoados ou armazenados nos referidos 
terrenos durante a vigência do contrato de 
arrendamento. 
 
(iv) Que marcos de referência apropriados e 
permanentes, aprovados pela Fiscalização, sejam 
colocados junto à área, a expensas do Empreiteiro, para 
uso pela Fiscalização tendo em vista, caso seja 
aplicável, a obtenção de cortes transversais para a 
determinação de quantidades. 
 
(v) Que apenas os materiais utilizados para este 
contrato serão armazenados em tais terrenos. 
 
 
1215 PRORROGAÇÃO DO PRAZO DEVIDO A 
PRECIPITAÇÃO ANORMAL 
 
 
A prorrogação ou extensão do prazo nos termos da 
cláusula relevante das Condições Gerais do Contrato, 
relativamente a precipitação anormal, será determinada 
de acordo com o Método 1 adiante indicado, salvo se as 
Especificações do Projecto determinarem que seja 
usado o Método 2. 
 
A extensão máxima do prazo, que será considerada 
relativamente a um dado período, será o número de dias 
úteis no período em causa, nos quais os trabalhos 
poderão ser executados de acordo com as disposições 
da cláusula relevante das Condições Gerais do 
Contrato. 
 
 
(a) Método 1 (Fórmula de precipitação) 
 
De acordo com este método, a extensão do prazo será 
calculada separadamente para cada mês de calendário 
ou parte do mesmo, segundo a fórmula adiante indicada. 
A extensão será calculada para a totalidade do período 
de conclusão do Contrato, incluindo quaisquer 
1200 - 9 
prorrogações do mesmo que possam ter sido 
concedidas: 
 
V = (Nw - Nn) + (Rw - Rn) 
 x 
 
Se qualquer valor de V for negativo e o seu valor 
absoluto exceder Nn, considerar-se-á V como sendo 
igual a menos Nn. 
 
Os símbolos terão os seguintes significados: 
 
V = Extensão do prazo em dias do calendário, 
relativamente ao mês de calendário em 
consideração. 
 
Nw = Número real de dias durante o mês de calendário 
em que se registou uma precipitação de Y mm 
ou mais. 
 
Rw = Precipitação real em mm relativamente ao mês de 
calendário em consideração. 
 
Nn = Número médio de dias no mês de calendário 
relevante, calculado a partir dos registos de 
precipitação fornecidos pelas Especificações do 
Projecto, em que se registou uma precipitação 
de Y mm ou mais. 
 
Rn = precipitação média em mm para o mês de 
calendário, calculado a partir dos registos de 
precipitação fornecidos pelas Especificações do 
Projecto 
 
X = 20, salvo indicação em contrário nas Especificações 
do Projecto. 
 
Y = 10, salvo indicação em contrário nas Especificações 
do Projecto 
 
A extensão total do prazo será a soma algébrica dos 
totais mensais para o período em consideração. Mas se 
o total geral for negativo, o prazo para conclusão não 
será reduzido por causa de precipitação anormal. A 
extensão do prazo relativamente a partes de um mês 
será calculada proporcionalmente aos valores de Nn e 
Rn utilizados. 
 
O factor (Nw - Nn) será considerado como 
representando uma estimativa razoável para variações 
do número médio de dias durante os quais a 
precipitação excede Y mm. O factor (Rw - Rn) ÷ X será 
considerado como representando uma estimativa 
razoável para variações da média referente ao número 
de dias em que a precipitação não excede Y mm, 
embora as condições de chuva tenham impedido ou 
perturbado os trabalhos. Esta fórmula não toma em 
conta quaisquer danos causados por cheias, os quais 
poderão causar atrasos adicionais ou concomitantes, 
devendo ser tratados em separado relativamente à 
extensão do prazo. 
 
Serão efectuadas medições precisas de precipitação, 
num local adequado da obra, devendo o Empreiteiro, por 
sua própria conta, tomar todas as precauções 
necessárias para assegurar que os pluviómetros não 
sejam alvo de interferência por parte de pessoas não 
autorizadas. 
 
As Especificações do Projecto fornecerão informação 
respeitante aos registos de precipitação existentes, caso 
se encontrem disponíveis em estação pluviométrica 
apropriada próximo do local da obra, juntamente com os 
cálculos de extensões de prazos referentes a anos 
anteriores em conformidade com a fórmula acima 
indicada. 
 
Se não houver registos apropriados de precipitação 
disponíveis, a referida fórmula não se aplicará. 
 
 
(b) Método 2 (Método do Caminho Crítico) 
 
Nos casos em que o Método do Caminho Crítico vier 
especificado nas Especificações do Projecto para a 
determinação da prorrogação do prazo resultante de 
precipitação anormal, ele será aplicado da seguinte 
forma: 
 
(i) Um atraso causado por condições climatéricas 
severas será considerado como tal apenas se, na 
opinião da Fiscalização, houver uma paragem no 
andamento de um ou mais itens de trabalho no caminho 
crítico do programa de trabalhos do Empreiteiro. Apenas 
se terão em conta os atrasos referentes a dias úteis 
(com base numa semana de trabalho de cinco dias) para 
a extensão do prazo, mas o Empreiteiro deverá 
considerar no seu programa de trabalho um atraso 
esperado de “n” dias úteis causado por tempo chuvoso 
normal, em relação ao qual não beneficiará de nenhuma 
extensão do prazo. O valor de “n” deverá constar nas 
Especificações do Projecto. 
 
(ii) A extensão do prazo durante dias úteis será 
concedida em função do grau em que os atrasos reais, 
tal como acima definido, excederem o número de “n” 
dias úteis mencionado nas Especificações do Projecto. 
 
 
1216 INFORMAÇÕES FORNECIDAS PELO DONO 
DA OBRA 
 
 
Certas informações contidas nos documentos do 
Contrato ou fornecidas em separado são prestadas de 
boa-fé mas, nas circunstâncias respeitantes ao tipo de 
informações fornecidas, não poderá dar-se nenhuma 
garantia de que todas as informações são 
necessariamente correctas ou representativas das 
condições in situ. 
 
Isto aplica-se mais concretamente a todos os ensaios de 
solos, mapeamento de solos, resultados de perfurações, 
levantamentos geofísicos, relatórios geológicos, 
informações sobre câmaras de empréstimo, 
levantamentos e relatórios sobre materiais, e 
informações similares, cuja precisão está 
necessariamente sujeita às limitações dos ensaios, das 
amostragens, da variação natural de materiais ou de 
formações sob investigação e do grau de certeza com 
que se podem tirar conclusões de quaisquer 
investigações efectuadas. Isso aplica-se ainda a 
qualquer diagrama de utilização de materiais fornecido, 
dado que o diagrama poderá estar sujeito a grandes 
alterações durante o andamento dos trabalhos, 
dependendo das condições do local da obra. 
 
O Dono da Obra não aceitará qualquer responsabilidade 
pela exactidão das informações fornecidas ou por 
quaisquer danos resultantes, directos ou indirectos, caso 
se venha a verificar, no decurso do Contrato, que as 
informações fornecidas são incorrectas ou não 
representativas. 
 
Qualquer confiança depositada pelo Empreiteiro nessas 
informações será por risco próprio. 
 
Não obstante o acima exposto, o Dono da Obra aceitará 
responsabilidade pela exactidão do seguinte: 
1200- 10 
 
(a) Quaisquer carotes de rocha a serem 
supostamente colhidas de furos de ensaios de 
perfuração designados. 
 
(b) Informações visuais evidentes a partir da 
inspecção de poços de prospecção abertos. 
 
(c) Apenas os resultados de quaisquer ensaios 
sobre solos no eixo da estrada, áreas de empréstimo ou 
outros ensaios de solos fornecidos nos Desenhos ou 
mapas que façam parte dos documentos do Contrato. 
 
 
1217 PROTECÇÃO DAS OBRAS E REQUISITOS A 
SEREM CUMPRIDOS ANTES DO INÍCIO DA 
EXECUÇÃO DE NOVOS TRABALHOS SOBRE 
TRABALHOS CONCLUÍDOS 
 
 
As obrigações gerais do Empreiteiro nos termos da 
cláusula relevante das Condições Gerais do Contrato 
incluirão, entre outros, o seguinte: 
 
(a) A execução de trabalhos temporários de 
drenagem tais como valetas, canais abertos, diques, 
etc., e o fornecimento e operação temporária de bombas 
e equipamentos afins que possam ser necessários para 
a adequada protecção, drenagem e remoção de água de 
Obras e Obras temporárias. Isto será feito 
adicionalmente a quaisquer trabalhos de drenagem 
permanentes especificados e executados, para além de 
quaisquer trabalhos de drenagem temporários, pagos 
especificamente em separado tal como nos casos de 
desvios. 
 
(b) Não se deverá permitir que o material em 
câmaras de empréstimo fique excessivamente húmido, 
todas as camadas executadas deverão ser devidamente 
drenadas, amontoamentos de materiais sobre camadas 
concluídas não deverão impedir a drenagem superficial 
ou formar poças de água sob ou à sua volta, e todas as 
componentes das Obras deverão estar protegidas contra 
a erosão causada por cheias e pela chuva. 
 
Não poderá espalhar-se material sobre uma camada 
que se encontre tão húmida que possa resultar no 
perigo de causar quaisquer danos à camada durante a 
compactação de uma camada posterior, ou aquando da 
abertura ao tráfego. 
 
Nos casos em que o material for espalhado sobre a 
estrada, o Empreiteiro assegurará que, durante os 
períodos de chuva, aquele terá um bom declive 
transversal e uma ligeira compactação à superfície, de 
modo a facilitar o escoamento durante a estação 
chuvosa. 
 
(c) Taludes em aterro e em escavação deverão ser 
imediatamente reparados, sempre que danificados por 
água superficial. Nos casos em que ocorra erosão em 
aterros elevados, os taludes serão reparados mediante 
cortes, de modo a formarem-se banquetas, e pela 
compactação mecânica da reposição do aterro às 
densidades especificadas, utilizando equipamento ligeiro 
apropriado. 
 
(d) As escavações para tubos de drenagem, 
aquedutos, condutas de serviço e estruturas similares 
deverão ser devidamente protegidas contra a possível 
entrada de água na ocorrência de chuvas torrenciais. 
 
(e) Todas as camadas concluídas deverão ser 
protegidas e mantidas até que a camada seguinte seja 
construída. A manutenção incluirá reparações imediatas 
de quaisquer danos ou defeitos que possam ocorrer, e 
será repetida sempre que necessário, a fim de se 
manter a camada continuamente intacta e em bom 
estado. 
 
(f) Antes que qualquer camada executada seja 
impregnada ou uma camada posterior seja construída 
sobre esta, quaisquer danos causados à camada 
existente serão reparados, de modo que, após a 
reparação ou reconstrução, se necessário, ela 
corresponda, sob todos os aspectos, aos requisitos 
especificados para essa mesma camada. Todos os 
trabalhos de reparação, excepto reparações de 
pequenos danos superficiais, serão apresentados à 
Fiscalização para inspecção antes de serem 
executados. 
 
A camada previamente construída deverá ser 
cuidadosamente limpa mediante a remoção de todos os 
materiais estranhos antes da construção de uma 
camada subsequente ou da aplicação de uma rega de 
impregnação, de um revestimento superficial ou outro 
revestimento. Em particular, no caso de todos os 
trabalhos com materiais betuminosos, a camada 
existente deverá ser cuidadosamente varrida e toda a 
sujidade, argila, lama e outros materiais nocivos 
completamente removidos. Onde necessário, a 
superfície deverá ser pulverizada com água antes, 
durante e após ter sido varrida de forma a se retirarem 
todos os materiais estranhos. 
 
O trabalho realizado como parte das obrigações acima 
enunciadas não será medido nem pago separadamente, 
e o seu custo estará incluído nos preços unitários 
propostos para os diversos itens de trabalho que 
necessitam de protecção, e nos itens referentes ao 
estabelecimento do Empreiteiro no local da obra, tal 
como especificado na Secção 1300. 
 
 
1218 TRABALHOS DE REPARAÇÃO 
 
 
Quando se constatar, mediante exame pela 
Fiscalização, que qualquer parte dos Trabalhos, ou 
qualquer equipamento ou material não corresponde aos 
requisitos, ou que em qualquer altura antes da aceitação 
final se encontre danificado, de tal forma que já não 
obedeça aos requisitos das Especificações Técnicas, a 
Fiscalização poderá ordenar a sua completa remoção e 
substituição, a expensas do Empreiteiro, por trabalhos, 
equipamento ou materiais satisfatórios, ou então ela 
poderá permitir que o Empreiteiro aplique medidas de 
reparação, de modo a corrigir quaisquer defeitos ou 
danos. As medidas de reparação realmente tomadas 
serão em todas as ocasiões da inteira iniciativa, risco e 
conta do Empreiteiro, mas sujeitas à aprovação da 
Fiscalização no que se refere aos respectivos detalhes. 
 
Em particular, as medidas de reparação assegurarão a 
plena conformidade com os requisitos das 
Especificações Técnicas do produto final, não deverão 
fazer perigar ou danificar quaisquer outras partes dos 
trabalhos, e deverão ser cuidadosamente controladas e 
submetidas à Fiscalização para verificação quando 
concluídas, ou em qualquer fase intermédia, quando 
considerado necessário. 
 
Para orientação do Empreiteiro, são fornecidas adiante 
indicações quanto ao que será normalmente exigido nos 
casos mais comuns de defeitos ou danos, mas de forma 
nenhuma será a Fiscalização obrigada a aceitar ou 
aprovar as medidas a seguir enunciadas, visto que as 
medidas de reparação reais serão ditadas pelas 
circunstâncias de cada caso específico. 
1200 - 11 
 
(a) Terraplenagens 
 
(i) Nos casos em que um talude em corte tenha sido 
escavado em excesso ou cortado de forma insuficiente, 
não será normalmente permitido o reenchimento e o 
talude no seu todo poderá ter de ser novamente 
regularizado, de forma a obter-se um talude uniforme. 
 
(ii) Quando o fundo de um corte tiver sido feito a uma 
profundidade demasiada, será normalmente necessário 
um reenchimento e recompactação com cascalho 
(material granular) seleccionado no caso de escavação 
de solo ou cascalho, e com agregado britado ou pedra 
de tamanho apropriado, no caso de escavações em 
material rijo. Serão tomadas todas as medidas 
necessárias para se drenar a água subterrânea que se 
possa ter acumulado em secções submetidas a 
reenchimento ou reposição). 
 
(iii) As larguras excessivas dos aterros terão de ser 
regularizadas por meio de corte. 
 
(iv) Onde a erosão tenha danificado a superfície dos 
cortes ou dos aterros, os danos deverão ser reparados 
mediante reenchimento (reposição) com material 
apropriado, e regularizados de novo. Nos casos mais 
sérios, os taludes poderão ter de ser cortados, mediante 
a formação de banquetas, reenchidos e compactados ao 
grau de compactação exigido com equipamento ligeiro 
apropriado, sendo depois novamente regularizados. 
 
 
(b) Estabilização 
 
Quaisquer secções que não cumpram os requisitos 
especificados, ou que fiquem danificadas numa 
extensão tal, que necessitem de ser demolidas e 
recompactadas, terão de voltar a ser estabilizadas com 
o tipo e quantidade de agente estabilizante indicado pela 
Fiscalização. A Fiscalização poderá igualmente

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