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Filosofia e Ética - AD1

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Curso: Administração Pública
Disciplina: Filosofia e Ética
QUAIS AS DIFERENÇAS ENTRE MITO E FILOSOFIA?
	Antes de falarmos propriamente das diferenças entre o pensamento mítico e o pensamento filosófico, precisamos, para uma maior compreensão, conceituar mito e filosofia. O que é mito? A palavra mito vem do grego mythos. Mito é um discurso, uma narração sobre a origem dos fatos, como a criação do mundo, o bem e o mal, o sentido da vida, a morte e etc. Essa narrativa é feita por uma pessoa com autoridade e credibilidade a ela concedida pelo fato de haver testemunhado o ocorrido ou ter recebido o relato de alguém que o tenha testemunhado. Portanto, acreditava-se que essa pessoa era um escolhido dos deuses e que, por isso, sua palavra era sagrada, tornando-se incontestável e inquestionável (CHAUÍ, 2000). Através desta narração, buscava-se alcançar uma verdade, um sentido, uma explicação para as inquietações e preocupações do ser humano.
	Agora, vejamos o que é Filosofia. A palavra Filosofia também deriva do grego. Philo significa amizade, amor fraternal. Sophia quer dizer sabedoria. Então, podemos dizer que Filosofia é o amor pela sabedoria. De acordo com Chauí (2000, p. 28),
Os historiadores da Filosofia dizem que ela possui data e local de nascimento: final do século VII e início do século VI antes de Cristo, nas colônias gregas da Ásia Menor (particularmente as que formavam uma região denominada Jônia), na cidade de Mileto. E o primeiro filósofo foi Tales de Mileto.
A Filosofia não foi criada por alguém. Não foi descoberta. Ela já nasce com o homem, que a desenvolve através de sua racionalidade, ou sua razão. É o fato de ser racional que qualifica o homem para pensar filosoficamente, expressar e defender suas ideias e comportamentos, indagar sobre fatos e acontecimentos do passado, do presente e até do futuro; aceitar e rejeitar ordens, usar a coerência e a lógica, fazer questionamentos, gerar e sanar dúvidas, concordar e discordar, desenvolver ideias, buscar ideais e etc.
	Portanto, podemos dizer que o pensamento mítico já não era suficiente, em si mesmo, para responder aos questionamentos da humanidade. Não era capaz de sanar dúvidas e responder sobre algo apenas se valendo do argumento de que alguém o recebeu de uma autoridade divina. Apenas a autoridade religiosa do narrador já não era suficiente para desfazer contradições e/ou incompreensões dos fatos, mesmo essa autoridade tendo sido dada por uma força sobrenatural, como diziam os míticos, capaz de governar o mundo e o destino da humanidade. Em face disso, a Filosofia vem, de modo racional, tentar explicar porque o mundo muda, sem aceitar contradições e incompreensões deixadas pelos míticos, buscando sempre uma explicação lógica para os acontecimentos e tentando responder àquilo que os mitos e as tradições já não eram suficientes em fazê-lo, pois perderam força em suas explicações e teorias, não conseguindo mais satisfazer e esclarecer os questionamentos de quem queria conhecer a verdade sobre o mundo em que vivemos. “A autoridade da explicação não vem da pessoa do filósofo, mas da razão, que é a mesma em todos os seres humanos” (Chauí, 2000, p. 35).

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