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Filosofia e Ética - AD7

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Curso: Administração Pública
Disciplina: Filosofia e Ética
1. Explique​ ​o​ ​contexto​ ​em​ ​que​ ​nasceu​ ​a​ ​concepção​ ​política​ ​de​ ​Maquiavel.
	Maquiavel nasceu em Florença, na Itália, na época do Renascentismo. Um dos filósofos mais importantes da história da filosofia política. Foi diplomata, historiador e conselheiro dos governantes de Florença. Conhecido como o fundador do pensamento político moderno porque buscava oferecer novas respostas a um novo contexto histórico, enquanto que seus contemporâneos tentavam compreender esses fatos lendo sobre os autores antigos, não observando o que acontecia diante de seus próprios olhos. Maquiavel viu as lutas europeias para a centralização da monarquia; viu o crescimento da burguesia das grandes cidades e a fragmentação da Itália em reinos, repúblicas e Igreja. Sua obra, criticada por todos os lados, considerada satânica e ateia, atacada por protestantes e católicos, tornou-se referência obrigatória do pensamento político moderno. Os governantes passaram a ter que justificar a ocupação do poder, pois, os pensamentos de Maquiavel trouxeram a ideia de que a finalidade da política é a tomada de decisão e a conservação do poder e que este não provém de Deus, nem da razão, nem de uma ordem natural feitas de hierarquias fixas.
	A partir de Maquiavel, os teóricos tiveram que elaborar novas teorias políticas, fundadas diante de acontecimentos históricos entre os séculos XV e XVI, que mudaram a face econômica e social da Europa. Vejamos:
- a decadência das famílias aristocratas – suas riquezas foram consumidas nas guerras das Cruzadas e suas terras foram abandonadas por seus senhores quando estes foram lutas nestas guerras, morrendo sem deixar herdeiros;
- a decadência agrária – causada pela Peste Negra, uma grande peste que dizimou colheitas, gado e gente na Europa, no final da Idade Média;
- o desenvolvimento do comércio – crescimento de atividades artesanais gerou aumento na compra e venda de produtos, gerando, inclusive, intercâmbio comercial em toda a Europa;
- grandes rotas do comércio Oriental – iniciando pelas cidades italianas, passando por países como Portugal, Espanha, Inglaterra e França, geraram um novo tipo de riqueza, baseado no lucro, através da exploração do trabalho de homens pobres, do trabalho escravo de nativos e negros, advindos das Américas.
	Com isso, o desenvolvimento econômico das cidades, a burguesia mercantil, o crescimento da classe de trabalhadores livres (ou seja, não escravos de senhores feudais), a Reforma Protestante, as revoltas populares, a guerra entre grandes potências pelo domínio dos mares e de novas terras, a queda de reis e de famílias nobres, a ascensão de famílias através do comércio (que eram favorecidas por novos reis contra a nobreza da época), ficou evidenciado que a ideia cristã, de um mundo constituído de maneira natural por hierarquias, herdada do Império Romano e consolidada pela Igreja Romana, não correspondia mais à realidade.
2. O​ ​que​ ​é​ ​o​ ​contrato​ ​social​ ​e​ ​o​ ​que​ ​ele​ ​pretende​ ​explicar?
	Contrato social é a passagem do Estado de Natureza à sociedade civil, criando o poder político e as leis. Através do contrato social (ou pacto social) os indivíduos renunciam à sua liberdade e à posse de bens e armas, concordando em transferi-los a um terceiro – o soberano – além de lhe outorgar o poder para criar e aplicar leis, tornando-o autoridade política. Para legitimar o pacto social, é invocado o Direito Romano e a Lei Régia Romana, onde o poder é conferido ao soberano pelo povo. O contrato social só tem validade se as partes contratantes forem livres e iguais, e se voluntariamente consentirem ao que está sendo pactuado. Se essas condições forem atendidas, as partes contratantes podem exercer o direito e o poder de transferir, livremente, a liberdade a um terceiro, dando ao soberano algo que possuem, tornando legítimo o poder da soberania, e transferindo a ele o poder para dirigi-los. Feito isso, os contratantes transferiam o seu direito natural para o soberano, autorizando-o a transformá-lo em direito civil, ou seja, garantindo a vida, a liberdade e a propriedade privada dos governados, cabendo exclusivamente ao soberano o uso da força e da violência, vingança contra crimes, regulamentação de contratos financeiros, assim como casamento, herança, bens, etc, instituindo juridicamente a propriedade privada.
3. Aponte​ ​3​ ​diferenças​ ​entre​ ​liberalismo,​ ​socialismo​ ​e​ ​anarquismo.
	Liberalismo – Se consolida na Inglaterra em 1688, através da Revolução Gloriosa. No restante da Europa, após a Revolução Francesa de 1789 e nos Estados Unidos em 1776, através da luta por sua independência. O liberalismo defende o ponto de vista da burguesia e o da não intervenção do Estado nos assuntos econômicos, por achar que, além de desnecessária, essa intervenção seria prejudicial à economia, que seria regida, segundo os liberalistas, pelas leis naturais. O liberalismo repudia o poder coercitivo do Estado, acreditando na defesa da liberdade individual nas áreas econômica, politica, intelectual e religiosa. Vejamos alguns princípios básicos do liberalismo:
	- Individualismo econômico – a prosperidade individual resulta no bem-estar social;
	- Liberdade econômica – a economia deve funcionar livre de intervenções, pois é regida pelas leis naturais;
	- livre câmbio e livre concorrência – beneficia os consumidores, estimulando o aumento da produtividade;
	Socialismo – O socialismo se opõe às ideias defendidas pelo liberalismo, pois sua base fundamental é a crítica à propriedade privada e às classes sociais, ou seja, ao capitalismo. Em função de divergências entre os próprios socialistas, nasceram duas tendências dentro desse tema: o socialismo utópico e o socialismo científico. Vejamos algumas diferenças básicas entre essas duas tendências:
	- Socialismo utópico – acredita na capacidade do homem se transformar, tendo como combustível principal para essa transformação suas vontades e paixões. Para eles, as sociedades deveriam ser igualitárias, com a abolição das propriedades privadas.
	- Socialismo científico – defendia a não confiabilidade na capacidade dos homens se transformarem, ao contrário do socialismo utópico. Foi desenvolvido por Karl Marx e Friedrich Engels, sendo uma vertente do socialismo totalmente critico ao Estrado Liberal, ao socialismo utópico e ao anarquismo. Defendia uma análise profunda dos mecanismos econômicos e sociais do capitalismo.
	Anarquismo – Surgiu em meados do século XIX, inspirado nas ideias socialistas do francês Pierre-Joseph Proudhon, com críticas ao individualismo burguês e ao Estado Liberal, considerando-o autoritário e antinatural. Acreditavam na bondade e na liberdade natural do ser humano e em sua capacidade para viverem felizes em comunidades, sem qualquer hierarquia e sem nenhuma autoridade com poder sobre os outros cidadãos. Para eles, toda a forma de governo deveria ser suprimida. Eles acreditavam no autogoverno dessas comunidades, através de valores como a liberdade e a responsabilidade. Além disso, propunham a descentralização social e política e a participação direta de todos nas decisões da comunidade.
REFERÊNCIAS
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. Ed. Ática, São Paulo, 2000.

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