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Ciência Política e 
Teoria Geral do Estado 
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Me. Marize Oliveira dos Reis
Revisão Textual:
Prof.ª Esp. Adrielly Camila de Oliveira Rodrigues Vital
Revisão Técnica:
Prof. Dr. Reinaldo Zychan 
O Pensamento Político na Idade Moderna 
e as Mudanças das Estruturas 
O Pensamento Político na Idade 
Moderna e as Mudanças das Estruturas 
 
 
• Conhecer os movimentos que marcaram as sociedades organizadas;
• Desenvolver a capacidade reflexiva;
• Compreender os momentos sociais e culturais que refletem no Estado.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO 
• Introdução;
• O Absolutismo;
• O Liberalismo;
• Reação Antiliberal;
• O Século XX e as Ideologias;
• O Neoliberalismo.
UNIDADE O Pensamento Político na Idade Moderna 
e as Mudanças das Estruturas
Introdução
Independentemente de ser a vida do homem em sociedade oriunda de uma neces-
sidade humana ou de uma manifestação de vontade, certo é que os homens vivem 
agrupados e necessitam de uma ordenação, uma subordinação a regras de atuação, 
com o objetivo de manter a paz e o bem-estar.
Segundo Dallari (2019), para que o agrupamento humano seja considerado uma 
sociedade política, é necessário que se encontre três elementos essenciais: a finalida-
de social, a ordem social e jurídica, e o poder social.
A finalidade social é o objetivo pretendido pelo agrupamento, o bem comum, 
a formação de oportunidades que concedem a todo o homem a conquista de seus 
desejados objetivos pessoais.
O bem comum consiste em um conjunto de todas as condições de vida 
social que consintam e favoreçam o desenvolvimento integral da perso-
nalidade humana e sua sociedade. (Papa João XXIII)
A ordem social e jurídica é aquela observada numa sociedade que se manifesta 
em conjunto e ordenadamente, sempre visando o bem comum. Ainda, diante de 
manifestações isoladas e independentes, essas devem ser conduzidas por regras, por 
leis, a fim de se manter a unidade em razão da finalidade da sociedade.
O poder social é aquele observado na legitimação, no reconhecimento, pelos 
homens componentes de uma sociedade, ao se comprometerem e se submeterem a 
uma ordem, um governo, capaz se promover o bem comum. Trata-se da sustenta-
ção social para que uma vontade preponderante dirija e intervenha com o objetivo 
de preservação da unidade social e consecução do bem comum. É a legitimação do 
exercício do poder.
O Estado é uma sociedade política, dotada de poder, capaz de organizar e inter-
vir nas ações humanas de um determinado grupo, com o objetivo propiciar o bem 
comum, criando condições para que os indivíduos alcancem seus objetivos privados.
As sociedades políticas foram conduzidas por meio de formas e modelos distintos 
ao longo do tempo e, nas linhas seguintes, conheceremos os movimentos ou ideolo-
gias políticas a respeito do exercício do poder nessas sociedades.
O Absolutismo
O vocábulo Absolutismo e seu conceito foi disseminado nos círculos liberais em 
meados do século XIX, com o objetivo de indicar as concepções maléficas oriundas 
de um governo monárquico de poder ilimitado e irrestrito. O termo era empregado 
como forma de crítica aos métodos autoritários dos monarcas de certo período e 
defesa de um modelo liberal de governo.
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Assim, o conceito de Absolutismo foi por muitos identificado como sinônimo de 
poder ilimitado e arbitrário, de governo tirano e déspota.
Arbitrário: Entende-se como arbitrário aquele que, dotado de liberdade e capacidade de 
decisão, age segundo seus próprios desejos, sem se pautar por princípios de lógica, moral 
ou razão universal, por vezes utilizando-se de violência para impor suas vontades.
Tal entendimento de absolutismo é inadequado, vez que sua análise deve passar 
pela experiência política e o exercício do poder. Trata-se de um sistema político 
pautado pela centralização, uma concentração do poder na figura do monarca. 
Para Bobbio (2010), o absolutismo pode ser definido como forma de governo em 
que aquele que detém o poder o exerce sem qualquer dependência ou controle de 
quaisquer órgãos ou pessoas, ou seja, poder exercido de forma plena e ilimitada.
O Absolutismo relaciona-se com uma espécie de modelo político que marcou os 
Estados Europeus no final do período medieval e o início da modernidade, entre 
os séculos XVI e XVIII, personificando um novo modelo de sociedade política, o 
chamado Estado Absolutista, assim como uma excêntrica forma de monarquia: a 
Monarquia Absolutista.
A existência de governantes com poderes absolutos foi observada na Roma An-
tiga, onde máximas como “o príncipe está isento da lei” e “o que apraz ao príncipe 
vigora como lei”. Entretanto, embora fique claro que o governante ocupava uma po-
sição superior diante dos demais indivíduos, existiam leis que restringiam a atuação 
do governante que jamais poderia colocar seus interesses acima do bem comum.
No período medieval surgiu um modelo de absolutismo puro, com uma versão 
ainda mais centralizadora do poder, defendendo que o monarca possuiria uma su-
perioridade diante de qualquer outro poder capaz de limitar sua atuação, justificado, 
por muitas vezes, por sua associação ao poder divino. O monarca não se submete 
a qualquer poder, colocando seus governados como seus súditos, à mercê de suas 
ordens e vontades.
9
UNIDADE O Pensamento Político na Idade Moderna 
e as Mudanças das Estruturas
Figura 1 – O Rei Luís XIV, conhecido como “Rei Sol”, governou a França por sete décadas e a ele foi 
atribuída a autoria da frase que marca a monarquia absolutista: “L’Etat c’est moi”, “O Estado sou eu”
Fonte: Wikimedia Commons
A conceituação equivocada de absolutismo leva alguns ao entendimento que o 
Monarca Absolutista é um tirano, um governante que atua de forma injusta e cruel, 
colocando sua vontade acima de qualquer regra ética. Mas, determinar o governante 
absolutista ao governante tirano ou déspota, é um desacerto, uma vez que não 
possuem o mesmo significado. O Monarca Absolutista pode agir com lealdade e 
justiça, embora sem qualquer controle, sempre pautado pela atuação em prol do 
bem comum. 
No modelo absolutista os indivíduos, destinatários do poder exercido pelo monarca, 
não criam qualquer obstáculo à atuação do governante, sendo sua atividade ilimitada 
tanta por órgãos componentes do Estado, quanto por qualquer manifestação 
popular. Ainda que naquele Estado existisse um órgão de conselheiros, estes seriam 
escolhidos pelo próprio Monarca, servindo tão somente como órgão consultivo, sem 
qualquer capacidade de controle ou limitação da atuação do governante.
Muitos foram os pensadores que em suas obras defenderam o modelo absolutista, 
destacando-se Maquiavel, Bodin, Grócio, Bossuet e Hobbes.
10
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Figura 2 – Nicolau Maquiavel (1469 - 1527),
autor da célebre obra “O Príncipe”
Fonte: Wikimedia Commons
Figura 3 – Jean Bodin (1530 - 1596), entre suas
obras mais relevantes, destaca-se “Les Six Livres
de La Republique”, publicada em 1576
Fonte: Wikimedia Commons
Figura 4 – Jacques-Bénigne Bossuet (1627 - 
1704), sua obra “A Política Tirada da Sagrada 
Escritura é marca de sua defesa do Absolutismo
Fonte: Wikimedia Commons
Figura 5 – Thomas Hobbes (1588 - 1679), 
fi lósofo inglês, autor de muitas obras, 
destacando “Leviatã e Do Cidadão”,
publicadas em 1651
Fonte: Wikimedia Commons
Maquiavel, em sua famosa e tão estudada obra “O Príncipe”, promove o absolutismo 
e concede vários conselhos aos governantes a fim de manter a ordem e o poder. 
O pensador italiano defende que o Estado não deve conter qualquer meio para a 
consecução do bem comum. Para tal, aconselhava os governantes a separarem a moral 
do poder político, pois o segundo desempenharia papel superior a qualquer outro valor, 
diante do seu objeto, qual seja, a promoção do bem comum. O governante, o príncipe, 
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UNIDADE O Pensamento Político na Idade Moderna 
e as Mudanças das Estruturas
absoluto, deveria determinar as ordens necessárias e caberia aos demais homens a 
posição de súditos, tão somente cumprindo asordens emanadas pelo Monarca.
Bodin, considerado o primeiro teórico do absolutismo, discutiu a questão da sobe-
rania e a classificou como um poder indivisível. O filósofo utilizou-se do modelo de 
família e sua vinculação de autoridade e submissão evidenciadas nas relações entre 
marido e mulher, pai e filhos, senhor e escravos para justificar a necessidade de um 
governo absoluto. O filósofo defende que a imagem do chefe de família pode ser 
comparável à do Governante Soberano, reconhecido como uma autoridade capaz 
de exercer o poder, sem qualquer possibilidade de controle, de forma inquestionável 
e com total submissão, uma vez que atua para o bem comum. Ainda, para Bodin, o 
governante não atuaria de forma ilimitada, pois estaria sujeito às leis de Deus.
Bossuet, conselheiro de Luis XIV e grande defensor do Absolutismo, desenvolveu 
a doutrina do Direito Divino do Rei, em que a legitimação da Monarquia estava jus-
tificada na sua origem divina, à vontade de Deus, sendo todos os homens obrigados 
a aceitar as suas ordens, pois seu questionamento ou desobediência corresponderia 
em ofender a vontade divina, uma vez que era o representante de Deus. O Monarca 
apenas responderia por seus atos perante Deus, não existindo qualquer órgão ou 
poder capaz de limitá-lo.
Hobbes defende que os homens, em estado de natureza, seriam maus, agindo de 
forma capaz de causar sua própria destruição, vivendo em uma constante “guerra de 
todos contra todos”, mas, para benefício pessoal, desejando a paz e a ordem. Assim, 
diante da escolha em interesse próprio, os homens necessitam e aceitam renunciar à 
sua liberdade, poder de tomar livremente todas as decisões, em favor de uma autori-
dade, com poder absoluto e centralizado, capaz de protegê-los.
Argumenta que todos os homens, como componentes de uma determinada socie-
dade política, devem realizar um pacto conjunto transferindo o direito de se autogo-
vernar ao soberano absoluto, autorizando todas as suas ações e se colocando como 
súditos daquele que passa a ser o titular do poder. 
Para Hobbes, o soberano seria aquele com poder absoluto de decisão sobre todos 
os demais, que, apesar de não ser limitado por qualquer cláusula contratual, deve 
dirigir toda sua atuação pelo dever de manter a sociedade em paz, sendo capaz de 
determinar a lei, o justo e o injusto.
O entendimento de Hobbes é que não se deve esperar que a razão, como lei na-
tural, domine o homem tendente às suas paixões, impondo-se necessária a figura de 
um soberano para concretizar a lei natural por meio do Estado, que se mostra como 
um grande e potente homem artificial, formado pelo conjunto de homens naturais 
para sua própria defesa e proteção. 
Você Sabia?
O Leviatã, título da principal obra de Hobbes, publicada em 1651, é o nome de um mons-
tro bíblico utilizado pelo autor para se reportar ao Estado forte e poderoso, absoluto. 
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O modelo absolutista foi muito criticado pelos liberais, que defenderam a limitação 
e subordinação do Monarca às leis, assim como uma atuação concreta dos cidadãos, 
que deveriam ser reconhecidos como efetivos titulares do poder político.
 No Estado Absoluto não há democracia e a cidadania participativa não é exer-
cida, por se tratar de um regime no qual o poder emana de um só, que ocupa um 
posto vitalício e hereditário. Durante a Idade Média, na Europa, os Estados Absolutis-
tas se dividiam em Reinados, Principados, Ducados, entre outros, que tinham como 
característica semelhante a prática usual da punição pública dos criminosos, com o 
fim de impor-lhes humilhação, terror e intimidação, em total violação à dignidade da 
pessoa humana. 
Foi a partir do século XV que se iniciou o declínio do regime absolutista, sob in-
fluência do mercantilismo e da burguesia, propiciando o surgimento de novas ideias, 
especialmente por meio das artes. Dessa forma, pode-se dizer que o Renascentismo 
(Renascença) surgiu como um movimento que buscava alcançar um novo olhar sobre 
o mundo e que foi a experiência do Estado Absolutista, e sua consequente queda, 
que fez brotar as ideias ligadas à necessidade de limitação de poder, como as defen-
didas por Montesquieu ao criar a Teoria da separação dos três poderes (legislativo, 
executivo e judiciário), um sendo limitado pelo outro, com o intuito de promover a 
ordem e a igualdade.
Para assistir, se divertir e aprender um pouco sobre o período de exercício de poder absolu-
tista, veja os respectivos trailers:
• O Absolutismo – A Ascensão de Luís XIV – Filme.
Trailer disponível em: https://youtu.be/teLFFLB1XVA
• O homem da máscara de ferro – Filme.
Trailer disponível em: https://youtu.be/VSPQMKh0-0A
• The Thudors – Série de Televisão.
Trailer disponível em: https://youtu.be/WXNf9dxnQrM
O Liberalismo
Absoluta e unanimemente, todos os sistemas políticos se declaram adeptos 
da liberdade individual. Infelizmente, o conceito de liberdade não é unívoco; 
ele varia com o tempo. Há uma liberdade de tempos de guerra que não é, 
absolutamente, uma liberdade de tempos de paz; há uma liberdade de épo-
ca de fartura que não é, evidentemente, a mesma liberdade de tempos de 
escassez. Enormes divergências entre os homens residem, com certeza, na 
disparidade das interpretações da liberdade. Aquilo que para uns é liberda-
de, para outros é exatamente o oposto desta. Aliás, a renúncia à liberdade 
é, para alguns, a suprema liberdade. (ACQUAVIVA, 2010, p. 62)
Denomina-se como Liberalismo um conjunto de princípios e teorias políticas que 
se baseiam na liberdade política e econômica. Desta forma, podemos afirmar que é 
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UNIDADE O Pensamento Político na Idade Moderna 
e as Mudanças das Estruturas
um liberal o homem que se opõe ao intenso controle do Estado na vida das pessoas 
e na atividade econômica da sociedade.
Alguns historiadores reconhecem a Revolução Gloriosa, ocorrida na Inglaterra, 
em 1688, como a primeira revolução liberal que deve ser notada, enquanto muitos 
outros destacam a Revolução Francesa, ocorrida em 1789, como aquela que conso-
lida o período liberal na Europa.
A Revolução Gloriosa produziu a queda da Monarquia Absolutista na Inglaterra e instaurou 
a Monarquia Constitucional. Destaca-se como resultado a aprovação da Bill of Rights. 
A luta contra as Monarquias Absolutistas promove o pensamento liberal e o 
surgimento de ideais políticos liberais. Apesar de não se identificar exatamente o 
momento em que as teorias políticas liberais se sobrepõem às ideias absolutistas, 
observa-se o enfraquecimento do modelo Absolutista a partir do século XV, instigado 
pelo mercantilismo e pela intervenção da burguesia, que favorece o desenvolvimento 
de novas ideias, de um novo olhar sobre o mundo e a existência social, criando 
importantes mudanças sociais e culturais.
John Locke destaca-se como defensor da limitação da autoridade do monarca por 
meio da soberania do povo, defendendo a separação entre os Poderes Legislativo 
e Executivo, e a liberdade dos indivíduos para se insurgirem contra o arbítrio do 
governante. Para Locke, o Estado é o resultado de um contrato firmado entre 
o Monarca e o povo, sendo que, em caso de conflito entre estes, prevaleceria a 
vontade do povo, por ser a fonte única de poder. Sua obra serviu de fundamentação à 
Revolução Gloriosa que teve como consequência o Bill of Rights, 1689, imposto pelo 
Parlamento à Coroa, que determinou em seu texto o respeito à liberdade individual, 
especialmente a de crença e manifestação da fé, impondo ao governante a obediência 
à lei, como todos os outros homens. Destacam-se como direitos protegidos no Bill of 
Rights, de 1689, entre outros, a Proibição ao Monarca de cobrança de imposto, sem 
a autorização do Parlamento e impedimento de perseguição a qualquer que deixar 
de pagar impostos não autorizados pelo Poder Legislativo.
Na França, ao mesmo tempo que na Inglaterra, mas em um processo mais lento, 
o liberalismo também avançou. O pensamento iluminista, manifestado especialmente 
por meio das artes, com a defesa da liberdade individuale religiosa, da fraternidade, da 
tolerância, do governo limitado e do Estado laico, foi motivador do movimento liberal.
Em 14 de julho de 1789, a Revolução popular, influenciada pela burguesia, tomou 
a Bastilha, local marcado como símbolo do Absolutismo, e revogou os privilégios 
concedidos à Nobreza e ao Clero, que compunham uma pequena parte da popula-
ção, e desfrutavam de benefícios e de todo o luxo da Corte.
A Revolução Francesa resultou no fim da Monarquia Absolutista e na elaboração 
de uma Constituição escrita, que limita o governo, determinando a tripartição dos 
poderes do Estado e a liberdade do homem, que pode fazer ou deixar de fazer tudo 
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15
aquilo que não for definido previamente por lei e a igualdade de todos os homens 
perante a lei.
Figura 6
Fonte: Wikimedia Commons
Iluminismo é o nome do movimento cultural ocorrido na França, no século XVIII, que ti-
nha como objetivo a valorização da razão (racionalismo) e o conhecimento da verdade vista 
como um meio para alcançar a liberdade e a plena autonomia intelectual. 
Destacam-se como importantes defensores do Liberalismo Adam Smith, John 
Locke, Voltaire, Beccaria e Montesquieu.
Figura 7 – Montesquieu (1689 - 1755), fi lósofo 
político francês, escreveu entre outras obras 
o famoso “O Espírito das Leis” e defendeu a 
Tripartição dos Poderes, modelo adotado nas 
Constituições de muitos países, inclusive na 
Constituição Brasileira de 1988
Fonte: Wikimedia Commons
Figura 8 – Adam Smith (1723 - 1790), 
economista e fi lósofo britânico, considerado o 
pai da economia moderna e o mais importante 
teórico do liberalismo econômico
Fonte: Wikimedia Commons
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UNIDADE O Pensamento Político na Idade Moderna 
e as Mudanças das Estruturas
Figura 9 – John Locke (1632 - 1704), filósofo 
inglês considerado o pai do liberalismo, defende 
que o governo deve ser consentido pelos 
indivíduos que legitimam a autoridade e deve 
ser pautar pelo respeito aos direitos naturais 
como a vida, a liberdade e a propriedade
Fonte: Wikimedia Commons
Figura 10 – Voltaire (1694 - 1778), filósofo e 
escritor iluminista francês que produziu muitas 
obras e defendeu a liberdade religiosa 
e livre comércio
Fonte: Wikimedia Commons
Figura 11 – Cesare Beccaria (1738 - 1794), economista e jurista 
iluminista italiano, escreveu o célebre “Dos Delitos e das Penas”, invocando a 
razão e o sentimento e criticando a violência e a arbitrariedade da justiça
Fonte: Wikimedia Commons
O Estado Liberal, classificado também como Estado de Direito, é aquele formado 
e conduzido pelas regras de direito, em que todos os indivíduos, cidadãos e gover-
nantes, assim como o próprio Estado, estão submetidos às leis, emanadas pelo Poder 
Legislativo. O objeto de preocupação do Estado Liberal era a supremacia da lei, a 
divisão dos Poderes e a liberdade. Entretanto, outras questões foram escanteadas, tais 
como a desigualdade social, a pobreza e a fome.
16
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Os ideais defendidos pelos pensadores liberais não foram suficientes para supor-
tar a Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra em 1770, que alterara a realidade 
social mundial, criando problemas que não poderiam ser solucionados por meio do 
Liberalismo e que resultaram em crises sociais, políticas e econômicas que atingiram 
as classes trabalhadoras. 
O homem, operário, é gradativamente substituído por máquinas e, submetido 
à lei da oferta e da procura, se vê obrigado a receber salários suficientes apenas à 
sobrevivência, trabalhando por mais de 15 horas diárias. Em contrapartida, os de-
tentores do poder econômico se tornavam cada vez mais ricos, abusando do poder 
econômico e promovendo um desequilíbrio social cada vez mais acentuado.
Assim, os conceitos liberais de igualdade e liberdade tornam-se inócuos, pois 
diante das desigualdades sociais e econômicas, o tratamento igualitário às classes 
tão distintas acaba por condenar o homem trabalhador a uma vida escrava, em que 
trabalha indignamente, enquanto tem forças, com o único objetivo de manter-se vivo. 
A crescente desigualdade social, a fome, a miséria, a doença e a velhice precoce 
promoveram a descrença e a revolta intensa nas camadas sociais trabalhadoras, 
forçando o Estado a se submeter a uma reforma com o objetivo de evitar sua des-
constituição. Surge então a ideia de um Estado Social, um Estado orientado por leis 
dirigidas à solução das desigualdades econômicas e sociais, com determinações de 
prestações estatais voltadas à promoção do bem-estar social.
Reação Antiliberal
O Estado Liberal mostrou-se na prática inexequível, incapaz de solucionar os 
dramas reais da sociedade, promovendo um maior distanciamento entre as classes 
sociais. A determinação de uma economia livre, sem regulação do Estado, inclusive 
nas relações de trabalho, permitiu que os industriais, os ricos, buscassem mais lucro, 
a custo da exploração do trabalho. A classe trabalhadora, revoltada com a situação 
miserável em que vivia, sem qualquer perspectiva de melhoria e em total dependên-
cia da remuneração insuficiente alcançada com o trabalho ininterrupto, se organiza 
em busca de melhor condição de vida e emprego.
Assim, o Estado Liberal precisou se reinventar, apossar-se de um modelo mais 
interventivo, para garantir sua sobrevivência. Surge a visão de um Estado Social, um 
Estado de bem-estar, um modelo intervencionista que abandona a determinação de 
“não fazer” da ideia liberal econômica e política por um compromisso de “fazer”, de 
promover o acesso às liberdades.
Por outro lado, surgem movimentos radicais e conflituosos, defensores até mesmo 
da extinção do Estado, uma vez que o modelo liberal se mostrou incapaz de resolver 
os conflitos entre as classes trabalhadoras e as classes patronais. 
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UNIDADE O Pensamento Político na Idade Moderna 
e as Mudanças das Estruturas
Figura 12 – Karl Marx (1818 - 1883), importante antiliberal, escreveu 
muitas obras onde se destacam “O manifesto Comunista” e “O Capital”
Fonte: Wikimedia Commons
Apresenta-se a defesa de um Estado Social, capaz de uma transformação no Es-
tado Liberal, que passa à prestação de serviços públicos e de bem-estar, exercendo 
função de proteção ao trabalho, de prestação de saúde e segurança, e da necessidade de 
planejamento. O Estado assume a responsabilidade de realização de atividades de inter-
ferência na realidade econômica e social, com o objetivo de promover o bem comum.
Contraposto ao individualismo defendido pelo pensamento liberal, aparece o termo 
“socialismo”, identificando o movimento das classes trabalhadores que buscam o con-
trole dos recursos econômicos e a limitação do direito de propriedade, com o objetivo 
de acabar com a desigualdade social. 
A ideia de socialismo puro é relacionada ao pensamento de Marx, que identifica 
o Estado como meio utilizado pelas classes de domínio econômico para defesa de 
seus interesses e propriedades, manifestando-se como uma sociedade separada por 
classes opostas, que a todo tempo se enfrenta, por vezes de forma discreta e outras 
de formas escancarada. O filósofo defende a extinção do Estado, com a transforma-
ção da sociedade política capitalista em uma sociedade comunista. Para alcançar a 
transformação desejada à sociedade política, esta enfrentaria um período de transi-
ção nomeado de Ditadura do Proletariado, em que a máquina estatal seria utilizada 
para socialização dos meios de produção e extinção da diferença entre classes so-
ciais, alcançando um momento em que a figura do Estado se tornaria desnecessá-
ria, instituído então o comunismo, vivendo o homem livre para experimentar seu 
próprio desenvolvimento.
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O modelo de Estado Social originou-se em ambientes contraditórios políticos e 
institucionais, como a Revolução Mexicana (1910); a Revolução Russa (1917); e a 
reconstrução da Alemanha ao fim da 1ª Guerra Mundial. Cada acontecimento gerou 
documentos diversos e, de alguma forma, harmoniosos, no qual pela primeira vez 
a norma máxima de um país reconheceu os direitos sociais, como trabalho, saúdee moradia, como fundamentais aos indivíduos e merecedores da ampla proteção do 
Estado, que deve garantir e promover o acesso a todos.
• Constituição Mexicana de 1917; 
• Declaração dos Direitos do Povo Trabalhador e Explorado, na Rússia revolucioná-
ria (socialista), de 1918; 
• Constituição de Weimar de 1919.
Nitidamente, o estudo da evolução do Estado nos mostra que a transformação do 
Estado Liberal em Estado Social nasceu em virtude do socialismo puro que foi acla-
mado no Oriente e atacado no Ocidente. Assim, para efeitos de estudos, podemos 
dividir o Estado Social em Oriental e Ocidental, sendo o primeiro aquele que segue as 
principais linhas do socialismo e, o segundo, aquele que defende um socialismo puro.
No chamado Estado Social Oriental, mais identificado como Estado socialista, 
destaca-se um centro ideológico contrário ao capitalismo, que busca no desenvolvi-
mento dos direitos sociais e trabalhistas o distanciamento do modelo liberal.
Por outro lado, o Estado Social Ocidental seria aquele que diante do modelo capi-
talista, entende adequado o reconhecimento e a proteção de alguns direitos sociais, 
sobretudo os trabalhistas, justificando tal proteção em dois pretextos:
• O trabalhador assalariado torna-se consumidor da mercadoria produzida, pro-
movendo a economia;
• O trabalhador satisfeito, social e economicamente, se acomodaria politicamente, 
afastando-se de qualquer possibilidade de implementação do socialismo puro.
• Capitalismo: é definido como um sistema baseado na propriedade privada dos meios de 
produção e propriedade intelectual, para exploração e obtenção de lucro, por meio do risco 
do investimento agregado às decisões, quanto à aplicação do capital, feitas pela iniciativa 
privada, com a produção, distribuição e quantificação dos preços dos bens, serviços e recur-
sos humanos, afetados pelas forças da “oferta” e da “procura”;
• Socialismo: é um conjunto de doutrinas que tem por fim a socialização dos meios de pro-
dução. Partindo do pressuposto de que os problemas sociais derivam das desigualdades 
entre os indivíduos, o sistema visa à extinção da propriedade privada. O “governo” inves-
tiria em cada cidadão, desde seu nascimento ficando, no entanto, como se fosse o “dono” 
daqueles indivíduos, que seriam obrigados a seguir regras rígidas e trabalhar em prol de 
todos, na medida de suas possibilidades. Nesse estágio, ainda permanece a necessidade de 
existência do Estado, seja para coordenar a socialização dos meios de produção, seja para 
defender os interesses dos trabalhadores contra a volta do sistema capitalista;
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UNIDADE O Pensamento Político na Idade Moderna 
e as Mudanças das Estruturas
• Comunismo: é um sistema de governo em que não existem classes sociais ou a proprieda-
de privada e, o mais importante, não existe a figura do Estado, nem mesmo a necessidade 
de sua existência, em virtude do fato de que todas as decisões políticas são tomadas pela 
democracia operária. Ao contrário do que muitos pensam, a etapa do comunismo nunca foi 
atingida por nenhum país, uma vez que não houve nenhuma sociedade onde se registrou 
a ausência de um Estado.
O Século XX e as Ideologias
No mundo contemporâneo, diante da 
crise do sistema capitalista oriundo do 
Estado Liberal, surgem em algumas regiões 
da Europa regimes totalitários, marcando o 
período compreendido entre a 1ª Guerra e 
a 2ª Guerra Mundial.
Entende-se como totalitarismo qual-
quer tipo de exercício de poder político 
em que um único partido ou um único in-
divíduo controla os setores do Estado que 
manifesta um extenso poder de interven-
ção na vida dos indivíduos componentes 
daquela sociedade política.
O governo nazista, na Alemanha 
controlada por Hitler, o governo fascista, na 
Itália controlada por Mussolini e o governo 
socialista, na União Soviética controlada 
por Stálin, são exemplos dessa espécie de 
governo identificada como totalitarismo. 
Cada um desses governos, muito embora possuam características comuns, evidencia um 
modelo totalitário com particularidades produzidas em cada localidade. 
Curiosamente, a implementação dos governos totalitários do século XX nem sem-
pre impôs a destruição total do modelo político anterior, muitas vezes incorporam 
recursos marcantes de um governo, inclusive para disfarçar seu viés totalitário. A re-
conhecimento da manifestação totalitária pode ser realizada com a identificação da 
manifestação de alguns comportamentos próprios do modelo.
 O Totalitarismo utiliza uma ideologia com o objetivo de alcançar a adesão da 
maioria do povo que, uma vez concretizada, legitima o poder do líder, seja ele um 
indivíduo, seja um partido, permitindo a centralização dos poderes sob a expectativa 
de condução da sociedade a uma nova ordem social.
Figura 13 – Benito Mussolini (1883 - 1945), à esquerda, 
e Adolf Hitler (1889 - 1945), à direita
Fonte: Wikimedia Commons
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O Fascismo
“Tudo para o Estado, nada contra o Estado, nada fora do Estado” (Benito Mussolini).
A Itália foi excluída na celebração do acordo que ratificou término da 1ª Guerra 
Mundial. O país vivia uma situação dramática, com manifestações camponesas em 
defesa da reforma agrária e uma grande greve de trabalhadores, resultado de grande 
desgaste social e econômico. Diante dos conflitos impulsionados pela crise econô-
mica, ganha destaque uma força miliciana, chamada de Camisas Negras, criada por 
Benito Mussolini, que chefiava o Partido Nacional Fascista e era prestigiado por 
conservadores e altos burgueses que temiam o crescimento do socialismo no país.
Após a Marcha sobre Roma, em que os seguidores de Mussolini pressionavam 
a Monarquia para nomeá-lo ao cargo de Primeiro-Ministro, com o apoio da elite 
econômica, ao ingressar legitimamente no governo italiano, Mussolini atuou de for-
ma a desestabilizar as instituições. Quando se proclamou ditador, fechou órgãos de 
imprensa e partidos políticos e eliminou a maior parte dos mecanismos de oposição 
política. O regime fascista teve grande apelo aos jovens e às famílias, promovendo 
um grande apoio popular, que foi ampliado por meio de acordos firmados com a 
igreja católica. 
São características do fascismo italiano: a concentração de poderes; a devoção ao 
líder político; a existência de um único partido; a utilização de métodos repressivos 
por parte do Estado; militarismo; e desprezo pelas instituições democráticas e os 
direitos humanos.
O Nazismo
Mesmo hoje, eu acredito que estou agindo de acordo com a vontade do 
Todo Poderoso Criador: me defendendo dos Judeus, estou lutando para 
o trabalho do Senhor. (Adolf Hitler)
O Nacional-Socialismo, Nazismo, surgiu na Alemanha como forma de eliminar 
o deteriorado liberalismo e impedir o crescimento do pensamento socialista comu-
nista. Destaca-se que a Alemanha era uma nação altamente liberal e democrática, 
permitindo inclusive a ascensão de um partido com ideias perturbadoras. 
O Tratado de Versalhes impôs severas restrições à Alemanha e Adolf Hitler, um 
oficial subalterno, que adquiriu grande prestígio ao elaborar discursos inflamados 
contra a situação imposta pelo Tratado, comovendo a população e facilitando a 
movimentação de um nacionalismo colérico. Hitler, adorado pelas massas, iniciou 
uma intensa mudança política e desenvolveu uma doutrina de superioridade cultural 
e racial do Império Germânico da Nação Alemã (Reich).
Utilizando-se dos meios de comunicação de massa, rádio e cinema, Hitler propa-
gou as ideias nazistas, como o antissemitismo e o racismo, manifestado pelo ódio 
aos judeus sobre quem impunha a culpa pelas mazelas econômicas do país, e a 
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UNIDADE O Pensamento Político na Idade Moderna 
e as Mudanças das Estruturas
supremacia da raça ariana. A promessa de um Estado forte, capaz de retomar a 
economia do país, e o discurso de valoração da raça ariana, agradaram a maioria da 
população alemã.
Foi a ideia de um espaço vital, em que a raça ariana superior estaria unificada em 
um único território, que motivou a invasão da Alemanha à Polôniae deflagrou a 2ª 
Guerra Mundial.
Para assistir, se emocionar e aprender um pouco sobre o Século XX e as Ideologias:
• A lista de Schindler – EUA, 1993 – Filme. 
Trailer disponível em: https://youtu.be/GAf0nGq_FXQ
• A revolução dos bichos – EUA, 1999 – Filme;
• A vida é bela – Itália, 1997 – Filme;
• • Adeus, Lênin – Alemanha, 2003 – Fime;
• 1984 – Reino Unido, 1984.
O Neoliberalismo
No final do século XX surgiu o termo Neoliberalismo como designação à corrente 
de pensamento econômico e político que reaparecia com ideias próprias do Libe-
ralismo clássico, como a defesa do livre mercado, com a interferência mínima do 
Estado, apenas atuando para proteger os direitos oriundos da propriedade. 
Os chamados neoliberais defendem decisões políticas de ampla liberação econô-
mica, com menor regulamentação das atividades comerciais, promovendo um livre 
comércio que reforçam o papel da atividade privada no desenvolvimento econômico. 
Também defendem as privatizações das empresas estatais e o corte de despesas do 
Estado, que para tal diminuiria as promoções de bem-estar social e revogaria direitos 
dos trabalhadores.
Durante os governos de Ronald Reagan, nos Estados Unidos e de Margareth 
Thatcher, no Reino Unido, as decisões políticas encaminharam-se para esse retorno 
às ideias do Liberalismo. O “socialismo puro” já não era mais uma ameaça aos 
estados e os investimentos nas áreas “sociais” poderiam ser reduzidos, sem o temor 
de que houvesse uma resistência massiva. O reflexo desse pensamento foi que, em 
1989, foi decretado o documento chamado de “Consenso de Washington”, o qual 
sobrepõe o controle dos gastos públicos às necessidades sociais e econômicas.
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Figura 14 – Margaret Thatcher (1925 - 2013), 
conhecida como A Dama de Ferro, foi a 
Primeira-Ministra do Reino Unido durante duas 
décadas, período de 1979 a 1990
Fonte: Wikimedia Commons
Figura 15 – Ronald Reagan (1911 - 2004), 
economista e sociólogo, membro do partido 
Republicano, foi o Presidente dos Estados 
Unidos de 1981 a 1989
Fonte: Wikimedia Commons 
Em 2008, uma crise econômica de alcance internacional atingiu várias institui-
ções financeiras sólidas, levando-as à falência, o que produziu imediatamente um 
grande reflexo social. O governo norte-americano foi levado à tomada de decisões 
como reestatização de agências de crédito imobiliário e socorro financeiro, com in-
vestimento de um grande valor, aproximadamente 200 bilhões de dólares em suas 
atividades. No mesmo período, várias nações europeias anunciaram também socor-
ros econômicos, com o investimento de vultuosos valores como forma de ajuda às 
suas instituições financeiras.
A crise global de 2008 e seus impactos fez surgir várias críticas ao modelo 
Neoliberal e vários estudiosos, economistas e cientistas políticos se dedicaram à 
produção de estudos com o objetivo de alcançar soluções suficientes para promover 
o desenvolvimento econômico e social. Entre as críticas está o fato da desigualdade 
de renda ter aumentado em muitos países, sem que a pobreza tivesse diminuído, e a 
ampliação da concentração de riqueza nos países já ricos. 
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UNIDADE O Pensamento Político na Idade Moderna 
e as Mudanças das Estruturas
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Leviatã
HOBBES, T. Leviatã. São Paulo: Edipro, 2015.
O Princípe
MAQUIÁVEL, N. O princípe. São Paulo: Martin Claret, 2017.
 Leitura
Neoliberalismo
PORFÍRIO, F. Neoliberalismo. Mundo educação. 
https://bit.ly/2YWFvK7
Totalitarismo
PORFÍRIO, F. Totalitarismo. Mundo educação.
https://bit.ly/3lowsLg
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Referências
ACQUAVIVA. M. C. Teoria geral do estado. 3. ed. Barueri: Manole, 2010. (e-book)
AZAMBUJA, D. Introdução à Ciência Política. 2. ed. São Paulo: Globo, 2008.
BELLAMY, R. Theories and concepts of politics. Manchester: Manchester Uni-
versity Press, 1993.
BOBBIO, N. (Org.). Dicionário de política. Brasília: Editora UnB, 2010.
CERQUEIRA, T. Direito eleitoral brasileiro: o Ministério Público Eleitoral, as elei-
ções em face da Lei nº 9.504/97. 3. ed. rev. ampl. e atual. Belo Horizonte: Del Rey, 
2004. p. 177
CUNHA. P. F. da. Teoria geral do estado e ciência política. São Paulo: Saraiva 
Educação, 2018. (e-book)
DALARI, D. de A. Elementos de Teoria Geral do Estado. 33. ed. São Paulo: Sa-
raiva, 2019.
DE CICCO, C.; GONZAGA, A. de A. Teoria geral do estado e ciência política. 8. ed. 
São Paulo: Revista dos Tribunais, 2020.
DIAS, R. Ciência política. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2013. (e-book)
FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2. ed. Rio de Janeiro: 
Nova Fronteira, 1986.
FILOMENO. J. G. B. Teoria geral do estado. 11. ed. Rio de Janeiro: Forense, 
2019. (e-book)
GAMBA, J. R. G. Teoria geral do estado e ciência política. São Paulo: Atlas, 
2019. (e-book)
MALUF, S. Teoria geral do estado. 35. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2019. (e-book)
MELO, D. S. da S.; SCALABRIN, F. Ciência política e teoria geral do estado. 
Porto Alegre: Sagah, 2017. (e-book)
RAMOS, F. C.; MELO, R.; FRATESCHI, Y. Manual de filosofia política: para os 
cursos de teoria do estado e ciência política, filosofia e ciências sociais. 3. ed. São 
Paulo: Saraiva Educação, 2018. (e-book)
SANTOS, M. F. F. Teoria Geral do Estado. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2014.
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Outros materiais