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regime regularização

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Villela-Cap7RegimedosCursosdeAgua.pdf
VillelaCap12-regularizacao.pdf
SousaPinto-Cap09-ManipulacaodeDadosdeVazao.pdf
Regulariza��o-Apresentacao.pdf
REGULARIZAÇÃO
Prof. Sergio Koide
UnB- FT- Departamento de Engenharia Civil e Ambiental
Necessidade de regularização
•Se Qd < Qmin → não há necessidade
•Se Qmin < Qd < Qméd → há necessidade e condições
•Se Qd > Qméd→ há necessidade, porém não há
condições de atendimento
Reservatórios de acumulação - Abastecimento de água, 
irrigação, hidrelétricas
PROBLEMAS - EUTROFIZAÇÃO
Reservatórios de controle de enchentes 
–inicia a reservação quando a vazão efluente supera uma 
vazão segura para as áreas a jusante. 
–inicia o esvaziamento quando a vazão afluente torna-se 
novamente menor que a vazão segura
Eventualmente reservatórios de acumulação podem reduzir 
os danos de enchentes. Porém cada vez mais os grandes 
reservatórios estão sendo operados também com esse 
objetivo.
VOLUME E ÁREA DE RESERVATÓRIOS 
V1
A1
Ai-1
Ai
1 1 0
1
( )
3
A h hV −=
( )1 12
i i
i i i
A AV h h+
−
+
= −
VOLUME E ÁREA DE RESERVATÓRIOS 
VOLUME E ÁREA DE RESERVATÓRIOS 
T U P IV V V V= + +
VOLUME E ÁREA DE RESERVATÓRIOS 
COTA
ÁREA VOLUMEVT
} hO+hV+K
Área de 
desapropriação
DESAPROPRIAÇÃO E REALOCAÇÃO 
Corumbá IV
Em 3 Gargantas na China 
ao final de 20 anos, 1,2 a 2 
milhões de relocados
From Wushan Docks, Dec 2001 The
two hillside markers indicate the water
level expected in 2003, and the higher
one in 2009. 
LEITO SEM VAZÃO 
Subida dos peixes
Subida dos peixes
Um estudo feito por pesquisadores da Universidade Estadual de Maringá
(publicado na Conservation Biology ) mostra que as escadas para peixes, 
idealizadas originalmente para salmões na América do Norte, são uma 
armadilha mortal para as espécies tropicais. O dispositivo aumentaria o risco de 
extinção das populações que vivem rio abaixo das barragens.
O estudo mostrou que as escadas para peixes preenchem todos os requisitos 
para serem enquadradas no conceito de armadilha ecológica. Idealizadas como 
medida de conservação, elas atuam como uma fonte adicional de impacto 
ambiental.
“Confirmamos que as escadas apresentam diversos problemas. O principal 
deles é que, depois de subir, os peixes adultos e as larvas não voltam mais e, 
assim, não completam o ciclo reprodutivo. Eles acabam confinados no trecho 
acima do reservatório, onde o ambiente é mais pobre para a reprodução”. 
RESGATE DE FAUNA 
DESMATAMENTO 
OUTROS PROBLEMAS
Mexilhão dourado
Mexilhão dourado
OUTROS PROBLEMAS
Mexilhão zebra
• SÉRIES DE VAZÕES
• Pequenos reservatórios - trabalha-se com vazões 
médias diárias
• Grandes reservatórios - regularização plurianual -
Vazões médias mensais ou mesmo anuais.
• Reservatório de ciclo anual - durante a cheia de um ano 
armazena água para ser utilizada na seca do mesmo 
ano hidrológico. - Vazões médias mensais do ano mais 
crítico
CURVA DE MASSA DE 
VAZÕES (diagrama de 
RIPPL) ou curva de vazões 
totalizadas
Determinação do 
volume útil do reservatório
•t0 0
•t1 V1
•t2 V1+V2
•ΣV → integral do fluviograma
•(m3 ou m3×mês/s )
Q
tt2t1
V1 V2
t
ΣV
Tempo 
(mês) 
Vazão 
(m3/s) 
Volume 
Vi=Q×∆t 
Volume Acum. 
(m3) 
 
 
 
Tempo 
(mês) 
Vazão 
(m3/s) 
Vazão acum. = vol. acum. 
 (m3/s) (m3/s)×mês 
 
 
 
a
ti t
ΣV
tga=Q(ti)
t
ΣV
1Q =Q
2Q =Q
t1 t2
Vn
Va
Vn-Va
Para regularizar uma vazão Qméd , seria necessário guardar 
toda a água excedente a Qméd no período de cheia para 
liberá-la no período de estiagem.
A partir de t1 até t2 a vazão no rio é menor que Qméd
(derivada da curva). Para manter Qméd entre t1 e t2 seria 
necessário ter armazenado um volume de água igual a 
2 2
1 1
t t
2 1 2 1 n at t
tg (t t ) Q(t)dt Q (t t ) Q(t)dt V -Vα× − − = × − − =∫ ∫
t
ΣV
1Q =Q
2Q =Q
t1 t2
Vn
Va
Vn-Va
que é o afastamento 
vertical (volume) entre as 
tangentes à curva de 
massa, paralelas à reta de 
vazão média.
É necessário que já haja 
água acumulada no 
reservatório (Vn-Va) para 
que ele possa suprir a 
demanda durante a 
estiagem
CICLO ANUAL
( )
d
V
tg Q
t
∆ ∑
α = =
∆
ΣV
( )
d
V
tg Q
t
∆ ∑
α = =
∆
CICLO PLURIANUAL
ΣV
( )
d
V
tg Q
t
∆ ∑
α = =
∆
Reservatório
Não encheu
VAZÃO GARANTIDA OU VAZÃO FIRME 
máxima vazão de demanda que pode ser fornecida por um 
reservatório com garantia total. 
Em geral toma-se o pior período da série observada. 
Obviamente existe a possibilidade de ocorrência de um 
período ainda mais crítico. 
Em projetos de abastecimento de água ou geração de 
energia hidrelétrica deve-se adotar para um reservatório 
uma vazão garantida menor que aquela determinada com 
base na série histórica.
Em projetos de irrigação esse cuidado não é necessário, 
podendo-se até adotar valores maiores que o obtido dessa 
forma.
Dado o diagrama de Rippl e o volume do reservatório, 
como determinar a a vazão firme?
Colocar o volume do reservatório nos pontos em que se 
obtém as menores declividades. A vazão firme é a menor 
das declividades
SV
Vres
Vres
Vres
Vres
critério de Conti
ΣV
Vres
DIAGRAMA DIFERENCIAL DE VAZÕES
(diagrama dos resíduos, dos desvios ou das diferenças 
acumuladas)
• O diagrama de Rippl tem a desvantagem de ser sempre 
crescente, o que leva a problemas de plotagem e de 
escala.
• Porquê não plotar apenas o afastamento da média?
Tempo 
 
(mês) 
Q 
 
(m3/s) 
Desvios 
di= iQ -Q 
(m3/s)
 
Vol.residuais 
di×∆t×2,628×106 
(m3) 
Vol.residuais 
acumulados 
(m3) 
 
 
 
 
Tempo 
 
(mês) 
Q 
 
(m3/s) 
Desvios 
di= iQ -Q 
(m3/s)
 
Vol.residuais acumulados 
Σdi 3m
ˆmes
s
 
 
 
 
 
 
 
 
dV 0 Q=Q
dt
= ⇒
i i
dV dVQ -Q= Q =Q+
dt dt
∴
iSe Q >Q retaր
Ex: Seja Qméd=100 m3/s. Traçar as retas de vazão nula e de Q=40 m3/s
dVSe Qi=0 =-Q
dt
V
t
10 meses
-1000
-600 Q=40
Q=0
V
t
dV 0 Q=Q
dt
= ⇒
i i
dV dVQ -Q= Q =Q+
dt dt
∴
iSe Q >Q retaր
dVSe Qi=0 =-Q
dt
Vres acum.
dQ =Q
Dado o DDV e a vazão de demanda, determinar o volume do reservatório
VrVr
Vr
Vr
Dado o DDV e o volume do reservatório, determinar a vazão firme
Dado o DDV e o volume do reservatório,
determinação da vazão de demanda pelo critério de Conti
VrVr
Vr
Vr
Vr
REGULARIZA��O DE VAZ�ES.pdf
 1 
REGULARIZAÇÃO DE VAZÕES 
 
Necessidade de regularização 
 
Se d minQ Q≤ → não há necessidade 
 
Se min dQ Q Q≤ ≤ Qmin < Qd < Q → há necessidade e condições 
 
Se dQ Q> há necessidade, porém não há condições de atendim. 
 
Reservatórios de acumulação - Abastecimento de água, 
irrigação, hidrelétricas
Reservatórios de controle de enchentes 
- inicia a reservação quando a vazão efluente supera uma 
vazão segura para as áreas a jusante. 
- inicia o esvaziamento quando a vazão afluente torna-se 
novamente menor que a vazão segura 
 
Eventualmente reservatórios de acumulação podem reduzir os 
danos de enchentes. Porém cada vez mais os grandes 
reservatórios estão sendo operados também com esse objetivo. 
 
 
SÉRIES DE VAZÕES 
 
Pequenos reservatórios - trabalha-se com vazões médias diárias 
Grandes reservatórios - regularização plurianual - Vazões 
médias mensais ou mesmo anuais. 
 
Reservatório de ciclo anual - durante a cheia de um ano 
armazena água para ser utilizada na seca do mesmo ano 
hidrológico. - Vazões médias mensais do ano mais crítico 
 
 2 
CURVA DE MASSA DE VAZÕES (diagrama de RIPPL) ou 
curva de vazões totalizadas 
 
Determinação do volume útil do reservatório 
 
 
t0 0 
t1 V1 
t2 V1+V2 
 
 
 
 
 
 
ΣV → integral do 
fluviograma 
 
(m3 ou m3×mês/s ) 
 
 
 
 
Tempo 
(mês) 
Vazão 
(m3/s) 
Volume 
Vi=Q×∆t 
Volume Acum. 
(m3) 
 
 
 
ou 
Tempo 
(mês) 
Vazão 
(m3/s) 
Vazão acum. = vol. acum. 
 (m3/s) (m3/s)×mês 
 
 
 
Q
tt2t1
V1 V2
t
SV
 3 
a
ti t
SV
tga=Q(ti)
 
t
SV
1Q =Q
2Q =Q
t1 t2
Vn
Va
Vn-Va
 
Para regularizar uma vazão Q, seria necessário guardar toda a 
água excedente de Q no período de cheia para liberá-la no 
período de estiagem. 
 
 4 
A partir de t1 até t2 a vazão no rio é menor que Q (derivada da 
curva). Portanto, para manter Q entre t1 e t2 seria necessário ter 
armazenado um volume de água igual a 
2 2
1 1
t t
2 1 2 1 n at t
tg (t t ) Q(t)dt Q (t t ) Q(t)dt V -Vα× − − = × − − =∫ ∫ 
que é o afastamento vertical (volume) entre as tangentes à curva 
de massa, paralelas à reta de vazão média. 
 
Obviamente é necessário que já haja água acumulada no 
reservatório (Vn-Va) para que ele possa suprir a demanda 
durante a estiagem. 
 
SV
( )
d
V
tg Q
t
∆ ∑α = =∆
SV
( )
d
V
tg Q
t
∆ ∑α = =∆
 
 
 
 5 
SV
( )
d
V
tg Q
t
∆ ∑α = =∆
 
VAZÃO GARANTIDA OU VAZÃO FIRME - é a máxima 
vazão de demanda que pode ser fornecida por um reservatório 
com garantia total. 
 
Em geral toma-se o pior período da série observada. 
 
Obviamente existe a possibilidade de ocorrência de um período 
ainda mais crítico. 
 
Em projetos de abastecimento de água ou geração de energia 
hidrelétrica deve-se adotar para um reservatório uma vazão 
garantida menor que aquela determinada com base na série 
histórica. 
 
Em projetos de irrigação esse cuidado não é necessário, 
podendo-se até adotar valores maiores que o obtido dessa forma. 
 
 6 
Dado o diagrama de Rippl e o volume do reservatório, como 
determinar a a vazão firme? 
 
SV
Vres
Vres
Vres
Vres
 
 
Colocar o volume do reservatório nos pontos em que se obtém 
as menores declividades. A vazão firme é a menor das 
declividades 
SVSV
Vres 
 7 
Alternativamente pode-se utilizar o critério de Conti 
SVSV
Vres 
 
 
DIAGRAMA DIFERENCIAL DE VAZÕES - diagrama dos 
resíduos, dos desvios ou das diferenças acumuladas. 
 
O diagrama de Rippl tem a desvantagem de ser sempre 
crescente, o que leva a problemas de plotagem e de escala. 
 
Porquê não plotar apenas o afastamento da média? 
 
Tempo 
 
(mês) 
Q 
 
(m3/s)
Desvios 
di= iQ -Q 
(m3/s) 
Vol.residuais 
di×∆t×2,628×106 
(m3) 
Vol.residuais
acumulados 
(m3) 
 
 
 
 
 
 
 
 8 
Tempo 
 
(mês) 
Q 
 
(m3/s) 
Desvios 
di= iQ -Q 
(m3/s) 
Vol.residuais acumulados 
Σdi 3m ˆmes
s
⎛ ⎞⎜ ⎟⎝ ⎠
 
 
 
 
Vres acum.
dQ =Q
 
dV 0 Q=Q
dt
= ⇒ 
 
i i
dV dVQ -Q= Q =Q+
dt dt
∴ 
 
Se iQ >Q reta/ 
 Se Qi=0 
dV =-Q
dt
 
Se iQ <Q reta2 
Ex: Seja Q=100 m3/s. Traçar as retas de vazão nula e de Q=40 
m3/s 
V
t
 9 
dV V100 V=-1000
dt 10
∆= − = ∆ 
i
dV dVQ =Q+ 60 V=-600
dt dt
= − ∆ 
V
t
10 meses
-1000
-600 Q=40
Q=0
 
 
 
 
Dado o DDV e o volume do reservatório, determinar a vazão 
firme 
O método pode ser facilmente implementado em computador 
para cálculo automático. 
 10 
VrVr
Vr
Vr
 
 
Critério de Conti 
VrVr
Vr
Vr
Vr
 
 11 
VOLUME E ÁREA DE RESERVATÓRIOS 
 
A partir da planta topográfica com pelo menos 1m de precisão 
nas cotas ou utilizando um SIG pode-se calcular as curvas Cota-
Área-Volume pra o local de barramento escolhido. essa curva é 
da maior importância pois define, para aquele local de 
construção da barragem, a área a ser desapropriada e para cada 
cota, a área do lago e o volume armazenado. 
V1
A1
Ai-1
Ai
 
1 1 0
1
( )
3
A h hV −= 
( )1 12i ii i i
A AV h h+ −
+= − 
 
 12 
 
 
No entanto, a barragem precisa ter um volume total (VT) superior 
ao volume útil (VU) desejado para poder compensar os volumes 
ocupados pelos sedimentos arrastados e suspensos nas águas 
afluentes (volume inerte VI) e para compensar as perdas por 
evaporação e infiltração (volume de perdas VP). 
T U P IV V V V= + + 
Os sedimentos de arraste se depositam próximo à entrada do 
reservatório provocando um rápido assoreamento dessas áreas. 
Os sedimentos suspensos depositam-se gradualmente, à medida 
que as velocidades de escoamento são reduzidas. Os sedimentos 
suspensos representam a maior parte dos sedimentos 
transportados. O uso do solo pode provocar uma erosão 
acelerada, tanto erosão laminar sobre toda a superfície do solo) 
como erosão localizada (muitas vezes provocando o 
aparecimento de voçorocas). 
 13 
 
Estima-se que em muitos casos o volume inerte mais o de perdas 
pode ser da ordem de 20 a 40% do volume útil do reservatório, 
para uma vida útil de 30 a 50 anos. 
O volume total é utilizado para determinar a altura submersível. 
Há ainda que se prever uma altura para compensar a lâmina de 
água sobre o vertedor (hV)para dar vazão à cheia máxima de 
projeto, uma altura de ondas (hO)e uma folga (K). 
De fato a altura sobre o vertedor depende do amortecimento da 
onda de cheia no reservatório, sendo portanto um pouco inferior 
ao valor obtido diretamente da equação do vertedor com a vazão 
máxima de projeto. 
A altura de ondas pode ser calculada em função da direção dos 
ventos mais intensos, da velocidade do vento e do máximo 
comprimento do reservatório (chamado de fetch) na direção dos 
ventos críticos. 
 14 
COTA
ÁREA VOLUMEVT
} hO+hV+K
Área de 
desapropriação
 
REGIME DOS CURSOS DE �GUA - Apresentacao.pdf
REGIME DOS CURSOS DE ÁGUA
Prof. Sergio Koide
UnB- FT- Departamento de Engenharia Civil e Ambiental
• Q em postos fluviométricos, 
longos períodos → TENDÊNCIAS
• Similaridade com precipitações
• CHUVA - baixa correlação (horas ou dias)
• VAZÕES - correlação maior (horas, dias, meses)
• → Estudos estatísticos / estocásticos - eventos não são 
independentes
• FLUVIOGRAMA
• Bacias de grandes áreas - vazões médias mensais
• bacias de pequenas áreas - vazões médias diárias
Determinação dos períodos de seca e cheia
Análise das secas e cheias
Determinação de vazões outorgáveis
Determinação de vazões mínimas a serem mantidas nos 
rios
750 800 850 900
950 1000 1050
dia Juliano (dia 0 em 01/01/2002)
0
40
80
120
160
V
a
z
ã
o
 
(
m
3
/
s
)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
tempo (mês)
Vazão do Rio Descoberto 7C, (2004)
jan mar abr maio jun jul ago set out nov dezfev
912 914 916 918 920 922 924
dia Juliano (dia 0 em 01/01/2002)
7
8
9
10
11
12
V
a
z
ã
o
 
(
m
3
/
s
)
Influência do esgoto no Rio Descoberto 7C
0
10
20
30
v
a
z
ã
o
 
(
m
3
/
s
)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
tempo(mês)
Ribeirão das Pedras (2003)
1100 1150 1200 1250 1300 1350 1400 1450
dias julinados, início em 01/01/2002
0
10
20
30
40
50
V
a
z
ã
o
 
(
m
3
/
s
)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
tempo (mês)
Vazão no Rio Descoberto, seção a montante do Rio Melchior (2005)
0
1
2
3
4
5
v
a
z
ã
o
 
(
m
3
/
)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Vazão do Córrego Olaria (2005)
1100 1150 1200 1250 1300 1350 1400 1450
tempo em dias julianos (início em 01/01/2002)
0
1
2
3
4
5
c
o
t
a
 
(
m
)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
tempo (mês)
Cotagrama do Ribeirão Rodeador (2005)
Ex.:
Abastecimento de cidade
em que:
• Qd é a vazão a ser suprida; 
• P é a população a ser abastecida (prevista para o 
horizonte de projeto); 
• q é o consumo per capita;
• K coeficiente de ajuste para máxima vazão
Qmin do rio - deve ser suficiente para suprir Qd e ainda 
manter uma vazão mínima no rio. Pode ser necessário 
guardar água de meses (ou mesmo anos) chuvosos 
para uso em meses (ou anos) secos
86400d
qQ KP=
CURVA DE PERMANÊNCIA
As vazões (diárias, mensais ou anuais) podem ser 
classificadas e organizadas segundo uma distribuição de 
freqüências (NÃO CRONOLÓGICA)
CURVA DE PERMANÊNCIA - acumulação das 
freqüências das classes sucessivas em um gráfico, contra 
os limites inferiores dos respectivos intervalos de classe
Indica a porcentagem do tempo em que uma determinada 
vazão foi igualada ou superada durante o período de 
observação
ELABORAÇÃO DA CURVA
Qij i=ano= 1, 2, ... n N= número de dados=12n
j=mês= 1, 2, ... 12
Ordenação dos valores 
Q1≥ Q2≥ ... ≥QN Q1 máxima vazão observada
QN mínima vazão observada
m= número de intervalos de classe
∆= amplitude do intervalo
1 - NQ Q
m
∆ =
Ex. : Seja uma série com 30 anos de dados mensais, em 
que a máxima vazão é de 420 m3/s e a mínima 20 m3/s.
Se dividirmos os dados em 20 intervalos de classe 
teremos
31 - 420 20 20m /s
20
NQ Q
m
−∆ = = =
:
4/3602/3602320-300
2/36000340-320
2/3601/3601360-340
1/36000380-360
1/36000400-380
1/3601/3601420-400
%ACUM%FREQ.FREQÜÊNCIAINTERVALO
• Cada ocorrência corresponde a 1 tempo (mês, ano)
• Tempo total = Σfreqüências
• Σfreqüências em geral é expresso em termos de 
porcentagem do tempo total
• Em geral a curva de permanência segue uma 
distribuição log-normal
• Quanto > o intervalo ∆ < a variação de Q
• Estudos comparativos de diferentes bacias descargas 
específicas
• Curvas adimensionais
• USOS DA CURVA
• fixação de limites de uso das águas dos cursos 
d’água
• Q90 (Q7,10)
• Estimação (em anteprojetos) do volume de 
pequenos reservatórios de regularização
• Seja Qd=15 m3/s e Qmin=6 m3/s
• 5%→0,05 360 dias/ano 30 anos 86400 seg/dia
Q
Qd
Qmin
Qd
Qmin
Qd
Volume do reservatório necessário
para regularizar Qd
100%95%
%tempo
30,05 360 30 86400 (15 6) m
2
Vu × × × × −=
ANÁLISE DE UM DADO PERÍODO jun87-jun96 -
Dividiu-se mês a mês os valores pela média de longo termo (MLT) correspondente 
ao mês considerado. A MLT foi obtida a partir das observações no período 1931-
1984 
No caso de Tucuruí, as vazões dos 
últimos 10 anos permaneceram apenas 
32 % do tempo acima da MLT. No caso 
de Sobradinho e Três Marias, o tempo 
de permanência acima da média 
histórica cai a 14 e 24 % respectiva-
mente. As vazões dos últimos 10 anos 
apresentaram, de uma forma 
consistente, valores abaixo da média 
histórica. 
O Rio Negro apresentou vazões 
acima da MLT 68 % do tempo, o que 
pode indicar a ocorrência de uma 
década úmida na Amazônia. A curva 
apresenta extrema regularidade, o 
que era de se esperar considerando o 
tamanho da bacia hidrográfica 
tributária do Rio Negro 
OUTORGA
ESPIRITO SANTO
•• Vazão de referência:Vazão de referência:
• Rios perenes: Q7,10 - vazão mínima média de sete dias 
consecutivos de duração e tempo de retorno de dez anos;
• Rios intermitentes: Q90 - vazão igualada ou excedida em 
90% do tempo.
• Vazão máxima outorgável:
• Somatório das vazões captadas por todos os usuários 
(vazões outorgadas): 50% da vazão de referência;
• Manutenção de vazão residual mínima: 50% da vazão de 
referência;
• Quando houver armazenamento (barragem): pode ser 
outorgada vazão maior, desde que o fluxo residual 
mínimo: 50% da vazão de referência;
• Vazão máxima individual para um mesmo uso: 25% da 
vazão de referência.
OUTORGA
OUTORGA
DF - RESOLUÇÃO/ADASA Nº. 350 de 23 de junho de 2006
Art. 7º. Para os usos de águas superficiais, ficam estabelecidos, para o somatório 
das vazões a serem outorgadas em um mesmo curso de água, os seguintes 
limites máximos:
I – até 80% (oitenta por cento) das vazões de referência Q7,10, Q90, ou Q (médias 
das mínimas mensais), quando não houver barramento; 
II – até 80% (oitenta por cento) das vazões regularizadas, dos lagos naturais ou de 
barramentos implantados em mananciais perenes.
§2º Nos casos de abastecimento humano, os limites dos incisos I e II poderão 
atingir até 90% (noventa por cento) da vazão de referência. 
§3º No caso do inciso II a vazão remanescente de 20% (vinte por cento) das 
vazões regularizadas deverá escoar para jusante, por descarga de fundo ou por 
qualquer outro dispositivo que não inclua bombas de recalque.
§4º Fica limitado a um único usuário vazão de 20% (vinte por cento) da vazão total 
outorgável do trecho de curso d’água, considerado para cálculo da disponibilidade 
hídrica. Para atender a usos prioritários, coletivos ou em razão do número de 
usuário e disponibilidade hídrica poderá ser ampliado o limite de 20%.
§5º O outorgado deverá se responsabilizar pelo padrão de qualidade e 
potabilidade da água para cada uso pretendido, providenciando junto aos órgãos 
competentes as autorizações e certificações quanto à qualidade exigida para cada 
uso. 
ExRegimeRegularizacao.pdf
Universidade de Brasília 
Faculdade de Tecnologia 
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental 
 
Disciplina: Hidrologia Aplicada - 166405 
 
EXERCÍCIOS DE REGIME E REGULARIZAÇÃO DE CURSOS D’ÁGUA 
1) O rio Marombas nasce no município de Curitibanos, desenvolvendo-se para oeste até receber a afluência do rio 
Correntes pela margem esquerda, mudando então para a direção sul até lançar-se no rio Canoas. 
 Analisando-se a série de vazões médias mensais (m3/s) do período 1941-1970, registradas em uma estação a 27º 
20’ de latitude sul e 50º 44’ de longitude oeste e com área de drenagem de 3800km2, obteve-se: 
 
INTERVALO FREQÜÊNCIA INTERVALO FREQÜÊNCIA 
366-348 1 186-168 11 
348-330 0 168-150 9 
330-312 0 150-132 15 
312-294 0 132-114 12 
294-276 0 114-96,0 19 
276-258
1 96,0-78,0 38 
258-240 2 78,0-60,0 41 
240-222 1 60,0-42,0 64 
222-204 4 42,0-24,0 77 
204-186 2 24,0-6,00 63 
 
Traçar a curva de permanência e determinar a vazão com 95% de permanência. Determinar o volume do reservatório 
necessário para se regularizar essa vazão. 
 
2) Pretende-se construir uma barragem para regularização de vazão com as finalidades de abastecimento de água de 
uma cidade e de geração de energia elétrica, com vazões de demanda 5 e 12 m3/s, respectivamente. 
 O levantamento topográfico do local onde será implantado o sistema forneceu as áreas do espelho d’água, em 
relação à posição da barragem, indicada a seguir. 
 
Cota (m) 155 165 175 185 195 205 
Área (106m2) 0 2 4 7 13 21 
 
 O estudo hidrológico do rio forneceu as seguintes vazões médias mensais (m3/s), no período da estiagem mais 
crítica, já descontadas as perdas. 
 
MÊS VAZÃO MÊS VAZÃO 
JAN 61,7 JUL 11,2 
FEV 62,8 AGO 10,4 
MAR 24,7 SET 14,6 
ABR 14,1 OUT 20,1 
MAI 9,51 NOV 29,5 
JUN 10,1 DEZ 48,9 
 
 O estudo sedimentológico do rio determinou uma carga sólida reduzida e um volume inerte de 25% do volume 
útil do reservatório. 
 A vazão máxima que se espera ocorrer em 10.000 anos no rio em estudo é 332m3/s e deverá ser extravasada por 
um vertedor retangular de 80m de comprimento e vazão dada pela equação Q= 2,00LH1,5. 
 Estimou-se no reservatório ondas com 1,50m de altura e recomenda-se uma folga adicional de 1,30m. 
 Pede-se: 
a) Comentar sobre a capacidade do rio em abastecer os sistemas 
b) Determinar o volume útil do reservatório (m3/s) utilizando o diagrama de massas e o diagrama diferencial de vazões 
c) Volume total do reservatório 
d) Altura submersível da barragem 
e) Altura total da barragem 
f) Área a ser desapropriada.

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