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CURSO: OAB FGV TURMA SUPER EXTENSIVA 1ª FASE XXIV EXAME MODALIDADE: ONLINE MATÉRIA: Direito Administrativo PROFESSOR: Claudia Molinaro DATA DA AULA: MONITOR: Amanda Indicações de bibliográficas: “Curso de Direito Administrativo - Revista, atualizada e ampliada Editora Método, Prof. Rafael Carvalho Oliveira Leis e artigos importantes: Constituição Federal de 1988 e Jurisprudência. Palavras-chave: Atos administrativos. Conceito. Atributos. Características. Elementos de Formação. Formas de Extinção. Espécies de atos administrativos. Convalidação. Contatos da professora: Instagram: professoraclaudiamolinaro Periscope: @Claudiamolinaro Facebook: Claudia Molinaro TEMA: Atos Administrativos 1- Conceito: Manifestação unilateral de vontade do Estado ou de seus delegatários no desempenho da função pública, regido por normas de Direito Público e que produza efeitos no mundo jurídico voltados a atender o interesse público. Elemento subjetivo do ato administrativo - manifestação unilateral de vontade do Estado e de seus delegatários (somente aquele ato praticado no exercício da função delegada) . contrato - manifestação bilateral de vontade. É um negócio jurídico. Elemento formal - regimento jurídico Finalidade - interesse público. 2- Atributos do ato administrativo: PRESUNÇÃO DE LEGITIMIADE / VERACIDADE / LEGALIDADE / VALIDADE IMPERATIVIDADE AUTO-EXECUTORIEDADE Legitimidade - de acordo com o ordenamento jurídico. Veracidade - verdadeiro Legalidade - lei Validade - lei Imperatividade - através deste atributo, o poder público impõe obrigações ao particular ou ao administrado, independente da concordância destes. Auto - executoriedade - a Administração Pública realiza os seus atos, independente da manifestação prévia do Poder Judiciário. A maioria dos atos são auto executáveis, mas nem todos os atos são assim. Quando o ato nasce, presume-se que ele tem os atributos de legitimidade, veracidade, legalidade e validade. A presunção é sempre relativa porque admite prova em contrário (iuris tantum). Caso, se prove que o ato não tenha essas características, ele torna-se nulo. 3- Elementos de Formação ou Requisitos de Validade: art 2° da Lei de ação popular (Lei 4717/65) - define os elementos: competência, forma, motivo, finalidade, objeto. 1) COMPETÊNCIA: delimitação legal de atribuições, portanto, um elemento vinculado. Em regra, intransferível ou imodificável, mas há exceções determinadas por lei. Formas de modificação de competência: Institutos da DELEGAÇÃO e AVOCAÇÃO (art. 12 e 15 da Lei 9784/99). É uma delimitação legal de atribuição e é vinculada. Em regra, é intransferível e imodificável. Mas há exceções previstas em lei, que são: delegação e evocação. arts 11 ao 15 da lei 9784/99 - artigos importantes para estudar para a prova. Delegação – é a transferência de parcela de atribuição. Ex: art. 84, parágrafo único da CF. Avocação - puxar para si as atribuições. Pela leitura do art. 15 da lei 9784/99, é preciso: ter hierarquia; ter motivação e justificativa; e ela é excepcional e é temporária. Delegação - Não precisa de hierarquia. E pode ocorrer, se não tiver impedimento legal. Segundo o art 13 da Lei 9784/99, há 3 impedimentos que não podem ocorrer a delegação: decisão de recurso administrativo; edição de ato normativo; e competência de matéria exclusiva (inciso III do art. 13- é o que mais cai em prova). 2) FINALIDADE: elemento vinculado – A atuação do agente público deve estar sempre pautada no interesse público. 3) FORMA: elemento vinculado – É o meio de exteriorização do ato, a maneira específica, determinada em lei, pela qual um ato administrativo deve ser praticado para que seja válido. PRINCÍPIO DAS FORMALIDADES LEGAIS. Princípio das Formalidades Legais - Ex: art. 6° do Decreto Lei 3365/41: decreto expropriatório que vai formalizar a declaração do Ente em querer desapropriar. Competência, finalidade e forma sempre serão elementos vinculados ao ato administrativo, ou seja, só pratica o ato administrativo quem for competente, de acordo com a forma da lei, e com a finalidade de atender ao interesse público. 4) MOTIVO - ora será vinculado, ora será discricionário. – Situação de fato ou de direito que impões ou enseja a prática do ato administrativo. vinculado - é quando a situação fática impõe ao poder público a necessidade de realizar determinado ato. Ex: aposentadoria compulsória, art. 40, §1°, II da CF. discricionário - A Administração Pública faz um juízo de valor (conveniência e oportunidade) daquela situação fática e autoriza, ou não. Ex: autorização de uso de bem público (praça) para festa junina. Motivação - Não é elemento de formação do ato. É apenas a justificativa da prática do ato. É quando você explica o motivo por ter praticado determinado ato. O art. 50 da Lei 9784/99 - é um caso de motivação obrigatória. Teoria dos Motivos Determinantes: De acordo com essa teoria, a validade do ato depende da correspondência entre motivos nele expresso e a existência concreta dos fatos que ensejaram sua edição. Mesmo nos atos discricionários, onde a lei não exige motivação, caso o agente exponha os motivos do ato, a validade da medida dependerá da citada correspondência com a realidade. Assim, caso o motivo não seja verdadeiro ou seja, inexistente o ato será nulo, com vício no elemento motivo. Teoria dos Motivos Determinantes - os motivos passam a ser determinantes para a criação do ato administrativo. A validade do ato normativo é vista pela ótica dos motivos. 5) OBJETO - deve ser lícito e moralmente aceito, realizável no mundo dos fatos. Também denominados por alguns autores como conteúdo. Na verdade ´e o efeito que o ato produz no mundo jurídico. Representa o fim imediato, ou seja, o resultado prático a ser alcançado pela vontade administrativa. Trata-se, portanto, do conteúdo do ato, através do qual a Administração manifesta seu poder e sua vontade. O ato pode ter mais do que um objeto. OBJETO: ="conteúdo" do ato - é o efeito que o ato produz no mundo jurídico. Um ato pode ter mais de 1 Objeto. Cada ato tem um efeito e um objeto. Objeto pode ser vinculado e discricionário. Exempos de efeitos do ato administrativo: licença para dirigir - efeito declaratório autorização de uso de bem público - efeito constitutivo cassação da carteira de motorista - efeito extintivo Quando os 5 elementos estiverem na lei, o ato administrativo será vinculado. Quando o ato administrativo é discricionário: 3 elementos são sempre vinculados (competência, forma e finalidade), mas o objeto e a forma são discricionários. Há um mérito administrativo. Ocorre um juízo de conveniência e oportunidade. 4- Extinção dos atos administrativos: 1- Anulação ou Invalidação: É o controle legal do ato. Motivo: ilegalidade originária (de formação). Quem pode anular? Administração Pública - autotutela administrativa art. 53 da Lei 9.784/99 (súmulas 346 e 473 do STF) e Poder Judiciário - art. 5°, XXXV da CF - Princípio da Inafastabilidade do Judiciário (controle exógeno, eventual e provocado). Que tipo de atos pode ser anulado? Atos vinculados e discricionários Qual o Efeito da anulação: retroativo (ex-tunc) Limite temporal para a Administração anular seus atos ilegais - art. 54 da Lei 9784/99 (prazo decadencial). 2- Revogação: É um controle de mérito. O ato é legal, mas tem vicios. O ato que gerou direito adquirido não pode ser revogado. Os atos irrevogados são atos que: exauriram os seus efeitos; que possuem direitos adquiridose que são atos vinculados (previstos em lei). art. 53 da Lei 9784/99. Motivo: mérito administrativo e não ilegalidade, ou seja, o ato é legal, válido, mas se tornou inconveniente e inoportuno. Sendo um controle de mérito, só a própria Administração poderá revogá-lo, por um juízo de conveniência e oportunidade (Autotela Administrativa) PODER JUDICIÁRIO NÃO REVOGA ATO PRATICADO PELA ADMINISTRAÇÃO. Efeitos ex nunc. Atenção!! ATOS ADMINISTRATIVOS IRREVOGÁVEIS: Atos que exauriram os seus efeitos, os que geraram direitos adquiridos, os atos vinculados. 3- Cassação: Quem pratica o ato é quem se beneficiou dele, seu destinatário. E a Administração Pública faz a cassação como efeito punitivo. Motivo: ilegalidade superveniente. Natureza do ato punitivo praticado pela Administração. É a extinção do ato por descumprimento das condições fixadas pela Administração ou ilegalidade superveniente imputada ao beneficiário do ato. Como é uma verdadeira sanção deve ser observado ampla defesa e contraditório e deve ser aplicada por prazo determinado. Efeitos ex nunc. 4 - Caducidade: Também trabalha com a ilegalidade, assim como a Anulação e a Invalidação. Extinção do ato quando a situação nele contemplada não é mais tolerada pela nova legislação. O ato é editado regularmente mas se torna ilegal em virtude da alteração legislativa. Incide só sobre atos discricionários e precários que não geram direito adquirido, sob pena de violar o art. 5°, XXXVI da CF. * Convalidação e Sanatória dos atos administrativos: Salvamento do ato que apresenta vícios sanáveis e produz efeitos ex tunc, preservando o ato ilegal anteriormente editado. O vício não sanável é considerado nulo. Retirar um vício sanável traz efeitos ex tunc, isto é, os efeitos retroagem à época da origem dos fatos a ele relacionados. Teoria Monista - os atos ilegais são sempre nulos. É uma teoria radical. Se o ato tem algum vício, ele é nulo. Teoria Dualista - É a teoria majoritária. Admite sanatória do vicio do ato administrativo. Essa teoria diz que o ato inválido pode ser nulo (insanável) ou anulável (sanável), dependendo da gravidade do vício. Tem que olhar para onde cai o vicio nos elementos de formação do ato administrativo para determinar se um vício é sanável ou não. Os sanáveis são relacionados à competência, à forma e ao objeto. Já os insanáveis são os relativos ao motivo, objeto único e finalidade. Distinção entre vícios sanáveis ou não - art. 55 da Lei 9784/99 - não pode haver lesão ao interesse público nem de terceiros. ratificação - é o ato que retira o vício de competência. reforma - é o ato que retira o vício do elemento forma. Em atos plúrimos, onde 1 objeto está certo e o outro está errado, eu retiro o objeto errado e só fico com o bom. ato plúrimo - ato que tem mais de um objeto. Ex: ato que confere licença prêmio e férias para servidor estadual. Não admite sanatória - quando o elemento for motivo, finalidade e tiver um único objeto. Neste caso, o ato será nulo. art. 54 da Lei 9784 - a Administração tem prazo de 5 anos para sanar os seus atos. art 55 da Lei 9784 - faz distinção entre vícios sanáveis e insanáveis. A má-fé do administrado e quando pode ocorrer lesão ao interesse público e ao interesse de terceiros de boa-fé impedem a convalidação do ato, até mesmo pelo decurso do tempo. Ex: o servidor aumenta rendimento ao apresentar diploma falso durante 6 anos. Mesmo assim, o ato poderá ser anulado pois ele agiu de má- fé. * 3 Espécies de Ato Administrativo: Os 3 atos nunca são dados de ofício. É preciso de um interesse, de uma provocação do particular. a) Licença - ato vinculado, não há margem de liberalidade ao administrador, onde a Administração Pública reconhece o direito do particular para o exercício de determinada atividade - natureza declaratória - ato de consentimento estatal. A Administração Pública não tem discricionaridade, ela está vinculada à lei. Ela é obrigada conceder a licença. A licença tem um efeito meramente declaratório porque ela apenas irá conceder aquilo que está previsto na lei. Quando não é concedida a licença pode-se impetrar um Mandado de Segurança pois há a violação de um direito líquido e certo. b) Autorização - é ato discricionário e precário, que permite o particular exercício de atividade ou uso privativo de bem público, isto é, pode ser revogado no momento em que a Administração Pública achar conveniente. Não está previsto na lei. Pode ser, contudo, condicionada, porque o Poder Público cria limitações. Nesse caso a discricionariedade ficará mitigada (licitação/ indenização). Natureza Constitutiva. c) Permissão - é ato discricionário e precário. A diferença entre autorização e permissão está no interesse envolvido. A Autorização é de interesse exclusivo do particular para fechar uma rua, por exemplo. Já a Permissão, há os interesses do particular e da Administração Pública. Ex: colocar banca de jornal. Existem permissões condicionadas e qualificadas que podem ensejar indenização ao particular. CURSO: OAB FGV TURMA SUPER EXTENSIVA 1ª FASE XXIV EXAME
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