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Auditoria Fiscal e Tributária Aula 8 1 Classificação dos Tributos Definição de tributo de acordo com o CTN art. 3º “Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.” Art. 5º CTN “Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria” Taxas Seção II – Títulos IV “Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.” ” Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. (Redação dada pelo Ato Complementar nº 31, de 1966).” “Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se:, I - utilizados pelo contribuinte: a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título; b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento; II - específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de utilidade, ou de necessidades públicas; III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus usuários.” Contribuição de Melhoria “Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.” Então a contribuição de melhoria é um tributo cobrado em decorrência de obra publica que proporciona valorização do imóvel do individuo tributado. Tributos Diretos São os impostos que o governo arrecada sobre ou patrimônio e renda. O contribuinte sofre uma diminuição no seu patrimônio e não tem como repassar o ônus tributário. Ex: IRPF: Imposto de renda pessoa física: incide diretamente no salário do trabalhador (desconto em folha); IPVA: Imposto sobre a propriedade de veículos automotores: arrecadação anual pelos Estados, incide sobre carros, motos, caminhões. Variação de 1% a 3%; IPTU: Imposto predial territorial urbano: arrecadado anualmente, incide sobre a propriedade de casas, apartamentos, terrenos. É de competência municipal e a cobrança depende da localização e tamanho do imóvel. Tributos Indiretos Os impostos indiretos incidem sobre a produção de mercadorias e serviços sendo passíveis de incidências a terceiros, ou seja, o imposto é cobrado do contribuinte direto mas é transferido para o contribuinte de fato, quem é quem suporta a carga tributária. Ex: ICMS: Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços: Competência Estadual, incide sobre a comercialização de produtos e serviços. ISS: Impostos sobre serviço: Competência Municipal, incide sobre a prestação de serviço no município. IPI: Imposto sobre produto industrializado: Competência federal, este imposto incide sobre a comercialização de produtos industrializados. PIS - Programa de integração Social e de formação Patrimônio do Servidor Publico COFINS – Contribuição para o financiamento da seguridade social Regime de Incidência Cumulativa Base de calculo é a receita operacional bruta com alíquotas de 0,65% para o PIS e 3% para o COFINS. Regime de Incidência Não Cumulativa Há o desconto de créditos com base em custos, despesas com alíquotas de PIS e COFINS de 1,65 e 7,60 respectivamente. Credito Tributário Art. 139- “ O credito tributário decorre da obrigação principal e tema mesma natureza dessa.” A obrigação tributaria principal corresponde ao pagamento de tributo, ou seja, o credito tributário devidamente constituído por meio de um procedimento administrativo, é denominado lançamento e permite que o ESTADO exija esse credito do contribuinte no prazo fixado em lei. A constituição do credito tributário é formalizada por meio do lançamento. Lançamento Tributário Art. 142 “ Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível. Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional.” O lançamento corresponde ao ato em que se constitui formalmente o credito tributário com base na existência de uma obrigação tributária que se origina da realização de um fato gerador. O lançamento pode ser feito de 3 formas distintas: 1- Por declaração: Art. 147. O lançamento é efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro, quando um ou outro, na forma da legislação tributária, presta à autoridade administrativa informações sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação. § 1º A retificação da declaração por iniciativa do próprio declarante, quando vise a reduzir ou a excluir tributo, só é admissível mediante comprovação do erro em que se funde, e antes de notificado o lançamento. § 2º Os erros contidos na declaração e apuráveis pelo seu exame serão retificados de ofício pela autoridade administrativa a que competir a revisão daquela. 2- De oficio ou direto Art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa nos seguintes casos: I - quando a lei assim o determine; II - quando a declaração não seja prestada, por quem de direito, no prazo e na forma da legislação tributária; III - quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado declaração nos termos do inciso anterior, deixe de atender, no prazo e na forma da legislação tributária, a pedido de esclarecimento formulado pela autoridade administrativa, recuse-se a prestá-lo ou não o preste satisfatoriamente, a juízo daquela autoridade; IV - quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer elemento definido na legislação tributária como sendo de declaração obrigatória; V - quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte da pessoa legalmente obrigada, no exercício da atividade a que se refere o artigo seguinte; VI - quando se comprove ação ou omissão do sujeito passivo, ou de terceiro legalmente obrigado, que dê lugar à aplicação de penalidade pecuniária; VII - quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação; VIII - quando deva ser apreciado fato não conhecido ou não provado por ocasião do lançamento anterior; IX - quando se comprove que, no lançamento anterior, ocorreu fraude ou falta funcional da autoridade que o efetuou, ou omissão, pela mesma autoridade, de ato ou formalidade especial. Parágrafo único. A revisão do lançamento só pode ser iniciada enquanto não extinto o direito da Fazenda Pública. Ex: IPTU 3- Por homologação ou auto lançamento Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quantoaos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa. § 1º O pagamento antecipado pelo obrigado nos termos deste artigo extingue o crédito, sob condição resolutória da ulterior homologação ao lançamento. § 2º Não influem sobre a obrigação tributária quaisquer atos anteriores à homologação, praticados pelo sujeito passivo ou por terceiro, visando à extinção total ou parcial do crédito. § 3º Os atos a que se refere o parágrafo anterior serão, porém, considerados na apuração do saldo porventura devido e, sendo o caso, na imposição de penalidade, ou sua graduação. § 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação. É uma forma de pagamento antecipado em que o contribuinte aguarda a homologação por parte da fazenda publica que poderá analisar dentro de 5 anos a partir do fato gerador a veracidade do lançamento realizado. Transcorrido o prazo mencionado, o credito considera se extinto. Extinção do credito tributário Art. 156. Extinguem o crédito tributário: I - o pagamento; II - a compensação; III - a transação; IV - remissão; V - a prescrição e a decadência; VI - a conversão de depósito em renda; VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no artigo 150 e seus §§ 1º e 4º; VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164; IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória; X - a decisão judicial passada em julgado. XI - a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei Exercícios 1-É hipótese de suspensão do crédito tributário a[o]remissão. transação. compensação. pagamento. parcelamento. A -remissão. B- transação. C- compensação. D- pagamento. E- parcelamento. Resposta: E A- cinco anos contados da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado. B-cinco anos contados do último dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ser efetuado. C- dez anos contados da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício material, o lançamento anteriormente efetuado D- dez anos contados do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ser efetuado. E- cinco anos contados da data da constituição definitiva do crédito tributário. 2- O prazo de natureza decadencial para a Fazenda Pública constituir o débito tributário é de: D- O saldo da conta encontra-se superavaliado, em razão de o ICMS sobre mercadorias ser um direito da empresa. Resposta D
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