Buscar

Apostila Contabilidade Governamental_3

Prévia do material em texto

Contabilidade 
Governamental 
 
Melissa Moraes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
LDO (LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS) 
 
A LDO é o elo entre o Plano Plurianual - PPA, que funciona como um plano de Governo, e a Lei Orçamentária 
Anual - LOA, instrumento de viabilização da execução dos programas governamentais. Sinteticamente, a LDO 
estabelece, dentre os programas incluídos no PPA, quais - como e com qual intensidade - terão prioridade na 
programação e execução do orçamento subsequente e disciplina a elaboração e execução dos Orçamentos. 
A proposição do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias - PLDO é de iniciativa privativa do(a) chefe do Poder 
Executivo de cada ente da federação, que deverá enviá-lo ao Poder Legislativo para análise, aperfeiçoamento (por meio 
de emendas parlamentares) e aprovação. 
A lei de diretrizes orçamentárias (LDO) orienta a elaboração e execução do orçamento anual e trata de vários 
outros temas, como alterações tributárias, gastos com pessoal, política fiscal e transferências da União. 
 
“Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
... 
I - as diretrizes orçamentárias; 
... 
§ 2º - A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública 
federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente, orientará a elaboração da lei 
orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação 
das agências financeiras oficiais de fomento” (CF/88) 
 
Instituída pela CF, a LDO é o instrumento norteador da elaboração da LOA na medida em que dispõe, para cada 
exercício financeiro sobre: (Manual Técnico do Orçamento – MTO – 2014) 
 
• as prioridades e metas da Administração Pública Federal; 
• a estrutura e organização dos orçamentos; 
• as diretrizes para elaboração e execução dos orçamentos da União e suas alterações; 
• a dívida pública federal; 
• as despesas da União com pessoal e encargos sociais; 
• a política de aplicação dos recursos das agências financeiras oficiais de fomento; 
• as alterações na legislação tributária da União; e 
• a fiscalização pelo Poder Legislativo sobre as obras e os serviços com indícios de irregularidades graves. 
 
Para a União, a Constituição Federal estabelece que compete à Lei de Diretrizes Orçamentárias: 
 
• Compreender as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital 
para o exercício financeiro subsequente; 
• Orientar a elaboração da Lei Orçamentária Anual; 
• Dispor sobre as alterações na legislação tributária; e 
• Estabelecer a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. 
 
 
 
3 
 
Para os demais entes da federação, a legislação própria deve ser consultada. Contudo, geral, as Constituições 
Estaduais e Leis Orgânicas do DF e Municípios seguem o texto da norma federal. 
A LRF atribuiu à LDO a responsabilidade de tratar de outras matérias, tais como: (Manual Técnico do Orçamento 
– MTO – 2013) 
 
• estabelecimento de metas fiscais; 
• fixação de critérios para limitação de empenho e movimentação financeira; 
• publicação da avaliação financeira e atuarial dos regimes geral de previdência social e próprio dos 
servidores civis e militares; 
• avaliação financeira do Fundo de Amparo ao Trabalhador e projeções de longo prazo dos benefícios da 
LOAS; 
• margem de expansão das despesas obrigatórias de natureza continuada; e 
• avaliação dos riscos fiscais. 
 
Com a publicação da Lei de Responsabilidade Fiscal, além do disposto na Constituição, a LDO passou a 
dispor sobre: 
 
• Equilíbrio entre receitas e despesas; 
• Critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada nas seguintes hipóteses: 
� Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento 
das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais; ou 
� Enquanto perdurar o excesso de dívida consolidada de ente da Federação que tenha ultrapassado o 
respectivo limite ao final de um quadrimestre. 
• Normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com 
recursos dos orçamentos; e 
• Demais condições e exigências para a transferência de recursos a entidade públicas e privadas. 
 
“Art. 4o A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2o do art. 165 da Constituição e: 
I - disporá também sobre: 
a) equilíbrio entre receitas e despesas; 
b) critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada nas hipóteses previstas na alínea b do 
inciso II deste artigo, no art. 9o e no inciso II do § 1o do art. 31; 
c) (VETADO) 
d) (VETADO) 
e) normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com 
recursos dos orçamentos; 
f) demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e privadas; 
II - (VETADO) 
III - (VETADO) 
§ 1o Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em que serão 
estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados 
nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes. 
 
 
4 
 
§ 2o O Anexo conterá, ainda: 
I - avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior; 
II - demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que justifiquem 
os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três exercícios anteriores, e evidenciando a 
consistência delas com as premissas e os objetivos da política econômica nacional; 
III - evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a origem e a 
aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos; 
IV - avaliação da situação financeira e atuarial: 
a) dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e do Fundo de Amparo ao 
Trabalhador; 
b) dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial; 
V - demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de expansão das 
despesas obrigatórias de caráter continuado. 
§ 3o A lei de diretrizes orçamentárias conterá Anexo de Riscos Fiscais, onde serão avaliados os 
passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a 
serem tomadas, caso se concretizem. 
§ 4o A mensagem que encaminhar o projeto da União apresentará, em anexo específico, os objetivos 
das políticas monetária, creditícia e cambial, bem como os parâmetros e as projeções para seus principais 
agregados e variáveis, e ainda as metas de inflação, para o exercício subsequente.” (LC 101/2000 - grifo 
nosso) 
 
O Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deve ser enviado pelo Poder Executivo ao Congresso 
Nacional até o dia 15 de abril de cada ano. 
 
“Art. 35. 
... 
§ 2º - Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, I e II, serão 
obedecidas as seguintes normas: 
... 
II - o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito meses e meio antes do 
encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período da 
sessão legislativa;” (ADCT, CF/88) 
 
“Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de 
julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro 
... 
§ 2º - A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes 
orçamentárias.” (CF/88) 
 
A LDO é o instrumento defendido pela Constituição, para fazer o elo entre o PPA (planejamento estratégico) e as 
leis orçamentárias anuais.5 
 
 
”Art. 166. 
... 
 § 4º - As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas quando 
incompatíveis com o plano plurianual” (CF/88) 
 
 
LOA (LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL OU LEI DO ORÇAMENTO) 
 
“Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
... 
I - as diretrizes orçamentárias; 
... 
III - os orçamentos anuais.” (CF/88) 
 
A lei orçamentária anual (LOA) estima as receitas que o governo espera arrecadar durante o ano e fixa os gastos 
a serem realizados com tais recursos, de forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do 
governo. É também conhecida como Lei de Meios, porque possibilita os meios para o desenvolvimento das ações 
relativas aos diversos órgãos e entidades que integram a administração pública. 
 
“Art. 2° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a 
política econômica financeira e o programa de trabalho do Govêrno, obedecidos os princípios de unidade 
universalidade e anualidade.” (Lei 4.320/64) 
 
Na LOA,as esferas de governo tem por finalidade identificar se a despesa pertence ao Orçamento Fiscal (F), da 
Seguridade Social (S) ou de Investimento das Empresas Estatais (I), conforme disposto no § 5° do art. 165 da CF. 
 
“§ 5º - A lei orçamentária anual compreenderá: 
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da 
administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; 
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a 
maioria do capital social com direito a voto; 
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da 
administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.” 
 
A Lei Orçamentária Anual está assim organizada: 
 
• Orçamento Fiscal, referente aos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, seus fundos, órgãos e 
entidades da Administração Pública direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder 
Público e as empresas estatais dependentes; 
 
 
6 
 
• Orçamento da Seguridade Social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da 
Administração Pública direta e indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder 
Público, inclusive das empresas estatais dependentes; e 
• Orçamento de Investimento das empresas em que o ente público, direta ou indiretamente, detém a maioria 
do capital social com direito a voto. 
 
O § 2° do art. 195 da CF estabelece que a proposta de Orçamento da Seguridade Social será elaborada de 
forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista as metas 
e prioridades estabelecidas na LDO, assegurada a cada área a gestão de seus recursos. 
Observe que, aparentemente, a distinção entre o Orçamento Fiscal e da Seguridade Social é mínima, pois o 
segundo não faz referência aos Poderes. Entretanto, considerando o disposto na Constituição, pode-se observar a 
distinção objetiva entre os orçamentos fiscal e da seguridade social: 
 
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes 
Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência 
social. 
 
Em relação ao Orçamento de Investimento, nele somente constarão as empresa estatais independentes. As 
empresas estatais dependentes figurarão nos orçamentos Fiscal ou da Seguridade Social, conforme sua área de 
atuação. 
Vale ressaltar que o orçamento de investimento das estatais, como a própria denominação sugere, contempla 
apenas as despesas relacionadas aos investimentos que serão realizados por essas empresas. Logo, despesas de 
pessoal e manutenção dessas empresas não integram o orçamento de investimento e, portanto, não estão limitadas pela 
Lei Orçamentária. No Governo Federal o orçamento corrente das estatais independentes é controlado pelo 
Departamento de Controle das Empresas Estatais - DEST. Os limites de gastos são estabelecidos pelo Presidente da 
República ao publicar decreto instituindo o Programa de Dispêndios Globais - PDG de cada empresa. 
Dessa forma as empresas estatais independentes devem seguir as regras orçamentárias estabelecidas na 
Constituição e na Lei n° 4.320/1964 apenas no que se refere às despesas de investimentos. 
No âmbito da União as últimas LDO têm estabelecido a regra de que as estatais dependentes devem integrar o 
orçamento fiscal e da seguridade social, sem nenhuma programação no orçamento de investimentos e que não se aplica 
às estatais independentes as normas gerais da Lei n° 4.320/1964 relacionadas a regime contábil, execução do 
orçamento e demonstrações contábeis, ressalvas as disposições estabelecidas nos artigos 109 e 110 da Lei 4.320/1964. 
 
Art. 109. Os orçamentos e balanços das entidades compreendidas no artigo 107 (As entidades 
autárquicas ou paraestatais, inclusive de previdência social ou investidas de delegação para 
arrecadação de contribuições parafiscais da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal) 
serão publicados como complemento dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do 
Distrito Federal a que estejam vinculados. 
 
Art. 110. Os orçamentos e balanços das entidades já referidas, obedecerão aos padrões e normas 
instituídas por esta lei, ajustados às respectivas peculiaridades. 
 
 
 
7 
 
 
A LOA deve ser compatível com o PPA (porque foi a definição do planejamento) e com a LDO (porque são as 
diretrizes e orientações para elaboração da LOA). 
Regra Constitucional que reforça o vínculo entre os instrumentos de planejamento do governo é a de que 
nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no Plano 
Plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. 
Além disso, o Projeto de Lei Orçamentária Anual, deverá ser elaborado de forma compatível com o Plano 
Plurianual e com a Lei de Diretrizes Orçamentárias. O Projeto de Lei Orçamentária, quando do seu encaminhamento ao 
Poder Legislativo, deverá conter, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programação dos orçamentos com os 
objetivos constantes do Anexo de Metas Fiscais, que é parte integrante da Lei de Diretrizes Orçamentárias. 
 
Art. 5° O projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o plano plurianual, com 
a lei de diretrizes orçamentárias e com as normas desta Lei Complementar: 
Empresas Estatais Dependentes 
 
A Lei de Responsabilidade Fiscal definiu em seu artigo 2°, inciso III, o conceito de estatal dependente: 
 
Art. 2° Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como: 
... 
III - empresa estatal dependente: empresa controlada que receba do ente controlador recursos 
financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no 
último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária; 
 
Com a edição da Portaria n° 589/2001, da Secretaria do Tesouro Nacional, as empresas estatais 
dependentes tiveram sua capacidade legal de efetuar despesas limitada às autorizações constantes dos orçamentos 
fiscal e da seguridade social, conforme o seguinte dispositivo: 
 
Art. 4° Os orçamentos fiscal e da seguridade social de cada ente da Federação compreenderão a 
programação dos poderes, órgãos, autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, 
empresas estatais dependentes e demais entidades em que o, direta ou indiretamente, detenha a maioria 
do capital social com direito a voto e que dele recebam recursos nos termos desta portaria.Parágrafo único. A partir do exercício de 2003, as empresas estatais dependentes, de que trata esta 
portaria e para efeitos da consolidação nacional das contas públicas, deverão ser incluídas nos orçamentos 
fiscal e da seguridade social observando toda a legislação pertinente aplicável às demais entidades." 
 
Na prática, as empresas estatais dependentes passaram a respeitar, a partir de 2003. os preceitos contábeis 
da Lei n° 4.320/1964, além das normas contábeis aplicadas às sociedades dades empresariais. 
A lógica utilizada para essa mudança está fundamentada no fato de que a empresa controlada que depende 
do ente controlador para a manutenção de sua atividade operacional cede àquele a ingerência sobre a programação 
de sua despesa, sujeitando-se aos controle constitucionais e legais do orçamento público. 
 
 
8 
 
I - conterá, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programação dos orçamentos com os 
objetivos e metas constantes do documento de que trata o § 1° do art. 4°; (Anexo de Metas Fiscais) 
II - será acompanhado do documento a que se refere o § 6° do art. 165 da Constituição (O projeto de 
lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, 
decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e 
creditícia)., bem como das medidas de compensação a renúncias de receita e ao aumento de despesas 
obrigatórias de caráter continuado; 
III - conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, definido com base na receita 
corrente líquida, serão estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, destinada ao: 
a) (VETADO) 
b) atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos.(LC 101/00) 
 
Com base na LDO aprovada pelo Legislativo, é elaborada a proposta orçamentária para o ano seguinte. Por 
determinação constitucional, o governo é obrigado a encaminhar o Projeto de Lei do Orçamento ao Congresso Nacional 
até o dia 31 de agosto de cada ano. 
 
“Art. 35. 
... 
§ 2º - Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, I e II, serão 
obedecidas as seguintes normas: 
... 
III - o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses antes do encerramento 
do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa.” (ADCT,CF/88) 
 
O governo define no Projeto de Lei Orçamentária Anual, as prioridades contidas no PPA e as metas que deverão 
ser atingidas naquele ano. A Lei Orçamentária disciplina todas as ações do governo federal. Nenhuma despesa pública 
pode ser executada fora do Orçamento. 
 
“Art. 167. São vedados: 
I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual;” (CF/*88) 
 
“Art. 166 
... 
§ 3º - As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente 
podem ser aprovadas caso: 
I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;” (CF/88) 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
EXERCÍCIOS 
 
1) (TRE/PE - ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA 2004/FCC) O instrumento que contém a previsão de 
receita e a fixação da despesa para um determinado exercício, elaborado em consonância com a LDO – Lei de 
Diretrizes Orçamentárias, é denominado 
 
a) leverage financeiro. 
b) cash-flow. 
c) orçamento público. 
d) contabilidade pública. 
e) programa de governo. 
 
2) (TRF 4ª Região - Anal.Jud-Contadoria 2004 FCC) A lei orçamentária anual, segundo a Constituição, é de iniciativa 
 
a) do Congresso Nacional. 
b) do Senado Federal. 
c) do Presidente da República. 
d) da Câmara Federal. 
e) do Ministro da Fazenda. 
 
3) (TRT 24ª Região – Anal. Jud. – Contabilidade 2006 FCC) O orçamento da seguridade social deve abranger, sem 
exceção, as seguintes funções: 
 
a) assistência social, saúde e saneamento. 
b) assistência social, saúde e previdência social. 
c) saúde, saneamento e trabalho. 
d) saúde, educação e saneamento. 
e) assistência social, educação e previdência social. 
 
4) (TRF 4ª Região-Analista Judiciário/Contadoria 2000/2001 FCC) Estabelece as metas e as prioridades orçamentárias 
da Administração Pública Federal: 
 
a) o plano plurianual; 
b) o orçamento anual; 
c) as diretrizes orçamentárias; 
d) a lei complementar sobre finanças públicas; 
e) a lei complementar que estabelece normas de gestão financeira e patrimonial 
 
5) (TRT 6ª Região - Anal.Jud-Contabilidade 2006 FCC) De acordo com o artigo 165, a Lei de Diretrizes Orçamentárias 
(LDO) compreenderá 
 
 
 
10 
 
(A) o orçamento fiscal referente aos poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e 
indireta. 
(B) o orçamento de investimento das empresas nas quais a União tenha a maioria do capital social. 
(C) as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente. 
(D) as metas e prioridades da administração federal da União, dos Estados e dos Municípios. 
(E) o orçamento da seguridade social, abrangendo todos os órgãos e entidades a ela vinculados. 
 
6) (Analista Administrativo TRE/PB 2007 FCC) Nos termos da Constituição Federal, compõe a lei de diretrizes 
orçamentárias: 
 
(A) metas e prioridades para os 4 (quatro) anos do mandato e orientações para elaboração do orçamento anual. 
(B) orçamento fiscal; orçamento de investimento das estatais; orçamento da seguridade social. 
(C) metas e prioridades para o exercício subseqüente; alterações na legislação tributária; 
política de aplicação das agências oficiais de fomento. 
(D) programas de duração continuada; diretrizes e objetivos para as despesas de capital; critérios para limitação de 
empenho. 
(E) todos os investimentos cuja execução ultrapasse um exercício financeiro. 
 
7) (MPU Analista de Orçamento 2007/FCC) A política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento é 
estabelecida na Lei 
 
a) orçamentária anual (LOA). 
b) de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar nº 100/2000). 
c) de Diretrizes Orçamentárias (LDO). 
d) específica aprovada pela maioria absoluta do Congresso Nacional. 
e) que aprovar o Plano Plurianual de Investimentos. 
 
8) (TRF 2ª Região - Téc.Jud-Contabilidade 2007 FCC) A Lei Orçamentária anual se divide em 
 
(A) 3 orçamentos: Receita, Despesa e Investimentos. 
(B) 5 orçamentos: Receita, Despesa, Fiscal, Seguridade Social e Investimentos. 
(C) 2 orçamentos: Fiscal e Seguridade Social. 
(D) 2 orçamentos: Receita e Despesa. 
(E) 3 orçamentos: Fiscal, Seguridade Social e Investimentos. 
 
9) (TRT 23ª Região - Anal.Jud-Contabilidade 2007 FCC) A Lei das Diretrizes Orçamentárias contém 
 
(A) o orçamento de investimento das empresas em que o Estado, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital 
social com direito a voto. 
(B) o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta 
ou indireta. 
 
 
11 
 
(C) o demonstrativo regionalizado do efeito decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de 
natureza financeira, tributária e creditícia. 
 (D) as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente e a política de aplicação das agências financeiras 
oficiais de fomento. 
(E) o relatório resumido da execução orçamentária dos dois últimos exercícios anteriores ao corrente. 
 
10) (Analista Administrativo TRF 1ª REGIÃO 2006 FCC) Considere as seguintes afirmativas: 
 
I. A Lei Orçamentária Anual compreenderá o orçamento fiscal, o orçamento de investimento das empresas em que o 
Estado, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto e o orçamento da seguridade 
social. 
II. A Lei de Diretrizes Orçamentárias tem a finalidade de nortear a elaboração dos orçamentos anuais de forma adequá-los às diretrizes, objetivos e metas da administração pública, estabelecidos no plano plurianual. 
III. O Plano Plurianual é um plano de médio prazo, por meio do qual procura-se ordenar as ações do governo que levem 
à realização dos objetivos e metas fixadas para um período de dez anos. 
IV. A lei dos orçamentos anuais é o instrumento utilizado para a consequente materialização do conjunto de ações e 
objetivos que foram planejados visando ao atendimento e bem-estar da coletividade. 
V. A Lei de Diretrizes Orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública. 
 
Sobre o Orçamento Público no Brasil está correto o que se afirma SOMENTE em 
 
(A) I, II, IV e V. 
(B) II e IV. 
(C) IV e V. 
(D) I, II e V. 
(E) I, III e V. 
 
11) (Analista Jud.: Contabilidade TRE/MS 2007 FCC) NÃO corresponde ao planejamento orçamentário: 
 
(A) a Lei Orçamentária Anual não consignar dotação para investimento com duração superior a um exercício financeiro 
que não esteja previsto no plano plurianual. 
(B) a Lei das Diretrizes Orçamentárias direcionar a elaboração dos orçamentos anuais, de acordo com as metas, 
objetivos da Administração Pública estabelecidos no Plano Plurianual. 
(C) a Lei de Diretrizes Orçamentárias conter o Anexo de Riscos Fiscais, onde serão avaliados os passivos contingentes 
e outros riscos capazes de afetar as contas públicas. 
(D) o Plano Plurianual estabelecer ações do Governo para atingir objetivos e metas da administração Pública no período 
de 5 anos. 
(E) no Anexo de Metas Fiscais do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias estabelecer metas anuais, relativas a 
receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública. 
 
12) (TCE/CE Auditor 2006 FCC) Considere as seguintes afirmações: 
 
 
 
12 
 
I. o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do mandato presidencial 
subseqüente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido 
para sanção até o encerramento da sessão legislativa. 
II. o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até seis meses antes do encerramento do exercício 
financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa. 
III. o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do exercício 
financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa. 
 
SOMENTE está correto o que se afirma em 
 
a) I. 
b) II. 
c) I e II. 
d) I e III. 
e) II e III. 
 
 
4. CRÉDITOS ADICIONAIS 
 
Durante a execução do orçamento, ao longo do exercício financeiro podem ocorrer variados fatores que 
repercutem direta ou indiretamente na arrecadação das receitas ou na execução das despesas públicas. 
Para corrigir ou adequar as distorções orçamentárias existem alguns mecanismos ou procedimentos legais que 
podem ser colocados em prática. 
Por meio de emendas parlamentares o Poder Legislativo dispõe da prerrogativa de modificar as propostas de 
orçamento preparadas pelo Poder Executivo,seja quando se trate do projeto de Lei Orçamentária Anual ou de projetos 
de lei para modificação da Lei Orçamentária em vigor. No âmbito federal as emendas serão apresentada na Comissão 
Mista, que sobre elas emitirá parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso 
Nacional. O primeiro requisito a ser observado para apresentação de emendas é a compatibilidade entre os instrumentos 
de planejamento (PPA, LDO e LOA). 
As emendas são instrumentos legítimos dos parlamentares na busca de recursos para seu Estado, Cidade ou 
base eleitoral. Mas o parlamentar pode remanejar livremente recursos de qualquer ação para outra? Poderá alterar, por 
meio de emenda, recursos destinados, por exemplo, para pagamento da dívida ou despesas com pessoal e realocá-los 
para construção de casas populares? Não, pois a Constituição estabelece as regras fundamentais que limitam a 
apresentação e aprovação das emendas aos projetos do Executivo, quais sejam: 
 
� não podem acarretar aumento na despesa total do orçamento, a menos que sejam identificados erros ou 
omissões nas receitas, devidamente comprovados; 
� é obrigatória a indicação dos recursos a serem cancelados de outra programação, já que normalmente as 
emendas provocam a inserção ou o aumento de uma dotação; 
� não podem ser objeto de cancelamento as despesas com pessoal, benefícios previdenciários, juros, 
transferências constitucionais e amortização de dívida; e 
� é obrigatória a compatibilidade da emenda apresentada com as disposições do PPA e da LDO. 
 
 
13 
 
Assim, a atuação legislativa para modificar o orçamento proposto pelo Executivo dá-se por remanejamento 
de dotações orçamentárias de uma para outra programação, ou mediante acréscimos de programação para os 
quais se destinem receitas orçamentárias não incluídas na proposta. Nesse sentido, o Legislativo pode reavaliar as 
estimativas de arrecadação de receitas preparadas pelo Executivo. Se a nova estimativa de receitas indicar que a 
arrecadação será maior que a prevista no projeto de lei, o excedente poderá ser utilizado para a cobertura de novos 
gastos, propostos pelo Legislativo através de ementas ao projeto inicial. 
Os créditos adicionais são instrumentos de adequação orçamentária de autorizações de despesas não 
contempladas ou insuficientemente dotadas na lei orçamentária. Têm por propósito realizar ajustes advindos da 
mudança de rumo das políticas públicas, variações de preço de mercado dos bens e serviços a serem adquiridos pelo 
governo, ou ainda, situações emergenciais inesperadas e imprevisíveis. 
O assunto é ordenado principalmente na Lei nº 4.320/64 e na Constituição Federal de 1988. 
 
“Art. 40. São créditos adicionais, as autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente 
dotadas na Lei de Orçamento. 
 
Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em: 
 I - suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária; 
II - especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica; 
III - extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoção 
intestina ou calamidade pública.” (Lei 4.320/64) 
 
 
“Art. 167 
... 
§ 3º - A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas 
imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o 
disposto no art. 62.” (CF/88) 
 
O Poder Legislativo pode autorizar a abertura de crédito adicional suplementar na própria LOA, até determinado 
valor. 
Essa autorização está prevista na CF/88 que fundamenta a exceção ao princípio da exclusividade, onde a LOA 
não pode tratar de dispositivos estranhos à previsão da receita e fixação da despesa 
 
“Art. 165 
... 
§ 8º - A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da 
despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e 
contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.” (CF/88) 
 
“Art. 7° A Lei de Orçamento poderá conter autorização ao Executivo para: 
I - Abrir créditos suplementares até determinada importância obedecidas as disposições do artigo 43;” 
(Lei 4.320/64) 
 
 
14 
 
 
Já no caso de crédito especial, este indica novo item de despesa e se reserva a atender um escopo não previsto 
quando da elaboração da proposta orçamentária. 
Portanto, poderíamos dizer que crédito adicional é o gênero, e as espécies são os suplementares, especiais e 
extraordinários,conforme demonstrado a seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
“Art. 167. São vedados: 
I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentáriaanual; 
II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos 
orçamentários ou adicionais; 
III - a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, 
ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, 
aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta;” (CF/88) 
 
Os créditos suplementares e especiais carecem de autorização do Poder Legislativo para serem abertos. 
 
“Art. 42. Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei e abertos por decreto 
executivo. 
Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos 
disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa” (Lei 4.320/64) 
 
“Art. 167. São vedados: 
... 
V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação 
dos recursos correspondentes;” (CF/88) 
 
Porém, no crédito extraordinário não há autorização legislativa e sim aviso célere ao Poder Legislativo. Ou seja, 
os créditos extraordinários serão abertos por decreto do Poder Executivo, que deles dará imediato conhecimento ao 
Poder Legislativo, conforme dispõe a Lei nº 4.320/64. 
 
“Art. 44. Os créditos extraordinários serão abertos por decreto do Poder Executivo, que dêles dará 
imediato conhecimento ao Poder Legislativo.” (Lei 4.320/64) 
 
Todavia, a Constituição Federal, em seu artigo 167, §3º, c/c (combinado com) o art. 62, monta que a abertura de 
crédito extraordinário apenas será admitida para acolher despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de 
 
 
15 
 
guerra, comoção interna ou calamidade pública, e que em caso de relevância e urgência, o Presidente da República 
poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. 
 
 “Art. 167 
... 
§ 3º - A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas 
imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o 
disposto no art. 62.” (CF/88) 
 
“Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas 
provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.” (CF/88) 
 
Dessa forma, na União, a abertura de créditos extraordinários é desempenhada por meio de medida provisória, 
por conseqüência de dispositivo constitucional, porém, nos estados ou municípios em que não haja regulamentação na 
constituição estadual ou na lei orgânica (município) prevendo o instituto da medida provisória para abertura de crédito 
extraordinário, deve-se executar por decreto do executivo. 
Os créditos adicionais terão validade limitada ao exercício financeiro em que forem abertos, exceto expressa 
disposição legal em contrário, quanto aos especiais e extraordinários, se o ato de autorização for promulgado nos 
últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão agrupados ao 
orçamento do exercício financeiro subseqüente. 
 
“Art. 167. 
... 
§ 2º - Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem 
autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso 
em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro 
subseqüente.” (CF/88) 
 
A abertura dos créditos suplementares e especiais está sujeito à existência de recursos disponíveis para que 
ocorra a despesa e será precedida de exposição justificativa. 
São considerados recursos para abertura dos créditos suplementares e especiais, desde que não 
comprometidos: 
 
“Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos 
disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa. 
§ 1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não comprometidos: 
I - o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior; 
II - os provenientes de excesso de arrecadação; 
III - os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos 
adicionais, autorizados em Lei; 
IV - o produto de operações de credito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao poder 
executivo realiza-las 
 
 
16 
 
... 
§ 2º Entende-se por superávit financeiro a diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo 
financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais transferidos e as operações de credito a 
eles vinculadas. 
§ 3º Entende-se por excesso de arrecadação, para os fins deste artigo, o saldo positivo das diferenças 
acumuladas mês a mês entre a arrecadação prevista e a realizada, considerando-se, ainda, a tendência do 
exercício. 
§ 4° Para o fim de apurar os recursos utilizáveis, provenientes de excesso de arrecadação, deduzir-se-
a a importância dos créditos extraordinários abertos no exercício.”(Lei 4.320/64) 
 
“Art. 166 
.... 
§ 8º - Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária 
anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos 
especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.” (CF/88) 
 
“Art. 91. Sob a denominação de Reserva de Contingência, o orçamento anual poderá conter dotação 
global não especificamente destinada a determinado órgão, unidade orçamentária, programa ou categoria 
econômica, cujos recursos serão utilizados para abertura de créditos adicionais” (Dec. Lei 200/67) 
 
Como é possível observar, nenhum dos artigos acima reproduzidos cita os créditos extraordinários. Apesar de 
não ser necessária a indicação da fonte de recursos, eles contam com a Reserva de Contingência para concretizar seus 
objetivos.. 
 
“Art. 5o O projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o plano plurianual, 
com a lei de diretrizes orçamentárias e com as normas desta Lei Complementar: 
... 
III - conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, definido com base na receita 
corrente líquida, serão estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, destinada ao: 
a) (VETADO) 
b) atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos..” (Lei 101/00) 
 
EXERCÍCIOS 
 
1) (TRE/MG - ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA 2005/FCC) Na Lei do Orçamento, as autorizações de 
despesa não computadas ou insuficientemente dotadas, denominam-se 
 
a) Despesas Correntes. 
b) Despesas de Capital. 
c) Despesas Operacionais. 
d) Restos a Pagar. 
e) Créditos Adicionais. 
 
 
17 
 
2) (TRF 2ª Região - Téc.Jud-Contabilidade 2007 FCC) De acordo com o artigo 41, da Lei no 4.320/64, os créditos 
adicionais classificam-se em: 
 
(A) financeiros, patrimoniais e orçamentários. 
(B) modificativos, mistos e compensativos. 
(C) extraordinários, suplementares e especiais. 
(D) ordinários, extraordinários e suplementares. 
(E) correntes e de capital. 
 
3) (TCE/CE Auditor 2006 FCC) Os créditos adicionais destinados ao reforço de dotação orçamentária denominam-se 
 
a) especiais. 
b) extraordinários. 
c) superávit. 
d) suplementares. 
e) excedentes. 
 
4) (TRE/PI - ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA 2002/FCC) Quanto aos créditos adicionais previstos na 
Lei nº 4.320, de 17/03/64, observa-se que, aqueles destinados a despesas, para as quais não haja dotação orçamentária 
específica, classificam-se como 
 
a) comuns. 
b) suplementares. 
c) extraordinários. 
d) especiais. 
e) empenhados. 
 
5) (TRT 20ª Região – Anal. Jud. – Contabilidade 2006 FCC) Créditos adicionais são autorizações de despesasnão-
computadas ou insuficientemente dotadas na Lei Orçamentária Anual. Créditos adicionais especiais, extraordinários e 
suplementares, respectivamente, são autorizações para 
 
a) despesas não consideradas na Lei Orçamentária; atender a despesas imprevisíveis e urgentes; reforço de dotações 
orçamentárias que se acrescem aos valores das dotações constantes da Lei Orçamentária. 
b) atender a despesas imprevisíveis e urgentes; reforço de dotações orçamentárias que se acrescem aos valores das 
dotações constantes da Lei Orçamentária; cobertura de despesas eventuais não consideradas na Lei Orçamentária. 
c) cobertura de despesas eventuais não consideradas na Lei Orçamentária; reforço de dotações orçamentárias que se 
acrescem aos valores das dotações constantes da Lei Orçamentária; atender a despesas imprevisíveis e urgentes; 
d) reforço de dotações orçamentárias que se acrescem aos valores das dotações constantes da Lei Orçamentária; 
atender a despesas imprevisíveis e urgentes; despesas eventuais não consideradas na Lei Orçamentária. 
e) reforço de dotações orçamentárias que se acrescem aos valores das dotações constantes da Lei Orçamentária; 
cobertura de despesas eventuais não consideradas na Lei Orçamentária; atender a despesas imprevisíveis e urgentes. 
 
 
 
18 
 
6) (TRT 23ª Região - Anal.Jud-Contabilidade 2007 FCC) Os créditos adicionais especiais 
 
(A) destinam-se ao reforço de dotação orçamentária já existente. 
(B) somente têm vigência no exercício financeiro em que forem autorizados. 
(C) têm por objetivo atender a despesas urgentes e imprevisíveis. 
(D) independem da prévia existência de recursos para financiar o gasto. 
(E) devem ser autorizados por lei e abertos por decreto do Poder Executivo. 
 
7) (TRF 2ª Região - Téc.Jud-Contabilidade 2007 FCC) Os créditos suplementares e especiais, de acordo com o artigo 
42, da Lei no 4.320/64, serão autorizados por lei e abertos por 
 
(A) Instrução Normativa. 
(B) Resolução do Poder Legislativo. 
(C) Portaria do Executivo. 
(D) Decreto Executivo. 
(E) Ato Administrativo. 
 
8) (Auditor/TCE-SE/FCC/2002) – Os créditos adicionais que dependem da prévia autorização legislativa e de indicação 
de recursos disponíveis para sua cobertura são 
 
a) Suplementares e Extraordinários. 
b) Especiais e Extraordinários. 
c) Suplementares, apenas. 
d) Suplementares e Especiais. 
e) Suplementares, Especiais e Extraordinários. 
 
9) (Analista Jud.: Contabilidade TRE/MS 2007 FCC) É característica dos créditos adicionais Especiais: 
 
(A) ter como finalidade atender despesas as quais não haja categoria de programação orçamentária específica e objetivo 
não previsto no orçamento. 
(B) Possuírem a possibilidade de prorrogação para o exercício seguinte desde que sua autorização ocorra seis meses 
antes do exercício seguinte. 
(C) Serem autorizados exclusivamente pelo poder legislativo para o atendimento imediato de casos graves e urgentes 
que envolvem comoção interna no país. 
(D) O atendimento de gastos urgentes e imprevisíveis, como nos casos de calamidade pública que requer uma ação 
urgente e impreterível. 
(E) O reforço de uma categoria de programação orçamentária já existente quando os recursos orçamentários para as 
despesas se tornam insuficientes. 
 
10) (Analista Administrativo TRE/PB 2007 FCC) Ao longo do exercício financeiro, o Governo do Estado precisou instituir 
novo programa de assistência ao educando. Para tanto, valeu-se de um 
 
 
 
19 
 
(A) crédito adicional suplementar. 
(B) crédito adicional especial. 
(C) crédito financeiro. 
(D) crédito extra-orçamentário. 
(E) crédito orçamentário. 
 
11) (Analista Jud.: Contabilidade TRE/PB 2007 FCC) De acordo com a Lei no 4.320, de 1964, os créditos adicionais 
extraordinários são 
 
(A) abertos por lei. 
(B) autorizados por lei. 
(C) autorizados por lei e abertos por decreto. 
(D) autorizados por decreto. 
(E) abertos por decreto. 
 
12) (MPU Analista de Orçamento 2007/FCC) Os créditos adicionais especiais têm por característica 
 
a) independerem de autorização legislativa. 
b) dependerem da existência de recursos para financiá-los. 
c) destinarem-se ao reforço de dotação orçamentária insuficiente. 
d) serem previstos na lei orçamentária anual. 
e) atenderem a despesas de caráter urgente e imprevisto. 
 
13) (MPU Téc. Controle Interno 2007/FCC) Os créditos extraordinários têm por característica 
 
A) independerem de prestação de contas ao Poder Legislativo. 
B) serem destinados ao reforço de dotação orçamentária já existente. 
C) atenderem a programas novos, não previstos na lei orçamentária anual. 
D) independerem de prévia autorização legislativa. 
E) dependerem da existência de recursos disponíveis para seu financiamento. 
 
14) (Analista Jud.: Contabilidade TRE/PB 2007 FCC) Nos termos da Lei no 4.320, de 1964, os recursos que podem 
financiar créditos suplementares e especiais são: 
 
(A) superávit financeiro do ano anterior, excesso de arrecadação, anulação de dotação, operação de crédito. 
(B) superávit orçamentário do ano anterior, ativo real líquido, anulação de dotação, operação de crédito. 
(C) operação de crédito por antecipação da receita, superávit financeiro, excesso de arrecadação, anulação de dotação. 
(D) superávit econômico, excesso de arrecadação, anulação parcial de dotação e operação de crédito. 
(E) superveniências e insubsistências ativas. 
 
15) (Técnico Judiciário – Contabilidade TRF 1ª Região 2006 FCC) A origem dos recursos para o atendimento de 
Créditos Adicionais 
 
 
20 
 
(A) deverá constar obrigatoriamente da Lei Orçamentária Anual, vedada qualquer exceção. 
(B) deriva exclusivamente de eventual excesso de arrecadação. 
(C) deriva de anulação de Créditos Orçamentários, dentre outras. 
(D) será obtida sempre que as Disponibilidades superem os Restos a Pagar. 
(E) Deve sempre e sob qualquer situação ser plenamente identificada para sua regular autorização. 
 
16) (TRT 20ª Região – Anal. Jud. – Contabilidade 2006 FCC) Não são considerados recursos para cobertura de 
créditos adicionais os provenientes de: 
 
a) operação de crédito realizada para atender insuficiência de caixa, possuindo natureza extraorçamentária. 
b) anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos autorizados em lei. 
c) superávit financeiro do exercício anterior apurado em balanço patrimonial. 
d) excesso de arrecadação. 
e) empréstimos e financiamentos de natureza orçamentária. 
 
17) (TCEMG - Téc-Cont-Ext - Direito 2007 FCC) Sobre os créditos adicionais, é correto afirmar: 
 
(A) O ato que abrir crédito adicional não precisa indicar a classificação da despesa e a importância correspondente. 
(B) A abertura dos créditos suplementares e especiais é autorizada por decreto executivo. 
(C) Os créditos suplementares são os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica. 
(D) Os créditos extraordinários são os destinados a reforço de dotação orçamentária. 
(E) Os créditos suplementares terão vigência adstrita ao exercício financeiro em que forem abertos. 
 
18) (TCEMG - Téc-Cont-Ext – Economia 2007 FCC) Dispõe a Lei no 4.320/64 que a Lei de Orçamento 
 
(A) consignará dotações globais destinadas a atender, indiferentemente, a despesas de pessoal, material, serviços de 
terceiros, transferências ou quaisquer outras. 
(B) compreenderá todas as receitas, excluindo-se as operações de créditos, mesmo quando essas operações forem 
autorizadas por lei. 
(C) poderá conter autorização ao Executivo para abrir créditos suplementares até determinada importância. 
(D) conterá as receitas e as despesas pelos seus totais e respectivas deduções. 
(E) dispensará autorização do Executivo para realizar operações de crédito por antecipação de receitas. 
 
19) (MPU Téc.Apoio-Orçamento 2007/FCC) Na lei orçamentária anual, o termo Reserva de Contingênciadesigna uma 
dotação orçamentária que 
 
a) pode ser utilizada como fonte de recurso para a abertura de créditos suplementares. 
b) somente pode ser destinada à amortização das dívidas flutuante e fundada. 
c) pode ser utilizada pelo Poder Executivo da forma que lhe convier. 
d) é fonte de recurso para despesas com indenização de imóveis para fins de reforma agrária. 
e) destina-se atender créditos extraordinários não previstos no orçamento.

Continue navegando