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PEÇA DE CIVIL 1

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE BELO HORIZONTE, ESTADO DE MINAS GERAIS
JULIANA FARIA RODRIGUES, brasileira, maior, divorciada, bióloga, portadora da Cédula de Identidade n°: xx.xxx.xxx, expedida pela:xxx, e do CPF sob o nº: xxx.xxx.xxx-xx, residente e domiciliada na rua: xxx, n° xxx, bairro: xxx cidade: Barbacena/ MG, endereço eletrônico: xxx, por meio de seu advogado(a) e bastante procurador(a), conforme procuração juntada em anexo, com escritório sito á Rua xxx, no Bairro: xxx, Cidade de Belo Horizonte/ MG, onde recebe notificações e intimações, vem respeitosamente a presença de Vossa Excelência para apresentar:
 AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE C/C PEDIDO DE CANCELAMENTO DE REGISTRO IMOBILIÁRIO
EM DESFAVOR DE:
RAIMUNDO DUTRA RODRIGUES, brasileiro, divorciado, autônomo, portador da Cédula de Identidade n°: xx.xxx.xxx, expedida pela:xxx, e do CPF sob o nº: xxx.xxx.xxx-xx, residente e domiciliada na Rua: xxx, n° xxx, bairro: xxx cidade: Barbacena, Estado de Minas Gerais, endereço eletrônico: xxx e BRENO SANTOS BERNADES, médico, portador da Cédula de Identidade no..., expedida pela ..., e do CPF no ..., endereço eletrônico..., e sua mulher MARTA GUIMARÃES BERNARDES, dentista, portadora da Cédula de Identidade n°: xx.xxx.xxx, expedida pela xxx, e do CPF sob n° xxx.xxx.xxx-xx, endereço eletrônico xxx, brasileiros, casados, residentes e domiciliados na Rua xxx, no xxx, Bairro xxx, Cidade de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, à vista dos fatos e fundamentos que passa a expor:
DOS FATOS
 No dia 20 de fevereiro de 2017, fui procurada pela senhora JULIANA FARIA RODRIGUES e na ocasião fui informada que, fora casada com o Raimundo Dutra Rodrigues e no período em que estiveram casados, com muito esforço o casal construíram uma casa num terreno localizado na cidade de Belo Horizonte MG, que o varão tinha adquirido enquanto ainda era solteiro por uma doação feito por seus pais.
 Juliana apresentou Certidão fornecida pelo Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais, que relata que o casamento fora celebrado em 20/10/2005, pelo regime da separação obrigatória de bens (art. 1.641, I do Código Civil de 2002) e o divórcio se concretizou em 20/05/2016;
 Apresentou a certidão da matricula do imóvel e constava que, na data do dia 16/01/2003 foi feito registro da escritura de doação feita por Júlio Rodrigues e sua mulher Maria das Dores Dutra Rodrigues, em favor de Raimundo Dutra Rodrigues, solteiro; 
Em 2006, Raimundo fora dispensado do emprego e, com dificuldades financeiras, vendeu o imóvel sem que Juliana tivesse qualquer participação no contrato de venda.
 No dia 08/07/2006, registro do contrato de promessa de compra e venda feita por Raimundo Dutra Rodrigues, casado, em favor de Breno Santos Bernardes, casado. Contém no registro a informação de que os promissores compradores foram acometidos na posse do imóvel, mediante o constituto possessório. 
 Em 04/03/2010, registro da escritura pública de compra e venda, concedida por Raimundo Dutra Rodrigues, casado, em favor de Breno Santos Bernardes e sua esposa Marta Guimarães Bernardes. 
 Juliana informou também que o divórcio dos dois, aconteceu de forma consensual sem grandes problemas, e que em razão de não terem filhos menores, o divórcio foi feito por escritura pública lavrada em Tabelionato de Notas. Na ocasião Juliana o procurou Raimundo em razão dos direitos que acredita possuir sobre 50% do bem supracitado, considerando o custeio da construção por ambos os cônjuges.
FUNDAMENTOS
A anulação do contrato tem por parâmetro vício na falta de legitimação do vendedor, haja vista que Raimundo alienou o imóvel, estando casado pelo regime da separação obrigatória ou legal de bens (art.1.641 do CC/02), sem outorga ex-mulher Juliana, fazendo com que o negócio jurídico seja invalidado (anulabilidade).
 O fato de Raimundo ter adquirido o imóvel enquanto solteiro e por doação de seus pais faz com que o terreno seja bem particular. Porém, ficou comprovado que o imóvel passou por melhorias no período em que o mesmo estava casado com a Juliana.
Para comprovar a participação econômica da varoa e os direitos que a mesma possui na alienação do imóvel deve ser analisado os recibos de pagamento conjunto das obras que foi anexado nesta petição.
O art. 1.660, IV do CC/02, diz expressamente a comunicabilidade do imóvel, ele traz o seguinte:
 “Art. 1.660. Entram na comunhão:
 (...)
 IV - as benfeitorias em bens particulares de cada cônjuge (...).”
Em relação a essa benfeitorias realizadas em bens particulares de cada cônjuge que o inciso IV relata, demonstra que estas também se comunicam no regime da comunhão parcial de bens, como relata Carlos Roberto Gonçalves: 
 
 “O inciso IV do art. 1.660 em apreço presume que, embora feitas em bens particulares, o foram com o produto do esforço comum, sendo justo que o seu valor se incorpore ao patrimônio do casal.” (GONÇALVES 2009 P. 145).
É verdade que tal dispositivo diz respeito à comunhão parcial de bens, porém, por força da supracitada Súmula 377 do STF, o regime da separação obrigatória torna-se verdadeira comunhão parcial no que se refere às benfeitorias feitas durante o casamento, o que seria desnecessário comprovar o esforço comum para a comunicabilidade das benfeitorias feita no bem. 
PEDIDO
A anulação do contrato e a desconstituição do negócio jurídico, bem como a restituição da propriedade ao ex-casal para providenciar a partilha dos bens em razão do divórcio entre Juliana e Raimundo.
 Autorização para o cancelamento do ato registral que deu divulgação à compra e venda. Observe o que diz o art. 252 da Lei de registros públicos:
“ Art. 252 – O registro, enquanto não cancelado, produz todos os efeitos legais ainda que, por outra maneira, se prove que o título está desfeito, anulado, extinto ou rescindido.”
PROVAS
Requer a produção por todos os meios de prova em direito permitidas, tais como a prova testemunhal, pericial, documental, com aqueles já amparados e os que se fizerem necessários, para comprovar o direito presentemente convocado nesta petição, tal como o depoimento pessoal dos requeridos.
VALOR DA CAUSA
Para os efeitos legais e fiscais, dá-se à presente causa o valor de R$ xxx
Termo em que
Pede o Deferimento
 xxx, xxx de xxx. de xxx 
 ........................
 Advogado 
 OAB / xxx

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