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Bruno Zevi 01

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Bruno Zevi - A Ignorância Da 
Arquitetura cc
Centro Universitário Senac Santo Amaro
Disciplina: Crítica
Prof.ª: Valeria Fialho 
Aluna: Gabriela Ventura Dorta
Bruno Zevi - A Ignorância Da 
Arquitetura 
Fichamento: “A ignorância da Arquitetura”, Bruno Zevi 
A arquitetura, de fato, não tem um lugar reservado pelos meios de comunicação, não há propaganda ou nenhum movimento, em larga escala, que divulgue a arquitetura, dessa forma, ela acaba por não ser um tema de discussões ou debates, seja por profissionais ou leigos.
Além disso, não é possível que se reúnam , em um único ambiente, inúmeras obras arquitetônicas para apreciação, o que geralmente acontece com as demais obras de arte. 
Há ainda, uma deficiência na forma como interpretar uma obra arquitetônica, não existe um método próprio de apreciação como quando se trata de quadros ou esculturas e, por isso, os edifícios acabam por ser apreciados com o simples fenômenos plásticos. 
Diferente da pintura e da escultura a arquitetura é uma arte que permite a quem a admira adentrar nela e aprecia-la de form as distintas, com percepções diferentes de dentro e de fora, “com um vocabulário tridimensional que inclui o homem ” com o bem colocou Bruno Zevi em seu texto. Dessa forma a arquitetura tem como essência o espaço. 
O espaço não pode ser conhecido de outra forma que não seja por experiência direta, dessa forma é impossível representa-lo perfeitam que não seja com a vivência do espaço. 
Além das três dimensões a arquitetura faz uso da quarta dimensão, que seria o deslocamento sucessivo do ângulo visual, ou seja, o homem caminhando no edifício, analisando-o de ângulos distintos, cria essa quarta dimensão, indo além do invólucro.
Segundo o autor, o público interessa- se por pintura e música, por escultura e literatura, mas não por arquitetura, está continua sendo a grande esquecida pela 
imprensa. 
A censura funciona para filmes e para literatura, mas não para evitar escândalos 
urbanísticos e arquitet ônicos, cujas conseqüências são bem mais graves e mais 
prolongadas que a publicação de um romance pornográfico . 
ninguém pode fechar os olhos diante das construções que constituem o palco da vida e trazem a marca do homem no campo e na sua paisagem.
há dificuldades objetivas e incapacidad e por parte dos arquitetos pela incompreensão da arquitetura pelo menos entre a maioria das pessoas cultas.
o turista comum sente o dever de visitar, mas visita, no mesmo dia : uma igreja barroca, uma ruína romana, uma praça moderna. no dia seguinte, faz o mesmo.
é possível reunir na Europa quadros de um mesmo pintor, e revelar sua personalidade em grandes exposições. O mesmo com os músicos. isto não ocorre com a arquitetura.
o arquiteto profissional não tem hoje, em sua grande maioria, uma cultura que lhes permita entrar de uma forma legítima, no debate histórico e crítico. 
Há, mesmo entre os bons profissionais, um desinteresse pelas obras autênticas do passado. Olhos que não viam a beleza das formas puris tas não entendem as lições da arquitetura tradicional. A arquitetura moderna insere-se na cultura arquitetônica, propondo antes de tudo uma revisão crítica desta mesma cultura. Quando formos capazes de adotar os mesmos critérios de avaliação para a arquitetura contemporânea e para a que foi edificada nos séculos anteriores, teremos dado um decisivo passo em frente.

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