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PROJETOS DE SISTEMAS ELÉTRICOS DE POTÊNCIA 
 
 
Projetos de Sistemas Elétricos de Potência
 Projetos de Sistemas Elétricos de Potência 
 NATAL - RN 2017 
2017. CTGAS-ER Qualquer parte desta obra poderá ser reproduzida, desde que citada à fonte. Centro de Tecnologias do Gás e Energias Renováveis – CTGAS-ER Diretora Executiva Cândida Amália Aragão de Lima Catalogação na fonte Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial | Petróleo Brasileiro S.A. Centro de Tecnologias do Gás e Energias Renováveis Unidade de Difusão do Conhecimento 
 CENTRO DE TECNOLOGIAS DO GÁS E ENERGIAS RENOVÁVEIS – CTGAS -ER AV: Cap. Mor Gouveia, 2770 – Lagoa Nova CEP: 59064-164 – Natal – RN Telefone: (84) 3204.8100 Fax: (84) 3204.8118 E-mail: ctgas@ctgas.com.br Site: www.ctgas.com.br 
C397p Centro de Tecnologias do Gás e Energias Renováveis. Projetos de sistemas elétricos de potência / Centro de Tecnologias do Gás e Energias Renováveis. – Natal: CTGAS-ER, 2017. 81 p. : il. 1 Energia elétrica – Geração. 2. Energia elétrica - Transmissão. 3. Energia elétrica – Distribuição. 4. Sistema elétrico de potência. I. Título. CDU 621.315 
SUMÁRIO 1 CRITÉRIOS PARA PROJETO DE REDES AÉREAS URBANAS CONVENCIONAIS (REDES AÉREAS NUAS)....................................................................................................... 1 1.1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 1 1.2 NORMAS ................................................................................................................................. 1 1.3 PRINCIPAIS ÓRGÃOS NORMATIZADORES DO SETOR ELÉTRICO ............................................. 1 1.4 CARACTERÍSTICAS DOS SISTEMAS ELÉTRICOS DE POTÊNCIA ................................................. 2 1.5 REPRESENTAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO ............................................................................... 2 2 REDES DE DISTRIBUIÇÃO ............................................................................... 4 2.1 DEFINIÇÕES ............................................................................................................................. 4 2.2 ALIMENTADOR URBANO DE DISTRIBUIÇÃO ........................................................................... 4 2.3 REDE URBANA DE DISTRIBUIÇÃO ........................................................................................... 4 2.4 REDE PRIMÁRIA URBANA DE DISTRIBUIÇÃO .......................................................................... 4 2.5 REDE SECUNDÁRIA URBANA DE DISTRIBUIÇÃO ..................................................................... 4 2.6 PLANTA CHAVE........................................................................................................................ 4 2.7 PLANTA DETALHE .................................................................................................................... 4 2.8 ARGA LIGADA .......................................................................................................................... 4 2.9 DEMANDA ............................................................................................................................... 4 2.10 DEMANDA MÁXIMA ................................................................................................................ 4 2.11 DEMANDA DIVERSIFICADA ..................................................................................................... 4 2.12 FATOR DE CARGA .................................................................................................................... 4 2.13 FATOR DE DEMANDA .............................................................................................................. 5 2.14 FATOR DIVERSIDADE ............................................................................................................... 5 2.15 FATOR DE CORREÇÃO SAZONAL ............................................................................................. 5 2.16 FATOR DE CORREÇÃO DE TENSÃO .......................................................................................... 5 2.17 CONSUMIDOR TIPO C ............................................................................................................. 5 2.18 CONSUMIDORES TIPO B .......................................................................................................... 5 2.19 CONSUMIDORES TIPO A ......................................................................................................... 5 3 CONDIÇÕES GERAIS ...................................................................................... 6 3.1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 6 3.2 PLANTA DE REDE PRIMÁRIA.................................................................................................... 6 3.3 PLANTA DE REDE SECUNDÁRIA ............................................................................................... 6 3.4 LEVANTAMENTO CADASTRAL ................................................................................................. 7 3.5 PREVISÃO DE CARGA ............................................................................................................... 7 3.6 PLANEJAMENTO DE REDE URBANA PRIMÁRIA. ...................................................................... 8 3.7 PLANEJAMENTO DE REDE SECUNDÁRIA ................................................................................. 9 3.8 VIABILIDADE DE PROJETO .....................................................................................................10 4 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS ............................................................................. 11 4.1 CONDUTORES PRIMÁRIOS ....................................................................................................11 4.2 CONDUTORES SECUNDÁRIOS ...............................................................................................11 4.3 CALCULO DA DEMANDA DO TRANSFORMADOR ..................................................................12 4.4 TRANSFORMADORES ............................................................................................................13 4.5 CÁLCULO ELÉTRICO ...............................................................................................................14 4.6 PROTEÇÃO E MANOBRA .......................................................................................................16 5 CRITÉRIOS PARA PROJETO DE REDES AÉREAS URBANAS CONVENCIONAIS (REDES AÉREAS NUAS)..................................................................................................... 18 5.1 DADOS PRELIMINARES ..........................................................................................................18 5.2 TIPOS DE PROJETOS ..............................................................................................................19 5.3 PLANOS E PROJETOS EXISTENTES .........................................................................................20 5.4 PLANEJAMENTO BÁSICO .......................................................................................................20 5.5 OBTENÇÃO DOS DADOS DE CARGA ......................................................................................20 5.6 DETERMINAÇÃO DA DEMANDA - PROCESSOS .....................................................................22 
5.7 DETERMINAÇÃO DA DEMANDA PARA PROJETO DE EXTENSÃO DE REDE - PROCESSO ESTIMATIVO ..........................................................................................................................26 5.8 DETERMINAÇÃO DA DEMANDA PARA PROJETO DE REDES NOVAS - PROCESSO ESTIMATIVO 27 6 ANTEPROJETO .......................................................................................... 28 6.1 CONFIGURAÇÃO BÁSICA E TRAÇADO DAS REDESDE DISTRIBUIÇÃO ...................................28 6.2 DIMENSIONAMENTO ELÉTRICO DOS CONDUTORES ............................................................30 6.3 PROTEÇÃO E SECCIONAMENTO ............................................................................................32 7 PROJETO DEFINITIVO ................................................................................. 35 7.1 LOCAÇÃO E INSPEÇÃO ..........................................................................................................35 7.2 DIMENSIONAMENTO MECÂNICO – PARÂMETROS ...............................................................36 7.3 CÁLCULO MECÂNICO DA REDE .............................................................................................38 8 ILUMINAÇÃO PÚBLICA (IP) ........................................................................... 43 8.1 CAMPO DE APLICAÇÃO .........................................................................................................43 8.2 CLASSIFICAÇÃO DE VIAS E TRÁFEGOS ...................................................................................43 8.3 ILUMINÂNCIA ........................................................................................................................43 8.4 FONTES DE LUZ .....................................................................................................................43 8.5 POSTEAÇÃO ...........................................................................................................................44 8.6 COMANDO ............................................................................................................................44 8.7 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................................44 9 APRESENTAÇÃO DO PROJETO ....................................................................... 45 9.1 MEMORIAL DESCRITIVO ........................................................................................................45 9.2 CÁLCULO DE QUEDA DE TENSÃO ..........................................................................................45 9.3 PLANTA E DESENHO DO PROJETO ........................................................................................45 9.4 DESENHO DE DETALHES COMPLEMENTARES DO PROJETO .................................................46 9.5 RELAÇÃO DE MATERIAIS .......................................................................................................46 9.6 EXPANSÃO .............................................................................................................................46 9.7 REFORMA ..............................................................................................................................46 9.8 REFORÇO ...............................................................................................................................46 10 TIPOS DE REDE E CRITÉRIOS DE APLICAÇÃO ..................................................... 47 10.1 TIPOS DE REDES ....................................................................................................................47 10.2 CRITÉRIOS DE APLICAÇÃO .....................................................................................................47 11 LOCAÇÃO DE POSTES ................................................................................. 49 11.1 DISPOSIÇÃO ..........................................................................................................................51 11.2 VÃO .......................................................................................................................................51 11.3 OUTROS CUIDADOS A SEREM OBSERVADOS DURANTE A LOCAÇÃO ...................................51 11.4 MARCAÇÃO ...........................................................................................................................51 12 CONDUTORES ........................................................................................... 53 12.1 TIPO E SEÇÃO ........................................................................................................................53 12.2 DIMENSIONAMENTO ............................................................................................................53 13 TRANSFORMADORES .................................................................................. 54 13.1 DIMENSIONAMENTO E LOCALIZAÇÃO ..................................................................................54 13.2 EQUILÍBRIO DE CARGA – MÁXIMO DESEQUILÍBRIO PERMISSÍVEL .......................................54 13.3 PROTEÇÃO CONTRA SOBRETENSÕES ....................................................................................55 14 REDE PRIMÁRIA ......................................................................................... 56 14.1 DEFINIÇÃO BÁSICA ................................................................................................................56 14.2 NÍVEIS DE TENSÃO ................................................................................................................56 14.3 CÁLCULO DE QUEDA DE TENSÃO ..........................................................................................58 15 ILUMINAÇÃO PÚBLICA ................................................................................. 59 16 15 - USO MÚTUO ....................................................................................... 59 17 ATERRAMENTO ......................................................................................... 59 17.1 DIMENSIONAMENTO MECÂNICO .........................................................................................59 18 LEVANTAMENTO DA CARGA E DETERMINAÇÃO DE DEMANDAS ............................... 64 18.1 GERAL ....................................................................................................................................64 
18.2 LIGAÇÃO DE NOVOS CONSUMIDORES À REDE EXISTENTE ...................................................64 18.3 REDES NOVAS........................................................................................................................64 19 APRESENTAÇÃO DO PROJETO ....................................................................... 66 19.1 GERAL ....................................................................................................................................66 19.2 DESENHO DO PROJETO .........................................................................................................66 20 DESENHOS E INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES ................................................ 68 20.1 DESENHO CHAVE DO PROJETO .............................................................................................68 20.2 TRAVESSIAS ...........................................................................................................................68 20.3 DESENHOS ESPECIAIS ............................................................................................................69 20.4 CÁLCULOS ELÉTRICOS E MECÂNICOS ADICIONAIS ...............................................................69 ANEXOS .................................................................................................. 70 TABELAS .................................................................................... Erro! Indicador não definido. REFERÊNCIAS ........................................................................................... 81 
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1 CRITÉRIOS PARA PROJETO DE REDES AÉREAS URBANAS CONVENCIONAIS (REDES AÉREAS NUAS) 1.1 INTRODUÇÃO Qualquer atividade que envolva projetos, desenvolvimento de produtos e/ou fabricação ou a execução de uma instalação elétrica, estará na dependência dos desenhos elaborados por projetistas, desenhistas, técnicos e engenheiros. É de fundamental importância que as pessoas envolvidasnos trabalhos elétricos conheçam as técnicas de executar e interpretar um desenho normalizado, cuja linguagem usada seja universal, ou seja, igualmente interpretada em outros países. Como em outros países, existe no Brasil um órgão que regulamenta essas normas que é a ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. 1.2 NORMAS Norma é um instrumento que estabelece, em relação a processos existentes, prescrições destinadas à utilização com vistas à obtenção de um grau mínimo de aceitação de um produto ou serviço. 1.2.1 OBJETIVOS DAS NORMAS • Proporcionar a redução da crescente variedade de produtos e procedimentos; • Proporcionar meios mais eficientes na troca de informação entre o fabricante e o cliente, melhorando a confiabilidade das relações comerciais e de serviços; • Proteger a vida humana e o meio ambiente; • Prover a sociedade de meios eficazes para aferir a qualidade dos produtos; • Evitar a existência de regulamentos conflitantes sobre produtos e serviços em diferentes países, facilitando assim, o intercâmbio comercial. Na prática, as Normas estão presentes na fabricação dos produtos e fornecimento de serviços, propiciando melhoria da qualidade de vida, da segurança e da preservação do meio ambiente. 1.3 PRINCIPAIS ÓRGÃOS NORMATIZADORES DO SETOR ELÉTRICO ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas: atua em todas as áreas técnicas do país. Os textos das normas são adotados pelos órgãos governamentais (federais, estaduais e municipais) e pelas firmas. Compõe-se de normas: NB, TB (terminologia), SB (simbologia), EB (especificação), MB (método de ensaio) e PB (padronização); ANSI – American National Standards Institute: instituto de normas dos Estados Unidos que publica recomendações e normas em praticamente todas as áreas técnicas. Na área dos dispositivos de comando de baixa tensão, tem adotado frequentemente especificações da UL e da NEMA; BS – Britsh Standard: normas técnicas da Grã-Bretanha, já em grande parte adaptadas a IEC; CEE – International Comission on Rules of the Approval of Electrical Equipment: (Comissão Internacional sobre as Normas para a Aprovação de Equipamentos Elétricos) especificações internacionais destinadas sobretudo ao material de instalação; CEMA – Canadian Electric Manufactures Association: associação canadense dos fabricantes de material elétrico; CSA – Canadian Standards Association: Entidade canadense de normas técnicas que publica as normas e concede certificado de conformidade; DEMKO – Denmarks Elektriske Materielkontrol: Autoridade Dinamarquesa de controle dos materiais elétricos e que publica normas e concede certificados de conformidade. DIN – Deutsche Industrie Normen: Associação de normas industriais alemãs. Suas publicações são devidamente coordenadas com as da VDE; 
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IEC – International Eletrotechical Comission: Comissão formada por representantes de todos os paises industrializados. As recomendações do IEC, publicadas por esta comissão, são normalmente adotadas na íntegra pelos diversos paises ou, em outros casos, está se processando uma aproximação das normas nacionais ao texto destas internacionais; KEMA – Kenring van Elektrotechnische Materialen: Associação holandesa de ensaio de materiais elétricos; NEMA – National Electrical Manufactures Association: Associação americana dos fabricantes de materiais elétricos; ÖVE – Österreichischer Verband für Elektrotechnik: associação austriaca de normas técnicas, cujas determinações geralmente coincidem com as do IEC e VDE; SEM – Svensk Standard: Associação sueca de normas técnicas; UL – Underwriters’ Laboratories Inc.: Entidade nacional de ensaio da área de proteção contra incêndio, nos Estados Unidos, que entre outras coisas, realiza ensaios de equipamentos elétricos e publica as suas prescrições; UTE – Union Tecnique de l’electricite: Associação francesa de normas técnicas; VDE – Verband Deutscher Elektrotechniker: Associação de normas alemãs que publica normas e recomendações da área de eletricidade. 1.4 CARACTERÍSTICAS DOS SISTEMAS ELÉTRICOS DE POTÊNCIA Os Sistemas Elétricos de Potência apresentam as seguintes características: Normalmente são trifásicos; Apresentam um grande número de componentes; Possuem transformadores que particionam o sistema em seções de diferentes níveis de tensão. 1.5 REPRESENTAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO Os sistemas elétricos podem ser representados graficamente através de: • Diagramas Unifilares • Diagramas Multifilares a) Diagrama Unifilar • Representa os principais componentes por símbolos e suas interconexões com a máxima simplificação e omissão do condutor neutro; • Representa apenas uma fase do sistema; • Representam sistemas monofásicos ou trifásicos. A figura a seguir representa um diagrama unifilar simplificado de um sistema elétrico de potência 
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 Figura 1-1 Diagrama Unifilar de um sistema elétrico de potência Fonte: http://www.osetoreletrico.com.br b) Diagrama Multifilar • É a representação minuciosa de uma instalação elétrica, mostrando todos os condutores e componentes; • Representa os componentes da instalação bem como os condutores em sua posição correta; • Os diagramas multifilares podem ser bifásicos ou trifásicos. 
 Figura 1-2 Diagrama Multifilar - Saída de um circuito de uma subestação de subtransmissão Fonte: https://edisciplinas.usp.br/ 
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2 REDES DE DISTRIBUIÇÃO 2.1 DEFINIÇÕES 2.1.1 SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO Sistema elétrico que possibilita o transporte de energia elétrica, a partir do barramento secundário de uma subestação de distribuição até os pontos de consumo. 2.2 ALIMENTADOR URBANO DE DISTRIBUIÇÃO Alimentador de distribuição que localiza essencialmente em áreas urbanas, e alimenta uma rede urbana de distribuição. 2.3 REDE URBANA DE DISTRIBUIÇÃO Sistema elétrico de distribuição situado no perímetro urbano. 2.4 REDE PRIMÁRIA URBANA DE DISTRIBUIÇÃO Conjunto de alimentadores urbanos de distribuição e seus ramais que alimentam os transformadores de distribuição e os pontos de entrega na mesma tensão. 2.5 REDE SECUNDÁRIA URBANA DE DISTRIBUIÇÃO Parte do sistema elétrico de distribuição situada dentro do perímetro urbano e que é alimentada pelos barramentos dos transformadores de distribuição até os pontos de entrega. 2.6 PLANTA CHAVE Representação planimétrica das áreas urbanas de uma localidade e em escala 1:5000, no formato A1. 2.7 PLANTA DETALHE Representação planimétrica de uma quadrícula da planta chave em escala 1:1000. 2.8 ARGA LIGADA Soma das cargas nominais de todos os aparelhos consumidores ligados ao sistema ou parte do sistema em consideração. 2.9 DEMANDA Potência média durante qualquer intervalo de 15 minutos medida por aparelho integrador, expressa em kWh/h (kVA). 2.10 DEMANDA MÁXIMA Maior de todas as demandas que ocorrem durante um período de tempo definido. 2.11 DEMANDA DIVERSIFICADA Demanda média de um consumidor de um grupo de consumidores da mesma classe deste grupo, tomada em conjunto e dividida pelo número de consumidores desta classe. 2.12 FATOR DE CARGA Relação entre demanda média de potência referida a um intervalo de tempo, e a demanda máxima de potência, ocorrida no mesmo intervalo de tempo. 
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 Para período de 1 ano 
 Onde: C = Consumo anual em kWh; D = demanda máxima de potência anual em kW; 8760 = número de horas do ano 2.13 FATOR DE DEMANDA Relação expressa em fração decimal ou percentagem, entre a demanda máxima de uma instalação, ou de um conjunto de instalações, em um período especificado, e a carga total dessa instalação,ou conjunto de instalações. 2.14 FATOR DIVERSIDADE Relação expressa em fração decimal ou percentagem, entre a soma das demandas máximas de um conjunto de equipamentos elétricos ou consumidores, em um período especificado, e a demanda máxima simultânea dentro do mesmo período. 2.15 FATOR DE CORREÇÃO SAZONAL Fator de correção de demanda máxima medida dos consumidores residenciais e comerciais, com o objetivo de se excluir a possibilidade de que a demanda medida não corresponda à ponta máxima do ano. 2.16 FATOR DE CORREÇÃO DE TENSÃO Fator de correção destinado a compensar a perda de potência motivada pela existência de cargas resistivas (residenciais e comerciais ligados na rede de distribuição), em relação à tensão melhorada (gráficos 1 e 2, Anexos I e II). 2.17 CONSUMIDOR TIPO C Consumidores de pequeno recurso com poucas possibilidades de utilização de aparelhos eletrodomésticos. 2.18 CONSUMIDORES TIPO B Consumidores de classe pobre a média, com possibilidades de utilização de aparelhos eletrodomésticos. 2.19 CONSUMIDORES TIPO A Consumidores das classes média e rica, normalmente possuidores de cargas elétricas significativas. 
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3 CONDIÇÕES GERAIS 3.1 INTRODUÇÃO Embora levando em consideração que uma rede de distribuição não possa ser projetada sob regras rígidas, os projetos devem atender a um planejamento básico, que permita um desenvolvimento progressivo compatível com as possibilidades de crescimento da localidade considerada. 3.1.1 LOCALIDADES SEM ENERGIA ELÉTRICA Para localidades que não possuam energia elétrica, deverá ser efetuado um planejamento básico, através da análise das condições locais e de um levantamento de dados tais como: • Planta da localidade; • Levantamento cadastral; • Previsão de carga; • Demanda; • Traçado; • Número e bitola dos condutores. 3.1.2 LOCALIDADES COM ENERGIA ELÉTRICA Para localidades que já possuem energia elétrica, deverá ser efetuada uma análise do sistema elétrico disponível, elaborando-se a seguir o projeto de rede. 3.1.3 CRITÉRIOS Os critérios adotados além de possibilitarem um bom desempenho do sistema de distribuição de energia elétrica, devem minimizar os riscos de acidentes. Deverá ser observada, portanto, a necessidade de uma maior segurança, na utilização de materiais, equipamentos e proteção do pessoal envolvido nos trabalhos, bem como da população que está sendo servida. Desta forma, recomenda-se que na elaboração dos projetos sejam observados os critérios e as especificações referentes a: • Previsão de carga e dimensionamento de circuitos primários e secundários; • Traçado de alimentadores e circuitos secundários; • Afastamentos ou distâncias mínimas; • Proteção e manobra; • Escolha de estruturas, locação e estaiamento; • Áreas arborizadas (Anexo III) 3.2 PLANTA DE REDE PRIMÁRIA Deverá ser elaborada de acordo com o item 1.6. e conter: • Todos os arruamentos e logradouros; • Todos os túneis, pontes e viadutos; • Todas as rodovias e ferrovias; • Os principais acidentes naturais. Será utilizada para planejamento do circuito primário, bem como para orientar no desenvolvimento futuro do sistema de distribuição. 3.3 PLANTA DE REDE SECUNDÁRIA Deverá ser elaborada de acordo com o item 1.7, contendo cadastro de frigoríficos, todas as residências, escritórios, padarias, cinemas, hospitais, repartições públicas e indústrias. Será utilizada para o planejamento da localização dos transformadores e circuitos secundários. 
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3.4 LEVANTAMENTO CADASTRAL Consiste no levantamento dos prováveis consumidores residenciais, comerciais e especiais sendo que, para estes últimos, deverão ser cadastrados: • Motores e aparelhos especiais; • Utilização simultânea ou não de motores e aparelhos; • Regime de trabalho diurno e noturno; • Raio X; • Máquina de solda. 3.5 PREVISÃO DE CARGA 3.5.1 DEMANDA INICIAL A demanda inicial estimada será obtida pelo fator de carga e kWh/consumidores a ser determinado para cada classe do consumidor, através do faturamento característico da região. 3.5.2 DEMANDA TOTAL A demanda total será a soma das demandas individuais relativas a cada classe de consumidores sendo que, os grandes consumidores terão sua demanda considerada individualmente. 3.5.3 ESTIMATIVA DE DEMANDA Para estimativa da demanda da localidade, poderão ser considerados os índices apresentados para os fatores de carga de acordo com o número de consumidores indicados na tabela 3-1. 3.5.4 CLASSES DE CONSUMIDORES Para consumidores de mesma classe (residenciais, comerciais) ou consumidores especiais a serem ligados em alta tensão, deverá ser consultado estudo sobre fatores de carga e de demanda típicos de consumidores ligados em Alta Tensão - ver Anexo IV. 
 Tabela 3-1 Fatores de Carga 3.5.5 PERÍODO DE PREVISÃO Dependendo da situação da área considerada, deverá ser efetuada previsão para 5 ou 10 anos. 3.5.6 TAXA ANUAL DE CRESCIMENTO A estimativa da taxa anual de crescimento do sistema deverá ser baseada no crescimento do consumo por classe, característico da região. 3.5.7 TABELA DE FATORES DE DEMANDA. A tabela 3-2 fornece o fator de multiplicação para determinação de demanda e consumo em função da taxa de crescimento e períodos considerados. 
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 Tabela 3-2 Fatores de Multiplicação da Demanda 3.5.8 OBSERVAÇÕES Nos casos em que a área considerada apresentar características de crescimento imediato superior ao máximo acima indicado (por exemplo: demanda reprimida), deverá ser feita uma análise e estudo mais apurado para definir a taxa de crescimento. 3.6 PLANEJAMENTO DE REDE URBANA PRIMÁRIA. 3.6.1 CRITÉRIOS GERAIS Com critério geral, são recomendados os seguintes números de alimentadores para as cargas especificadas por localidade: Até 1000 kVA 1 alimentador De 1000 kVA a 3000 kVA 2 alimentadores De 3000 kVA a 6000 kVA 3 alimentadores De 6000 kVA a 10000 kVA 4 alimentadores O desenvolvimento do sistema deverá ser radial, com recurso (anel aberto), operando sob tensão nominais de 13,8 kV, 11,4 kV. 3.6.2 DEMANDA SUPERIOR A 1500 KVA Para consumidores com demandas superiores a 1500 kVA, recomenda-se a previsão de um alimentador independente da rede de distribuição da cidade. 3.6.3 DEMANDA SUPERIOR A 10000 KVA Para localidade com cargas superiores a 10000 kVA de demanda máxima, deverá ser feito estudo à parte. 3.6.4 TRAÇADO DE ALIMENTADORES No traçado de alimentadores deverão ser observados os seguintes critérios: • Aproveitamento máximo do sistema existente; • Posicionamento o mais próximo possível das cargas (otimização de tensão); • Evitar mudanças constantes de direção, perseguindo pequenas concentrações de carga; • Desenvolvimento dos alimentadores coerentes com o sentido de desenvolvimento da cidade; • As ruas e avenidas escolhidas para o seu trajeto deverão estar bem definidas e o traçado já aprovado pela Prefeitura; • Os ramais primários que derivam do alimentador devem ser, de forma geral, paralelos; • Obedecer a sequência das fases desde a S/E; • Quando não for possível obedecer a sequência de faz, por mudança de lado da posteação, deverá ser afixado placa indicativa em pontos estratégicos. 
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3.6.5 PREVISÃO DE INTERLIGAÇÃO DE ALIMENTADORES Sendo necessário mais de um alimentador, deverá ser prevista a interligação dos mesmos para manobras de emergências, através de chaves seccionadoras, que permitam a transferência de carga de um para outro. 3.6.6 POSICIONAMENTO DA INTERLIGAÇÃO O posicionamento de interligação e chaveamento de alimentadoresdeverá ser de tal forma que favoreça a confiabilidade dos consumidores especiais, tais como, hospitais, torres repetidoras, bombas d’água, laticínios, etc. 3.7 PLANEJAMENTO DE REDE SECUNDÁRIA O desenvolvimento da Rede Secundária deverá ser radial ou reticulado, operando nas tensões 220/127 V para circuitos trifásicos e bifásicos e 127 V para circuitos monofásicos. 3.7.1 CIRCUITOS SECUNDÁRIOS Os circuitos secundários deverão ser planejados de acordo com as combinações das bitolas dos condutores apresentados na tabela a seguir, considerando-se os trechos principais, perpendiculares e paralelos dos mesmos, observando-se, entretanto, os limites de queda de tensão recomendados. 
 Tabela 3-3 Bitola dos Condutores 3.7.2 NÚMERO DE FASES O número de fases, inicialmente deve-se restringir ao mínimo necessário com base na previsão de carga, ficando a complementação da mesma destinada a atender futuros aumentos de carga conseguindo-se, desta forma, um projeto mais econômico. 3.7.3 EXTENSÃO DE REDE Em casos de extensão de redes, quando a carga inicial não o exigir, o circuito secundário deverá permanecer sem barramento. 
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3.8 VIABILIDADE DE PROJETO A correta verificação da viabilidade técnica de execução de um projeto é de grande importância, pois evita que ocorram imprevistos por ocasião da execução da obra, provocando modificações no projeto original, com consequente alteração do custo da obra. 3.8.1 ESTUDO DA VIABILIDADE DO PROJETO Deverão ser observados no campo, durante o estudo de viabilidade, os seguintes itens, e anotados na própria planta, de maneira destacada e com clareza: • Largura do passeio; • Sacadas ou marquises de casas e prédios, garagens, portas de lojas, anúncios luminosos, janelas (estudar as dimensões livres para não interferir com a rede); • Galerias de águas pluviais, redes de água, gás, e esgotos subterrâneos que interfiram no projeto (manter contatos com a prefeitura quando impossível observar); • Obstáculos existentes, árvores no eixo da rede, buracos causados por erosões e elevações ou abaixamento no terreno que influam na locação e/ou número de postes; • Existência de rede telefônica e suas caixas muflas, assinalando pontos de interferência com a mesma; • Idem, para linhas do Telégrafo Nacional e outras linhas existentes; • Existência de praças ou logradouros públicos, para evitar a localização de postes nas mesmas; • Pontos de tomada de ramal de serviço primário, (se há necessidade de alteração na entrada do consumidor ou na localização do poste); • Existência de muflas, primárias e secundárias; • Transferência do consumidor de alta tensão para baixa tensão, neste caso verificar: • Carga instalada; • Existência de máquina de solda; • Programa de aumento de carga do consumidor; • Locação provável do transformador, neste caso, verificar: 
o Facilidade de instalação e retirada; 
o Operação de chave corta-circuito; 
o Local seguro e livre de qualquer interferência. 
o O melhor lado para localização da posteação, considerando os futuros projetos que possam vir a ocorrer na área; 
o Existência de postos de gasolina que interfiram com a localização dos postes, contudo, somente essa interferência não justifica a alteração do projeto; 
o Travessias a serem projetadas, analisar cuidadosamente os detalhes construtivos; 
o Contatos com órgãos públicos sobre melhoramentos futuros no local. 
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4 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS 4.1 CONDUTORES PRIMÁRIOS As seções mínimas dos condutores a serem utilizados nos circuitos primários, atendidos os requisitos elétricos e mecânicos, são as seguintes: • Para condutores de cobre: 21,15 mm2 (n0 4 AWG); • Para condutores de alumínio: 32,9 mm2 (n0 2AWG) As seções padronizadas e recomendadas estão indicadas na Tabela 4-1. 
 Tabela 4-1 Condutores Padronizados (Rede Primária) 4.1.1 TENSIONAMENTO A solicitação máxima dos condutores não deve ultrapassar 1/3 da resistência de ruptura do material, considerando a temperatura de 0º C e pressão do vento equivalente a 20 kg/m2 (condutores de seção circular). O tensionamento será de acordo com as tensões de projeto indicadas no item 3.10, conforme prescrição da PB-46/ABNT, para circuitos primários e secundários. 4.1.2 DISPOSIÇÃO DOS CONDUTORES Será horizontal. 4.1.3 AFASTAMENTOS MÍNIMOS De acordo com desenhos anexos 05, 06, 07 e 08. 4.2 CONDUTORES SECUNDÁRIOS As seções mínimas dos condutores a serem utilizados nos circuitos secundários, atendidos os requisitos elétricos e mecânicos, são as seguintes: • Para condutores de cobre: 21,15 mm2 (n0 1 AWG); • Para condutores de alumínio: 32,96 mm2 (n0 2 AWG). As seções padronizadas recomendadas estão indicadas na Tabela 4-2. 4.2.1 TENSIONAMENTO Conforme item 4.10.1. 4.2.2 DISPOSIÇÃO DOS CONDUTORES Será vertical. 
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 Tabela 4-2 Condutores Padronizados (Rede Secundária) 4.2.3 AFASTAMENTO MÍNIMOS Conforme item 4.1.3 4.3 CALCULO DA DEMANDA DO TRANSFORMADOR Para o cálculo de demanda deverão ser observados os seguintes critérios: 4.3.1 DEMANDA DIVERSIFICADA Determinar a demanda diversificada média de todos os consumidores servidos por um transformador. Estes valores classificados para as diferentes zonas de uma cidade e diferentes números de consumidores estão determinados na Tabela 4-3 – Demanda Diversificada. 4.3.2 DEMANDA DE MOTORES No caso de motores, o fator de demanda varia de acordo com a potência instalada e quantidade de motores utilizados. Para a sua determinação deverão ser utilizados as 
 Tabela 4-3 Demanda Diversificada em kVA 4.3.3 FATORES DE CORREÇÃO Para o fator de correção sazonal, recomenda-se, adotar 20% de correção. Quando houver necessidade de correção de demanda devido à queda de tensão, recomenda-se que a mesma seja aplicada à menor das tensões das pontas do secundário, adotando-se valores corretivos entre 5% e 20%. 
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 Tabela 4-4 Demanda Diversificada em kVA 4.4 TRANSFORMADORES 4.4.1 POTÊNCIAS PADRONIZADAS Para projetos iniciais, deverão ser observadas as seguintes potência padronizadas: 15; 30; 45 e 75 kVA. A utilização de transformadores de 112,5 kVA somente é justificada quando a concentração de carga no poste do transformador é grande. Caso contrário, será sempre preferível mais transformadores e rede mais leve. 4.4.2 TRANSFORMADORES DE DISTRIBUIÇÃO Os transformadores de distribuição serão trifásicos na classe de 15 kV, com o primário em triângulo, e secundário em estrela, com neutro acessível e relações de tensões nominais sem carga prevista para as seguintes ligações: • 13800/13200/12600/12000 V e 220/127 • 13800/13200/12600/12000 • E religável para 11400/10800/10200/9600 e 220/127 V 4.4.3 CRITÉRIO GERAL Como critério geral, os transformadores deverão ser instalados no centro geométrico de suas áreas de influência, considerando que nas zonas urbanas a distribuição das cargas tende a se uniformizar com o tempo. 4.4.4 LOCAÇÃO DOS TRANSFORMADORES Os transformadores deverão ser locados de maneira que, em nenhum caso, o comprimento do circuito secundário exceda a 350 ou 400 metros. 4.4.5 PEQUENAS DENSIDADES DE CARGA Para pequenas densidades de carga, inicialmente recomenda-se projetar circuitos secundários nas extensões máximas permitidas. Deste modo, haverá possibilidade de se intercalar pelo menos um transformador, entre os pares de transformadores existentes na rede primária, evitando-se reformas no circuito. 4.4.6 INSTALAÇÕES DE POSTES. Neste caso (item anterior), deverão ser previstas as instalações de postes de11m e 400 kg para a instalação de futuros transformadores, adotando-se o seguinte critério: • Um poste em todos os quarteirões para centros e bairros tipo A; • Um poste em quarteirões alternados nos bairros tipo B e C. Observação: Os postes de 11/400 devem ser instalados com o fio terra. 
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4.5 CÁLCULO ELÉTRICO 4.5.1 INTRODUÇÃO O cálculo elétrico para circuitos primários e secundários deverá ser elaborado pelo Método da Máxima Queda de Tensão Admissível, para as condições iniciais estabelecidas no item 3.5.2., respeitando-se o limite térmico dos condutores. 4.5.2 LIMITES DE QUEDA DE TENSÃO Serão admissíveis os seguintes limites máximos de queda de tensão inicial: • a - Circuitos primários – 5%; • b - Circuitos Secundários. • b.1. Trifásicos – 3,5% • b.2. Bifásicos – 5,0% • b.3. Monofásicos – 6,0% 4.5.3 CIRCUITO PRIMÁRIO • Em qualquer ponto de rede primária considerada, a queda de tensão calculada não deverá ser superior a +5% e -7,5% (de acordo com a portaria 047); • Deverão ser considerados os circuitos primários dos alimentadores desde a subestação, com todas as derivações primárias e todos os pontos de carga, representados pelos transformadores; • Havendo mais de um alimentador, deverá ser considerada a interligação entre os mesmos, para que não haja, em casos de manobra, inconveniência por adicionamento temporário de cargas, que tornam precárias as seções dos mesmos; • O cálculo de queda de tensão primária deverá ser elaborado, utilizando-se os valores constantes da Tabela 4-5. 
 Tabela 4-5 4.5.4 REDE SECUNDÁRIA Para efeito de cálculo elétrico, deverão ser considerados 2 casos distintos: • Extensão de rede; • Melhoria de rede. Como método geral para a determinação das demandas e queda de tensão de rede secundárias, recomenda-se adotar o seguinte procedimento: 
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• a – Extensão de Rede: 
o a.1 Estimar a demanda diversificada média em função da classe de consumidores; 
o a.2 Para consumidores com previsão de carga de força, a demanda deverá ser determinada aplicando-se o “fator de redução” em função do número de motores,para o mesmo circuito do transformador; 
o a.3 Nas extensões de rede sem iluminação pública, se a rede for incompleta não será considerada a carga futura de Iluminação Pública. Se a rede for completa será considerada a carga de 150W por ponto de luz. Entretanto, se ao dimensionar a carga adicional para o transformador (existente ou proposto), deve-se descontar a carga de Iluminação Pública apenas considerada para efeito de cálculo elétrico; 
o a.4 Nas extensões de rede com Iluminação Pública, deverá ser considerada a carga de Iluminação Pública efetivamente prevista; 
o a.5 Determinada a demanda de todos os consumidores por transformador, deverá ser preenchido o impresso denominado “Cálculo de Queda de Tensão”. Observações: 1) Nos casos onde as cargas diurnas (geralmente de força) sejam consideráveis deverão ser feitos cálculos de queda de tensão, tanto diurno como noturno, comparados os condutores trecho por trecho, para serem adotados os de maior bitola; 2) No caso de estarem pr4evistas máquinas de solda e aparelhos de raio X, para a determinação de suas demandas deverão ser observadas as especificações para instalação desses equipamentos. 
 Tabela 4-6 Queda de Tensão em Percentagem para 100 kVA x m ou 1 kVA x 100m Obs.: e.e.= espaçamento equivalente. • b – Melhoria de Rede: 
o b.1 Avaliar a demanda baseada nas medições elétricas feitas no circuito existente, objeto de reforma, cujas características das cargas vão ser utilizadas no dimensionamento dos novos circuitos resultantes da melhoria. 
o b.2 Efetuar medições de tensão e corrente nas três fases, nos bornes da baixa tensão dos transformadores de distribuição e medições de tensão nos fins de linha dos circuitos secundários. 
o b.3 Se houver sobrecarga de 30% ou mais nos transformadores, recomenda-se a substituição dos mesmos por outro de maior potência ou desmembramento do circuito em questão. As demais condições constam da tabela 4-7. 
o b.4 Para a queda de tensão superior a 10% (na prática 8,6%), deverão ser substituídos os condutores por outros de bitola superior ou deverá ser efetuado o desmembramento da carga do circuito. 
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o b.5 Determinar a demanda individual dos consumidores especiais, totalizando-as para cada transformador. 
o b.6 Deduzir a demanda medida, o total das cargas especiais e a carga de iluminação pública. 
o b.7 Aplicar o fator de correção sazonal para compensar a possibilidade de que a demanda medida não corresponda à máxima do ano e o fator de correção de tensão, extraídos dos gráficos 1 e 2, caso seja necessário. (Anexos I e II) 
o b.8 Determinar, o valor da demanda diversificada média por consumidor, dividindo-se a demanda encontrada pelo número de consumidores ligados no transformador. 
o b.9 Para consumidores especiais, a demanda a ser considerada para o cálculo de queda de tensão deverá ser a demanda diversificada média por consumidor, mais a demanda individual de carga especial. 
 Tabela 4-7 Ponta de carga em múltiplos de valores nominais para a vida provável normal 4.6 PROTEÇÃO E MANOBRA 4.6.1 TENSÃO NOMINAL DOS PARA-RAIOS Os para-raios serão do tipo válvula, tensão nominal 12kV e 15kV, respectivamente, para 11,4kV e 13,8kV. 4.6.2 PREVISÃO DOS PARA-RAIOS Deverão ser previstos para-raios em todos os transformadores. 4.6.3 PROTEÇÃO DE CIRCUITOS PRIMÁRIOS De uma maneira geral, os circuitos primários de distribuição são protegidos individualmente, por disjuntores comandados por relés de sobrecorrentes de fase e terra. 4.6.4 PROTEÇÃO DE RAMAIS Os ramais extensos, e de acordo com a importância da carga ligada, deverão ser protegidos por religadores, seccionalizadores ou chaves fusíveis. 4.6.5 LIGAÇÃO DO TRAFO/TERRA Todos os transformadores deverão ter o ponto neutro e o tanque ligados à terra, com uma resistência em torno de 10 ohms (10Ω) e nunca superior a 20 ohms (20Ω), em qualquer época do ano. 4.6.6 TRAFOS PROTEGIDOS POR PARA-RAIOS Nos transformadores protegidos por para-raios a ligação à terra deverá ser comum aos para-raios e ao ponto neutro. Havendo condutor neutro secundário ou primário no poste, ele também deve ser ligado ao eletrodo de terra. 
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4.6.7 INTERLIGAÇÃO DO NEUTRO. Em áreas urbanas, todos os neutros devem ser interligados e aterrados pelo menos de 300 em 300 metros. 4.6.8 PROTEÇÃO DA REDE SECUNDÁRIA Não deverá haver ponto de circuito secundário afastado mais de 200 metros de um terra. Além desses aterramentos, para se obter uma maior proteção, é aconselhável projetar alguns poços de terra em lugares convenientes, com resistência máxima de 3 ohms (3Ω). A quantidade de poços será função do número de postos da rede, sendo um poço para cada 200 postes ou fração. 4.6.9 SAÍDAS DE LINHAS RURAIS Nas saídas de linhas rurais, derivadas da rede primária de uma localidade urbana, deverá ser prevista, além da instalação de chaves fusíveis indicadoras a instalação de para-raios. 4.6.10 PROTEÇÃO DOS TRANSFORMADORES Todos os transformadores deverão ser protegidos através de chaves fusíveis indicadores, com elos fusíveis de amperagem adequada à potência do transformador, conforme tabela 4-8. 4.6.11 CHAVES CORTA-CIRCUITOS As chaves corta-circuitos de 50 A serão de abertura sem carga e as de 100 A serão de abertura com carga. 
 Tabela 4-8 
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5 CRITÉRIOS PARA PROJETO DE REDES AÉREAS URBANAS CONVENCIONAIS (REDES AÉREAS NUAS) Os assuntos abordados a partir deste item obedecem aos critérios e simbologias, básicos para a elaboração de desenhos de cadastro e projeto de redes de distribuição da Companhia Paranaense de Energia – COPEL e são fundamentados na Norma Técnica da COPEL – NTC (critérios básicos para a elaboração de desenho de projetos de redes de distribuição urbana e rural) NTD - 04, na Norma Técnica de Distribuição Critérios para Projeto de Redes Aéreas Urbanas Convencionais (Redes Aéreas Nuas) da CEA - Companhia de Eletricidade do Amapá e no Manual de Distribuição (ND-3.1) da CEMIG - Companhia Energética de Minas Gerais denominado de Projetos de Redes de Distribuição Aéreas Urbanas. 5.1 DADOS PRELIMINARES 5.1.1 MAPAS E PLANTAS 5.1.2 SIMBOLOGIA E CONVENÇÕES Na elaboração dos projetos devem ser obedecidos os símbolos e convenções constantes nos Anexos. Quando da utilização de outros símbolos e convenções não previstos, é exigida a sua indicação nas respectivas plantas. 
� Escalas a ) Os projetos construtivos devem ser desenhados a partir de mapas precisos, na escala 1:1000 e convenientemente “amarrados” aos arruamentos, edificações ou pontos que facilitem a atualização dos cadastros. b ) Os projetos com áreas superiores a 1 km² e as plantas-chaves para o caso de mais de 02 plantas construtivas, devem ser desenhadas na escala 1:5000, de modo a dar uma visão de conjunto e facilitar a execução dos trabalhos. c ) Excepcionalmente, poderão ser utilizadas plantas na escala de 1:2000 para a apresentação de orçamentos preliminares de projetos. 
� Desenhos Todos os desenhos que compõem o projeto devem ser apresentados nos formatos padronizados (A1, A2, A3 e A4), contendo outros detalhes, além dos referentes às redes primárias, secundárias e de iluminação pública. Os mapas utilizados na elaboração dos projetos construtivos (escala 1:1000) devem conter as seguintes informações complementares: • Arruamentos e meios-fios e cotas correspondentes; • Fachadas das edificações e respectivas numerações; • Acidentes topográficos e/ou obstáculos existentes; • Detalhamento das redes de distribuição de energia elétrica existentes; • Redes de outras concessionárias, porventura existentes. Os mapas utilizados para as plantas-chaves e para as redes primárias (escala 1:5000), devem conter as seguintes informações complementares: • Arruamentos sem fachadas, exceto quando tratar-se de consumidores especiais; • Caminhamento, localização e identificação dos principais equipamentos das redes primárias existentes. 
� Posição dos Símbolos • Postes: Tangentes à linha de propriedade e orientados em relação a mesma; • Cabos Secundários: Paralelos à linha de propriedade e tangente aos símbolos dos postes do lado da pista de rolamento, exceto no caso onde haja instalação de transformador e posteamento duplo, quando então passarão para o lado da calçada; 
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• Cabos Primários: Paralelos à linha de propriedade e centrados em relação aos símbolos dos postes. • Estais de Contra Poste: No sentido oposto ao da resultante dos esforços. • Estais de Poste a Poste: Paralelos aos cabos e entre postes. • Iluminação Pública: Junto ao poste, com a luminária para o lado da pista de rolamento e perpendicular ao eixo da rua. • Transformadores: Tangentes aos postes, para o lado da pista de rolamento e perpendiculares aos cabos primários. • Chaves: Lateralmente aos postes, no cabo primário. • Equipamentos Especiais: Lateralmente aos postes, no cabo primário. • Aterramentos: Inclinação de 45° em relação aos postes, para o lado da pista de rolamento. • Pára-raios: Inclinados em relação a linha de propriedade e para o lado da pista de rolamento. • Nomes das Vias: Devem ser escritos com letras maiúsculas dentro da quadra e a 1,5cm da linha de propriedade. • Labels (legendas) de Transformadores, Chaves, Equipamentos Especiais e Postes Especiais: Junto aos símbolos dos transformadores, chaves, equipamentos especiais e postes especiais. • Labels de Cabos: Paralelos aos cabos. 
� Espessura dos Traços • Elementos Desenhados com Traço de Espessura 0,2mm: Labels em geral (bitolas de cabos; número do circuito, fase e potência do transformador; tipo e capacidade dos equipamentos; especificação de postes especiais; etc.), estais, etc. • Elementos Desenhados com Traço de Espessura 0,3mm: Símbolos em geral (postes, transformadores, chaves, equipamentos especiais, aterramentos, para-raios, etc.), linhas de propriedade, etc. • Elementos Desenhados com Traço de Espessura 0,4mm: Cabos primários e secundários; condutores de serviço; nomes das vias, etc. 
� Legendas dos Condutores • Rede de Distribuição Aérea de Alta Tensão com Cabo Nu: Ex.: 3x02 CA - 13,8 [Faseamento]x[Bitola dos Cabos Fase] [Material dos Cabos] - [Tensão Nominal] • Rede de Distribuição Aérea de Baixa Tensão com Cabo Nu: Ex.: 3x20(20) CA [Faseamento]x[Bitola dos Cabos Fases]([Bitola do Cabo Neutro]) [Material dos Cabos] • Rede de Distribuição Compacta Protegida: Ex.: 3x185 XLPE - 13,8 - 9mm 3x[Bitola dos Cabos Fase] XLPE - [Tensão Nominal] - [Diâmetro da Cordoalha]mm • Rede de Distribuição Secundária Isolada: Ex.: 3x120(70) Q 3x[Bitola dos Cabos Fases]([Bitola do Cabo Neutro]) Q 5.2 TIPOS DE PROJETOS 5.2.1 PROJETOS DE REDES NOVAS Projetos destinados ao atendimento de novas localidades e/ou de novos loteamentos, que não disponham de energia elétrica. Para projetos de redes novas, devem ser pesquisados o grau de urbanização, a área dos lotes, o tipo provável de ocupação e as perspectivas de crescimento, para uma posterior comparação com redes já implantadas e que possuam dados de carga conhecidos. 5.2.2 PROJETOS DE EXTENSÃO DE REDES Projetos que impliquem no prolongamento de redes existentes, cuja finalidade é o atendimento a consumidores específicos (prolongamento de posteação existente). 5.2.3 PROJETOS DE REFORMA DE REDES 
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Projetos para substituição parcial ou total de rede existente, por motivo de segurança, obsoletismo, condições críticas da qualidade de serviço, saturação ou adequação das instalações ao meio ambiente. 5.2.4 PROJETOS DE MELHORAMENTOS DE REDES Projetos a serem executados em redes existentes e destinados a propiciar: • A ampliação da capacidade de transporte de energia, para atendimento ao crescimento vegetativo de carga localizada; • O melhoramento das condições operativas e dos níveis de qualidade de fornecimento; • A regularização das condições operativas, de segurança e padronização. 5.2.5 PROJETOS DE MODIFICAÇÃO Projetos específicos para atendimento a consumidores ou para adequação às exigências urbanas e, realizados sem o aumento da projeção das redes aéreas existentes. 5.3 PLANOS E PROJETOS EXISTENTES Devem ser levantadas as seguintes informações, que servirão como subsídio à elaboração dos projetos em andamento: • Verificar a existência de projetos elaborados para a área em estudo e que ainda não foram executados; • Caso o tipo ou a magnitude do projeto justifique levar em consideração os Planos Diretores Governamentais para a área. 5.4 PLANEJAMENTO BÁSICO 5.4.1 PONTOS DE ALIMENTAÇÃO DAS CARGAS Quando da elaboração de projetos, de qualquer porte, principalmente nos casos de redes novas e extensões de redes, deve-se atentar para o ponto do sistema onde essa nova rede será conectada. O ponto de conexão à rede existente deverá ser indicado obrigatoriamente em coordenadas UTM (UTM é um sistema de coordenadas baseado no plano cartesiano (eixo x, y) e usa o metro (m) como unidade para medir distâncias e determinar a posição de um objeto.), para facilitar a sua localização. Devem ser consideradas também, as possíveis consequências desse aumento de carga, quanto ao carregamento de alimentadores, níveis de tensão,recursos de manobras etc. 5.4.2 GRANDES PROJETOS Nos casos de desenvolvimento de grandes projetos, deve ser verificado o planejamento básico das redes de distribuição, de forma a compatibilizá-lo com as diretrizes definidas para a área onde será implantado o projeto. Na inexistência de um planejamento básico para a área, deverá ser providenciado um estudo preliminar das condições locais, de forma a permitir uma análise comparativa destas com outras de características semelhantes, cujos dados de carga e taxas de crescimento sejam conhecidos. 5.5 OBTENÇÃO DOS DADOS DE CARGA 5.5.1 LEVANTAMENTO DE CARGA Consiste na coleta dos dados de carga, em campo ou através de informações existentes na Empresa, de todos os consumidores abrangidos pela área em estudo. Os procedimentos a serem observados nesta etapa diferem para cada tipo de projeto, conforme descrito a seguir. 
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5.5.2 LEVANTAMENTO DE CARGA PARA PROJETO DE REFORMA DE REDE 
� Consumidores ligados em AT Localizar em planta todos os consumidores ligados em rede primária (AT), anotando os seguintes dados: • Natureza da atividade; • Horário de funcionamento, período de carga máxima e sazonalidade, se houver; • Carga total (caso haja medição de demanda) e capacidade instalada; • Possibilidade de novas ligações ou acréscimos de carga em AT. 
� Consumidores ligados em BT • Localizar todos os consumidores residenciais anotando em planta o tipo de ligação existente (monofásica, bifásica ou trifásica); • Localizar em planta todos os consumidores não residenciais, indicando a carga total instalada e os respectivos horários de funcionamento. Notas: 1) Os consumidores não residenciais com pequenas cargas (pequenos bares e lojas) serão tratados como residenciais; 2) Prédios de uso coletivo ligados em BT, anotar o número de unidades e área dos apartamentos, verificando a existência de cargas especiais (ar condicionado, aquecimento etc.), indicando as quantidades e as potências; 3) Anotar o número de unidades e o tipo de ligação (mono, bi ou trifásica), dos prédios de uso coletivo, bem como as cargas das instalações de serviço. 
� Consumidores especiais Para os consumidores especiais, localizá-los em planta anotando o horário de funcionamento e a carga total instalada. Existindo aparelhos que ocasionam flutuação de tensão na rede (raio X, máquina de solda, motores etc.), indicar os dados no formulário no formulário da concessionária. 
� Iluminação Pública Indicar na planta o tipo de iluminação a ser instalada ou prevista e as potências das lâmpadas a serem instaladas. 
� Levantamento de Carga para Projeto de Extensão de Rede 1) Consumidores a serem Ligados em AT Assinalá-los em planta, anotando os seguintes dados: • Descrição da carga e a capacidade a ser instalada; • Ramo de atividade; • Horário de funcionamento; • Sazonalidade prevista. 2) Consumidores a serem Ligados em BT Anotá-los em planta, indicando o tipo de ligação (monofásica, bifásica ou trifásica), em função de sua carga instalada. 3) Consumidores Especiais 
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Para as cargas que possam ocasionar flutuação de tensão na rede e que necessitam de análise específica para o dimensionamento elétrico, preencher o formulário da concessionária com os dados necessários, em função do tipo de aparelho. 4) Iluminação Pública Assinalar em planta o tipo e a potência das lâmpadas a serem utilizadas no projeto, cujas características dependerão do tipo das vias a serem iluminadas. 5.5.3 LEVANTAMENTO DE CARGA PARA PROJETO DE REDES NOVAS Em projetos de redes para atendimento de novas localidades ou novos loteamentos, deverão se pesquisados o grau de urbanização, área dos lotes, tipo provável de ocupação e perspectivas de crescimento, para posterior comparação com outras redes já implantadas e que possuam dados de carga conhecidos. 5.6 DETERMINAÇÃO DA DEMANDA - PROCESSOS O procedimento para determinação dos valores de demanda estão descritos a seguir, em função de várias situações de projetos, sendo analisados os casos em que existam ou não necessidade de se efetuar medições. 5.6.1 DETERMINAÇÃO DA DEMANDA PARA PROJETO DE REFORMA DE REDE - PROCESSO POR MEDIÇÃO 
� Rede Primária Pelo processo por medição, os valores de demanda do alimentador serão obtidos diretamente através das medições simultâneas de seu tronco e ramais, observando-se sempre a coincidência com as demandas das ligações existentes em AT. Confrontando-se os resultados das medições, com as respectivas cargas instaladas, poderão ser obtidos fatores de demanda típicos, que poderão ser utilizados como recurso na determinação de demandas, por estimativa. Nota: Para alimentadores e ramais, as medições devem ser efetuadas com a rede operando em sua configuração normal, em dia de carga típica, por um período mínimo de 24 horas e, sempre que possível, pelo período de 01 (uma) semana. Tronco de Alimentadores A determinação da demanda máxima dos alimentadores será feita, basicamente, através dos relatórios de acompanhamento das subestações de distribuição (SE's da transmissão). Ramais de Alimentadores A determinação da demanda máxima dos ramais será feita através de registradores de corrente máxima ou registradores gráficos, que devem ser instalados no início do ramal. Consumidores Ligados em AT A verificação de demanda será feita através do medidor de KW (medidor de demanda), considerando ainda a previsão de aumento de carga, se houver. Edifícios de Uso Coletivo A verificação da demanda será feita através de registradores de corrente máxima ou registradores gráficos instalados no ramal de entrada do edifício, durante 24 horas, no mínimo. 
� Rede Secundária A determinação das demandas, para efeito de dimensionamento de reforma de rede secundária, será baseada em medições de uma amostragem de transformadores (em geral de 30 a 50%) da área 
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em estudo que, em função do número de consumidores, determinarão o kVA médio, salvo em áreas de características heterogêneas. Nota: Para circuitos de carga heterogênea poderão ser feitas medições com aparelhos instantâneos, indicadores de máxima corrente, desde que em horário de provável demanda máxima. Transformadores Deverão ser efetuadas simultaneamente as seguintes medições na saída do transformador, cujos resultados devem ser indicados no formulário da concessionária: • Medição gráfica de tensão (01 fase x neutro); • Medição gráfica de corrente de 01 fase; • Medição do valor de máxima corrente nas demais fases. O valor máximo de demanda do transformador será calculado multiplicando-se a soma dos valores máximos de corrente de cada fase, pela tensão verificada na hora de demanda máxima. Em áreas sujeitas a grandes variações de demanda devido à sazonalidade, as medições de transformadores deverão ser efetuadas no período suposto de máxima demanda. Na impossibilidade de efetuar as medições no período de máxima demanda, deverá ser adotado um fator de majoração que dependerá de informações disponíveis na região, a respeito do comportamento das cargas. Caso se faça necessário, aos valores das demandas encontradas deverão ser aplicados fatores de correção devido à melhoria de tensão (normas da concessionária). Consumidores Adotar a seguinte rotina: • Subtrair da demanda máxima do transformador, a demanda (coincidente com a ponta do transformador) dos consumidores não residenciais; • Dividir o resultado da subtração, pelo número de consumidores residenciais, obtendo-se assim a demanda individual diversificada (KVA/consumidor) dos consumidores residenciais; • Se o transformador alimentar áreas de características heterogêneas (Ex: favelas e prédios de apartamentos), efetuar medições distintas quecaracterizem as respectivas cargas. Para a determinação de demanda total do circuito a ser projetado deve ser observada a tendência de ocupação dos lotes vagos; • Tratar a parte os consumidores não residenciais que apresentem demandas significativas (Ex: oficinas, serrarias etc.). A demanda desses consumidores será determinada através de medição, procurando-se determinar a simultaneidade de funcionamento dos equipamentos. Os resultados obtidos devem ser indicados no formulário da concessionária, reportando-se ao transformador correspondente; • Os demais consumidores não residenciais (pequenos bares e lojas, etc.) serão tratados como residenciais. • As cargas devidas a iluminação pública já estão computadas automaticamente. Os acréscimos futuros de IP deverão ser considerados no projeto inicial; • Para áreas predominantemente comerciais, as demandas serão determinadas de preferência, a partir de medições de ramais de ligação. Loteamentos Para projetos de loteamentos, adotar os seguintes valores mínimos de demanda diversificada: • 1,5 KVA/lote, para loteamento Classe A; • 1,0 KVA/lote, para loteamento Classe B; • 0,5 KVA/lote, para loteamento Classe C. Sendo: 1) Loteamento Classe A - quando localizado em zonas nobres, de alta valorização, com lotes de área igual ou superior a 300 m² e que dispõe de toda a infraestrutura básica. 
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2) Loteamento Classe B.- quando localizado em zonas de classe média, com lotes de área igual ou superior a 300 m², de média valorização, podendo ter serviços de infraestrutura básica. 3) Loteamento Classe C - quando localizado em zonas de baixa renda, de baixa valorização, com lotes de área não superior a 300 m² e podendo não ter serviços de infraestrutura básica. Quando houver previsão de consumidores não residenciais, a demanda deve ser calculada conforme norma. Casos especiais de loteamentos de chácaras, indústrias, condomínios horizontais, etc., os valores de demanda serão definidos com base nas informações dos proprietários. Nos loteamentos, quando não for definida o tipo de iluminação pública, prever 70 W/poste (lâmpada + reator), com comando individual. 5.6.2 DETERMINAÇÃO DA DEMANDA PARA PROJETO DE REFORMA DE REDE - PROCESSO ESTIMATIVO 
� Rede Secundária Consumidores Residenciais Para estimativa da demanda, serão adotados valores individuais de demanda diversificada em kVA, correlacionando o número e a classe dos consumidores no circuito, separando-as em 04 tipos: Baixo, Médio, Alto e Altíssimo, conforme tabela a seguir e cujos valores de consumo deverão ser pesquisados em função das particularidades de cada área. 
 Tabela 5-1 Faixa de Consumo Mensal 
 Tabela 5-2 Demanda diversificada por faixa de consumo (kVA) 
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Consumidores não residenciais - 1º processo A estimativa dos valores de demanda em função da carga total instalada, ramo de atividade e simultaneidade de utilização dessas cargas, será calculada através da fórmula: 
 Sendo: D = Demanda máxima em kVA CL = Carga ligada em kW FD = Fator de demanda típico FP = Fator de potência Consumidores não residenciais - 2º processo A estimativa da demanda, extraída dos dados de faturamento é calculada através da fórmula: 
 Sendo: D = Demanda máxima em kVA C = Maior consumo mensal nos últimos 12 meses em kW FC = Fator de carga (obtido através de consumidores similares) FP = Fator de potência Consumidores não residenciais - 3º processo A demanda será estimada a partir da corrente nominal da proteção do consumidor: 
 Sendo: D = Demanda máxima em KVA V = Tensão de fornecimento (Volts) I = Corrente nominal da proteção do consumidor (Ampères) FD = Fator de demanda típico Esses processos determinam a demanda máxima. Seu horário de ocorrência bem como o valor coincidente com a demanda máxima do transformador, deverão ser obtidos na pesquisa do levantamento de carga. 
� Rede Primária Tronco de Alimentadores No caso de reforma de redes, o processo estimativo não é aplicável ao tronco de alimentadores. A determinação da demanda será feita a partir de relatórios de acompanhamento ou de medições. Ramais de Alimentadores A estimativa da demanda máxima dos ramais será feita através do confronto da demanda máxima do alimentador e a capacidade das cargas dos transformadores instalados ao longo dos ramais. 
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Analisar sempre a simultaneidade de funcionamento das cargas dos consumidores ligados em AT. Consumidores Ligados em AT A demanda de consumidores ligados em AT será estimada aplicando-se à carga levantada, um fator de demanda típico dependendo da atividade. 5.7 DETERMINAÇÃO DA DEMANDA PARA PROJETO DE EXTENSÃO DE REDE - PROCESSO ESTIMATIVO 5.7.1 REDE SECUNDÁRIA 
� Consumidores Residenciais A estimativa de demanda neste caso será função da carga instalada, aplicando-se os valores de diversificação constantes da tabela que consta a Carga Mínima e Demanda para Instalações de Iluminação e Tomadas da norma da concessionária, multiplicados por um fator de redução, pré-estabelecido. Este fator de redução será estimado com base em consumidores já ligados e com as mesmas características. A demanda deverá ser estimada através da fórmula: 
 Onde: FR = Fator de redução D = Demanda estimada, diversificada, em kVA. a = Demanda em kVA, das potências para iluminação e tomadas. b = Demanda em kVA de todos os aparelhos de aquecimento e condicionamento de ar (chuveiro, aquecedores, fogões, aquecedores de ar etc.). c = Demanda em kVA de motores elétricos e máquinas de solda tipo grupo gerador, conforme indicado abaixo: 
o 100% da potência em kVA, do maior motor, mais 
o 80% do 2ª maior motor, em kVA, mais 
o 60% do 3º maior motor, em kVA, mais 
o 40% dos demais motores. d = Demanda em kVA, das máquinas de solda a transformador e aparelhos de Raio X, conforme indicado abaixo: 
o 100% da potência em kVA, do maior equipamento, mais 
o 70% do 2º maior equipamento, em kVA, mais 
o 50% do 3º maior equipamento, em kVA, mais 
o 30% dos demais equipamentos. Nota: Poderá também ser usado, o processo da alínea a) do subitem 6.2.2. 
� Iluminação Pública A demanda a ser estimada para as instalações de IP, será definida em função do tipo de vias a serem iluminadas e do tráfego, conforme recomenda a norma. 5.7.2 REDE PRIMÁRIA 
� Consumidores a serem ligados em AT Para ligações em AT, considerar a demanda contratada entre o consumidor e a concessionária. A demanda poderá ser obtida em função da carga a ser instalada, aplicando-se fatores de demanda conhecidos de consumidores similares, conforme norma. 
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� Tronco e Ramais de Alimentadores A estimativa da demanda será feita em função da demanda dos transformadores e distribuição, observando-se a homogeneidade das áreas atendidas e considerando-se a influência das demandas individuais dos consumidores de AT. 5.8 DETERMINAÇÃO DA DEMANDA PARA PROJETO DE REDES NOVAS - PROCESSO ESTIMATIVO Os processos estimativos para determinação da demanda, na elaboração de projetos de redes novas, serão semelhantes ao disposto no subitem 5.2.3 (Projetos de Reforma de Redes). 
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6 ANTEPROJETO 6.1 CONFIGURAÇÃO BÁSICA E TRAÇADO DAS REDES DE DISTRIBUIÇÃO A configuração da rede será definida em função do grau de confiabilidade desejado. A princípio poderão ser utilizadas as configurações "radial simples" e "radial com recurso", dependendo da importância das cargas ou das localidades a serem servidas. O traçado das redesdeverá obedecer, rigorosamente, as diretrizes e critérios definidos nesta Norma. 6.1.1 CONFIGURAÇÃO BÁSICA DAS REDES PRIMÁRIAS 
� Primário Radial Simples Esta configuração deve ser utilizada em áreas de baixa densidade de carga, onde os circuitos primários seguem direções distintas e onde seria antieconômica a utilização de interligações com outros circuitos. 
 Figura 6-1 Primário Radial Simples 
� Primário Radial com Recurso Esta configuração deve ser utilizada em áreas com maiores densidades de carga ou que exijam uma maior confiabilidade, devido às particularidades dos consumidores a serem atendidos (hospitais, centros comerciais, centros de computação etc.). 
 Figura 6-2 Primário Radial com Recurso O primário radial com recurso caracteriza-se pelos seguintes aspectos: 
� Existência de interligações normalmente abertas (NA) entre alimentadores adjacentes de uma mesma subestação ou de subestações diferentes; 
� Previsão de reserva de capacidade em cada circuito, de forma a absorver carga do outro circuito, na eventualidade de um defeito; 
� Limita o número de consumidores interrompidos por defeito e diminui o tempo de interrupção, em relação ao sistema radial simples. 6.1.2 TRAÇADO DA REDE PRIMÁRIA 
� Traçado de Tronco de Alimentadores Deve obedecer aos seguintes critérios: 
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• Utilizar vias com arruamentos já definidos e aprovados pela Prefeitura e, se possível, que já possuam meios-fios implantados; • Evitar traçados com ângulos e curvas desnecessários; • Acompanhar a distribuição das cargas (inclusive previsões), de modo a otimizar os carregamentos; • Procurar o equilíbrio das demandas entre alimentadores; • Sempre que possível, dimensionar áreas semelhantes para cada alimentador; • Evitar trechos paralelos na mesma via ou circuitos duplos; • Evitar troca de bitola dos condutores tronco, especialmente em de circuitos primários com recurso. 
� Traçado de Ramais de Alimentadores Devem ser observados os seguintes critérios: • Sempre que possível, devem ter traçados paralelos, para facilitar interligações, e orientados de modo a favorecer a expansão da área a que servem; • Considerar a posição da fonte de energia de forma a se ter um caminho mais curto e com menor queda de tensão e perdas; • Devem ser evitadas voltas desnecessárias. 
� Traçado das interligações entre alimentadores • Sempre que possível efetuar as interligações acerca de 1/3 e 2/3 dos troncos dos alimentadores e/ou nas extremidades dos mesmos; • Considerar os trechos de menor extensão e a bitola do(s) tronco(s) do(s) alimentadore(s); • Evitar vias de tráfego intenso de veículos. 6.1.3 CONFIGURAÇÃO DA REDE SECUNDÁRIA Sempre que possível, adotar circuitos típicos de acordo com as figuras a seguir. Essas configurações permitem o atendimento em 220/380 volts, de toda a gama de densidades de carga característica de rede de distribuição aérea. 
 Figura 6-3 Configurações Básicas da Rede Secundária 
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q = 100 metros - Frente da quadra (com fachada dos lados da rua ) A adoção de um determinado circuito típico será função da densidade de carga inicial, da taxa de crescimento e da configuração do arruamento. Em cada projeto, individualmente considerado, torna-se na maioria dos casos, difícil a aplicação de circuitos típicos caracterizados. Entretanto, essas configurações devem ser gradualmente atendidas à medida que a integração desses projetos individuais o permitam, o que poderá ser alcançado através de um planejamento orientado para pequenas extensões. Em nenhum caso poderá haver rede secundária com consumidor distante mais de 250 (duzentos e cinquenta) metros do transformador. 6.2 DIMENSIONAMENTO ELÉTRICO DOS CONDUTORES 6.2.1 DIMENSIONAMENTO ELÉTRICO DA REDE PRIMÁRIA 
� Critérios Gerais As características dos condutores a serem utilizados nos projetos de rede primária estão apresentadas nas tabelas da norma. O dimensionamento da rede deve ser feito observando-se a queda de tensão máxima permitida, perdas e capacidade térmica dos condutores, conforme as tabelas da norma. Entende-se como queda de tensão máxima na rede primária, a queda compreendida entre o barramento da subestação e o ponto mais desfavorável onde se situa um transformador de distribuição ou um consumidor primário. O processo de cálculo é o do coeficiente de queda em % por MVA x Km, cujos valores estão indicados nas tabelas da norma. Com base no traçado da rede primária e bitola do condutor, calcula-se a queda de tensão considerando a carga estimada no fim do horizonte de projeto. Se este valor estiver dentro do limite do perfil de tensão adotado, o traçado é aceitável. Em áreas de densidade de carga média ou baixa, o dimensionamento estabelecido por queda de tensão redunda em nível de perdas consideradas aceitáveis para o sistema. Quanto as áreas de alta densidade de carga, caracterizadas por alimentadores de pequena extensão, o fator limitante para o dimensionamento dos condutores, será o nível de perdas. 
� Limites de Queda de Tensão Visando ficar dentro dos limites estabelecidos na Portaria nº 047 - DNAEE, a concessionária adotará os seguintes limites de queda de tensão: • 4,0 % para projeto (inicial) • 7,0 % operativo (final) 
� Carregamento de Alimentadores O carregamento será função da configuração adotada (radial simples ou radial com recursos), que implicará ou não numa disponibilidade de reserva para absorção de carga por ocasião de manobras e situações de emergência. Para os alimentadores interligáveis, o carregamento máximo deve situar-se entre 50% e 60% da capacidade térmica dos condutores. Como critério orientativo, são recomendados os seguintes números de alimentadores para as cargas especificadas por localidade: • Até 1.000 kVA: 01 alimentador • De 1.000 kVA a 3.000 kVA: 02 alimentadores • De 3.000 kVA a 6.000 kVA: 03 alimentadores • De 6.000 kVA a 10.000 kVA: 04 alimentadores Para consumidores com demandas superiores a 1.500 kVA, recomenda-se a utilização de um alimentador independente da rede de distribuição da localidade. 
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6.2.2 DIMENSIONAMENTO ELÉTRICO DA REDE SECUNDÁRIA: 
� Critérios Gerais A rede secundária deverá ser dimensionada de modo a minimizar os custos anuais de investimento inicial, ampliações, modificações e perdas, dentro do horizonte do projeto. Na falta de maiores informações sobre o crescimento de carga da área, a rede secundária deverá ser dimensionada para atendimento à evolução da carga prevista até o 10º ano subsequente, prevendo, sempre que possível, uma subdivisão do circuito no 5º ano. Considerando uma distribuição de carga basicamente homogênea nos circuitos e, desde que no final do 5º ano a queda de tensão não ultrapasse a 5,0%, o novo circuito reduzido em tamanho a no máximo 60% do inicial, resultará que no final do 10º ano não ultrapassará também os 5,0% de queda de tensão, conservadas as mesmas bitolas dos cabos. No dimensionamento elétrico deve-se considerar que o atendimento ao crescimento da carga será feito procurando-se esgotar a capacidade da rede, observando-se um limite de 3,0% para o projeto (inicial) e de 5,0% operativo (final), e também os limites de capacidade térmica dos condutores. No cálculo elétrico das redes secundárias deverão ser utilizados os coeficientes de queda de tensão em % por kkVA x 100 m, sendo a carga sempre considerada equilibrada ou igualmente distribuída pelos circuitos monofásicos existentes. Apesar de se procurar o equilíbrio das cargas entre as fases, os resultados desse dimensionamento devem ser periodicamente aferidos, de forma a determinar possíveis fatores de correção a serem adotados em projetos futuros. 
� Tipos de Projetos A rotina a serseguida no dimensionamento elétrico da rede secundária deve ser feita conforme as características e finalidades do projeto, quais sejam: 1) Projeto de Reforma de Rede Obter o valor da densidade de carga atual do circuito (kVA/poste), multiplicando o kVA/consumidor obtido conforme subitem 3.2.2.1 pelo número de consumidores por poste existentes. Nota: O método baseou-se na densidade de carga por poste (kVA/poste),no entanto, podem ser adotados também como parâmetros a densidade linear do circuito (kVA/m) ou por superfície (kVA/m²), obedecendo-se a mesma rotina de cálculo para dimensionamento da rede. Preparar os esquemas de redes secundárias típicos, de acordo com a configuração das quadras existentes na área do projeto. Os esquemas deverão atender o perfil da tensão adotada para a área com valores extrapolados para o 10º ano; prevendo-se uma subdivisão do circuito no 5º ano. Lançar as redes típicas, técnico-economicamente recomendadas em função da densidade de carga inicial do circuito com a respectiva taxa de crescimento, conforme apresentado na norma. Conferir os resultados obtidos levando-se em conta os consumidores trifásicos de carga elevada e os de cargas especiais e calcular a queda de tensão do circuito. 2) Projeto de Extensão de Rede Multiplicar o valor da demanda diversificada média por consumidor, pelo número total de consumidores a serem atendidos pelo circuito, inclusive lotes vagos, obtendo-se o total da carga (kVA) residencial. Adicionar à carga residencial, as demandas dos consumidores não residenciais. Se a demanda máxima prevista ocorrer no período noturno, deverá ser acrescentada a carga da iluminação pública. Preparar o esquema unifilar da rede secundária típica de acordo com a configuração das quadras existentes na área do projeto. Calcular a queda de tensão do circuito, cujo valor para o 10º ano deverá atender ao perfil da tensão. 
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Nos casos dos consumidores com demanda predominantemente diurna, ao se efetuar o cálculo da rede para demanda noturna, deverá ser pesquisada individualmente qual a fração daquela demanda que deverá ser incluída para o período noturno. Inversamente, para a verificação do cálculo de demanda diurna, devida o consumidor especial, poderá ser considerado até 30% da demanda noturna dos consumidores residenciais. Neste caso, efetuar os cálculos para ambos os períodos, dimensionado o transformador pela maior demanda, assim como os trechos do circuito em função do período mais crítico. 3) Projeto de Redes Novas Deverá ser primeiramente estimada a demanda diversificada média com base nas áreas de características semelhantes já eletrificadas. Se houver cargas especiais previstas, as mesmas deverão ser consideradas, bem como o período das suas demandas. 6.3 PROTEÇÃO E SECCIONAMENTO 6.3.1 PROTEÇÃO CONTRA SOBRECORRENTES 
� Localização dos Equipamentos de Proteção Contra Sobrecorrentes A aplicação de equipamentos de proteção contra sobrecorrentes deverá ser condicionada a uma análise técnico-econômica de alternativas dos esquemas de proteção de cada circuito. Em princípio, esses equipamentos devem ser instalados nos seguintes pontos: 1) Em tronco de alimentadores Próximo à saída de cada circuito da SE, no caso de subdivisão de circuito protegido por um mesmo disjuntor, pode-se, excepcionalmente, utilizar religadores ou seccionalizadores, levando-se em conta a coordenação destes com o disjuntor. Nota: Esta alternativa é válida para o caso de não existir cubículos desaída disponíveis em SE's de localidades com baixa densidade de cargas ou quando há necessidade de derivação de um mesmo circuito para atendimento urbano e rural. Após cargas, cujas características especiais exijam uma continuidade de serviço acentuada, usar religador ou seccionalizador. Onde o valor da corrente de curto-circuito mínimo não é suficiente para sensibilizar dispositivos de proteção de retaguarda, deve-se utilizar religador ou chave fusível. 2) Em ramais de alimentadores No início de ramais que suprem áreas sujeitas a falhas, cuja probabilidade elevada de interrupções tenha sido constatada através de dados estatísticos, deve-se utilizar religador ou seccionalizador. Nos demais casos, não abrangidos pelo item acima, usar chave fusível. 3) Em transformadores Todos os transformadores deverão ser protegidos através de chaves fusíveis, com elos fusíveis de amperagem adequada à potência do transformador, conforme norma. 4) Em ramais de consumidores em AT Deverão ser protegidos através de chaves fusíveis de capacidade adequada, inclusive nos casos onde a proteção é feita por disjuntor na cabine consumidora. 5) Em sub-ramais que alimentam apenas um transformador Poderão ser protegidos por chaves fusíveis apenas no início do sub-ramal, desde que sua extensão não ultrapasse 150 metros e não tenha nenhum obstáculo para a visão das chaves e do sub-ramal, até o transformador. 
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� Critérios para Seleção dos Equipamentos de Proteção Contra Sobrecorrentes Os equipamentos a serem instalados nas redes de distribuição urbanas (RDU), devem ter a tensão nominal e o nível básico de isolamento compatíveis com a classe de tensão do sistema e também atender as demais condições necessárias em função do seu ponto de instalação. Chaves e elos fusíveis - para proteção de redes primárias A corrente nominal da chave fusível deve ser de 100 A, no mínimo igual ou maior do que 150% do valor nominal do elo fusível a ser instalado no ponto considerado. Em todos os casos, o nível de curto-circuito das chaves será de 10 KA. A capacidade de interrupção, associada ao valor X/R do circuito, no ponto de instalação, deve ser, no mínimo, igual à máxima corrente de defeito nesse ponto. Para possibilitar o desligamento dos ramais sem necessidade de prejudicar o fornecimento a outros consumidores, deverão ser utilizadas chaves fusíveis equipadas com dispositivo para permitir a abertura em carga, mediante a utilização de equipamento tipo "loadbuster" ou similar. Quando o ramal alimentar apenas um consumidor, deverá ser também utilizada chave fusível com o dispositivo para abertura em carga. Chaves e elos fusíveis - para proteção de transformadores de distribuição Os elos fusíveis de proteção do transformador de distribuição, idealmente, devem cumprir os seguintes requisitos: Os elos fusíveis devem operar para curto-circuito no transformador ou rede secundária, de modo que estes defeitos não repercutam na rede primária. Os elos fusíveis devem suportar continuamente, sem fundir, a sobrecarga que o transformador é capaz de suportar sem prejuízo de sua vida útil. Os elos fusíveis devem ter ampacidade adequada à proteção do transformador, conforme tabela da norma. As chaves fusíveis de proteção dos transformadores de distribuição devem possuir dispositivo que permita a abertura sob carga. Deverá ser adotada para a interligação, entre os bornes do secundário do transformador e o barramento da rede secundária, cabos isolados em PVC, conforme tabela da norma. Religadores Os religadores deverão ser empregados em derivações de alimentadores sujeitos a defeitos intermitentes, de forma a evitar-se que as correntes de carga ou dos curtos fase- terra, quando elevadas a ponto de interferirem no relé de neutro da subestação, venham a comprometer a coordenação. Seccionalizadores A instalação de seccionalizadores ficará restrita ao uso no lado da carga, em série com o religador ou disjuntor, desde que tenham um dispositivo de religamento automático na retaguarda, que pode ser o próprio disjuntor. 6.3.2 PROTEÇÃO CONTRA SOBRETENSÕES A proteção contra sobretensões nas RDU será feita por para-raios projetados nos seguintes pontos: • Em transformadores de distribuição; • Em estruturas que contenham religadores, seccionalizadores, reguladores de tensão e capacitores;• Em estruturas de derivação de ramais de entrada de consumidores primários; • Em pontos de transição de rede aérea para subterrânea e vice-versa; • Nos fins de redes primárias. 
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6.3.3 ATERRAMENTO Deverão ser aterradas todas as carcaças de transformadores, reguladores, capacitores, suportes de equipamentos e chaves de manobra secas ou a gás SF-6 e, o centro da estrela dos transformadores, tudo interligado e contínuo, para toda a área de distribuição da cidade. O neutro contínuo da rede primária será comum ao da rede secundária, multiaterrado e conectado à malha de terra da subestação. Junto à transformadores e equipamentos especiais, localizados em zonas protegidas por edificações, o aterramento deverá ter resistência máxima de 20 Ω. Junto a zonas desprotegidas de edificações e mais sujeitas a descargas atmosféricas, o aterramento deverá ter resistência máxima de 10 Ω. Caso estes valores não sejam atingidos, deverão ser usadas tantas hastes adicionais quantas forem necessárias, até o limite de 06 hastes. Acima deste número de hastes deverão ser adotadas alternativas, tais como a utilização de hastes profundas, tratamento químico do solo ou soluções mistas. Nos demais casos, os aterramentos da RDU serão feitos com apenas 01 haste, de 300 em 300 metros e de modo que nenhum ponto da rede de distribuição secundária fique afastado mais de 200 metros de um aterramento. Todos os extremos da rede (primária e secundária) deverão ter seus neutros aterrados com aterramento padrão de 20 Ω. Em áreas isoladas e com poucos transformadores, ou locais de elevada resistividade, para se obter uma maior proteção, devem ser projetados poços de aterramento em lugares convenientes e com valor de resistência de terra não superior a 10 Ω, de modo a garantir que a resistência de aterramento equivalente do sistema fique situada entre 0,1 e 0,3 Ω. 6.3.4 SECCIONAMENTO E MANOBRA Poderão ser projetados os seguintes tipos de equipamentos de seccionamento nas redes aéreas de distribuição urbanas: • Chave faca unipolar, com ou sem dispositivo para abertura com carga; • Chave faca tripolar com dispositivo para abertura com carga; • Corta circuito fusível para abertura sob carga. 
� Localização dos equipamentos de Seccionamento Chaves para operação com carga As chaves unipolares ou tripolares para operação com carga, deverão ser utilizadas em pontos de manobras, de modo a evitar desligamentos dos circuitos nas SE’s e a minimização dos tempos necessários à realização das manobras e do número de consumidores atingidos por elas. As chaves deverão ser instaladas em pontos de fácil acesso e operação. Em princípio, as chaves para operação, serão instaladas nos seguintes pontos: • Interligação de alimentadores; • Pontos de manobras, previstos para transferência de cargas, localização de defeitos ou para desligamentos destinados à manutenção e construção de redes; • Após a derivação, para consumidores importantes, a fim de preservar continuidade e serviço por ocasião de manobras; • No lado da fonte, junto ao início de grandes concentrações de cargas. Chaves para operação sem carga Por não admitirem abertura em carga, deverão ser usadas em pontos onde normalmente não estão previstas manobras. Neste caso, as manobras só poderão ser feitas, desde que eventualmente, e sem carga. Em geral, estas chaves poderão ser instaladas nos seguintes pontos: No tronco de alimentadores, alternadamente com chaves de abertura sob carga. 
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7 PROJETO DEFINITIVO 7.1 LOCAÇÃO E INSPEÇÃO Uma vez determinados os traçados das redes primárias e secundárias e definidos os centros de carga, deverão ser locados em planta os postes necessários à sustentação da rede de distribuição. Para que não surjam problemas durante a construção e a necessidade de modificações no projeto original, sempre que possível, a posição dos postes deverá estar de acordo com as observações previamente levantadas em campo e devidamente assinaladas em planta, obedecidos os critérios a seguir: a ) Locar os postes preferencialmente nas divisas dos lotes, evitando a frente das garagens, guias rebaixadas de postos de gasolina, frente de anúncios luminosos, marquises e sacadas; b ) Em ruas sem arborização, implantar as redes nas faces norte e oeste, e evitar o lado das grandes arborizações, jardins ou praças públicas. Normalmente, as arborizações de maior porte são feitas nas faces leste e sul, considerando a posição do sol e a queda das folhas nas mudanças de estações, de modo a permitir sombra no verão e aquecimento no inverno; c ) Evitar interferências com alinhamentos de galerias pluviais, esgotos e redes aéreas ou subterrâneas de outras concessionárias; d ) Projetar vãos elétricos de baixa tensão de 30 a 40 m, podendo, quando existir somente rede primária, adotar-se vãos primários de 60 a 80 m, prevendo-se futuras intercalações de postes; e ) Para facilitar a transposição de marquises, sacadas e anúncios luminosos, é recomendado o uso de afastadores para redes secundárias; f ) Em ruas até 20 m de largura, incluídos passeios, projetar os postes sempre num só lado das ruas (unilateral), observando-se a sequência da rede existente; g ) Quando não houver posteação deverá ser escolhido o lado mais favorável, considerando o que tenha maior número de edificações, ou seja, aquele que carretará a execução de um menor número de travessias de ramais de serviço (ver Figura 7-1). 
 Figura 7-1 Posteação Unilateral Em ruas com largura superior a 20 m, até 30 m, a posteação deverá ser bilateral em ziguezague (ver Figura 7-2). 
 Figura 7-2 Posteação Bilateral Alternada As ruas com largura superior a 30 m, poderão ter a posteação bilateral frontal (ver a Figura 7-3). 
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 Figura 7-3 Posteação frontal h ) Além das larguras das ruas, deve-se considerar que os critérios de posteação citados acima dependerão também da existência ou não de canteiros centrais, tipo de iluminação pública adotada, necessidade de mais de um alimentador, etc.; i ) Evitar o uso de postes em esquinas de ruas estreitas ou esquinas que não permitam manter o alinhamento dos postes; j ) As conexões elétricas nos cruzamentos de redes poderão ser no meio do vão (FLYNG-TAP’s), devendo evitar-se o contorno de esquinas com o uso de vários postes. Nesses casos, a distância A e B dos postes à esquina, deverão, preferencialmente, ser iguais e estarem entre 6 e 15 m (ver Figura 7-4). 
 Figura 7-4 Conexão no meio do vão 7.2 DIMENSIONAMENTO MECÂNICO – PARÂMETROS 7.2.1 PARÂMETROS BÁSICOS • Condições Ambientes Para dimensionamento mecânico dos cabos e das estruturas que os sustentam, deverão ser respeitadas as seguintes condições: Vento máximo: 60 km/h a 15ºC. Pressão do vento em superfícies cilíndricas (cabos e postes circulares): 
 Onde: P = daN/m² V = km/h Pressão do vento em superfícies planas (postes duplo-T, etc.): 
 
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Temperatura: 0ºC a 50º C. Vãos calculados: 5 m a 150 m (de 5 em 5 m). Cabo básico: Alumínio 4 AWG. Estado básico 1: Temperatura: 0º C Velocidade do vento: 0 km/h Tração horizontal máxima: 1/7 TR do cabo básico. TR = Tração de ruptura do cabo. Estado básico 2: Temperatura: 15º C Velocidade do vento: 60 km/h Tração horizontal máxima: 1/5 TR do cabo básico. • Condutores A seção mínima dos condutores a serem utilizados nos circuitos primários e secundários, atendidos os requisitos elétricos e mecânicos, deverá ser de 21,14 mm (4 AWG). • Afastamentos mínimos O afastamento entre condutores, entre condutores e o solo e, entre condutores e edifícios, deverão ser dimensionadosde forma a atenderem os valores estabelecidos pela ABNT NBR 15688:2009 Emenda 1:2012 - Redes de distribuição aérea de energia elétrica com condutores nus. • Postes Basicamente, os postes a serem utilizados em redes de distribuição urbanas, serão de concreto do tipo seção circular e duplo-T, com as seguintes características: Comprimentos 
 Tabela 7-1 Comprimentos Carga útil admissível a 20 cm do topo (daN) 
 Tabela 7-2 Carga Útil 
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 Nota: Postes com comprimentos e esforços acima dos especificados acima, serão considerados especiais, ficando sua utilização restrita à situações específicas. * Os postes de 13 metros e os de esforços para 1500 daN apesar de não constarem das ABNT NBR 8451-1:2011- Postes de concreto armado e protendido para redes de distribuição e de transmissão de energia elétrica Parte 1: Requisitos, ABNT NBR 8452:1998 - Postes de concreto armado para redes de distribuição de energia elétrica - Padronização , 8452 e ABNT NBR 6124:1980 - Determinação da elasticidade, carga de ruptura, absorção de água e da espessura do cobrimento em postes e cruzetas de concreto armado, poderão ser utilizados. Estruturas Serão consideradas as estruturas padronizadas pela CEA, através da NBR-5433: Redes Primárias Para redes trifásicas, utilizar cruzetas de madeira de 2.400 mm, tipos Normal (N), Beco (B) e Meio-beco (M). Redes Secundárias Disposição vertical, com isoladores tipo roldana em armações secundárias. 7.3 CÁLCULO MECÂNICO DA REDE Consiste na determinação dos esforços resultantes que serão aplicados nos postes e, na identificação dos meios necessários para absorção destes esforços. O esforço resultante é obtido através da composição dos esforços dos condutores, produzidos pela aplicação das trações de projeto indicados nas tabelas da norma e que atuam no poste em todas as direções, transferidas a 20 cm do topo do poste e que pode ser calculado tanto pelo método geométrico quanto pelo método analítico. Para a instalação de transformadores e demais equipamentos em postes da RDU, deverá ser observada a tabela da norma. Para a instalação de transformadores deverão ser considerados os preceitos contidos na norma, relativos a engastamento dos postes. 1) Método Geométrico As trações dos condutores obtidas através deste método, são representadas por dois vetores em escala, de modo que suas origens coincidam, construindo um paralelogramo conforme indicado a seguir: 
 Figura 7-5 Onde: R = Tração resultante F1 e F2 = Tração dos condutores a = Ângulo formado pelos condutores 
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 2) Método Analítico De posse das trações no poste e do ângulo formado pelos condutores dos circuitos, tem-se: 
 Figura 7-6 Sendo: a = 180º - b b = ângulo formado pelos condutores 7.3.1 UTILIZAÇÃO DOS POSTES a ) Quanto ao comprimento Basicamente os postes podem ser de: • m : rede de BT • 11 m : rede de AT ou (AT + BT) • 12 m : rede de AT com ou sem BT, em cruzamentos e/ou derivações. Excepcionalmente, em alguns arranjos primários, uso mútuo de postes, nós de travessias, etc., poderão ser usados postes especiais de comprimentos maiores. b ) Quanto à resistência mecânica Será em função do esforço resultante a ser absorvido pelo poste e das resistências mecânicas padronizadas: ENGASTAMENTO DE POSTES. 7.3.2 ESCOLHA DO TIPO DE ESTRUTURA A escolha das estruturas será em função da bitola dos condutores, do vão, dos ângulos de deflexão horizontal e do espaçamento elétrico, sendo determinadas pela - METODOLOGIA DE CÁLCULO DE ESTRUTURAS PARA REDES AÉREAS. 7.3.3 ENGASTAMENTO A profundidade, em metros, de instalação ou engastamento será, para qualquer tipo de poste, determinado pela fórmula: 
 Sendo: L = comprimento do poste em metros 
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C = engastamento (mínimo de1,5 metros) Em função da aplicação de processos de cálculo para determinação do engastamento para poste de distribuição, são definidos três tipos básicos de engastamento: simples, com reforço e base concretada - ENGASTAMENTO DE POSTES. Para tipos especiais de solos, deverão ser adotados arranjos ideais e fundações adequadas, como por exemplo, o tipo "cava de areia com sapata concretada". Notas: 1) Um terreno normal absorve esforço sobre o poste de até 150 daN; 2) Com a colocação de escora de subsolo a absorção alcança até 300 daN; 3) Postes com resistência nominal igual ou superior a 600 daN deverão ter baseconcretada quando aplicado em áreas alagadas. 7.3.4 ESTAIAMENTO Serão utilizados estaiamentos para se obter a estabilidade de postes ou estruturas sem equilíbrio, quando o solo for excessivamente fraco ou em consequência de um momento fletor solicitante elevado, provocado por um esforço mecânico externo. Os esforços poderão ser do tipo poste a poste, cruzeta a poste ou de contra poste em finais de rede, ou ainda de redução de trações nos últimos postes. 
� Estai de Cruzeta a Poste Para a pior condição (rede trifásica com cruzeta tipo beco), o quadro a seguir mostra os esforços atuantes. Metodologia de Dimensionamento de Estruturas para Redes Aéreas de Distribuição Urbanas): 
 Tabela 7-3 Condutor AL (CA) Considerando-se os valores acima e levando-se em conta as resistências nominais dos cabos de aço de diâmetros 6,4 mm (1/4") e 9,5 mm (3/8"), que são usualmente empregados em redes aéreas urbanas nuas, deve-se observar o seguinte critério para estai de cruzeta a poste: • Cabo de aço 6,4 mm: até o condutor 4/0 AWG; • Cabo de aço 9,5 mm: para condutor 336,4 MCM. 
� Estai de Poste a Poste O estai de poste a poste deverá absorver todo o esforço que exceder a capacidade do poste, provocado pelos esforços resultantes dos circuitos primários e secundários. O esforço excedente a ser absorvido pelo cabo de aço do estai pode ser transferido para um ou mais postes, sendo recomendável a transferência para, no máximo, dois postes. Apesar da grande variedade de combinações de esforços a que ficam submetidos os postes das redes aéreas de distribuição, os esforços excedentes deverão ficar limitados a 700 daN e 1560 daN, correspondendo respectivamente aos cabos de aço de 6,4 mm e 9,5 mm. 
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� Estai de Poste a Contra poste Normalmente este tipo de estai é empregado em fins-de-linha com a finalidade de absorver os esforços excedentes do último poste. De acordo com estudos realizados por outras concessionárias, obedecidas as condições abaixo, o quadro a seguir nos fornece os esforços máximos admissíveis, que serão absorvidos pelo contra poste. Condições: • Contra postes de 5 m de comprimento; • Taxa de compressibilidade do solo de 2000 daN/m³; • Ângulo de inclinação do contra poste com a vertical de 30º; • Engastamento entre 1,5 m e 2,0 m; • Diâmetro médio do contra poste, no engastamento, de 20 a 30 cm. 
 Tabela 7-4 Contra poste de 5,0 m (Esforços Absorvidos) 
� Redução das Trações Em situações que exijam poste acima de 1500 daN, deverá ser adotada a montagem dos condutores com "Tração Reduzida". Este processo, que é também utilizado para redes em ângulo, consiste em diminuir o vão entre postes, mantendo a flecha dos condutores igual à do vão considerado básico. Em função destas condições, a tensão mecânica reduzida é dada pela expressão: 
 Onde: Vr = vão reduzido em metros Vb = vão básico em metros Tb = tração básica ou normal, relativa ao vão básico, em daN Nota: A tração básica (Tb) deve ser calculada em função da tração do projeto dos condutores primários e secundários existentes na estrutura, aplicados a 20 cm do topo. O vão básico de um determinado trecho é calculado pela seguinte expressão:Onde: 
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 Vm = média aritmética dos vãos, em metrosVmáx = maior vão, em metros No poste anterior ao poste intermediário "C" da Figura B a seguir, as estruturas de fixação dos condutores devem ser de encabeçamento, tanto para o primário quanto 
Estruturas de fixação dos condutores 
Estruturas de fixação dos condutores Este poste deverá ser dimensionado em função das diferenças das tensões mecânicas do vão básico e do vão reduzido, que as estruturas de amarração transmitem ao poste.Se esta tração for muito elevada em relação ao poste que se deseja empregar, o excesso de trapoderá ser transferido ao poste seguinte através de tirante aéreo (o poste"B"somente o esforço do tirante).O esforço de tração reduzida será 
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Vm = média aritmética dos vãos, em metros Vmáx = maior vão, em metros 
No poste anterior ao poste intermediário "C" da Figura B a seguir, as estruturas de fixação dos condutores devem ser de encabeçamento, tanto para o primário quanto para o secundário.
Figura 7-7 Estruturas de fixação dos condutores – Fim de Linha 
Figura 7-8 Estruturas de fixação dos condutores – Tração reduzida
poste deverá ser dimensionado em função das diferenças das tensões mecânicas do vão básico e do vão reduzido, que as estruturas de amarração transmitem ao poste. Se esta tração for muito elevada em relação ao poste que se deseja empregar, o excesso de trapoderá ser transferido ao poste seguinte através de tirante aéreo (o poste"B"somente o esforço do tirante). O esforço de tração reduzida será absorvido pelo poste final das trações reduzidas (poste"A"). 
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No poste anterior ao poste intermediário "C" da Figura B a seguir, as estruturas de fixação dos para o secundário. 
 
 
 
Tração reduzida 
poste deverá ser dimensionado em função das diferenças das tensões mecânicas do vão básico 
Se esta tração for muito elevada em relação ao poste que se deseja empregar, o excesso de tração poderá ser transferido ao poste seguinte através de tirante aéreo (o poste"B" tende a neutralizar 
pelo poste final das trações reduzidas (poste"A"). 
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8 ILUMINAÇÃO PÚBLICA (IP) 8.1 CAMPO DE APLICAÇÃO Compreende a iluminação das vias urbanas, que se caracterizam pela existência de edificações ao longo da via, ou a presença de tráfego motorizado e de pedestres em maior ou menor escala, tomando por referência a NBR - 5101, em revisão na ABNT. Não inclui a iluminação de praças, parques, passeios, monumentos, edifícios, áreas de lazer, etc., que para efeito de projeto de redes são considerados opcionais. 8.2 CLASSIFICAÇÃO DE VIAS E TRÁFEGOS 8.2.1 CLASSIFICAÇÃO DAS VIAS As vias de tráfego de veículos, de acordo com a NBR-5101, são classificadas como: “A” - Vias rurais/estradas (não compreendidas nestes critérios) A1 - Artérias A2 - Coletoras A3 - Locais e de acesso “B” - Vias de Ligação “C” - Urbanas 8.2.2 CLASSIFICAÇÃO DOS TRÁFEGOS A classificação dos tráfegos a ser considerada nos projetos, para veículos e pedestres, deverá obedecer ao estabelecido nas tabelas da norma. 8.3 ILUMINÂNCIA 8.3.1 NÍVEIS DE ILUMINÂNCIA A iluminância deverá estar de acordo com os valores da tabela da norma, para leitos carroçáveis das vias com superfícies escuras (asfalto ou similar), podendo os valores serem divididos por 1,5 quando se tratar de superfícies claras (concreto ou similar). Para as vias com "tráfego muito leve" e com "tráfego muito intenso" serão consideradas as exigências dos tráfegos "leve" e "intenso", respectivamente. 8.3.2 UNIFORMIDADE DA ILUMINÂNCIA 
• Maior ou igual a 1/3, em geral; 
• Maior ou igual a 1/6, excepcionalmente para vias de tráfego leve. 8.4 FONTES DE LUZ 8.4.1 ALTURA DE MONTAGEM DAS FONTES DE LUZ Em geral, deverão ser respeitadas as alturas mínimas indicadas na tabela da norma. 8.4.2 FONTES DE LUZ Recomenda-se fazer os projetos de iluminação pública orientados em planejamentos elaborados com base nas populações das localidades. Como exemplo, para localidades até 200.000 habitantes, poderão ser utilizados os critérios da tabela, elaborada com base em pesquisa de tráfego e que deverá ser revisada quando o desenvolvimento tecnológico o exigir. 
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8.5 POSTEAÇÃO Em geral, deverão ser utilizados os postes da rede de distribuição, conforme os critérios definidos na norma. Desde que sejam obedecidos os valores de iluminamento, definidos na tabela da norma, a adoção dos critérios citados dependerá ainda dos seguintes aspectos: a) Da largura da via; b) Se a via tem ou não canteiro central; c) Do tipo de iluminação adotado; d) Do vão entre os postes; e) Da possibilidade de extensão do ramal de serviço dentro dos limites de altura sobre o piso; f) E do comprimento do ramal de serviço. 8.6 COMANDO Em geral, a iluminação pública, sempre que for instalada em postes das redes de distribuição, será controlada através de relés fotoelétricos individuais. Os sistemas de comando em grupo, do tipo múltiplo, com comando por relé fotoelétrico e chave magnética, só serão utilizados em sistemas específicos de IP. Os seguintes sistemas especiais dependerão de estudos específicos e deverão ser tratados de acordo com as recomendações da NBR - 5101: a) Cruzamentos de nível e em dois níveis; b) Pistas convergentes e divergentes; c) Curvas e elevações. 8.7 CONSIDERAÇÕES FINAIS As obras de instalações e/ou reforma de IP, que impliquem em investimentos, aumento de receita, diminuição da iluminância e/ou cobrança de participação financeira para Construção, somente poderão ser propostas e executadas após a concordância da concessionária em arcar com os custos da nova instalação e/ou pagar a participação financeira para Construção, quando for o caso. 
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9 APRESENTAÇÃO DO PROJETO O projeto definitivo deverá ser composto das seguintes partes: 
• Memorial descritivo; 
• Cálculo de queda de tensão; 
• Planta da rede primária; 
• Desenho do projeto; 
• Desenho de detalhes complementares do projeto; 
• Relação de materiais. 9.1 MEMORIAL DESCRITIVO Deverá conter informações referentes à: a) Objetivo e necessidade da obra; b) Características técnicas; c) Número de consumidores ou áreas beneficiadas; d) Demonstrativo do custo estimado da obra (diretos e indiretos) e do auxílio para construção se houver; e) Resumo descritivo das quantidades dos principais itens de materiais a serem empregados (postes, equipamentos e condutores); f) Informações complementares a serem fornecidas à ANEEL (conforme determina o manual de "normas técnicas e procedimentos jurídicos" da ANEEL). 9.2 CÁLCULO DE QUEDA DE TENSÃO Os cálculos de queda de tensão deverão ser apresentados, em separado, para a rede primária e para a rede secundária, contendo diagrama unifilar e planilhas de cálculo. Nos casos de reformas, poderão ser indicadas as medições de corrente, tensão e demanda, efetuadas nos circuitos existentes e objeto da reforma. 9.3 PLANTA E DESENHO DO PROJETO As plantas e desenhos deverão ser elaborados em formato conveniente, padronizados pela ABNT, e devem ser complementados com as seguintes informações: a) Conter todos os arruamentos e logradouros, túneis, pontes e viadutos, rodovias, ferrovias e acidentes naturais; b) Mostrar a localização de todos os serviços públicos essenciais existentes na área do projeto. Todos os desenhos deverão ser numerados, sendo que o nº correspondente deverá aparecer em destaque, assim como seus elementos descritivos, essenciais à identificação da planta. 9.3.1 PLANTADE REDE PRIMÁRIA Deverá ser apresentada na escala 1:5000, contendo: a) Indicação do tipo e bitola dos condutores; b) Localização da subestação, de todos os transformadores de distribuição, dos equipamentos de manobra, proteção e regulação tais como chave-fusível, chave à óleo ou a gás SF6, chave-faca, religador, seccionalizador, capacitor e regulador de tensão, bem como de todos os consumidores de AT com as respectivas características técnicas; c) Localização das derivações aéreas e subterrâneas e dos alimentadores rurais. 9.3.2 DESENHO DO PROJETO Deverá ser apresentado em escala 1:1000 contendo: 
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a) A localização e a numeração de toda a posteação, com a indicação do tipo, altura e carga nominal; b) Indicação das estruturas primárias e secundárias, estaiamentos, aterramentos e seccionamentos; c) Indicação do tipo, bitolas e número de condutores primários, secundários e de IP; d) Tipo e capacidade de todos os transformadores; e) Chaves fusíveis - suas capacidades de ruptura e especificação do elo fusível; f) Religadores, seccionalizadores, chaves de manobra, com suas características técnicas; g) Potência e tipo de lâmpadas de iluminação pública e de relé de comando; h) Reguladores de tensão; i) Para-raios; j) Capacitores. 9.4 DESENHO DE DETALHES COMPLEMENTARES DO PROJETO Deverão ser desenhados à parte, as travessias, os cruzamentos, a ocupação de faixa de domínio e as zonas de aproximação de aeroportos, de acordo com as normas existentes. Outros detalhes que se fizerem necessários, por imposição de circunstâncias especiais, quando o simples desenvolvimento planimétrico não for suficiente para definir com precisão a montagem das estruturas ou a disposição e fixação dos condutores, estaiamentos, etc. 9.5 RELAÇÃO DE MATERIAIS Deve fazer parte do projeto, uma relação com a descrição de todos os materiais e quantidades a serem empregadas, inclusive com os códigos e referências aos padrões da Empresa. 9.6 EXPANSÃO São projetos para atendimento a novos consumidores urbanos em obras de: 
• Extensão de redes: envolve o prolongamento da rede existente; 
• Modificação: não envolve extensão, mas exige mudança de rede. 9.7 REFORMA São considerados projetos de reforma os que envolvem obras relacionadas a: 
• Aspectos de segurança (ex: afastamento de redes); 
• Melhoria dos indicadores de desempenho de continuidade do serviço de distribuição de energia elétrica; 
• Flexibilidade operativa (ex: interligação de alimentadores e by-pass de localidades); 
• Redução de interrupções (ex: substituição de rede nua para rede compacta em local com algum tipo de interferência na rede como, por exemplo, arborização); 
• Substituição de condutores (ex: substituição de cabo/fio de cobre); 
• Recuperação física da rede (ex: substituição de cabo recozido) 9.8 REFORÇO São considerados de reforço os projetos ligados a obras de: 
• Alterações vinculadas à alta tensão ou subestações (ex: aumento do número dealimentadores); 
• Regularização de níveis de tensão ou do carregamento (ex: aumento de seção dos condutores, etc.); 
• Regularização do desequilíbrio (ex: conversão de rede monofásica em trifásica); 
• Troca de transformador de distribuição em sobrecarga, por outro de maior capacidade; 
• Atendimento a mercado, em casos de instalação ou aumento de carga solicitada pelos clientes e que, por consequência, provoquem o aumento de seção de condutores ou conversão de monofásico para trifásico na média tensão existente. 
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10 TIPOS DE REDE E CRITÉRIOS DE APLICAÇÃO 10.1 TIPOS DE REDES São os seguintes os tipos de redes: 10.1.1 REDES PRIMÁRIAS a) Redes de Distribuição Compacta Esta modalidade de rede utiliza um cabo mensageiro de aço 9,5mm para sustentação do(s) cabo(s) fase(s) coberto(s) por meio de espaçadores poliméricos, instalados em intervalos regulares determinados nas normas de instalação básica. Os padrões de instalação básica referente a esse tipo de rede estão estabelecidos nas ND - 2.9 e ND - 2.10. b) Redes de Distribuição Isoladas de Média Tensão Esta modalidade de rede utiliza três condutores isolados, blindados, e espinados em torno de um cabo mensageiro de aço 9,5mm de sustentação. c) Redes de Distribuição Aéreas Convencionais Caracterizam-se por utilizar cabos de alumínio nus sobre cruzetas de madeira, fibra, plástico, metálicos e isoladores de porcelana ou vidro. Esta modalidade de rede não deve ser construída em área urbana, permitindo o uso de cabos nus apenas para reparo. 10.1.2 REDES SECUNDÁRIAS a) Redes Convencionais de Baixa Tensão Rede secundária com cabos de alumínio nus em disposição vertical, equipamentos, iluminação pública (IP), ramal de ligação e medição. b) Redes Isoladas de Baixa Tensão Rede secundária com cabos isolados multiplexados, equipamentos, iluminação pública (IP), ramal de ligação e medição. 10.2 CRITÉRIOS DE APLICAÇÃO 10.2.1 REDES PRIMÁRIAS a) Projetos de Expansão O padrão mínimo de atendimento urbano, estabelecido pela Distribuição, é o de redes de distribuição compacta, trifásicas ou monofásicas. Está prevista também a utilização da rede de distribuição isolada. Sua aplicação é obrigatória em trechos densamente arborizados, com galhos em contato permanente com os condutores, ou em alimentadores onde o nível de confiabilidade exigido seja elevado. Além dos casos anteriores, as redes isoladas podem ser aplicadas nas seguintes situações: 
• Saída de SE’s; 
• Locais com redes próximas a edificações; 
• Áreas de preservação ambiental; 
• Áreas altamente poluídas, onde possa haver o comprometimento dos outros tipos de cabos e acessórios; 
• Estruturas congestionadas; 
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• Projetos de travessia (pontes, viadutos, etc). b) Projeto de reforma e reforço: Preferencialmente projetar com rede compacta. Em locais com arborização intensa, com exigência de confiabilidade elevada, problemas com afastamentos de redes e congestionamentos de estruturas, o projetista deve analisar a alternativa de utilizar rede isolada no trecho em questão. 10.2.2 REDES SECUNDÁRIAS a) Projetos de extensão, de reforma e reforço O padrão mínimo de atendimento urbano, estabelecido pela Distribuição, é o de redes isoladas de baixa tensão. Em conversão de rede primária monofásica para trifásica ou reforma da rede secundária, se a rede secundária existente for construída com cabos nus, a substituição por rede isolada é obrigatória. b) Projetos de Modificação No caso de modificação, depois de esgotadas as soluções de engenharia tais como, remanejamento de cargas, mudança de transformadores, etc, que permitiriam manter a rede convencional, ou em casos considerados especiais, a rede secundária deve ser alterada para o padrão de rede isolada de baixa tensão. 
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11 LOCAÇÃO DE POSTES O projetista deve estar atento ao melhor traçado da rede, sob o aspecto técnico-econômico, de modo que seja possível o atendimento a novas cargas com o mínimo de alteração. A locação dos postes ao longo das ruas e avenidas deve ser iniciada pelos pontos forçados (p.ex: futuras derivações, esquinas, etc.). A locação deve ser escolhida levando-se em conta os seguintes aspectos: a) Evitar desmate de árvores e demais formas de vegetação, em áreas de preservação permanente; b) Procurar locar, sempre que possível, na divisa dos lotes e manter os vãos da quadra equidistantes. Na impossibilidade de atender as duas premissas, deve-se priorizar a instalação com vãos equidistantes; c) Quando o eixo da rua estiver no sentido Norte-Sul, locar a rede no lado Oeste. 
 Figura 11-1 Posicionamentoda Rede em Áreas Novas d) Quando o eixo da rua estive no sentido Leste-Oeste, locar a rede no lado Norte. Ver Figura 11-1; e) Procurar locar prevendo futuras extensões da rede, para evitar remoções desnecessárias, mantendo os postes em rua do mesmo lado; f) Evitar locação de postes em frente a portas, janelas, sacadas, marquises, anúncios luminosos, etc. Não locar em frente a garagens; g) Evitar locação de postes próximos a árvores de grande porte; h) Evitar que a posteação passe do mesmo lado de praças, jardins, escolas, igrejas e templos, que ocupem grande parte da quadra; i) Verificar a existência de arrancamento ou compressão em função do perfil da via para definição do tipo de estrutura; j) Evitar possíveis interferências com tubulações subterrâneas de água, esgoto, gás, rede de telecomunicações, galerias de águas pluviais, etc.; k) Quando não for possível a instalação de um único poste na esquina, utilizar “rodo” ou “cruzamento aéreo”. Cruzamentos Aéreos: Existindo desnível acentuado no terreno em cruzamento de ruas/avenidas, os postes devem ser locados, preferencialmente, nas esquinas. Não sendo possível, a distância máxima entre o eixo do poste e o ponto de cruzamento da rede não deve ser superior a 15m. Deve ser avaliado, pelo projetista, o nivelamento do ponto de conexão. O ponto de cruzamento deve estar equidistante em relação aos postes. 
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Cruzamento de redes aéreas convencionais de média tensão: Os postes de um mesmo alinhamento devem ter a mesma altura. No entanto, a distância entre as redes no ponto de cruzamento deve estar entre 0,90m e 1,20m, para 15kV, 24,2kV ou 36,2kV. Postes de alinhamentos diferentes devem ter alturas diferentes. Quando os condutores do circuito superior do cruzamento forem 336,4 MCM ou 4/0 AWG, os condutores do circuito inferior do cruzamento devem ter seção mínima de 1/0 AWG até o ponto do equipamento de proteção (chave fusível, religador, etc.) ou final de circuito. Os jamperes devem ser da mesma seção do maior condutor. 
 Figura 11-2 Cruzamento Aéreo – Rede Convencional Cruzamento de redes de distribuição compacta: Os postes do cruzamento devem ter a mesma altura. Excepcionalmente, as alturas dos postes de um mesmo alinhamento podem ser diferentes, desde que seja assegurado o nivelamento no ponto de conexão. Exemplos: H1 e H4 = 11m e H2 e H3 =12m. Devem ser utilizadas, obrigatoriamente, estruturas travadas, por exemplo, CE1, CE2, CE3, CE4 e separadores verticais no ponto de cruzamento. Não podem ser utilizadas estruturas com configuração dos cabos na horizontal para evitar torção no ponto de conexão. Ex: CEJ2, CEM4, etc. 
 Figura 11-3 Cruzamento Aéreo – Rede Compacta Cruzamento de redes isoladas de média tensão: Não pode ser utilizado cruzamento com conexão. Cruzamento de redes de média tensão de modalidades diferentes: Não pode ser utilizado cruzamento com conexão. Caso seja necessário fazer a conexão, converter o trecho do cruzamento de rede nua para rede compacta. Cruzamento de redes de baixa tensão: Pode ser executado cruzamento entre redes de modalidade diferentes. 
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11.1 DISPOSIÇÃO A posteação pode ser unilateral, bilateral alternada ou bilateral frente a frente. A disposição escolhida deve permitir atender os consumidores dentro das exigências previstas e os requisitos de iluminação pública estabelecidos. 11.2 VÃO 
• O vão médio deve ser de 40 m para redes de média e baixa tensão; 
• Para redes convencionais, compactas e isoladas, o vão máximo pode ser de até 45 m desde que a montagem da rede de BT seja feita numa altura adequada em relação ao solo. Deve ser respeitada ainda, a distância recomendada entre a BT e MT de forma a se obter a distância mínima cabo-solo especificada nas normas de instalações básicas; 
• Em áreas periféricas e com baixa densidade habitacional ou em áreas com predominância de chácaras, o projetista pode adotar vãos entre 45 a 60 m, em situações específicas de projeto, desde que a condição do perfil seja favorável. A distância recomendada entre as redes de BT e MT e a distância mínima cabo-solo especificada nas normas de instalações básicas devem ser respeitadas. Se for necessário utilizar postes com comprimento maior, elevando altura de montagem da baixa tensão e iluminação pública; 
• Em situações especiais (travessias de avenida, rodovia, ribeirão, etc ), os vãos podem ter até 80 m desde que respeitada a distância mínima cabo-solo especificada nas normas de instalações básicas; 
• Para projetos específicos de iluminação, deve ser consultada a ND-3.4. 11.3 OUTROS CUIDADOS A SEREM OBSERVADOS DURANTE A LOCAÇÃO Durante a locação devem ser anotados, na planta, detalhes necessários ao projeto tais como: 
• Estrutura a ser usada; 
• Afastamento da rede; 
• Desnível para conexões aéreas; 
• Tipo de engastamento do poste; 
• Saídas de ramais aéreos e subterrâneos com seus respectivos faseamentos; 
• Derivações para consumidores a serem ligados no primário; 
• Instalações de equipamentos em postes perto de janelas, sacadas, etc; 
• Levantamento de travessias; 
• Altura de linhas de telecomunicação nos cruzamentos com a rede; 
• Localização do padrão; 
• Estado físico do arruamento; 
• Toponímia; 
• Pedidos de serviço/ligação; 
• Interferência com a arborização; 
• Interferência com garagens; 
• Interferência com tubulações subterrâneas de água, esgoto, gás, rede de telecomunicações, galerias de águas pluviais, etc. 11.4 MARCAÇÃO A marcação física da posição dos postes segue os critérios básicos abaixo indicados: a) Havendo passeio ou meio-fio, os postes são locados por meio de um triângulo vermelho pintado no passeio ou meio-fio. Neste caso, o alinhamento é dado pelo próprio meio-fio; b) Não havendo passeio ou meio-fio, os postes são locados por meio de piquetes de madeira, pintados de vermelho na sua extremidade superior e ainda, se possível, deve ser pintada alguma testemunha (muro, moirão, cerca, árvore, etc); c) Neste segundo caso, há necessidade de definição do alinhamento do meio-fio por parte do solicitante (Incorporadora, Prefeitura, Consumidor, etc). 
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 Figura 11-4 Tipos Básicos de Circuitos Secundários d) Faseamento - Os condutores isolados são identificados conforme ND-2.7. e) Os cabos nus devem ser identificados, de cima para baixo, com a sequência: Neutro, A, B e C. 
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12 CONDUTORES 12.1 TIPO E SEÇÃO Os condutores a serem utilizados nos projetos de rede secundária são do tipo isolados multiplexados. As seções padronizadas são: 
• 2 x 1 x 35 + 70 mm2; 
• 2 x 1x 70 + 70 mm2; 
• 3 x 1 x 70 + 70 mm2; 
• 3 x 1 x 120 + 70 mm2. As características básicas desses cabos estão indicadas na Tabela 1. A Tabela 2 apresenta as características básicas de condutores nus de alumínio simples e de cobre e cabos não mais utilizados na expansão da rede. O cabo 2x1x35+70mm2 deve ser utilizado somente em circuitos exclusivos de iluminação pública, alimentação do controle dos religadores de rede e bancos de capacitores automáticos, ficando proibida a ligação de qualquer unidade consumidora nesses circuitos. O cabo 3x1x35+70mm2 não é mais utilizado como cabo de rede secundária, ficando seu uso somente como ramal de ligação. 12.2 DIMENSIONAMENTO 12.2.1 CRITÉRIOS GERAIS 
• As redes secundárias devem ser projetadas, em princípio, de modo a não serem necessárias trocas de condutores, mas somente redivisão de circuitos para atendimento ao crescimento esperado da carga. Não é admissível o uso de circuitos múltiplos em redes de baixa tensão; 
• Os troncos mínimos a seremutilizados são os indicados na Tabela 3; 
• A distância máxima entre o transformador de distribuição e o último poste atendido por ele deve ser de 160 m em circuitos trifásicos; 
• Em locais com circuitos de MT trifásicos, a expansão da rede secundária deve ser trifásica; 
• Em circuitos monofásicos, a distância máxima entre o transformador de distribuição e o último poste atendido por ele deve ser de 120 m; 
• Loteamentos, novos empreendimentos imobiliários com características residenciais e extensão de circuitos secundários trifásicos a bitola mínima do cabo é 3x1x70+70mm2; 
• Rede secundária de transformadores monofásicos a bitola do cabo projetado deve ser 2x1x70+70mm2; 
• Em reforma da rede secundária, se a rede secundária existente for construída com cabos nus, a substituição por rede isolada é obrigatória; 
• Em projetos de conversão ou modificação da rede de Média Tensão Convencional para Compacta ou Isolada, a condição mínima de projeto é a substituição da rede de Baixa Tensão nos vão sob onde houver a conversão ou modificação da rede de MT; 
• Modificação, reforma ou reforço de circuitos secundários, os cabos isolados de 2x1x35+70 e 3x1x35+70 mm2 já instalados podem ser mantidos na rede secundária desde que os critérios de queda de tensão estejam plenamente atendidos. Carregamento - Além dos critérios acima indicados, devem ser adicionalmente observados os seguintes pontos básicos: 
• Máxima queda de tensão admissível, em condições normais e de emergência; 
• Ampacidade dos condutores, em regime nominal, deve ser considerada a 40ºC de temperatura ambiente; 
• Ampacidade nominal dos cabos nus é especificada a 70ºC e a dos condutores isolados a 90ºC. 
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13 TRANSFORMADORES 13.1 DIMENSIONAMENTO E LOCALIZAÇÃO 
• Em locais com circuitos de MT trifásicos, o transformador deve ser obrigatoriamente trifásico; 
• Em loteamentos e empreendimentos com características residenciais, devem ser utilizados transformadores de 45 kVA e 75 kVA; 
• Em projetos com transformadores monofásicos, a potência nominal dos transformadores utilizados deve ser 15kVA ou 37,5 kVA. Observar o critério para extensão de rede primária monofásica neste capítulo; 
• Em projetos com instalação de novos transformadores, não poderão ser utilizados transformador monofásico de 25kVA e transformadores trifásicos de 112,5kVA e 225kVA; 
• Transformadores de 150kVA e 300kVA devem ser utilizados para alimentação exclusiva ou para o atendimento de grandes blocos de carga tais como edifícios residenciais e/ou comerciais; 
• Os transformadores devem ser instalados o mais próximo possível do centro de carga do respectivo circuito secundário e também próximo às cargas concentradas, principalmente àquelas causadoras de flicker na rede (raio X, forno a arco, máquina de solda, motor de grande capacidade, etc.); 
• Em função da possibilidade de ocorrência de flutuações de tensão deve ser dada especial atenção ao atendimento das seguintes cargas: 
o Motor monofásico com potência superior a 2CV, alimentado em tensão fase-neutro; 
o Máquina de solda a transformador com potência superior a 2kVA, alimentada em tensão fase-neutro; 
o Motor monofásico com potência superior a 5CV, alimentado em tensão fase-fase; 
o Motor de indução trifásico com potência superior a 30CV; 
o Máquina de solda tipo motor-gerador com potência superior a 30CV; 
o Máquina de solda a transformador, 220V – 2 ou 3 fases, ligação V-V invertida com potência superior a 15kVA; 
o Máquina de solda a transformador 220V – 3 fases, com retificação com potência superior a 30kVA. 
• Em circuitos de BT existentes, o carregamento máximo admitido para os transformadores MT/BT para a liberação de carga deve ser 120% da capacidade nominal para os transformadores convencionais e 90% da capacidade nominal para os transformadores autoprotegidos. O carregamento máximo deve ser verificado no horário de ponta de carga do transformador; 
• Em circuitos novos de BT, planejados ou projetados para permitir a ligação de novas cargas, reequilibrar circuitos, regularizar níveis de tensão e carregamento, etc., o carregamento máximo inicial admitido para os transformadores MT/BT deve estar entre 80 e 100% da capacidade nominal do equipamento para os transformadores convencionais e entre 70 e 80% da capacidade nominal para os transformadores autoprotegidos. O carregamento máximo deve ser verificado no horário de ponta de carga do transformador; 
• Em conversão de rede primária monofásica para trifásica, os transformadores monofásicos e suas respectivas redes secundárias podem ser mantidos; 
• Avaliar a substituição dos transformadores monofásicos para trifásicos. No entanto, mantendo-se os transformadores monofásicos, suas ligações devem ser modificadas de forma a equilibrá-los entre as três fases. 13.2 EQUILÍBRIO DE CARGA – MÁXIMO DESEQUILÍBRIO PERMISSÍVEL O desequilíbrio de corrente nas fases de um circuito secundário pode causar queda de tensão elevada na fase mais carregada, provocando o desequilíbrio de tensão e o surgimento de corrente no neutro. Além disso, pode provocar sobrecargas às fases mais carregadas do transformador. O equilíbrio deve ser alcançado ao longo de todo o comprimento do circuito e, principalmente, no horário de carga máxima, quando ocorrem as maiores quedas de tensão. 
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Para transformadores monofásicos e trifásicos, deve-se adotar o limite de 20% para o máximo desequilíbrio, calculado pelas fórmulas abaixo: 
• Trifásicos: 
 
• Monofásicos 
 13.3 PROTEÇÃO CONTRA SOBRETENSÕES Devem ser instalados para-raios de baixa tensão, com tensão nominal de 280V e corrente de descarga nominal de 10kA, equipados com desligador automático para desconectar eletricamente e sinalizar para-raios defeituosos. Devem ser instalados nos seguintes casos: a) Proteção de transformadores Os para-raios de rede secundária devem ser instalados em todo transformador. Devem ser instalados entre fase e neutro, de forma que devem ser projetados dois para-raios para os transformadores monofásicos e três para os trifásicos. b) Proteção de consumidor reclamante No caso de reclamações relacionadas à sobretensões devido a surtos atmosféricos, desde que, comprovadamente, seja constatada a existência do problema decorrente de sobretensão, devem ser instalados para-raios de rede secundária também na estrutura da qual deriva o ramal de ligação que atender ao consumidor reclamante, além dos já instalados no transformador. Nota: Nesse caso, não é necessária a instalação de aterramento nessa estrutura. Esses para-raios devem obedecer aos padrões estabelecidos nas normas de instalações básicas. 
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14 REDE PRIMÁRIA 14.1 DEFINIÇÃO BÁSICA A rede primária será trifásica a 4 fios ou monofásica a 2 fios, sendo o neutro multiaterrado e conectado à malha de terra da subestação de distribuição. A saídas de subestações serão sempre trifásicas. 14.2 NÍVEIS DE TENSÃO a) Geral As tensões nominais padronizadas da rede primária são de 13.800/7.967V, 22.000/12.700V e 34.500/19.920V. As faixas de tensão adequadas no ponto de entrega devem atender ao módulo 8 –Qualidade de Energia do PRODIST. b) Medidas para correção dos níveis de tensão primária Nos projetos de rede, devem ser cuidadosamente analisados os critérios utilizados para correção ou regulação da tensão, dentro dos critérios estipulados na ND-1.1 e ED-1.2. As ações mais utilizadas para correção ou regulação de tensão são a instalação de equipamentos reguladores de tensão e de banco de capacitores. A instalação do dispositivo de regulação de tensão deve estar de acordo com as normas de instalações básicas e ser colocado em localde fácil acesso, na divisa da área urbana com área rural. Evitar locais próximos a residências. A instalação de banco de capacitores deve estar com acordo com o item de compensação reativa dessa norma. c) Configuração básica, trajeto e faseamento Configuração Básica O alimentador deve ser radial, constituído de um tronco principal que, partindo da subestação de distribuição, alimenta diversos ramais. Os sistemas radiais podem ser: 
• Simples: utilizado em áreas de baixa densidade de carga, nas quais o circuito toma direções distintas face às próprias características de distribuição da carga, dificultando o estabelecimento de pontos de interligação. 
 Figura 14-1 Configuração Radial Simples 
• Com recursos: utilizado em áreas de maiores densidades de carga ou que demandem maior grau de confiabilidade devido às suas particularidades (hospitais, centros de computação, etc.). 
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 Figura 14-2 Configuração Radial com Recurso Esse sistema caracteriza-se pelos seguintes aspectos: 
• Existência de interligação, normalmente aberta, entre alimentadores da mesma SE ou de SE´s diferentes; 
• Previsão, no projeto, da capacidade dos condutores e equipamentos de absorverem carga de outro circuito na eventualidade de defeito; 
• Limitação do número de consumidores interrompidos, por defeito e diminuição do tempo de interrupção em relação ao sistema radial simples; 
• Maior quantidade de chaves tripolares para operação em carga; Notas: 1) Cuidados especiais devem ser tomados com relação aos pontos de instalação de reguladores de tensão e religadores, em função da inversão do fluxo de carga, quando da interligação de circuitos; 2) Cuidados especiais devem ser tomados de forma a evitar inversão de fases nas estruturas de interligação; 3) Deve ser prevista sinalização nas estruturas com inversão de fase no cadastro e no campo, identificando no próprio condutor as fases de ambos os lados da estrutura. Trajeto Para a escolha do trajeto de um alimentador, devem ser observados os seguintes aspectos: 1) Definir o trajeto futuro da rede primária de forma a permitir a utilização de postes mais baixos, onde não há previsão da expansão da rede primária; 2) O tronco do alimentador deve passar o mais próximo possível do centro de carga; 3) As avenidas ou ruas escolhidas para o seu trajeto devem estar bem definidas; 4) Os trajetos dos ramais devem ser planejados de forma a evitar voltas desnecessárias nos quarteirões; 5) Deve ser verificada a vulnerabilidade de alimentadores em ruas de tráfego intenso, principalmente, no caso de redes com circuitos múltiplos; 6) Deve-se evitar que mais de um alimentador seja instalado em um mesmo poste. 7) Podem ser empregados circuitos duplos em rede nua. Circuitos duplos, triplos e quádruplos em redes compactas e isoladas primárias. Para esses casos, devem ser evitados ângulos acentuados devido à limitação mecânica dos postes; 8) Possibilidade de interligações entre alimentadores diferentes, para as contingências operativas do sistema. Faseamento O tronco do alimentador deve ser sempre trifásico. Deve ser identificada a sequência de fases, no projeto, em todas as derivações: 1) A sequência de fases na saída da subestação, considerando-se o observador de costas para o pórtico de saída, deve ser da direita para a esquerda: - Placa vermelha – fase A - Placa azul – fase B 
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- Placa branca – fase C 2) O reconhecimento do faseamento, nas saídas dos alimentadores existentes, deve ser feito observando-se as placas indicativas instaladas no pórtico da subestação; 3) Devem ser colocados identificadores de fase em todas as derivações das redes primárias convencional e compacta. Para redes compactas, para que a sequência de fases seja mantida nos espaçadores e separadores ao longo da rede, devem ser seguidos os critérios das ND´s 2.9 e 2.10. Os ramais podem ser monofásicos, mas devem ser analisados os impactos da carga desses ramais na coordenação da proteção (Ex.: desligamento do tronco por desequilíbrio em caso de atuação da proteção de ramal). Os ramais monofásicos devem ser projetados de forma a se conseguir o melhor equilíbrio possível entre as três fases, indicando-se no projeto a fase que se deve derivar. Em caso de interligação entre alimentadores, além de ser observada a sequência de fases que deve ser sempre indicada nos projetos, devem ser também verificados os defasamentos angulares introduzidos em cada circuito pelos seus respectivos transformadores. d) Condutores Tipo e Seção Os condutores a serem utilizados nos projetos de rede primária são do tipo CA cobertos e isolados. As seções padronizadas são: 
• Redes compactas - 50 mm2, para rede de 15kV e 24,2kV; - 70 mm2, para rede de 36,2kV; - 150 mm2, para rede de 15kV ,24,2kV e 36,2kV. Nota: Projetos de redes compactas de 15 kV com cabo de 185 mm2 são considerados projetos especiais e devem ser elaborados por consulta à gerência responsável pela engenharia da expansão da Distribuição. Redes isoladas 
• 3 x 1 x 50 mm2 + 9,5 mm, para rede 15kV; 
• 3 x 1 x 120 mm2 + 9,5 mm, para rede 15kV; 
• 3 x 1 x 185 mm2 + 9,5 mm, para rede 15kV. 14.3 CÁLCULO DE QUEDA DE TENSÃO Alguns pontos devem ser observados no procedimento de queda de tensão: a ) A queda de tensão máxima permissível a ser considerada nos circuitos de BT está limitada a 5% nos municípios que não possuem subestações de AT/MT e 7% para aqueles que já possuem tais instalações. Esses valores consideram a queda de tensão interna no transformador e queda de tensão no cabo da rede secundária; b ) A queda de tensão interna no transformador deve ser incluída na queda de tensão da rede secundária; c ) Quando a ferramenta de cálculo de queda de tensão não considerar a queda detensão do transformador, deve-se utilizar a queda de tensão no transformador igual a 2% ou 2,5V em cada fase (base 127V); d ) O cálculo de queda de tensão deve ser realizado no horário de ponta do transformador de distribuição; e ) A demanda a ser utilizada no cálculo deve ser determinada considerando os critérios do capítulo 9 dessa norma. 
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15 ILUMINAÇÃO PÚBLICA Os critérios de iluminação pública e de projetos especiais estão estabelecidos na ND-3.4. 16 15 - USO MÚTUO Não devem ser previstas instalações de transformadores, chaves em geral e aterramento em postes nos quais existam equipamentos telefônicos (armários de distribuição, subidas laterais, etc.). 17 ATERRAMENTO Os aterramentos das redes aéreas de distribuição devem obedecer aos seguintes critérios: O condutor neutro deve ser aterrado a cada 200 metros aproximadamente de rede com o aterramento normal, conforme definido nas normas de instalações básicas. O condutor neutro deve ser conectado à malha de terra das subestações e não deve ser interrompido. O aterramento da blindagem metálica da rede isolada deve ser executado com, no mínimo, 3 hastes. Nos casos de rede compacta e rede isolada de média tensão, o mensageiro e o neutro devem ser interligados nos pontos onde houver aterramento. Em rede compacta deve ser prevista a instalação de alça estribo com conectores tipo cunha para aterramento temporário: A cada 160 m de rede aproximadamente. Em ambos os lados dos equipamentos de manobra e proteção contra sobrecorrente. Para os casos de aterramento temporário em estruturas CE3 e CE2 com para-raios, devem ser aproveitados os estribos de ligação destes, dispensando a instalação de pontos de aterramento temporário. Os para-raios de média tensão devem ser aterrados com, no mínimo, 3 hastes e conectados ao neutro, mensageiro e às carcaças de equipamentos conforme as instalações básicas. Deve ser previsto a utilização de massa de calafetarpara vedar o buraco nos postes de concreto circular, utilizado para entrada do cabo terra com a finalidade de impedir a entrada de abelhas e outros insetos. A vedação deve ocorrer em locais onde houver a instalação de equipamentos de rede. No final dos circuitos de baixa tensão, desde que não existam padrões de clientes ligados ou a serem ligados. Se o circuito de baixa tensão for exclusivo de iluminação pública, o último poste deve receber um aterramento com uma haste. 17.1 DIMENSIONAMENTO MECÂNICO 17.1.1 POSTEAÇÃO 17.1.2 TIPO A Cemig tem padronizado postes de concreto seção circular, duplo T, madeira. Devem ser utilizados preferencialmente poste de concreto seção circular, observando também a determinações a seguir: 
• Em expansões de rede (novos loteamentos e condomínios), a área responsável pelo projeto deve ser previamente consultada para definir o tipo de poste a ser utilizado; 
• Em casos de trocas de postes, projetar preferencialmente o mesmo tipo dos postes já instalados no local; 
• Em locais de difícil acesso ou com alto índice de abalroamento, podem ser instalados postes em compósito (fibra de vidro) ou madeira. 17.1.3 COMPRIMENTO Em projetos de expansão, o poste mínimo a ser projetado deve ser de 11 metros. Devendo ser observado a seguinte condição: Rede secundária 
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 Em postes sem previsão de instalação de média tensão (Ex: final de circuito, becos), o circuito de baixa tensão deverá ser montado no poste a 1,20m do topo do poste e o braço de Iluminação Pública a 1,0 m abaixo da rede secundária. Postes maiores devem ser utilizados nas seguintes situações: 
• Travessias; 
• Circuitos múltiplos primários; 
• Projetos específicos de IP, quando forem projetados postes de 12 ou 13 m, para melhoria da eficiência da iluminação pública, o projetista deverá indicar no projeto a altura de montagem da baixa tensão e iluminação pública; 
• Dois níveis de estrutura primária com chaves; 
• Religadores, banco de capacitores e reguladores de tensão. Na aplicação dos critérios acima, devem ser observados os padrões estabelecido nas normas de instalações básicas. Obs: Os postes de 9 e 10 metros estão despadronizados na Cemig. Os postes de carga nominal igual a 150 daN, se retirados/removidos, não devem ser reaproveitados. Os postes de 10-300 daN e 10-600 daN podem ser reaproveitados se estiverem em bom estado de conservação. 17.1.4 DETERMINAÇÃO DOS ESFORÇOS, ESTAIAMENTO, RESISTÊNCIA E ENGASTAMENTO Determinação dos esforços de condutores e outros cabos de uso mútuo A determinação dos esforços nos postes será feita considerando-se as cargas devido às redes primárias, secundárias, ramais de ligação e outros cabos de uso mútuo. A tração de projeto de cada condutor da rede primária, rede secundária, cabos e fios aluminizados é dada pelas Tabelas 16A a 16I. Os valores de trações de projeto para uso mútuo devem ser fornecidos pelo ocupante ou ocupantes da faixa. Os esforços exercidos por todos os condutores e cabos de uso mútuo devem ser referenciados a 0,20m do topo do poste, conforme Tabela 17. O esforço resultante deve ser calculado nas seguintes situações: 1. Ângulos; 2. Fins de rede; 3. Mudança da seção dos condutores; 4. Estruturas em situações de arrancamento e compressão; 5. Mudança de quantidade de condutores; 6. Esforços resultantes dos cabos de uso mútuo, etc. Estaiamento e Resistência Calculado o esforço resultante no poste, devido a tração dos condutores e cabos do uso mútuo aplicados a 0,20m do topo (T), definem-se o tipo de estaiamento necessário e a resistência nominal do poste, procurando-se otimizar o custo do conjunto postes/estais. Outras observações devem ser feitas relacionadas com a escolha da resistência do poste, estaiamento e outros aspectos mecânicos: 1. Cuidados especiais devem ser observados com relação aos postes de concreto DT, devido a sua assimetria na distribuição de esforços. O lado de menor resistência suporta apenas 50% de sua carga nominal. 2. Postes de concreto DT não devem ser instalados em esquinas ou em locais com ângulos formados pela rede de 90º. Esta recomendação visa facilitar a instalação dos braços de iluminação pública e evitar que a resultante dos esforços mecânicos tenha sentido diferente do eixo das faces do poste. 
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3. Quando o poste de concreto DT for de resistência igual a 150 daN, o lado de menor resistência (parte cavada) deve estar obrigatoriamente voltado para o eixo da rede, conforme figura17-1. 
 Figura 17-1 Disposição de Postes DT-150 4. Em postes de concreto duplo T, os transformadores devem ser instalados no lado de maior resistência do poste, observando-se também os padrões definidos nas normas de instalações básicas. 5. O poste duplo T deve ser instalado com o lado de maior resistência voltado para a direção da bissetriz do ângulo formado pelos condutores. No caso de haver também derivação na estrutura de deflexão, o alinhamento do poste deve ser definido pelo melhor dimensionamento mecânico. 6. Quando o valor da resultante no topo ultrapassar a 1.000 daN (utilizando o cabo 336,4 MCM) e não for possível a transferência por estais, a tração deve ser adequadamente reduzida. 7. Para transições e fim de rede com cabo 170 mm2 (336,4MCM), aplicar tração reduzida (70%) na RDA. 8. Não se aplica tração reduzida em redes compactas e isoladas, inclusive de baixa tensão. 9. Para a estrutura de transição entre rede convencional e compacta, utilizar o critério definido nas ND´s-2.9 e 2.10. 10. As estruturas de encabeçamento tipo M2, M3, B2 e B3 devem receber estai de cruzeta a poste. Neste caso, o estai deve ser instalado em oposição à fase central e de modo a absorver totalmente o esforço dos três condutores fase. Para as estruturas M3-2, B3-2 e M4, projetar o estai somente se houver diferença de bitola. Quando a diferença de tração na cruzeta for inferior a 75 daN, não é necessário o uso do estai cruzeta-poste. 11. Quando da utilização de estruturas do primário, em ângulo de 90°, ou que requeira dois níveis de cruzeta, o estaiamento deve ser feito de cruzeta a cruzeta, desde que a configuração do primário o permita. 12. Não é permitida a instalação de equipamentos (transformador, religador, seccionalizador, regulador, capacitor) em estruturas de ângulo ou em postes de esquinas. No caso de ângulo de deflexão menor ou igual a 30°, é permitido desde que seja realizada uma avaliação dos riscos de abalroamento. 13. Quando o esforço a ser transferido for superior a 700 daN, o cabo de aço do estai deve ser de diâmetro 9,5 mm. 14. A transferência de esforços por meio de estai poste a poste pode ser realizada de duas formas: 
• Primeiro poste: instalação ao nível do primário; segundo poste: instalação a 100 mm acima do secundário; 
• Primeiro e segundo postes: instalação a 100 mm acima do secundário. 15. A tração aplicada no estai com cabo de aço de diâmetro 6,4 mm deve ser igual a 75 daN. 
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16. O vão regulador entre os trechos ancorados deverá ser calculado pela equação a seguir: 
 17. A diferença de tração de projeto entre os vãos adjacentes às estruturas SI1 e I1 deve ser menor ou igual a 30 daN para evitar o escorregamento do cabo no grampo de suspensão. 18. Nas saídas de SE, a estrutura do primeiro poste na rede deve ser ancorada. 19. As estruturas de ancoragem de redes isoladas de média tensão devem ter resistências mínimas de 300 daN. 20. Para novas extensões de rede, os transformadores trifásicos não devem ser projetados em postes de concreto DT. A resistência nominal mínima do poste deve ser 600 daN. 21. Para novasextensões de rede, os transformadores monofásicos devem ser projetados em postes com resistência nominal mínima de 300 daN. 22. Transformadores de 150, 225 e 300 kVA devem ser instalados em postes com capacidade nominal mínima de 600 daN, de madeira, concreto circular ou compósito. 23. Para reformas e modificações de rede, havendo a necessidade de troca do poste devido a instalação de transformador trifásico (30, 45, 75 ou 112,5 kVA), este novo poste não deve ser poste de concreto DT e ter resistência nominal mínima de 600 daN. 24. As condições técnicas que não permitem a instalação do transformador são: poste em mau estado de conservação, poste com capacidade de 150 daN e poste de comprimento igual a 10 m. 25. Em longos trechos de alinhamento de rede é recomendável intercalar estruturas de ancoragem a cada 500m para rede compacta e 300m para rede isolada de MT aproximadamente, visando assegurar maior confiabilidade ao projeto mecânico, além de facilitar a construção e eventual troca de condutores. 26. Em estruturas de transição de rede convencional e para rede compacta em poste DT, o lado de maior resistência deve ficar voltado para a rua. 27. Em estruturas de transição de rede convencional e para rede compacta, usar o estai no lado da rede convencional, se for o caso. Caso o mensageiro trabalhe também como estai (absorver parte dos esforços da rede convencional – ex: cabo coberto 150mm2 de um lado e cabos 170mm2 CA do outro), a estrutura anterior à transição deve ser com o cabo mensageiro ancorado com alças preformadas no poste. 28. As estruturas de transição não devem apresentar ângulos de deflexão horizontal e/ou vertical. 29. Para estruturas Tipo “M” e “B”, o cabo mensageiro deve ficar obrigatoriamente nas cruzetas. Engastamento O engastamento dos postes 11-300 e 12-300 deve ser do tipo profundidade aumentada com profundidade de engastamento igual a 1,80m para que a resistência fique igual 300daN. Em posteação existente pode ser usado escora de subsolo ou concretagem para conseguir a resistência de 300daN. 
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Em locais com grande probabilidade de abalroamento do poste, situações temporárias, não utilizar engastamento concretado. Nesses casos, deve ser utilizada escora de subsolo ou profundidade aumentada. 17.1.5 ESTRUTURAS A escolha das estruturas, incluindo respectivos índices, é definida de acordo com as normas de instalações básicas, levando-se em consideração os seguintes detalhes: a ) Largura do passeio; b ) Seção transversal do condutor; c ) Ângulo de deflexão horizontal e vertical da rede. 17.1.6 CONSIDERAÇÕES FINAIS Para maiores detalhes sobre o dimensionamento de estruturas, estaiamento e engastamento de postes, consultar as normas de instalações básicas e o ED-2.9 (COPEL). 
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18 LEVANTAMENTO DA CARGA E DETERMINAÇÃO DE DEMANDAS 18.1 GERAL Esta etapa consiste na determinação das demandas dos consumidores já ligados à rede e a previsão de demanda de novos consumidores, de modo a possibilitar o dimensionamento dos transformadores, da rede secundária (BT) e primária (MT). 18.2 LIGAÇÃO DE NOVOS CONSUMIDORES À REDE EXISTENTE 18.2.1 REDE SECUNDÁRIA O cálculo da demanda é realizado por meio da planilha de Liberação de Cargas. O responsável pelo cálculo deve obter as informações da rede secundária existente onde o consumidor será ligado. Essa informação deve ser obtida no G-DIS. Das novas unidades consumidoras, a informação necessária para determinar a demanda desses consumidores é a classificação das unidades consumidoras conforme ND-5.1, ND-5.2 (Tipo A, Tipo B e Tipo C), a quantidade de novos consumidores e tipo de consumidor (residencial, comercial, industrial e outros). O usuário deve preencher os campos da planilha com as informações solicitadas. A planilha de Liberação de Cargas calculará a demanda e o horário de cálculo. O cálculo de queda de tensão deve ser realizado no G-DIS, conforme procedimento operacional padrão de liberação de carga. Os critérios de carregamento, queda de tensão estão estabelecidos no capítulo de Dimensionamento Elétrico. Nos casos de ligação provisória, a demanda a ser simulada deve ser a demanda máxima do disjuntor calculada de acordo com a ND-5.1 e ND-5.2. 18.2.2 REDE PRIMÁRIA Para consumidores individuais, com potência instalada superior a 75kW, atendidos em média tensão, a demanda máxima deve ser determinada pela aplicação das fórmulas previstas na ND-5.3. Esse tipo de ligação é analisado pela área de planejamento da Cemig, considerando os critérios de carregamento, queda de tensão estabelecidos no capítulo de Dimensionamento Elétrico. 18.3 REDES NOVAS 18.3.1 REDE SECUNDÁRIA – LOTEAMENTOS RESIDENCIAL E CONDOMÍNIOS FECHADOS HORIZONTAIS Os transformadores de rede e a rede secundária devem ser dimensionados considerando os valores de demanda, em kVA, da tabela abaixo. 
 Figura 18-1 Os critérios de carregamento, queda de tensão, extensão da rede secundária estão estabelecidos no capítulo de Dimensionamento Elétrico. Esses valores de demanda devem ser utilizados em empreendimentos novos. 
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18.3.2 PARA O DIMENSIONAMENTO DE TRANSFORMADORES EXCLUSIVOS, ADOTAR OS SEGUINTES PROCEDIMENTOS: Edifícios residenciais A demanda para o dimensionamento do transformador deve ser a calculada de acordo com os critérios da ND-5.2. A demanda do condomínio deve considerar os elevadores, bombas de água e outras cargas comuns do condomínio. Edifícios comerciais A demanda para o dimensionamento do transformador deve ser a calculada de acordo com os critérios da ND-5.2. A demanda do condomínio deve considerar os elevadores, bombas de água e outras cargas comuns do condomínio. Outros consumidores Unidades consumidoras com demanda entre 75kVA e 327kVA devem apresentar formulário de análise carga preenchido. Unidades consumidoras acima de 327kVA devem apresentar projeto elétrico. Para unidades consumidoras com cargas instaladas acima de 50kW (postos de gasolina, agência bancárias, padarias, hotel, salão de festas, etc), o cliente deve fornecer a demanda máxima. 18.3.3 REDE PRIMÁRIA O cálculo da demanda para efeito de dimensionamento da rede primária é realizado por meio da soma das curvas de carga dos transformadores ligados à rede. 
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19 APRESENTAÇÃO DO PROJETO 19.1 GERAL Os seguintes documentos fazem parte de um projeto: 
• Desenho do projeto; 
• Relação de material e orçamento; 
• Documentação/memória de cálculo elétrico e mecânico; 
• Quando for o caso, desenhos e informações complementares (desenho chave do projeto, travessias, desenhos especiais, etc.). 19.2 DESENHO DO PROJETO 19.2.1 ESCALA Deve ser usada a escala 1:1000. Casos extraordinários urbanos (praças, vãos pequenos com equipamentos) pode ser usada a escala 1:500. Projeto para atender órgãos federais, estaduais e municipais (DNIT, DER e etc) deve ser usado escala indicada por esses órgãos. 19.2.2 SIMBOLOGIA Deve ser usada a simbologia padrão. 19.2.3 FORMATOS Os projetos devem ser apresentados em formatos padronizados pela ABNT (A1, A2, A3 e A4), com todos os detalhes necessários à construção. No caso de projetos específicos (por ex.: praça, travessias, etc) pode ser utilizada escala diferente. 19.2.4 NUMERAÇÃO O número do projeto será fornecido pela concessionária em função do sistema vigente na época. Na data de publicação da Norma, a numeração é igual a Nota de Serviço (NS) aberta para atendimento a solicitação. 19.2.5 DETALHES CONSTANTES Rede de distribuição Devem constar do desenho do projeto todos os detalhes calculados nos Capítulos “DimensionamentoElétrico” e “Dimensionamento Mecânico”, ou seja: 
• Especificação de afastadores; 
• Especificação de estaiamento e/ou concretagens; 
• Indicação de postes de uso mútuo; 
• Número de fases e potência de transformadores; 
• Número de fases, seção e tensão do primário; 
• Indicação de fase para ligar transformador monofásico em circuito trifásico; 
• Sequência de fases do primário (Não conhecendo o faseamento da rede existente, indicar no projeto a sequência desejada). 
• Especificação das fases, quando os circuitos não estiverem completos, tanto para o primário quanto para o secundário; 
• Número de fases e seções do secundário e neutro; 
• Relé fotoelétrico com base para comando em grupo, discriminando a fase a ser ligada, quando for o caso; 
• Tipo de lâmpadas; 
• Tipos de braço e fases da IP; 
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• Especificação das fases dos ramais de ligação, quando se tratar do projeto de reforma em rede desequilibrada; 
• Corrente nominal das chaves fusíveis de ramal; 
• Especificação do elo fusível de ramal; 
• Corrente nominal de chaves seccionadoras e indicação de operação (NA e NF); 
• Tipo de religadores e seccionalizadores; 
• Para-raios e aterramento; 
• Potência de reguladores de tensão; 
• Potência de banco de capacitores; 
• Indicação e especificações especiais; 
• Notas que se fizerem necessárias; 
• Título e número do projeto; 
• Numeração de equipamentos; 
• Indicar o encabeçamento e o lado que o neutro tangencia no poste; 
• No caso de rede particular, informar os dados dos cabos MT e Neutro, após o ponto de entrega (a chave fusível numerada); 
• Informar tipo de caixas de passagem (subterrâneas) e as dimensões da mesma; 
• Em seccionamento de circuitos de BT, indicar quaisos circuitos estão ligados aos clientes e ao IP; 
• Em caso de estai com contraposte informar as características do contra poste; 
• Incluir no projeto em detalhe o ponto de mudança de nível (perfil); 
• Incluir a bitola do ramal e as fases que atende o cliente; 
• Tipo de poste e estrutura; 
• Vão regulador. Obs.: Os postes devem ser numerados em sequência começando com número 1. 
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20 DESENHOS E INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES 20.1 DESENHO CHAVE DO PROJETO 20.1.1 CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO Devem ser preparados nos seguintes casos: 1. Projetos de novas localidades com área superior a 0,4 km2. Neste caso, o desenho chave já deve coincidir com a Planta da Rede Primária. 2. Projetos que envolvam área superior a 1 km2, com grande incidência de interligações e necessidade de manobra. O objetivo básico do desenho chave é dar uma visão de conjunto ao projeto da rede primária. 20.1.2 FORMATOS E ESCALA Os projetos devem ser apresentados em formatos padronizados pela ABNT, preferencialmente a escala 1:1.000. 20.1.3 SIMBOLOGIA 20.1.4 NUMERAÇÃO Deve ter o mesmo número do desenho do projeto. 20.1.5 DADOS A CONSTAR Devem constar do desenho chave os seguintes dados: 1. Rede de distribuição 
• Diagrama unifilar da rede primária, com os seguintes dados: 
• Número de fases e potência do transformador. 
• Número de fases e seção transversal do primário. 
• Sequência de fases do primário. 
• Especificação das fases do primário, quando os circuitos não estiverem completos. 
• Derivação para consumidores atendidos em MT. 
• Corrente nominal das chaves fusível de ramais. 
• Especificação do elo fusível de ramais. 
• Corrente nominal de chaves seccionadoras e indicação de operação (NA ou NF). 
• Tipo de religadores e seccionalizadores; 
• Potência do regulador de tensão. 
• Banco de capacitores. 
• Indicação e especificação especial. 
• Notas que se fizerem necessárias. 
• Título e número do projeto; 
• Numeração de equipamentos. 20.2 TRAVESSIAS Devem ser preparados os detalhes relativos a projetos de travessias sempre que estas ocorrerem sobre rodovias federal ou estadual; ferrovias estaduais, federais ou particulares; rios, lagos e represas; travessias sob linhas de transmissão; travessias com redes de telecomunicações, e outros. Critérios e Procedimentos para Elaboração de Projetos de Travessias. Devem ser observados os critérios complementares para sinalização de redes de distribuição. Essa sinalização é necessária, por exemplo, nas travessias da rede sobre rodovias, ferrovias, dutos, rios e lagos, redes localizadas dentro da área abrangida pelo plano básico ou específico de zona de proteção de aeródromos e helipontos, etc. 
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 20.3 DESENHOS ESPECIAIS Devem ser preparados desenhos especiais, em escalas apropriadas, sempre que houver necessidade de se detalhar certos aspectos construtivos do projeto, como por exemplo: 
• Estruturas não-padronizadas; 
• Saídas de alimentadores em subestações; 
• Ramais subterrâneos; 
• Arranjos; 
• etc. 20.4 CÁLCULOS ELÉTRICOS E MECÂNICOS ADICIONAIS Além dos cálculos elétricos e mecânicos inerentes a qualquer projeto, cálculos adicionais devem ser feitos conforme abaixo: 20.4.1 CÁLCULOS ELÉTRICOS Devem ser preparados no caso de projetos especiais que envolvam coordenação de proteção, regulação de tensão, compensação de reativos, atendimento a cargas flutuantes. 20.4.2 CÁLCULOS MECÂNICOS Devem ser preparados no caso de projetos que envolvam travessias especiais, quando for necessária a utilização de estruturas especiais. 
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ANEXOS TABELA 1 - CARACTERÍSTICAS DOS CABOS MULTIPLEX DE BAIXA TENSÃO 
 TABELA 2– CARACTERÍSTICAS DOS CONDUTORES CA E COBRE 
 TABELA 3 – ESCOLHA DE CONDUTOR MÍNIMO PARA TRONCO DA REDE SECUNDÁRIA 
 Notas: 1. Alternativamente, os transformadores de 150 e 225 kVA podem ter com seção de 4/0(1/0) ou 3x1x120+70, desde que parte da carga seja ligada diretamente ao barramento ou bucha secundária do transformador e que circule no máximo 262A (100kVA) para cada um dos lados do tronco. 2. As seções consideram divisão da carga por circuito lateral em 40% e 60%. 
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TABELA 4 – ESCOLHA DE ELOS FUSÍVEIS PARA TRANSFORMADOR 
 TABELA 5 – PROTECÃO DE BANCOS CAPACITORES 
 TABELA 6 – POSTES E CONTRA-POSTE PADRONIZADOS E EXISTENTES 
 
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 Nota: Os assinalados com o símbolo ‘*’ existem na rede de distribuição da Cemig, mas não são mais adquiridos. TABELA 7 – TRAÇÕES DE PROJETO DA REDE CONVENCIONAL – PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA 
 Nota: Os valores acima são válidos para vãos até 80m, com exceção do condutor CA 4AWG, cujos valores detração acima de 50m são dadas na tabela abaixo. TABELA 8 
 
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TABELA 9 
 Notas: 1. Este engastamento é alternativo com concretagem de base e se aplica também a poste de concreto DT, retangular e madeira.A utilização de postes de 13m engastado com profundidade aumentada, em substituição ao de 12m com base concretada, deve ser feita apenas em locais com previsão de substituição futura do poste (alta incidência de abalroamento ou reforma.) 2. O engastamento de resistência 1000daN será com 2,3m com toras. 
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TABELA 10 - SÍMBOLOS PARA OS MAPAS 
 
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TABELA 11 – SÍMBOLOS PARA CADASTRO E PROJETO 
 
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REFERÊNCIAS COPEL – Companhia Paranaense de Energia, Normas Técnicas - www.copel.com COELCE – Companhia Energética do Ceará - www.coelce.com.br CEMIG - Companhia Energética de Minas Gerais. Manual de Distribuição. Fornecimento de Energia Elétrica em Média Tensão, Rede de Distribuição Aérea ou Subterrânea. ND 5.3, 2009 - www.cemig.com.br CEMIG - Companhia Energética de Minas Gerais. Projetos de Redes de Distribuição Aéreas Urbanas. ND 3.1, 2014 - www.cemig.com.br COSERN – Companhia Energética do Rio Grande do Norte, Normas Técnicas para Fornecimento de Energia – www.cosern.com.br PARA-RAIOS em Subestações - www.pea.usp.br ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. GUIA EM da NBR 5410/97 - ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 5410 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão, 2004. ENERGISA - Norma de Distribuição Unificada – NDU-004 (Instalações Básicas para Construção de Redes de Distribuição Urbana. 2012. ENERGISA - Norma de Distribuição Unificada – NTD -007 Critérios básicos para Projetos de Redes Aéreas de Distribuição Rural. 2012. CEA - Companhia de Eletricidade do Amapá - Critérios para Projeto de Redes Aéreas Urbanas Convencionais (Redes Aéreas Nuas) - NTD – 04 Norma Técnica de Distribuição 2007.

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