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Caldeiras (b) Algumas partes importantes Tubulão de água inferior É o elemento de ligação dos tubos para possibilitar a circulação de água na caldeira, tem por função de acumular lama formada pela reação dos produtos químicos com a água da caldeira. A água que sai deste elemento é encaminhada para tratamento. Tubulão inferior Tubulão inferior com lama no interior Tubulão de água superior É um corpo cilíndrico contendo em seu interior água e vapor formado pela troca térmica entre os gases da combustão e a água em circulação na caldeira. Sua principal função é separar a água do vapor (ambos saturados). Estes tubos contém conexões para visores de nível, válvulas de segurança, instrumentos de indicação e controle, além de tubos de ligação com superaquecedor de vapor. Tubulão de água superior Tubulão de água superior Defletor É constituído de chapas, colocados no costado frontal do tubulão de vapor, formando uma câmara para receber o vapor dos tubos geradores. Separadores de vapor Consiste em chicanas e filtros que destinam-se a reter água do vapor, de maneira que esse entre “seco” no superaquecedor. Tubos de alimentação de água São distribuídos no tubulão superior através de furos dispostos em toda a extensão do tubulão. Estes tubos são geralmente posicionados 45º para baixo e direcionados na parte traseira do costado do tubulão. Tubos de purga contínua Localiza-se abaixo do nível de água aproximadamente, com furos em toda a extensão. É deste tubo que se faz coleta de água para análise de sólidos, fosfatos, dispersantes, pH, sulfito, alcalinidade, sílica,a qual é feito o controle químico da água da caldeira. Tubos de circulação São tubos traseiros do feixe tubular que conduzem a água do tubulão de vapor para o tubulão de água, chamadas de tubos descendentes. Tubos geradores São tubos dianteiros do feixe tubular ascendentes e descendentes, que conduzem a mistura água e vapor saturado para o tubulão de vapor. Estes tubos são que recebem maior quantidade de calor da fornalha e a caldeira propriamente dita. Figuras a seguir Parede d’água – Tubulação da Caldeira O resfriamento da fornalha é feito através do fluxo de água que circula pelos tubos que formam as paredes. A água do tubulão superior desce para o tubulão inferior, sendo os resíduos sólidos da evaporação conduzidos por gravidade para o tubulão inferior e qualquer vapor gerado sobe para o tubulão superior. Parede d’água – Tubulação da Caldeira Superaquecedor Objetiva aumentar a temperatura do vapor saturado, tornando este mais seco sem aumentar sua pressão. É constituído de tubos lisos/aletados resistentes a altas temperaturas, que aproveitam os gases de combustão para dar o devido aquecimento ao vapor saturado, transformando-o em vapor superaquecido. Economizador O economizador tem a finalidade de aquecer a água de alimentação da caldeira. Normalmente está localizado na parte alta da caldeira entre o tambor de vapor e os tubos geradores de vapor, e os gases são obrigados a circular através dele, antes de saírem pela chaminé. Existem vários tipos de economizadores e na sua construção podem ser empregados tubos de aço maleável ou tubos de aço fundido com aletas. Pré-aquecedor de ar O pré-aquecedor de ar é um equipamento (trocador de calor) que eleva a temperatura do ar antes que este entre na fornalha. O calor é cedido pelos gases residuais quentes ou pelo vapor da própria caldeira. A instalação desses equipamentos oferece a vantagem de melhorar a eficiência da caldeira pelo aumento da temperatura de equilíbrio na câmara de combustão. Queimadores Os queimadores são peças destinadas a promover, de forma adequada e eficiente, a queima dos combustíveis em suspensão. Equipamentos auxiliares Sopradores de Fuligem (ramonadores) Os sopradores de fuligem permitem uma distribuição rotativa de um jato de vapor no interior da caldeira e tem por finalidade, fazer a remoção da fuligem e depósitos formados na superfície externa da zona de convecção das caldeiras. Equipamentos auxiliares Válvulas de segurança As válvulas de segurança e de alívio de pressão são dispositivos que protegem automaticamente os equipamentos de processo de um eventual excesso de pressão. Caldeiras e vasos de pressão obrigatoriamente necessitam desses dispositivos de segurança para sua proteção, em cumprimento à legislação através de normas como a NR-13 , e atendendo aos códigos nacionais e internacionais de projeto. Equipamentos auxiliares Indicadores de nível Os indicadores de nível tem por objetivo indicar o nível de água dentro do tubulão de vapor. Em geral, são constituídos por um vidro tubular. Equipamentos auxiliares Sistemas de controle de água de alimentação Os sistemas de controle de água de alimentação devem regular o abastecimento de água ao tubulão de evaporação para manter o nível entre limites desejáveis. Esse limites devem ser observados no indicador de nível. A quase totalidade das caldeiras são equipadas com sistemas automatizados, que proporcionam maior segurança, maiores rendimentos e menores gastos de manutenção. Equipamentos auxiliares Sensores de temperatura Os sensores fazem a medição da temperatura dos fluidos. São mais utilizados os PT-100. Medem a temperatura dos gases de combustão, do ar de entrada, da água de entrada, do vapor gerado e do combustível. sensor Pt-100 é um tipo de termorresistência que mede a temperatura pela correlação da sua resistência elétrica com a temperatura. A maioria destes sensores é feita a partir de uma espiral de fio fino montada num suporte cerâmico ou de vidro. Possuem natureza frágil e necessitam ser instalados em bainhas protetoras. O Pt-100 é geralmente considerado o mais exato sensor de temperatura industrial disponível, além de proporcionar excelente estabilidade e repetibilidade sensor Pt-100 Vídeo do interior da caldeira (https://www.youtube.com/watch?v=BlbPoP32bzU) Eficiência térmica – caldeira (método simplificado) Para se determinar a eficiência, devemos levantar diversas informações: o tipo de equipamento, as perdas, a quantidade de vapor produzido e o tipo de combustível utilizado. Perdas de calor: São as parcelas de calor não aproveitadas ou perdidas na produção de vapor. Perdas ocasionais: Decorrentes de má operação ou deficiência de projeto ou equipamentos. (estes são os piores e devem ser eliminados) Perdas normais: Pertencente a cada gerador de vapor, estabelecidas pelo projeto, fazendo parte da operação do equipamento. Perdas de calor Nas fornalhas Na combustão incompleta, cinzas, irradiação das paredes das fornalhas, dos gases de exaustão, paradas, partida e variação de carga do gerador de vapor. Perdas em outras partes do gerador de vapor. Vazamentos e principalmente por problemas de isolamento térmico. Nota: O isolamento térmico pode retardar ou atenuar o fluxo de calor entre o gerador de vapor e o meio. Tipos de isolantes: Fibras cerâmicas, lã de vidro, refratários, sílicas e silicatos. As perdas podem variar conforme o combustível utilizado, a concepção e a construção de cada equipamento. As perdas podem atingir valores superiores a 40%. A transferência de calor em geradores de vapor é um complexo conjunto de fenômenos que envolvem troca de calor por radiação, convecção e condução térmica. O equacionamento teórico deste conjunto é complicado e exaustivo e grande parte do conhecimento adquirido e aplicado a troca de calor em caldeiras e fornos em geral é fruto de relações empíricas obtidas por tentativa e erro. As caldeiras devem ser dimensionadas relacionando custo e benefício. Balanço de energia Eficiência Bruta = (Qútil / Qtotal) x 100 Qutil = Calor Útil (W=J/s) Qtotal=Calor Total (W=J/s) Calor Total (Qtotal) Corresponde ao calor capaz de ser gerado pelo combustível ao ser queimado na fornalha. Qtotal = (mcomb x PCI) Onde: mcomb = quantidade de combustível utilizado (Kg/s) - vazão mássica PCI = poder calorífico inferior do combustível (J/Kg) Calor Útil (Qútil) - corresponde ao calor realmente aproveitado na geração de vapor, ou seja, aquele transmitido à água para transformá-la em vapor. Qútil = D x (hvapor – hágua) Onde: D = Descarga de vapor gerado pelo equipamento (kg/s) – vazão mássica. hvapor = entalpia do vapor gerado (J/kg) hágua = entalpia da água de alimentação (J/kg) Qperdido = Qtotal - Qútil Onde: Qperdido = Calor Perdido (J/s) Exercício 1: Calcular a eficiência térmica bruta e líquida de um gerador de vapor levando em consideração: Caldeira tipo: Flamotubular Produção de Vapor: 2000 kg/h; 170°C; 0,8MPa; x=1; hv = 2431 KJ/kg Água de alimentação: 20°C, h = 302 KJ/kg Consumo de combustível = 563 kg/h PCI do combustível : 12000 KJ/kg Potência demandada pelos sistemas auxiliares (Insuflamento e Tiragem): 0,2KW Eficiência bruta = Qtil/Qtotal x 100 Qtotal = 563 kg/3600s.12000 kJ/kg = 1876,7 kJ/s Qutil = 2000 kg/3600s. (2431 – 302)kJ/kg = 1182,8 kJ/s = (1182,8/1876,7) x 100 = 63% Eficiencia líquida = (1182,8 – 0,2)/1876,7) x 100 = 63 % Obs: A vírgula aqui está representando o milhar, ex: Oleo BPF PCI= 39470 kJ/kg Materiais utilizados em caldeiras Especificação do ASME e tensões admissíveis A quase a totalidade das caldeiras industriais e de utilidades são projetadas conforme o Código ASME Boiler & Pressure Vessel Code, Section I (Power Boilers), o qual lista os materiais aprovados para construção de caldeiras. As especificações de cada material e os valores para projeto constam no ASME, Section II (Materials). American Society of Mechanical Engineers (ASME) ASME BPVC Section I - Rules for Construction of Power Boilers ASME BPVC Section II - Materials Part A - Ferrous Material Specifications Part B - Nonferrous Material Specifications Part C - Specifications for Welding Rods, Electrodes and Filler Metals Part D - Properties (Customary) Part D - Properties (Metric) Tratamento de água de caldeiras Os métodos de tratamento de água são classificados em 02 sistemas: A tabela 01 apresenta as substâncias contidas na água bruta, os respectivos problemas e a metodologia de tratamento utilizada. NORMAS importantes -NR 13 - Caldeiras e Vasos de Pressão SUMÁRIO: 13.1 Introdução 13.2 Abrangência 13.3 Disposições Gerais 13.4 Caldeiras 13.5 Vasos de Pressão 13.6 Tubulações 13.7 Glossário Anexo I - Capacitação de Pessoal Anexo II - Requisitos para Certificação de Serviço Próprio de Inspeção de Equipamentos Caldeiras e vasos de pressão - Requisitos mínimos para a construção ABNT NBR 16035-1:2012 Ed 2 – Caldeiras e vasos de pressão — Requisitos mínimos para a construção. Parte 1: Geral Boilers and pressure vessels — Minimum requirements to construction. Part 1: General Escopo: Esta parte da ABNT NBR 16035 especifica os requisitos mínimos que devem ser adotados para a construção de caldeiras e vasos de pressão baseados em normas ou códigos de construção que estão em conformidade com a ABNT NBR ISO 16528-1. Estes requisitos são estabelecidos para assegurar que os equipamentos pressurizados sejam construídos do modo mais uniforme possível, qualquer que seja a norma ou código de construção adotado. ABNT NBR 16035-2:2012 Ed 2 – Caldeiras e vasos de pressão — Requisitos mínimos para a construção. Parte 2: Conforme ASME Code, Section I Boilers and pressure vessels — Minimum requirements to construction Part 2: Based on the ASME Code Section I Escopo: Esta parte da ABNT NBR 16035 especifica os requisitos técnicos para garantir a conformidade do ASME Code, Section I, com a ABNT NBR ISO 16528-1, para a construção de caldeiras. ABNT NBR 16035-3:2012 Ed 2 - Caldeiras e vasos de pressão — Requisitos mínimos para a construção. Parte 3: Conforme ASME Code, Section VIII, Division 1 Boilers and pressure vessels — Minimum requirements to construction Part 3: Based on the ASME Code, Section VIII, Division 1 Escopo: Esta parte da ABNT NBR 16035 especifica os requisitos técnicos para garantir a conformidade do ASME Code, Section VIII, Division 1, com a ABNT NBR ISO 16528-1, para a construção de vasos de pressão. ABNT NBR 16035-4:2013 - Caldeiras e vasos de pressão — Requisitos mínimos para a construção. Parte 4: Conforme ASME Code, Section VIII, Division 2 Boilers and pressure vessels — Minimum requirements to construction Part 4: Based on the ASME Code, Section VIII, Division 2 -NBR 12177-1 Caldeiras estacionárias a vapor - Inspeção de segurança Parte 1: Caldeiras flamotubulares Sumário Prefácio 1 Objetivo 2 Referências normativas 3 Definições 4 Condições gerais 5 Condições específicas 6 Inspeção ANEXOS A Modelo de formulário para caracterização da caldeira B Modelo de lista de verificação C Modelo de formulário para relatório de inspeção de caldeira -NBR 12177-2 Caldeiras estacionárias a vapor - Inspeção de segurança Parte 2: Caldeiras aquotubulares Sumário Prefácio 1 Objetivo 2 Referências normativas 3 Definições 4 Condições gerais 5 Condições específicas 6 Inspeção ANEXOS A Modelo de formulário para caracterização da caldeira B Modelo de lista de verificação C Modelo de formulário para relatório de inspeção de caldeira
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