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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Profª. Marcilene Marques
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
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Conteúdo Programático desta aula
1.Histórico da Seguridade Social.
2.Segurados e dependentes do RGPS.
3.Manutenção e perda da qualidade de segurado e dependente.
4.Financiamento da Seguridade Social.
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HISTÓRICO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
O principal marco evolutivo da proteção previdenciária foi a Revolução Industrial que trouxe grandes modificações das relações sociais no mundo a partir da segunda metade do século XIX. Inglaterra, França e Alemanha foram suas precursoras. Antes disso, os riscos que a humanidade corria eram protegidos com utilização de mecanismos de direito privado. 
O primeiro modelo desta nova proteção social foi denominado de seguro social, do alemão Bismarck que estabeleceu a proteção social como dever e responsabilidade do Estado. Suas características principais eram: proteção dos trabalhadores, modelo contributivo tripartite e gestão estatal. Perdurou até meados da Segunda Guerra Mundial.
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O modelo denominado de seguridade social do inglês Beveridge substituiu o modelo de Bismarck, e sua principal proposta foi a universalização do modelo de proteção social, com extensão a todos os integrantes da sociedade. Serviu de inspiração para os art. 20 e 21 da Declaração Universal dos Direitos do Homem, de 1948. A OIT, dando tratos evolutivos ao modelo, aprovou a convenção nº. 102, a qual trata da norma mínima da seguridade social, estabelecendo seu “ideal de cobertura”, em 1952, tendo o Brasil a ratificado em 2008.
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A proteção previdenciária no Brasil, nos moldes do seguro social idealizado por Bismarck, tem seu marco inicial com a Lei Eloy Chaves de 1923. Foram criadas as CAP’s. Em 1931 Getúlio Vargas determinou a intervenção nas CAP’s em face de problemas de gestão e efetivação da proteção. 
Em 1933 Foram criados os grandes institutos, conhecidos com IAP’s (IAPM, IAPC, IAPB, IAPI, IAPFESP e IAPTEC).
       
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   Em 1960 ocorreu o processo de unificação legislativa do sistema previdenciário brasileiro com a edição da LOPS (Lei 3.807/60). Em 1966 ocorreu a unificação administrativa do sistema previdenciário brasileiro com a fusão dos cinco principais institutos no INPS. Em 1971 foi criado o Ministério da Previdência e Assistência Social. Em 1977 o INPS dá lugar ao SINPAS que criou 07 órgãos federais (DATAPREV, INPS, FUNABEM, INAMPS, CEMEM, IAPAS e LBA) para sua gestão. 
 Em 1988 a Constituição Federal inseriu o conceito de seguridade social no Brasil nos moldes do inglês Beveridge. A EC. N.º 20 promoveu a primeira reforma e as de nºs. 41 e 47 a complementaram.
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 Fontes do Direito Previdenciário
A principal fonte do Direito Previdenciário é a norma jurídica estabelecida pela Constituição Federal e pelas leis, competindo privativamente a União legislar sobre seguridade social. O direito previdenciário, como ramo de direito público, é regido por normas de direito público de caráter cogente, ou seja, não passiveis de mútuas concessões entre as partes. 
O direito previdenciário relaciona-se com vários outros ramos do Direito, notadamente com direito constitucional, direito tributário, direito administrativo, direito do trabalho, direito civil, direito empresarial, direito penal e direito internacional público. 
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 REGIMES PREVIDENCIÁRIOS
 A previdência social é uma das subáreas que integram o grande sistema de seguridade social (saúde, assistência social e previdência social). O sistema previdenciário brasileiro é composto por três subsistemas, a saber: O regime geral de previdência social (INSS), os regimes jurídicos próprios (previdência do servidor público) e a previdência complementar ( previdência privada, aberta e fechada).
O RGPS é administrado pelo INSS e regido pelas Leis n.º 8.212/91(Custeio) e n.º 8.213/91 (Benefícios) e são regulamentadas pelo Decreto 3.048/99. 
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2- BENEFICIÁRIOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
Beneficiários são pessoas que têm direito às prestações (benefícios e serviços) previdenciárias. É um gênero que comporta duas espécies: segurados (obrigatórios – art. 11 da Lei 8.213/91; e facultativos – art. 13 da Lei 8.213/91) e dependentes (incisos I, II e III do art. 16 da Lei 8.213/91).
Assim, os beneficiários da Previdência social são os segurados (beneficiários diretos) e seus dependentes (beneficiários indiretos), conforme, aliás, expressamente prevê a Lei 8.213/91, em seu artigo 10: “Os beneficiários do Regime Geral de Previdência Social classificam-se como segurados e dependentes, nos termos das Seções I e II deste capítulo.”
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O artigo 11 da Lei 8.213/91 trata dos segurados obrigatórios da Previdência Social, que são classificados em:
1- Empregado;
2- Empregado Doméstico
3- Contribuinte Individual;
4- Trabalhador Avulso e
5- Segurado Especial.
Art. 13 da Lei 8.213/91 , é facultado às pessoas que não exerçam atividade laborativa remunerada filiarem-se ao RGPS, por meio de contribuições.
Idade mínima: 16 anos (art. 7, XXXIII, CF)..
A filiação do segurado facultativo, ao contrário do que ocorre com o segurado obrigatório, decorre de ato de vontade da pessoa.
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DEPENDENTES
 As regras da dependência previdenciária são: 
Regra vertical: A lei divide os dependentes em classes (I, II e III), sendo que a existência de dependentes da classe superior exclui da percepção do benefício os dependentes das classes inferiores; 
Regra horizontal: Os dependentes que se encontram na mesma classe são tratados da mesma forma, pois o benefício é rateado entre todos; 
Regra concessória: A qualidade de dependente é verificada no momento da concessão do benefício;
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d) Regra de manutenção: Significa o direito de um dependente acrescer à sua cota a parte de outro que tenha perdido a condição de dependente.
Dependência econômica. Dos dependentes da classe I é presumida, bastando somente comprovar a condição de cônjuge, companheiro(a) ou filho(a). Quanto às demais classes, a dependência econômica deve ser comprovada, não necessitando, contudo, ser uma dependência total. A comprovação do vínculo e da dependência econômica, conforme o caso, segue a relação dos documentos previstos no §3º do art. 22 do Decreto 3.048/99 - RPS.
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3. MANUTENÇÃO E PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO
A manutenção da qualidade de segurado pode ser dividida em ordinária e extraordinária. 
Desta forma, podemos dizer que a manutenção Ordinária dá-se pelo exercício de atividade remunerada prevista em lei. 
Sendo assim, a aquisição da qualidade de segurado obrigatório e sua manutenção independerá do efetivo recolhimento de contribuições previdenciárias. Já a manutenção ordinária da qualidade de segurado facultativo ocorrerá com o recolhimento de contribuição previdenciária. O facultativo adquire a qualidade de segurado quando começa a contribuir e, do mesmo modo enquanto permanecer contribuindo.
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Podemos afirmar que, a qualidade de segurado é condição necessária para a proteção da previdência.
Pois muito bem, a lei vê o interesse público tutelado pela previdência social e determina a manutenção da qualidade de segurado durante determinados prazos, mesmo sem que ocorra o exercício de atividade remunerada para o segurado obrigatório da Previdência Social.
Já a manutenção extraordinária da qualidade de segurado denomina-se período de graça: prazo em que o segurado manterá essa qualidade independentemente do exercício de atividade laborativa remunerada.
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Podemos afirmar que, o objetivo do período de graça é de conservar todos os direitos perante a Previdência Social, que para o segurado obrigatório, os direitos vigentes na data em que deixou de exercer atividade remunerada e, para o segurado facultativo, os vigentes quando deixou de contribuir para a Previdência Social.
A Previdência Social, deverá necessariamente, ser contributiva, de forma que somente terão direito às prestações previdenciárias aquelas pessoas que tenham contribuído para os cofres da previdência social.
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Não podemos deixar de observar a Lei 10.666/2003 que estabelece em seu art. 3º que a perda da qualidade de segurado não será considerada para concessão das aposentadorias por tempo de contribuição e especial. Do mesmo modo, o § 1º fala da aposentadoria por idade. 
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Havendo perda da qualidade de segurado, as contribuições anteriores a esta data só serão computadas para efeito de carência depois do segurado contar, na nova filiação a previdência social, com, no mínimo, 1/3 do número de contribuições exigidas para o cumprimento da carência definida para o benefício a ser requerido. Inteligência do art. 24, parágrafo único da Lei n.º 8.213/91. 
A perda da qualidade de segurado significa a caducidade de seus direitos como segurado.
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Perda da qualidade de dependente. Vide §2º do art. 17 da Lei 8.213/91 c/c Súmula 336 do STJ.
Súmula 336/STJ. Seguridade social. Previdenciário. Pensão por morte. Alimentos. Irrenunciabilidade. “A mulher que renunciou aos alimentos na separação judicial tem direito à pensão previdenciária por morte do ex-marido, comprovada a necessidade econômica superveniente.”
Para companheiro ou companheira a perda da qualidade de dependente ocorre por cessação da união estável sem pagamento de pensão alimentícia ou enquanto ela não for determinada; 
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1-para o filho e o irmão, de qualquer condição, ao completarem vinte e um anos de idade, salvo se inválidos, ou pela emancipação, ainda que inválido, exceto, neste caso, se a emancipação for decorrente de colação de grau científico em curso de ensino superior; e 
 2-para os dependentes em geral:
 3-pela cessação da invalidez; ou
 4-pelo falecimento
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 DA INSCRIÇÃO DO DEPENDENTE E PAGAMENTO
A Inscrição do Dependente do Segurado da Previdência Social , como regra é realizado quando do requerimento do benefício previdenciário.
Os dependentes não são obrigados a contribuir para a previdência social, mas são beneficiários dela. 
 
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4– Da contribuição dos segurados contribuinte individual e facultativo.
Os segurados contribuinte individual e facultativo contribuem com uma alíquota de 20%, aplicada, também, sobre o respectivo salário-de-contribuição, observado os limites mínimos e máximos, conforme a tabela a seguir:
 
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7. FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL
7.1 É um conjunto de normas que codificam as receitas que dão suporte para que o sistema previdenciários obtenha recursos para cumprir com suas obrigações. É uma previsão de dispêndio do sistema de seguridade social. É importante ressaltar que sem previsão não há proteção conforme o art. 195,§5º da CRFB/88.
 
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7.2 A Constituição determina que o financiamento da seguridade social e responsabilidade de toda a sociedade, sendo que suas fontes são as receitas oriundas do Poder Público e as contribuições sociais. Facilitando o entendimento do custei previdenciário, após a abordagem constitucional do tema, vamos focar apenas a análise nas chamadas contribuições previdenciárias, que são as contribuições sociais dos trabalhadores e das empresas (cota patronal), incidentes sobre a folha de pagamentos (art. 195, I, a e II da CRFB/88). O tema é disciplinado na Lei 8.212/91, arts. 10 e 16 a 27 e no RPS, arts. 194 a 205. Podemos chamá-las de previdenciárias já que destinadas ao custeio dos benefícios do RGPS (art. 167, XI da CRFB/88).
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DA CONTRIBUIÇÃO DA EMPRESA
I – As empresas são as principais financiadores do sistema de seguridade social, havendo varias contribuições sobre sua responsabilidade:
Contribuição incidente sobre o total das remunerações pagas aos segurados empregados e trabalhadores avulsos. Vide art. 22, I da Lei 8.212/91.
b) Contribuição para o financiamento da aposentadoria especial e dos benefícios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais dos trabalho
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C) Contribuição incidente sobre o total das remunerações pagas aos segurados contribuintes individuais que lhe prestam serviços. Essa contribuição é de 20% sobre total das remunerações pagas ou creditadas a qualquer título, no decorrer do mês, os segurados contribuintes individuais que prestem serviço a empresa.
d) Contribuição incidente sobre serviços prestados por cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho. Percentual é de 15%.
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DA CONTRIBUIÇÃO DO SEGURADO
I – Da contribuição dos segurados empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso. 
A contribuição dos segurados qualquer que sejam, sempre será calculada mediante a aplicação de uma alíquota sobre o seu salário-de-contribuição, este por sua vez constituem base de cálculo das contribuições. O salário de contribuição varia de um salário mínimo até R$ 4.390,24 (esse valor é reajustado anualmente na mesma data de reajuste dos benefícios previdenciários, que coincide com data de reajuste do salário mínimo, sendo certo que o valor acima, vigora para o ano de 2014.
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A contribuição dos segurados empregado, empregado doméstico e do trabalhador avulso é calculada mediante a aplicação da correspondente alíquota sobre o seu salário-de-contribuição mensal, de forma não cumulativa, de acordo com a seguinte tabela:
Salário-de-contribuição (R$) 
até 1.317,07 ........................................8,0%
de 1.317,08 até 2.195,12..........................9,0%
de 2.195,13 até 4.390,24.........................11,0%
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A contribuição previdenciária dos trabalhadores tem teto máximo que em 2014 é de R$ 4.390,24 que também é o teto de benefício previdenciário. A cota patronal não obedece ao teto de contribuição.

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