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UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES – URI ERECHIM DEPARTAMENTO DE ENGENHARIAS E CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL TOPOGRAFIA II PROF. LEANDRO PINTO 2014 2 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO À ALTIMETRIA ............................................................................ 6 2. NORMAS DE NIVELAMENTO ............................................................................. 7 2.1. TIPOS DE NIVELAMENTO ................................................................................... 7 2.1.1. Nivelamento geométrico ................................................................................. 7 2.1.2. Nivelamento trigonométrico ............................................................................ 7 2.1.3. Nivelamento taqueométrico ............................................................................ 8 2.1.4. Nivelamento barométrico ................................................................................ 8 2.2. CLASSIFICAÇÃO DOS NÍVEIS ............................................................................ 8 2.3. CLASSES DE NIVELAMENTOS .......................................................................... 9 2.3.1. Classe IN ........................................................................................................ 9 2.3.2. Classe IIN ....................................................................................................... 9 2.3.4. Classe IVN ..................................................................................................... 9 2.4 TOLERÂNCIAS DE ACORDO COM O IBGE ........................................................ 9 3. TÉCNICAS DE NIVELAMENTO ........................................................................ 10 3.1. NIVELAMENTO GEOMÉTRICO SIMPLES ........................................................ 10 3.1.1. Pontos ....................................................................................................... 10 3.1.2. Distâncias ................................................................................................. 11 3.1.3. Leituras de ré ............................................................................................ 11 3.1.4. Leituras de vante ...................................................................................... 11 3.1.5. Diferenças de nível ................................................................................... 11 3.1.6. Cotas ........................................................................................................ 12 3.1.7. Verificação do cálculo da caderneta ............................................................. 13 3.2 NIVELAMENTO GEOMÉTRICO COMPOSTO .................................................... 13 3.2.1. Pontos .......................................................................................................... 14 3 3.2.2. Distâncias ..................................................................................................... 14 3.2.3. Leituras de ré ............................................................................................... 14 3.2.4. Leituras de vante .......................................................................................... 14 3.2.5. Vante de mudança ....................................................................................... 14 3.2.6. Diferenças de nível ....................................................................................... 14 3.2.7. Cotas ............................................................................................................ 15 3.2.8. Verificação do cálculo da caderneta ............................................................. 16 3.3. ERROS ADMISSÍVEIS NO NIVELAMENTO GEOMÉTRICO ............................. 16 3.3.1. Contranivelamento ....................................................................................... 17 3.3.2. Compensação do erro .................................................................................. 17 3.4. NIVELAMENTO TRIGONOMÉTRICO ................................................................ 18 3.4.1. Introdução .................................................................................................... 18 3.4.2. Distância reduzida ........................................................................................ 19 3.4.3. Diferença de nível ......................................................................................... 19 3.4.4. Cotas ............................................................................................................ 20 4. REPRESENTAÇÃO DO RELEVO ..................................................................... 20 4.1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 20 4.1. PERFIL ............................................................................................................... 20 4.1.1. Desenho dos perfis ....................................................................................... 21 4.1.2. Tipos de perfis .............................................................................................. 21 4.1.2.1. Perfil direto ............................................................................................. 21 4.1.2.2. Perfil indireto .......................................................................................... 22 4.1.3. Natureza dos perfis ...................................................................................... 24 4.1.4. Direção de um perfil ..................................................................................... 24 4.2. CURVAS DE NÍVEL ............................................................................................ 26 4.2.1. Principais propriedades das curvas de nível ................................................ 27 4 4.2.2. Traçado das curvas de nível ........................................................................ 27 4.3. DECLIVIDADE DO TERRENO ........................................................................... 31 4.4. PONTOS COTADOS .......................................................................................... 31 4.5. HACHURAS ........................................................................................................ 32 4.6. CORES HIPSOMÉTRICAS ................................................................................. 32 5. TEORIA DOS ERROS ....................................................................................... 33 5.1 CONCEITO .......................................................................................................... 33 5.2 CAUSAS DOS ERROS ........................................................................................ 34 5.2.1 Condições ambientais ................................................................................... 34 5.2.2 Instrumentais ................................................................................................. 34 5.2.3 Pessoais ........................................................................................................ 34 5.3. CLASSIFICAÇÃO DOS ERROS ......................................................................... 34 5.3.1 Erros grosseiros ............................................................................................ 34 5.3.2 Erros sistemáticos ......................................................................................... 35 5.3.3 Erros aleatórios .............................................................................................35 5.4 PRECISÃO E ACURÁCIA .................................................................................... 36 5.5 CURVATURA DA TERRA E REFRAÇÃO ATMOSFÉRICA ................................. 37 6 TERRAPLANAGEM – CÁLCULO DE CORTE E ATERRO .................................. 39 6.1 OBJETIVO ........................................................................................................... 39 6.2 DEFINIÇÃO ......................................................................................................... 40 6.3 TERRAPLANAGEM DE PLATAFORMAS ........................................................... 40 6.3.1 Hipótese 1: plano horizontal sem a imposição de uma cota final determinada ............................................................................................................................... 41 6.3.1.1 Nivelamento do terreno e definição da malha quadricular ...................... 42 6.3.1.2 Determinação dos pesos das cotas ........................................................ 43 6.3.1.3 Cálculo da cota de passagem ................................................................. 44 5 6.3.1.4 Cálculo das cotas de corte e aterro ........................................................ 46 6.3.1.5 Obtenção dos volumes de corte e aterro ................................................ 47 6.3.2 Hipótese 2: plano horizontal com a imposição de uma cota final determinada ............................................................................................................................... 48 7 LEVANTAMENTOS HIDROGRÁFICOS .............................................................. 49 7.1 BATIMETRIA ....................................................................................................... 49 7.1.1 Conceitos ...................................................................................................... 49 7.1.2 Equipamentos ............................................................................................... 49 7.1.3 Levantamentos .............................................................................................. 50 7.2 MEDIDA DE VAZÃO DE RIOS ............................................................................ 52 7.2.1 Método do vertedor ....................................................................................... 52 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................... 56 6 1. INTRODUÇÃO À ALTIMETRIA Sabe–se que Topografia é a ciência que tem por objetivo representar, sobre um plano, uma superfície limitada da Terra, com todos os seus detalhes e acidentes (relevo). Altimetria é a parte da topometria que dá a ideia de relevo do terreno. Logo, é através da altimetria que se representa uma porção de terreno, como se este fosse cortado por um plano vertical, onde os pontos do terreno seriam marcados a partir de um plano horizontal, denominado plano de referência, podendo este ser tangente ao geoide (aproximação do nível médio dos mares) o que dá as altitudes (cotas verdadeiras), ou um plano arbitrário qualquer, que dá as cotas. Figura 1 – Representação das superfícies topográficas Fonte: Adaptado de Freiberger et al. (2011, p. 8) 7 2. NORMAS DE NIVELAMENTO 2.1. TIPOS DE NIVELAMENTO Segundo a NBR 13.133 os nivelamentos são divididos em geométrico, trigonométrico, taqueométrico e barométrico. 2.1.1. Nivelamento geométrico Nivelamento que realiza a medida da diferença de nível entre pontos do terreno por intermédio de leituras correspondentes a visadas horizontais, obtidas com um nível, em miras colocadas verticalmente nos referidos pontos. Se o instrumento ficar equidistante dos extremos (pontos a serem visados A e B) então evitará os erros de curvatura terrestre e refração atmosférica. A distância ideal na prática é de no máximo 50 m para cada lado. 2.1.2. Nivelamento trigonométrico Nivelamento que realiza a medição da diferença de nível entre pontos do terreno, indiretamente, a partir da determinação do ângulo vertical da direção que os une e da distância entre estes, fundamentando–se na relação trigonométrica entre o ângulo e a distância medidos, levando em consideração a altura do centro do limbo vertical do teodolito ao terreno e a altura sobre o terreno do sinal visado. 8 2.1.3. Nivelamento taqueométrico Nivelamento trigonométrico em que as distâncias são obtidas taqueometricamente e a altura do sinal visado é obtida pela visada do fio médio do retículo da luneta do teodolito sobre uma mira colocada verticalmente no ponto cuja diferença de nível em relação à estação do teodolito é objeto de determinação. 2.1.4. Nivelamento barométrico Nivelamento realizado através de barômetros que, por meio da estimativa da pressão atmosférica, mensura a altitude do relevo em relação ao nível médio do mar. Este instrumento foi inventado em 1643 pelo físico e matemático italiano Torricelli. Existem dois tipos de barômetro: de coluna de mercúrio e aneróide (metálico). 2.2. CLASSIFICAÇÃO DOS NÍVEIS Os níveis são classificados segundo desvio–padrão de 1 km de duplo nivelamento. A precisão dos níveis é informada pelos fabricantes. Quadro 1: Classificação dos níveis segundo à sua precisão Classes de precisão Desvio–padrão 1 Baixa > ± 10 mm/km 2 Média < ± 10 mm/km 3 Alta < ± 3 mm/km 4 Muito alta < ± 1 mm/km 9 2.3. CLASSES DE NIVELAMENTOS As finalidades das quatro classes de nivelamento de linhas ou circuitos e seções apresentadas na NBR 13.133 referem–se a: 2.3.1. Classe IN Nivelamento geométrico para implantação de referências de nível (RN) de apoio altimétrico. 2.3.2. Classe IIN Nivelamento geométrico para determinação de altitudes ou cotas em pontos de segurança (PS) e vértices de poligonais para levantamentos topográficos destinados a projetos básicos, executivos, como executado, e obras de engenharia. 2.3.3. Classe IIIN Nivelamento trigonométrico para determinação de altitudes ou cotas em poligonais de levantamento, levantamento de perfis para estudos preliminares e/ou de viabilidade em projetos. 2.3.4. Classe IVN Nivelamento taqueométrico destinado a levantamento de perfis para estudos expeditos. 2.4 TOLERÂNCIAS DE ACORDO COM O IBGE Segundo a R.PR n° 22/83 do IBGE – Especificações e normas gerais para levantamentos geodésicos – a tolerância de fechamento do nivelamento é a seguinte: 10 Quadro 2: Classes de nivelamento segundo ao erro de fechamento Classe Descrição Tolerância Alta Precisão Rede altimétrica fundamental (1ª ordem) 3 mm (K) ½ Precisão Área mais desenvolvida (2ª ordem) 6 mm (K) ½ Área menos desenvolvida (3ª ordem) 8 mm (K) ½ Topográficos Local 12 mm (K) ½ 3. TÉCNICAS DE NIVELAMENTO Dá–se o nome de nivelamento ao conjunto de operações de campo realizadas com a finalidade de medir as diferenças de nível entre pontos situados na superfície topográfica. Dependendo dos equipamentos usados, classificam–se os métodos de nivelamento em: geométrico, trigonométrico, taqueométrico e barométrico. 3.1. NIVELAMENTO GEOMÉTRICO SIMPLES É o nivelamento realizado em áreas pequenas e com pouca declividade, pois o equipamento fica em um lugar só, não sendo necessário trocar de lugar, determinando–se as cotas de todos os pontos. Para se realizar um nivelamento geométrico simples, usa–se anotar as leituras de ré e de vante de forma sistemática e lógica, para evitar omissõesou enganos, e permitir o cálculo da cota de cada ponto visado. 3.1.1. Pontos É o número ou outra designação qualquer do vértice onde é colocada a régua, onde se faz leitura de ré e de vante. A cota do primeiro ponto pode ser conhecida ou arbitrada. 11 3.1.2. Distâncias A determinação indireta das distâncias pode ser feita através da taqueometria, com a utilização de equipamentos tradicionais e de distanciômetros eletrônicos e prismas com a utilização de estação total. Na taqueometria a distância horizontal pode ser obtida através da visada dos fios estadimétricos do retículo da luneta do teodolito ou nível aplicando–se a seguinte equação: DH = 100 . (Fs – Fi) 3.1.3. Leituras de ré São as leituras realizadas no ponto de cota conhecida (ou arbitrada). 3.1.4. Leituras de vante São as leituras na régua dos pontos subsequentes ao primeiro (ré). 3.1.5. Diferenças de nível São as diferenças de altura do ponto de ré para os demais pontos (vantes). As diferenças de nível são calculadas pela equação: DN = leitura de ré – leitura de vante 12 3.1.6. Cotas São os valores de altitude dos pontos. A primeira cota, se não for conhecida, através de uma referencia de nível (RN) ou GPS, deve ser estipulada. As cotas seguintes podem ser calculadas através da equação: Cota = cota da ré + DN Quadro 3: Exemplo de uma caderneta para nivelamento geométrico simples Pontos Distâncias Leituras de ré Leituras de vante Diferenças de nível Cotas 1 1,50 100,00 2 9,84 1,54 –0,04 99,96 3 10,23 1,70 –0,20 99,80 4 10,01 1,88 –0,38 99,62 5 10,01 2,24 –0,74 99,26 6 10,61 1,99 –0,49 99,51 7 10,80 1,81 –0,31 99,69 8 9,98 1,74 –0,24 99,76 13 3.1.7. Verificação do cálculo da caderneta Tal verificação é realizada apenas para determinar se os cálculos das cotas estão certos, mas não é possível determinar erros de leitura ou anotações nas leituras de ré ou de vante. Verifica–se o cálculo das cotas da seguinte forma: última cota – primeira cota = leitura de ré – última vante No exemplo temos: 99,76 – 100 = 1,5 – 1,74 –0,24 = –0,24 Verdade matemática. Logo, no presente exemplo não há erro de cálculo. 3.2 NIVELAMENTO GEOMÉTRICO COMPOSTO É o nivelamento mais realizado nas obras em geral, e é assim denominado porque são necessárias inúmeras trocas do equipamento de lugar. Para isso, faz–se uma nova leitura de ré, num vértice que já foi vante, ou seja, já tem cota conhecida, para assim determinar uma nova diferença de nível. Os princípios do método de cálculo são os mesmos do nivelamento geométrico simples, porém a diferença é que devido às diversas trocas do nível, tem–se uma série de planos (cota do instrumento) paralelos entre si. 14 3.2.1. Pontos Da mesma forma que o nivelamento geométrico simples. 3.2.2. Distâncias Da mesma forma que o nivelamento geométrico simples. 3.2.3. Leituras de ré É a coluna usada para as leituras realizadas nos pontos de cota conhecida (ou arbitrada). Lembrando que, quando houver a necessidade de trocar o nível de lugar, deve–se realizar nova leitura de ré sobre o ponto imediatamente anterior. 3.2.4. Leituras de vante Da mesma forma que o nivelamento geométrico simples. 3.2.5. Vante de mudança São as leituras de vante da linha da nova leitura de ré. Quando mudamos o aparelho de lugar a próxima leitura de vante será a vante de mudança. 3.2.6. Diferenças de nível Nesta coluna são anotadas as diferenças de nível entre os pontos, que são calculadas pela equação: DN = ré anterior – vante Observe no exemplo a seguir que para o cálculo da diferença de nível do ponto 4 a leitura de ré utilizada foi a do ponto 3, pois a leitura da vante do ponto 4 não foi possível de ser realizada por falta de visibilidade sendo necessário realizar a troca do equipamento de lugar, ficando este alocado entre o ponto 3 (onde foi realizado uma 15 nova leitura de ré) e o ponto 4 (vante). Portanto, quando mudamos o equipamento de lugar, a leitura de ré do último ponto servirá de base para o cálculo das diferenças de nível dos pontos seguintes. 3.2.7. Cotas Nesta coluna registram–se as cotas dos pontos calculadas no nivelamento realizado. A primeira cota, se não for conhecida (através de uma referencia de nível – RN), deve ser estipulada. As cotas seguintes podem ser calculadas através da equação: Cota = cota da vante de mudança + DN Como no caso da diferença de nível, a cota do ponto 4 foi calculada a partir da cota do ponto 3, onde foi realizada uma nova leitura de ré. Portanto, quando mudamos de lugar o equipamento, a cota calculada do último ponto servirá de base para o cálculo das cotas seguintes. Quadro 4: Exemplo de uma caderneta para nivelamento geométrico composto Pontos Distâncias Ré Vante Vante de mudança Diferenças de nível Cotas 1 1,60 100,00 2 10,23 1,58 0,02 100,02 3 9,93 1,12 1,68 –0,08 99,92 4 10,21 1,83 –0,71 99,21 5 10,16 1,85 –0,73 99,19 6 10,24 1,58 –0,46 99,46 7 10,41 1,58 1,38 –0,26 99,66 8 10,69 1,03 0,55 100,21 9 10,19 0,88 0,70 100,36 10 10,36 0,72 0,86 100,52 16 3.2.8. Verificação do cálculo da caderneta Tal verificação é realizada apenas para determinar se os cálculos das cotas estão certos, mas não é possível determinar erros de leitura ou anotações nas leituras de ré ou de vante. Verifica–se o cálculo das cotas da seguinte forma: última cota – primeira cota = Σ rés – Σ vantes de mudança – última vante No exemplo temos: 100,52 – 100 = (1,6 + 1,12 + 1,58) – (1,68 + 1,38) – 0,72 0,52 = 0,52 Verdade matemática. Logo, no presente exemplo não há erro de cálculo. 3.3. ERROS ADMISSÍVEIS NO NIVELAMENTO GEOMÉTRICO As tolerâncias admitidas em nivelamento geométrico nos levantamentos topográficos dependem da finalidade e dos objetivos de sua realização. Conforme as normas da A.G.I. (Associação Geodésica Internacional), os nivelamentos geométricos são classificados quanto a sua precisão, na ordem abaixo: Quadro 5: Erros admissíveis por classe de nivelamento Classe de nivelamento Erro admissível Alta precisão 1,5 mm/Km 1ª ordem 2,5 mm/Km 2ª ordem 1 cm/Km 3ª ordem 3 cm/Km 4ª ordem 10 cm/Km Normalmente, nas obras de engenharia em geral, usa–se a precisão ditada pela 2º ou 3º ordem. Os nivelamentos de alta precisão e 1º ordem são usados para transporte de R.N. e certos tipos de nivelamento em instalações industriais. 17 3.3.1. Contranivelamento É a operação destinada a conferir um nivelamento, quando este não é uma poligonal fechada, pois na poligonal fechada volta–se ao vértice de origem, e o erro será a diferença de cota encontrada. Porém nas poligonais abertas, por exemplo, estradas, canais de irrigação, eixo longitudinal de barragens, etc., a única forma de conferir é o contranivelamento, que consiste em nivelar de volta a linha já nivelada. Usa–se a cada 2 Km nivelados, voltar e fazer o contranivelamento. A fórmula para o erro tolerado é: Et = Ep . √n Et = erro tolerado (em mm). Ep = erro permitido (em mm, conforme a ordem do nivelamento). n = extensão do nivelamento (em Km) 3.3.2. Compensação do erro A compensação do erro em nivelamento geométrico é feita distribuindo-se o erro nas leituras de ré e calculando–se novamente a caderneta,ou seja, as novas cotas, que estarão assim compensadas. Quadro 6: Caderneta calculada conforme as leituras de ré compensadas Pontos Distâncias Ré Vante Vante de mudança Diferenças de nível Cotas 1 1,585 100,000 2 10,23 1,58 0,005 100,005 3 9,93 1,105 1,68 –0,095 99,905 4 10,21 1,83 –0,725 99,180 5 10,16 1,85 –0,745 99,160 6 10,24 1,58 –0,475 99,430 7 10,41 1,565 1,38 –0,275 99,630 8 10,69 1,03 0,535 100,165 9 10,19 0,88 0,685 100,315 18 10 10,36 0,72 0,845 100,475 3.4. NIVELAMENTO TRIGONOMÉTRICO 3.4.1. Introdução Fundamenta–se o presente método em determinar a diferença de nível (DN) entre dois pontos com base na medida de uma distância horizontal (DH) e o ângulo de inclinação vertical (ângulo zenital) e a consequente solução trigonométrica deste triangulo retângulo. O nivelamento trigonométrico é chamado de nivelamento indireto devido às diferenças de alturas entre os dois pontos serem calculadas em função da distância horizontal e um ângulo de inclinação vertical, logo, determinada indiretamente. Quanto à precisão o nivelamento trigonométrico é considerado inferior ao nivelamento geométrico, pois qualquer erro cometido na medida das distâncias ou do ângulo de inclinação vertical acarretara erro considerável na determinação da diferença de nível entre os pontos. O nivelamento trigonométrico se baseia na medida direta da distância horizontal e a medida do ângulo de inclinação vertical. 19 3.4.2. Distância reduzida Para se realizar o nivelamento trigonométrico de um ponto, ou seja, determinar a diferença de nível entre um vértice A e um vértice B deve–se medir a distância horizontal entre os dois pontos. Se for utilizada uma trena, deve–se converter a distância inclinada em distância reduzida ou horizontal através da seguinte equação: DH = DI . sen Z DH = distância horizontal DI = distância inclinada Z = ângulo zenital 3.4.3. Diferença de nível Tendo em vista que o aparelho é instalado conforme uma altura cômoda para o operador, a cada nova posição do instrumento deve–se medir a altura entre o centro da luneta e o vértice inicial o que se chama de altura do aparelho (AP). A visada no vértice B deve ser lida a certa altura da régua ou no prisma, no caso de estação total, o que devemos chamar de AM (altura de mira) onde se lê o ângulo zenital (Z). Conhecendo os elementos acima se pode calcular a diferença de nível entre os pontos A e B através da equação: DN = (AP – AM) + ( DH tg Z ) DN = diferença de nível AP = altura do aparelho AM = altura na mira DH = distância horizontal 20 Z = ângulo zenital 3.4.4. Cotas Para o cálculo da cota dos vértices observados de uma mesma estação será a cota do vértice onde se encontra o aparelho mais a diferença de nível do vértice observado, conforme a equação: Cota = cota da estação + DN 4. REPRESENTAÇÃO DO RELEVO 4.1. INTRODUÇÃO O relevo do solo se representa na planta ou no plano topográfico, por diversos processos, dentre os quais o mais claro e racional, e o mais usado é o das curvas de nível, mas também são usados outros processos, tais como: pontos cotados, hachuras, cores hipsométricas e perfis. 4.1. PERFIL Chama–se perfil de um terreno, segundo determinada direção, a intersecção da superfície do relevo topográfico com o plano vertical que passa pelo alinhamento que define aquela direção considerada. São inúmeros os trabalhos em que é necessário conhecer–se o perfil do terreno. Ex: redes de água ou esgoto, canais de irrigação, rodovias ou ferrovias, cálculo de cortes e aterros, etc. 21 4.1.1. Desenho dos perfis Para se desenhar o perfil de um alinhamento qualquer, precisa–se conhecer as distâncias planimétricas e suas respectivas cotas, as quais podem ser medidas diretamente no terreno, ou projetadas sobre uma planta planialtimétrica, isto é, com as correspondentes curvas de nível. Para melhor ressaltar o relevo usam–se escalas diferenciadas, ou seja, escala vertical 10 vezes maior que a escala horizontal. Ex. se for usada uma escala horizontal 1:1.000, deve–se usar para escala vertical 1 :100. 4.1.2. Tipos de perfis Os perfis se dividem em direto e indireto. 4.1.2.1. Perfil direto Chama–se perfil direto aquele que é traçado utilizando apenas os dados levantados no campo, independente de existir ou não planta altiplanimétrica. Exemplo: Fez–se um levantamento de uma linha de 150 m de extensão, a qual foi estaqueada de 10 em 10 m, e nesses pontos foram obtidas as cotas abaixo, através de nivelamento geométrico. 0 70,00 8 68,03 1 70,85 9 67,20 2 71,50 10 66,86 3 72,13 11 66,12 4 71,40 12 66,83 5 70,75 13 67,15 6 69,42 14 67,90 7 68,85 15 68,30 Segue o desenho correspondente, tendo como escala horizontal 1:1.000 e escala vertical 1:100. 22 4.1.2.2. Perfil indireto É o desenho de um perfil através da planta planialtimétrica. É muito usado o traçado de perfis tomando por base as curvas de nível, já existentes em–uma planta planialtimétrica, uma vez que as curvas representam os planos horizontais que interceptam o terreno em cotas certas, geralmente separados de metro em metro (para obras de engenharia em geral);e a distância entre estas, representa a distância planimétrica. Logo, têm–se os dois elementos necessários ao traçado de um perfil, ou seja, a distância horizontal e as cotas (ou altitudes). Também no traçado de perfil indireto, para melhor representar o terreno usa–se a escala vertical dez vezes maior que a escala horizontal. Exemplo: Se a escala horizontal é 1:1000, a escala vertical deverá ser 1:100. Tendo–se uma planta altiplanimétrica, pode–se traçar uma infinidade de perfis, conforme as necessidades de uma obra a ser implantada ou cálculo de movimento de terra a ser realizado. A seguir, tem–se dois exemplos do traçado dos perfis A,B e C,D através de uma planta planialtimétrica: 23 24 4.1.3. Natureza dos perfis Quanto à natureza dos perfis, estes podem ser divididos em perfis naturais ou perfis projetados. Chamam–se perfis naturais àqueles que representam o terreno natural, e perfis projetados aqueles que foram rebaixados ou elevados conforme as necessidades do projeto a ser implantado. Ocorre o caso de perfil projetado elevado no caso dos aterros, e perfil projetado rebaixado no caso de cortes. Nos desenhos abaixo, tem–se ambos os exemplos: 4.1.4. Direção de um perfil Quanto à direção, os perfis podem ser classificados em perfis longitudinais, perfis transversais e perfis irradiantes. Os perfis longitudinais e transversais são os mais usados em obras de engenharia em geral, principalmente no estudo e projeto de estradais e barragens. No caso dos projetos de estradas, é através do perfil longitudinal que se projeta a grade (perfil da estrada construída), e são através dos perfis transversais que se realizam os cálculos dos movimentos de terra (volume de cortes e aterros) a serem efetuados. A figura ilustrada as linhas onde serão realizados os perfis longitudinais e transversais em um projeto de estrada, e perfis irradiantes. 25 Perfil longitudinal é o perfil de um caminhamento, sobre o qual se realiza uma base nivelada. Perfil transversal é o perfil de um alinhamento perpendicular ao perfil longitudinal (90° ou 270°), denominado secção transversal. O comprimentodas secções transversais depende do tipo de projeto a ser implantado no terreno (estrada, barragem, loteamento, etc). Perfil irradiado é a linha que se origina em um ponto, tomando várias direções, com a finalidade de um melhor estudo altimétrico do terreno. 26 4.2. CURVAS DE NÍVEL Definem–se curvas de nível, como sendo linhas que unem os pontos de mesma cota ou altitude. Logo, as curvas de nível são as projeções ortogonais horizontais das intersecções do terreno com planos horizontais equidistantes. A distância vertical entre dois planos horizontais sucessivos chama–se equidistância real. Para obras de engenharia em geral, usa– se a equidistância de 1 metro, ou seja, curvas de nível de metro em metro. Para facilitar a interpretação do terreno são usadas curvas com traço reforçado, normalmente as múltiplas de 5 metros, que são denominadas curvas mestras. O desenho a seguir representa um terreno, cujo relevo está representado pelas respectivas curvas de nível. Através das figuras a seguir se tem uma noção clara, da intersecção dos planos de nível com o terreno, das secções produzidas por planos de nível e das curvas de nível do terreno. 27 4.2.1. Principais propriedades das curvas de nível a) Todos os pontos de uma mesma curva de nível têm a mesma cota ou altitude. b) Cada curva de nível fecha sobre si mesma, dentro dos limites de um plano considerado, ou fora destes limites. No segundo caso, a curva ficará interrompida pela linha marginal que delimita o plano considerado. c) As partes superiores de uma elevação sempre são representadas por curvas fechadas, e o mesmo ocorre para representar depressões fechadas. d) As curvas de nível nunca se cortam e nem se encontram, a não ser em uma escarpada vertical, ou em um corte ou aterro também vertical feito pelo homem, geralmente cortes em regiões rochosas ou aterros sustentados por muros de arrimo. e) As curvas de nível de uma superfície plana são linhas retas paralelas. f) Os aclives e declives uniformes são representados por curvas de níveis equidistantes. A maior ou menor aproximação das curvas indicam aclives ou declives mais acentuados. 4.2.2. Traçado das curvas de nível Para se traçar as curvas de nível, precisa–se da posição planimétrica dos pontos, obtidos por levantamento topográfico, e as cotas destes pontos obtidas por nivelamento geométrico, trigonométrico ou taqueométrico (que serão estudados a seguir). Tais pontos planimétricos são plotados conforme uma escala conveniente para cada caso, depois escreve–se as cotas dos referidos pontos a lápis (para apagar depois), por interpolação acha–se os pontos de cotas inteiras existentes entre os de cotas conhecidas, depois liga–se os mesmos entre si, formando cada curva. A seguir um exemplo prático: 28 O primeiro passo está concluído, têm–se os pontos plotados conforme sua posição planimétrica, e as cotas referentes a cada ponto. Em seguida ligam–se os pontos através de linhas retas e interpola– se as cotas inteiras. Entre o intervalo dos pontos de cota 81,6 e 84,7 passam as curvas inteiras 82, 83 e 84, sabendo–se que o intervalo tem 30 mm, arma–se as seguintes regras de três, pois a diferença de nível entre os é de 3,1 m: 29 30 E assim procedendo calcula–se todos os pontos de cota inteira, para cada alinhamento e respectivas diagonais. Concluída esta etapa de interpolações, unem–se através de curvas os pontos de mesma cota, tendo assim o relevo representado pelas curvas de nível, lembrando–se que em cada curva de nível deve ser escrito o valor da correspondente cota. 31 4.3. DECLIVIDADE DO TERRENO Declividade é a relação entre a diferença de altura entre dois pontos e a distância horizontal entre esses pontos. A declividade do terreno em porcentagem é expressa por: D(%) = 100 . DN DH D(%) = declividade do terreno em porcentagem DN = diferença de nível entre duas curvas de nível consecutivas DH = distância horizontal entre duas curvas de nível A declividade pode ser obtida também em função do angulo de inclinação: D(%) = 100 . tan α D(%) = declividade do terreno em porcentagem α = ângulo de inclinação (90º – Z) 4.4. PONTOS COTADOS Este processo consiste em escrever na planta planimétrica as cotas dos pontos, cuja importância possa servir de base para qualquer estudo altimétrico. É normalmente utilizado nas cartas topográficas como um sistema complementar às curvas de nível, particularmente nas regiões pobres de relevo. Esses pontos recebem as denominações de pontos trigonométricos, taqueométricos ou geométricos, dependendo do método de nivelamento usado para determiná–los. A figura abaixo mostra uma planta planimétrica com pontos cotados. 32 4.5. HACHURAS As hachuras são linhas paralelas ou ligeiramente divergentes, traçadas na direção dos declives. Elas são mais ou menos espaçadas conforme as encostas a representar sejam suaves ou íngremes. As figuras abaixo ilustram o método. 4.6. CORES HIPSOMÉTRICAS O relevo é representado em certas plantas topográficas, por meio de cores; neste processo cada cor ou tonalidade representa determinada zona de altitude. Deve na referida planta, conter nas convenções a correspondência entre as cores e as altitudes. Tal representação de relevo não é usada com finalidades técnicas, somente para fins artísticos usa–se tal processo. 33 5. TEORIA DOS ERROS 5.1 CONCEITO O ato de medir é, em essência, um ato de comparar, e essa comparação envolve erros de diversas origens (dos instrumentos, do operador, do processo de medida etc.). Quando se pretende medir o valor de uma grandeza, pode–se realizar apenas uma ou várias medidas repetidas, dependendo das condições experimentais particulares ou ainda da postura adotada frente ao experimento. Em cada caso, deve–se extrair do processo de medida um valor adotado como melhor na representação da grandeza e ainda um limite de erro dentro do qual deve estar compreendido o valor real. 34 5.2 CAUSAS DOS ERROS Para representar a superfície da Terra são efetuadas medidas de grandezas como direções, distâncias e desníveis. Estas observações inevitavelmente estarão afetadas por erros. As fontes de erro poderão ser: 5.2.1 Condições ambientais Quando causados pelas variações das condições ambientais, como vento, temperatura, etc. Exemplo: variação do comprimento de uma trena com a variação da temperatura. 5.2.2 Instrumentais Quando causados por problemas como a imperfeição na construção de equipamento ou ajuste do mesmo. A maior parte dos erros instrumentais pode ser reduzida adotando técnicas de verificação/retificação, calibração e classificação, além de técnicas particulares de observação. 5.2.3 Pessoais Quando causados por falhas humanas, como falta de atenção ao executar uma medição, cansaço, etc. 5.3. CLASSIFICAÇÃO DOS ERROS Os erros, causados por estes três elementos apresentados anteriormente, poderão ser classificados em: 5.3.1 Erros grosseiros Causados por engano na medição, leitura errada nos instrumentos, identificação de alvo, etc., normalmente relacionados com a desatenção do observador ou uma falha no equipamento. Cabe ao observador cercar–se de cuidados para evitar a sua 35 ocorrência ou detectar a sua presença. A repetição de leituras é uma forma de evitar erros grosseiros. Alguns exemplos de erros grosseiros: – anotar 196 ao invés de 169; –engano na contagem de lances durante a medição de uma distância com trena. 5.3.2 Erros sistemáticos São aqueles erros cuja magnitude e sinal algébrico podem ser determinados, seguindo leis matemáticas ou físicas. Pelo fato de serem produzidos por causas conhecidas podem ser evitados através de técnicas particulares de observação ou mesmo eliminados mediante a aplicação de fórmulas específicas. São erros que se acumulam ao longo do trabalho. Exemplo de erros sistemáticos, que podem ser corrigidos através de fórmulas específicas: – efeito da temperatura e pressão na medição de distâncias com medidor eletrônico de distância; – correção do efeito de dilatação de uma trena em função da temperatura. Um exemplo clássico apresentado na literatura, referente a diferentes formas de eliminar e ou minimizar erros sistemáticos é o posicionamento do nível a igual distância entre as miras durante o nivelamento geométrico pelo método das visadas iguais, o que proporciona a minimização do efeito da curvatura terrestre no nivelamento e falta de paralelismo entre a linha de visada e eixo do nível tubular. 5.3.3 Erros aleatórios São aqueles que permanecem após os erros anteriores terem sido eliminados. São erros que não seguem nenhum tipo de lei e ora ocorrem num sentido ora noutro, tendendo a se neutralizar quando o número de observações é grande. De acordo com GEMAEL (1991, p.63), quando o tamanho de uma amostra é elevado, os erros acidentais 36 apresentam uma distribuição de frequência que muito se aproxima da distribuição normal. Algumas peculiaridade dos erros aleatórios: – Erros pequenos ocorrem mais frequentemente do que os grandes, sendo mais prováveis; – Erros positivos e negativos do mesmo tamanho acontecem com igual frequência, ou são igualmente prováveis; – A média dos resíduos é aproximadamente nula; – Aumentando o número de observações, aumenta a probabilidade de se chegar próximo ao valor real. Exemplo de erros acidentais: – Inclinação da baliza na hora de realizar a medida; – Erro de pontaria na leitura de direções horizontais. 5.4 PRECISÃO E ACURÁCIA A precisão está ligada a repetibilidade de medidas sucessivas feitas em condições semelhantes, estando vinculada somente a efeitos aleatórios. A acurácia expressa o grau de aderência das observações em relação ao seu valor verdadeiro, estando vinculada a efeitos aleatórios e sistemáticos. 37 5.5 CURVATURA DA TERRA E REFRAÇÃO ATMOSFÉRICA Para o nivelamento de precisão não devemos considerar apenas a curvatura da Terra somente, e sim, associá–la com a refração atmosférica. Na figura, querendo–se determinar a diferença de nível entre os pontos A e B, coloca–se em B uma mira em posição vertical e em A um instrumento devidamente nivelado, dando a horizontal AH, correspondente a superfície de nível aparente, que irá interceptar a mira em um ponto C, e não em B, pois o arco AB não pode ser determinado pelos aparelhos de topografia. É evidente que a substituição do nível verdadeiro pelo nível aparente provoca um erro na determinação da altura de um ponto do terreno, o qual é denominado erro devido à curvatura da terra. O erro cometido, ao se admitir que os pontos A e C estão em nível (nível aparente), é o erro EC = BC, denominado erro devido à curvatura da terra. Este erro pode ser calculado, desde que seja medida a extensão do alinhamento AC = D, uma vez que o raio da terra é conhecido. Como o erro é uma quantidade muito pequena em relação ao raio da Terra, pode–se, sem cometer erro sensível, desprezar EC no denominador, e a fórmula para o cálculo do erro devido à curvatura da terra é: EC = D² 2R 38 Na prática das operações altimétricas, o erro devido à curvatura da Terra, apresenta–se diminuído, em razão do efeito da refração atmosférica sobre o raio visual. Quando se faz uma visada de um ponto para outro, o raio visual ao atravessar as camadas atmosféricas de densidades diferentes se refrata, seguindo uma trajetória curva, situada sobre o plano vertical visual, cuja concavidade é dirigida sobre a superfície do solo. Como consequência, o ponto C, quando visado de A é visto em C’, originando o erro de refração: ER = CC’. A superfície AC’ é dita superfície de nível ótico. Este erro é dependente da temperatura e do estado higrométrico do ar, além de outras circunstâncias locais. Em condições normais, a equação do erro de refração é a seguinte: ER = 0,1306 . EC Sendo que 0,1306 representa o raio de curvatura de refração médio diário. A correção a ser feita na determinação da altura do ponto B, visto de A, será: C = EC – ER 39 Substituindo fica: C = 0,4347 . D2 R Onde: 𝐶: erro devido à refração atmosférica e à curvatura terrestre 𝐷: distância da visada 𝑅: raio médio da Terra (6371 Km) Conhecendo–se o valor de R (aproximadamente 6.371 Km), pode–se determinar o erro devido à curvatura da terra e à refração atmosférica, para qualquer visada efetuada, por exemplo: para uma visada de 100 m, o erro será aproximadamente de 0,0007 m; para uma visada de 120 m, o erro será igual a 0,0010 m; já para uma visada de 1000 m, o erro será igual a 0,068 m. Assim, para distâncias menores que 120 m o erro devido à curvatura da terra e à refração atmosférica pode ser desprezado, por ser inferior ao milímetro. 6 TERRAPLANAGEM – CÁLCULO DE CORTE E ATERRO 6.1 OBJETIVO O serviço de terraplenagem tem como objetivo a conformação do relevo terrestre para implantação de obras de engenharia, tais como açudes, canais de navegação, canais de irrigação, rodovias, ferrovias, aeroportos, pátios industriais, edificações, barragens e plataformas diversas. 40 6.2 DEFINIÇÃO Terraplenagem é a técnica de engenharia de escavação e movimentação de solos e rochas. O termo técnico mais usualmente adotado para terraplenagem em rocha é desmonte de rocha. O serviço de terraplenagem compreende cinco etapas: 1 – Cálculo dos volumes de corte e aterro; 2 – Escavação; 3 – Carregamento; 4 – Transporte; 5 – Espalhamento. Como as etapas 2, 3, 4 e 5 são meramente “braçais”, não serão abordadas nesse material. Nesta parte estaremos abordando o trabalho de terraplenagem para a construção de plataformas horizontais, pois são necessárias para a grande maioria das construções. 6.3 TERRAPLANAGEM DE PLATAFORMAS No exemplo que se seguirão poderemos verificar que todo o trabalho pode ser planejado para obter o resultado que se desejar desde que se conheça o modelo original do terreno, ou seja, a forma planimétrica e altimétrica do terreno, antes de serem iniciadas as atividades das máquinas. Caso sejam iniciados os trabalhos antes das medições planimétricas do local, torna–se impossível o conhecimento razoável dos volumes de corte e aterro movimentados. O método de levantamento mais apropriado para obtenção das curvas de nível do terreno é a quadriculação. A área a ser trabalhada deve ser locada e em seguida quadriculada; o lado do quadrado deve ser maior ou menor em função da extensão do trabalho e da sinuosidade do terreno, já que iremos obter as cotas do terreno apenas nos vértices dos quadrados; o lado, no terreno deve ser o mais próximo possível de uma reta. Deste modo a interpretação no cálculo se aproximará da realidade. Em geral, os 41 quadriculados são de 10, 20, 30 ou 50 metros. Para lotes urbanos de pequeno porte pode–se até usar quadrados de 4 ou 5 metros. 6.3.1 Hipótese 1: plano horizontal sem a imposição de uma cota final determinadaSabemos que custo da terraplenagem compõe–se basicamente do custo do corte e do transporte. O aterro é uma consequência direta do corte e do transporte, e como tal não é pago. Baseado nisso a topografia poderá escolher uma altura do plano final que determine volumes iguais de corte e de aterro, fazendo com que se corte o mínimo possível e também se reduza o transporte ao mínimo. Solução, portanto mais econômica. Caso o projeto obrigue a uma determinada altura do plano, restará à topografia sua aplicação e os cálculos dos volumes de corte e aterro que resultarão, logicamente, diferentes. Para os exemplos de aplicação das duas hipóteses, vamos escolher o mesmo modelo de terreno. É um retângulo de 60 m x 80 m quadriculado de 20 em 20 metros, cujos vértices tiveram suas cotas obtidas por nivelamento geométrico com precisão decimétrica. Este modelo não está de acordo com realidade prática, pois para um terreno tão pequeno o quadriculado deveria máximo de 10 m e as cotas com precisão centimétrica. As curvas de nível foram traçadas após a obtenção das cotas inteiras por interpolação. 42 6.3.1.1 Nivelamento do terreno e definição da malha quadricular O primeiro passo para se calcular o volume de corte e aterro de um determinado terreno, é efetuar uma malha quadricular marcando os pontos onde deverão se aferido as leituras no nível. Para facilitar os cálculos e preenchimento da planilha, procura–se instalar o equipamento de leitura de forma que de em um único local possa–se efetuar a leitura de todos os pontos da malha. Para a determinação da malha no terreno procederemos da seguinte forma: a primeira etapa é a quadriculação do terreno. Esta etapa pode ser realizada somente a trena ou com auxílio de um instrumento como um teodolito, altímetro ou estação total. No exemplo abaixo, os pontos da malha foram materializados por piquetes. Depois se faz a determinação das cotas ou altitudes dos pontos, através de algum método de nivelamento. 43 6.3.1.2 Determinação dos pesos das cotas Após a determinação de todas as cotas nos respectivos pontos, o próximo passo é efetuar um desenho da malha quadricular do terreno, para oferecer uma melhor visualização das cotas e posteriormente atribuir os pesos para cada cota. Cada peso é determinado da seguinte forma e deve ser feito de forma sequencial crescente: – Peso 1: refere–se aos pontos localizados nos cantos da malha; – Peso 2: ficam localizados nas bordas da malha; – Peso 3: estão localizados nos cantos inversos da malha; – Peso 4: estão localizados no interior da malha. No exemplo dado, a distribuição das cotas para cada peso ficou da seguinte forma: 44 6.3.1.3 Cálculo da cota de passagem Após definir os pesos para cada ponto, o próximo passo é o preenchimento de uma nova tabela com as cotas e os pesos, a fim de determinar o valor da cota de passagem (CP), que é uma cota no terreno onde a partir dela, o cálculo de volume de corte é igual ao volume de aterro, é uma curva de nível pela qual as cotas acima deste serão de corte (+), e as cotas abaixo deste serão de aterro (–). 45 Tabela 1: pontos, cotas, pesos e suas multiplicações para a hipótese 1 Pontos Cotas Pesos C x P A1 36,3 1 36,3 A2 34,8 2 69,6 A3 33,5 2 67,0 A4 32,2 2 64,4 A5 30,8 1 30,8 B1 36,4 2 72,8 B2 34,9 4 139,6 B3 33,6 4 134,4 B4 32,3 4 129,2 B5 32,1 2 64,2 C1 36,6 2 73,2 C2 35,5 4 142,0 C3 34,4 4 137,6 C4 33,5 4 134,0 C5 32,9 2 65,8 D1 37,2 1 37,2 D2 36,3 2 72,6 D3 35,8 2 71,6 D4 35,1 2 70,2 D5 33,9 1 33,9 48 1646,4 A fórmula para cálculo da cota de passagem (CP) é a seguinte: CP = ∑(cota . peso) ∑ peso A CP foi calculada a partir dos somatórios dos pesos e das cotas x pesos. 𝐶𝑃 = 1646,4 48 𝐶𝑃 = 34,3 46 6.3.1.4 Cálculo das cotas de corte e aterro O próximo passo é organizar a tabela de modo que os pontos sejam classificados de forma crescente quanto ao seu peso, assim como criar uma nova coluna contendo o valor de cada cota subtraído da cota de passagem (CP). Recomenda–se, também, separar em colunas distintas as cotas, em módulo, de corte e aterro encontradas, lembrando que os valores referentes á coluna C – CP referem–se a os valores de corte (+), e os valores de aterro (–). Tabela 2: Cotas de corte e de aterro Pontos Cotas Pesos C x P C – CP Cotas de corte Cotas de aterro A1 36,3 1 36,3 2,0 2,0 A5 30,8 1 30,8 –3,5 3,5 D1 37,2 1 37,2 2,9 2,9 D5 33,9 1 33,9 –0,4 0,4 Σ 4,9 3,9 A2 34,8 2 69,6 0,5 0,5 A3 33,5 2 67,0 –0,8 0,8 A4 32,2 2 64,4 –2,1 2,1 B1 36,4 2 72,8 2,1 2,1 B5 32,1 2 64,2 –2,2 2,2 C1 36,6 2 73,2 2,3 2,3 C5 32,9 2 65,8 –1,4 1,4 D2 36,3 2 72,6 2,0 2,0 D3 35,8 2 71,6 1,5 1,5 D4 35,1 2 70,2 0,8 0,8 Σ 9,2 6,5 B2 34,9 4 139,6 0,6 0,6 B3 33,6 4 134,4 –0,7 0,7 B4 32,3 4 129,2 –2,0 2,0 C2 35,5 4 142,0 1,2 1,2 C3 34,4 4 137,6 0,1 0,1 C4 33,5 4 134,0 –0,8 0,8 Σ 48 1646,4 1,9 3,5 47 6.3.1.5 Obtenção dos volumes de corte e aterro Para o cálculo dos volumes, utilizaremos o método das alturas ponderadas, que se dá a partir da seguinte fórmula: V = A 4 [(1 ∑ P1) + (2 ∑ P2) + (3 ∑ P3) + (4 ∑ P4)] Onde A, é a área do quadrante menor, ou seja, no exemplo é de 400 m2 (20 x 20 m). Os Σ de P1, P2, P3, e P4 são obtidos através do somatório das cotas de corte e aterro para cada peso. Assim, encontramos os seguintes valores nos somatórios: Tabela 3: Somatórios dos pesos Σ Corte Aterro Σ P1 4,9 3,9 Σ P2 9,2 6,5 Σ P4 1,9 3,5 Substituindo na fórmula do método das alturas ponderadas: Para o volume de corte: 𝑉𝐶 = 400/4 × [ 1 × (4,9) + 2 × (9,2) + 4 × (1,9)] 𝑉𝐶 = 100 × (4,9 + 18,4 + 7,6) 𝑉𝐶 = 100 × (30,9) 𝑉𝐶 = 3090 m³ Para o volume de aterro: 𝑉𝐴 = 400/4 × [ 1 × (3,9) + 2 × (6,5) + 4 × (3,5)] 𝑉𝐴 = 100 × (3,9 + 13 + 14) 𝑉𝐴 = 100 × (30,9) 𝑉𝐴 = 3090 m³ 48 6.3.2 Hipótese 2: plano horizontal com a imposição de uma cota final determinada Para uma cota final determinada, procede–se da mesma forma descrita na hipótese 1 exceto pela substituição da cota de passagem pela cota determinada. Exemplo CD = 30 m. Tabela 4: pontos, cotas, pesos e suas multiplicações para a hipótese 2 Pontos Cotas Pesos C x P C – CD Cota de corte Cota de aterro A1 36,3 1 36,3 6,3 6,3 A5 30,8 1 30,8 0,8 0,8 D1 37,2 1 37,2 7,2 7,2 D5 33,9 1 33,9 3,9 3,9 Σ 18,2 0,0 A2 34,8 2 69,6 4,8 4,8 A3 33,5 2 67,0 3,5 3,5 A4 32,2 2 64,4 2,2 2,2 B1 36,4 2 72,8 6,4 6,4 B5 32,1 2 64,2 2,1 2,1 C1 36,6 2 73,2 6,6 6,6 C5 32,9 2 65,8 2,9 2,9 D2 36,3 2 72,6 6,3 6,3 D3 35,8 2 71,6 5,8 5,8 D4 35,1 2 70,2 5,1 5,1 Σ 45,7 0,0 B2 34,9 4 139,6 4,9 4,9 B3 33,6 4 134,4 3,6 3,6 B4 32,3 4 129,2 2,3 2,3 C2 35,5 4 142,0 5,5 5,5 C3 34,4 4 137,6 4,4 4,4 C4 33,5 4 134,0 3,5 3,5 Σ 48 1646,4 24,2 0,0 Como com a cota determinada de 30 m não temos aterro, calculamos somente o volume de corte. Aplicando a fórmula, temos: 𝑉𝐶 = 20640 m³. Podemos perceber a diferença do volume de terra a ser movimentado de um caso para o outro, o que se refletirá no custo total da obra a ser implantada. 49 7 LEVANTAMENTOS HIDROGRÁFICOS Os trabalhos hidrográficos podemser definidos como sendo os levantamentos topográficos efetuados para a obtenção da posição de pontos em leitos de água tais como rios, lagos, lagoas e ambientes oceânicos. Os objetivos principais é o conhecimento da morfologia de fundo destes ambientes para a construção de cartas náuticas bem como para a planificação e controle de projetos de engenharia como pontes, túneis, barragens, portos e outros trabalhos relacionados à engenharia. Consiste, também, na determinação da variação do nível d'água em um reservatório ou em um curso d'água. 7.1 BATIMETRIA 7.1.1 Conceitos A batimetria tem por finalidade conhecer o comportamento da morfologia de fundo de um reservatório, de um rio ou mesmo de um oceano. O levantamento batimétrico consiste, basicamente, na obtenção de um conjunto de pontos distribuídos, de forma homogênea, por toda a área do reservatório, do fundo oceânico ou da seção do rio referente ao projeto em estudo, de maneira que toda a área estudada seja coberta. Cada ponto obtido deverá apresentar três coordenadas, sendo as duas primeiras referentes a localização do ponto em relação a coordenadas geográficas e a terceira referente a profundidade naquele ponto A superfície, a ser mapeada, deve ser dividida em uma malha de linhas equidistantes de maneira conveniente para que sirva de diretriz para o levantamento. 7.1.2 Equipamentos Nos levantamentos batimétricos de áreas de pequena profundidade, podemos utilizar uma haste de madeira de ±5m de comprimento, graduada em centímetros e com seus extremos recobertos por uma lâmina metálica, a qual servirá de proteção. São 50 utilizados, também, cordas ou correntes com um lastro de 3 a 5kg preso na extremidade inferior. Na utilização deste tipo de equipamento para sondagem, deve–se ter cuidado em áreas que apresentem correntes no fluido aquoso, o que poderá ocasionar um desvio da vertical da sonda, acusando uma profundidade maior que a real. Equipamentos mais sofisticados, como os ecobatímetros, (Fig. 33d), podem ser utilizados em qualquer profundidade. Estes equipamentos realizam um registro contínuo e preciso da profundidade. Fundamentalmente, estes equipamentos são instalados no casco de uma embarcação e emitem uma onda de frequência preestabelecida e registra o intervalo de tempo desde o instante em que se produziu a onda original até o momento em que se capta o retorno do eco desta onda, vindo da superfície de fundo. Estes equipamentos estão ajustados para obterem a profundidade de acordo com a velocidade do som em relação ao tipo de água em que está sendo utilizado, seja água doce ou salgada. 7.1.3 Levantamentos A operação batimétrica deve ser feita com o apoio topográfico de terra, para que se possa conferir o posicionamento correto da embarcação, que deve ser mantida em velocidade constante. 51 Para indicar as posições em que foram efetuadas as sondagens são utilizados alinhamentos, que são estaqueados nas margens ou, em áreas de pouca profundidade por estacas nos próprios pontos de sondagem ou boias flutuantes. A locação dos pontos de sondagem pode ser determinada pelo método da triangulação. Conhecendo–se as coordenadas das estações e os ângulos que os alinhamentos fazem entre si em relação ao ponto de sondagem, podemos determinar as coordenadas destes e locá–las, posteriormente, em cartas. Atualmente, em trabalhos que exijam uma maior precisão na localização dos pontos de sondagem, há uma tendência em complementar o apoio topográfico de terra com GPS ou DGPS e softwares especialmente desenvolvidos que permitem in loco registrar a cada momento a posição do barco e do ponto sondado. 52 7.2 MEDIDA DE VAZÃO DE RIOS Vazão de um curso de água é a quantidade de água que passa numa determinada seção num certo período de tempo. A vazão de qualquer curso natural de água varia constantemente, desde as menores, em época de seca, até as maiores, em época de chuva. O que interessa ao Engenheiro é estabelecer a vazão média. Para isso, necessita–se de tomada de dados por um período mais prolongado, alguns meses ou alguns anos. Um dos métodos que podem ser utilizado são o método do vertedor. 7.2.1 Método do vertedor Este processo baseia–se na necessidade de se fazer toda a água que corre num determinado canal, do qual se quer medir a vazão, passar por um vertedor que pode apresentar forma retangular, triangular ou circular. 53 Por exemplo, vamos considerar um vertedor do tipo retangular que apresente uma abertura de 0,60 x 0,20 m. A parte inferior da abertura deve ser cortada de forma chanfrada para diminuir o atrito da água. Esta barreira deve ser colocada de forma a interceptar a passagem da água, vedando–se as partes laterais e o fundo, ou seja, represando a água entre as margens e a barreira. Como consequência, o nível d'água irá se elevar até atingir a abertura e começará a fluir por ela. Espera–se a estabilização do nível e iniciam–se as medidas para o cálculo da vazão. Para determinarmos a altura "h" (altura da água sobre a aresta do vertedor) com precisão milimétrica devemos utilizar o nivelamento geométrico. Efetua–se uma leitura de mira com ela apoiada na aresta do vertedor (lv) e outra (le) com a mira apoiada numa estaca localizada no leito do rio a uma distância de 4L (distância recomendada pela hidráulica), ou seja, para nosso exemplo de L=0,60m, a distância ficaria em 2,5m. Necessita–se medir a leitura "n", que corresponde à altura da água sobre a estaca. 54 Logo temos: h = lv – le + n Para o cálculo da vazão podemos utilizar as equações empíricas propostas por Bernouille ou por Francis, respectivamente: Q = 1,78 . L . √h 3 Q = 1,826 . L . √h 3 . (1 – h 5 ) É necessário lembrar que, em ambas as equações, os valores de 𝐿 e ℎ devem ser em metros para que a vazão resulte na unidade de metros cúbicos por segundo. Para ambientes com vazão mais elevada, a solução para empregar o processo do vertedor é o de construir instalações permanentes de alvenaria ou concreto, desviando– se o curso d'água temporariamente para ser construído o vertedor e, posteriormente, fazer o curso d'água retornar ao antigo leito. Para a obtenção das leituras diárias "n" (altura da água sobre a estaca), podemos instalar uma régua graduada fixa sobre esta estaca, a qual é conhecida como linígrafo ou régua de leitura. 55 Além deste método, existem os métodos dos flutuadores e dos molinetes, com os quais podemos determinar a vazão em diversos níveis de profundidade. Estes casos serão abordados pela hidrologia, já que os mesmos não fazem parte dos métodos topográficos. 56 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13.133 – Execução de Levantamento Topográfico. São Paulo: ABNT, 1994. BORGES, A. de C. Topografia Aplicada à Engenharia Civil. 2ª ed., V. 2, São Paulo: Edgard Blücher, 1997. ESPARTEL, Lelis. Curso de Topografia. Porto Alegre: Globo, 1982. BRANDALIZE, Maria Cecília Bonato. Topografia. Curitiba: PUC/PR (notas de aula), s/d. COMASTRI, J. A.; TULER, J. C. Topografia: altimetria. Viçosa, Universidade Federal de Viçosa,1987. JORDAN, W. Tratado general de topografia. Barcelona: Gustavo Gili, 1974. LOCH, C.; CORDINI, J. Topografia contemporânea: planimetria. Florianópolis: UFSC, 1995. MEDEIROS Jr, J. R.; FIKER, J. A perícia judicial: como redigir laudos e argumentar dialeticamente. São Paulo: Pini, 1999. NADAL, C. A. Cálculo de poligonais topográficas. Curitiba: UFPR, 2000. PARREIRA,Álvaro. Topografia. Lisboa: ed. Pórtico, 1962. PHILIPS, Jürgen. Atualização em topografia e geodesia: uso de estação total e GPS. Florianópolis: UFSC (apostila), 1997. PHILIPS, Jürgen. Uma projeção geodésica para o cadastro imobiliário brasileiro. Recife: UFPE, 1997. PINTO, Luiz Edmundo Kruschewsky. Curso de topografia. Salvador: Ed. UFBA, 1980 SILVA, Irineu da. Mensuração. São Carlos: USP (apostila), s/d. FREIBERGER, J.; MORAES, C. V. de.; SAATKAMP, E. D. Geodésia e topografia. (notas de aula), UFSM, 2011.
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