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1 FACULDADE MÁRIO SCHENBERG Jorge R. Terry Ubillús “A Alegoria da Caverna, Versão Contemporânea” Cotia Antropologia e Sociologia – PROF.: Carlos Laurenti. 1º Semestre de 2018 2 Um caso na Vida real e contemporânea: Trata-se deu um caso da Real onde o Advogado Daniel Tavela, criou uma situação onde durante algum tempo houve uma visão distorcida da realidade, e vem demostrar de como as pessoas tratam as pesquisas com superficialidade, não se aprofundando nas informações colhidas, e chegando mesmo se expor ao ridículo. Esta situação, criada pelo próprio, Daniel que é Advogado, treinador de equipes de competições nacionais e Internacionais de arbitragem pela Camarb , do Vis Moot, pela FGV – Direito (no final do trabalho segue um perfil completo do mesmo)vem a relatar a seguir: “Esta ideia veio de uma experiência com um estagiário que eu e o Vitor (meu sócio) tivemos, que a gente tinha identificado nele uma dificuldade em fazer pesquisa. Particularmente, por ele acreditar em tudo que aparecia na internet. Aí a gente resolveu criar esse personagem e fazer essa experiência didática com ele” O Caso: Solicitaram que esse estagiário fizesse uma pesquisa sobre OPA - Oferta Pública de Associação, algo que não existe. Sendo algo que não existe, teriam que dar ao estagiário uma fonte de pesquisa, senão ele iria perceber que era palhaçada, não é verdade? É aí que entra em ação a imaginação deles, deixando o negócio mais real fizeram um perfil falso no Wikipédia: onde surge então Carlos Bandeirense Mirandópolis. NASCIMENTO DE CARLOS BANDEIRENSE MIRANDÓPOLIS 1. Fizeram um perfil falso; 2. Colocaram o nome do “mito” de Carlos Bandeirense Mirandópolis; 3. Deram a esse “sujeito” um currículo bem singular: jurista, educador, autor, filósofo político, compositor e advogado brasileiro, amigo de Chico Buarque sendo inclusive inspiração para música “Samba de Orly”; 4. Poderia faltar um drama, amizade e a volta por cima nessa história toda? Lógico que não! Informaram no perfil que Carlos Bandeirense Mirandópolis havia sido vítima de perseguição na época da ditadura (0 drama), exilado em Paris que por coincidência foi onde ele conheceu Chico Buarque (a amizade) se tornaram amigos e que retornou em 1980 para o Brasil onde foi figura importante no movimento Diretas Já em 1984 (volta por cima). 3 5. Com exceção do nome, um histórico desses faz qualquer um acreditar na veracidade das informações, foi o que aconteceu exatamente isso! Já que outras pessoas também acreditaram e Carlos Bandeirense Mirandópolis foi citado em: 1 – Uma decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, de 10 de novembro de 2014, na ocasião estava em análise uma ADIN (Ação Direta de Inconstitucionalidade) a uma Lei estadual referente a utilização de máscaras em manifestações, inclusive foi aprovada essa lei. A desembargadora, do caso, destacou que Carlos Bandeirense Mirandópolis não usou máscara quando participou do comício das Diretas Já, assim como personalidades como Ulysses Guimarães, Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso. A menção ao jurista fictício não invalida a decisão judicial. 2 – Carlos Bandeirense Mirandópolis também foi citado em trabalho acadêmico na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 3 – Por fim e não menos importante Carlos Bandeirense Mirandópolis também foi incluído em um documentário sobre as Diretas Já. 4 “A coisa tomou uma proporção que a gente nunca imaginava. Eu esperava aparecer em alguns blogs, mas não em uma fonte mais séria. Eu gargalhei. Mas, se é engraçado por um lado, é triste por outro, porque as pessoas não estão usando a internet corretamente”, afirmou o advogado Vitor Nóbrega. Como tudo na vida tem seu fim, a lenda Carlos Bandeirense Mirandópolis, faleceu nesta quarta- feira vítima de uma exclusão do perfil no Wikipédia Seguindo o Mito no seu conceito: O mito O Mito da Caverna ou “Alegoria da Caverna” é uma passagem do livro “A República” do filósofo grego Platão. É mais uma alegoria do que propriamente um mito. É considerada uma das mais importantes alegorias da história da Filosofia. Através desta metáfora é possível conhecer uma importante teoria platônica: como, através do conhecimento, é possível captar a existência do mundo sensível (conhecido através dos sentidos) e do mundo inteligível (conhecido somente através da razão). O Mito da Caverna O mito fala sobre prisioneiros (desde o nascimento) que vivem presos em correntes numa caverna e que passam todo tempo olhando para a parede do fundo que é iluminada pela luz gerada por uma fogueira. Nesta parede são projetadas sombras de estátuas representando pessoas, animais, plantas e objetos, mostrando cenas e situações do dia-a-dia. Os prisioneiros ficam dando nomes às imagens (sombras), analisando e julgando as situações. Vamos imaginar que um dos prisioneiros fosse forçado a sair das correntes para poder explorar o interior da caverna e o mundo externo. Entraria em contato com a realidade e perceberia que passou a vida toda analisando e julgando apenas imagens projetadas por estátuas. Ao sair da caverna e entrar em contato com o mundo real ficaria encantado com os seres de verdade, com a natureza, com os animais e etc. Voltaria para a caverna para passar todo conhecimento adquirido fora da caverna para seus colegas ainda presos. Porém, seria ridicularizado ao contar tudo o que viu e sentiu, pois, seus colegas só conseguem acreditar na realidade que enxergam na parede iluminada da caverna. Os prisioneiros vão ao chamar de louco, ameaçando-o de morte caso não pare de falar daquelas ideias consideradas absurdas. 5 O que Platão quis dizer com o mito Os seres humanos têm uma visão distorcida da realidade. No mito, os prisioneiros somos nós que enxergamos e acreditamos apenas em imagens criadas pela cultura, conceitos e informações que recebemos durante a vida. A caverna simboliza o mundo, pois nos apresenta imagens que não representam a realidade. Só é possível conhecer a realidade, quando nos libertamos destas influências culturais e sociais, ou seja, quando saímos da caverna. Conclusão do trabalho: Nós somos e acreditemos naquilo que (superficialmente) vemos ou buscamos, Não nós aprofundamos nos conhecimentos nem checamos as informações colhidas., Como resultado obteremos resultados prejudicados pela falta de elementos reais em nossa base de pesquisa, e com certeza poderão comprometerão a nossa credibilidade, do nosso trabalho, O pior é que acabaremos por prejudicar terceiros que deram seu voto de confiança na gente. O Autor: Daniel Tavela Luís é advogado com experiência nas áreas de direito empresarial, comércio internacional e resolução de conflitos. Integra a equipe de Manuel Luís Advogados Associados como responsável pelas áreas de direito internacional, direito empresarial, propriedade intelectual e resolução alternativa de conflitos. Esteve envolvido em uma variedade de questões legais e empresariais, dentre as quais: • Resolução de conflitos, com especial ênfase em arbitragem comercial e internacional, bem como contencioso cível no Brasil; • Assistência em negociações, fechamentos e revisão de contratos, com especial ênfase em contratos empresariais, nacionais e internacionais; • Assistência em negociações, fechamentos e revisão de contratos relacionados a fusões e aquisições, acordo de sócios e dissolução de sociedades; • Preparo de pareceres relacionados ao direito contratual, empresarial e societário; • Assistência jurídica geral em questões de direito societário, especialmente relacionados à abertura de empresas no Brasil; • Elaboração de consultas e pareceres sobre regularização de capitais brasileirosno exterior e de capitais estrangeiros no Brasil; • Elaboração de pesquisas e pareceres sobre o registro de marcas, bem como realização de depósitos de marcas no Brasil; • Atuação contenciosa administrativa e judicial junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI); • Elaboração de pareceres e documentos relacionados a processos administrativos e contratações públicas; • Procedimentos de auditoria (due diligence) legal. Daniel Tavela Luís também possui interesse especial na área acadêmica, graduando-se em Direito pela FGV Direito SP. É mestre e doutorando em Direito Internacional pela Faculdade de Direito de São Paulo da Universidade de São Paulo e coach da equipe da FGV Direito SP para o Willem C. Vis International Arbitraiton Moot. Idiomas: português, inglês, francês e italiano
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