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GEOGRAFIA DA PARAÍBA Didatismo e Conhecimento 1 GEOGRAFIA DA PARAÍBA 1. FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO PARAIBANO. Por ter sido um dos pontos territoriais do Brasil conhecido e explorado desde o início da colonização, a paraíba em sua história, acompanha a própria História do Brasil, desde seu descobrimento até os dias atuais. Após a descoberta do Brasil, como capitania, a paraíba foi ex- plorada e colonizada. Na administração colonial do Brasil, foram configurados três modalidades de estatutos políticos: o das capita- nias hereditárias, o do governo geral e o do Vice-reino. Na Paraíba, tivemos a criação da Capitania Real em 1574. Em 1694, esta capi- tania se tornou independente. Entretanto, passados mais de sessen- ta anos, a capitania da Paraíba foi anexada à de Pernambuco em 1º de janeiro de 1756. Assistiu e participou dos movimentos contra a invasão dos estrangeiros (franceses e holandeses). Com a vinda da família real para o brasil, em 1808, a Paraíba passou à condição de província. D. João VI, que governava Por- tugal e suas colônias, como príncipe-regente, no lugar de sua mãe D. Maria (que era doente mental), fugiu para o brasil com toda sua cotre, por causa de guerras na Europa entre França e Inglaterra. A paraíba, participou, então, dos movimentos contra o domí- nio português. Esses movimentos tinham como objetivo separar o Brasil de Portugal. Em 1817, quando se iniciou em pernambuco uma revolta contra o domínio Português, na paraíba logo se aderiu ao movimento. Nosso estado participou ativamente do movimento e muitos paraíbanos ilustres perdeam sua vida lutando por esse ideal entre eles: José Peregrino de Carvalho, Amaro Gomes Cou- tinho e padre Antônio de Albuquerque. A revolução foi derrotada, mas a ideia de libertação continuou viva. Aumentava a cada dia nos brasileiros o desejo de independê- cia e este sentimento se espalava por todo o território nacional. D. João voltou a portugal, para assumir o governo em lisboa, ois os franceses já tinham se retirado. Deixou no Brasil seu filho D. Pe- dro I, que proclamou nossa independência; as margens do riacho do Ipirannga , em São paulo, no dia 7 de setembro de 1822. ele se tornou imperadordo Brasil. Assim a paraíba foi das primeiras provincias a declarar apoio a D.Pedro I e a reconhecer a sua autoridade para resolvel todos os negócios do Brasil, antes mesmo da proclamação da independên- cia. Essa atitude fez com que José Bonifácio de Andrada e Silva se dirigi-se ao povo paraibano, chamando de “povo bom e leal da paraíba”. A paraíba recebeu com festas a notícia da proclamação da independência e a da aclamação de D.Pedro I como Imperador do Brasil. De 1808 até a República Com a chegada da família real portuguesa no Brasil, entra- va em decomposição o sistema colonial no Brasil em virtude das transformações exercidas na colônia tanto na administração, como nas novas idéias implantadas, assim como na abertura dos portos ao comércio das nações estrangeiras, a elevação da colônia à cate- goria de reino com a criação da impressão régia, e a revogação das leis que proibiam as atividades industriais no Brasil. Sendo o Areópagos fundado pelo naturalista paraibano Ma- noel de Arruda da Câmara no ano de 1799 em Itambé com a fi- nalidade de estudar as ideologias da revolução francesa contra o absolutismo monárquico de Portugal e preparou adeptos para o sis- tema republicano essencialmente democrático com noção da dig- nidade do homem sem diferenciação de raça, que entre eles faziam parte André Dias de Figueiredo, do Padre João Ribeiro Pessoa, Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque Montenegro, José Pereira Tinoca e outras figuras de destaque da Paraíba e Pernam- buco que cogitavam na criação de uma republica sob a proteção de Napoleão Bonarparte na qual os irmãos Suassuna foram os mais comprometidos na conjura, e logo após o plano ser descoberto foi aberto uma devassa na qual não se apurou nada de positivo, e os acusados sendo libertados, porém a idéia de independência con- tinuou bailando no ar quando cresceu e se propagou através das lojas maçônicas que funcionavam com o rótulo de academia. Academia do Cabo fundada por Francisco Paes Barreto, o Morgadodo Cabo, que funcionava no Recife e também nesta mes- ma cidadefuncionavam a Pernambuco do Oriente fundada por Cruz Cabugá e a do Oriente fundada por Domingos José Martins, e a Academia Suassuna,além destas academias também haviam em Iguaraçu uma oficina quefoi fundada pelo Capitão Francisco Xavier de Morais Cavalcanti, nestaépoca não funcionava nenhuma academia na Paraíba, porém pessoascomo Amaro Gomes Couti- nho, Estevan José Carneiro da Cunha, Joaquim Manoel Carneiro da Cunha, Joaquim Batista Avundano, Francisco Xavier Monteiro da França, André Dias de Figueiredo e outros mais que já estavam iniciado nos mistérios da maçonaria. E no ano de 1800 o bispo Azeredo Coutinho que era um ho- mem culto, viajado e integrado no espírito da época, muito embora não participasse das idéias revolucionarias, fundou o Seminário de Olinda que concorreu em muito para a propagação da idéias republicana no nordeste brasileiro em virtude dos padres estarem bem informados a respeito da revolução francesa e por se coloca- rem em posição contraria com o poder absoluto do monarca e com isto acabaram-se se tornando os arautos da idéias que só admitiam independência com republica, E a par disso, crescia a animosidade entre brasileiros e portugueses que acabou irrompendo o sentimen- to nativista que foi a primeira manifestação de nacionalismo e que deu aos brasileiro a consciência de pátria que naquela época não existia. E devido aos ânimos acirrados em 6 de Março de 1817 ocorreu a prisão de alguns militantes maçons quando o brigadei- ro Manoel Joaquim Barbosa que era odiado por sua prepotência e superioridade portuguesa mandou chamar ao quartel para que fossem preso todos os oficiais brasileiros suspeitos de serem cons- piradores. E como conseqüência a cidade de Recife foi tomada de in- teira desordem quando o Governador Caetano Pinto que havia se refugiado ma fortaleza do Brum foi obrigado a renunciar e alguns oficiais foram mortos após esboçarem alguma reação, desta forma estava vitorioso o movimento revolucionário que rebentou inopi- no, sem data marcada, sem plano de ação e sem articulação com as capitanias vizinhas, porém compensado pelo contágio ideológico dos chefes locais para exercerem de forma maravilhosa a organiza- ção e a propaganda do plano revolucionário quando implantou de pronto uma república com bases democráticas, e no momento em Didatismo e Conhecimento 2 GEOGRAFIA DA PARAÍBA que organizavam o governo, os pernambucanos enviaram alguns emissários para explicar o sentido da revolução e pedir adesão do movimento ao triunvirato que administrava a Paraíba em virtude da morte do Governador Antônio Caetano Pereira. E partiu junto com Manoel Clemente Cavalcanti para Pilar comandando um terço armado para plantar a bandeira da liberda- de e se juntar as tropas de André Dias de Figueiredo e de Inácio Leopoldo de Albuquerque Maranhão e partiu com destino a capital onde a administração da Paraíba era exercida interinamente por um triunvirato composto pelo Ouvidor Geral André Alves Pereira Ribeiro Cirne, pelo Coronel Francisco José da Silveira e do Verea- dor Manoel José Ribeiro de Almeida que ao tomarem conhecimen- to dos primeiros rumores dos fatos ocorridos na cidade de Recife, imediatamente colocaram os quartéis de prontidão e confiaram a ordem publica ao Coronel de Milícia Amaro Gomes Coutinho e ao Comandante da Tropa de Linha Estevam José Carneiro da Cunha, e na madrugada do dia 13 ao tomar conhecimento da aproximação das forças revolucionarias vinda do interior da capitania, o Ouvi- dor Geral André Pereira Cirne que era o presidente da junta gover- nativa,imediatamente fugiu da capital para Mamanguape de onde seguiu para o sertão disfarçado de vaqueiro e pela manhã quando os outros membros da junta chegaram ao palácio do governo, fo- ram surpreendido com a fuga do presidente e por conta dista e sem medirem as conseqüências, de imediato entregaram o governo aos chefes militares Amaro Gomes Coutinho e Estevam José Carneiro da Cunha que também participavam das mesmas idéias democráti- cas e estavam dispostos a proclamarem a república na Paraíba, por este motivo quando da chegada das forças revolucionarias avinda do interior em 15 de Março. Que proclamaram a república e elegeram no palácio do gover- no umajunta composta pelo Padre Antônio Pereira de Albuquerque Melo,Inácio Leopoldo de Albuquerque Maranhão, Francisco Xa- vier Monteiro de França e Francisco José da Silveira que aboliram as insígnias reaisa fim de apagar a lembrança do absolutismo mo- nárquico quandoextinguiram os cargos de ouvidor geral e juiz de fora, anistiaram todosaqueles que haviam sido condenados pelo ex-Ouvidor Geral AndréAlves Pereira Ribeiro Cirne, acabaram com o imposto da carne, proibiram a criação de gado solto nas terras de cultura, prescreveram concessões para novas sesmarias, regulamentaram a administração dos índios e adotaram a bandeira da república da Paraíba. Os revolucionários paraibanos que se denominaram como patriotas imediatamente enviaram ao Rio Grande do Norte uma expedição militar sob o comando de José Peregrino de Carvalho, com a missão de propagar a causa da república, que já estava pro- clamada em terras potiguar pelo patriota André de Albuquerque Maranhão senhor de Cunhaú com pouca aceitação pelo povo, e por conta disto José Peregrino permaneceu alguns dias no Rio Grande do Norte para ajudar a André de Albuquerque Maranhão na sua sustentação a frente do governo, porém no final do mês de Abril José Peregrino foi chamado de volta a Paraíba, e a república poti- guar acabou se desmoronando em virtude do assassinato do patrio- ta André de Albuquerque Maranhão dentro do palácio do governo. No retorno de José Peregrino de Carvalho a Paraíba ele en- controu a república bastante enfraquecida em seus movimentos em face do bloqueio praticado em todas as partes pelas forças legais que acarretavam um desânimo nas hostes republicanas da Paraíba, e por conta disto João Alves Sanches Massa e Matias da Gama Cabral marcharam contra as forças rebeldes do Coronel Amaro Gomes Coutinho para um confronto que se realizou no dia 5 de Maio em Tibiri que levou as forças republicanas a baixar as armas com a capitulação de Amaro Gomes Coutinho no dia 6 no impro- visado quartel armado no Convento de São Bento quando jurou obediência e vassalagem ao Rei Dom VI, e que com isto a Paraíba foi restaurada, e para compor o governo em caráter provisório foi chamado os legalistas Gregário José da Silva Coutinho, o Capitão João Soares Neiva e o Vereador Manoel José Ribeiro de Almeida que ficaram em plena liberdade para atuarem conforme os termos da capitulação e por conta disto no periodo do dia6 a 13 de Maio ninguém foi punido ou molestado. A exceção de José Carneiro da Cunha que era o líder da revo- lução e que era o líder da revolução e que escapou de ser preso por estar escondido no seu engenho Tibiri nas proximidades de Santa Rita, pois quando procurado por agentes da legalidade se encon- trava metido num buraco que fora cavado na choupana de uma escrava de estimação onde permaneceu até que cessou as buscas e seguiu para a cidade do Recife onde se escondeu na casa de um amigo e embarcou para a Inglaterra junto com José da Cruz Gou- veia que chegou da Paraíba por outros caminhos. Com o restabelecimento do legalismo, foi instalado na cidade do Recife uma comissão militar que ficou encarregada de apurar a responsabilidade dos implicados na revolução de 1817, comissão esta que praticou as mais variadas injustiças ao exercer todo tipo de vingança em nome do poder legal, pois as vitimas foram suma- riamente condenadas e a primeira a ser executada foi o Tenente Antônio Henrique que comandava a fortaleza de cinco pontas no Recife, e que ao caminhar para o patíbulo onde foi degredado se- guiu resoluto e soltou alguns impropérios contra ao absolutismo monárquico até ser empurrado pelo carrasco e a seguir no dia 10 de Maio foram enforcados os Capitães Domingos Teotônio Jorge e José de Barros Lima o Leão Dourado que do alto da forca vocifera- ram contra a vingança legal e no dia 21 de Maio foram enforcados os patriotas paraibanos José Peregrino de Carvalho, Amaro Gomes Coutinho e Francisco José da Silveira e no dia 6 de Setembro subi- ram ao patíbulo os seus companheiros de infortúnio os Padres An- tônio Pereira de Albuquerque e Inácio de Albuquerque Maranhão. E que fez parte da junta que governou a Paraíba na república de 1817, e ao tomar conhecimento da conspiração que sufocou as tropas comandadas por Amaro Gomes Coutinho na batalha trava- da nas margens do rio Tibiri, se manifestou no sentido de que as tropas revolucionarias deveriam se render debaixo do titulo de ca- pitulação para evitar uma efusão inútil de sangue e por ser um dos lideres dainsurreição acabou preso e condenado a morte, porém a sentença que o condenou teve efeito suspensivo por força de um recurso quando Francisco Xavier Monteiro de França declarou que foi levado contra a sua vontade a fazer parte da revolução e por conta disto a comissão militar interpôs para ao soberano que atra- vés da carta régia de 28 de Novembro concedeu perdão da pena de morte para o réu e o remeteu aos cárceres da Bahia de onde foi libertado em 2 de Março de 1821 por força do perdão geral. Através da carta régia de 6 de Agosto foi criada uma alça- da quesubstituiu a comissão militar em 13 de Outubro quando se instalou soba presidência do Desembargador Bernardo Teixeira Coutinho Alvares de Carvalho que pertencia a relação da Bahia e de formação granítica que sabia prender mas não sabia soltar e por conta disto Manoel da Fonseca Galvão que havia levantado a bandeira da liberdade em Mamanguape cuja guarda foi confiada ao Vigário Veríssimo Machado Coelho que hospedara a tropa de Didatismo e Conhecimento 3 GEOGRAFIA DA PARAÍBA Peregrino de Carvalho em seu regresso do Rio Grande do Nor- te acabou sendo preso quando o Capitão mor Sebastião Nobre de Almeida hasteou o estandarte real como triunfo da legalidade e na oportunidade alguns moradores do lugar deixaram de comparecer ao ato da restauração e por conta disto acabaram sendo presos e remetidos para os calabouços da Bahia junto ao vigário, em Vila Nova da Rainha o vigário da freguesia VirginioRodrigues Campe- lo foi preso, processado e enviado aos cárceres daBahia por ter fei- to propaganda da revolução para os seus paroquianosno Brejo da Areia quando da contra revolução Antônio José Gomes Loureiro e o Frei João de Santa Teresa que faziam parte do governo estabele- cido para restabelecer a ordem do lugar e que haviam se arrependi- do de terem tomado parte na república instalada na Paraíba e que recriminavam-se reciprocamente, acabaram sendo presos quando acompanhavam alguns prisioneiros que eram remetidos para a ca- pital sob a acusação de cometerem desmandos durante a jornada e um outro fato relevante se deu quando Antônio Tomaz Duarte ao chegar em Brejo de Areia foi imediatamente peso e remetido para a capital fortemente escoltado, no entanto misteriosamente acabou fugindo junto com os soldados que o conduziam. Em Vila do Pombal o Vigário José Ferreira Nobre e seu ir- mão Antônio José Nobre implantaram a revolução instruído pelo Frei Miguelito e por João Ribeiro quando estavam no seminário de Olinda, e ao organizarem um corpo de tropa e marcharam para a cidade de Souza ao encontro do Padre Luís José Correia de Sá que era considerado como um homem forte do sertão Na intençãode derrubar o governo tirano de Manoel Inácio Sampaio e proclamarem a república da liberdade, todavia ao che- garem em São João do Rio do Peixe foi surpreendido com a noticia de que havia caído a república na Paraíba e em Pernambuco, e por conta disto imediatamente dissolveu o seu exército e ainda de armas nas mãos passou para a legalidade exatamente quando o Ouvidor Geral André Alves Cirne abandonava o seu esconderijo em Painço e marchava em direção a capital acompanhado de um exército fortemente armado e que ao chegarem na Paraíba em 9 de Junho destituiu o triunvirato que a governa e constituiu um outro que junto a ele ficou formado por Matias da Gama Cabral e Manoel José Ribeiro de Almeida que foi dissolvido três dias após em virtude da posse do novo Governador Tomaz de Souza Mafra que era um homem demasiadamente tímido e por isto viveu grande parte de seu governo assustado com o fantasma de outra revolução e para que isto não acontecesse ordenou que o ouvidor geral que deixou fama de desonesto em virtude da distriçao da justiça por ele aplicada, que abrisse uma devassa contra os suspeitos de terem participado da república paraibana, e por conta da recomendação do Presidente da Alçada Bernardo Teixeira para que dessem prefe- rencia para as testemunhas portuguesas, as quais acabaram acusan- do e prestando falsos testemunhos por meras suspeição e por conta disto a cadeia da Paraíba e a fortaleza do Cabedelo se encheram de muitos inocentes, como no caso de Manoel Lobo de Miranda Henriques que não teve nenhuma participação ativa, porém por ser genro de Francisco José da Silveira que era membro da junta revolucionaria acabou sendo preso e remetido para a Bahia, entre- tanto muitos revolucionários a não prestaram conta a justiça em virtude das extorsões praticadas pelo ouvidor geral como no caso do Sargento mor Antônio Galdino Alves da Silva que comandou a tropa rebelde na marcha de Pilar sobre à Paraíba em 13 de Março e que nada sofreu pois nenhum processo foi aberto contra ele por ser filho do Coronel João Alves Sanches Massa que era amigo intimo do ouvidor geral, e um outro que nada sofreu foi o Capitão Manoel Alves da Costa Lima que comandou uma companhia de ordenan- ça na marcha de Pilar à Paraíba e que era genro do Coronel João Alves Sanches Massa, e num outro caso o governador do Ceará Manoel Inácio Sampaio organizou um exército sob o comando do Coronel Alexandre José Leite Chaves para vasculhar os sertões da Paraíba, onde capturou diversos elementos comprometidos com o movimento, e entre eles estava o Padre Luís José Correia de Sá e o seu filho Francisco Antônio Correia de Sá os quais o Ouvidor Geral André Alves Cirne os acolheu em Souza e os excluíram da devassa por entender que estavam inocentes das acusações recebi- das e os fizeram regressar a capital, e pela carta régia de 6 de Feve- reiro de 1812 a devassa foi encerrada e os presos que não fossem lideres da revolução deveriam ser postos em liberdade, todavia o Presidente da Alçada Bernardo Teixeira interpretou que todos os presos eram lideres do movimento, e por este motivo nenhum pre- so foi solto, e por conta disto o Governador de Pernambuco Luís do Rego através de uma carta enviada ao Ministro Tomaz Antônio Vila Nova Portugal pediu clemência para todos os envolvidos na devassa e relatou como agia o presidente da alçada contra os que apesar da esmagadora opressão faziam continuar viva a idéia de independência com democracia nas grades das prisões que servi- ram de lenitivo para as pregações cívicas. E bem antes do grito de independência em 11 de Junho de 1822 ajunta de governo da Paraíba através de um oficio enviado a José Bonifácio deu adesão ao Príncipe Dom Pedro I e pleitearam por parte dele que as prerrogativas de igualdade que a constituição jurada assegurava as comunidades luso-brasileiras O absolutismo monárquico contra o qual os nordestinos se le- vantaram na revolução de 1817 e que os portugueses não consenti- ram que fosse empregado no Brasil, acabou-se realizando na revo- lução do Porto quando forçaram que o Rei Dom João VI jurasse as bases de uma constituição que os deputados das cortes portuguesas iriam ainda aprovar e cujas bases o rei ficaria amputado dos pode- res absoluto por ele exercido, e por conta disto em 26 de Fevereiro de 1821 Dom João VI jurou a constituição no Rio de Janeiro e no dia 10 de Junho ela foi jurada pela câmara da Paraíba onde os régu- los do soberano poder que tão enfurecidos se mostraram contra os patriotas, estavam agora desencantados com o rei por ter jurado e mandado jurar a constituição e por conta disto João Alves Sanches Massa e Matias da Gama Cabral impugnaram a constituição jurada por considerarem obra de libertinos, e por conta disto foram afasta- dos do poder em virtude da nova câmara que se implantava na Pa- raíba, e a partir deste momento tomaram como pretexto que o Rei Dom João VI estaria sendo coagido quando jurou a constituição e nesse pressuposto sairam em defesa do rei com um bando armado a cometerem violências pelo interior, quando depredaram e saquearam Pilar, Itabaiana, Guarabira, Alagoas Grande até serem contidos e desbaratados ao penetrarem na Vila Real do Brejo de Areia quando foram presos e mandados para as prisões da cidade do Recife e o governador da Paraíba solicitando através de um oficio enviado a José Bonifácio de Andrada e Silva que baixasse uma ordem proibindo o regresso dos mesmos a Paraíba. Com o decreto das cortes de 29 de Setembro de 1821 que determinava que fosse realizada as eleições de uma junta governativa para cada província e que na Paraíba a mesma se realizou em 25 de Outu- bro quando foram escolhido para presidente o português João de Araújo que em 18 de Julho de 1822 renunciou o seu cargo e como seu substituto foi nomeado o Padre Galdino da Costa Vilar e no Didatismo e Conhecimento 4 GEOGRAFIA DA PARAÍBA dia 29 de Setembro a câmara da Paraíba realizou as eleições para deputados a assembléia constituinte do Rio de Janeiro, e no dia 8 de Outubro declarava-se desligada da metrópole portuguesa e em 28 de Novembro proclamavam Dom Pedro I como Imperador do Brasil e entre os dias 16 a 24 de Dezembro festejou-se na Paraíba a aclamação do imperador, e o governador que nesta época além de assegurar a ordem interna na Paraíba, enviou uma força militar para Bahia com a finalidade de ajudar na expulsão dos portugueses que se opunham a independência do Brasil sob o comando do Ge- neral Madeira, e um outro contingente foi enviado ao Ceará para reforçar as forças de José Pereira Filguera que lutava contra as for- ças portuguesas de João da Cunha Fidié que acabou sendo vencido em uma batalha que foi travada no Piauí, e no dia 3 de Fevereiro de 1823 uma nova junta governativa foi eleita sob a presidência de Estevan José Carneiro da Cunha que de imediato se viu envolvido nos tumultos Com intento de fugir para restabelecer na Paraíba os laços do colonialismo e em conseqüência desse distúrbios acabaram sendo presos muitos portugueses na Paraíba e remetidos para a ilha de Fernando de Noronha. 2. GEOGRAFIA FÍSICA: RELEVO, CLIMA, VEGETAÇÃO, HIDROGRAFIA. Clima O clima nesta região varia de acordo com o relevo. Na Baixa- da Litorânea e na encosta leste da Borborema predomina o clima tropical úmido, com chuvas de outono-inverno e estação seca du- rante o verão. As chuvas no litoral atingem índices de 1.700mm anuais e temperaturas na casa dos 24°C. Seguindo para o interior as chuvas diminuem (800mm - encosta leste da Borborema), vol- tando a aumentar o índice pluviométrico no topo do planalto para 1.400mm. Dominando o planalto da Borborema, exceto a encosta leste, está o clima semi-árido quente; o índice pluviométrico nesta região pode ser considerado baixo chegando a 500-600mm anuais. O menor índice pluviométrico anual do Brasilé registrado no município de Cabaceiras, 279mm. Uma terceira tipologia climática ocorre a oeste do Estado, no planalto do rio Piranhas. Clima tropical úmido caracterizado por apresentar chuvas de verão e inverno seco, as temperaturas médias anuais são elevadas, marcando 26°C; o índice pluviométrico é de 600 a 800 mm/ano. A leste da Borborema as chuvas são irregula- res, o que resulta em secas prolongadas. Relevo A maior parte do território paraibano é constituída por rochas resistentes, e bastantes antigas, que remontam a era pré-cambriana com mais de 2,5 bilhões de anos. Elas formam um complexo cristalino que favorecem a ocor- rência de minerais metálicos, não metálicos e gemas. Os sítios arqueológicos e paleontológicos, também resultam da idade geo- lógica desses terenos. No litoral temos a Planície Litorânea que é formada pelas praias e terras arenosas. Na região da mata, temos os tabuleiros que são fomados por acúmulos de terras que descem de lugares altos. No Agreste, temos algumas depressões que ficam entre os ta- buleiros e o Planalto da Borborema, onde apresenta muitas serras, como a Serra de Teixeira, etc. No sertão, temos uma depressão sertaneja que se estende do município de Patos até após a Serra da Viração. Planalto da Borborema O Planalto da Borborema é o mais marcante do relevo do Nor- deste. Na Paraíba ele tem um papel fundamental no conjunto do re- levo, rede hidrográfica e nos climas. As serras e chapadas atingem altitudes que variam de 300 a 800 metros de altitude. A Serra de Teixeira é uma das mais conhecidas, com uma al- titude média de 700 metros, onde se encontra o ponto culminante da Paraíba, a saliência do Pico do Jabre, que tem uma altitude de 1.197 metros acima do nível do mar, e fica localizado no município de Matureia. O Planalto da Borborema, também conhecido como Serra das Ruças, e denominado antigamente como Serra da Copaoba, é uma região montanhosa brasileira no interior do Nordeste. Situa-se nos estados da Paraíba, de Pernambuco, do Rio Grande do Norte e de Alagoas. Seu rebordo oriental, escarpado, domina a baixada litorânea com um desnível de 300m, o que lhe confere ao topo uma altitude de 500m. Para o interior, o planalto ainda se alteia mais e alcança média de 800m em seu centro, donde passa a baixar até atingir 600m junto ao rebordo ocidental. Diferem consideravelmente as topografias da porção oriental e da porção ocidental. A leste, erguem-se sobre a superfície do planalto cristas de les- te para oeste, separadas por vales, que configuram parcos relevos de 300m. Aproximadamente no centro-sul do planalto eleva-se o maciço dômico de Garanhuns, que supera a altitude de 1.000m. Com altitude média de 400 metros, podendo chegar a mais de 1.000 metros (como é o caso do Pico do Jabre, de 1.197 m e do Pico do Papagaio, de 1.260 m) em seus pontos extremos (ser- ras), o planalto está encrustado no agreste do Nordeste Oriental, espalhando-se de norte a sul e tendo como fronteira natural as planícies do litoral (região úmida) e a depressão sertaneja (região semi-árida). Constitui uma área de transição entre a mata atlântica e a caatinga, possuindo vegetação variada que vai desde a caatinga propriamente dita até resquícios de mata atlântica (matas de brejo) nos pontos mais altos das serras, como ocorre na Unidade de Con- servação Estadual Mata de Goiamunduba, na Paraíba. Com amplitude térmica acentuada, que vai dos 35ºC duran- te o dia e 18ºC/20ºC à noite, chegando a cair, no inverno, para 20ºC/25ºC dia e 8ºC/12ºC noite, vem se constituindo em uma re- gião de forte atração turística, principalmente para os habitantes da área litorânea. O ecoturismo também vem pouco a pouco se desenvolvendo, como é o que vem ocorrendo no Parque Estadual Pedra da Boca, recentemente criado. No Planalto da Borborema localizam-se importantes cidades, como Campina Grande (Paraíba), Caruaru e Garanhuns (Pernam- buco) e Arapiraca (Alagoas). Didatismo e Conhecimento 5 GEOGRAFIA DA PARAÍBA Hidrografia Na hidrografia da Paraíba, os rios fazem parte de dois setores, Rios Litorâneos e Rios Sertanejos. Rios Litorâneos São rios que nascem na Serra da Borborema e vão em busca do litoral paraibano, para desaguar no Oceano Atlântico. Entre estes tipos de rios podemos destacar: o Rio Paraíba, que nasce no alto da Serra de Jabitacá, no município de Monteiro, com uma extensão de 360 km de curso d’água e o maior rio do estado. Também podemos destacar outros rios, como o Rio Curimataú e o Rio Mamanguape. Rios Sertanejos São rios que vão em direçao ao norte em busca de terras bai- xas e desaguando no litoral do Rio Grande do Norte. O rio mais importante deste grupo é o Rio Piranhas, que nasce na Serra de Bongá, perto da divisa com o estado do Ceará. Esse rio é muito importante para Sertão da Paraíba, pois através desse rio é feita a irrigação de grandes extensões de terras no sertão. Tem ainda outros rios, como o Rio do Peixe, Rio Piancó e o Rio Espinhara, todos afluentes do Rio Piranhas. Os rios da Paraíba estão inseridos na Bacia do Atlântico Nordeste Oriental e apenas os rios que nas- cem na Serra da Borborema e na Planície Litorânea são perenes. Os outros rios são temporários e correm em direção ao norte, desa- guando no litoral do Rio Grande do Norte. Vegetação A vegetação litorânea do estado da Paraíba apresenta, matas, manguezais e cerrados, que recebem a denominação de “tabulei- ro”, formado por gramíneias e arbustos tortuosos, predominante- mente representados, entre outras espécies por batiputás e manga- beiras. Formadas por floresta Atlântica, as matas registram a pre- sença de árvores altas, sempre verdes, como a peroba e a sucupira. Localizados nos estuários, os manguezais apresentam árvores com raízes de suporte, adaptadas à sobrevivência neste tipo de ambien- te natural. A vegetação nativa do planalto da Borborema e do Sertão caracteriza-se pela presença da caatinga, devido ao clima quente e seco característico da região. A caatinga pode ser do tipo arbóreo, com espécies como a baraúna, ou arbustivo representado, entre outras espécies pelo xique-xique e o mandacaru. 3. GEOGRAFIA HUMANA: ASPECTOS ECO- NÔMICOS, SOCIAIS E CULTURAIS. A capital da Paraíba é a cidade de João Pessoa, situada na fai- xa litorânea do estado, sendo o turismo um dos principais respon- sáveis pela economia do município. Outras cidades importantes do estado são: Campina Grande, Santa Rita, Patos, Bayeux, Sousa, Cajazeiras, Guarabira, Sapé, Cabedelo. Como a caatinga cobre a maior parte do território, a agricul- tura restringe-se ao litoral e à Zona da Mata. O principal produto é a cana de açúcar. Destacam-se também a mandioca, o feijão, o milho, fumo, e o sisal. Entre as frutas, há produção importante de laranja, abacaxi, graviola, umbu, caju, tamarindo, acerola e coco- -da-baía. Na pecuária, o estado é responsável pela criação de diversos tipos de animais, com destaque para os caprinos. Uma atividade de grande relevância para a economia é o turismo. As praias parai- banas oferecem aos turistas águas tranquilas e com temperaturas agradáveis. No município de Conde, ao sul da capital, está loca- lizada a primeira praia de nudismo oficial do Nordeste, Tambaba. Outro fator atrativo da Paraíba são as comidas típicas, as belezas do artesanato local e o ecoturismo. O setor industrial é responsável por 30,2% da economia do estado e produz principalmente alimentos, pescados, vestuário e metal mecânico. Na lista de importações estão algodão, máquinas, trigo e petroquímicos. A renda per capita do estado é uma das mais baixas do país. O estado detém o quarto menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país, e o terceiro mais baixo índice de analfabetismo, atrás apenas de Alagoas e Piauí. A taxa de mortalidade é a terceira maior do Brasil. A cadamil crianças nascidas vivas, cerca de 35 morrem antes de completar 1 ano. Seis em cada dez domicílios não têm coleta de esgoto. A economia paraibana se baseia na agricultura, principalmen- te de cana-de-açúcar, abacaxi, fumo, graviola, juta, umbu, cajú, manga, acerola, mangaba, tamarindo, mandioca, milho, sorgo, urucum, pimenta-do-reino, castanha de caju, arroz, café e feijão. Nas indústrias, as alimentícia, têxtil, de couro, de calçados, me- talúrgica, sucroalcooleira se destacam. A pecuária de caprinos e o turismo também são relevantes. O PIB do Estado, em 2007, foi de R$ 22.202.000.000,00 e o PIB per capita foi de R$ 6.097. O transporte marítimo é fundamental à economia. As exporta- ções e importações são operadas principalmente por meio do Por- to de Cabedelo e pelas estradas. São mais de 5.300 quilômetros de rodovias, 4.000 km estaduais e 1.300 km federais. O sistema ferroviário faz o transporte de cargas entre João Pessoa e várias localidades do Estado. o Estado ainda conta com dois terminais aé- reos: Aeroporto Castro Pinto, distando 8 km de João Pessoa, com pista de 2.515 m, de boas condições para aterrissagem de aviões de grande porte, opera com linhas regulares nacionais e internacio- nais do sistema Charter; e o Aeroporto João Suassuna, localizado vizinho ao Distrito Industrial de Campina Grande, opera com vôos diários para Brasília e o Sul, via Recife. Já o Porto de Cabedelo, a 18 km de João Pessoa, é o mais oriental do Brasil. Tem 700 m de extensão e 300 m de largura. Movimentou 1,2 milhões de to- neladas em 1995, destacando-se o petróleo, carga geral e cereais. É equipado a contento para a movimentação de cargas gerais e containeres. As cidades paraibanas que tem maior destaque no seu PIB, valores em R$ 1.000,00, são João Pessoa com 5.966.595, Campina Grande com 2.718.189, Cabedelo com 1.524.654, Santa Rita com 739.280, Bayeux com 444.259, Patos com 413.028, Sousa com 309.528, Caaporã com 299.857, Cajazeiras com 285.326 e Conde com 210.440. Já o maior PIB per capita permanece com Cabedelo desde 2003. A distribuição espacial do PIB da Paraíba segundo, cada Região Geoadministrativa, demonstra uma forte concentra- Didatismo e Conhecimento 6 GEOGRAFIA DA PARAÍBA ção da economia estadual em três pontos: João Pessoa, Campina Grande e Guarabira – que, conjuntamente, representaram 75% do PIB estadual, em 2009. Da mesma forma, o município sede de cada uma dessas regiões foi o centro dinâmico da economia local. João Pessoa – Em 2009, João Pessoa continuou sendo o centro dinâmico da economia paraibana, tendo um incremento de 12,8% no valor de seu PIB (passou de R$ 7,658 bilhões, em 2008, para R$ 8,638 bilhões, em 2009), em decorrência do crescimento no Valor Adicionado e nos tributos relacionados ao processo pro- dutivo. Isso contribuiu para que sua participação no PIB estadual passasse de 29,80%, em 2008, para 30,12%, em 2009. As ativida- des econômicas que tiveram maior relevância para o crescimento nominal do PIB estão no setor secundário, mais especificamente, nos ramos de alimentos, bebidas, têxtil e calçados da indústria de transformação. O setor de serviços continuou a ter o maior peso da economia da Capital paraibana, em 2009. Campina Grande – É o segundo maior centro econômico do Estado, caracterizando-se como entreposto distribuidor para diversas cidades da Paraíba e do Nordeste. As atividades econômicas mais importantes no município são o comércio, a indústria de transformação, a administração pública e a educação de nível superior, tanto pública (o município sedia duas universidades, sendo uma estadual e outra federal) quanto privada. Possui também dois importantes polos tecnológicos, nas áreas de couro e calçados e de tecnologia da informação. O valor do PIB municipal passou de R$ 3,458 bilhões, em 2008, para R$ 3,894 bilhões, em 2009, um crescimento nominal de 12,6%. Com isso, a participação de Campina Grande no PIB paraibano ficou relativamente estável no período (passou de 13,5%, em 2008, para 13,6%, em 2009). A atividade que mais contribuiu para que a economia campinense registrasse um resultado positivo foi o comércio, com crescimento de 1,1% – a participação no valor do comércio estadual passou de 12,6%, em 2008, para 13,4%, em 2009. Cabedelo – Terceira maior economia municipal, cuja dinâ- mica assenta-se principalmente no comércio, nas atividades imo- biliárias e na indústria de transformação. Ressalte-se a existência de ramos da indústria que estão ligados às importações paraibanas, destinadas ao beneficiamento e à distribuição em seu território e no Nordeste, como as unidades de combustíveis, petróleo e cooke, bem como de trigo. Também são consideradas as atividades de alojamento e alimentação, ligadas à cadeia produtiva do turismo, e as relativas aos serviços de movimentação de cargas do Porto, o maior existente no Estado. A pesquisa constatou crescimento de 6,8% no PIB desse município, que passou de R$ 2,185 bilhões, em 2008, para R$ 2,333 bilhões, em 2009. Santa Rita – Quarta maior economia municipal do Estado, a cidade possui base produtiva na agropecuária e na indústria. Na agropecuária, destaca-se a produção de abacaxi, cana-de-açúcar, mamão e mandioca. A bovinocultura também é expressiva nesse município. No setor secundário, destaca-se a indústria de trans- formação, mais especificamente os ramos de calçados, fabricação de velas, estofados, minerais não-metálicos (cerâmicas e tijolos), pré-moldados, bem como a indústria sucroalcooleira (açúcar, rapa- dura e álcool). Este município tem a maior incidência de fontes de água mineral do Estado e, por isso mesmo, possui várias indústrias nesse segmento. O valor do PIB de Santa Rita passou de R$ 0,979 bilhão, em 2008, para R$ 1,139 bilhões, em 2009, um incremento nominal de 16,3%, que fez com que sua participação no PIB esta- dual passasse de 3,8% para 4%. Patos – Quinta economia municipal do Estado da Paraíba, com dinâmica econômica no comércio, na indústria e no setor pri- mário. No comércio, é um importante pólo distribuidor de bens e serviços para ouost municípios do Sertão paraibano e dos Estados de Pernambuco e Rio grande do Norte. Na indústria de transfor- mação, destacam-se os ramos de calçados, óleos vegetais e bene- ficiamento de cereais. No setor primário, destacam-se a pecuária (criação de bovinos e caprinos) e a agricultura (produção de milho, feijão e algodão), em anos de bom inverno. O valor do PIB de Patos passou de R$ 543,033 milhões, em 2008, para R$ 615,181 milhões, em 2009, um incremento nominal de 13,3%. Cinco menores PIB – No grupo dos municípios com os me- nores valores do PIB em 2009, temos Quixabá (R$ 8.295), Areia de Baraúnas (R$ 8.849), São José do Brejo do Cruz (R$ 8.949), Amparo (R$ 9.380) e Coxixola (R$ 9.451). A variação nominal de 11,8% no valor do PIB paraibano entre 2008 e 2009 (passou de R$ 25,697 bilhões para R$ 28,719), ocorreu de forma diferenciada entre os seus municípios, havendo casos de elevações positivas bem superiores à média estadual e, no extremo oposto, variações negativas de valores. Demografia Segundo o censo brasileiro de 2010, a população do estado da Paraíba era de 3 766 528 habitantes, sendo a décima terceira unidade da federação mais populosa do país, concentrando cerca de 2% da população brasileira e apresentando uma densidade de- mográfica de 66,70 habitantes por quilômetro quadrado. De acordo com este mesmo censo demográfico, 2 838 678 ha- bitantes viviam na zona urbana(75,37%) e 927 850 na zona ru- ral (24,63%). Ao mesmo tempo, 1 824 379 pessoas eram do sexo mas- culino (48,44%) e 1 942 149 do sexo feminino (51,56%), ten- do uma razão de sexo de 93,94. Sua capital, João Pessoa, com seus 723 515 habitantes, concentrava, neste mesmo ano, 19,2% da população estadual e possuía a maior densidade demográficada Paraíba (3 421,30 hab./km²). Da população total do estado, consi- derando-se a nacionalidade, 3 765 131 (99,96%) eram brasileiros, sendo 3 764 722 brasileiros natos (99,95%) e 409 naturalizados brasileiros (0,01%), além de 1 397 estrangeiros (0,04%). Simultaneamente, 3 464 844 pessoas eram nascidas no pró- prio estado (91,99%) e os 301 684 restantes eram de outros estados ou até mesmo do exterior (8,01%). Dos 223 municípios do estado, apenas quatro possuíam popu- lação superior a cem mil habitantes (João Pessoa, Campina Gran- de, Santa Rita e Patos), seis entre 50 e 100 mil habitantes (Bayeux, Sousa, Cajazeiras, Cabedelo, Guarabira e Sapé), 20 entre vinte e cinquenta mil, 56 entre dez e vinte mil, 68 entre cinco e dez mil, 63 entre dois e cinco mil e seis abaixo de dois mil habitantes (Areia de Baraúnas, Coxixola, Riacho de Santo Antônio, Quixaba, São José do Brejo do Cruz e Parari). Entre 2000 e 2010, a Paraíba registrou um crescimento populacional 9,51%, inferior às médias da região Nordeste (11,29%) e do Brasil (12,48%). Para 2012, a estimativa populacional é de 3 815 171 habitantes. Didatismo e Conhecimento 7 GEOGRAFIA DA PARAÍBA O Índice de Desenvolvimento Humano do estado da Paraí- ba é considerado médio conforme dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Segundo o último relatório, di- vulgado em 2008 com dados relativos a 2005, o seu valor era de 0,718, um pouco abaixo da média regional (0,720), estando na 24ª colocação a nível nacional e em sexto a nível regional, sendo supe- rado pelos estados da Bahia (0,742), Sergipe (0,742), Rio Grande do Norte (0,738), Ceará (0,723) e Pernambuco (0,718), e à frente do Piauí (0,703), Maranhão (0,683) e Alagoas (0,677). Considerando-se o índice da educação, seu valor é de 0,793 (24º), o índice de longevidade é de 0,723 (23º) e o de renda é 0,638 (19º). A incidência de pobreza, em 2003, era de 57,48% (sendo 61,75% o índice de pobreza subjetiva) e o índice de Gini no mes- mo ano era 0,46. Em 2009, a taxa de fecundidade era de 2,25 filhos por mulher, adécima maior do Brasil. QUESTÕES 01- Em 1574 aconteceu um incidente conhecido como “Tra- gédia de Tracunhaém”, no qual índios mataram todos os morado- res de um engenho chamado Tracunhaém em Pernambuco. Esse episódio ocorreu devido ao rapto e posterior desaparecimento de uma índia, filha do cacique potiguar, no Engenho de Tracunhaém. Com base no conhecimento da História da Paraíba, é correto afir- mar que essa Tragédia contribuiu para: a) a aliança entre os índios Potiguaras e portugueses e para o progresso da Paraíba. b) o desmembramento da capitania de Itamaracá e para a for- mação da capitania da Paraíba. c) a autonomia administrativa de colônia e para a expansão das bandeiras no interior da Paraíba. d) a resistência indígena à conquista portuguesa e para a ex- pansão da pecuária na Paraíba. e) o ingresso de Ordens religiosas na capitania e para a cate- quização dos índios da Paraíba. 02- Em verdade, os portugueses aproveitaram-se das dife- renças étnicas entre as tribos indígenas para jogar umas contra as outras e prevalecer. Assim, aliás, atuará sempre o colonialismo... Sem a cisão do campo dos naturais da terra, os representantes do Império não teriam dominado parte alguma do mundo. (José Oc- távio de Arruda Mello. História da Paraíba, lutas e resistência. Pa- raíba, Conselho Estadual de Cultura (SEC): União Editora, s/d. p. 25-26) Com base no texto e no conhecimento histórico, pode-se afir- mar que o sucesso da expedição chefiada por João Tavares na con- quista da Paraíba em 1585 deveu-se, principalmente: a) aos acordos de paz entre os missionários e índios do grupo Tapuias. b) ao estímulo português a conflitos entre índios Potiguaras e invasores. c) à agressividade dos indígenas na luta entre portugueses e Tapuias. d) à rivalidade existente entre os indígenas Tabajaras e Poti- guaras. e) aos constantes conflitos entre os franceses e os Tupis-Gua- ranis. 03- Segundo o historiador José Octávio de A. Mello, foram responsáveis pela ocupação do litoral e brejos e do interior da Pa- raíba, nos séculos XVI e XVII, respectivamente: a) a sesmaria, grande propriedade produtora de algodão, e o binômio couro/tabaco b) a produção agrícola voltada para o comércio interno, e o binômio algodão/tabaco. c) o latifúndio, unidade produtora de cana-de-açúcar, e o binô- mio pecuária/algodão no sertão. d) o minifúndio, unidade produtora de alimento e matéria- -prima, e a monocultura de açúcar no litoral. e) a economia de subsistência, com base na mão de obra livre, e a agroindústria açucareira no sertão. 04- (...) as fugas individuais e coletivas, o suicídio, o assassi- nato dos senhores e colonos, a destruição das fazendas de gado e das plantações dos colonos, o estupro, o furto de alimentos como farinha e milho, o casamento com o não indígena, e até a ressigni- ficação dos valores cristãos para os aspectos relacionados às suas respectivas culturas. (Jean Paul Gouveia Meira e Juciene Ricarte Apolinário. His- tória Indígena no Sertão da Capitania Real da Paraíba no Século XVIII. Campina Grande: Cadernos do LEME, jan./jun. 2010, v. 2, n. 1. p. 90) Considerando a História Colonial da Paraíba, o texto identi- fica: a) as inúmeras práticas indígenas de resistência à colonização portuguesa, no Sertão da Paraíba. b) as práticas dos indígenas que contribuíram para seu desapa- recimento do sertão paraibano. c) algumas das faces do caráter dos indígenas, “ferozes guer- reiros selvagens”, do Sertão da Paraíba d) as formas de hostilidade dos indígenas do sertão, despos- suídos de valores e princípios civilizados. e) alguns aspectos da cultura das populações que viviam no litoral, na época da conquista da Paraíba. 05- Para o pesquisador Humberto Nóbrega, trata-se do “maior e mais respeitável monumento histórico da Paraíba”. É a única pra- ça forte ainda de pé que nos ficou dos primórdios da colonização. Fundada em 1589, após a celebração da paz entre os colonizadores e o chefe índio Piragibe, a fortaleza inicialmente era de taipa e foi erguida pelo alemão Cristóvão Linz, a 18 Km da Capital do Esta- do, João Pessoa. Com base no conhecimento histórico da Paraíba, assinale a afirmação que se relaciona ao monumento a que o texto se refere. a) Com o objetivo de evitar a entrada dos franceses, Frutuoso Barbosa ordenou a construção da Fortaleza de Santa Catarina, em Cabedelo. b) Visando defender os engenhos de ataques de índios Poti- guaras, André de Albuquerque construiu o Forte de Inhobin, em João Pessoa. c) Para resistir aos ataques indígenas potiguaras, João Tava- res iniciou a construção do Forte de São Sebastião, na foz do rio Paraíba. Didatismo e Conhecimento 8 GEOGRAFIA DA PARAÍBA d) Durante o governo de Martim Leitão, foi edificada a capela de São Gonçalo, ainda hoje, um dos grandes monumentos históri- cos da Paraíba. e) A Igreja de São Bento, na Avenida General Osório, onde há um cata-vento em lâmina, construído em 1753, foi obra iniciada por Feliciano Coelho. Gabarito: 01- B 02- D 03- C 04- A 05- A ANOTAÇÕES ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ANOTAÇÕES ————————————————————————— —————————————————————————————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— 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