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Aula14-Parágrafo

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O parágrafo e a organização 
das ideias
Comunicação e Expressão | EAD
01
O parágrafo e a oganização das ideias - Aula 14
O parágrafo e a organização das ideias
Prezado(a) aluno(a), sabemos que é necessário buscar conhecimentos prévios, 
para entender os contextos em que as ideias são produzidas, e que é comum pro-
duzir um texto utilizando outro através da intertextualidade. Mas e para produzir 
seus próprios textos? Você já passou por situações em que disse “Eu sei o que eu 
quero dizer, mas não sei como escrever”? Muitas pessoas nem têm estímulo para 
redigir um texto porque acham que não possuem o preparo para expressar suas 
ideias ou compartilhar pensamentos ou registrar impressões. Por que se sentem 
assim? Falta de informação, de base cultural ou de prática de escrita?
A escrita como exercício do conhecimento
Você só aprende a andar, andando. Com a escrita acontece o mesmo. A redação é 
uma atividade excelente para o desenvolvimento da criatividade e sua prática auxi-
lia na organização do pensamento e na expressividade linguística. Mas esta é uma 
tarefa que necessita de aprendizagem! Você já deve ter recebido de um professor 
a solicitação de redigir um texto, mas não encontrou uma ideia central ou não sabe 
como começar nem como prosseguir. O que você precisa saber para enfrentar esse 
problema é que a escrita e a leitura são processos relacionados. Se você dominar 
as técnicas de redação e não conhecer o assunto do texto, não conseguirá escre-
ver; por outro lado, se você tiver plena informação sobre o assunto e não conhecer 
os princípios básicos da redação, não conseguirá divulgar suas ideias. A leitura e a 
escrita são, definitivamente, inseparáveis.
Para iniciar bem sua redação, você precisa definir o assunto; depois, selecionar as 
ideias principais sobre esse assunto e, dentre elas identificar qual é a ideia central. 
Não existe uma fórmula mágica para escrever que sirva a todos os tipos de texto. 
Mas há uma estrutura que lhe ajuda a organizar as informações: o parágrafo-pa-
drão.
O professor Othon M. Garcia define assim o parágrafo:
Ainda segundo o professor, existe um parágrafo-padrão, que está em 60% dos tex-
tos bem redigidos. E possui a seguinte estrutura:
“O Parágrafo é uma unidade de composição, constituída por um ou 
mais de um período, em que se desenvolve determinada ideia central, 
ou nuclear, a que se agregam outras, secundárias, intimamente rela-
cionadas pelo sentido e logicamente decorrentes dela.” 
(GARCIA, Othon M. Comunicação em prosa moderna. 17.ed. Rio de Janeiro: 
FGV, 1998. p. 203)
Comunicação e Expressão | EAD
02
O parágrafo e a oganização das ideias - Aula 14
O tópico frasal é a ideia principal do parágrafo e deve ser construído por um ou 
dois períodos. Essa ideia é ampliada, explicada no desenvolvimento nos períodos 
seguintes, podendo, ou não, ser encerrada na conclusão.
A utilização do parágrafo-padrão é uma orientação para você organizar suas ideias. 
A prática de construir nessa estrutura fará com que você passe a realizá-la automa-
ticamente e, com o passar do tempo, poderá utilizar outras estruturas para expres-
sar seus pensamentos.
Tópico frasal
A estrutura inicial do parágrafo-padrão, o tópico frasal, serve especificamente para 
o redator iniciante como um guia seguro na construção de um bom parágrafo. 
Quando você utiliza o tópico frasal, tem mais facilidade para saber como iniciar seu 
texto e como continuar expondo suas ideias. 
 
Leia o texto abaixo para identificar o tópico frasal:
O parágrafo acima segue a estrutura do parágrafo-padrão. Observe que a parte 
destacada, o primeiro período, expressa objetivamente a ideia principal do parágra-
fo e define, consequentemente, seu objetivo. O próprio autor destacou em negrito o 
tópico frasal.
Tipos de tópico frasal
Até fins da década passada, possuir um tapete oriental no Brasil era 
privilégio de alguns poucos colecionadores particulares. Com a abertura 
das importações e consequente diminuição das taxas, a oferta dessas peças 
aumentou significativamente nos anos 90, provocando uma crescente curiosi-
dade sobre o assunto. Por isso, e também pelo quase total desconhecimento 
dos consumidores brasileiros sobre a matéria, nos sentimos compelidos a 
elaborar este trabalho.
(MALTAROLLI, Wagner. O caminho dos tapetes orientais. Rio de Janeiro: RBM, 
1994. p. 9)
CONCLUSÃODESENVOLVIMENTOTÓPICO FRASAL
PARÁGRAFO PADRÃO
Comunicação e Expressão | EAD
03
O parágrafo e a oganização das ideias - Aula 14
Existem diferentes formas de construir o tópico frasal, mas, na maioria dos casos, 
ele segue uma destas categorias:
● Declaração inicial – esta é a estrutura mais comum de tópico frasal, na qual 
uma declaração inicia o parágrafo afirmando ou negando algo. Veja o exemplo:
● Definição – o tópico frasal apresenta uma definição, um conceito.
● Divisão – a ideia principal do parágrafo é dividida em partes, que serão expli-
cadas no desenvolvimento.
Cada país desenvolve uma linguagem própria de televisão. Esta lingua-
gem depende da cultura, do passado e do desenvolvimento das outras formas 
de comunicação social. O Brasil, embora já tivesse uma produção de filmes e 
uma tradição teatral antigas, não contou, pode-se dizer, com essa participação 
na constituição de sua linguagem televisiva. Ela derivou-se mais das formas de 
comunicação populares: o circo e o rádio.
(Ciro Marcondes Filho. Op. Cit, p. 43)
Um signo é, antes de tudo, uma estrutura vazia. São situações, pessoas, 
objetos que, por terem sido retirados de seus ambientes, de seu contexto de 
origem, tornam-se formas ocas, esqueletos de seus conteúdos anteriores. Va-
mos exemplificar mais uma vez. Na propaganda de novos edifícios aparecem 
jardins, onde as pessoas passeiam felizes e colhem flores em manhãs de pri-
mavera. Tudo muito bonito, muito poético, mas, para uma publicidade de edi-
fício, puramente irreal, ou seja, sígnica: além da realidade não corresponder a 
quase nada na propaganda, lá só se vê o refrescante, o belo, o paradisíaco. 
O trabalho da publicidade é afastar toda negatividade da cena (a umidade, os 
perigos, a falta de ar puro, os insetos) e mostrá-la como se fosse divina. Isso 
é o signo: uma cena asséptica, um fato purificado, depurado de todo negati-
vismo. Assim também se representa a juventude como só pureza e alegria, as 
crianças como orgulho dos pais, a família como harmonia.
O problema da migração nordestina no Brasil é resultado de três causas 
essenciais: a seca, a grande propriedade e a falsa propaganda de migra-
ção. Os baixos índices pluviométricos, e a falta de irrigação da lavoura no ser-
tão nordestino acarretam uma baixa produção de alimentos, inferior às necessi-
dades do comércio e até do consumo local. Ao lado disso, os trabalhadores do 
campo, empregados dos grandes latifúndios são demitidos nas épocas de crise 
e, por não terem uma terra a que se prendam, sonham em viver em outro lugar 
de emprego fácil e de fartura. Soma-se a essa situação a falsa propaganda de 
migração, criada pelos próprios migrantes e por alguns meios de comunicação, 
segundo a qual a vida nos grandes centros urbanos como São Paulo e Rio é de 
ampla realização material, que, para muitos, se traduz em realização espiritual.
Comunicação e Expressão | EAD
04
O parágrafo e a oganização das ideias - Aula 14
● Interrogação – O tópico frasal é constituído de uma pergunta cuja resposta 
deve ser dada no desenvolvimento.
Agora você já viu que o parágrafo deve ser iniciado com a ideia principal a ser de-
senvolvida: o tópico frasal. Além disso, o parágrafo-padrão auxilia você para fazer 
generalizações e especificações, que construirão o restante do parágrafo e que 
são indispensáveis para a boa redação.
Generalização e especificação
Ainda na escola você estudou os substantivos abstratos e os concretos. Você se 
lembra deles? Osabstratos são palavras que dão nome aos seres de sentido geral, 
como amor, ilusão, permanência. Já os concretos dão nome aos seres de sentido 
específico como computador, mulher e gato. O bom texto, informativo e claro, se 
inicia com a generalização (abstratos) das ideias e se desenvolve e conclui com a 
especificação (concretos). Como isso acontece? Leia o texto abaixo:
Se você separar as informações gerais das específicas, vai chegar à seguinte divi-
são:
Será esta a maior das solidões? Realmente, o que pode existir de pior que 
a impossibilidade de arrancar à morte o seu amado, que fez Orfeu descer aos 
infernos em busca de Eurídice e acabou por lhe calar a lira mágica? Distante, 
separado, prisioneiro, ainda pode aquele que ama alimentar sua paixão com 
o sentimento de que o objeto amado está vivo. Morto este, só lhe restam dois 
caminhos: o suicídio, físico ou moral, ou uma fé qualquer. E como tal fé consti-
tui uma possibilidade – que outra coisa é a Divina Comédia para Dante senão 
a morte de Beatriz? – cabe uma consideração também dolorosa: a solidão que 
a morte da mulher amada deixa não é, porquanto absoluta, a maior solidão.
(Vinícius de Moraes. ‘ Da solidão’. Em Para viver um grande amor. 8 ed. Rio de 
Janeiro: J. Olympio, 1973)
A devastação de nossos recursos naturais começou logo após o descobrimen-
to. Caravelas deixavam nossa costa abarrotada de materiais extraídos da flo-
resta, tendo como destino os portos europeus. No Brasil, o saque sistemático 
dos recursos naturais começou exatamente em 1500. Nesse ano, o capitão 
espanhol Vicente Yañez Piazón carregou seus navios com 21 toneladas de 
pau-brasil, possivelmente recolhidos nas praias do Nordeste.
(GUIMARÃES, Thelma de Carvalho. Comunicação e linguagem. São Paulo: Pearson, 2012. 
p. 146
Comunicação e Expressão | EAD
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O parágrafo e a oganização das ideias - Aula 14
 GERAL / ABSTRATO ESPECÍFICO / CONCRETO
A devastação de nossos recursos natu-
rais começou logo após o descobrimen-
to. Caravelas deixavam nossa costa 
abarrotada de materiais extraídos da 
floresta, tendo como destino os portos 
europeus.
No Brasil, o saque sistemático dos 
recursos naturais começou exatamente 
em 1500. Nesse ano, o capitão espan-
hol Vicente Yañez Piazón carregou seus 
navios com 21 toneladas de pau-brasil, 
possivelmente recolhidos nas praias do 
Nordeste.
Viu só? O texto da esquerda trata o assunto de maneira geral e o texto da direita 
especifica as ideias gerais. Podemos ainda separar as expressões para ficar ainda 
mais clara a diferença entre as informações gerais e as específicas. Veja como elas 
esclarecem as ideias gerais apresentadas no tópico frasal:
 GERAL / ABSTRATO ESPECÍFICO / CONCRETO
logo após o descobrimento. exatamente em 1500.
Caravelas navios do capitão espanhol Vicente Yañez Piazón
abarrotadas 21 toneladas
Nossa costa praias do Nordeste.
materiais extraídos da floresta pau-brasil
E o que é que isso tem a ver com o parágrafo-padrão? Tudo! A generalização deve 
ser apresentada no tópico frasal (composto de um ou dois períodos onde se con-
centra a ideia principal), enquanto as especificações são tratadas no desenvolvi-
mento do parágrafo. Você deve ter percebido que o exemplo não apresenta a con-
clusão. É possível construir com ou sem a conclusão, já que haverá uma conclusão 
no final do texto completo.
Para concluir nossa aula, vamos analisar mais um parágrafo-padrão constituído das 
três partes citadas no início e identificá-las. 
Comunicação e Expressão | EAD
06
O parágrafo e a oganização das ideias - Aula 14
Agora que você conhece a estrutura do parágrafo-padrão, precisa colocar em práti-
ca! A partir dos conhecimentos que aprendeu nesta aula, leia os textos percebendo 
a estrutura de cada parágrafo, as generalizações e especificações. Essa leitura 
técnica ajudará você na construção de seus próprios textos. Comece realizando 
a atividade proposta para esta aula e continue praticando. Leia sempre! Escreva 
sempre! A prática deixará você preparado(a) para produzir textos sempre que lhe 
solicitarem.
Na próxima aula, daremos continuidade ao estudo do texto. Você vai conhecer téc-
nicas de construção da Paráfrase, a Paródia e o Resumo! Será nossa última aula.
Até lá!
Comparar é uma tendência natural e uma impor-
tante fonte de intuições e de descobertas em todos 
os campos do conhecimento. Na análise das línguas, 
a comparação e o confronto levam às vezes ao es-
tabelecimento de tipologias (como a que distinguia, 
tradicionalmente, entre línguas monossilábicas, agluti-
nantes e flexivas), outras vezes à busca de caracterís-
ticas supostamente inerentes à toda língua humana 
(como nos levantamentos acerca dos “universais da 
linguagem” realizados pela linguística estruturas ameri-
cana nas décadas de 1950 e 1960). Nesses casos, a 
comparação nada tem a ver com a genealogia.
(GUIMARÃES, Thelma de Carvalho. Comunicação e linguagem. 
São Paulo: Pearson, 2012. p. 148
Tópico frasal
(generalização)
Desenvolvimento
(especificação)
Conclusão
(resultado)

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