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EDUARDA FERNANDA DA SILVA GOMES RESUMO P2 FISIOLOGIA HUMANA CONTEÚDO: SISTEMA DIGESTÓRIO E SISTEMA CARDIOVASCULAR SISTEMA DIGESTÓRIO O sistema digestório fornece suprimento contínuo de água, eletrólitos e nutrientes. Além de sua função na manutenção de um fluxo sanguíneo adequado. → Regulação de suas funções pelos sistemas nervoso e endócrino . Componentes : TGI (trato gastrointestinal) e Glândulas associadas No TGI temos: boca; faringe; esofago; estomago; duodeno, jejuno, íleo; ceco, cólon, reto e ânus. Os órgãos glandulares: glândulas salivares, fígado, vesícula biliar, pâncreas. Processos: motilidade, secreção, digestão, absorção, excreção Motilidade: o material ingerido (alimento → boca\mastigação → esofago) passa pelo TGI de forma ordenada e controlada para permitir os demais processos. Secreção: secreção de água e substâncias no tubo (lúmen) por glândulas associadas. Digestão: diminuição do tamanho do alimento em moléculas menores. Absorção: travessia do alimento reduzido pelos enterócitos (essas moléculas menores atravessam os enterócitos) e os nutrientes absorvidos são enviados para a corrente sanguínea, que irá enviar para todo o corpo; Moléculas de nutrientes são absorvidas pelas células que revestem o TGI e penetram na corrente sanguínea. Excreção: o que não foi aproveitado, é excretado na forma de fezes pelos ânus. Microbiota A microbiota no nosso estômago atua na produção de precursores de neurotransmissores e diversas outras substâncias que influenciam o sistema nervoso central. (SNC: estresse pode afetar a microbiota). O sistema nervoso autônomo inerva o TGI Inervação Extrínseca: sistema nervoso autônomo→ inervações chegando da medula ou tronco encefálico. Simpático → inibir atividades motoras e secretória (hormonio: noradrenalina), e Parassimpático → aumentar atividades motoras e secretória (hormonio: acetilcolina). Inervação Intrínseca: sistema nervoso entérico → possui inervação própria do TGI na parede e órgãos anexos, e determina os padrões de movimento (plexo mioentérico: regulação da musculatura intestinal e plexo submucoso: monitoramento químico e secreção glandular). Do esofago até o anus : extenso sistema de células nervosas na parede do TGI (trato gastrointestinal) e de seus órgãos acessórios (pâncreas e vesícula biliar, por exemplo) que operam mesmo na ausência de inervação simpática e parassimpática. EDUARDA FERNANDA DA SILVA GOMES O simpático e o parassimpático modulam o SN entérico A maioria das fibras extrínsecas, não inerva diretamente as estruturas do TGI, terminando em neurônios do SN entérico. Ou seja, a ação simpática e parassimpática em sua maioria ocorre através da influência sobre o SN entérico. Boca e esofago Mastigação ● A mastigação promove a maceração mecânica do alimento e a mistura com a saliva. ● A entrada do alimento no TGI depende dos processos de preensão e mastigação do alimento seguida pela deglutição. ● Trituração e mistura com a saliva = digestão de pequenas partículas Saliva: ★ 3 pares de glândulas extrínsecas (parótidas, submandibulares e sublinguais) conectadas a cavidade oral por ductos e pequenas glândulas intrínsecas encontradas sob a membrana mucosa da boca, lábios, bochechas e língua. ★ pH (variável com o fluxo): 6,2 - 7,2 → básico ★ Funções como limpeza, dissolução e principalmente, de digestão inicial de amido e lipídeos. ★ Parótidas = serosa (secretam amilase salivar) ★ As células mioepiteliais das glândulas salivares são estimuladas pelo SNA (parassimpático e simpático), que contraem-se ‘’ordenhando’’ os ácinos e promovendo a ejeção da saliva pré-formada. Regulação da secreção salivar: ★ Simpático: aumento transitório da secreção, diminui o fluxo sanguíneo (medula espinhal → gânglio cervical superior) ★ Parassimpático: núcleos salivares no Tronco Encefálico; aumenta a produção e ejeção da saliva, aumenta o fluxo sanguíneo para as glândulas. *Condicionamento Pavloviano: estímulo auditivo → salivação (cachorro ouvia o sino da refeição tocando e começava a produzir saliva). Enzimas da saliva → alfa amilase salivar e lipase lingual ★ Alfa amilase : digestão inicial de carboidratos\ polissacarídeos => maltose, maltotriose e alfa limite dextrinas. ★ Lipase lingual: glândulas de Von Ebner→ hidrolisa triacilgliceróis em ácidos graxos livres e glicerol. Os produtos da hidrólise são estímulos para liberação de CCk e peptídeo inibidor gástrico. Deglutição: ● A deglutição pode ser iniciada voluntariamente, mas em seguida, é dependente do controle reflexo. Possui 3 fases: oral, faríngea e esofágica EDUARDA FERNANDA DA SILVA GOMES 1. Oral ou voluntária: envolve o direcionamento do alimento para a parte posterior da boca com o auxílio da língua. O bolo alimentar é forçado para a orofaringe, onde estimula os receptores táteis que iniciam o reflexo de deglutição. 2. Fase faríngea: a) O palato mole é puxado para cima e as dobras palatofaríngeas movimentam-se para dentro. Este movimento visa evitar o refluxo do alimento para nasofaringe. b) A laringe move-se para adiante e para cima contra a epiglote, impedindo que o alimento penetre na traquéia. c) O esfíncter esofagiano superior (EES) relaxa-se para receber o bolo alimentar. d) Uma onda peristáltica é então iniciada, impulsionando o alimento através do EES em direção ao esofago. 3. Esofágica (involuntária): peristalse primária e secundária; relaxamento receptivo do esofago e do EEI (EEI: evita o refluxo do estômago - pirose). *Disfagia → problemas na deglutição; lesões cerebrais; câncer esofágico; degenerações do SNE do esofago. *Acalásia → disfunção motora do esofago que decorre de aumento do tônus do EEI. O material deglutido acumula-se na porção inferior do esfogo, dilatando-o. *Azia → diminuição da pressão do EEI, causando refluxo gástrico ácido, com lesão da parede do esofago (esofagite). *Hérnia de Hiato → passagem do estômago através do hiato diafragmático; diafragma enfraquecido. ➔ O esfíncter esofagiano superior (EES ) protege as vias aéreas do material deglutido e protege as vias aéreas do refluxo gástrico. E permite a entrada de comida no esofago. ➔ O esfíncter esofagiano inferior (EEI) protege o esofago do refluxo gástrico e permite a entrada de comida no estômago (tipo uma válvula que regula essa entrada). Estômago Funções do estômago: ❖ Iniciar a digestão enzimática das proteínas ❖ Liquefação do alimento devido a contrações gástricas e mistura com as secreções gástricas ❖ Funcionar como um reservatório do alimento, promovendo uma liberação gradativa e ordenada para o intestino delgado ❖ Produção do fator intrínseco , importante para a absorção devitamina b12. EDUARDA FERNANDA DA SILVA GOMES Funções motoras do estômago: 1. Armazenamento: o estômago atua como um reservatório, acontece principalmente nas regiões do corpo e fundo por um reflexo Vago-Vagal. 2. Mistura do estômago: RETROPULSÃO: na região de formam anéis constritores (contrações antrais), impulsionando o bolo alimentar contra o piloro. Ondas de constrição para o antro→ anéis de constrição→ piloro fechado→ retropulsão→ mistura 3. Esvaziamento gástrico : regulação pelo estômago e pelo intestino delgado. #Pelo estômago: aumento da motilidade → Regulação neural: PARASSIMPÁTICO: aumenta a motilidade e relaxa o piloro. SIMPÁTICO: diminui a motilidade e contrai o piloro. → Regulação hormonal: GASTRINA: aumenta a motilidade e contrai o piloro. #Pelo intestino delgado (duodeno e jejuno): diminuição da motilidade e aumento da constrição pilórica → Regulação neural: reflexos entero-gástricos: distensão, irritação, ácido, osmolaridade, produtos de degradação no duodeno. → Regulação hormonal: colecistocinina (CCK) e Peptídeo Inibidor Gástrico (PIG) => secreções estimuladas por gordura. *Secretina => secreção estimulada por ácido. OBS:. O tipo de alimento influencia o tempo de esvaziamento gástrico. Proteínas, gorduras, fibras, alimentos mal mastigados: maior lentidão do esvaziamento gástrico. Água, carboidratos, porções pequenas de alimento: rapidez no esvaziamento gástrico. Gráfico com experimento que mostra a relação do esvaziamento e a duração de acordo com o tipo de coisa ingerida. (P2) Secreções Gástricas: Tipos celulares e secreções gástricas: ❏ Células Parietais: também são chamadas de Oxínticas. ÁCIDO GÁSTRICO (HCL) e FATOR INTRÍNSECO. Produção de HCL (P2): ocorre com o metabolismo de CO2 + H2O = formando ácido carbónico - H2CO3, que por ser instável, forma HCO3- + H+. O bicarbonato HCO3- sai pela membrana basolateral através de uma bomba e entra o cloreto Cl -, os íons bicarbonato são trocados pelo cloreto. O Cl- sai por um canal pela membrana apical e fica na luz do órgão. Com o íon H+, forma-se uma bomba (usa ATP) que joga o H+ para fora e íon de potássio K+ para dentro. Com o H+ para fora, na luz do órgão, o H+ vai se unir ao Cl-, formando ácido clorídrico. EDUARDA FERNANDA DA SILVA GOMES Estimulação e inibição de HCL: ESTIMULAÇÃO = distensão do estômago; derivados protéicos; histamina: célula enterocromafim; parassimpática - acetilcolina; gastrina - célula G. INIBIÇÃO: somatostatina - célula D (quando o pH baixo demais, pH < 2). Barreira mucosa gástrica: ● Gel na parede do estômago → protege da ação do HCL ● Drogas antiinflamatórias não-esteróides como AAS prejudicam a barreira mucosa gástrica. ● Má produção de muco pode gerar úlcera. Enzimas gástricas: ● Pepsinogênio (pró-enzima) - forma inativa da pepsina, liberada pela luz do estômago e secretada como pró-enzima. ● Lipase Gástrica - ação discreta, contribui pouco para a digestão de lipídeos Interação das secreções gástricas na digestão de proteínas (P2) ● As proteínas sofrem ação enzimática no estômago, mas não ocorre sua absorção. ● A pepsina gera oligopeptídeos (endoproteínas). ● Oligopeptídeos→ Peptídeos que serão enviados ao intestino, que por sua vez, serão transformados em aminoácidos pelas células principais. ● O HCl desnatura proteínas, destruindo a estrutura terciária e ativa o pepsinogênio (digestão enzimática inicial das proteínas). Lipases pré-duodenais ● Lipase Gástrica: Células Principais Hidrolisa - Triacilgliceróis em ácidos graxos livres e monoacilglicerol ● O produto da hidrólise são estímulos para liberação de CCK e peptídeo inibidor gástrico, não há absorção desses produtos no estômago. Fases da secreção gástrica: 1. Fase Cefálica : observação, cheiro ou presença do alimento na boca pode desencadear respostas gástricas devido a inervação parassimpática. Permite: preparar o estômago para chegada de comida. Aumento do muco, HCL, pepsinogênio. Depois há liberação de gastrina. 2. Fase Gástrica : bolo alimentar + secreções gástricas = quimo. Funções: (a) Aumentar a secreção iniciada na fase cefálica. (b) Homogeneizar e acidificar o quimo. EDUARDA FERNANDA DA SILVA GOMES (c) Iniciar a digestão de proteínas. Duração: longa (3-4) horas Influenciada por: estimulação dos receptores de estiramento; estimulação dos quimiorreceptores; estimulação da liberação de gastrina. Ações: aumento da liberação de HCl e pepsinogênio ; aumento da retropulsão. 3. Fase Intestinal: reflexo enterogástrico + CCK, secretina e PIG. Reduzem motilidade gástrica, produção de HCl e pepsinogênio. Função: controlar o quanto de quimo é mandado ao duodeno Influenciada por: presença de alimento no duodeno desencadeia Ações: mecanismos finais inibidores (retardam o esvaziamento gástrico) *Úlcera Péptica : lesão no estômago ou duodeno que pode se estender do epitélio até a muscular da mucosa. Principal causa é a bactéria Heliobacter pylori A bactéria sobrevive no ácido porque secreta enzimas para neutralizá-lo. Permite a H. pylori fazer seu caminho para a zona ‘’segura’’ - a camada protetora de muco. Uma vez nela, a forma espiral da bactéria ajuda a ‘’entocar-se’’ em seu interior. Motilidade ● Propele o conteúdo ao longo do TGI ● Atua na digestão e absorção (quebra mecânica, mistura e contato com as secreções e mucosas) ● Regula a capacidade reservatória ● Expulsa patógenos, substâncias tóxicas, ingesta não digerível Musculatura lisa: predominante no TGI. Musculatura estriada: cavidade oral, faringe, parte do esofago e esfíncter externo anal. Motilidade: atividade elétrica ● Musculatura lisa: sincício (sinapses elétricas) ● Potencial de repouso oscilante => ONDAS LENTAS ● Quem inicia ondas lentas são as células intersticiais de Cajal, funcionando como marca-passos. O SN autônomo modula as ondas lentas, mas não as inicia. ● Quanto maior a frequência de potencial de ação, maior a contração muscular EDUARDA FERNANDA DA SILVA GOMES Intestino Delgado ● Composto por duodeno, jejuno e íleo. ● Limites: esfíncter pilórico e válvula íleocecal ● Motilidade: segmentação e peristalse ● Secreções: enzimas, muco, hormônios, bile (fígado), bicarbonato e enzimas (pâncreas) ● Digestão: moléculas orgânicas ● Absorção: derivados orgânicos, água, eletrólitos Adaptações morfofuncionais: ● Enterócitos → células que possuem uma borda em escova, que por sua vez, possuem microvilosidades. ● Essas microvilosidades são muito importantes = MULTIPLICAM EM 600 VEZES A SUPERFÍCIE DO INTESTINO DELGADO → No intestino delgado ocorre digestão e absorção de derivados proteicos, carboidratos e lipídeos. Motilidade intestinal Tipos de movimento do Intestino Delgado: 1. Movimentosperistálticos: Impulsionam o bolo no sentido caudal 2. Movimentos de segmentação: ajudam a aumentar a superfície de contato e aumentam o tempo de trânsito. Secreções Entéricas: ★ Hormônios : Secretina; Colecistocinina (CCK); Peptídeo Inibidor (PIG); Motilina. ★ Enzima : Borda em escova. ★ Muco → Glândulas de Brunner (HCO3-) e Células caliciformes Estimulação da secreção intestinal: - Tátil e irritativa (reflexos locais) - Secretina - CCK OBS:. Boa parte das funções de digestão no intestino delgado estão ligadas a atividade dos órgãos anexos ao TGI. Secreções pancreáticas: Pâncreas Exócrino ❖ Função exócrina do pâncreas: secreção de enzimas (nas células acinares) e do componente aquoso rico em bicarbonato (nas células dos ductos). Principais enzimas do suco pancreático ● Proteínas: tripsina, quimotripsina, carboxipeptidase, elastase. ● Carboidratos: amilase pancreática ● Lipídeos: lipases, colesterol éster hidrolase, fosfolipases Estímulos para liberação das secreções pancreáticas (P2) ❏ Acetilcolina (vago) ❏ CCK: principalmente atuando nos ácinos estimulando a produção enzimática => digestão das macromoléculas. EDUARDA FERNANDA DA SILVA GOMES ❏ Secretina: atua principalmente nos ductos estimulando a produção de bicarbonato => neutralizar o pH do quimo. Fibras Alimentares: ● Carboidratos com ligações beta 1,4 ● Atraem água para a luz do intestino, facilitando o trânsito intestinal ● Só animais com digestão fermentativa podem quebrar essa ligação (atividade microbiana) Exemplo: Celulose, Hemicelulose, Pectina Digestão e Absorção de Carboidratos: ★ Amilase Salivar ★ Amilase Pancreática ★ Enzimas da Borda em Escova Alfa Amilase e Pancreática: Digestão inicial de carboidratos. Polissacarídeos => maltose, maltotriose e alfa-limite dextrinas. Exemplos de enzimas da borda em escova que degradam carboidratos: Sacarases e Lactase. - Absorção: Monossacarídeos são absorvidos por co-transporte com o Na+ Digestão e Absorção de Proteínas: - Exógenas (vegetais e carnes) - Endógenas (secreções e descamação das paredes do TGI) - Digestão: Pepsina; Proteases Pancreáticas; Proteases da Borda em Escova; Proteases do Citosol. Digestão e Absorção de Lipídeos: ★ Lipase pancreática ★ Colesterol-éster-hidrolase ★ Fosfolipase Fígado e Vesícula Biliar ● Regulação do metabolismo ● Síntese de proteínas e de outras moléculas ● Armazenamento de vitaminas e ferro ● Degradação de hormônios ● Inativação e excreção de drogas e toxinas ● A função digestiva do fígado consiste na síntese e secreção da bile, importante para a digestão e absorção de gorduras. Secreção Biliar ● Composição: ácidos biliares, colesterol, fosfolipídeos, eletrólitos e pigmentos biliares. ● A bile é armazenada durante o período interdigestivo na vesícula biliar. ● CCK: contrai a musculatura lisa da vesícula biliar e relaxa o esfíncter de Oddi, permitindo o esvaziamento da vesícula biliar. EDUARDA FERNANDA DA SILVA GOMES ● Vesícula Biliar : armazena e concentra a bile, absorve H2O, Na+, Cl- e concentra os demais constituintes. ● Bile: Produzida pelo fígado, armazenada, concentrada e liberada pela vesícula biliar. Emulsifica as gorduras. Meio de excreção de produtos de degradação do sangue: ex:. Bilirrubina. ● Os lipídeos devem ser fragmentados em pequenas gotas (ou emulsificados) pelos sais biliares antes de serem digeridos. ● Exemplo de ação lipolítica : as lipases pancreáticas convertem triacilgliceróis em ácidos graxos e monoacilglicerol → Produtos finais = ácidos graxos, colesterol livre, glicerol… Absorção de vitaminas: ● Lipossolúveis: A D E K absorvidas como lipídeos ● Hidrossolúveis: Maioria por difusão ou por transporte ativo secundário com o Na+. ● Vitamina B12 (Cobalamina): depende do FI (glicoproteína produzida pelas células parietais), no íleo => endocitose do complexo FI-B12. O complexo VitB12-FI será formado somente no intestino delgado Intestino Grosso ● Haustrações e movimentos de massa ● Absorção de água - absorção por gradiente osmótico. O movimento da água é secundário ao de íons e de outros solutos. Via transcelular ou intercelular. ● Motilidade: Haustrações = lubrificação e compactação; Movimentos de massa = propulsivos (contrações peristálticas). ● Reflexos que estimulam os movimentos de massa -> coordenados pelo nervo vago no cólon proximal e pélvico no cólon distal além dos nervos entéricos. ● Reflexo de defecação: receptores de estiramento detectam a presença das fezes no reto; a contração no cólon distal e do reto repelem as fezes. O canal anal possui um esfíncter interno que é músculo liso e um externo que é o músculo estriado podendo sofrer controle voluntário ou reflexo. ● Movimento interdigestivo : atividade elétrica e contrátil intensa, separada por períodos quiescentes longos. Inicia-se no estômago e propaga-se por todo o intestino delgado. Função → limpeza e retirada de bactérias. EDUARDA FERNANDA DA SILVA GOMES SISTEMA CARDIOVASCULAR Funções: ● Transportar oxigênio proveniente da respiração e nutrientes da alimentação para todas as células do nosso corpo. Além disso, também é responsável por recolher resíduos metabólicos produzidos pelas células e transportá-los aos destinos para serem eliminados, como por exemplo o CO2 que é transportado pelo sangue até os pulmões para que seja eliminado na respiração. Os outros resíduos produzidos por nós são eliminados pelos rins e esses, chegam aos rins também transportados pelo sangue. ● Regula a temperatura corporal de acordo com a necessidade do corpo de reter\eliminar calor de modo que o corpo ajusta a quantidade de sangue que vai para determinada estrutura corporal. na atividade física por exemplo. o organismo aumenta a quantidade de sangue nos vasos sanguíneos próximos à pele e assim o calor é dissipado. Já no frio, o sangue é desviado para locais mais internos do corpo, mantendo o aquecimento dos órgãos vitais. ● Defesa do organismo pelo sistema imunológico , pelos leucócitos . Quando existe alguma lesão\infecção, o fluxo sanguíneo é aumentado no local para que tenha mais leucócitos para combater a infecção. *É importante lembrar que o sistema circulatório só consegue realizar suas funções devido ao seu ‘’veículo de transporte’’ - sangue - e para que o sangue chegue aos seus destinos, ele precisa de vias de acesso - vasos sanguíneos ( veias, artérias e capilares ). Para que o sangue chegue em seus destinos, ele precisa estar em movimento e esse movimento é possível graças a nossa bomba propulsora → CORAÇÃO . Pequena e Grande circulação Vasos sanguíneos: são divididos em artérias (saem do coração) e as veias (chegam ao coração). ★ Processode transporte do sangue pelas veias e artérias: Após passar por todos o corpo deixando O2 e nutrientes, o sangue chega ao coração pelo lado direito através das veias cavas - superior e inferior. Essas veias são as maiores veias do nosso corpo e trazem todo sangue vindo das partes superior EDUARDA FERNANDA DA SILVA GOMES e inferior para o átrio direito do coração. Esse sangue está rico em CO2 e pobre em O2. Do átrio direito, o sangue passa para o ventrículo direito, e a partir daí é encaminhado pela artéria pulmonar para os pulmões. A porção da artéria pulmonar que sai do ventrículo direito é chamada de tronco da artéria pulmonar, que depois se ramifica, indo para os pulmões direito e esquerdo. A veia muscular do lado direito do coração contém sangue pobre em O2 e é geralmente representada pela cor azul. Quando chega aos pulmões, esse sangue deixa o CO2 nos alvéolos pulmonares para ser expelido na respiração e recebe O2 pela hematose - oxigenação do sangue nos pulmões. ★ Depois de receber o O2, o sangue volta para o coração pelo lado esquerdo, através das veias pulmonares que levam o sangue para o átrio esquerdo e de lá ele passa para o ventrículo esquerdo e quando ele contrai, o sangue é ejetado com força pela maior artéria do nosso corpo, a aorta . O lado esquerdo do coração possui sangue rico em O2 e é geralmente representado pela cor vermelha. ★ A partir da aorta e suas ramificações, o sangue é ejetado para todas as partes do corpo. Essas ramificações formam os capilares, que são vasos bem finos que chegam nos tecidos deixando O2 e nutrientes, e recolhendo CO2. A circulação entre o lado direito dos pulmões e deles de volta para o coração é chamada de pequena circulação ou circulação pulmonar . Já a circulação do lado esquerdo do coração para a aorta e tecidos do corpo e do corpo de volta para o coração, é chamada de grande circulação ou circulação sistêmica. Anatomia Básica do Coração O coração é um órgão muscular oco formado por 4 câmaras. O músculo que compõe a parede do coração é o miocárdio, exclusivo do coração. As câmaras são chamadas de átrios (superiores) e ventrículos (inferiores). Além disso, o coração possui valvas que servem para garantir que o fluxo sanguíneo ocorra de maneira unidirecional, ou seja, garantir que o fluido não volte. ● Valva tricúspide ● Valva pulmonar ● Valva mitral ou bicúspide ● Valva aórtica Ciclo Cardíaco, sístole e diástole Diástole: relaxamento do músculo cardíaco, pelo qual o coração se enche de sangue. Contração atrial e relaxamento ventricular. Sístole : contração do músculo cardíaco, pelo qual o coração ejeta o sangue para os vasos sanguíneos. Contração ventricular e relaxamento atrial. ● O sistema cardiovascular é um sistema circulatório fechado, sendo assim, rompimentos no sistema, ou seja, nos vasos, faz com que o sangue extravase, causando a chamada hemorragia. ● Para garantir o fluxo sanguíneo e para que o sangue não ‘’espirre’’ para todo lado, átrios e ventrículos não se contraem simultaneamente. Sendo assim, a EDUARDA FERNANDA DA SILVA GOMES contração de bombeamento do sangue em duas etapas, primeiro temos a contração atrial e depois a contração ventricular. Ciclo cardíaco: conjunto de eventos que ocorrem entre o início de um batimento, até o próximo. ● Contração Isovolumétrica - no início da contração ventricular não existe ejeção de sangue pois as valvas semilunares ainda não se abriram. ● Relaxamento Isovolumétrico - a partir do fechamento das valvas inicia-se a fase do relaxamento isovolumétrico, onde os ventrículos estão relaxando, mas ainda não existe entrada de sangue dentro deles. Bulhas cardíacas: barulhos que escutamos o coração fazer. Esse barulho se deve a abertura e fechamento das valvas do coração. Vasos sanguíneos: tubulação do corpo. Ao sair do coração pelas artérias, o sangue vai passando pelas arteríolas até chegar nos capilares (conexão entre artérias e veias). Depois de fazer as trocas, o sangue dos capilares passa pelas vênulas e veias até atingir as cavas superiores e inferiores até voltar para o coração. Artérias Coronárias: são as ramificações que irrigam o coração, provenientes da aorta. A coronária direita e suas ramificações são responsáveis pela irrigação do lado direito e a coronária esquerda pela irrigação do lado esquerdo. As coronárias são comprimidas durante a sístole, de forma que o músculo cardíaco só recebe irrigação durante a diástole (relaxamento). Infarto Agudo do Miocárdio : obstrução das coronárias, que impede a irrigação do músculo cardíaco. A causa mais comum é o acúmulo de gordura no interior das artérias (aterosclerose). Atividade elétrica do coração Todo músculo precisa de estímulo para contrair. O coração, apesar de sofrer estímulo do sistema nervoso, não depende dele para realizar contrações pois possui um sistema intrínseco (próprio), capaz de gerar impulsos elétricos para que haja contração do miocárdio. Essa autonomia acontece por causa de um grupo de células chamado nó sinoatrial, que são responsáveis por gerar e transmitir impulsos bioelétricos para contração do miocárdio. Os estímulos gerados pelo nó sinoatrial determinam a frequência cardíaca e por isso é chamado de marcapasso. ● Músculo cardíaco → sincício de muitas células musculares cardíacas. Despolarização da membrana (junções GAP - íons) = Potencial de ação. Fontes de cálcio : processo de despolarização da membrana→ Contração muscular (depende da concentração de cálcio) = Processo de condução do cálcio para o sincício. ● Sincício Atrial: forma a dos 2 átrios. Sincício Ventricular: forma a parede dos 2 ventrículos. ● Acoplamento excitação-contração = Função dos íons de cálcio e túbulos transversos. ● Feixe atrioventricular: sistema de condução especializado. EDUARDA FERNANDA DA SILVA GOMES Nó atrioventricular: responsável por gerar um pequeno atraso no estímulo do nó sinoatrial, fazendo com que os ventrículos contraiam depois do átrio e não simultaneamente. O estímulo gerado pelo nó sinoatrial se espalha pela célula do miocárdio dos átrios graças as GAP’s que fazem as células do miocárdio dos átrios contraírem todas ao mesmo tempo. Esse estímulo gerado chega aos ventrículos após passar pelo nó atrioventricular. Quando o estímulo chegaao nó atrioventricular, é passado para o ventrículo através do Feixe de His, uma estrutura formada por células especializadas que se ramificam para o ventrículo direito e esquerdo. Próximo ao ápice do coração, os ramos do feixe de His se ramificam em Fibras de Purkinje , de onde o estímulo passa diretamente para o miocárdio dos ventrículos. A estimulação das fibras de Purkinje faz com que os ventrículos contraiam simultaneamente e ejetem o sangue para a circulação pulmonar. Essas contrações cardíacas obedecem a lei ‘’do tudo ou nada’’, ou seja, o estímulo gerado é transmitido por essas células gera uma contração sempre igual ou nenhuma contração, de forma que um aumento nesse estímulo não é gerado uma contração mais forte. Apesar de não depender do sistema nervoso para realizar suas contrações, coração sofre influência do sistema parassimpático e nervoso vago. Regulação Simpática e Parassimpática: ● Estimulação Simpática: aumenta a frequência cardíaca, a força de contração, o volume de sangue bombeado, a pressão de ejeção e o débito cardíaco. ● Estimulação Parassimpática (Nervo vago): diminui a força cardíaca e de contração, o volume de sangue bombeado, a pressão de ejeção e o débito cardíaco. presente no nó sinoatrial, no nó atrioventricular e nos átrios. ● Complacência vascular: é a quantidade total de sangue que pode ser armazenada. A capacidade de uma veia vai depender da sua complacência, que pode variar de acordo com a posição do corpo. ● Débito cardíaco: volume de sangue sendo bombeado pelo coração em 1 minuto. ● Lei de Ohm: o fluxo de sangue é diretamente proporcional à diferença da pressão, mas inversamente proporcional a resistência (relacionada ao calibre do vaso). ● Lei de Poiseuille: o fluxo pelo tubo aumentará quando a pressão aumentar, e diminuirá quando a viscosidade do fluido (dada pelas hemácias) ou o comprimento do tubo aumentar. Sistema Linfático Função: recolher o excesso de líquido intersticial e toxinas acumuladas e devolvê-los para a circulação sanguínea; Atuar na imunidade corporal por contar células de defesa (linfócitos). Grande parte do nosso corpo é formado por água que EDUARDA FERNANDA DA SILVA GOMES por sua vez pode estar no sangue, dentro das células (maior parte) ou pode estar no meio extracelular, entre as células, formando o líquido intersticial. No nosso organismos, a água é um meio de transporte (do sangue para célula\da célula para o sangue). A maioria da água que sai dos capilares é absorvida por eles mesmos. Entretanto, fica um pouco no interstício e é o sistema linfático o responsável por drenar esse excesso de fluídos que fica preso entre as células. A água recolhida pelo sist. linf. passa a se chamar linfa. Junto com essa água, o sist. linf. recolhe também algumas substâncias que não conseguiram voltar para os capilares sanguíneos (proteínas, gorduras, macromoléculas, toxinas - resíduos do metabolismo celular). Estrutura: assim o sistema vascular, o sistema linfático é formado por vasos. Diferente do sist. vasc., o sist. linf. é um sistema aberto (começa entre as células e termina na circulação venosa). ● Vasos linfáticos: os canais que vão recolher a água que fica no interstício ● Linfa: a água recolhida pelos vasos linfáticos ● Linfócitos: tipo de célula de defesa (glóbulos brancos) ● Órgãos linfóides: Linfonodos - agregado de tecido linfático, possuem muitas células de defesa; Tonsilas - agregado de linfonodos em regiões estratégicas; Medula óssea, Timo, baço- responsáveis pela produção de linfócitos Dinâmica dos fluidos e formação da linfa Pressão Hidrostática Sanguínea: é a pressão exercida pelo sangue dentro dos vasos sanguíneos. Pressão Oncótica Sanguínea: é a pressão exercida pela concentração de proteínas no sangue. Vasos Linfáticos: ● Formam um sistema aberto ● Seus capilares são os menores vasos do sistema e são semelhantes aos sanguíneos ● Formados por uma única camada de células (endotélio). Essas células não possuem conexão entre si, ficam sobrepostas formando ‘’válvulas’’ que se abrem para que a linfa entre no capilar e impedem o refluxo da mesma. ● Capilares são altamente permeáveis, mais que os sanguíneos Linfonodos ● São dilatações nos caminhos dos vasos linfáticos que contém as células de defesa ● Ao passar pelos linfonodos, a linfa circula lentamente, permitindo o reconhecimento de ‘’corpos estranhos’’ ou possíveis microorganismos Órgãos do sistema linfático ● Medula óssea : além de produzir células do sangue , produz os linfócitos que vão para os outros órgãos (timo, baço) e lá se multiplicam. ● Timo: os linfócitos que vão para o timo, se tornam linfócitos T . EDUARDA FERNANDA DA SILVA GOMES ● Baço: transforma os linfócitos B em plasmócitos .
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