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RELATORIO SOLOS DETERMINAÇÃO DO LIMITE DE PLASTICIDADE DA UMIDADE ÓTIMA

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INTERAÇÃO DAS DIFERENTES FRAÇÕES GRANULOMETRICAS DO SOLO COM ÁGUA
INTRODUÇÃO
A água é uma substância intimamente relacionada aos fenômenos que ocorrem no solo, sendo um dos principais agentes da gênese do solo. A distribuição da água sobre o solo é fundamental para vegetação. A saturação ou a falta de água no solo, pode afetar diretamente o desenvolvimento das plantas, por isso que o gerenciamento das águas é de grande importância nas atividades agrícolas. Cada espécie vegetal, durante seu desenvolvimento, consome grandes quantidades de água, mas essa quantidade de consumo representa, apenas, uma pequena porção da água que passa pela planta.
Portanto, o solo atua como um reservatório de água, armazenando-a temporariamente e podendo distribui-la a vegetação. A recarga do solo ocorre dentro do ciclo hidrológico e quando sua recarga excede seu limite, essa água escoa superficialmente ou percola profundamente, abastecendo os aquíferos e/ou lençol freático. 
Retenção da água
Diversos fatores físico-químicos estão relacionados com a capacidade do solo em reter água. Como a água apresenta um momento de dipolo elétrico e as partículas do solo são carregadas, isso direciona para que a água seja retida.
O que ocorre na interação entre a água e o solo é a ação das forças de adsorção, ou seja, adesão e coesão. A camada da água que fica em contato direto com o solo, fica retida por adesão e as camadas subsequentes, por coesão.
Outro fenômeno também colabora para a retenção da água no solo: a capilaridade. Isso ocorre devido ao solo apresentar porosidade em sua estrutura. As capilaridades retêm a água na faixa úmida do solo, em seus poros. Quando o solo seca, os poros esvaziam e camadas finas de água recobrem as partículas sólidas. Dessa forma, a adsorção é predominante na retenção da água no solo, apresentando grande energia de retenção, o que significa que é mais difícil o solo liberar água.
Dentre os fatores que contribuem para a retenção da água no solo, temos: a textura do solo e sua estrutura. A textura determina a área de contato entre as partículas sólidas e a água, assim determinando as dimensões dos poros. A estrutura representa a distribuição das partículas, que determina a distribuição dos poros. Solos argilosos tem grande capacidade de reter água, devido as suas características cristalográficas.
Considerações
A retenção de água no solo é um fenômeno natural e fundamental para a manutenção e equilíbrio de diversos ecossistemas. É de extrema importância conhecer esse fenômeno, pois ele pode indicar as condições ambientais de determinada região e explicar a ocorrência de impactos ambientais ou outros sinistros.
Um dos principais fatores para ocorrer mudanças e instabilidade no solo e prejudicar os processos ambientais é o desmatamento. Pois a exposição do solo faz diminuir sua capacidade de retenção de água, devido aos processos de erosão e saturação, podendo poluir rios, desabrigar animais e descaracterizar áreas.
OBJETIVO
Estabelecer relações físicas e táteis das diferentes frações granulométricas de um solo de caráter argiloso, em sua interação com diferentes proporções de água.
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
MATERIAIS E MÉTODOS:
- Agitador
- Balança
- Capsula de silicone
- Agregado (solo com caráter argiloso e orgânico)
- Grau (capsula de porcelana)
- Espátula
- Becker
- Peneiras (#10, 16, 30, 40, 50, 100, 200)
Pesar 1kg de agregado e colocar nas peneiras e depois no agitador em frequência 3 por 5 min, após isso separar o material mais grosseiro das 4 primeiras peneiras. Começando pela primeira peneira, separar uma quantidade de agregado na capsula de silicone e uma quantidade de água no Becker colocar no grau apenas o agregado e observar as características do solo seco, após isso umedecer o agregado ao ponto grumoso e observar as características, umedecer o agregado mais uma vez ao ponto plástico e observar as características e por último umedecer o agregado ao ponto de limite de liquidez. Repetir o processo para todas as peneiras.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para a peneira #10 o aspecto do agregado seco é áspero, grosseiro, se desagrega com dificuldade, ainda com finos envolvidos e não se agrega. No ponto grumoso com pressão terá o processo de agregação mas continua tendo aspereza, no ponto de plasticidade mantem a textura arenosa e no ponto de limite de liquidez fica sem pegajosidade.
Na peneira #16 o agregado seco desmancha na mão, continua sendo áspero, tem uma certa aderência. Ao umedecer no ponto grumoso continua com aspereza e se agrega sob pressão mas desmancha, ponto de plasticidade se agrupa mas desagrega com facilidade e sua textura continua arenosa com caráter argiloso, no ponto de limite de liquidez não tem aderência.
Peneira #30 o agregado seco é menos áspero e menos aderente comparado as peneiras anteriores e não se agrega. No ponto grumoso o agregado se agrega e desagrega com facilidade e o caráter argiloso diminuiu, no ponto de plasticidade se agrega e se desagrega sem caráter plástico e no ponto de limite de liquidez continua sem aderência 
Peneira #40 à seco o agregado possui menor aspereza, média aderência e não se agrega. No ponto grumoso a agregação é muito pequena, no ponto de plasticidade apresenta agregação sem plasticidade e no ponto de liquidez continua sem aderência
Peneira #50 o agregado seco é mais fino, apresenta aderência e não se agrega. No ponto grumoso tem pouca agregação, no ponto de plasticidade tem agregação, mas nada plástico e no ponto de liquidez foi adicionada água a mais que passou o limite de liquidez.
Peneira #100 agregado seco se apresenta mais fino, pouco áspero, aderente e sem agregação. No ponto grumoso é pouco agregável, no ponto de plasticidade se agrega sem plasticidade e no ponto de liquidez é aderente.
Peneira #200 agregado seco possui menos aspereza comparado ao último e é mais aderente. Ponto grumoso se agrega pouco, no ponto de plasticidade se agrega sem plasticidade e no ponto de liquidez é altamente aderente 
No fundo da peneira o agregado é altamente aderente, fino e agrega pouco. No ponto de plasticidade se agrega com plasticidade e no ponto de limite de liquidez é bem aderente. 
Após algumas tentativas com erros, foi conseguido realizar o procedimento corretamente. Não foi possível determinar o limite de liquidez de algumas peneiras devido a quantidade elevada de água que foi colocada e misturada com o agregado.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Analisando os resultados nota-se que com passar do peneiramento as características do agregado mudam e isso se deve ao aumento de argila no solo e mostra o quanto as características mudam conforme a adição de água. Diante desses resultados percebe-se que o solo argiloso possui maior compactação que o solo arenoso.
REFERÊNCIA
VASCONCELOS, Elizeu. Retenção da água no solo. Disponível em: <http://www.logicambiental.com.br/retencao-da-agua-no-solo/>. Acesso em: 16 abr. 2018.

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