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Anexo 03 Comunicação o elo dos relacionamentos

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1 
Comunicação, o elo dos relacionamentos 
Por Maria Leonor Galante Delmas1 
25 de fevereiro de 2010, às 11h01min 
 
Para estreitar os laços humanos só existe um caminho: a comunicação. 
Esta certeza, por mais simples que pareça, é a consequência natural de uma 
descoberta essencial – a importância do outro. E se aplica não apenas a nossa 
rede pessoal de relacionamentos, mas significa uma prática-chave para o bom 
funcionamento das empresas. 
Se não pela comunicação de que outra forma os amantes dirão que se 
amam? De que outra forma pais e filhos construirão seus vínculos e valores? 
De que outra forma as relações sociais se estabelecem e se fortalecem? De 
que outras formas o líder conduz sua equipe ao sucesso? 
Como professora dos cursos de MBA, preocupo-me em tornar claro para 
meus alunos que tudo, absolutamente tudo, precisa da comunicação para criar 
forma e existir. 
Há muito batalho para que os executivos que buscam um upgrade em 
suas carreiras entendam a importância do processo de comunicação em suas 
relações interpessoais e organizacionais. 
Indo além (dentro do alcance de minhas aulas por este imenso território) 
insisto no reconhecimento da importância da essência e do planejamento da 
comunicação para qualquer atividade de liderança. Indo mais além: sem a 
força da comunicação qualquer processo fica vazio, sem expressão. 
Reforço as tintas ao falar no significado da percepção, que resulta do 
olhar atento para si e para o outro; na força da afetividade e da generosidade 
para deixar claro para alguém o que se tenta indicar; e, por extensão, na 
importância do conhecimento e do reconhecimento dos códigos mentais de 
emissores e receptores da comunicação organizacional. 
Quase ‘grito’ ao registrar a exigência de um eficiente e eficaz processo 
de comunicação para que o público interno e externo das organizações do 
século XXI vislumbre o real desenvolvimento do capital baseado no capital 
humano – leito do rio sobre o qual rolam os anseios organizacionais. 
Um processo que tem por horizonte indiscutível os capitais intelectual 
(com a força de seu conhecimento), organizacional (com sua estrutura para 
produzir os resultados que movem as nações), de relacionamento (sem o qual 
as organizações seriam navios fantasmas, sem vida) e institucional (que 
permite, enfim, que o ciclo produtivo se efetue). 
Todo este capital só se viabiliza se há comunicação para informar, 
instigar, promover, conduzir e, ainda, para fazer o sonho de cada um ser 
“acreditado”, transformado na realização do time que se entreolha e sabe 
exatamente o que dizer, sentir e fazer. 
Com a certeza de que a falência das equipes chefiadas ou pseudo 
lideradas , refletem falhas na comunicação, faço de minhas aulas uma cruzada 
para que líderes e liderados acordem e façam da comunicação a ferramenta 
mais importante, a grande parceira do sucesso nas organizações. 
 
1
 Maria Leonor Galante Delmas é psicóloga,pedagoga e assistente social. Professora doutora do MBA da 
Fundação Getúlio Vargas . Integrante do conselho editorial da revista Comunicação 360º. Sócia executiva 
da PHOENIX Consultoria e Treinamento 
 
 
 
 
 
2 
Na nova Era sobreviverão apenas aqueles que entenderem que o 
diferencial competitivo das empresas deste século não está nas máquinas, 
produtos e demais recursos tangíveis, mas na imensurável riqueza abrigada 
pelos cérebros que buscam espaço para poderem ‘SER’. 
Temos na comunicação lúcida e humanizada a ferramenta que nos 
possibilita reverenciar esse poder invisível. 
Temos nos MBAs uma terra ansiosa, a ser arada por mentes criativas, 
responsáveis e interlocutoras da mudança dos comportamentos da era 
industrial. 
Semeadoras das verdades da era do conhecimento, essas mentes 
atuam como agulhas que, para costurar a base de um novo tempo, dependem 
da linha aqui representada pela comunicação. 
Acredito que abrir espaço para discutir a correta elaboração das 
disciplinas acadêmicas ligadas à comunicação nos cursos de pós-graduação, 
em todos os níveis, seja uma saída para levar a comunicação organizacional a 
assumir seu lugar de direito e de destaque. 
Ao submetermos nossa análise sob várias lentes, ficam ainda mais 
evidentes, que na comunicação se concentram os recursos para o sucesso, 
resumidos na percepção-base das relações humanas. Isso porque a 
comunicação se estabelece a partir do que percebo no outro e em mim, na 
relação intra e interpessoal, no conteúdo que pretendo transmitir. 
Paralelamente, toda personalidade está profunda e intrinsecamente 
ligada ao processo da comunicação interpessoal. Vale ressaltar que, não só na 
realidade organizacional, mas também no cotidiano familiar e social, temos 
frequentemente a necessidade de usar táticas e estratégias de negociação, 
buscando atitudes assertivas para administrar as críticas que permeiam os 
relacionamentos. 
Por isso creio que, se não corrermos para garantir à comunicação seu 
devido lugar, muitas da ideias que temos, muito do que podemos construir para 
um mundo melhor ficará perdido, uma vez que continuaremos falando para nós 
mesmos enquanto o outro permanecerá limitado aos seus pensamentos, num 
vazio de encontros, desprezando a riqueza de compartilhar. 
 
Disponível em: http://www.administradores.com.br/informe-
se/artigos/comunicacao-o-elo-dos-relacionamentos/39055/ Acesso em 30 nov. 
2010.

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