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Contabilidade Internacional Aula 9

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CONTABILIDADE INTERNACIONAL
AULA 9 – IMPAIRMENT DE ATIVOS (IAS 36) E IFRS 8 –
INFORMAÇÕES POR SEGMENTO
Prof. Nylvandir LIBERATO
IMPAIRMENT DE ATIVOS (IAS 36) e IFRS 8 – INFORMAÇÕES – AULA 9
CONTABILIDADE INTERNACIONAL
Prof. Nylvandir LIBERATO
Você verá nesta aula: 
✓O IAS 36: Impairment dos ativos;
✓Estimativa de valor recuperável do ativo e 
sua comparação com o valor contábil;
✓Situações em que as perdas por imparidade 
podem ser revertidas.
✓Compreender a IFRS 8: divulgar a 
informação utilizada pela alta gestão no 
processo de tomada de decisões.
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Introdução
• Principais aspectos dos procedimentos
aplicados para que um ativo seja
apresentado nas demonstrações contábeis;
•Análise de fatores indicativos de perda no
valor contábil do ativo;
•O IFRS 8 no Brasil corresponde ao
pronunciamento contábil CPC 22,
informações por segmento
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IAS 36 – Impairment de Ativos
• Procedimentos para assegurar que um
ativo seja apresentado por um valor não
superior ao seu respectivo valor
recuperável;
•Na data do levantamento do balanço
patrimonial, deve analisar se existem
fatores indicativos de perda no valor
contábil do ativo;
•Neste caso, a empresa deve estimar o
valor recuperável do ativo e compará-lo
com o seu valor contábil.
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IAS 36 – Impairment de Ativos
• Quando este valor recuperável for menor
que o valor contábil, a entidade deverá
reconhecer a diferença como uma perda
por imparidade. O pronunciamento
estabelece, de forma adicional, situações
nas quais essas perdas podem ser
revertidas (Banco Central do Brasil, 2011);
•Deve ser aplicado ao registro contábil dos
ativos em sua totalidade, sendo
considerados os ativos fixos, como, por
exemplo, propriedades, máquinas e
equipamentos, exceto aqueles regulados
pelas normas internacionais: IAS 2, IAS 11
etc.
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IAS 36 – Impairment de Ativos
• De acordo com a Lei 6.404/76 no art.
183, §3º, após as recentes atualizações, as
empresas deverão efetuar,
periodicamente, análise sobre a
recuperação dos valores registrados no
imobilizado e no intangível, para que
sejam registradas as perdas de valor do
capital aplicado quando houver decisão de
interromper os empreendimentos ou
atividades a que se destinavam ou, ainda,
quando for comprovado que não poderão
produzir resultados suficientes para
recuperação desse valor.
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IAS 36 – Impairment de Ativos
• Exemplos: a antiga Provisão para
Devedores Duvidosos e a de “custo ou
mercado, dos dois o menor”. O CPC 01,
que versa sobre redução ao valor
recuperável de ativos, define que as
empresas se viram obrigadas a registrar as
variações nos valores dos ativos. Se os
ativos estiverem avaliados por um valor
superior ao valor recuperável por meio do
uso ou da venda, a empresa deve reduzir
estes ativos ao valor recuperável,
reconhecendo no resultado a perda
referente a essa desvalorização (IUDÍCIBUS
et al., 2011).
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IAS 36 – Impairment de Ativos
• O IAS 36, também se aplica aos ativos
que representam investimentos em
subsidiárias, coligadas, controladas assim
como para os empreendimentos conjuntos,
ativos intangíveis e goodwill,
regulamentados pelo IAS 31 (participação
em joint ventures);
•Estabelece que, na data do balanço, deve
se avaliar se há indicação de que algum
ativo apresenta perda de valor por
imparidade. Caso exista esta ocorrência, a
empresa deve estimar o valor dessa perda
e reconhecê-la em sua Contabilidade.
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Avaliação do valor recuperável dos ativos
• Representa o maior valor justo do
ativo deduzido dos custos incorridos
para vendê-lo e o valor em uso do
ativo;
• Caso de o valor recuperável seja
menor do que o valor contábil, a
empresa deve reconhecer a diferença
como perda por imparidade.
•Deve ser calculado para um ativo
individual, a não ser que os fluxos de
caixa gerados por ele sejam
dependentes dos fluxos de caixa
gerados por outros ativos.
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Avaliação do valor recuperável dos ativos
• O valor justo do ativo deduzido dos
custos incorridos para vendê-lo acaba
por ser o preço atrelado a um contrato
de venda, em uma transação entre
partes não relacionadas, ajustado pelos
custos adicionais que seriam
diretamente atribuíveis à venda deste
mesmo ativo.
•Por definição, o valor em uso de um
ativo é o descontado do fluxo de caixa
que é esperado de um ativo ou de uma
Unidade Geradora de Caixa (UGC).
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Avaliação do valor recuperável dos ativos
Ele deve refletir:
•a estimativa dos fluxos de caixa futuros
que a entidade espera obter;
•a expectativa sobre as possíveis
variações no montante ou no período
desses fluxos de caixa futuros;
•o valor do dinheiro no tempo,
representado pela taxa de juros livre de
risco de mercado;
•o preço para a incerteza do ativo e
alguns outros fatores, como a falta de
liquidez.
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Avaliação do valor recuperável dos ativos
•A taxa de desconto a ser utilizada para
a realização do cálculo do valor em uso
deve ser uma taxa prefixada e que
corresponda ao retorno que os
investidores esperariam e exigiriam de
um investimento que gerasse fluxos de
caixa de valor, prazo e perfil de risco
equivalentes aos que a empresa espera
obter do ativo.
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Cálculo e reconhecimento da perda por imparidade
✓ Nos casos em que o valor recuperável é
menor que o valor contábil, a empresa deve
realizar o reconhecimento da respectiva
diferença na forma de perda por
imparidade.
✓ A perda por imparidade deve ser
reconhecida de maneira imediata no
resultado, com exceção dada para o caso de
o ativo ter sido objeto de reavaliação, em
outra norma internacional, também editada
e publicada pelo IASB. Nestes casos, as
perdas por imparidade devem ser tratadas
como redução da reavaliação.
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Cálculo e reconhecimento da perda por imparidade
✓ Deve realizar o reconhecimento como
valor máximo de perda por imparidade de
um ativo, o valor contábil desse ativo, ou
seja, seu valor de aquisição ou de
fabricação. No entanto, caso haja
determinação expressa de outra norma, a
empresa deverá realizar o reconhecimento
de um passivo no momento em que a perda
por imparidade for superior ao valor
contábil do ativo.
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Cálculo e reconhecimento da perda por imparidade
No momento que sucede o reconhecimento
de uma perda por imparidade, a
depreciação do ativo deve ser ajustada, mas
em exercícios financeiros futuros, com o
objetivo de adequá-lo ao novo valor
contábil, deduzido de seu eventual valor
residual, em uma base consistente e
plausível com a sua vida útil restante,
conforme os ditames governamentais
brasileiros.
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UGC associada a Goodwill
Quando se possui uma unidade
geradora de caixa (UGC) para a qual
tenha sido atribuído valor relativo a
goodwill, deve ser testada a perda
por imparidade dos ativos
anualmente e sempre que existir
alguma indicação de que essa UGC
possa ter perda de valor.
Deve comparar o valor contábil,
inclusive o valor do goodwill, com o
valor recuperável da UGC. Caso o
valor recuperável da unidade seja
superior ao valor contábil, não
existe perda por imparidade.
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UGC associada a Goodwill
Seguindo os preceitos IFRS 3
(combinação de negócios), o
goodwill representa o pagamento
feito pelo adquirente em
antecipação aos benefícios
econômicos futuros de ativos, os
quais não são identificados de
maneira individualizada nem
reconhecidos separadamente na
estrutura das demonstrações
contábeis relacionadas.
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UGC associada a Goodwill
Segundo o BACEN, o Goodwill não
gera fluxos de caixa
independentemente de outros ativos
ou grupos de ativos e, muitas vezes,
acaba por contribuir para os fluxos
de caixa de diversas unidades
geradoras de caixa.
Sendo assim, para se realizar o teste
de imparidade, deve-se atribuir o
goodwill proveniente de uma
combinação de negócios a cada uma
das UGCs ou grupos de UGC, do
adquirente, que se beneficiaram
desta.
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UGC associada a Goodwill
Caso a empresa aliene uma unidade
operacional de uma UGC para a qual
foi direcionado goodwill, este será
atribuído à unidade operacional
alienada devendo ser incluído no
valor contábil da unidade
operacional quando da apuração do
resultado da alienação e deve,
também, ser mensurado
proporcionalmente em relação à
unidade operacional alienada e a
parcela da UGC retida, a não ser que
exista algum outro método que
evidencie melhor este goodwill.
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UGC associada a Goodwill
Se uma parte ou todo o valor
relacionado ao goodwill atribuído a
uma unidade geradora de caixa foi
adquirido, em uma operação de
combinação de negócios durante o
exercício corrente, essa unidade
deve ser testada por imparidade
antes do final do exercício, ou seja,
até o final do ano civil (Iudícibus et
al., 2010).
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Procedimentos para reversão de perdas por imparidade
•Deve verificar se há indicação de
reversão de perdas ocasionadas por
imparidade de ativos ou de
unidades geradoras de caixa,
reconhecidas em períodos
anteriores.
•Havendo indicação de recuperação
de perdas por imparidade que já
foram reconhecidas, a entidade
deve estimar o valor recuperável do
ativo.
•No momento dessa avaliação, não
deve ser considerado o valor do
goodwill.
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Procedimentos para reversão de perdas por imparidade
•Apenas devem ser revertidas
eventuais perdas por imparidade se
houver alterações nas estimativas
utilizadas para determinar o valor
recuperável do ativo após o seu
último momento de
reconhecimento.
•Estas reversões de perdas por
imparidade devem ser reconhecidas
no resultado do exercício no
momento imediato de identificação,
exceção dada para o caso em que o
ativo tenha sido escriturado por um
valor já reavaliado.
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Divulgação das informações
Deve divulgar, considerando cada classe de ativos:
✓o valor das perdas por imparidade reconhecidas no
resultado durante o período e as linhas da demonstração
de resultado em que essas perdas são incluídas,
✓o valor das reversões das perdas por imparidade que
foram reconhecidas no resultado durante o período e as
respectivas linhas da demonstração de resultado em que
essas perdas são revertidas,
✓o valor das perdas por imparidade em ativos reavaliados,
quando reconhecidas diretamente no capital próprio
durante o período e
✓o valor das reversões de perdas por imparidade em
ativos reavaliados que foram reconhecidas diretamente no
capital próprio durante o período.
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Divulgação das informações
Com a publicação, por parte da empresa, seguindo o IAS 14
(relatórios por segmento operacional), deve ser feita a
divulgação, por segmento, do valor das perdas – e das
reversões das perdas - por imparidade reconhecidas no
resultado e diretamente no capital próprio durante o período
(Banco Central do Brasil, 2011).
Já a divulgação para cada perda material por imparidade ou
reversão ocorrida no período relativa a um ativo individual,
incluindo o goodwill, ou para uma unidade geradora de
caixa, deve enfatizar os acontecimentos e circunstâncias que
conduziram ao reconhecimento ou reversão da perda por
imparidade, o valor da perda por imparidade reconhecida ou
revertida e, ainda, indicar a base utilizada para o cálculo do
valor recuperável.
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Situação simulada: caso
• A Cia. Antena Dois possui um ativo, classificado no
imobilizado e reconhecido no Balanço Patrimonial de 31 de
dezembro de 2010 pelo valor contábil de R$300.000, sendo
o custo de reconhecimento inicial de R$400.000 e tendo
um saldo de depreciação acumulada de R$100.000.
• Em 2010, a Antena constatou que o valor de mercado do
referido ativo teve uma desvalorização considerável, maior
do que o desgaste natural que o tempo acarretaria.
Constatou-se ainda que o desempenho econômico do ativo
foi um pouco pior que o esperado, ocasionando a decisão
de estimar o valor recuperável deste ativo imobilizado para
constatar se já deveria ou não ser reconhecida alguma
perda ocasionada pela desvalorização dele.
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Situação simulada: caso
• A Antena preparou, por meio de estimativas, o valor de
venda e o valor em uso a partir dos fluxos de caixa futuros
que tal ativo poderia gerar para a empresa ao longo da sua
vida útil estimada, também mantendo razoabilidade nestas
avaliações, sendo a vida útil estimada em 5 anos.
• O valor de venda estimado foi de R$ 260.000, mas para
deixar o ativo em condições de venda, eram necessários
mais R$ 27.000 de gastos, o que faria um valor líquido
estimado de venda em R$ 233.000 ser considerado.
• Dessa forma, os fluxos de caixa puderam ser estimados,baseados em um relatório fundamentado por um estudo
técnico, o qual avaliou a capacidade produtiva deste ativo
durante a sua vida útil.
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Situação simulada: caso
• Na sequência, temos o relatório:
Anos Fluxo de caixa estimado (R$) Valor presente estimado
2010 101.400 88.174
2011 84.800 64.120
2012 70.000 46.026
2013 56.600 32.362
2014 46.000 22.870
Total 359.800 253.552
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Situação simulada: caso
Comentários:
• Para serem colocados os fluxos futuros em valor presente,
foi utilizada a taxa de desconto de 15% ao ano. A Antena
Dois julgou esta taxa a mais conveniente para refletir as
atuais avaliações do mercado quanto ao valor do dinheiro
no tempo e, também, quanto aos riscos específicos deste
ativo classificado no imobilizado;
• Com estas informações consolidadas, a Antena definiu o
valor recuperável deste bem imobilizado em R$253.552, o
qual é o valor em uso, evidenciado na tabela mostrada
anteriormente, já que este valor é maior que o valor
líquido de venda, avaliado em R$233.000.
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Situação simulada: caso
Comentários:
• Comparando o valor contábil do ativo imobilizado, de
R$300.000, com o valor recuperável, de R$253.552, a
Antena verificou que deveria reconhecer uma perda por
desvalorização de R$ 46.448,00, refletindo o montante
recuperável de forma correta.
• Contabilização:
Perda por Desvalorização (conta de resultado)
a Perdas estimadas por valor não recuperável R$ 46.448,00
(redutora do Ativo Não Circulante)
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IFRS 8 – Informações por segmento
• Corresponde no Brasil ao CPC 22;
• Se aplicam as companhias abertas ou em processo de
abertura de capital, além de empresas que possuam
instrumentos de dívida negociados no mercado de
capitais ou que, ainda, estejam durante o processo de
emissão de tais títulos.
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IFRS 8 – Informações por segmento
• Empresas realizem a divulgação de informações que
permitam aos usuários das demonstrações financeiras
a avaliação da natureza e dos efeitos das atividades do
negócio que ela desenvolve e o ambiente econômico
em que ela está inserido.
• O objetivo principal é divulgar a informação utilizada
pela alta gestão no processo de tomada de decisões,
fato que permitiria aos usuários a compreensão das
principais atividades empresariais, onde estão
localizadas estas atividades e, ainda, quão bem elas
estão desempenhando estas atividades empresariais.
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IFRS 8 – Informações por segmento
• Em linhas gerais, mesmo que uma empresa não seja
obrigada pelo IFRS 8, esta pode divulgar suas
informações por segmento. Na situação de uma
empresa não se encaixar em nenhuma
obrigatoriedade, caso ela queira apresentar estas
informações por segmento, ela terá que aplicar o que
está estabelecido na norma IFRS 8 na totalidade.
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IFRS 8 – Informações por segmento
• A IFRS 8 define a figura do chief operating decision
maker (CODM), traduzindo para o português como
“tomador de decisões operacionais”. Embora a norma
não deixe claro, este tomador de decisões pode ser um
grupo de pessoas e, não necessariamente, uma única
pessoa.
• Por regra, nas companhias abertas, aquele que toma as
principais decisões operacionais não é um único ser e,
sim, um grupo de indivíduos.
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IFRS 8 – Informações por segmento
Os segmentos operacionais podem ser entre áreas
geográficas distintas ao invés de organizar por produtos
e serviços (o que é mais comum), permitindo a
agregação de tais segmentos. Neste caso, isso só é
possível quando estas áreas ou países possuam
características econômicas e de natureza similares:
• nos produtos e serviços e nos processos de produção;
• no tipo ou na categoria de clientes;
• nos métodos usados para distribuir produtos ou prestar
serviços e, quando for aplicável,
• no ambiente regulatório para o caso de bancos,
seguradoras ou serviços públicos, tais como telefonia,
por exemplo.
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Divulgação de segmentos lucrativos e deficitários
O CPC 22, estabelece que o teste dos 10% deve ser
aplicado pela administração da empresa quando da
divulgação das informações por segmento. Neste teste,
a administração é requerida a indicar se o valor
absoluto do lucro ou prejuízo por segmento é maior ou
igual a 10% do valor absoluto do:
a) lucro apurado combinado de todos os segmentos que
não apresentarem prejuízo; e
b) prejuízo apurado combinado de todos os segmentos
que apresentarem prejuízo.
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Exemplo de Divulgação por segmento
Segmento Receita (R$) Lucro/(Prejuízo) (R$) Ativo total (R$)
Nordeste 9.000 1.200 18.600
Sudeste 4.200 (600) 8.400
Sul 13.200 2.400 30.000
Norte 1.800 480 4.200
Central 3.600 (1.200) 12.600
Oeste 4.800 720 8.400
Total 36.600 3.000 82.200
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Divulgação de segmentos - Exemplo
✓Esta empresa possui seis segmentos. Todos os dados
relativos a receitas, resultados e total de ativos estão
divulgados na tabela. As informações são relacionadas
ao ano imediatamente anterior e esta empresa precisa
analisar quais segmentos serão divulgados ou não.
✓ Os segmentos do Sul, Nordeste, Sudeste e Oeste
atendem claramente aos testes relacionados com as
receitas, sendo segmentos divulgáveis e não ocorrendo
a necessidade de mais testes a serem realizados.
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Divulgação de segmentos - Exemplo
✓O segmento Central não atende ao teste da receita,
pois não atinge 10% do total das receitas, mas
representa mais do que 10% do total dos ativos,
atendendo a este segundo teste e tornando-se um
segmento também divulgável. Também não é necessário
que seja realizado o teste do lucro.
✓O segmento Norte não passou nos testes nem da receita
nem no total dos ativos, mas satisfaz o critério do lucro.
O lucro é de R$ 480, representando mais de 10% do total
dos segmentos que apresentaram prejuízo (R$1.800) e
representa exatamente 10% do total de todos os
segmentos que apresentaram lucro. Dessa forma,
também se apresenta como divulgável.
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Divulgação de segmentos - Exemplo
✓Ainda é importante ser observado que, na situação de
um segmento não atender a este critério estabelecido na
norma relacionado aos 10%, a administração da empresa
pode optar por divulgar informações não requeridas, de
acordo com julgamento próprio sobre a relevânciada
informação para os interessados, ou seja, o público em
geral.
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SÍNTESE DA AULA
Nesta aula você:
✓Reconheceu o pronunciamento IAS 36 que trata do
impairment dos ativos;
✓Reconheceu a estimativa de valor recuperável do
ativo e sua comparação com o valor contábil;
✓Identificou as situações em que as perdas por
imparidade podem ser revertidas.
✓Compreendeu a IFRS 8 que tem como objetivo
divulgar a informação utilizada pela alta gestão no
processo de tomada de decisões.
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FIM
Até a próxima aula!

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