Buscar

APOSTILA.CIENCIAS DO AMBIENTE

Prévia do material em texto

Aula 1: Introdução aos estudos das Ciências Ambientais 
O desenvolvimento sustentável e recursos naturais
O desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro.
Essa definição surgiu na Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, conhecida como Comissão Brundland, em 1987. Esta comissão foi criada pelas Nações Unidas para discutir e propor meios de um desenvolvimento econômico mais consciente e a conservação ambiental, buscando soluções para a manutenção da grande população mundial de uma forma que promova a sustentabilidade com a exploração de recursos naturais renováveis de maneira equilibrada. Deste modo, visa-se a reciclagem contínua de materiais e a utilização de energia limpa.
O que é recurso natural?
Segundo Braga (2005), Recurso natural é qualquer insumo que organismos, populações e ecossistemas necessitam para sua manutenção.
Algo se torna recurso natural caso sua exploração, processamento e utilização não causem danos ao meio ambiente. Assim, na definição de recurso natural, encontramos três tópicos relacionados:
TCNOLOGIA: O recurso natural e a tecnologia estão associados, pois os processos tecnológicos viabilizam a utilização dos recursos renováveis.
ECONOMIA: A economia também é importante, uma vez que os recursos só serão reconhecidos e explorados se forem economicamente viáveis e interessantes.
MEIO AMBIENTE: Segundo Braga (2005), o fato de não se ter levado em conta o meio ambiente nas últimas décadas gerou aberrações, como o uso de elementos extremamente tóxicos como recursos naturais.
Atualmente, a população humana está consumindo os recursos naturais mais rápido do que são regenerados na biosfera, acumulando materiais tóxicos e diminuindo a qualidade do ambiente.
Sistemas naturais
Dois sistemas naturais são fundamentais em um ecossistema:
ATENÇÃO: Quando qualquer fator levar ao excesso ou escassez de material, o próprio componente do ecossistema se autorregenera. O controle natural das taxas de nascimento e mortalidade de várias populações de animais é um bom exemplo de manutenção do ecossistema.
Ameaças aos processos naturais
O assunto do da crise ambiental tornou-se um desafio mundial e vários países tratam de questões diversas.Veja quais são as ameaças locais principais aos processos naturais:
Preocupação ambiental
A preocupação ambiental surgiu nos anos de 1968 a 1970, com um grande movimento de conscientização ambiental e aumento da atenção pública através da imprensa popular. Muitos países estavam preocupados com a poluição, a preservação de áreas naturais, o crescimento populacional e a energia.
No ano de 1972, em Estocolmo, foi realizada a primeira Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente. Os países desenvolvidos sugeriram um programa internacional para a Conservação dos recursos naturais e genéticos do planeta. Os debates foram direcionados para o controle populacional e para a necessidade de redução do crescimento econômico.
Outro acontecimento internacional importante foi a Cúpula da Terra, ocorrido em junho de 1992, no Rio de Janeiro. Denominada oficialmente Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, também conhecida como Eco-92 ou Rio-92. 
Tratava-se de propor medidas concretas e acordos para solucionar os problemas ambientais e de desenvolvimento.
Os resultados da reunião incluem :
Convenções globais sobre a biodiversidade, clima e desertificação.
Constituição ou Carta da Terra de princípios básicos.
Programa de ação chamado Agenda 21 para pôr em prática esses princípios.
Muitas organizações ambientalistas foram surgindo após a Rio-92, como as organizações não governamentais (ONGs) que atuam em defesa da preservação do meio ambiente, buscando o apoio da imprensa, das empresas e do governo.
O objetivo dessas ONGs é de conscientizar a população, por meio de pesquisas científicas, publicações, produção de cartilhas e programas de educação ambiental. 
Atualmente, as instituições do governo estão bem mais organizadas com a elaboração de relatórios técnicos, a reestruturação de leis ambientais e uma fiscalização mais eficiente. 
Além da elaboração da legislação ambiental, os órgãos governamentais realizam e financiam pesquisas científicas, gerenciam unidades de conservação e incentivam setores privados para a elaboração de projetos em gestão ambiental.
O desafio para os especialistas e ecólogos é a busca do conhecimento científico necessário para a conservação da biodiversidade, fornecendo subsídios para o desenvolvimento de tecnologias economicamente sustentáveis, construindo um compromisso político e social.
Somos responsáveis pela busca de soluções para os problemas ambientais e de mecanismos que permitam uma relação sustentável com a biosfera, de forma que satisfaça as necessidades básicas da população humana, sem pôr em risco os recursos naturais.
Braga (2005) sugere que o desenvolvimento das tecnologias foi responsável pela maior oferta de alimentos, pelo crescimento do nível de conforto e saúde e pelo aumento da longevidade do homem, colocando à sua disposição tecnologias agronômicas de geração de energia, de construção civil, de transportes, de saneamento, farmacêuticas, cirúrgicas, de comunicação etc. 
No entanto, apesar dos benefícios, houve um crescimento populacional explosivo que ficou associado ao fenômeno da urbanização, do consumismo e do desconhecimento científico dos impactos negativos desse tipo de desenvolvimento.
A degradação ambiental e a poluição passaram a atormentar a sociedade urbano-industrial. Verificou-se, desse modo, que as práticas de engenharia nem sempre foram as mais adequadas do ponto de vista ambiental. 
Portanto, um novo desafio se apresenta aos profissionais de todas as áreas: o de utilizar as tecnologias disponíveis e desenvolver outras novas, compatibilizando-as com a minimização dos impactos negativos ao meio ambiente.
Aula 2: Fundamentos da Ecologia
Conceituação
Segundo o dicionário Aurélio, a ecologia é “o estudo das relações entre os seres vivos e o meio onde vivem, e de suas recíprocas influências”. 
Portanto, ecologia é a ciência que estuda como os organismos interagem uns com os outros e com o ambiente abiótico (incluindo fatores como luz solar, temperatura, umidade e nutrientes)
Qual o objetivo principal da ecologia?
O objetivo principal da ecologia é entender as interações entre organismos, populações, comunidades e ecossistemas com o seu meio físico.
A ecologia se preocupa com a distribuição e abundância de organismos nas comunidades e populações.
Níveis de Sistema
A ecologia se preocupa com os níveis de sistemas a partir de populações. Confira o esquema abaixo:
Segundo Odum (1963), um sistema é um conjunto cujos elementos se unem por meio de propriedades calcadas na inter-relação, interdependência e na sensibilidade a certos mecanismos reguladores, de tal modo que formem um todo unificado. 
Segundo Pinto-Coelho (2000), embora a Ecologia ocupe–se,  em geral, com os níveis superiores ao de populações, estudos de natureza ecofisiológica ou comportamental estão frequentemente voltados ao acompanhamento individual dos organismos dentro de uma população.
Conceitos fundamentais da Ecologia
Alguns conceitos são fundamentais para o entendimento da ecologia não só de comunidades e populações, como também individual dos organismos:
Componentes Bióticos -> Componentes vivos do meio.  
Podem ser classificados em:
Produtores (algas, plantas e algumas bactérias) que absorvem energia luminosa e produzem seu próprio alimento; e 
Heterótrofos (animais, fungos e muitas bactérias), que não produzem seu próprio alimento e necessitam de outros seres vivos para sobreviverem.
Componentes A bióticos: Representados por fatores físicos e químicos do meio. 
Fatores físicos - clima, determinado por diversos fatores como temperatura, luz, umidade,ventos, altitude; e 
Fatores químicos - componentes inorgânicos (água, ar e solo, C, N, CO2, H2O e outros) e orgânicos (proteínas, carboidratos, lipídios, substâncias húmicas etc.).
Meio Ambiente: Conjunto de fatores bióticos e abióticos que possibilitam a sobrevivência dos organismos.
Hábitat: É o lugar onde vive uma ou mais espécies. 
Esse local não precisa estar associado a uma região geográfica ― como, por exemplo, a associação do Lobo Guará e o seu habitat (o Cerrado) ―, mas pode estar relacionado com um local específico ― como um tronco habitado por formigas ou um lago habitado por peixes.
Os organismos buscam um habitat com alimento disponível, abrigo e favorável à reprodução.
Nicho Ecológico: É a posição ou o papel de um organismo dentro de sua comunidade e ecossistema, como resultante das respectivas adaptações estruturais, reações fisiológicas e comportamento específico. É a forma de obtenção de energia e as interações das quais ele participa dentro de um ecossistema. 
Em determinado ecossistema, cada espécie exerce uma função ou nicho, diferentemente da função de outra espécie. Então, analisa-se como uma espécie se alimenta, suas condições de reprodução, moradia, hábitos, inimigos naturais, estratégias de sobrevivência etc. 
Como exemplo, podemos citar a posição de um organismo em uma cadeia alimentar – os herbívoros se alimentam dos vegetais (produtores) e os carnívoros se alimentam dos herbívoros.
Nicho Trófico: É a posição de um organismo dentro de uma cadeia alimentar, como produtores, herbívoros e carnívoros.
Ecossistema: É um conjunto de componentes bióticos e abióticos que, num determinado meio, trocam matéria e energia. Ex.: manguezal.
Bioma: Região caracterizada por um tipo de vegetação. Ex.: o bioma cerrado.
Biosfera: Engloba todos os organismos vivos da terra que interagem com o ambiente físico.
Espécie: É o conjunto de organismos semelhantes entre si que se reproduzem em condições naturais, sendo seus descendentes potencialmente férteis. Ex.: (Homo sapiens).
População: É o conjunto de organismos de uma mesma espécie que habitam ou ocupam um mesmo espaço em determinado tempo. Ex.: populações de Pau-Brasil (caesalpinia equinata). Espécie nativa da Floresta Atlântica.
Comunidade: É um conjunto de seres vivos de diversas populações em uma determinada área. Ex.: Na Floresta Atlântica, encontramos populações de tucanos, gaviões, quaresmeiras e ipês, formando uma comunidade.
Aula 3: Elementos da Geologia
Introdução
A geologia (geo = Terra, logia = Estudo) é uma das chamadas ciências da natureza. A Geologia é a ciência da Terra e estuda sua composição e estrutura, sua história e sua vida passada, tanto a vegetal quanto a animal. Todas as relações do ser humano ocorrem em nosso planeta ao qual chamamos de “casa”. É dela que retiramos todos os recursos necessários para a nossa sobrevivência e melhoria da qualidade de vida, assim temos que entender a formação, o funcionamento, a história, as estruturas, enfim, os processos que regulam nosso planeta (único no nosso sistema solar com condições e vida) visando atingir, o que chamamos de desenvolvimento sustentável.
A importância da Geologia
A geologia, geomorfologia e hidrogeologia devem ser consideradas e investigadas antes de qualquer estudo de engenharia ou de gestão geológica ser realizado. 
O tipo de informação que podem fornecer deve ser atualizado, e expresso numa escala adequada. Após as investigações de base, os problemas geológicos devem ser considerados, garantido assim, a sustentabilidade das obras e infra-estruturas bem como a exploração de recursos.
A importância da Geologia
No tocante as condições urbanas, é necessário destacar-se o papel do conhecimento geológico no desenvolvimento sustentável e no urbanismo. As condições geológicas do terreno e os recursos da Terra são fatores fundamentais para a sustentabilidade urbana de todas as grandes cidades. No entanto, a experiência comprovada em muitos países em desenvolvimento mostra que a informação geológica não é devidamente considerada no planejamento urbano.
Objetivos da Geologia
Os objetivos da geologia podem ser sintetizados desta forma:
- Estudo das características do interior e da superfície da Terra, em várias escalas;
- Compreensão dos processos físicos, químicos e físico-químicos que levaram o planeta a ser tal como observamos;
- Definição da maneira adequada (não destrutiva) de utilizar os materiais e fenômenos geológicos como fonte de matéria prima e energia para  melhoria da qualidade de vida da sociedade;
- Resolução de problemas ambientais causados anteriormente e estabelecimento de critérios para evitar danos futuros ao meio ambiente, nas várias atividades humanas;
- Valorização da relação entre o ser humano e a Natureza.
Petrografia e Petrologia - são as ciências que estudam as rochas no sentido restrito. Aspectos descritivos e genéticos, respectivamente.
Geologia Histórica - descreve os eventos geológicos, biológicos e estruturais cronologicamente.
Estratigrafia - é a ciência que ordena as rochas, sistematizando-as a partir das mais antigas até as mais jovens.
Paleontologia - é a ciência que descreve e classifica os antigos seres que se encontram nas rochas (fósseis).
Mineral
As Geociências, como um todo, estudam a Terra, seus materiais, seus processos, história e posição no espaço. Permitem assim uma visão ampla e integrada dos fenômenos da natureza.
Em tempos geológicos recentes surgiu no mundo um ser que, aparentemente, passou a se relacionar com o ambiente de maneira diferente dos demais seres vivos
- O Homem.
As eras geológicas surgiram Terra. O homem só surgiu no quaternário o último e o mais breve dos períodos do era cenozoica.
O homem tem provocado alterações na composição química das diversas partes do ambiente terrestre (ar, água, terra, fabricado substâncias não naturais: plásticos, etc.), modificado o relevo, a vegetação, o clima a sua própria sobrevida e distribuição no planeta.
 Cabe a nós o pensamento crítico sobre o tipo de interação que estamos tendo com o nosso planeta e sobre os riscos de transformá-lo numa terra inabitável. O conhecimento do ambiente geológico é fundamental para essa reflexão. A sociedade pós-moderna é hoje altamente dependente dos materiais geológicos:
Ferro - utensílios domésticos
Elementos Radioativos - energia nuclear
Argilas - construção civil (telhas, tijolos, cimento, etc...)
Carvão, petróleo, gás natural, pedras preciosas, etc..
Cobre, Alumínio - eletricidade e indústrias
Parâmetros Litológicos
A história da formação da Terra vem sendo discutida no meio científico até hoje. Acredita-se que essa história tenha se iniciado há cerca de 4,6 bilhões de anos. Estudos mostram que a Terra, assim como os outros planetas do Sistema Solar, formou-se por uma força gravitacional que “reuniu” materiais existente no espaço (poeira cósmica e gases). 
No princípio, a Terra era um corpo homogêneo, mas isso começou a se modificar com o resfriamento natural das áreas mais afastadas do centro do planeta. O material mais pesado mergulhou para o interior (ferro e níquel, por exemplo), e o mais leve (gases) flutuou para a superfície, formando-se então a crosta. 
A partir daí, a Terra foi se transformando em um planeta com camadas distintas, de acordo com as densidades e tipos de materiais.
A estrutura da Terra é formada por três camadas: Crosta terrestre ou Litosfera; Manto-superior e interior; Núcleo – externo e interno. Podemos aprofundar nossos conhecimentos.
A crosta terrestre é uma camada relativamente fina, com 25 a 50Km de espessura em média no continente e de 5 a a 10Km no oceano. Ela é constituída, pelo menos na porção superior, por rochas semelhantes às que afloram na superfície: granitos, basaltos e rochas sedimentares. Na porções mais profundas ocorrem rochas escuras e mais pesadas: diabásios, rochas ultrabásicas etc.
 Nos continentes predominam os primeiros tipos de rochas e nas áreas oceânicas os segundos. É constituída de duas camadas: uma externa, Sial (15 a 25km de profundidade) e outra interna, Sima (25 até 50 km de profundidade). Tem uma variação de temperatura de 15ºC até 1.200ºC.
A história da Terra
A atual configuração dos continentes na superfície terrestre originou-se de um processo que resultou na fragmentação e no afastamento das terras emersas, a partir de um bloco único denominado Pangea.
 Defendida pelo geofísico alemão Alfred Wegener, em 1912. Segundo Wegener, originalmente havia uma única grande massa continental, a Pangea ("toda a Terra”). 
Essa Teoria estabelecia que há cerca de 240 ou 200 milhões de anos, o "supercontinente" teria começado a se fragmentar sucessivamente. A primeira divisão formou dois continentes: a Laurásia ao norte, e a Gondwana, ao sul. 
A partir daí, as divisões foram se sucedendo até os continentes atingirem a configuração atual.
A coincidência do contorno entre a América do Sul e a África: a grande similaridade entre as linhas de costa em lados opostos do Atlântico Sul, como um quebra-cabeça, foi uma das primeiras evidências que sempre intrigou os cientistas. 
Devido à constante modificação das linhas de costa por eventos erosivos essa união não é perfeita, deixando ainda dúvidas aos cientistas. Entretanto, em 1960 os cientistas produziram um mapa com o contorno da plataforma continental até uma profundidade de 900m e observaram esta similaridade de forma ainda mais perfeita;
 Apesar de todas as evidências apontadas por Wegener, ele não conseguiu explicar o mecanismo responsável pelo movimento das massas continentais e, por isso, ficou por muito tempo desacreditado no meio científico. Mais de 50 anos depois das postulações de Wegener, o avanço tecnológico permitiu o conhecimento de dados sísmicos e do campo magnético da Terra e, com isso, surgiu a partir da teoria da deriva continental de Wegener, a teoria da Tectônica de Placas.
De acordo com o modelo da tectônica de placas, a parte superior do manto junto com a crosta formam uma camada rígida chamada de litosfera. Esta camada encontra-se sobre uma outra camada menos rígida chamada de astenosfera. 
A litosfera é quebrada em diversos segmentos chamados de placas, que estão constantemente se movimentando e mudando de forma e de tamanho.
 Essas movimentações ocorrem porque a Litosfera, mais leve e fria, praticamente “flutua” sobre o material mais quente e denso e parcialmente fundido, existente no topo da Astenosfera. É nessa parte viscosa, dos primeiros 200 km da Astenosfera, que são geradas as correntes de convecção, supostamente o mecanismo que proporciona a movimentação das placas tectônicas.
Mineral
Inicialmente pode-se destacar que para o entendimento das rochas é fundamental o estudo dos minerais, pois rocha por definição é um agregado natural formado por um ou mais minerais. 
Assim podemos entender os minerais como sendo um elemento ou composto químico homogêneo encontrado naturalmente na crosta terrestre, resultante de processos inorgânicos, de composição química definida e de estrutura interna característica, manifestada na sua forma exterior e nas suas propriedades físicas.
 Quartzo, um dos minerais ais abundantes do planeta
Identificação dos minerais
Os minerais podem ser identificados através de análises químicas. Entretanto, outro meio mais simples e rápido, e também eficaz, é empregar as propriedades dos minerais como base para a sua identificação. A seguir alguns critérios de identificação das propriedades físicas do minerais.
Rocha
Rocha é um agregado natural de um ou mais minerais e/ou mineralóides (vulgarmente chamado de pedra). De acordo com sua origem, distinguem-se três grandes grupos de rochas:
 Rochas Sedimentares
São formadas a partir da deposição do material fragmentado, proveniente de qualquer tipo de rocha ou material, em diversos ambientes de sedimentação da superfície terrestre. Classificadas em clásticos ou mecânicos e não clásticos ou químicos. Ao lado um exemplar de arenito, uma rocha sedimentar resultante da compactação e litificação de material granular composto normalmente de quartzo, dentre outros materiasi como feldspatos, micas e outras impurezas.
 Rochas  Magmáticas
As rochas magmáticas surgem da consolidação do magma e através do resfriamento das lavas vulcânicas. Podem ser divididas em: 
a) Rochas magmáticas Intrusivas, plutônicas ou abissais; 
b) Rochas magmáticas extrusivas, vulcânicas ou eusivas: 
Acima, identificamos um exemplar de basalto, uma rocha magmáticas extrusiva.
 Rochas  Metamórficas
São originadas pela transformação, em estado sólido, das rochas preexistentes devido às novas condições de temperatura e pressão, presença de agentes voláteis ou fortes atritos. 
 As rochas metamórficas dividem-se em três subgrupos: rochas formadas pelo: metamorfismo regional; metamorfismo de deslocamento e metamorfismo de contato
A imagem acima é um gnaisse, uma rocha de metamorfismo regional de médio a alto grau.
Ciclo das rochas
O Ciclo das Rochas, estabelece a história da formação das rochas ígneas, sedimentares e metamórficas. Mostra o relacionamento genético que existe entre elas e as fontes de rochas primárias e secundárias que compõem a crosta terrestre.
Processo de erosão, transporte e sedimentação
Agentes externos como chuva e vento, provocam erosão nas rochas expostas na superfície. Os sedimentos que resultam dessa ação dão arrastados pelos rios e vão se depositando no fundo de vales e oceanos.
A compactação resultante ao longo dos anos dá origemas rochas sedimentares. Ex. arenitos, calcário, folhelhos, etc. 
Processo de Cristalização
O magma, sofre um processo de resfriamento dando origem as rochas magmáticas. Esse resfriamento pode ser no interior da crosta terrestre, em camadas profundas da litosfera(intrusiva), ou o resfriamento pode ser a partir do material expelido por um vulcão (rocha magmática extrusiva).Ex. os minerais feldspatos, a mica, os óxidos metálicos, os minerais silicatos ferro-magnesianos, etc.
Processo de Metamorfismo
Ocorre quando a pressão e temperaturas alteram as características das rochas sedimentares ou magmática se das próprias metamórficas. Ex. Gnaisse, Xisto, Quartzito, mármore
Processo de Fusão
Ocorre quando a rocha é exposta a uma temperatura tão alta que ela derrete e se junta ao magma.
Estratigrafia
É o estudo do posicionamento das rochas, sua sequência no tempo e correlação das camadas das em diferentes localidades. Estas informações permitem o desenvolvimento da reconstituição da história da Terra.
 Estudos esclareceram  que as rochas estratificadas foram depositadas em camadas ou estratos horizontais e que estas rochas tinham continuidade lateral ao longo da superfície da terra e que elas tinham sido depositadas numa sucessão cronológica de talmodo que as mais velhas estavam na base e as mais novas no topo.
São 3 as leis ou princípios da Estratigrafia:
Lei da superposição. 
Princípio da superposição de camadas
Em uma sucessão de rochas estratificadas (que não tenham sofrido deformação), o estrato mais antigo situa-se mais abaixo, com os estratos mais jovens posicionando-se mais acima, em sequência.
Essa lei ou princípio nos permite a identificação da ordem de formação dos estratos, que é a base de toda interpretação histórica de rochas estratigráficas.
Lei da horizontalidade original.
Princípio da Horizontalidade original
Há acumulo em camadas horizontais de depósitos sedimentares sob força da gravidade.
A foto abaixo, foi tirada na Chapada Diamantina - Bahia, evidenciando esse tipo de formação.
Lei da continuidade lateral.
Princípio da continuidade Lateral
Há continuidade das camadas sedimentares que se estendem ,até as margens da bacia de deposição ou ainda se afinando nas laterais.
Abaixo a formação do Grand Canyon – Arizona, Estados Unidos.
Atividade Proposta
Fenômenos Geológicos
Os fenômenos geológicos provocados por ruptura e deformação das rochas são designados como:
Ambientes Geotectônicos
A Terra é um sistema vivo, com sua dinâmica evolutiva própria. Montanhas e oceanos nascem, crescem e desaparecem,num processo cíclico. Enquanto os vulcões e os processos orogênicos trazem novas rochas à superfície, os materiais são intemperizados e mobilizados pela ação dos ventos, das águas, das geleiras. 
Os rios mudam constantemente seus cursos e fenômenos climáticos alteram periodicamente as condições de vida e o balanço entre as espécies.
Erupção do Vulcão Sarychev , um extrato vulcão localizado no extremo oriente russo, um dos mais ativos da região. Imagens obtidas a partir da Estação Espacial Internacional e divulgadas pela NASA.
Parâmetros Geomorfológicos
As formas do relevo resultam da integração temporal entre os processos atmosféricos (intemperismo) e erosivos e as diferentes litologias, estratigrafias e estruturas da crosta terrestre, consequentemente expressam as características da sub-superfície e suas eventuais anomalias.
 O intemperismo é um fenômeno importante que atua na superfície da crosta terrestre. Constitui um conjunto de processos que ocasionam a decomposição dos minerais e rochas, graças à ação dos agentes atmosféricos, físicos e biológicos. Temos então três tipos de intemperismo: físico, químico e biológico. O processo intempérico vai ter uma importância na formação dos solos.
Parâmetros hidrogeológicos
Fatores de formação do solo
Solo é a superfície inconsolidada, constituído por camadas que diferem pela natureza física, química, mineralógica e biológica. 
Desenvolve-se pela influência do clima e da atividade biológica da pedologia.
As características do solo são adquiridas lentamente à medida que os processos evoluem e as propriedades dinâmicas do solo são gradativas e a água mantém os processos intempéricos e favorece o surgimento de micro-organismos
Aula 4: Elementos de climatologia
Introdução
A grande riqueza que o planeta apresenta em relação aos seres vivos e os diversos ambientes
que ocupam se deve a um conjunto de agentes físicos que estão relacionados e atuam de forma sinérgica, ou seja, influenciam e são influenciados entre eles o tempo todo. Tais agentes físicos são igualmente importantes na  distribuição desses seres vivos e são representados pelo relevo, clima, solo, distribuição da água e a estrutura geológica.
O assunto do qual essa aula irá tratar é o clima. Portanto, vamos analisar um dos agentes que mais influenciam na ocupação dos ambientes pelos seres vivos, inclusive o humano.
Agricultura
Diversas atividades humanas dependem do clima para que sejam mais ou menos eficientes, como por exemplo, a produção de alimentos a partir da agricultura, onde todas as etapas da cadeia de produção são influenciadas pelo clima.
Biosfera, Hidrosfera e Litosfera
Existem duas ciências que se ocupam especificamente das análises que envolvem o clima, a Meteorologia e a Climatologia. São complementares entre si e possuem como objeto principal de estudo o mesmo compartimento ambiental, a atmosfera. 
Os fenômenos que ocorrem na atmosfera, como por exemplo, movimentações de massas de ar, variações de precipitação e de temperatura, são fundamentais para determinar as características dos demais compartimentos ambientais.
BIOSFERA 
Região do planeta que inclui todos os organismos e seus ambientes sobre a crosta da Terra. Constitui apenas cerca de uma parte em 10 milhões da massa da Terra; está distribuída na sua maioria esparsamente numa camada de 1 km de espessura de terra, água e ar que se estende por uma superfície de meio bilhão de km2 do planeta.
HIDROSFERA
Meio líquido do planeta, constituído pelas águas oceânicas e continentais da Terra. As superfícies líquidas correspondem a 71% da superfície terrestre, enquanto as terras emersas 29%.
LITOSFERA
Parte sólida da crosta terrestre, cuja espessura máxima é avaliada em 60 a 120 km. É formada principalmente de silício e alumínio, e por isso recebe também o nome de SIAL.
Elementos e fatores climáticos
Diversos fatores atuam para a formação das condições do tempo de um local e, consequentemente, para a formação e seu clima. Esses fatores são agentes causados que condicionam os elementos.
ELEMENTOS CLIMATICOS 
FATORES CLIMATICOS
Temperatura do ar
A temperatura atmosférica é o grau de aquecimento do ar da atmosfera. 
Alguns fatores climáticos podem influenciar muito na temperatura, como por exemplo, a latitude, a altitude, a maritimidade e a continentalidade. Além disso, outros elementos meteorológicos/climáticos atuam em sinergia com a temperatura do ar e com os fatores climáticos citados, como no caso das radiações solares.
Altitude 
A altitude, (fator altimétrico), também exerce forte influência na temperatura do ar. Quanto maior a altitude, a temperatura tende a diminuir - a cada 180 metros a temperatura cai em média 1ºC.
Mesmo se considerarmos cidades de latitudes muito próximas, mas com altitudes bem extremas, teremos uma grande variação das temperaturas médias anuais, como demonstrados na tabela ao lado.
Continentalidade e Maritimidade
Outro fator climático que incide de forma significativa na temperatura do ar é: A continentalidade e a maritimidade.
A principal influência nesses casos se dá pela maior ou menor oscilação da temperatura (amplitude térmica), em decorrência da propriedade da água em manter o calor absorvido por mais tempo. 
Dessa forma, quanto maior o efeito da continentalidade, tanto maior a amplitude térmica e as variações de temperatura no local; e, ao contrário, quanto maior o efeito da maritimidade, menores as oscilações de temperatura do ar.
Umidade do ar
A umidade do ar é resultante da quantidade de vapor d’água presente na atmosfera e decorrente de uma das fases do ciclo hidrológico, a evaporação e a evapotranspiração.
Em função da evaporação ser o principal mecanismo para formação de umidade no ar, a temperatura e a presença de água na área passa a ser determinante para que as variações de umidade do ar sejam compreendidas.
Pressão Atmosférica
A pressão atmosférica representa um importante elemento climático, que atua sinergicamente com as variações da latitude e da altitude, acabando por atuar também sob as variações da temperatura do ar.
Pode ser conceituada como o peso da coluna de ar (peso exercido) com seção reta unitária que se encontra acima de um ponto da superfície do planeta, em um dado instante.
Os ventos
Os ventos são resultantes de processos relacionados principalmente, a variação da pressão atmosférica. Tem origem a partir do deslocamento natural do ar das áreas de alta pressão para as áreas de baixa pressão. As diferenças das zonas anticiclonal e ciclonal determinam a velocidade do vento.
Além dos ventos representarem um importante elemento meteorológico/climático, também possui um papel fundamental na manutenção dos seres vivos, onde atende a função de renovação constante do ar, promovendo a disponibilidade dos gases vitais para os seres vivos.
Devido as características diferentes que cada movimentação de ar promove na atmosfera, vamos observar uma grande diversidade de tipos de ventos, podendo ser constantes, regulares, periódicos, variáveis, irregulares, ou locais. 
Entre esses diversos tipos temos sistemas específicos importantes, que muitas vezes servem como indicadores da constância climática.
Monções: são considerados ventos periódicos, estando relacionados a uma inversão sazonal na direção dos ventos entre o continente e o oceano. Variam de acordo com as estações do ano, principalmente entre verão e inverno, em função do aquecimento e pressão diferentes, nessas épocas, de extensas áreas continentais e oceânicas. Ocorrem em diversas partes do planeta, contudo, as regiões sul e sudeste da Ásia são as mais influenciadas por esses tipos de ventos. Durante o verão, sopram do Índico para a Ásia Meridional e durante o inverno, sopram da Ásia Meridional para o oceano Índico.
Brisas: se dividem entre terrestres e marítimas, sendo mais comuns nas costas tropicais. A diferença de temperatura entre as superfícies terrestre e hídrica, em função do calor específico, acaba por determinar diferenças de pressões, que por suavez causam o deslocamento do ar. Como essa temperatura varia de acordo com a radiação solar recebida, temos mecanismos opostos em relação ao dia e a noite. A figura a seguir demonstra claramente essa expectativa.
Alísios: estão na categoria dos ventos constantes, que sopram dos trópicos (área mais temperada, de AP e dispersora de ventos) para o Equador (área quente, de BP e receptora de ventos) e que por serem muitos úmidos, provocam chuvas nesses arredores onde ocorre o encontro desses ventos. Por isso, a zona equatorial é a região das calmarias equatoriais chuvosas. Os chamados ventos Contra-Alísios são secos, sendo responsáveis pelas calmarias tropicais secas. Sopram do Equador para os trópicos, em altitudes mais elevadas da Troposfera.
Radiação solar e insolação
A radiação solar é a maior fonte de energia eletromagnética para o planeta, um dos principais elementos meteorológicos e um dos fatores determinantes do tempo e do clima. Além disso, afeta diversos processos físicos(aquecimento/evaporação), biofísicos (transpiração) e biológicos (fotossíntese). 
O conceito de insolação possui um significado diferente, estando relacionado ao período de iluminação do planeta pelo Sol, ou seja, na determinação do fotoperíodo (duração do dia desde o nascer até o pôr do Sol).
A distribuição da radiação solar na superfície terrestre é diferente dependendo da latitude e de fatores locais, como a quantidade de nuvens, ou regionais, como na ausência ou saturação de algum gás atmosférico. Outros processos também são determinantes para a análise da radiação solar que atinge a superfície da Terra, como a difusão, a absorção e a reflexão.
ATIVIDADE PROPOSTA
Como estudamos nessa aula, existem processos determinantes  para a análise da radiação solar. Vamos testar seus conhecimentos sobre os conceitos destes processos. Correlaciona-os:
Nebulosidade
São formadas por água no estado líquido e/ou cristais de gelo. Dependendo da região, também é possível se observar outros componentes, principalmente nas proximidades de áreas urbanas ou industriais, onde partículas procedentes dessas atividades podem produzir vapores, fumaças e poeiras.
As nuvens são classificadas principalmente de acordo com características relacionadas a altitude e a sua forma, sendo separadas por gêneros e espécies.
Está relacionado a formação de nuvens, que na maioria das vezes se observa na Troposfera variando sua altitude em relação a latitude, de maneira que quanto maior a latitude, menor a altura das nuvens. Podendo variar de uma altura de 8km nas regiões polares, até 18km nas regiões tropicais.
Precipitação
É o processo pelo qual a água, pela força da gravidade, atinge a superfície da Terra. 
O vapor d’água contido nas nuvens sob a forma de gotículas cresce e tende a cair pelo peso acumulado. Dependendo de fatores locais e regionais ligados a altitude e a temperatura do ar, a água pode precipitar no estado líquido (forma pluvial), como chuva ou chuvisco, ou no estado sólido, como neve, granizo ou saraiva.
Só é possível medir a quantidade de água precipitada quando está no estado líquido, ou seja, sob a forma pluvial, sendo a unidade de medida o mm, que corresponde a altura da chuva em mm/m2. Além da possibilidade de medirmos a quantidade de chuva, também é possível classificar tipos diferentes de chuvas de acordo com o seu processo de formação. Apesar de muitas variáveis atuarem nesse processo de formação, é possível destacar três tipos básicos de chuvas.
Tipos básicos de chuvas
Brasil: Caracterização climática
No Brasil, principalmente em razão de sua localização geográfica, a percepção geral é que se trata de um país com um clima predominantemente chuvoso e quente. 
Essa descrição é não é falsa, contudo, existe uma grande diversidade climática em função da enorme extensão do território brasileiro e da significativa influência dos fatores climáticos.
A classificação climática tem como objetivo a caracterização de uma grande área ou região, zonas com características climáticas e biogeográficas relativamente homogêneas.
Diversas são as metodologias propostas para a classificação climática, entretanto, uma das mais reconhecidas mundialmente é a proposta por Wilhelm Köppen. 
Como regra geral, essa classificação segue os seguintes princípios:
Af = clima quente e úmido; sempre úmido (sem estação seca definida).
Aw = clima quente e úmido; chuvas de verão.
Am = clima quente e úmido; moncônico e predominantemente úmido.
Aw´ = clima quente e úmido; chuvas de verão.
Aw = clima quente e úmido; chuvas de verão.
A = clima quente e úmido
BSh = clima árido ou semi-árido; quente.
BSh = clima árido ou semi-árido; quente.
Aw = clima quente e úmido; chuvas de verão
Cwb = clima mesotérmico (subtropical e temperado); chuvas de verão; verões amenos (mês mais quente inferior a 22°C).
Cwa = clima mesotérmico (subtropical e temperado); chuvas de verão; - verões quentes (mês mais quente superior a 22°C);
Cfb = clima mesotérmico (subtropical e temperado); sempre úmido(sem estação seca definida); verões amenos (mês mais quente inferior a 22°C).
Cfa = clima mesotérmico (subtropical e temperado); sempre úmido (sem estação seca definida); verões quentes (mês mais quente superior a 22°C).
Ao adaptarmos essa metodologia de classificação climática ao Brasil, teremos uma quantidade significativa de tipos climáticos, reforçando o fato da grande diversidade climática e consequentemente, grande diversidade de sistemas naturais.
Mudanças Climáticas
O aquecimento global representa o fator de maior influência para as mudanças climáticas, sejam naturais ou induzidas pelas atividades humanas. Os processos físicos do aquecimento global (efeito estufa) começaram a ser desvendados no século XIX.
Mesmo que ainda não se tenha certeza científica da participação do homem na intensificação do aquecimento global, devemos considerar o princípio da precaução e da prevenção na análise desse tema. Dessa forma, é primordial conduzir a sociedade a uma mudança de atitude, a um novo modelo, que levará a uma modificação importante na maneira com que o homem explora os recursos naturais do planeta. Atualmente, em função dessa nova percepção, as mudanças climáticas globais deixaram de ser um problema somente técnico e cientifico para tornar-se também um problema politico.
Aula 5: Ecossistema Terrestre
Introdução
Os ecossistemas terrestres estão entre os ambientes mais importantes do planeta, pois são constituídos de comunidades extremamente diversificadas. Essas comunidades representam os três principais grupos que compõem a parte biótica do ecossistema e estão constantemente em troca de energia e matéria com a parte física do ecossistema, sendo eles os autótrofos (produtores), os heterótrofos (consumidores) e os saprótrofos (decompositores).   A estrutura trófica que é formada a partir dessas trocas constitui o que chamamos de cadeia alimentar, dependendo fundamentalmente da manutenção da biodiversidade. A diversidade biótica, por sua vez, está sujeita à existência de diversidade ecológica, de espécies, genética e funcional, ocorrendo a partir das interações entre as espécies.   Os fluxos de energia e matéria que ocorrem nos ecossistemas devem ser mantidos em um estado de equilíbrio mínimo, pois somente dessa forma iremos garantir a prestação dos serviços ambientais de maneira sustentável.
Os processos naturais que ocorrem no planeta são muito dinâmicos e complexos, podendo evoluir para a formação de sistemas autossustentáveis. Tais sistemas, por sua vez, podem atingir o que se chama de steady state, ou seja, atingem um estado de equilíbrio autoajustador, uma condição equilibrada que está mais ou menos imune a perturbações, acima de tudo em menores escalas (ODUM, 2004).
Considerando os diversos níveis de organização, dentro do espectro biológico, é possível observar que esses sistemas podem ser analisados em diferentes perspectivas ou dimensões, conforme figura ao lado.
Contudo, no que diz respeito à análise necessária para as CiênciasAmbientais, encontraremos, no nível de organização dos ecossistemas, a melhor alternativa de compreensão dos processos naturais que levaram a uma condição de equilíbrio (Estado Contínuo).
CONCEITO DE ECOSSISTEMA
É um sistema ecológico composto por organismos que interagem com o ambiente físico, produzindo estruturas bióticas através do fluxo de energia e a ciclagem de materiais entre os componentes.
Assim, os ecossistemas são caracterizados pela produção e ciclagem de materiais, diversidade biológica, e estrutura trófica. Os estudos dos ecossistemas envolvem tanto aspectos estruturais, como o solo, quanto aspectos funcionais das comunidades,como fluxo de energia, ciclagem de nutrientes, diversidade, evolução, etc. 
É um sistema aberto com a entrada de fluxo de energia, sua utilização pelos componentes do sistema e a liberação de parte dessa energia.
Os componentes dependem da transformação de energia que, em geral, é adquirida através da luz do sol.
Os produtores vegetais e outros organismos fotossintetizantes utilizam a energia solar para a síntese de matéria orgânica a partir do dióxido de carbono e da água. 
Os ecossistemas são considerados sistemas abertos, ou seja, dependem de um suprimento constante de entrada de energia vinda do Sol e mecanismos de saída dessa energia, a partir das perdas naturais em cada estrato do sistema. A partir dai todo o sistema promove a formação e a ciclagem de materiais, além da própria energia que flui por esse mesmo sistema.
A comunidade nos ecossistemas
Foi mostrado que a comunidade representa um nível de organização abaixo dos ecossistemas, portanto, a formação de um ecossistema depende da presença dessa comunidade.
O termo significa a parte do ecossistema formada pelos seres vivos, onde diversos organismos formam populações de diferentes espécies vivendo em uma área definida.
Se considerarmos as formas e o comportamento de vida, os ecossistemas terrestres são formados por espécies muito diferentes entre si, o que dificulta uma classificação mais precisa como no caso dos seres aquáticos. 
A forma mais comum de se realizar uma classificação dos organismos terrestres é considerar a estrutura trófica básica dos nichos alimentares principais, ou seja, as classes dos:
A estrutura trófica dos ecossistemas terrestres
A transferência de energia, a partir da captação realizada pelos organismos que fazem fotossíntese, percorre de forma unidirecional uma cadeia formada por diversos níveis (compostas pelos seres vivos), que se mantém através dessa energia.
Esse fluxo de transferência de energia pelo ambiente acaba por formar uma cadeia alimentar, onde os organismos vivos, a partir dos que fazem fotossíntese, obtêm energia a partir da alimentação/ingestão de outros organismos, constituindo uma estrutura trófica.
O fluxo da matéria segue por meio da mesma estrutura trófica (as comunidades de seres vivos), contudo, ele é cíclico, diferentemente do fluxo de energia.
A ingestão de organismos como alimento, visando à obtenção de energia, não é um processo eficiente, pelo menos do ponto de vista químico. Cerca de 80 a 90% da energia (potencial) contida nesse alimento perde-se sob a forma de calor, ficando menor a quantidade de energia disponível para o próximo elo da cadeia (nível trófico). Essa ineficiência química do processo está relacionada às Leis da Termodinâmica, mais especificamente a segunda lei.
Dessa forma, essa sequencia de fluxo alimentar mostra-se limitada, normalmente chegando a quatro ou cinco níveis.
Conforme VESILIND e MORGAN (2013) analisam, esse fluxo unidirecional da energia pode ser observado na figura abaixo:
Devemos observar que a taxa onde esta energia é extraída (representada pela inclinação da linha do gráfico) reduz consideravelmente sua velocidade, à medida que o nível de energia diminui.
Fluxo de energia 
Assim, os ecossistemas devem interagir com três componentes fundamentais:
A comunidade
O fluxo de energia
A ciclagem dos materiais
Os sistemas ecológicos são governados por princípios físicos e biológicos, construídos a partir de propriedades físicas e químicas da matéria, obedecendo às leis físicas da termodinâmica ou à lei da conservação de energia.
Fluxo e ciclagem dos nutrientes através dos sistemas
As atividades dos organismos influenciam os modelos de fluxos de matéria química. O grande componente da matéria viva é a água.
O resto é composto basicamente de compostos de carbono e é absorvido na fotossíntese. O carbono entra no ecossistema através da fotossíntese. Se for absorvido pelos produtores, ele fica disponível para consumo como parte de um açúcar, gordura, proteína ou uma molécula de celulose. Ele segue a mesma rota de energia, sendo consumido e defecado, assimilado ou usado no metabolismo, sendo sua energia dissipada como calor que não pode ser reutilizado como energia.
 Ele é perdido para atmosfera, mas o carbono do dióxido de carbono pode ser reutilizado através da fotossíntese. O carbono e outros elementos como nitrogênio, fósforo, etc., estão disponíveis às plantas como moléculas orgânicas simples ou íons na atmosfera ou íons na água. 
A quantidade de nutrientes disponíveis determina a produção de biomassa pelas plantas. A escassez de minerais no solo ou a falta de água limita o crescimento de diversas espécies em ambientes áridos, ou seja, nesses ambientes há pouca produtividade primária.
A estrutura trófica de um ecossistema normalmente apresenta características específicas em relação a esse mesmo ambiente, permitindo que se estabeleça uma tipificação ou classificação quanto ao ambiente, por exemplo:florestas, recifes de coral, manguezais e até mesmo os ambientes utilizados para a agricultura.
A representação gráfica dessa estrutura trófica é feita, normalmente, a partir do uso da figura de uma pirâmide, chamada de pirâmide ecológica.
Estrutura de um ecossistema e a cadeia alimentar
Segundo Odum, a estrutura de um ecossistema pode ser dividida em estrutura trófica e nos componentes biológicos:
Estrutura Trófica 
Um estrato autotrófico superior de plantas onde predominam a absorção de energia luminosa, a utilização de substâncias inorgânicas simples e a produção de substâncias orgânicas.
Um estrato heterotrófico inferior, com folhas, troncos, solos, sedimentos, matéria em decomposição, no qual predominam a assimilação de substâncias e a decomposição de materiais.
Componentes biológicos 
Substâncias inorgânicas envolvidas nos ciclos de materiais.
Compostos orgânicos. O ambiente atmosférico, hidrológico e do substrato, incluindo o regime climático e outros fatores físicos.
 Produtores, organismos autotróficos, que produzem o seu alimento a partir de substâncias inorgânicas simples.
Fagótrofos, organismos heterotróficos, principalmente animais que se alimentam de outros organismos ou partículas de matéria orgânica. Encontram-se os herbívoros e os carnívoros.
Saprótrofos, decompositores, ou microconsumidores, organismos heterotróficos, principalmente bactérias e fungos que de­compõem material morto ou absorvem matéria orgânica de plantas ou outros organismos.
Estrutura: componentes abióticos e bióticos.
Função: processos resultantes da interação entre os fatores abióticos e bióticos.
A interação entre os componentes autotróficos e heterotróficos é uma das principais características de um ecossistema. 
A sequência de relações tróficas pelas quais a energia passa pelo sistema é chamada de Cadeia Alimentar.
A cada etapa de consumo na cadeia alimentar, parte da energia será sempre dissipada como calor respiratório ao longo da cadeia alimentar, ou seja, a energia obtida através da fotossíntese é maior do que dos alimentos obtidos.  
Assim, a energia é perdida em cada nível. 
Os minerais são ciclados, mas a energia passa apenas uma vez por cada compartimento da comunidade.
A energia nos ecossistemas terrestres
Qualquer fenômeno natural (reações químicas) demanda energia para ocorrer. Os seres vivos e sua manutenção dependem basicamente de matériae energia. Os conceitos de matéria e energia e as implicações decorrentes são fundamentais no tratamento das questões ambientais. Toda a energia solar obtida pelo planeta é convertida em função da manutenção da vida.
1ª Lei da termodinâmica: Embora a quantidade de energia seja preservada, a qualidade é sempre degradada. Já que alguma energia sempre se dispersa em energia térmica não disponível, nenhuma transformação espontânea de energia em energia potencial é 100% eficiente.
2ª Lei da termodinâmica: A entropia é uma medida de energia não disponível (perda) que resulta de transformações. O termo também é utilizado como índice geral da desordem associada com a degradação da energia.
Aula 6: Biomas Terrestres
Introdução
Nesta aula, veremos as principais comunidades terrestres: os biomas, que representam áreas com características de vegetação estável, adaptada as condições climáticas específicas e com uma fauna característica.   Abordaremos os principais biomas mundiais e brasileiros.
Conceituação
As principais comunidades terrestres são os biomas, que representam áreas com características de vegetação estável, adaptada a condições climáticas específicas e com uma fauna característica.
 É possível fazer uma classificação em escala global, bem como considerar a escala do território brasileiro.
 Os principais biomas mundiais são:
Tundra; Taiga; Florestas temperadas; Desertos; Florestas tropicais; Savanas; Estepes; Montanha; Gelo.
 Existem muitas formas de classificarmos os biomas brasileiros; entretanto, um consenso predomina em relação a essa distribuição tanto no meio acadêmico como no jurídico, representados pelos seguintes biomas:
Costeiro; Mata Atlântica; Campos sulinos; Caatinga; Pantanal; Cerrado; Amazônia.
Os Biomas representam pontos de referência convenientes para comparar processos ecológicos em diversos tipos de comunidades e ecossistemas. Trata-se de um ecossistema, uma unidade ecológica, estrutural e funcional, com seus componentes abióticos e bióticos.
Muitos Biomas mundiais são formados por um complexo de formações e fitofisionomias, representado por um gradiente de biomas ecologicamente relacionados, podendo ser considerados como uma unidade biológica.
Unidades Biológicas são classificadas em categorias baseadas em formas vegetais dominantes, dando às comunidades a sua característica geral. Essas categorias são denominadas Biomas.
As grandes regiões subdividem-se em sub-regiões, e estas sub-regiões em províncias, nas quais se tornam determinantes os fatores locais. Assim, portanto, é comum registrarem descontinuidades na distribuição das espécies animais e vegetais por força de condições locais, como as climáticas, as geológicas ou as intrínsecas das camadas superficiais do solo. 
Observe a figura abaixo:
O bioma também pode ser definido como uma unidade de comunidade terrestre mais ampla, cuja comunidade vegetal é uniforme e estável com o clima (clímax), interligada a uma fauna característica.
 Pode corresponder a um grande ecossistema terrestre ou a um grupo deles, dependendo da escala da estrutura trófica que consiga suportar.
 O bioma é identificado pelo estado da vegetação clímax; contudo, o conceito também envolve as etapas de desenvolvimento (estágios que antecedem ao clímax, pioneiros), chamadas de etapas seres ou estágios sucessionais.
Os Biomas Mundiais
Para classificação dos biomas mundiais se considera o conjunto de grandes regiões geográficas ou também chamadas de zonas climáticas onde se reconhece um padrão das comunidades vegetais. Veja Abaixo cada uma delas.
Deserto
Situado em várias regiões do mundo, como:
Atacama, no Chile;
Deserto de Sonora, no sudoeste da América do Norte;
O deserto do Namibe e o Kalahari, situado entre Angola e África do Sul;
Saara, no Norte da África;
Deserto australiano, situado na Austrália Central.
 O processo de evapotranspiração é fundamental para a formação dos desertos, em que a evaporação supera o total da precipitação pluviométrica.
 Sua principal característica é a seca, pois as precipitações são muito baixas e as temperaturas máximas variam com o tipo de deserto.
 Presença de plantas suculentas, tais como cactos, com adaptações, como folhas pequenas e transformadas em espinhos. Grande estresse hídrico. Variação da amplitude térmica, com desertos quentes e frios. Baixa biodiversidade.
A baixa precipitação dos desertos pode estar relacionada com a localização, como regiões com alta pressão, onde se originam os ventos, o que impede a umidade proveniente dos oceanos, ou em regiões com altitudes elevadas, ou ainda, em regiões localizadas atrás de cadeia montanhosas litorâneas, impedindo a chegada de ventos úmidos.
Floresta Pluvial Tropical
A floresta tropical, localizada na proximidade do Equador, onde o ar quente e úmido sobe e libera sua umidade, ocorre em três regiões: continente americano, africano e indo-malaio.
 A floresta indo-malaia compreende a costa da Indochina, a costa norte da Austrália, as Filipinas, Nova Guiné e Bornéu, entre outras. Na região africana, compreende a Libéria, o golfo da Guiné e principalmente a região da bacia do rio Congo.
 A floresta tropical é o bioma mais produtivo do mundo. Esse fato deve-se à alta radiação solar recebida e às chuvas abundantes.
 Por causa das altas temperaturas e precipitações ao longo do ano, as árvores mantém suas folhas sempre verdes durante todo o ano, sendo, por isso, também chamadas de plantas perenes latifoliadas.
 Bioma com a maior diversidade de espécies animais e vegetais do planeta, sendo muitas espécies endêmicas.
 Solos com intensa decomposição de matéria orgânica em decorrência do calor e umidade. Os minerais em geral constituem a matéria orgânica, sendo pouca a quantidade armazenada no solo, pois, com as chuvas constantes, grande parte é lixiviado, sendo por isso considerado um solo pobre em nutrientes e impróprio para a agricultura.
 As variações de solo e temperatura não são tão contrastantes quanto a precipitação pluvial; contudo a interação de tais fatores e da altitude chegam a causar mudanças de grande significação na vegetação, dando origem a formações vegetais distintas e características próprias e com grandes implicações nas formas de utilização pelo homem.
Savana
É constituída por uma vegetação rasteira, herbácea, em que predominam as gramíneas, podendo apresentar-se de duas formas diferentes:
 De forma contínua (campos limpos), também chamada de estepe; ou
 Com a presença de arbustos isolados ou pequenas árvores na paisagem, formando os chamados campos sujos ou savanas, como as savanas tropicais africanas e o cerrado e caatinga brasileiras.
 A vegetação é resistente a secas prolongadas e até ao fogo, decorrente dessa intensa condição seca.
 A fauna é bastante diversa, sendo formada de um lado por antílopes, leopardos, zebras, leões, elefantes, e do outro por formigas e cupins.
Por serem constituídas de gramíneas, as savanas constituem boas pastagens naturais, sendo também exploradas para a agricultura.
Biomas terrestres - Biomas brasileiros
Aula 7: ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS: A ÁGUA NO PLANETA TERRA
Introdução
O comportamento da água, no planeta, é dinâmico. Os ambientes aquáticos funcionam como reservatórios, ou seja, locais onde a água fica armazenada por diferentes intervalos de tempo, tais como, rios, lagos, oceanos, além da atmosfera e geleiras.   A partir da energia solar, que além de promover, diretamente, processos de evaporação, propicia mudanças de temperatura, gerando ventos e chuvas; a água circula pelos diversos reservatórios através de processos de evaporação, condensação, congelamento, precipitando em forma de chuvas, fluindo sobre as superfícies terrestres e penetrando no solo.
Desligar o chuveiro ao ensaboar-se, não tomar banhos demorados, fechar a torneira enquanto escova os dentes, usar baldes para limpeza de carros, regadores para  molhar as plantas, reduzir o tempo no banho...
Sabe-se que, de todos os males ambientais, a contaminação das águasé a que apresenta as piores consequências, e que, segundo a ONU, 10 milhões de mortes por ano são diretamente atribuídas a doenças intestinais transmitidas pela água. Um terço da humanidade vive em contínua debilidade resultante das impurezas da água, e outro terço está ameaçado pelo lançamento de substâncias químicas nas águas cujos efeitos a longo prazo são desconhecidos.
A situação da água
Água e saneamento
Tendo uma perspectiva global e realista, o maior perigo para a saúde do homem são seus próprios excrementos, visto que estes são os maiores responsáveis pela contaminação das águas e pelo alastramento de doenças.
A produção de água potável a partir das águas naturais torna-se cada vez mais delicada e complexa, visto ter-se uma “fabricação” diária de 250 litros de água potável, em média, com aproveitamento de 2 litros pelo homem, sendo jogados fora 248 litros poluídos, seja por esgoto ou mesmo outra forma de degradação.
A poluição das águas doces
Curiosidades importantes
Aula 8: ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS: CARACTERISTICAS E PROCESSOS DOS AMBIENTES MARINHOS ;ESTAURINOS E DULCÍCOLAS
 Introdução
Algumas características da água (principalmente a salinidade) definem um ecossistema aquático, no qual plantas e animais interagem química e fisicamente com o próprio ambiente.   Os ecossistemas aquáticos são, geralmente, divididos em dois tipos - marinho e água doce. Ecossistemas marinhos cobrem cerca de 70% da superfície terrestre. Oceanos, estuários, recifes de coral e costais, são alguns dos seus vários tipos.   Ecossistemas de água doce ocupam menos de 1% da superfície terrestre, e são subdivididos em lênticos, lóticos e pantanal.
Oceanos
Responsáveis pelo desenvolvimento dos primeiros seres vivos em nosso planeta, os oceanos são os grandes produtores de oxigênio, através das microalgas oceânicas, contribuindo decisivamente na regulação da temperatura do planeta, interferindo nos diferentes climas.
Recifes de corais
Ecossistemas lóticos e lênticos
Nos biomas terrestres, o que conhecemos como água doce, pode ser acumulada ou se movimenta de várias formas. Desta maneira temos:
Ecossistemas Lênticos (água parada) de água doce como lagos, lagoas (foto) e áreas interiores alagadiças.
 
Ecossistemas Lóticos (água corrente), como riachos e rios (imagem).
Pantanal
Ambientes Marinhos: características e processos
Os oceanos podem ser divididos em diferentes zonas tanto horizontal quanto verticalmente:
Verticalmente, considera-se:
Importante!
Desta forma, os desvios observados nas flutuações naturais da composição de espécies e respectivas abundâncias destas comunidades biológicas funcionam como uma indicação de distúrbio nos ambientes aquáticos.
Aula 9: Energia
Introdução
Todos os seres vivos dependem de energia para sobreviver, e as atividades humanas só podem ser mantidas através do uso da energia.   A humanidade vem aprendendo a gerar energia a partir de muitos tipos de recursos naturais, os renováveis e os não renováveis. Dentre os recursos não renováveis destaca-se o uso dos combustíveis fósseis, que ainda representam a principal forma de geração de energia no mundo.   O gás de xisto, também combustível fóssil, desponta como a nova fronteira para geração de energia, em particular nos Estados Unidos. Com relação aos recursos renováveis utilizados para geração de energia, a hidráulica ainda é a mais viável economicamente, em especial para o Brasil.   Embora existam diferenças significativas em relação à eficiência de cada fonte energética, os modelos atuais já demonstram estar esgotados e fracassados, principalmente no que diz respeito ao uso de combustíveis fósseis, os principais causadores de impactos ambientais.   É necessário começarmos a transformar as formas de geração de energia em processos mais sustentáveis e que causem o mínimo de impactos ambientais.
Premissa	
Todos os organismos vivos desse planeta precisam de energia para se manterem vivos e cumprir seus compromissos biológicos — nascer, crescer, reproduzir e morrer. Fazem isso a partir da capacidade de transformação dessa energia em trabalho.
A energia também é indispensável na realização de qualquer atividade humana, na indústria, na produção de alimentos, transporte e todas as demais.
Fontes de Energia
Os componentes fundamentais à vida humana, como ar, energia e água, são utilizados constantemente para suprir as necessidades gerais.
Antigamente a energia era obtida da lenha (através das florestas), dos cursos d’água e dos ventos.
Aos poucos, o consumo de energia foi aumentando na medida em que a população foi crescendo, principalmente depois da revolução industrial, sendo necessária a exploração e o uso de outras fontes, como carvão, petróleo e gás.
Atualmente a produção e consumo de energia são baseados principalmente nos combustíveis fósseis, gerando emissões de poluentes locais, gases de efeito estufa e colocando em risco o suprimento de longo prazo no planeta, produzindo grandes quantidades de materiais, energia e resíduos (poluição).
As radiações constituem a principal fonte de energia.
Cerca de 90% são utilizadas pelos ecossistemas;
O restante da energia consumida pela ecosfera, cerca de 1%, é obtido a partir de fontes primárias de energia;
Os recursos primários de energia são classificados em recursos renováveis e recursos não renováveis, como veremos a seguir.
Segundo Braga (2005), “recurso natural” é qualquer insumo de que os organismos, populações e os ecossistemas necessitam para sua manutenção. Algo se torna recurso natural caso sua exploração, processamento e utilização não causem danos ao meio ambiente. Ou seja, são todos os componentes do meio natural que se o homem souber preservar, poderão ser inesgotáveis, enquanto que os não renováveis são todos os componentes do meio natural que se esgotam à medida que vão sendo utilizados.
BRAGA, Benedito et al. Introdução à Engenharia Ambiental. 2 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005.
Carvão
Após o domínio do fogo, o ser humano desenvolveu diversas técnicas para o uso do carvão. 
Isso representou uma transformação na capacidade de gerar trabalho, tornando as atividades humanas mais eficientes. Por outro lado, também a partir dessa revolução, ficou constatada a alta poluição em toda cadeia de produção pela utilização desse combustível fóssil.
 A humanidade vem desenvolvendo outras formas de geração de energia, o que proporciona saltos tecnológicos importantes, trazendo benefícios incalculáveis para a melhoria da qualidade de vida da população. Entretanto, em nenhum momento de nossa história, conseguimos eliminar os danos ambientais decorrentes da exploração dos recursos naturais para a geração de energia.
Algumas formas de energia e seu uso
• Energia muscular
A força muscular produzida pelo corpo humano era e ainda é utilizada em todas as atividades produtivas, pois permite transportar pessoas e bens e mover instrumentos de trabalho. Ainda hoje, alguns povos se servem da sua força para mover moinhos e prensas manuais e para pisar ou triturar substâncias sólidas com o pilão, usando a força humana, em vez da força animal. 
Como meio de aumentar a sua capacidade de gerar trabalho muscular e a eficiência nos resultados desse trabalho, o homem desenvolveu a alavanca usada para deslocar pedras ou outras cargas.
Este foi talvez o primeiro engenho inventado, e com ele iniciou-se o uso da energia mecânica. O aprimoramento no uso dessa energia possibilitou ao homem ter domínio maior sobre o meio ambiente e com isso também aumentou sua capacidade de adaptação nas diferentes condições ambientais do planeta.
• Energia térmica
Representada inicialmente pelo uso do fogo, que possibilitou a própria sobrevivência e o desenvolvimento da humanidade no planeta. O principal combustível era a madeira e, posteriormente, o carvão, que começou a ser usado por volta de 1.000 a.C. na China.
• Energia do vento
Já era utilizada pelo homem por volta de 3.500 a.C., sendo responsável pelo surgimento da principal invenção socialhumana, o comércio. Essa energia foi usada para ocupação de novas áreas a partir das navegações à vela, equipamento desenvolvido para gerar o deslocamento de barcos a grandes distâncias.
Tais equipamentos são utilizados até hoje, contudo, a partir do século XVIII, foi substituído por motores para uso mais intensivo no comércio e transporte. Além desse equipamento o homem desenvolveu outras formas de aproveitamento dessa energia, como no caso dos moinhos e, mais recentemente, dos geradores eólicos de eletricidade.
• Energia hidráulica
O uso da energia hidráulica surge por volta de 3.000 a.C., na Babilônia, com a roda d’água. Esse equipamento visa aproveitar a energia contida no fluxo de água de um rio ou córrego para mover um moinho, e ele realizar diversos tipos de tarefas. 
Atualmente, esse mesmo princípio é utilizado para gerar energia a partir das usinas hidrelétricas.
• Petróleo
O petróleo é conhecido pela humanidade desde a antiguidade e teve vários tipos de uso ao longo da história. Inicialmente servia como fonte de iluminação e também para finalidades bélicas, como flechas incendiárias e projéteis embebidos em piche lançados por catapultas. Os egípcios usavam para conservar suas múmias e para fins medicinais.
A exploração do petróleo subterrâneo tem seu início histórico nos Estados Unidos, em 1859, com a perfuração do primeiro poço profundo por Edwin L. Drake. Atualmente as tecnologias de exploração possibilitam a retirada de petróleo de grandes profundidades, seja no ambiente terrestre ou no ambiente aquático.
• Vapor
Essa forma de energia está diretamente associada à Revolução Industrial do século XVIII, onde a máquina a vapor de James Watt (1764) revolucionou a indústria, os transportes, e causou profundas transformações sociais, culturais e econômicas em toda a sociedade. 
Até então, o trabalho era essencialmente provido pela energia muscular humana associada à energia dos animais. A partir do desenvolvimento da máquina a vapor e suas diversas possibilidades de uso, o cenário produtivo e social se transformou profundamente, estabelecendo novas formas de relações trabalhistas e sociais.
Energia elétrica
A história da eletricidade começa na Grécia Antiga, quando o filósofo Thales de Mileto observa o fenômeno de atração entre pequenos e leves objetos ao âmbar (resina vegetal fóssil, elektron em grego).
As contribuições para o entendimento sobre a natureza da eletricidade têm se aprofundado desde o século XIX, quando a ideia do átomo como elemento constituinte da matéria foi aceita e, com ela, a convicção de que a eletricidade é uma propriedade de partículas elementares que compõem o átomo (elétrons, prótons e nêutrons). 
A partir daí, o desenvolvimento do conhecimento a respeito da eletricidade foi exponencial, conduzindo a equipamentos geradores elétricos cada vez mais eficientes.
As energias renováveis
Energia das marés ou maremotriz:
É a energia potencial que pode ser obtida através da variação do nível de água, para gerar energia mecânica.
Energia hidráulica
Provenientes dos deslocamentos e ou quedas das águas, disponíveis nas regiões de grandes bacias hídricas formadas por rios, além de quedas d’água - centrais hidrelétricas. Esse tipo de aproveitamento é um dos mais eficientes e consiste em aproveitar a energia potencial da água, transformando-a em cinética e depois mecânica pela turbina e finalmente elétrica pelo alternador.
Energia geotérmica:
Energia obtida a partir do calor criado no centro do planeta, usando o vapor liberado pelos gêiseres para movimentar turbinas, dessa forma gerando energia. Apesar de problemas de viabilidade econômica, é possível abrir poços até a rocha quente e injetar água para formar vapor, criando gêiseres artificiais.
Energia da biomassa:
É a matéria vegetal produzida através da fotossíntese. Provenientes da queima de madeira, cana-de-açúcar, resíduos agrícola, entre outros.
Depois das sucessivas crises do petróleo a biomassa vem ganhando importância como alternativa de combustível para geração de energia. Existem inúmeras vantagens associadas, como o baixo custo; é renovável, permite o reaproveitamento de resíduos; é menos poluente que os combustíveis fósseis, e tanto pode produzir energia elétrica, quanto combustível líquido (biocombustível).
Biogás (metano):
Energia proveniente da decomposição anaeróbica de compostos orgânicos ou processos de fermentação do tipo aterros sanitários e tratamentos de esgotos.  A energia é utilizada a partir da queima do gás, que gera calor liberado na combustão. Os resíduos podem ser aproveitados como adubos.
Biocombustível:
Proveniente da decomposição anaeróbica de biomassa, como lixo orgânico e cana-de-açúcar, produz metanol e álcool etílico.
O Brasil passou a produzir o etanol para a utilização em automotores e possui a maior frota do mundo.
Gás hidrogênio:
Energia proveniente da separação do hidrogênio contido nos hidrocarbonetos, principalmente através do gás natural. Combustível gasoso produzido principalmente por eletrólise da água. O aproveitamento da energia é proveniente da queima do gás hidrogênio gerado.
O hidrogênio é rico em energia, sendo usado pela NASA como combustível para seus veículos espaciais. Contudo, ainda não temos uma tecnologia segura e prática para o seu uso em larga escala, devido a sua alta capacidade reativa e combustão espontânea.
Energia eólica:
Gerada a partir do vento, através de turbinas em forma de um moinho ou catavento. O movimento, através de um gerador, produz energia elétrica.
A energia eólica representa atualmente uma das alternativas mais importantes para se gerar energia de forma sustentável, pois ocasiona baixo impacto ambiental e pode ser utilizada em várias escalas. Os aerogeradores podem servir a residências ou a indústrias, com potência que pode ultrapassar 500 kW cada um.
Energia solar:
O aproveitamento do sol para a produção direta de energia pode ser realizado com duas finalidades, a produção de energia térmica e/ou produção de energia elétrica.
(1) Energia solar térmica – seu uso é com a finalidade de aquecer um fluido através de coletores solares, recipientes que absorvem o calor do sol e o transferem para esse fluido por meio de um sistema de tubos em serpentina. Esse fluido pode ser água, óleo ou qualquer outro que possibilite a transferência adequada de calor.
(2) Energia solar fotovoltaica – é a transformação da energia radiante do sol em energia elétrica através de células fotovoltaicas, que são placas contendo materiais capazes de realizar o efeito fotovoltaico de transformação de energia solar em elétrica.
Embora seja uma forma viável de produzir eletricidade, o uso da energia térmica é mais utilizado, principalmente no âmbito residencial para aquecimento da água. Existem tentativas de desenvolver formas mais baratas para geração de energia elétrica por meio de placas fotovoltaicas, mas ainda estão em fase experimental e ainda inviáveis para uma rápida difusão pela população.
Eficiência do aproveitamento energético
Segundo Goldemberg e Lucon (2007) , o Brasil apresenta uma condição bastante favorável na utilização de suas fontes renováveis.
Em 2003, as fontes de energias renováveis representavam 41,3% do consumo total no Brasil, ao passo que no mundo eram apenas 14,4%. 
O consumo médio de energia no Brasil é cerca de 1,09 tonelada equivalente de petróleo (TEP por habitante), um pouco abaixo da média mundial.
A Tabela 1 mostra qual a contribuição porcentual das diversas fontes de energia total consumida no Brasil e no mundo em 2003
Existem atualmente no mundo duas correntes que apoiam estratégias opostas para enfrentar a crise energética no futuro:
Modelo do mundo em crescimento
Defende a construção de grandes usinas termelétricas (a carvão e fissão nuclear) para atender a demanda nos próximos 25 anos e mudança gradual para a total dependência das usinas à fusão nuclear.
Modelo de crescimento sustentável
Visa a aumentar a eficiência no uso da energia; diminuir o emprego do óleo, carvão e gás natural; eliminaras usinas nucleares, pois estas seriam antieconômicas, inseguras e desnecessárias; aumentar o emprego de recursos energéticos solares diretos e indiretos.
Perspectiva de algumas fontes renováveis e não renováveis
• Renováveis
Energia das marés: A maioria dos projetos são experimentais e se mostraram antieconômicos. São poucos os locais em que são viáveis esse sistema. No Brasil, o nordeste brasileiro pode ser uma alternativa.
Energia hidráulica: O grande problema é seu impacto causado à biodiversidade aquática e à população local. Em países como o Brasil e a Noruega, a hidroeletricidade é responsável por 92% da produção total de energia.
Energia eólica: A experiência tem mostrado que essas turbinas podem produzir a energia a custos razoáveis em áreas onde a velocidade do vento varia na faixa de 20 a 40km/h.
As turbinas podem interferir no voo dos pássaros, na paisagem e na transmissão de rádios e TVs. Não há regularidade na produção, tendo que ser geradas novas fontes alternativas em fase de calmaria.
Pode ser utilizada como fonte complementar de energia e em pequenas escalas.
Energia solar: Existem poucas usinas térmicas para aproveitamento da energia solar direta. A mais conhecida encontra-se na França, nos Pirineus. O calor produzido (2760ºC) é utilizado para fabricar metais puros e outras substâncias. O calor excedente é utilizado para produzir vapor e eletricidade. São sistemas ineficientes e caros, porém com a vantagem de um mínimo impacto ao meio ambiente. Pode ser utilizada como fonte complementar de energia, em pequenas áreas e em zonas rurais.
Energia da biomassa: Pode causar grande impacto ambiental através da poluição atmosférica produzida, com emissão de gases como o monóxido do carbono e materiais particulados. O grande problema do uso desses compostos é a utilização das terras sem um desenvolvimento sustentável, causando impactos ambientais no solo, como erosão, uso de agrotóxicos, entre outros.
Biocombustível: Os resíduos podem ser aproveitados como adubos. A gasolina brasileira possui cerca de 22% de etanol, o que diminui o processo de emissão de monóxido de carbono, aumentando, entretanto, os oxidantes fotoquímicos. O ideal é a produção desse recurso em terras improdutivas.
Gás hidrogênio: É uma energia limpa, os motores utilizados são elétricos, no qual o átomo de hidrogênio reage com o oxigênio do ar, o que resulta em vapor d’água e energia. O grande problema é o alto custo da produção do gás e é altamente explosivo.
• Não renováveis
Combustíveis fósseis: Aproximadamente 2/3 do petróleo mundial estão estocados em cinco países: Arábia Saudita, Kuwait, Irã, Iraque e Emirados Árabes. Apesar de não possuir a maior reserva, a Rússia é hoje a maior produtora mundial. Além de contribuir para o "efeito estufa", a exploração desses compostos produzem outras impurezas, como o enxofre, aumentando a poluição atmosférica.  O óleo combustível também tem os mesmos problemas, ainda que em menor proporção.
Óleos pesados não-convencionais: O grande problema provocado pelo aproveitamento do xisto ou areias com alcatrão é o impacto ambiental, uma vez que os processamentos requerem, respectivamente, grandes quantidades de água e óleo convencional. Além da emissão de gases que contribuem para a poluição atmosférica.
Energia nuclear: Não emite gases do efeito estufa, porém é uma energia não renovável, podendo causar grande impacto ambiental em casos de acidente. Na esfera global, pelo alto risco de acidente nuclear, as usinas tendem a ser desativadas.
Aumento na eficiência de energia
A energia disponível deve ser utilizada de modo que as fontes naturais tornem-se suficientemente renovadas. A seguir, algumas contribuições importantes:
Aula 10: GESTÃO DO AMBIENTE
Introdução
As interações entre os diversos compartimentos ambientais são bastante complexas, o que determina um alto nível de dificuldade e necessidade de conhecimento científico em reconhecer tais relações.   O objetivo desse reconhecimento ambiental é desenvolver ferramentas para sua gestão.   É isso que vamos abordar nesta nossa última aula.   Bons estudos!
Premissa
As interações entre os diversos compartimentos ambientais são significativamente complexas, o que determina um alto nível de dificuldade e necessidade de conhecimento científico em reconhecer tais relações. 
O objetivo desse reconhecimento ambiental é desenvolver ferramentas para sua gestão.
Nossa legislação é considerada adequada aos propósitos gerais de preservação do meio ambiente. Esse ambiente regulatório é determinante para que as organizações incorporem os princípios estabelecidos na lei de forma legítima e proativa.
As empresas têm desenvolvido modelos consagrados de gestão ambiental, principalmente a partir da integração das dimensões da sustentabilidade, como a econômica e a sociocultural.
 A gestão do desempenho ambiental representa uma importante ferramenta para esse novo modelo, sendo realizada através de realização da caracterização ambiental do empreendimento e o diagnóstico ambiental de sua área de influência.
Em algumas situações, onde várias empresas operam numa mesma região, é indicado que as mesmas estabeleçam relações institucionais a partir de comitês de gestão compartilhada, com o objetivo de orientar as ações individuais de forma integrada as demais organizações.
Gestão do ambiente
Como já vimos nas nossas aulas anteriores, o ambiente pode ser definido como qualquer porção da biosfera que resulta de inúmeras relações (físicas, químicas, biológicas, sociais, econômicas e culturais), catalisadas pela energia proveniente do sol, mantidas pelos fatores ambientais contidos nesse ambiente, ou seja, o ar (atmosfera), a água (hidrosfera), o solo (litosfera), a flora, a fauna e o homem. Devido à complexidade de tais relações, é consenso entre os especialistas e empresários que promover a gestão do ambiente constitui uma tarefa igualmente complexa.
 Essa tarefa pode ser ainda mais difícil quando o cenário é caracterizado por uma produção elevada e/ou uma economia diversificada, implicando na necessidade de se desenvolver medidas de gestão específicas para cada atividade, principalmente nos setores com maior potencial de gerar danos ao ambiente.
A função para gerir o ambiente
Como já vimos nas nossas aulas anteriores, o ambiente pode ser definido como qualquer porção da biosfera que resulta de inúmeras relações (físicas, químicas, biológicas, sociais, econômicas e culturais), catalisadas pela energia proveniente do sol, mantidas pelos fatores ambientais contidos nesse ambiente, ou seja, o ar (atmosfera), a água (hidrosfera), o solo (litosfera), a flora, a fauna e o homem.
 Devido à complexidade de tais relações, é consenso entre os especialistas e empresários que promover a gestão do ambiente constitui uma tarefa igualmente complexa.
Essa tarefa pode ser ainda mais difícil quando o cenário é caracterizado por uma produção elevada e/ou uma economia diversificada, implicando na necessidade de se desenvolver medidas de gestão específicas para cada atividade, principalmente nos setores com maior potencial de gerar danos ao ambiente.
Gestão do desempenho ambiental
O desempenho ambiental de uma empresa deve ser gerido a partir do reconhecimento pleno de todas as dimensões da organização e do ambiente em que ela se instala e opera, além dos aspectos relacionados ao consumo de recursos naturais e produção de resíduos a partir de seus processos.
 A gestão desse desempenho ambiental deve seguir uma sistemática e ser permanente, desenvolvendo desta forma uma competência estratégica para a organização.
Para que essa competência seja alcançada, faz-se necessário a realização da caracterização ambiental do empreendimento e o diagnóstico ambiental de sua área de influência.
Para que essa competência seja alcançada, faz-se necessário a realização da caracterização ambiental do empreendimento e o diagnóstico ambiental de sua área de influência.
Gestão do desempenho ambiental
Análise de seu processo produtivo e da possibilidade criar ameaças

Continue navegando

Outros materiais