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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA___VARA CÍVEL DA COMARCA DO RIO DE JANEIRO PAULO CASTRO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade n°..., do CPF n°..., endereço eletrônico, domiciliado..., residente..., vem por seu advogado, com endereço profissional..., para fins do art. 106, I do CPC, com fulcro no artigo 560 do CPC, propor: AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE pelo rito especial, em face de SÍLVIA BRANDÃO, nacionalidade, estado civil, profissão, identidade n...., inscrito no CPF n...., endereço eletrônico, domiciliado..., residente..., pelos fatos e fundamentos a seguir: DOS FATOS O Autor e a Ré mantiveram união estável entre janeiro de 2007 e dezembro de 2014, quando decidiram separar-se. O período de convivência não foi antecedido de qualquer convenção sobre o regime de bens dos companheiros. Como não haviam adquirido quaisquer bens durante aquele período, e como a ré, ao tempo da separação, se achava desempregada, o autor anuiu à permanência da ré, por tempo indeterminado, no imóvel que até então servira de residência aos companheiros, situado no Rio de Janeiro. Tal imóvel fora adquirido pelo autor, mediante pagamento integral do preço, no ano de 1997. O Autor retirou-se do imóvel, passando a morar em outro, tomado por ele em locação. Passados mais de dois anos do fim da união estável, o autor promoveu a notificação extrajudicial de sua ex-companheira, exigindo-lhe a desocupação, no prazo de quinze dias, do imóvel situado no Rio de Janeiro. A notificação foi efetivamente recebida pela Ré e o prazo concedido na notificação extrajudicial já se expirou, sem que Sílvia tenha deixado o imóvel. DOS FUNDAMENTOS O Autor comprou o imóvel em 1997, mediante pagamento integral do preço, e tem, portanto, a posse indireta, haja vista que apenas emprestou o bem para a Ré. O artigo 1.197 do Código Civil deixa claro que a posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu poder, temporariamente, em virtude de direito pessoal, ou real, não anula a indireta, de quem aquela foi havida, podendo o possuidor direto defender a sua posse contra o indireto. Ademais, de acordo com o artigo 1.228 do mesmo código, dispõe que o proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha. O Autor, querendo seu imóvel reaver seu imóvel, notificou a Ré devidamente para que desocupasse o bem. Ciente que Silvia foi notificada para deixar o bem no prazo de 15 dias e até a presente data permanece no mesmo, configura-se no caso em tela esbulho possessório. Contudo, em consonância com o Código de Processo Civil, no seu artigo 560, requer e tem direito a reintegração do imóvel. DA TUTELA DE URGÊNCIA Estão presentes os requisitos autorizadores para concessão de liminar, quais sejam, fumus boni iuris e periculum in mora, com base no artigo 562 do CPC. A justificação da fumaça do bom direito está de acordo com os fundamentos supracitados. Em relação ao perigo da demora não resta dúvida que o imóvel poderá ser perdido caso a Ré não devolva o bem em questão. Requer, portanto, que o excelentíssimo senhor juiz, sem ouvir a Rè, defere a expedição do mandado liminar de reintegração, caso contrário, cita a Ré para comparecer à audiência que for designada para que autor justifique previamente o alegado DO PEDIDO Pelo exposto, requer: 1) Que seja concedida liminar de reintegração de posse; 2) Intimação do réu para comparecer à audiência designada por este juízo; 3) Citação do réu para contestar a ação no prazo de 15 (quinze) dias; 4) Julgar procedente o pedido para reintegrar em definitivo o Autor na posse do bem; 5) Condenação do réu aos ônus da sucumbência. DAS PROVAS Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, em especial a prova documental. DO VALOR DA CAUSA Dá-se a causa o valor de R$ (valor do imóvel, artigo 292, IV CPC). Nestes termos, Pede Deferimento. Data, Local ADVOGADO OAB/UF n.º___
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