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Resumo
“O caso dos exploradores de caverna” criado por Lon L Fuller em 1949, professor jurista da universidade de Harvard que consiste em um estudo de argumentação jurídica em volta do assassinato de Roger Whetmore. No ano de 4300, onde quatro indivíduos são julgados e condenados pelo crime em primeira instância do tribunal do condado de Stowfield, o autor descreve os argumentos através do sustento dos cinco juízes da Suprema Corte de Newgarth.
O caso
No ano de 4299, cinco espeleólogos (exploradores de caverna) foram se desbravar dentro de uma caverna, porém houve um desmoronamento no local obstruindo a única passagem que havia no local. Incessantes buscas foram realizadas até a chegada do grupo de resgate. O resgate se mostrou extremamente difícil e em uma das tentativas de remoção dos escombros acabaram morrendo dez trabalhadores que estavam limpando a entrada da caverna. Finalmente foi estabelecida a comunicação com os exploradores que foram informados que pelo menos mais dez dias seriam necessários para sua liberdade (isso não havendo mais desmoronamentos). O chefe do comitê médico afirmou que havia poucas possibilidades de sobrevivência devida às condições em que estavam, e Whetmore propôs que fosse escolhido por meio da sorte, um deles para que fosse morto, e dado de alimento para seus colegas, então Whetmore declarou desistência e foi acusado de violação do acordo. Então, quando chegou a sua vez o que foi adversa a sorte, perdeu sendo morto e comido pelo outros. Após saírem da caverna, foram levados aos tribunais para serem julgados, a princípio foram acusados e sentenciados pela morte de Roger Whetmore, e agora irão ser julgados pelo presidente da corte Truepenny que já votou a favor da condenação dos réus enquanto relatava o caso, e por mais quatro juízes: Foster, Tatting, Keen e Handy.
Foster
Este argumenta que devida às situações extremas em que os espeleólogos se encontravam, era excluída a possibilidade de ser seguida a esfera de lei positiva, levando em conta que naquele momento não se encontravam em coexistência social. Foster também faz uma alusão à limitação territorial afirmando que não é possível aplicar uma lei em casos exclusos dos limites geográficos do Estado. Partindo para uma segunda linha argumentativa exemplificando o conceito de legitima defesa, Foster também mostra como a lei pode ser falha onde determinadas questões podem ter interpretação distinta no teor da lei, e relembrando as dez vidas que foram perdidas em causa dos exploradores. Juiz Foster vota a favor da absolvição dos acusados.
Tatting
Julgando o voto de Foster repleto de lacunas, Tatting discorda primeiro da sua lei natural, afirmando que em nenhum momento ocorreu ou ficou clara essa transição dos réus. Ainda desconstruindo o argumento do juiz anterior, afirma que mesmo tendo os exploradores em um “estado de natureza” dentro da caverna, o tribunal em que se encontram no momento não teria competência para julgar tal caso, já que é uma corte submetida para leis positivadas e não leis naturais. Para reforçar sua contra-argumentação, Tatting cita o caso Comunidade v. Valjean como exemplo em que o réu foi acusado “pelo furto de um pão e ofereceu como defesa a circunstância de que se encontrava em uma situação próxima da morte por inanição.”(O tribunal recusou esta defesa). Afirmou que se sente por diversas vezes inclinado à decisão de Foster por conter argumentos infundados e completamente abstratos, De outro lado, quando se inclina no sentido de manter a condenação, choca o absurdo de condenar os exploradores à morte quando a salvação de suas vidas custou as de dez heroicos operários. 
Juiz Tatting opta por não decisão deste caso.
Keen 
Afirma que se fosse ele o presidente, daria clemência total aos acusados, mas como juiz, seu julgamento será duramente baseado na lei de Commonwealth que diz: Aquele que intencionalmente prive outrem à vida ser punido com a morte, e sendo assim, não existiria a necessidade de alongar a discussão sobre o caso uma vez que é evidente o que os acusados o fizeram. Keen cita o juiz Foster e sua argumentação sobre as interpretações de leis quando há algo não contido nelas. Fazendo uma ligação ao passado, alega que existiu um tempo em que os juízes legislavam com plena liberdade, podendo até moldar a lei por parte do Judiciário, resultando em confusos debates do Judiciário de um lado, e o Executivo e o Legislativo de outro. Voltando a realidade, com base nesse principio deixa clara a função do Judiciário de aplicar fielmente a lei escrita com seu significado evidente.
Juiz Keen vota a favor da condenação.
Handy
Alegando que deveria levar em conta a opinião popular, e levantando uma enquete que revelou o apoio da maioria da população a favor da absolvição dos exploradores. Handy indigna-se com a resistência que se tem a usar o senso comum em assuntos referentes ao governo. Outro ponto é que o caso despertou “interesse público” e assim, a opinião da massa de que os réus devem ser perdoados se tornou bem clara nas pesquisas. Como conclusão Handy cita seu primeiro caso como juiz, que chegou ao veredito baseado apenas nas circunstancias ocorridas de tal evento, pedindo então a reformulação da condenação no caso dos exploradores.
Juiz Handy vota a favor da absolvição dos acusados.
Conclusão
	JUIZ
	
PERSPECTIVA JURISPRUDENCIAL
	VOTO
	
Truepenny
	
Positivismo
	
Condenação
	
Foster
	
Jusnaturalismo
	
Absolvição
	
Tatting
	Lacuna legal tanto no direito 
Positivo quanto no direito natural
	
Abstenção
	
Keen
	
Positivismo
	
Condenação
	
Handy
	
Realismo jurídico
	
Absolvição
A suprema corte ficou dividida com os votos, então ela mantem o primeiro resultado do tribunal e condena os acusados. Determinou-se que a execução da sentença tivesse lugar às 6 horas da manhã da sexta-feira, dia 2 de abril do ano 4300, sentenciados a morte pela forca. 
Bibliografia
Fuller, Lon L “O caso dos exploradores de caverna” (1949)

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