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Trabalho Imunologia HIPERSENSIBILIDADE (Revisão literária)

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FACULDADE UNA DE BOM DESPACHO 
MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
 
 
 
 
Raquel Vieira da Silva 
Francis Leila Barbosa Campos 
Layla Cristina Rodrigues Mesquita 
Kamilla Kassia de Almeida Oliveira 
Larissa Santos Rocha 
Karine Beatriz Oliveira Tobias 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HIPERSENSIBILIDADE TIPO I II III IV 
Revisão de literatura 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BOM DESPACHO 
 2018 
 
Raquel Vieira da Silva 
Francis Leila Barbosa Campos 
Layla Cristina Rodrigues Mesquita 
Kamilla Kassia de Almeida Oliveira 
Larissa Santos Rocha 
Karine Beatriz Oliveira Tobias 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HIPERSENSIBILIDADE TIPO I II III IV 
Revisão de literatura 
 
 
 
 
Revisão literária apresentada ao curso de 
Medicina Veterinária da faculdade Una de 
Bom Despacho, como requisito parcial 
avaliativo na disciplina de imunologia 
Veterinária. 
 
 
Prof. Dr. Guilherme Guerra Alves 
 
 
 
 
 
 
 
 
BOM DESPACHO 
2018 
 
 
 
 
Sumário 
 
 
1. Hipersensibilidade tipo I ............................................................................................................... 1 
2. Hipersensibilidade tipo II ............................................................................................................. 1 
3. Hipersensibilidade tipo III............................................................................................................ 1 
3.1. Classificação das reações de hipersensibilidade tipo III. ................................................... 1 
4. Hipersensibilidade do tipo IV ....................................................................................................... 1 
Referências .............................................................................................................................................. 1 
 
 
 
1 
 
 
 
1. Hipersensibilidade tipo I 
 Numa Visão geral, a hipersensibilidade é um reflexo de respostas imunes 
excessivas. As doenças de hipersensibilidade são comumente classificadas com base no 
mecanismo imunológico principal que é responsável pela lesão tecidual e a doença. As 
respostas para os antígenos estranhos podem ser desreguladas ou não controladas, resultando 
em lesão tecidual. 
 Também chamada de hipersensibilidade imediata, é mediada pela IGe contra 
antígenos que causam alteração na circulação sanguínea. É uma reação rápida da musculatura 
lisa e vascular, mediada por IgE e pelos mastócitos, geralmente seguida por inflamação, que 
ocorre em alguns indivíduos quando do encontro com certos antígenos estranhos, aos quais 
foram expostos previamente. As reações de hipersensibilidade imediata são também chamadas 
de alergia. 
 Geralmente a hipersensibilidade do tipo I se manifesta por febre, alergia aos 
alimentos, asma brônquica, anafilaxia. 
Primeiro contato 
 Inicia-se com a primeira exposição ao antígeno. Ele é identificado pelas 
células apresentadoras de antígeno e seus peptídeos são apresentados aos linfócitos T. Em 
seguida, esses linfócitos T liberam citocinas que estimulam os linfócitos B a produzirem e 
secretarem anticorpos IgE específicos para aquele alérgeno. A IgE recém-produzida liga-se 
com alta afinidade à membrana de mastócitos e basófilos, sensibilizando-os. Até aqui as reações 
são apenas moleculares e celulares, não causando sintomatologia. 
Contatos subsequentes 
 Do segundo contato em diante todas as vezes que o organismo do indivíduo 
entrar em contato com aquele alérgeno específico terá uma reação aguda. Sendo assim, quando 
há exposição repetida ao mesmo alérgeno ocorre reação cruzada com aqueles anticorpos IgE 
ligados aos mastócitos e basófilos. Essas células degranulam, liberando várias substâncias 
farmacologicamente ativas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
 
 
2. Hipersensibilidade tipo II 
 
Antígenos das hemácias e hipersensibilidade tipo II 
As hemácias possuem moléculas de superfície celular que agem como antígenos. Os antígenos 
de superfícies das hemácias não estão envolvidos no processo antigênico, mas não influenciam 
a rejeição de transplantes. Os antígenos de superfícies das hemácias na sua maioria são 
compostos de glicoproteínas e glicolipídios que são componentes integrais da membrana 
celular. 
 
 Transfusão de sangue e transfusões incompatíveis 
O sangue é fácil de ser transfundido de um animal para outro. Se as hemácias forem idênticas 
a outro receptor, não ocorre nenhuma resposta imune. Assim se o receptor possuir anticorpos 
naturais contra os antígenos das hemácias do doador, elas serão atacadas imediatamente. 
Quando não tem anticorpos naturais, os antígenos estranhos nas hemácias transfundidas 
estimularão uma resposta imune no receptor. 
 
 Doença hemolítica em recém-nascidos 
Fêmeas podem ficar sensibilizadas a hemácias estranhas, por meio de transfusões sanguíneos 
incompatíveis ou por vazamento de hemácias fetais na sua corrente sanguínea através da 
placenta, durante a gestação. Essas fêmeas sensibilizadas, seus anticorpos anti-hemácias podem 
se concentrar no colostro. O animal mama esse colostro, esses anticorpos colostrais são 
absorvidos através da parede intestinal, assim indo para circulação. Esses antígenos de grupo 
de sanguíneo do recém-nascido, provocam destruição rápida das hemácias. 
 
Reações de hipersensibilidades tipo II a droga 
A droga e o anticorpo podem se combinar diretamente e ativar o complemento; hemácias serão 
destruídas como os componentes ativados do complemento ligados as células vizinhas. 
 As drogas podem se ligar firmemente às células, principalmente as do sangue. 
Essas drogas, como cefalosporinas, devem modificar as membranas das hemácias de maneira 
que as células adsorvem passivamente os anticorpos e sejam então removidas pelas células 
fagocíticas. 
 Hipersensibilidade do tipo II nas doenças infecciosas 
Os antígenos bacterianos, como os lipopolissacarídeos, os vírus, tais como o vírus da anemia 
infecciosa equina e o vírus da doença aleutiana, as rickettsias, tais como o anaplasma, e os 
protozoários, como os tripanossomos e a Babesia. Essas hemácias alteradas, ao ser consideradas 
como estranhas, ou são ligadas pelos anticorpos e complemento hemolítico ou fagocitadas pelos 
fagócitos mononucleares. A anemia clinicamente severa é, portanto, característica de todas as 
infecções. 
 
1 
 
3. Hipersensibilidade tipo III. 
 
 A formação de imunocomplexos pela combinação de anticorpos com um antígeno dá início 
a vários processos biológicos, tendo como o mais importante a cascata do complemento. 
Quando os imunocomplexos ativados por complemento são depositados no tecido, geram 
peptídeos quimiotáxicos que chamam neutrófilos. Esses neutrófilos liberam radicais livres e 
enzimas nos tecidos causando inflamação e destruição do tecido. As lesões resultantes dessa 
atividade são classificadas como reações de hipersensibilidade tipo III ou mediadas por 
imunocomplexos. 
 
3.1.Classificação das reações de hipersensibilidade tipo III. 
 
 A importância e severidade dessas reações dependem da quantidade e do local de deposição 
dos imunocomplexos. Apenas duas formas de reações são reconhecidas. As reações locais 
acontecem pela deposição dos imunocomplexos dentro dos tecidos, podendo ser induzidasem 
qualquer tecido ao qual o antígeno tenha acesso. A segunda é resultado de grandes quantidades 
de imunocomplexos formados dentro da circulação. Um exemplo da segunda reação ocorre 
quando o antígeno é administrado intravenosamente a um receptor imune, esses complexos são 
depositados nas paredes dos vasos sanguíneos ativando o sistema complemento, que leva ao 
acúmulo de neutrófilos e o desenvolvimento de vasculite. A glomerulonefrite é característica 
desse tipo de hipersensibilidade pois os imunocomplexos circulantes se depositam nos 
glomérulos renais. Se os complexos se ligarem as células sanguíneas, também pode ocorrer 
anemia, leucopenia ou trombocitopenia. 
 
Reações de hipersensibilidade do tipo III locais. 
 
REAÇÃO DE ARTHURS: Quando um antígeno é injetado subcutaneamente em um animal 
que já possui anticorpos precipitantes, uma inflamação aguda irá se desenvolver no local da 
injeção dentro de várias horas. Começa com um inchaço edematoso e eritematoso, hemorragia 
local e trombose, que se forem severas levam a destruição tecidual do local. O antígeno 
primeiramente de difunde fora do local da injeção através de espaços teciduais, passa para a 
parede do vaso onde entra em contato com os anticorpos circulantes. Como consequência a 
formação de imunocomplexos que são depositados de baixo e entre as células vasculares. As 
primeiras alterações histologicamente visíveis após a injeção do antígeno são: aderência de 
neutrófilos ao endotélio vascular seguida da migração desses neutrófilos através das paredes 
das vênulas sanguíneas no interior do tecido. Entre 6 e 8h, quando a reação atinge sua maior 
intensidade, o local da injeção fica extremamente infiltrado por numerosos neutrófilos. Com a 
progressão da reação ocorre destruição das paredes dos vasos sanguíneos levando a hemorragia 
e edema. A agregação plaquetária e trombose também são resultado dessa destruição vascular. 
Já com 8h as células mononucleares aparecem na lesão. Com 24h ou mais, essas células se 
tornam predominantes no local. Os macrófagos teciduais residentes que se encontram com os 
imunocomplexos secretam TNF-alfa e IL-1,que regulam positivamente a secreção de moléculas 
2 
 
de adesão dos leucócitos, em especial a secretina E e ICAM-1 que facilitam a aderência de 
neutrófilos. Os neutrófilos migram dos vasos sanguíneos, se aderem aos imunocomplexos e os 
fagocitam, eliminando-os. Durante esse processo uma enorme quantidade de proteases e 
radicais de oxigênio são eliminados nos tecidos. Quando tentam fagocitar imunocomplexos 
aderidos a estruturas não fagocitáveis, secretam o conteúdo de seus grânulos em direção aos 
tecidos vizinhos. Os neutrófilos devem liberar também suas enzimas nos tecidos antes dos 
imunocomplexos serem fagocitados. 
 As proteases que são liberadas rompem as fibras de colágeno e destroem as substâncias 
fundamentais que são as membranas basais e os tecidos elásticos, normalmente os tecidos 
possuem antiproteinases para inibirem as enzimas dos neutrófilos, entretanto os neutrófilos 
podem destruir essas antiproteinases permitindo que a degradação tecidual prossiga. Outras 
enzimas liberadas pelos neutrófilos podem degranular mastócitos e gerem cininas que vão levar 
a formação de edema, vasculite e hemorragia, características da reação de Arthurs. Os 
anticorpos envolvidos na reação de Arthurs são da classe IgG. 
 Embora reação de Arthurs seja estimulada pela injeção local de antígenos a animais 
hiperimunizados, qualquer técnica que deposite imunocomplexos nos tecidos irá desencadear 
uma resposta semelhante. 
 
Reações de hipersensibilidade do tipo III locais de ocorrência natural. 
 
 Não é comum ocorrer reações de hipersensibilidade de apenas um tipo em condições 
naturais, existem doenças nas quais esse tipo de hipersensibilidade tem um papel fundamental. 
 
● OLHO AZUL: É uma afecção observada em cães infectados ou vacinados com o 
adenovírus canino vivo ou do tipo 1. Neutrófilos se infiltram na córnea. Se desenvolve 
de 1 a 3 semanas após o inicia da infecção e costuma se resolver espontaneamente a 
medida que o vírus é eliminado. 
● PNEUMONIA POR HIPERSENSIBILIDADE: Ocorrem quando os animais 
sensibilizados inalam o antígeno, como por exemplo, partículas de pó provenientes de 
feno embolorado. O crescimento das bactérias resultará em aquecimento que gera um 
ambiente favorável para o crescimento de Micropolyspora faeni organismo que produz 
grande quantidade de esporos. Se os animais forem alimentados com feno embolorado 
por muito tempo, a constante inalação de esporos irá causar uma sensibilização e 
desenvolvimento de uma alta quantidade de anticorpos contra o M. faeni. Em algum 
momento os antígenos irão encontrar esses anticorpos precipitantes dentro das paredes 
alveolares, levando os imunocomplexos a ativarem o complemento que causarão uma 
pneumonia intersticial. As lesões consistem em uma alveolite aguda juntamente com 
vasculite e exsudação de fluido nos espaços alveolares. A lesão inteira pode espessar e 
a lesão é infiltrada com células inflamatórias (eosinófilos e linfócitos). Essa pneumonia 
ocorre entre 5 a 10h após a exposição ao feno embolorado. O animal pode ficar 
severamente dispneico e tossir repetidamente. 
 
 
3 
 
Reações de hipersensibilidade do tipo III generalizadas. 
 
 Quando um antígeno é administrado por via endovenosa em um animal que apresenta um 
alto nível de anticorpos circulantes ocorre a formação de imunocomplexos na corrente 
sanguínea, esses imunocomplexos são depois removidos por ligação com hemácias ou 
plaquetas. Se forem grandes são removidos por células fagocitárias. Entretanto quando ocorre 
uma grande produção desses imunocomplexos, eles podem acabar se depositando nas paredes 
dos vasos sanguíneos, especialmente em artérias médias e vasos onde ocorre um escoamento 
fisiológico de fluido. 
 
• ENFERMIDADE DO SORO: Quando os antissoros eram usados para 
estimular a imunização passiva na infância, observou-se eu os pacientes que 
recebiam grandes doses de soro antitetânico equino, desenvolviam reações 10 
dias mais tarde. As reações consistiam em vasculite generalizada eritematosa 
com edema e urticária da pele, aumento de linfonodos assim como inchaço das 
juntas e proteinúria. Essa reação tinha um curto tempo de duração e ficou 
conhecida como doença do soro. O desenvolvimento das lesões ocorre devido 
à grande formação de imunocomplexos na circulação, resultantes da resposta 
imune ao antígeno circulante. 
 
Características patológicas da glomerulonefrite. 
 
 A glomerulonefrite causada por deposição de imunocomplexos é chamada de 
glomerulonefrite mesangioproliferativa (MPGN). Se caracteriza pela proliferação de 
células glomerulares. As MPGN são caracterizadas em três tipos com base 
histopatológica. 
 
• MPGN DO TIPO I: Causada pela deposição de imunocomplexos nos vasos 
glomerulares. Eles penetram o endotélio vascular, mas não na membrana basal 
sendo capturados na região subendotelial onde ativam o inchaço e uma 
proliferação de células endoteliais. Se um animal recebe repetidas doses de um 
antígeno ao decorrer de um longo período a danificação contínua das células 
glomerulares pelos imunocomplexos gera um aumento local da produção de 
TGF-beta 1, que é uma citocina. Essa citocina estimula as células vizinhas a 
produzirem fibronectina, colágeno e proteoglicanos. A produção dessas 
substâncias leva a um espessamento da membrana basal formando a chamada 
“lesão arame” ou glomerulopatia membranosa. Os imunocomplexos são 
depositados na região mesangial dos glomérulos. As células dessa região são 
musculares lisas modificadas e podem liberar citocinas e prostaglandinas quevão absorver os imunocomplexos por meio da proliferação e liberação de IL-6 
(provoca crescimento autócrino das células mesanginais) e de TGF-BETA 
(estimula a produção de matriz extracelular.). A proliferação dessas células e a 
fibrose interferem na função glomerular. 
4 
 
 
• MPGN DO TIPO II: Semelhante à do tipo I entretanto é caracterizada pela 
presença de depósitos homogêneos e densos dentro da membrana basal dos 
glomérulos ao invés de na superfície. 
 
• MPGN DO TIPO III: Causa depósitos subepiteliais causando rompimento da 
membrana basal. Os pequenos imunocomplexos penetram no endotélio e na 
membrana basal estimulando o inchaço e a proliferação de células epiteliais. 
 
Outras lesões mediadas por imunocomplexos. 
 
• PÚRPURA HEMORRÁGICA: Acomete equinos que se recuperam de uma 
infecção causada por Streptococcus, como o garrotilho. Os imunocomplexos 
que contem antígenos contra Streptococcus podem ser encontrados na corrente 
sanguínea desses animais, causando MPGN do tipo I. 
• HIPERSENSIBILIDADE A DROGAS: A droga pode se ligar a uma célula, 
como as hemácias, a resposta imune contra essa droga levaria a eliminação da 
célula. A célula é reconhecida como opsonizada e removidas por meio da 
fagocitose levando a anemia, trombocitopenia e púrpura. 
 
 
1 
 
 
4. Hipersensibilidade do tipo IV 
 
Quando determinados antígenos são inoculados na pele de animais sensibilizados, e esses 
antígenos são resistentes a eliminação por respostas convencionais pode haver uma reação 
inflamatória lenta no local, os mecanismos efetores não vão conseguir eliminar os 
microrganismos e o organismo gera a hipersensibilidade do tipo IV tentando eliminar o 
microrganismo. Como essa reação de hipersensibilidade tardia só pode ser transferida de 
animais sensibilizados para os normais por meio dos linfócitos ela deve ser intercedida por 
células. As reações tardias são nomeadas por hipersensibilidade do tipo IV e procedem da 
interação entre o antígeno inoculado, APC (células apresentadoras de antígenos) e LT 
(linfócitos T). 
 
REAÇÃO TARDIA A TUBERCULINA 
 
Um modelo importante de uma reação de hipersensibilidade tardia é a resposta a tuberculina 
que acontece entre 12 e 24 horas com sua maior intensidade por volta de 24 e 72 horas que 
podem persistir por várias semanas antes de desaparecer gradualmente, é uma reação alérgica 
cutânea em animal com tuberculose como resultado de uma injeção intradérmica de tuberculina. 
A reação da tuberculina é uma reação inflamatória imunologicamente específica mediada pelas 
células T. Quando um animal é infectado pela Mycobaterium, os organismos são facilmente 
fagocitados pelos macrófagos. Determinados antígenos são apresentados as células TH1, 
desfecham uma resposta mediada por células e resultam em células de memorias, essas células 
T de memória são capazes de reagir ao antígeno que entram no corpo por meio de qualquer via, 
como a hipersensibilidade tardia pode ser desencadeada tempos após exposição ao antígeno, 
algumas dessas células T de memória podem ter vida longa. 
CONSEQUÊNCIAS DA HIPERSENSIBILIDADE IV 
Um exemplo de consequência patológica é a formação de tubérculos, a reação a tuberculina 
induzida pela inoculação ID seja artificial no fato que o antígeno é administrado por meio de 
injeção, ocorre uma reação inflamatória semelhante se os bacilos vivos se alojarem nos tecidos 
e causarem a hipersensibilidade no animal. O mecanismo de formação dos tubérculos ocorre da 
seguinte maneira, a lesão se desenvolve em torno do bacilo que consiste em uma massa 
necrosada contendo organismos vivos e mortos, essa massa cresce e rompem os alvéolos 
pulmonares. O granuloma pode ser também resultado de uma inflamação crônica persistente. 
MEDIÇÃO DA IMUNIDADE MEDIADA POR CELÚLAS 
Ainda que a imunologia diagnóstica se baseasse enormemente na detecção de anticorpos, as 
medições da responsividade imunomediada por células nos animais pode ser desejável sob 
algumas circunstâncias, utilizam-se tanto técnicas In Vivo como In Vitro para esse propósito. 
 
Testes In Vivo 
É um teste cutâneo ID tal como exemplo a tuberculina, a reação inflamatória a um antígeno 
administrado pode ser considerada mediada por células contando que ele possua período e a 
2 
 
histologia característicos de uma reação do tipo IV. É útil se medir a capacidade de um animal 
em gerar reações imunomediadas por células em vezes de um único antígeno específico, uma 
forma de se fazer isso é colocar um pequeno alo transplante cutâneo no animal e medir seu 
tempo de sobrevivência, uma técnica mais simples consiste em marcar uma pequena área da 
pele do animal com um produto químico sensibilizante, tal como o Dinitroclorobenzeno.A 
intensidade da dermatite alérgica de contato proporciona uma estimativa da capacidade do 
animal de montar uma resposta imunomediada por células. 
In Vitro 
São projetados para medir tanto a proliferação de células T em resposta a um antígeno, como 
as suas atividades citotóxicas ou sua produção de linfocinas, para se medir a proliferação das 
células T mistura-se uma suspensão de linfócitos do sangue periférico purificado proveniente 
do animal a ser testado com o antígeno e cultiva-se a mesma por 48 a 96 horas, cerca de 12 
horas antes da colheita acrescenta-se uma Timidina marcada com isótipo radioativo trítio nas 
culturas. Os linfócitos não absorvem a substância, mas as células em divisão o fazem pois 
encontra-se sintetizando ativamente DNA. Consequentemente se as células T tiverem em 
proliferação elas absorveram a Timidina triciada e a radioatividade das células lavadas 
proporcionará uma medida da quantidade das células em proliferação quanto maior a resposta 
da célula ao antígeno, maior será sua radioatividade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
 
 
Referências 
TIZARD, I. R. (2002). Imunologia Veterinária: Uma introdução. 6. (Vol. 6). (D. L. Abel., Trad.) São 
Paulo: Roca Ltda.

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