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CAPÍTULO 7 
MOTORES DE INDUÇÃO 
 
 
 
 
7.1 INTRODUÇÃO ÀS MÁQUINAS ELÉTRICAS 
As máquinas elétricas podem ser classificadas em dois grupos: 
a) geradores, que transformam energia mecânica oriunda de uma fonte externa 
(como a energia potencial de uma queda d’água ou a energia cinética dos 
ventos) em energia elétrica (tensão); 
b) motores, que produzem energia mecânica (rotação de um eixo) quando 
alimentados por uma tensão (energia elétrica), como se vê na Figura 7.1. 
 
 
Figura 7.1 – Fluxo de energia em motores elétricos. 
 
 Geradores e motores só se diferenciam quanto ao sentido de transformação da 
energia, possuindo ambos a mesma estrutura básica: um elemento fixo, chamado 
estator, e outro móvel, capaz de girar (o rotor). Nesses elementos são fixados 
enrolamentos onde a corrente circula: um desses enrolamentos é capaz de gerar os 
campos magnéticos necessários ao funcionamento da máquina e é chamado 
enrolamento de campo; o outro é chamado enrolamento de armadura (ou induzido, no 
caso de geradores). 
 Em algumas máquinas, a armadura está no estator e o enrolamento de campo no 
rotor; em outras ocorre o inverso. O tipo de corrente (CC ou CA) que circula nesses 
enrolamentos estabelece qual o tipo de máquina. 
 A Figura 7.2 mostra os diversos tipos de máquinas disponíveis; dentre todas 
elas, destacam-se os motores assíncronos (ou de indução), utilizado na maior parte dos 
equipamentos que requerem acionamento elétrico. Por sua importância, resultado de sua 
confiabilidade, baixo custo e versatilidade, os motores de assíncronos terão maior 
destaque neste curso. 
 De acordo com Filippo Filho (2002), aproximadamente 40% de toda a energia 
elétrica consumida no Brasil é usada para o acionamento de motores elétricos, sendo 
que no setor industrial cerca de 50% da energia consumida deve-se a este tipo de 
máquina elétrica. Segundo o mesmo autor, há estimativas de que exista grande número 
de instalações industriais no Brasil onde mais de 80% do consumo deva-se a motores 
elétricos. 
ELETROTÉCNICA – Vol. 1 Eurico G. de Castro Neves e Rubi Münchow 
64 
 
 
 
Figura 7.2 – A “árvore” das máquinas elétricas 
 
 
 
7.2 PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO 
 Na região em torno de um ímã acontecem alguns fenômenos especiais, como a 
atração de fragmentos de ferro ou o desvio da agulha de uma bússola. Diz-se que nesta 
região existe um campo magnético, o qual pode ser representado por linhas de indução 
(figura 7.3a). 
Também ao redor de um condutor percorrido por corrente elétrica existe um 
campo magnético, cuja intensidade é diretamente proporcional ao módulo da corrente. 
Este campo pode ser intensificado se este condutor for enrolado, formando uma bobina 
ou enrolamento (Figura 7.3b). Nesses casos, a intensidade do campo magnético é 
diretamente proporcional à corrente. 
 
 
(a) (b) 
Figura 7.3 – Campo magnético: (a) de um ímã; (b) de um enrolamento (bobina) 
percorrido por corrente. 
ELETROTÉCNICA – Vol. 1 Eurico G. de Castro Neves e Rubi Münchow 
65 
 
 
 Campos magnéticos são mensurados através de uma grandeza chamada indução 
magnética (simbolizada pela letra B), cuja unidade no SI é o Tesla (T). O valor de B é 
maior nas regiões onde as linhas estão mais concentradas. 
Denomina-se fluxo magnético (símbolo ) ao número de linhas de indução que 
atravessa a superfície delimitada por um condutor (uma espira, por exemplo). Esta 
grandeza é medida em Webbers (Wb), no SI. 
Em 1831, Michael Faraday descobriu que quando o fluxo magnético em um 
enrolamento varia com o tempo, uma tensão u é induzida nos terminais da mesmo; o 
valor desta tensão é diretamente proporcional à rapidez com que o fluxo varia. Então, a 
Lei de Faraday (ou Lei da Indução Eletromagnética) pode ser expressa por 
dt
d
Nu


 (7.1) 
onde N = número de espiras do enrolamento 
 d/dt = taxa de variação do fluxo magnético 
 
 Se os pólos de um ímã forem postos a girar ao redor de uma espira, como 
representado na Figura 7.4, o fluxo nesta varia com o tempo, induzindo uma tensão 
entre seus terminais; se estes formarem um percurso fechado, haverá neles a circulação 
de uma corrente induzida i. 
 
 
 Figura 7.4 – Ação de motor 
 
 No estudo do Eletromagnetismo, aprende-se que se um condutor estiver imerso 
em um campo magnético e for percorrido por corrente elétrica, surge uma força de 
interação dada por 
BiF 
 (7.2) 
onde F = força de interação 
 B = valor da indução magnética 
 

 = comprimento dos lados da espira 
 i = intensidade da corrente no condutor 
É esta força que produz um conjugado nos lados da espira, fazendo-a girar (ação de 
motor). 
 A Figura 7.5 mostra os campos magnéticos formados pela alimentação trifásica 
em um motor, no qual os enrolamentos de campo estão localizados no estator. O campo 
magnético de cada fase é representado por um vetor e a soma vetorial dos mesmos dá o 
campo resultante. Observa-se que o efeito é o de um ímã girando ao redor do rotor, 
produzindo a ação de motor, tal como descrita no parágrafo anterior. A velocidade com 
que esse campo girante opera é chamada velocidade síncrona (ns), dada por 
ELETROTÉCNICA – Vol. 1 Eurico G. de Castro Neves e Rubi Münchow 
66 
 
P
f120
n s


 (rpm) (7.3) 
onde f = freqüência da rede de alimentação (em Hz) 
 P = número de pólos do motor 
 
 
Figura 7.5 – Formação de campo girante num motor trifásico 
 
 O número de pólos do motor é sempre é inteiro e par. Assim, pode-se construir 
motores com qualquer número de pólos, embora no comércio estejam disponíveis 
apenas motores de 2, 4, 6 ou 8 pólos. 
 A velocidade de um motor de indução sempre será menor que a síncrona
1
, caso 
contrário não se conseguiria a variação de fluxo necessária para induzir corrente no 
enrolamento de armadura. Denomina-se escorregamento (s) à relação 
 (%)100
n
nn
s
s
s 


 (7.4) 
onde ns = velocidade síncrona (em rpm) 
 n = velocidade do motor (em rpm) 
 
 
 
7.3 ESTRUTURA E CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS 
A Figura 7.6 mostra a estrutura de motor de indução, que se compõe basicamente de 
duas elementos: o estator, que é a parte imóvel da máquina, e o rotor, que se 
movimenta de forma rotativa. 
 
 
1
 Por isso esses motores são também chamados assíncronos. 
ELETROTÉCNICA – Vol. 1 Eurico G. de Castro Neves e Rubi Münchow 
67 
 
 
Figura 7.6 – Estrutura de um motor de indução fechado 
 
 Estator 
É construído com chapas de material magnético e recebe o enrolamento 
de campo, cujas espiras são colocadas em ranhuras, como mostra a Figura 7.7. 
O enrolamento de campo pode ser mono ou trifásico. A maneira como 
esse enrolamento é construído determina o número de pólos do motor, entre 
outras características operacionais. Suas pontas (terminais) são estendidas até 
uma caixa de terminais, onde pode ser feita a conexão com a rede elétrica de 
alimentação. 
 
 
 
 
(a) (b) 
Figura 7.7 – Enrolamento de campo de um motor de indução: (a) execução dos 
enrolamentos; (b) núcleo com enrolamento completo. 
 
 Rotor 
Aqui é montado o enrolamento de armadura; no caso mais comum, êle é 
constituído de condutores retilíneos interligados nas duas extremidades por anéis 
de curto-circuito (Figura 7.8a), o que lhe dá a forma de uma gaiola. Existe um 
outro tipo de rotor, dito bobinado, onde os terminais das fases do enrolamento 
ELETROTÉCNICA – Vol. 1 Eurico G. de Castro Neves e Rubi Münchow 
68 
 
de armadura são ligados a anéis deslizantes, permitindo a inserção de elementos 
que auxiliem na partida do motor.Na Figura 7.8b mostra-se o rotor completo, com o eixo posicionado, na 
ponta do qual há uma flange. 
 
 
 
 
(a) (b) 
Figura 7.8 – Enrolamento de armadura de um motor de indução: (a) rotor gaiola; (b) rotor 
montado (corte). 
 
 Fazem parte do motor, ainda, as tampas dianteira e traseira, que servem de 
proteção, o ventilador que auxilia no resfriamento dos enrolamentos, os rolamentos e a 
caixa de ligações. 
 As principais dimensões dos motores são mostradas na Figura 7.9. Elas são 
normatizadas por duas entidades: 
 a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), a qual é filiada à 
International Eletrotechnical Comission (IEC) 
 a National Electrical Manufacturers Association (NEMA) 
 
 
 
Figura 7.9 - Dimensões dos motores de acordo com a ABNT/IEC (letras entre 
parênteses) e a NEMA. 
 
A Tabela 7.1 mostra as dimensões conforme especificações das duas entidades
2
. 
No caso das especificações da ABNT/IEC, as máquinas são designadas pela altura da 
ponta de eixo (H), seguida de uma letra, a qual pode ser S (de short = curta), M (de 
medium = média) ou L (de long = longa); essa letra designa a relação entre o 
comprimento da carcaça (B) e a altura da ponta de eixo (H). 
 
 
2
 Embora no Brasil valham somente as normas da ABNT, é importante ter conhecimento das 
especificações da NEMA, já que a exportação de motores para os EUA é expressiva; além disso, alguns 
equipamentos importados são acionados por máquinas especificadas de acordo com as normas da NEMA. 
ELETROTÉCNICA – Vol. 1 Eurico G. de Castro Neves e Rubi Münchow 
69 
 
Tabela 7.1 – Dimensões padronizadas das máquinas elétricas conforme a ABNT/IEC e 
a NEMA 
ABNT/IEC H A B C K D E ABNT/IEC H A B C K D E 
NEMA D 2E 2F BA H U N-W NEMA D 2E 2F BA H U N-W 
90 S 90 140 100 56 10 24j6 50 200 L 200 318 305 133 19 55m6 110 
143 T 88,9 139,6 101,6 57,15 8,7 22,2 57,15 326 T 203,2 317,6 304,8 133 16,7 54 133,4 
90 L 90 140 125 56 10 24j6 50 225 S 225 356 286 149 20 60m6 140 
145 T 88,9 139,6 127 57,15 8,7 22,2 57,15 364 T 228,6 355,6 285,6 149 16,7 60,3 149,2 
112 S 112 190 114 70 12 28j6 60 225 M 225 356 311 149 20 60m6 140 
182 T 114,3 190,4 114,4 70 10,7 18,6 69,9 365 T 228,5 355,6 311,2 149 16,7 60,3 149,2 
112 M 112 190 114 70 12 28j6 60 250 S 250 406 311 168 25 65m6 140 
184 T 114,3 190,4 136,4 70 10,7 28,6 69,9 404 T 254 406,4 311,2 168 20,6 73 184,2 
132 S 132 216 140 89 12 38k6 80 250 M 250 406 349 168 25 65m6 140 
213 T 133,4 216 139,6 89 10,7 34,9 85,7 405 T 254 406,4 349,2 198 20,6 73 184,2 
132 M 132 216 178 89 12 38k6 80 280 S 280 457 368 190 25 75m6 140 
215 T 133,4 216 177,6 89 10,7 34,9 85,7 444 T 279,4 457,2 368,4 190 20,6 85,7 215,9 
160 M 160 254 210 108 15 42k6 110 280 M 280 457 419 190 25 75m6 140 
254 T 158,8 254 209,6 108 13,5 41,3 101,8 445 T 279,4 457,2 419,2 190 20,6 85,7 215,9 
160 L 160 254 254 108 15 42k6 110 315 S 315 508 406 216 30 80m6 170 
256 T 158,8 254 254 108 13,5 41,3 101,6 504 Z 317,5 508 406,4 215,9 31,8 92,1 269,9 
180 M 180 279 241 121 16 48k6 117,5 315 M 315 508 457 216 30 80m6 170 
284 T 177,8 279,6 241,2 121 13,5 47,6 117,5 505 Z 317,5 508 457,2 215,9 31,8 92,1 269,9 
180 L 180 279 279 121 15 48k6 110 335 M 355 610 560 254 30 100m6 210 
286 T 177,8 279,6 279,6 121 13,5 47,6 117,5 586 368,3 584,2 558,8 254 30 96,4 295,3 
200 M - - - - - - - 355 L 355 610 630 254 30 100m6 210 
324 T 203,2 317,6 266,8 133 16,7 54 133,4 587 368,3 584,2 635 254 30 96,4 295,3 
 
 Além das dimensões, uma importante característica dos motores é seu índice de 
proteção, dado pelas letras IP seguindas de dois algarismos. O primeiro indica a 
proteção contra a penetração de corpos sólidos estranhos e contato acidental; o segundo 
refere-se à proteção contra a penetração de água. O significado dos algarismos é dado 
na Tabela 7.2. 
 
Tabela 7.2 – Índice de proteção dos motores 
1o Algarismo 2o Algarismo 
0 Sem proteção 0 Sem proteção 
1 Corpos estranhos de dimensões maiores que 50 mm 
(toque acidental com a mão) 
1 Pingos de água na vertical 
2 Corpos estranhos de dimensões maiores que 12 mm 
(toque com os dedos) 
2 Pingos de água até a inclinação de 
15o com a vertical 
4 Corpos estranhos de dimensões maiores que 1 mm 
(ferramentas) 
3 Pingos de água até a inclinação de 
60o com a vertical 
5 Proteção contra acúmulo de poeira prejudicial ao motor 
(proteção completa contra toques) 
4 Respingos em todas as direções 
5 Jatos de água em todas as direções 
6 Água em vagalhões 
7 Imersão temporária 
8 Imersão permanente 
 
 Obviamente, não se podem encontrar motores com quaiquer combinações desses 
dois algarismos. Os índices de proteção mais comuns são: 12, 22, 23, 44, 54 e 55; os 
três primeiros são considerados motores abertos e os demais são motores fechados. 
 Uma última característica construtiva dos motores é sua classe de isolamento, 
que diz respeito à máxima temperatura de trabalho de seus enrolamentos. As classes são 
A (105
o
C), E (120
o
C), B (130
o
C), F (155
o
C) e H (180
o
C). A ultrapassagem desses 
valores produz a degradação do isolamento dos enrolamentos, reduzindo a vida útil do 
ELETROTÉCNICA – Vol. 1 Eurico G. de Castro Neves e Rubi Münchow 
70 
 
motor e podendo provocar curtos-circuitos, caso em que a máquina precisará ser 
rebobinada. 
 
 
 
7.4 MOTORES TRIFÁSICOS. CARACTERÍSTICAS NOMINAIS 
 Quando comparados com os motores monofásicos de mesma potência e 
velocidade, os trifásicos só apresentam vantagens: 
 são menos volumosos e têm menor peso (em média 4 vezes); 
 têm preço menor; 
 podem ser encontrados em uma ampla faixa de potência (tipicamente de 1/8 a 
500 cv); 
 não necessitam de dispositivo de partida, o que diminui seu custo e a 
necessidade de manutenção; 
 apresentam rendimento maior e fator de potência mais elevado, o que se reflete 
em menor consumo (em média 20% menos) 
O único ponto desfavorável é que os motores trifásicos necessitam de rede trifásica para 
a alimentação, o que nem sempre está disponível nas instalações. 
 
 As principais características dos motores de indução são indicadas na placa de 
identificação, semelhante à mostrada na Figura 7.10. As principais informações obtidas 
nesta placa são apresentadas a seguir. 
 
 
Figura 7.10 – Placa de identificação de um 
motor de indução (WEG Motores S.A.) 
 
 
7.4.1 Potência Nominal 
 Um motor elétrico recebe potência da rede elétrica (potência de entrada, Pe) e a 
transforma em potência mecânica (potência na saída, Ps) para o acionamento de uma 
carga acoplada ao eixo (Figura 7.11). A diferença entre as perdas na entrada e na saída 
constitui-se na perda do motor, e pode ser relacionada por seu rendimento (), dado por 
ELETROTÉCNICA – Vol. 1 Eurico G. de Castro Neves e Rubi Münchow 
71 
 
e
s
P
P

 (7.5) 
 
 
Figura 7.11 – Fluxo da potência em um motor 
 
A potência nominal de um motor é a máxima potência que a máquina é capaz de 
disponibilizar continuamente em seu eixo quando alimentada com tensão e freqüência 
nominais. É a potência na saída do motor e, sendo do tipo mecânico, é normalmente 
expressa em cv ou hp. Os motores de indução abrangem uma ampla faixa de potência, 
tipicamente de 1/8 até 500 cv; a Tabela 7.3 mostra a potência nominal (em cv e kW) de 
uma linha de motores com 2 pólos. 
 
Tabela 7.3 – Características de motores de indução trifásicos, 2 pólos, com alimentação de 220 
V, 60 Hz (WEG Motores SA) 
 
CONVENÇÕES 
P = potência nominal Cn = conjugado nominal cos  = fator de potência 
n = velocidade nominal Cp = conjugado de partida FS = fator de serviço 
In =corrente nominal Cmax = conjugado máximo J = momento de inércia (GD
2) 
Ip = corrente de partida  = rendimento tp = tempo com rotor bloqueado a quente 
 
P 
Carcaça 
ABNT 
rpm 
In* 
(A) 
 
Ip/In 
Cn 
(kgf/m) 
 
Cp/Cn 
 
Cmax/Cn 
 cos  
FS 
J 
(kgm2) 
tp 
(s) 
Peso 
(kg) (cv) (kW) 
% Pn % Pn 
50 75 100 50 75 100 
0,16 0,12 63 3450 0,8 5,7 0,03 3,8 4,1 43 49 53 0,58 0,67 0,76 1,35 0,0003 9,0 6,0 
0,25 0,18 63 3450 1,1 5,9 0,05 3,9 4,1 48 55 58 0,60 0,69 0,75 1,35 0,0003 8,0 6,5 
0,33 0,25 63 3430 1,3 5,0 0,07 2,9 3,1 53 60 65 0,71 0,74 0,75 1,35 0,0004 8,0 6,5 
0,5 0,37 63 3410 1,8 5,2 0,10 2,8 2,9 60 65 67 0,76 0,79 0,80 1,25 0,0004 8,5 6,5 
0,75 0,55 71 3400 2,6 5,4 0,15 3,2 3,0 60 67 71 0,66 0,76 0,78 1,25 0,0005 7,5 7,5 
1,0 0,75 71 3420 3,2 6,8 0,20 2,6 2,8 57 65 68 0,72 0,82 0,88 1,25 0,0006 6,0 9,9 
1,5 1,1 80 3480 4,8 7,8 0,30 3,5 3,3 63 70 72 0,68 0,78 0,84 1,15 0,0016 6,0 15 
2,0 1,5 80 3400 6,0 6,2 0,40 2,9 3,1 72 76 77 0,76 0,81 0,83 1,15 0,0016 6,0 16 
3,0 2,2 90S 3460 9,0 7,0 0,60 3,3 3,1 72 76 78 0,75 0,80 0,82 1,15 0,0023 6,0 20 
4,0 3 90L 3490 12,0 8,1 0,80 3,7 3,2 72 77 79 0,70 0,77 0,81 1,15 0,0026 6,0 23 
5,0 3,7 100L 3500 14,0 9,0 1,00 2,7 3,4 65 71 75 0,76 0,85 0,91 1,15 0,0064 6,5 32 
6,0 4,5 112M 3510 16,0 8,6 1,20 2,5 3,5 75 81 83 0,78 0,84 0,87 1,15 0,0088 6,0 41 
7,5 5,5 112M 3490 20,0 7,8 1,50 2,6 3,4 74 80 81 0,78 0,85 0,89 1,15 0,0104 6,5 45 
10 7,5 132S 3480 27,0 7,2 2,00 2,0 3,2 73 76 77 0,86 0,90 0,93 1,15 0,0179 6,0 59 
12,5 9,2 132M 3510 33,0 8,4 2,50 2,4 2,7 74 78 79 0,84 0,89 0,93 1,15 0,0210 6,0 67 
15 11 132M 3500 38,0 8,7 3,00 2,6 3,7 78 81 82 0,88 0,91 0,93 1,15 0,0229 6,0 73 
20 15 160M 3520 52,0 8,8 4,00 2,5 3,5 74 80 81 0,85 0,89 0,92 1,15 0,0530 6,0 114 
25 18,5 160M 3510 62,0 8,2 5,00 2,6 3,4 80 82 83 0,89 0,91 0,93 1,15 0,0620 6,0 123 
30 22 160L 3490 74,0 7,9 6,00 2,5 3,4 76 82 83 0,87 0,91 0,94 1,15 0,0680 6,5 134 
40 30 200M 3560 100 7,2 8,0 3,3 2,6 76 82 84 0,87 0,90 0,92 1,15 0,3200 11,0 232 
50 37 200L 3570 125 8,0 10,0 3,4 3,0 77 83 85 0,87 0,90 0,91 1,00 0,3330 8,5 249 
60 45 225S/M 3565 150 7,0 12,0 2,0 2,5 85 87 88 0,82 0,87 0,89 1,00 0,4000 12,0 347 
75 55 225S/M 3560 180 8,0 15,0 2,8 3,0 80 88 90 0,87 0,89 0,89 1,00 0,4800 10,0 385 
100 75 250S/M 3575 235 7,5 20,0 2,5 2,7 84 86 90 0,88 0,90 0,91 1,00 0,6100 7,0 475 
125 90 280S/M 3575 300 7,6 25,0 1,3 2,8 82 86 88 0,89 0,90 0,91 1,00 1,2200 8,0 645 
150 110 280S/M 3575 360 7,3 30,0 1,5 2,7 83 87 88 0,90 0,91 0,91 1,00 1,2700 25,0 676 
175 132 315S/M 3565 420 7,5 35,0 1,9 2,6 81 86 88 0,90 0,91 0,91 1,00 1,4900 16,0 780 
200 150 315S/M 3570 480 6,6 40,0 1,5 2,1 82 87 89 0,90 0,91 0,91 1,00 1,4900 27,0 807 
250 185 315S/M 3570 580 7,0 50,0 1,5 2,4 88 90 91 0,89 0,91 0,91 1,00 2,0000 25,0 1076 
300 220 355M/L 3565 730 6,0 60,0 1,1 2,0 82 86 89 0,88 0,89 0,89 1,00 3,1400 35,0 1126 
350 260 355M/L 3570 800 6,6 70,0 1,2 2,1 90 91 92 0,89 0,90 0,91 1,00 3,6200 34,0 1300 
400 300 355M/L 3570 930 6,6 80,0 1,3 2,4 90 91 92 0,89 0,90 0,91 1,00 3,9800 35,0 1380 
450 330 355M/L 3570 1040 6,8 90,0 1,4 2,5 91 92 92 0,90 0,91 0,91 1,00 4,5900 30,0 1510 
* Para obter a corrente em 380V multiplicar por 0,577. Em 440 multiplicar por 0,5. 
 
ELETROTÉCNICA – Vol. 1 Eurico G. de Castro Neves e Rubi Münchow 
72 
 
 É importante lembrar que nem sempre um motor estará operando com potência 
nominal. O percentual de plena carga () expressa o quanto dessa potência nominal está 
sendo utilizada pelo motor, isto é 
n
u
P
P

 (7.6) 
onde Pu = potência que está sendo usada (cv, hp ou W) 
 Pn = potência nominal do motor (cv, hp ou W). 
 O conhecimento de  é importante porque tanto o rendimento () como o fator 
de potência (cos) variam com esta grandeza: os fabricantes de motores costumam 
forner estes valores para 3 situações de percentual de plena carga (50%, 75% e 100%), 
como se pode ver na Tabela 7.3. Observa-se ali que os maiores valores de  e de cos 
ocorrem quando a máquina está operando a plena carga. 
 Chama-se fator de serviço (FS) ao valor que, multiplicado pela potência 
nominal, indica a carga permissível que pode ser aplicada continuamente ao motor, sob 
condições especificadas
3
. Este valor está na faixa de 1,0 a 1,35 e, de maneira geral, 
pode-se dizer que motores menores têm maior FS (V. Tabela 7.3) 
 
7.4.2 Freqüência Nominal 
 Os motores são projetados para trabalhar com uma determinada freqüência, 
referente à rede de alimentação, admitida uma variação máxima de 5% (NBR 
7094/96). 
 No Brasil, a freqüência padronizada é 60Hz; entretanto, existem muitos 
equipamentos importados de países onde a freqüência é 50Hz. A Tabela 7.4 mostra as 
alterações que acontecem a motores de indução bobinados para 50Hz quando ligados 
em rede de 60Hz. 
 
Tabela 7.4 – Alterações das características de motores de indução enrolados para 50Hz 
quando ligados em rede de 60Hz. 
Motor 
enrolado 
para 
50Hz 
Ligação 
em 60Hz 
Rotação 
nominal 
Potência 
nominal 
Conjugado 
nominal 
Corrente 
nominal 
Conjugado 
de partida 
Conjugado 
máximo 
Corrente 
de 
partida 
U (V) U (V) 
220 220 1,20 1,00 0,83 1,00 0,83 0,83 0,83 
380 380 1,20 1,00 0,83 1,00 0,83 0,83 0,83 
380 440 1,20 1,15 0,96 1,00 0,96 0,96 0,96 
440 440 1,20 1,00 0,83 1,00 0,83 0,83 0,83 
500 500 1,20 1,00 0,83 1,00 0,83 0,83 0,83 
500 550 1,20 1,10 0,91 1,00 0,91 0,91 0,91 
660 660 1,20 1,00 0,83 1,00 0,83 0,83 0,83 
 
7.4.3 Velocidade Nominal 
 É aquela desenvolvida pelo motor quando utilizando sua potência nominal, 
alimentado por tensão e freqüência nominais. Não deve ser confundida com a 
velocidade síncrona (ns) , dada pela Equação 7.3 
 Já se viu que a velocidade de um motor sempre será menor que a síncrona; a 
diferença entre a velocidade nominal e a síncrona é dada pelo escorregamento nominal, 
 
3
 Todo o motor é capaz de fornecer potência superior à nominal a fim de atender a picos de exigências das 
cargas, porém só é capaz de fazê-lo por breves instantes sem correr o risco de danos. 
ELETROTÉCNICA – Vol. 1 Eurico G. de Castro Neves e Rubi Münchow 
73 
 
conforme Equação 7.4. Para a maioria dos tipos de motores de indução, este 
escorregamento está na faixa de 3-5%. 
 
7.4.4 Tensão Nominal. Ligação de Motores Trifásicos 
É a tensão ou grupo de tensões
4
 de alimentação do motor, admitindo-se uma 
variação máxima de 10%. 
Os motores trifásicos sempre são ligados à tensão de linha da rede elétrica. Os 
valores de alimentação mais comuns são 220, 380, 440 e 660. 
 Esses motores podem ser constituídos por 1 ou 2 grupos de enrolamentos 
trifásicos. No primeiro caso, como são 3 enrolamentos, cada qual com um início e um 
fim, haverá 6 terminais disponíveis (motor de 6 pontas); no outro caso, um dos grupos 
pode ou não estar conectado internamente, configurando motores de 9 ou 12 pontas. A 
identificação dos terminais não é padronizada: alguns fabricantes usam números, 
enquanto outros usam letras. Neste trabalho, a menos que expresso em contrário, usar-
se-á a identificação de terminais mostrada na Figura 7.12. 
 
 
 
Figura 7.12 – Identificação de terminais de motores trifásicos: (a) de 6 pontas; (b) de 9 
pontas, ligação em Y; (c) de 12 pontas. 
 
a) Motor de 6 pontas 
São fabricados para operar com 2 tensões relacionadas por 
3
, 
usualmente 220-380 V ou 380-660 V. Na tensão mais baixa serão ligados em 
triângulo e na mais alta em estrela (Figura 7.13). 
 
 
Figura 7.13 – Motor de 6 pontas, tensão nominal 220/380V: (a) conexão a rede 
220/127 V (b) conexão a rede de 380/220 V.4
 Quase todos os motores, sejam mono ou trifásicos, são fabricados para operação em mais de uma 
tensão. 
ELETROTÉCNICA – Vol. 1 Eurico G. de Castro Neves e Rubi Münchow 
74 
 
b) Motor de 9 pontas 
Podem ser ligados em tensões relacionadas por 2, como 220-440 V ou 
230-460 V. Na tensão mais baixa os enrolamentos são ligados em paralelo (em 
Y ou , dependendo do tipo do motor) e na tensão mais alta são conectados em 
série, como se mostra na Figura 7.14 
 
 
Figura 7.14 – Motor de 9 pontas, tensão nominal 220-440V: (a) conexão à tensão mais 
baixa, ligação Y paralelo; (b) conexão à tensão mais alta, ligação Y série. 
 
c) Motor de 12 pontas 
Havendo 12 terminais disponíveis, é possível a ligação em 4 tensões 
diferentes, usualmente 220-380-440-760 V. A configuração dos enrolamentos é, 
respectivamente, Δ paralelo, Y paralelo, Δ série e Y série, como mostra a Figura 
7.15. 
 
Figura 7.15 - Motor de 12 pontas, tensão nominal 220-380-440-760V: (a) conexão a 
rede de 220/127V, ligação Δ paralelo; (b) conexão a rede de 380/220V, ligação Y 
paralelo; (c) conexão a rede de 440/254V, ligação Δ série; (d) conexão à tensão mais 
alta, ligação Δ série . 
ELETROTÉCNICA – Vol. 1 Eurico G. de Castro Neves e Rubi Münchow 
75 
 
 Para inverter o sentido de rotação de um motor trifásico, basta que se troquem 
duas fases da alimentação. 
 
7.4.5 Corrente Nominal 
 É a corrente solicitada pelo motor quando operando a plena carga, alimentado 
com tensão e freqüência nominais. Considerando as Equações 7.5 (fazendo Ps = Pn) e 
5.24, a corrente nominal de motores trifásicos é dada por: 



cosU3
736P
I
n
n
n
 (7.8) 
onde Pn = potência nominal (cv) 
  = rendimento do motor a plena carga ( = 100%) 
 Un = tensão nominal (V) 
 cos = fator de potência do motor a plena carga ( = 100%). 
 
 Na Tabela 7.5 é dada a corrente nominal de motores trifásicos alimentados com 
a tensão de 220V; para alimentação com 380, divide-se o valor encontrado por 
3
e em 
440V divide-se este valor por 2. 
 
7.4.6 Corrente de Partida 
 Na partida dos motores de indução é solicitada uma corrente muitas vezes maior 
que a nominal. À medida que o motor acelerada, a corrente vai diminuindo até atingir 
valor próximo ao de regime. 
 A corrente de partida é relacionada à corrente nominal (In) através dos valores de 
Ip/In dados na Tabela 7.3. Em certos motores, a corrente de partida é dada por uma letra 
código (COD), estabelecida pela relação 
 
P1000
IU3
 
)cv (alminno Potência
)kVA (partida na aparente Potência
COD
n
pL


 (7.9) 
dada em kVA/cv. Os valores das letras código são dados na Tabela 7.5. 
 
Tabela 7.5 – Código de partida de motores de indução 
COD kVA/cv COD kVA/cv COD kVA/cv 
A 0,00-3,14 H 6,30-7,09 R 14,00-15,99 
B 3,15-3,54 J 7,10-7,99 S 16,00-17,99 
C 3,55-3,99 K 8,00-8,99 T 18,00-19,99 
D 4,00-4,49 L 9,00-9,99 U 20,00-22,39 
E 4,50-4,99 M 10,00-11,09 V 22,40 ou mais 
F 5,00-5,59 N 11,10-12,49 
G 5,60-6,29 P 12,50-13,99 
 
 Alguns problemas decorrentes desta elevada corrente de partida são: 
• queda de tensão na rede de alimentação; 
• aumento da bitola dos condutores de alimentação e 
• necessidade de transformadores de maior potência. 
As concessionárias de energia elétrica limitam a potência nominal de motores 
para os quais pode ser dada a partida direta: no caso da CEEE (RS), é exigido algum 
dispositivo que reduza a corrente de partida de motores com potência superior a 5cv 
(alimentação em 220V) e 7,5cv (alimentação em 380V). 
ELETROTÉCNICA – Vol. 1 Eurico G. de Castro Neves e Rubi Münchow 
76 
 
 Os principais dispositivos de redução da corrente de partida são: 
• chave estrela-triângulo, para motores de 6 ou 12 pontas; 
• chave série-paralelo, para motores de 9 ou 12 pontas; 
• chave compensadora, para qualquer tipo de motor; 
• soft-starter, que igualmente pode ser utilizada em qualquer motor; 
• inserção de resistências ou reatâncias de partida. 
 
 
7.5 MOTORES MONOFÁSICOS. CARACTERÍSTICAS NOMINAIS 
 Precisam de um dispositivo que os auxilie na partida, já que uma só fase não 
possibilita a formação do campo girante discutido na Seção 4.2; geralmente este 
dispositivo é desconectado do motor após sua aceleração, através de uma chave 
centrífuga. 
É o dispositivo auxiliar que determina o tipo de motor, bem como muitas de suas 
características. Os principais tipos são: 
a) motor com capacitor de partida; 
b) motor com capacitor permanente; 
c) motor com 2 capacitores; 
d) motor de fase dividida (split phase); 
e) motor de pólos sombreados. 
Com a finalidade de permitir a ligação do motor em 2 tensões, o enrolamento 
principal é dividido em duas partes. A Figura 7.16 mostra os enrolamentos (principal e 
auxiliar) do motor de indução monofásico com capacitor de partida e a numeração dos 
terminais que será usada neste curso. 
 
 
(a) (b) 
Figura 7.16 – Motor de indução monofásico com capacitor de partida: (a) vista geral; 
(b) a numeração dos terminais (WEG Motores SA). 
 
7.5.1 Potência Nominal 
Os motores de indução monofásicos são encontrados numa faixa típica de 1/8 – 
10 cv, embora as indústrias de máqunas elétricas listem em catálogos potências bem 
superiores. A Tabela mostra parte do catálogo de motores monofásicos com capacitor 
de partida, os mais comuns entre os motores de indução monofásicos, de um fabricante 
nacional. 
Os aspectos relativos à potência dos motores monofásicos são os mesmos 
abordados nos motores trifásicos (Seção 7.4.1). 
 
ELETROTÉCNICA – Vol. 1 Eurico G. de Castro Neves e Rubi Münchow 
77 
 
Tabela 7.6 – Características típicas de motores de indução monofásicos, 2 pólos, 60Hz, 
alimentado em 220V (WEG Motores S. A., catálogo parcial) 
CONVENÇÕES 
P = potência nominal Cn = conjugado nominal cos  = fator de potência 
n = velocidade nominal Cp = conjugado de partida FS = fator de serviço 
In = corrente nominal Cmax = conjugado máximo J = momento de inércia (GD
2) 
Ip = corrente de partida  = rendimento tp = tempo com rotor bloqueado a quente 
 
P Carcaça 
ABNT 
rpm 
In* 
(A) 
 
Ip/In 
Cn 
(kgf/m) 
 
Cp/Cn 
 
Cmax/Cn 
 cos  
FS 
J 
(kgm2) 
tp (s) 
Peso 
(kg) 
% Pn % Pn 
(cv) (kW) 50 75 100 50 75 100 
2 pólos - 220 V/60Hz 
0,16 0,12 63 3450 0,8 5,7 0,03 3,8 4,1 43 49 53 0,58 0,67 0,76 1,35 0,0003 9,0 6,0 
0,25 0,18 63 3450 1,1 5,9 0,05 3,9 4,1 48 55 58 0,60 0,69 0,75 1,35 0,0003 8,0 6,5 
0,33 0,25 63 3430 1,3 5,0 0,07 2,9 3,1 53 60 65 0,71 0,74 0,75 1,35 0,0004 8,0 6,5 
0,5 0,37 63 3410 1,8 5,2 0,10 2,8 2,9 60 65 67 0,76 0,79 0,80 1,25 0,0004 8,5 6,5 
0,75 0,55 71 3400 2,6 5,4 0,15 3,2 3,0 60 67 71 0,66 0,76 0,78 1,25 0,0005 7,5 7,5 
1,0 0,75 71 3420 3,2 6,8 0,20 2,6 2,8 57 65 68 0,72 0,82 0,88 1,25 0,0006 6,0 9,9 
1,5 1,1 80 3480 4,8 7,8 0,30 3,5 3,3 63 70 72 0,68 0,78 0,84 1,15 0,0016 6,0 15 
2,0 1,5 80 3400 6,0 6,2 0,40 2,9 3,1 72 76 77 0,76 0,81 0,83 1,15 0,0016 6,0 16 
3,0 2,2 90S 3460 9,0 7,0 0,60 3,3 3,1 72 76 78 0,75 0,80 0,82 1,15 0,0023 6,0 20 
4,0 3 90L 3490 12,0 8,1 0,80 3,7 3,2 72 77 79 0,70 0,77 0,81 1,15 0,0026 6,0 23 
5,0 3,7 100L 3500 14,0 9,0 1,00 2,7 3,4 65 71 75 0,76 0,85 0,91 1,15 0,0064 6,5 32 
6,0 4,5 112M 3510 16,0 8,6 1,20 2,5 3,5 75 81 83 0,78 0,84 0,87 1,15 0,0088 6,0 41 
7,5 5,5 112M 3490 20,0 7,8 1,50 2,6 3,4 74 80 81 0,78 0,85 0,89 1,15 0,0104 6,5 45 
10 7,5 132S 3480 27,0 7,2 2,00 2,0 3,2 73 76 77 0,86 0,90 0,93 1,15 0,0179 6,0 59 
12,5 9,2 132M 3510 33,0 8,4 2,50 2,4 2,7 74 78 79 0,84 0,89 0,93 1,15 0,0210 6,0 67 
15 11 132M 3500 38,0 8,7 3,00 2,6 3,7 78 81 82 0,88 0,91 0,93 1,15 0,0229 6,0 73 
20 15 160M 3520 52,0 8,8 4,00 2,53,5 74 80 81 0,85 0,89 0,92 1,15 0,0530 6,0 114 
* Para obter a corrente em 380V multiplicar por 0,577. Em 440 multiplicar por 0,5. 
 
 
7.5.2 Freqüência e Velocidade Nominais 
 Conceitos idênticos aos de motores trifásicos (Seções 7.4.2 e 7.4.3). 
 
 
7.5.3 Tensão Nominal. Ligação de Motores Monofásicos 
 Os motores monofásicos devem ser ligados à tensão de fase da rede elétrica (ou, 
excepcionalmente, entre duas fases), sendo mais comuns os valores de 110 (127) e 220 
V. 
 Para tanto, o enrolamento principal é dividido em duas partes de forma que, 
contando com o enrolamento auxiliar de partida, existem 6 terminais disponíveis. 
Conforme mostra a Figura 7.17, para a tensão mais baixa, os enrolamentos são ligados 
em paralelo e para a mais alta o enrolamento auxiliar é ligado em paralelo com uma das 
partes do enrolamento principal e o conjunto é ligado em série com a parte restante. 
 
 
(a) (b) 
Figura 7.17 – Ligação de um motor de indução monofásico com capacitor de partida 
em duas tensões diferentes: (a) 127V; (b) 220V. 
 
 
ELETROTÉCNICA – Vol. 1 Eurico G. de Castro Neves e Rubi Münchow 
78 
 
7.5.4 Corrente Nominal e Corrente de Partida 
 Para o cálculo da corrente nominal de motores monofásicos, leva-se em 
consideração as Equações 5.12 e 7.5 (fazendo Ps = Pnom), de onde se obtém 



cosU
736P
I
n
n
n
 (7.10) 
 Com relação à corrente de partida Ip, esta pode ser calculada a partir da relação 
Ip/In (V. Tabela 7.6). Considerando que a maioria dos motores monofásicos é de baixa 
potência, a corrente de partida usualmente não traz maiores problemas; se necessário, 
podem-se usar dispositivos de redução semelhantes aos examinados para motores 
trifásicos.

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