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CENTRO FEDERAL DE 
EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA 
DE MINAS GERAIS 
 
 
CCuurrssoo PPrróó--TTééccnniiccoo 
 
 
 
 
Disciplina: 
 
Geografia 
 
TTeexxttoo EExxppeerriimmeennttaall –– 11aa EEddiiççããoo 
 
 
 
Professor Manoel Antônio Cardoso 
 
 
 
 
 
 
Varginha – Minas Gerais 
Dezembro de 2006 
 
 
 
 
 Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - Campus VIII - Varginha 
Curso Pró-Técnico. Disciplina: Geografia - Professor: Manoel Antônio Cardoso. ii 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Geografia 
 
 
 
Detalhe com Rosa dos ventos 
Crédito: Reprodução de imagem do livro Cartografia da Conquista do Território das Minas. 
Antônio Gilberto Costa (org). Belo Horizonte: Editora UFMG; Lisboa: Kapa Editorial, 2004. 
Fonte: http://www.universiabrasil.net/images/materias/livro_minas/ft_minas006.htm 
 
 
 
 
 
 Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - Campus VIII - Varginha 
Curso Pró-Técnico. Disciplina: Geografia - Professor: Manoel Antônio Cardoso. iii 
Sumário 
 
 
1 - NOÇÕES DE CARTOGRAFIA ..........................................................................................................1 
1.1 – Orientação .................................................................................................................................1 
A Rosa-dos-Ventos.............................................................................................................................1 
1.2 – Outros Meios de Orientação......................................................................................................3 
2 - COORDENADAS GEOGRÁFICAS ...................................................................................................4 
2.1 – Introdução ..................................................................................................................................4 
2.2 – O Brasil e as Coordenadas Geográficas ...................................................................................6 
3 – FUSOS HORÁRIOS..........................................................................................................................7 
3.1 – Fusos Horários do Brasil .........................................................................................................10 
4 – As Estações do Ano........................................................................................................................12 
4.1 – Translação ...............................................................................................................................12 
5 – Representação Cartográfica ..........................................................................................................14 
5.1 – Introdução ................................................................................................................................14 
5.2 – O Estudo das Projeções Cartográficas ...................................................................................14 
5.3 – Tipos de Projeções Cartográficas............................................................................................15 
5.4 - Classificação das Projeções Cartográficas ..............................................................................18 
5.5 - A representação dos Aspectos Físicos e Humanos nos Mapas..............................................19 
5.6 - Símbolos Convencionais ..........................................................................................................19 
6 – Escala..............................................................................................................................................20 
6.1 – Escala Numérica......................................................................................................................21 
6.2 Escala Gráfica.............................................................................................................................21 
6.3 - Reprodução de Escala Numérica.............................................................................................22 
Veja este exemplo: .......................................................................................................................22 
6.4 - Relação Entre os Diferentes Tipos de Escala..........................................................................22 
6.5 - Cálculo de Escala .....................................................................................................................23 
7 - DOCUMENTAÇÃO CARTOGRÁFICA ............................................................................................23 
7.1 - Fotografia Aérea.......................................................................................................................23 
7.2 - Sensoriamento Remoto............................................................................................................24 
7.3 - As Estações Receptoras Terrestres.........................................................................................25 
Exercícios – Questões de Vestibulares ............................................................................................26 
8. A NOVA ORDEM MUNDIAL .............................................................................................................30 
8.1 - A Guerra Fria ............................................................................................................................30 
8.2 - O MUNDO BIPOLAR................................................................................................................30 
8.3 – Um Mundo Multipolar – O Estabelecimento de uma Nova Ordem .........................................33 
8.4 - A NOVA ORDEM MUNDIAL ....................................................................................................35 
8.5 - O Neoliberalismo ......................................................................................................................36 
8.6 - O Mundo Globalizado...............................................................................................................38 
 
 Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - Campus VIII - Varginha 
Curso Pró-Técnico. Disciplina: Geografia - Professor: Manoel Antônio Cardoso. iv 
Questões Comentadas .....................................................................................................................41 
9. BLOCOS ECONÔMICOS .................................................................................................................45 
9.1 - Origem ......................................................................................................................................45 
9.2 - Conceitos..................................................................................................................................45 
9.3 – Destrinchando os Principais Blocos Mundiais.........................................................................48 
9.3.1 – MERCOSUL .....................................................................................................................48 
9.3.2 - Acordo de Livre-Comércio da América do Norte – NAFTA ..............................................51 
9.3.3 – ALCA, Área de Livre Comércio das Américas .................................................................53 
9.3.4 - UE - União Européia .........................................................................................................54 
9.3.5 - APEC - Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico....................................................55 
9.3.6 - ASEAN - Associação das Nações do Sudeste Asiático ...................................................559.3.7 - CAN - Comunidade Andina ou Pacto Andino ...................................................................55 
9.3.8 - CARICOM - Mercado Comum da Comunidade do Caribe ...............................................56 
9.3.9 - SADC - Comunidade da África Austral .............................................................................56 
9.3.10 - CEI - Comunidade dos Estados Independentes.............................................................56 
9.3.11 - UA - União Africana.........................................................................................................57 
9.3.12 - Outros Blocos Económicos menores ..............................................................................57 
9.4 – EXERCICIOS...........................................................................................................................57 
Referências Bibliográficas ................................................................................................................63 
 
 
 
 
 Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - Campus VIII - Varginha 
Curso Pró-Técnico. Disciplina: Geografia - Professor: Manoel Antônio Cardoso. 1 
 
1 - NOÇÕES DE CARTOGRAFIA 
 
1.1 – Orientação 
 
 O conceito mais apropriado de orientação é direção, rumo, cada uma das orientações 
que são marcadas pela Rosa-dos-Ventos. 
 O homem, para se deslocar sobre a superfície da terra, tomou por base o nascer e o pôr 
do sol, criando os pontos de orientação. 
 
 O conceito de orientação está 
associado à determinação da posição do 
elemento no espaço geográfico e sua 
relação com os pontos cardeais, colaterais e 
subcolaterais. Veja o desenho da Rosa-dos-
Ventos, também chamada de Rosa-dos-
Rumos. 
 
A Rosa-dos-Ventos 
 
A rosa-dos-ventos – Figura 1 - é a 
representação gráfica dos principais pontos 
de orientação. É assim chamada por indicar 
as diversas direções que o vento pode 
tomar. 
 
Figura 1 (BORBA; VIEGAS, 2001). 
 
 
 
CARDEAIS COLATERAIS 
NORTE = N NOROESTE = NW 
SUL = S NORDESTE = NE 
LESTE = E SUDOESTE = SW 
OESTE = W SUDESTE = SE 
SUBCOLATERAIS 
Nor-nordeste = NNE Es-nordeste = ENE 
Nor-noroeste = NNW Es-sudeste = ESE 
Su-sudeste = SSE Oes-sudoeste = WSW 
Su-sudoeste = SSW Oes-noroeste = WNW 
 
 
 
 Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - Campus VIII - Varginha 
Curso Pró-Técnico. Disciplina: Geografia - Professor: Manoel Antônio Cardoso. 2 
 
Outros nomes dos pontos cardeais 
 
NORTE: Setentrional e boreal 
SUL: Meridional e austral 
LESTE: Oriental e nascente 
OESTE: Ocidental e poente 
 
Nota: Cardeal em 
latim significa 
principal. 
 
O estudo da Rosa-dos-Ventos, relacionados dentro do mapa, tem sentido estático. Veja 
agora a localização no espaço vivido pelo homem. 
 
• A localização na vida 
 
Rotação da Terra 
 
sentido oeste para leste 
 
Movimento aparente do Sol 
 
leste para oeste 
 
Veja agora os desenhos (Figura 2): 
 
 
 Rotação da Terra Movimento aparente do Sol 
Figura 2 (BORBA; VIEGAS, 2001). 
 
 Devido à influência que o sol exerce sobre a Terra, o homem passou a observar a sua 
aparente marcha pelo espaço, fixando a atenção na direção em que ele aparecia diariamente no 
horizonte. A partir de suas observações, este ponto conhecido como leste, e o ponto em que ele 
se põe, como oeste. 
 Estendendo a mão direita para o leste e a esquerda para o oeste, encontramos mais dois 
pontos de orientação: o norte, à nossa frente, e o sul, às nossas costas. 
 
 
 Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - Campus VIII - Varginha 
Curso Pró-Técnico. Disciplina: Geografia - Professor: Manoel Antônio Cardoso. 3 
1.2 – Outros Meios de Orientação 
 
 Até o século XIII, utilizava-se a orientação astronômica simples, através da localização e 
posição dos astros, como o Sol, as estrelas, as constelações e a Lua. 
 Não podemos esquecer: 
1º) A Terra tem um eixo inclinado de 23º e 27’. 
2º) As estações do ano significam diferentes posições dos hemisférios. 
 Estes dois fatos dificultam a localização pelas estrelas, astros ou constelações. 
 
Figura 3 (BORBA; VIEGAS, 2001). 
 
A orientação pelas estrelas é distinta nos dois hemisférios – veja a Figura 3. Assim como o 
Sol durante o dia, elas parecem deslocar-se de leste para oeste. No hemisfério norte, apenas a 
ESTRELA POLAR parece estar fixa, pois encontra-se quase diretamente acima do pólo norte. 
Portanto, para se determinar a direção do pólo norte, basta traçar uma linha imaginária 
perpendicular da Estrela Polar à Terra. No hemisfério sul não existe qualquer estrela que indique a 
posição do pólo sul. A orientação do CRUZEIRO DO SUL (Figura 4), devido à sua forma peculiar, 
é utilizada para a orientação e indicação do pólo sul. Para determinar a direção do pólo sul, basta 
prolongar quatro vezes o braço maior da cruz e, então, traçar uma linha imaginária, perpendicular 
à linha do horizonte, até a Terra. 
 
Figura 4 (BORBA; VIEGAS, 2001). 
 
 
 Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - Campus VIII - Varginha 
Curso Pró-Técnico. Disciplina: Geografia - Professor: Manoel Antônio Cardoso. 4 
• A Bússola 
 Do século XIII ao século XV,acontece a invenção e o predomínio da BÚSSOLA, um prático e 
eficiente instrumento de orientação inventado pelos chinenes, que permite traçar o rumo em qualquer 
momento de uma viagem. Constitui-se uma agulha imantada que gira sobre um eixo vertical, em um 
fundo constituído de um mostrador, como a Rosa-dos-Ventos, com 360º de circunferência (BÚSSOLAS 
MODERNAS). A agulha imantada da bússola não aponta o norte geográfico, mas sim o pólo magnético 
da Terra. É necessário, então, fazer uma correção na direção apontada pela bússola, denominada 
declinação magnética, que é o ângulo formado pela distância entre o pólo Norte da Terra e o pólo 
magnético, indicado pela agulha da bússola. 
 
Na Figura 5, veja os pólos magnéticos e os pólos geográficos. 
 
Figura 5 (BORBA; VIEGAS, 2001). 
 
2 - COORDENADAS GEOGRÁFICAS 
 
2.1 – Introdução 
 
 Utilizando os paralelos e os meridianos podemos, por meio da latitude e da longitude, 
determinar a posição exata de um ponto qualquer na Terra. 
 
• Paralelos 
 Paralelos são círculos imaginários que atravessam a Terra, paralelamente ao Equador, nos 
dois hemisférios. Diminuem de tamanho à medida que se afastam do Equador, até se transformarem 
em um ponto nos pólos, a 90º (veja a Figura 6). 
 Entre os paralelos existem dois círculos mais importantes em cada hemisfério, que são: 
• Hemisfério Norte: Trópico de Câncer, a aproximadamente 23º 27’ do Equador; e o Círculo 
Polar Ártico, distante aproximadamente 66º 30’ do Equador. 
 
 Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - Campus VIII - Varginha 
Curso Pró-Técnico. Disciplina: Geografia - Professor: Manoel Antônio Cardoso. 5 
 
Figura 6 (BORBA; VIEGAS, 2001). 
 
 
• Hemisfério Sul: Trópico de Capricórnio e Círculo Polar Antártico, ambos apresentando a 
mesma distância aproximadamente do Equador que os seus correspondentes do hemisfério 
norte. 
 
Latitude 
 
 É a distância em graus de qualquer ponto da superfície terrestre em relação ao Equador 
(Figura 7). Pode ser definida como o ângulo que a vertical desse lugar forma com o plano do Equador. 
 A latitude pode ser norte ou sul e variar de 0ºa 90º. Cada grau divide-se em 60 minutos e cada 
minuto em 60 segundos. 
 
Meridianos 
 Meridianos são semicircunferências imaginárias traçadas na Terra de pólo, possuindo a 
mesma extensão, sendo 180º a leste e 180º a oeste de Greenwich. 
 
Longitude 
 É a distância em graus entre um ponto da superfície terrestre e o Meridiano Inicial, ou de 
Greenwich. 
 A longitude pode ser ocidental ou oriental, variando de 0º a 180º em cada um. 
 Através dos paralelos e dos meridianos determinam-se LATITUDE e LONGITUDE e, 
conseqüentemente, a posição exata de um ponto qualquer da superfície terrestre. A latitude, e a 
longitude constituem as COORDENADAS GEOGRÁFICAS. 
 
 
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Curso Pró-Técnico. Disciplina: Geografia - Professor: Manoel Antônio Cardoso. 6 
 
 
Figura 7 (BORBA; VIEGAS, 2001). 
 
 
 
2.2 – O Brasil e as Coordenadas Geográficas 
 
 
Posição do Brasil no Planisfério – Figura 8a. 
 
 
Figura 8a (BORBA; VIEGAS, 2001). 
 
 
 Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - Campus VIII - Varginha 
Curso Pró-Técnico. Disciplina: Geografia - Professor: Manoel Antônio Cardoso. 7 
 
Figura 8b – Posição do Brasil no Planisfério Político. Fonte: http://www.ufsm.br/antartica/pics/zero1.jpg. 
 
 
Figura 9 (BORBA; VIEGAS, 2001). 
 
Aproximadamente, a localização das coordenadas brasileiras (Figura 9) é entre os paralelos 5º 
N e 33º S entre os meridianos 34º W a 73º W, sendo atravessado pelo Equador, que corta a cidade de 
Macapá e pelo Trópico de Capricórnio, que corta a cidade de São Paulo. 
 
3 – FUSOS HORÁRIOS 
 
 Existem diversas maneiras de se medir o tempo: tempo solar verdadeiro, tempo solar médio, 
tempo civil ou pelos fusos horários. 
 
 Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - Campus VIII - Varginha 
Curso Pró-Técnico. Disciplina: Geografia - Professor: Manoel Antônio Cardoso. 8 
 A velocidade das comunicações acabou impondo a necessidade de unificação da hora em todo 
o mundo. Foram criados, então, os sistemas de fusos horários, propostos em 1884, na Conferência 
de Washington. 
 O conceito de tempo civil (ou hora civil) passou a ser utilizado desde 1º de janeiro de 1925, a 
partir de sua adoção pelos astrônomos. A duração do tempo é de 24 horas, e a contagem é feita de 0 
a 24 horas. 
 A rotação da Terra é feita de oeste para leste, enquanto a direção do movimento aparente do 
Sol é de leste para oeste. Para realizar o movimento de rotação, isto é, para dar uma volta em torno da 
circunferência equatorial, gastam-se 24 horas. Dessa maneira, temos: 
 
360º 24 h 
 360º = circunferência da Terra 
24 horas = duração de um dia 
 15º 
 
 Ao dividirmos a circunferência da Terra por uma rotação, encontraremos 15º. Cada intervalo de 
15º, nos meridianos, será equivalente a 1 hora, sendo chamado de fuso horário. Todos os lugares 
situados no interior do mesmo fuso horário possuem a mesma hora: é a chamada hora legal, 
diferente da hora verdadeira (ou local), determinada pelo movimento aparente do Sol. 
 Para calcular a hora, convencionou-se que o fuso horário inicial, isto é, o fuso a partir do qual a 
hora começaria a ser contada, seria o fuso que passa por Greenwiich. A hora determinada por este 
fuso horário recebeu o nome de hora GMT. 
 O fuso horário de Greenwich é formado pela soma de 7,5 º a leste e 7,5º a oeste de 0º 
(Meridiano Inicial, ou de Greenwich). 
 Para resolver problemas relacionados aos fusos horários, lembre-se de que: 
1 – Quando as duas localizações se encontrarem em hemisférios diferentes (oeste para leste ou vice-
versa), deve-se somar as longitudes e dividir o resultado por 15º. Veja o exemplo: 
 
Localidade X = 30º longitude Leste 
Localidade Y = 105º longitude Oeste 30º 
+ 105º 
 
135º 15º 
 
 135º 9 Horas 
 
 (15º = 1 hora) 
 A diferença entre X e Y será de 9 horas. 
 
2 – Quando as duas localizações se encontrarem num mesmo hemisfério (leste para leste ou oeste 
para oeste), deve-se subtrair as longitudes e dividir o resultado por 15º. Veja o exemplo: 
 
 
Localidade X = 135º E 
Localidade Y = 45º E 135º 
- 45º 
 
90º 15º 
 
 90º 6 Horas 
 
 
 
A diferença entre X e Y será de 6 horas. 
 
 
 Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - Campus VIII - Varginha 
Curso Pró-Técnico. Disciplina: Geografia - Professor: Manoel Antônio Cardoso. 9 
 Sabendo a localização e a hora de uma cidade, você irá somar se o pedido for a leste ou 
subtrair se for a oeste. Vamos aos exemplos: 
• Na cidade X a 120º E, são 5 horas. Qual a hora na cidade 45º W? 
 
 
120º E 165º 15º 24 horas = 1 dia (veja, voltamos 1 dia) 
+ 45º W 11 horas - 11 horas diferença 
165º A diferença entre as cidades é de 11 horas 13 horas 
 
 
 A hora de 120º não era 5. então vamos somar 5 a 13 horas e acharemos 18 horas. Resposta: 
18 horas do dia anterior. 
Vamos conferir: 
 
Figura 10 (BORBA; VIEGAS, 2001). 
 
A partir deste exemplo, faça outros. 
 
Fusos Horários - A Linha Internacional da Data 
 
Para se marcarem as horas, o meridiano de Greenwich é tomado como referência. A hora 
oficial GMT (Greenwich Meridian Time) considerada é a que corresponde às 12 horas (meio-dia). 
Assim, o meridiano correspondente a 180º de longitude representa o tempo de 24 horas, e 
corresponde à linha na qual se faz a mudança de data, de um dia para outro: é a linha internacional 
de mudança de data. 
 A linha internacional da data atravessa o oceano Pacífico, apresentando vários desvios, para 
não passar por nenhum lugar habitado. Passa pelo Estreito de Bering, pelo leste da Península de 
Kamtchatka, entre as ilhas Aleutas e Samoa, e daí prossegue até o pólo sul. Se um viajante cruzar 
essa linha no sentido oeste-leste, deve acrescentar um dia; se cruza-la no sentido leste-oeste, deve 
subtrair um dia. 
 
 Observar que o meridiano de 180º não coincide com a linha internacional, de mudança 
de data, por convenção internacional. 
 
 
 
 Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - Campus VIII - Varginha 
Curso Pró-Técnico. Disciplina: Geografia - Professor: Manoel Antônio Cardoso. 10 
 
 
Figura 11 – Mapa Mundi. Disponível em <http://www.riosummit2004.com.br/web/mapa_mundi.htm>. 
Acesso em: 03 novembro 2006, 14:45:30. 
 
3.1 – Fusos Horários do Brasil 
 
 Considerando as ilhas oceânicas, o Brasil possui quatro fusos horários (ver a Figura 12). 
 Há um limite prático e um teórico dos fusos horários. Os limites práticos foram criados no Brasil 
para padronizar as horas em algumas áreas. O Brasil possui quatro fusos horários e três horas 
diferentes dentro de seu território. Para entender melhor, veja o mapa de fusos brasileiros. 
O 1º fuso horário do Brasil está atrasado duas horas em relação à hora de Greenwch. 
 O 2º fuso horário, atrasado três horas em relação a Greenwich, constitui a hora legal do 
Brasil (hora de Brasília). Nele se encontra a maioria dos estados brasileiros. Observe que parte do 1º 
fuso passou para o 2º, formando limite prático. 
 O 3º fuso horário está atrasado quatro horas em relação a Londres e uma hora em relação a 
Brasília. 
 O 4º fuso horário apresenta atraso de cinco horas em relação a Greenwich e duas horas em 
relação a Brasília. Apenas o Acre e o extremo-oeste do Amazônia encontram-se nesse fuso horário.Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - Campus VIII - Varginha 
Curso Pró-Técnico. Disciplina: Geografia - Professor: Manoel Antônio Cardoso. 11 
 
Figura 12 (BORBA; VIEGAS, 2001). 
 
Horário de Verão 
 
Aproveitando-se da claridade maior dos raios solares, o Brasil adianta seu relógio em uma 
hora. É o chamado horário de verão (um pouco antes do verão oficial, outubro). 
Porém, deve-se lembrar que esse recurso não é utilizado em todo o território, pois quanto mais 
próximo do Equador, maior será a igualdade dos dias durante o ano. 
 
 
Figura 13 – O horário de verão em diversas regiões do Brasil (2004-2005). 
Disponível em <www.geografiaparatodos.com.br/img/infograficos/Horario_verao.jpg>. 
 
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Curso Pró-Técnico. Disciplina: Geografia - Professor: Manoel Antônio Cardoso. 12 
4 – As Estações do Ano 
 
As estações do ano ocorrem devido ao movimento de translação. 
 
4.1 – Translação 
 
É o movimento que a Terra faz em torno do sol, descrevendo uma órbita elíptica. Quatro 
posições destacam-se nesse movimento. Observe, no desenho, que os pontos 2 e 4 representam o 
momento em que a Terra terá a mesma luminosidade nos dois hemisférios: são os EQUINÓCIOS, de 
outono ou primavera. Agora, observe que nas posições 1 e 3 os hemisférios da Terra receberão 
luminosidade diferente: são os SOLSTÍCIOS, de verão ou de inverno. As Figuras 14a e 14b sintetizam 
o que foi dito. 
 
 
 
Nº do 
desenho 
H. N. Estação H. S. 
Nº do 
desenho 
1 21 junho Verão 21 dezembro 3 
2 23 setembro Outono 21 março 4 
3 21 dezembro Inverno 21 junho 1 
4 21 março Primavera 23 setembro 2 
 
 
Figura 14a (BORBA; VIEGAS, 2001). 
 
 
 
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Figura 14b – Fonte: www.geografiaparatodos.com.br/img/Estacoes%20do%20ano.jpg 
 
Solstício: Este hemisfério receberá maiores radiações solares, seus dias serão mais longos e suas 
noites mais curtas. 
Equinócios: Os raios solares atingirão os dois hemisférios com a mesma intensidade, e os dias e as 
noites serão iguais. 
Solstício:Este hemisfério receberá maiores radiações solares, seus dias serão mais longos e suas 
noites mais curtas. 
 
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5 – Representação Cartográfica 
 
5.1 – Introdução 
 
 Existem duas formas de representar graficamente a Terra: o globo e o mapa. 
 O globo terrestre é a melhor forma de se representar a Terra, a quem mais se aproxima da 
realidade, apesar de não ser a mais utilizada. Suas vantagens são: 
1) Sendo esférico, dá uma idéia bastante real; 
2) Mostra todos os continentes, seus oceanos; 
3) Permite a localização correta das principais linhas imaginárias; 
4) Possibilita a simulação dos movimentos da Terra; 
5) Apresenta as distâncias em latitudes e longitudes com exatidão; 
6) As distâncias serão mais exatas, pois não haverá distorções das projeções. 
 O mapa nada mais é do que uma superfície plana na qual a Terra é total ou parcialmente 
representada. É mais utilizado devido à praticidade de manuseio e transporte, além de conter indicações 
mais completas e minuciosas que o globo. 
 A linguagem do mapa é cartográfica, precisa de métodos científicos mais adequados para 
melhor representar a Terra. A cartografia ocupa-se em analisar e desenhar os mapas e as cartas 
topográficas de maneira mais adequada à sua utilização. 
 Os mapas podem ser: 
• Temáticos: destinam-se ao estudo específico de determinados temas, como Geologia, 
Demografia. 
• Especiais: atendem a um público específico, de profissionais que têm no mapa um 
instrumento de trabalho. Geralmente são mapas em grande escala. 
• Gerais: quando atendem a diversos tipos de usuários. Geralmente são mapas em pequena 
escala. 
 
5.2 – O Estudo das Projeções Cartográficas 
 
 A maior dificuldade em cartografia é transferir o que existe numa superfície curva, que é a Terra, 
para uma superfície plana, que é o mapa. Só podemos conseguir essa transferência, essa passagem, de 
maneira imperfeita, infiel, com algumas alterações. O problema das projeções cartográficas exige, 
portanto, uma grande dose de imaginação. 
 
 
Todo mapa é um processo de alteração da superfície terrestre. Esta distorção 
será maior quanto maior for a área cartografada. 
 
 
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5.3 – Tipos de Projeções Cartográficas 
 
• O Desenvolvimento de Uma Esfera 
 Ao tentarmos desenvolver uma esfera (ou parte de uma esfera) sobre um plano, observamos 
que os limites externos de sua superfície são os mais sacrificados, apresentando maiores alterações, 
enquanto que o centro da mesma não apresentará deformações. Portanto, o centro de uma projeção é a 
parte – que pode ser um ponto ou uma linha (um paralelo ou um meridiano) – em verdadeira grandeza, 
sem alterações de escala. 
 Como a esfera não se desenvolve sobre o plano, utilizamos superfícies intermediárias que 
tenham a propriedade de se desenvolver. Temos, então, que procurar figuras semelhantes à esfera, que 
sejam passíveis de desenvolvimento. 
 O cilindro, o cone e o plano constituem esses tipos de figuras. 
 As projeções cartográficas costumam ser reunidas em três tipos básicos: cilíndricas; cônicas e 
plano tangente ou azimutal. 
 
Projeção Cilíndrica 
 Em uma projeção cilíndrica (Figura 15), observam-se as seguintes conseqüências: 
 
Figura 15 - Projeção Cilíndrica (BORBA; VIEGAS, 2001). 
 
• Apenas o Equador tangencia a superfície. 
• As áreas próximas aos pólos e mesmo os pólos não têm possibilidade de serem projetadas na 
superfície cilíndrica. 
• Os demais paralelos projetados não conservam as medidas originais, guardando iguais 
comprimentos em relação ao Equador. 
• O Equador é a única linha projetada que conserva a dimensão original. 
 As linhas traçadas na esfera são transferidas para a superfície cilíndrica de desenvolvimento, 
através de projeções partidas do centro da esfera. 
 A projeção cilíndrica, também conhecida como Projeção de Mercátor, apresenta os paralelos e 
os meridianos cruzando-se em ângulos de 90º e é bastante utilizada na navegação e na confecção de 
mapas-múndi. 
 
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 Os paises localizados nas mais altas latitudes apresentam-se bastante deformados, ao contrário 
daqueles situados ao longo ou próximo da linha do Equador, que apresentam pequenas alterações. 
 
Projeção Cônica 
 
 Na projeção cônica (Figura 16), a esfera projeta-se a partir do Equador, tangenciando de um dos 
paralelos. São observados as seguintes conseqüências: 
• A única linha de verdadeira grandeza é o paralelo de tangência. 
• O pólo é projetado, graças à forma própria do cone. 
• Os meridianos projetados se cruzam no pólo, semelhantemente ao que acontece na esfera. 
• As linhas traçadas na esfera são projetadas para a superfície cônica de desenvolvimento a partir 
de um certo ponto do interior da esfera. 
 
Figura 16 - ProjeçãoCônica (BORBA; VIEGAS, 2001). 
 
 Observe a projeção cônica: os países que apresentam maiores distorções são aqueles 
localizados próximos ao Equador. 
 Este tipo de projeção é ótima para representar mapas regionais, onde aparecem apenas 
pequenas partes da superfície terrestre. 
 
Projeção Plano Ou Azimutal 
 
 Na projeção plano ou azimutal, as linhas traçadas na esfera são projetadas no plano, partidas de 
um certo ponto do interior da esfera, a partir do pólo. São observados as seguintes conseqüências: 
• Os meridianos, irradiando-se do pólo, são projetados em linha reta. 
• À medida que se afastam do ponto de tangência - o pólo – o espaçamento e as dimensões dos 
paralelos e dos meridianos crescem rapidamente. 
• O pólo, ponto em que a esfera é tangente, é projetado no centro do plano. 
• Os paralelos são arcos de círculos concêntricos, como na esfera terrestre. 
 
 
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(a) (b) 
 
Figura 17a - Projeção Plano Ou Azimutal (BORBA; VIEGAS, 2001). 
17b – Idem. Fonte: http://www.professores.uff.br/cristiane/Estudodirigido/Cartografia/Figura%2012.JPG 
 
 A projeção azimutal destina-se a representar as regiões polares e suas proximidades. 
 
Uma Projeção Fora dos Padrões 
 
Projeção de Peters 
 
 
Figura 18 – Projeção de Peters. 
Fonte: http://www.curso-objetivo.br/vestibular/roteiro_estudos/imagens/re_projecoes_2.gif 
 
Na projeção de Peters, países e continentes recuperam suas verdadeiras proporções, 
distorcidas por Mercátor. 
 
 
 
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O Alemão Amo Peters (nascido em 1916) apresenta um mapa que valoriza o Terceiro Mundo. A 
principal qualidade deste planisfério é que cada cm² dentro do formato 113 x 72 cm representa 
exatamente 63.550 Km². Assim, as regiões temperadas do planeta não aparecem maiores do que as 
outras, como ocorre nos mapas tradicionais. Outra boa qualidade é que a linha do Equador está 
eqüidistante dos pólos e todas as regiões terrestres aparecem representadas. 
Esta projeção também facilita uma compreensão mais real da relação entre os tamanhos dos países. 
A projeção de Peters não é uma projeção conforme. É uma projeção cilíndrica da área igual. Isso 
significa que as áreas dos continentes e países aparecem em escala igual, conservando suas 
dimensões relativas. 
Compilado dos livros: 
Tibúrcio, J. Arnaldo e Coimbra, P. Geografia. 
Uma Análise do Espaço Geográfico – 
Harbra e Magnoli, D. e Araújo, R. A 
Nova Geografia – Moderna. 
 
5.4 - Classificação das Projeções Cartográficas 
 
 As projeções cartográficas devem cumprir determinadas condições, objetivando a construção do 
mapa ideal. 
 
1º) Conformidade – manter a verdadeira forma das áreas a serem representadas. 
2º) Equivalência – manter inalteradas as dimensões relativas das áreas cartografadas. 
3º) Eqüidistância – manter a constância das relações entre as distâncias dos pontos representados e 
as distâncias dos seus correspondentes. 
 
As projeções cartográficas podem ser classificadas: 
a) Conformes: não deformamos os ângulos, não deformando pequenas áreas. Os paralelos e os 
meridianos se interceptam em ângulos retos. 
b) Equivalentes: têm a propriedade de não deformar as áreas, conservando, quanto à área, uma 
relação constante com as suas correspondentes na superfície da Terra. Para conseguir a 
equivalência de áreas, a forma será sacrificada, sendo deformada. 
c) Eqüidistantes: não apresentam deformações lineares, isto é, os comprimentos são 
representados em escala uniforme. 
d) Azimutais: resolvem apenas um problema, aquele que nem uma projeção equivalente nem uma 
projeção conforme soluciona; o de cartografar as direções da superfície terrestre. Destinam-se, 
invariavelmente, a mapas especiais construídos para fins náuticos ou aeronáuticos. 
 
 
 
 
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5.5 - A representação dos Aspectos Físicos e Humanos nos Mapas 
 
 A representação dos diversos aspectos físicos e humanos nos mapas pode ser feita por meio de 
vários processos: graduação de cores, linhas, hachuras, sombreamento e sinais gráficos. Para facilitar 
seu manuseio, todo mapa deve conter uma legenda, que explica o significado dos símbolos utilizados. 
As cores utilizadas são determinadas por convenções 
• Altimétricas 
• Hipsométricas 
• Batimétricas 
• Planimétricas 
 
Hipsométricas Batimétricas 
Terras emersas 
Tons de verde – 200m 
Tons de amarelo – 200 a 500m 
Tons de laranja – 500 a 2.000m 
Tons de marrom - + 2.000m 
Branco - + 4.000m 
 
Terras submersas tons de azul. 
A cor azul é usada da cor clara à mais escura, 
indicando profundidade maiores. 
 
 Quando são usadas para representar aspectos localizados na superfície terrestre, cores básicas. 
Exs.: 
Vermelho = correntes marinhas, estradas rodoviárias. 
Azul = aspectos relacionados a água. 
Preto = cidades, vilas, limites, etc. 
Verde = vegetação, cultivos. 
 
5.6 - Símbolos Convencionais 
 
Legendas 
 A linguagem do mapa baseia-se no uso correto dos símbolos. Qualquer símbolo representado 
precisa de quatro itens principais. 
• Apresentar uniformidade. 
• Facilitar a compreensão. 
• Apresentar-se com fácil leitura. 
• Apresentar-se preciso. 
 
Isolinhas 
 As isolinhas unem pontos de igual valor, relacionados ao que está sendo representado, e 
recebem nome diferentes, dependendo do aspecto que foi cartografado. 
 
 
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Isoieta: linha que une os dois pontos de igual precipitação. 
Isóbata: linha que une os pontos de igual profundidade, abaixo do nível do mar. 
Isóbara: linha que une pontos de igual pressão atmosférica. 
Isoterma: linha que une os locais de igual temperatura. 
Isoípsa: linha que une os pontos de igual altitude, acima do nível do mar. 
Isoígra: linha que une pontos de igual unidade atmosférica. 
Isócrona: linha que une pontos de horas iguais. 
 
� Curvas de nível 
 
 São linhas traçadas num 
mapa que unem os pontos do 
relevo de uma mesma altitude 
(isoípsa). 
 Sabendo-se as altitudes do 
relevo, é possível representa-lo. 
Veja o desenho: sua escala vertical 
é de 2 mm, isto é, cada 2 mm no 
desenho da elevação significa 10 
metros de altitude. 
 Observe, também, que as 
cotas entre as isoípsas 
representam a mesma altitude, ou 
seja, 10 metros. 
 Volte a observar o desenho 
a seguir. 
 A diferença de nível entre 
duas curvas é quase sempre a 
mesma. Se duas curvas se 
aproximam, é sinal de que o 
declive inclinação do terreno é 
maior; caso se afastem, o declive é 
mais suave, menos abrupto. 
 
2 mm = 10 m 
Figura 19 - Construção de um perfil Topográfico ou de Curvas de Nível. 
Fonte: Noções básicas de Geografia Geral e do Brasil – Melhem Adas 
– Ed. Moderna. 
 
6 – Escala 
 
 O mapa é uma relação de lugares e toda a representação mantém uma certa relação de 
tamanho (proporção) com o objetivo representado. 
 Existem duas maneiras de se indicaras proporções entre o mapa e o mundo real, porém, antes, 
vamos guardar a frase abaixo: 
 
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Escala é relação especial de equivalência entre as medidas reais do terreno e a sua representação 
reduzida no mapa. 
 
 As escalas podem ser: 1) Numérica ou 2) Gráfica. 
 
6.1 – Escala Numérica 
 
 Usa-se por convenção 1 centímetro e o número seguinte quantas vezes o espaço foi reduzido. 
 Por exemplo: 
 Em um mapa cuja escala é de 1: 100 000 (lê-se um por cem mil), a medida de 1 cm no mapa 
equivale a 100000 cm no terreno. 
 
Escala Numérica: quando a relação é expressa em números. É representada por uma fração. 
Ex.: 1: 100 000 ou 1 ou 1 / 100 000 
 100 000 
 
 
6.2 Escala Gráfica 
 
É uma linha graduada na qual as marcas que indicam a distância estão escritas com os valores 
observados no terreno. Nesta escala não é necessário que o tamanho do segmento seja equivalente a 1 
cm. 
 
Por exemplo: 
 
 
 0 10 20 
quilômetros 
Ou 
 
 
 0 5 10 15 20 
quilômetros 
 
 
Você percebeu que no primeiro exemplo 2 cm correspondem a 20 Km e, no segundo exemplo, 
0,5 mm é igual a 5 Km. 
 Veja agora o exemplo abaixo: 
se precisar passar esta escala para a numérica? 
 0 1 2 km 
 
 
 
Se precisar passar esta 
Escala para a numérica? 
 
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 0 1 2 Km = 2 cm – 2 Km, ou seja 
 
 
 
 1 cm = 1 Km = 1:100 000 
 
Por que cinco zeros? 
A escala usa o sistema métrico decimal. 
1 cm 
10 cm = decímetro 
100 cm = 1 metro 
1 dam = 10 metros 
10 dam = 100 metros = 1 hectômetro 
10 hm = 1000 metros = 1 quilômetro. 
 
 Ou seja, tanto no sistema gráfico como no numérico, o mapa desenhado foi reduzido 100.000 
vezes. 
 A escala numérica ainda pode ser: 
Simples: 
 0 100 200 Km 
 
 
Dupla: 
 
 
 0 50 100 150 200 Km 
 
6.3 - Reprodução de Escala Numérica 
 
Veja este exemplo: 
Por exemplo: 1 5 000 000, quanto vale 1 cm? 1 : 5 750 000 
 
6.4 - Relação Entre os Diferentes Tipos de Escala 
 
Não existe uma escala melhor que outra, a escolha é determinada segundo os seguintes itens: 
• finalidade do mapa; 
• conveniência da escala. 
 Devemos lembrar que a riqueza de detalhes do mapa é diretamente proporcional à escala; ou seja, 
quanto maior for a escala, maior será a riqueza de detalhes. 
 Existem três grupos principais para as escalas, dependendo de sua finalidade. 
Escala Pequena Escala Média Escala Grande 
Acima de 1:250 000 usada em 
mapas e Atlas Geográficos e 
Globo 
Entre 1:25000 a 1:250 000 
usadapara a confecção de mapas 
topográficos. 
1:20 a 1:20000 usada em 
plantas residenciais e projetos 
arquitetônicos maiores. 
 
 
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6.5 - Cálculo de Escala 
 
Na utilização de mapas, surgem algumas dificuldades com relação a três elementos: 
- a medida no terreno, ou distância real (D); 
- a medida no mapa, ou distância gráfica (d); 
- o denominador da escala (E). 
 
 Conhecendo-se dois desses elementos, o terceiro será conhecido através de cálculos simples, 
utilizando-se as seguintes fórmulas: 
 1 - Distância real D D = E x: Veja: D 
 2-Distância no mapa d=D—E E d 
 3-Conhecer a escala E~I~ 
 
 
7 - DOCUMENTAÇÃO CARTOGRÁFICA 
 
7.1 - Fotografia Aérea 
 
A palavra aerofotogrametria vem de aero + fotografia + metro. É uma técnica de fotografia aérea, de 
partes da superfície da Terra, cujas imagens, impressas em papel fotográfico, permitem a 
elaboração de mapas. 
 Prof. Melhem Idas 
 
A aerofotogrametria é “a ciência ou a arte da obtenção de medições fidedignas por meio da 
fotografia.” 
Predomina hoje na produção cartográfica, não atendendo apenas aos cartógrafos, mas também a 
uma extensa série de técnicos ou especialistas que se utilizam da cartografia no desempenho de suas 
funções, como: engenheiros, urbanistas, militares, geólogos, geógrafos, oceanógrafos, meteorologistas, 
agrônomos, entre outros tantos. 
 
A fotografia aérea resulta de um grande número de especificações, normas e cuidados relativos aos 
seguintes pontos: 
• As condições atmosféricas para o voo. 
• A lente e a câmara utilizada. 
• O filme utilizado. 
 
A fotografia aérea pode ser classificada por: 
• Cores, dando preferência ao preto e branco. 
• Sistema ótico, em simples ou múltiplos. 
• Verticalização ou posição oblíqua da câmara fotográfica. 
 
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Itens importantes para analisar fotografia área 
Nas fotos aéreas, os vários tons da cor cinza representam os elementos da paisagem: 
• cinza escuro: estradas pavimentadas; 
• cinza claro: estradas não-pavimentadas; 
• branco: areia; 
• cinza bem escuro: vegetação; 
• aparência espelhada: água. 
 
• A textura (maior ou menor variação da tonalidade) constitui um importante indicador de como se 
localiza o solo na agricultura. 
• Os diversos tipos, tamanhos e densidades das estradas são facilmente reconhecíveis em uma 
fotografia aérea, sendo bastante útil nos estudos urbanos e nos transportes. 
• As condições atmosféricas são primordiais para a execução de um vôo. Há regiões em que é 
possível encontrar condições satisfatórias durante vários meses do ano; outras, entretanto, raramente 
favorecem esse tipo de trabalho, estando quase sempre cobertas de nuvens. 
• A posição do Sol é outro fator de grande importância para não prejudicar detalhes importantes: 
o excesso de sombras e o Sol a pino são prejudiciais para a obtenção de fotos adequadas à correta 
fotointerpretação e utilização técnica dos dados fotog rafados. 
 
A fotointerpretação consiste na análise dos dados apreendidos numa fotografia aérea, com o 
propósito de identificá-los, descobrir detalhes, analisá-los e estabelecer suas inter-relações. 
As fotos aéreas trazem a escala indicada na foto. Na ausência de escala, esta é deduzida, sabendo-
se a altura do vôo e a distância focal da câmara. 
 
7.2 - Sensoriamento Remoto 
 
 
 O conjunto de diversas técnicas (tecnologia espacial, o acesso global do planeta, a eletrônica, a 
telecomunicação, o tratamento das informações) para estudar a Terra, tanto na parte continental 
quanto na oceânica e atmosfera, sem• o contato direto com elas, denomina-se sensoriamento remoto. 
(TIBURCIO, J. ARNALDO, COIMBRA, PEDRO. ANÁLISE DO ESPAÇO GEOGRÁFICO. PAG. 275 - ED. HARBRA). 
 
 Os sensores são capazes de coletar energia .1 proveniente do objeto e convertê-la em sinal passível 
de ser registrado. A transferência de dados do objeto para o sensor é feita através de energia. 
 O sensoriamento remoto, aplicado ao estudo da superfície terrestre, fornece a possibilidade da 
obtenção de informações de grande importância na utilização efetiva e naconservação dos recursos 
naturais. 
Remoto se refere à questão de posição no espaço ou no tempo, sendo, portanto, relativo. 
 
 
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7.3 - As Estações Receptoras Terrestres 
 
 As imagens captadas pelos satélites são convertidas em sinais eletromagnéticos, armazenados em 
fitas e, depois, irradiados de volta a uma estação terrestre ou retransmitidos por outro satélite ou, ainda, 
transmitidos diretamente para uma estação terrestre. Existe no Brasil, uma estação de recepção, 
implantada em Cuiabá, que opera desde 1973. A localidade foi escolhida por tratar-se do centro 
geográfico da América do Sul. Os dados são recebidos através de uma antena parabólica e gravados em 
fitas magnéticas de alta densidade. Depois, são enviadas, através de vôos comerciais, para o laboratório 
em São Paulo. O laboratório de processamento de imagens temafunção de transformar os dados em 
imagens compatíveis com o computador, sendo enviados, então, para os usuários. 
 
� Principais aplicações 
 
Avaliação de Recursos Hídricos 
 Pode ser feita através do estudo dos componentes do ciclo hidrológico e de suas relações, avaliando 
as taxas de movimentação da água, a sua quantidade e qualidade no interior de cada subsistema do 
ciclo hidrológico. 
 
Ex.: 
• Recursos marítimos de pesca, usados em grande escala pelos navios japoneses. 
• Controle de descargas contendo solventes químicos. 
• Distribuição da umidade, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Exercícios – Questões de Vestibulares 
 
01) (PUC/02) O perfil geomorfológico a baixo possui quatro pontos, numerados de 1 a 4, e representa 
um corte leste-oeste no continente sul-americano, em torno de 200 lat. Sul, ou seja, na latitude 
aproximada de Belo Horizonte. Essa região, portanto, está inserida na zona intertropical do globo 
terrestre. 
 
Os pontos 1 e 3 encontram-se separados por A 3 cm no perfil geomorfológico. Considerando-se que sua 
escala aproximada é de 1 :400 km, a O distância linear entre os pontos 1 e 3 está corretamente 
expressa em: 
 
a) 120 km c) 1200km b) 400km d) 1400km 
 
 
02) O território brasileiro possui quatro fusos horários, sendo que pouco mais de 50% têm sua hora 
oficial (normal) regida pelo meridiano de 4500 Gr, aí estão incluídos os Estados: 
 
a) do Acre e de Alagoas. 
b) do Pará e Mato Grosso. 
c) do Mato Grosso do Sul e Pará. 
d) de São Paulo e Minas Gerais. 
 
03) (UFPE) De acordo com o mapa, afirma-se que: 
 
 
I. Pequena parte do território brasileiro acha-se no hemisfério setentrional. 
II . A maior parte do território brasileiro fica na Zona lntertropical. 
 
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III. Tanto o extremo oeste quanto o extremo leste do país estão situados, em longitude, a oeste do 
meridiano inicial de Greenwich. 
IV. O Braisl está inteiramente localizado no hemisfério oriental. 
V. No território brasileiro, predominam características de clima subtropical. 
 
São verdadeiras: 
a) I,II e III. c) III, lV e V. b) II, III e IV. d) II, IV e V. 
 
04) (UFPI) - A “HORA LEGAL” (“HORA DE BRASÍLIA”) do País: 
a) está “atrasada” 3 horas de Greenwich por estar no 3º fuso horário brasileiro e a oeste de tal 
meridiano. 
b) está “adiantada” em 3horas de Greenwich por estar no 3º fuso horário brasileiro e a leste de tal 
meridiano. 
o) está “atrasada” em 3 horas de Greenwich, porque Brasília está no 2º fuso horário brasileiro. 
d) está “atrasada” em 2 horas de Greenwioh, porque Brasília está no 3º fuso horário brasi lei ro. 
 
As questões 08 e 09 referem-se ao mapa abaixo: 
 
05) (UFPA) Observando-se o mapa podemos afirmar que: 
a) A capital de Roraima, assinalado no mapa com A, é Boa Vista, enquanto a capital do E é Rio Branco. 
b) Os Estados E, C e D são atravessados pela linha do Equador. 
c) O maior Estado brasileiro é o Amazonas, identificado no mapa por D. 
d) São estados interioranos na Região Norte A, C, D e E. 
 
06) (UFPA) - Na cidade de Belém, situada no Pará, são 8 horas. Que horas serão nos Estados 
identificados no mapa com O e E? 
a) 8 e 9 horas. 
b) b)10 e 11 horas. 
c) 8 e 7 horas. 
d) 7 e 6 horas. 
 
 
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07) Em Brasília são 24 horas do dia 13 de maio. Que horas são, respectivamente, em Cuiabá, a 60º 
oeste de GMT, e Recife, a 45º oeste de GMT? 
a) 1 e 2 horas do dia 14 de maio. 
b) 24 horas e 1 hora do dia seguinte. 
c) 23 horas e 24 horas do mesmo dia. 
d) 20 horas e 21 horas do mesmo dia. 
 
08) (UnB) - Convencionou-se dividir a Terra em 24 fusos horários, cada um abrangendo 15º de 
longitude. A hora legal, em qualquer localidade situada num desses fusos, corresponde à hora local 
a) da capital que se situa no fuso. 
b) do meridiano mais oriental. 
c) do meridiano que passa pelo centro do fuso. 
d) do meridiano mais ocidental. 
 
09) (UNIP) - O Trópico de Capricórnio atravessa: 
a) sul de SP, MT, GO e norte do PR. 
b) norte de SP, sul de MI e norte do PR. 
c) sul de GO e norte de SP. 
d) sul de MS, SP e norte do PR. 
 
10) Considerando as escalas: 1:100.000 e 1:5.000.000, é correto afirmar que: 
a) a primeira é uma pequena escala e a segunda é uma grande escala. 
b) a primeira é uma média escala e a segunda uma pequena escala. 
c) ambas são grandes escalas. 
d) ambas são pequenas escalas. 
 
11) Num mapa de escala não citada, a menor distância entre São Paulo e Rio de Janeiro é de 4 cm. 
Sabendo-se que a distância real entre ambas éde 400 km, em linha reta, é correto afirmar que o 
mapa foi feito na escala de 
a)1:40. 
b) 1 :10.000000. 
c) 1:800.000. 
d) 1:5.000.000. 
 
12) Dentre as escalas dadas, a alternativa que possibilita um mapeamento detalhado é: 
a) 1:5.000. 
b) 1:50.000. 
c) 1:100.000. 
d) 1:200.000. 
13) Considerando-se que uma área foi mapeada na escala de 1:75.000 e desejando-se ampliar 5 vezes 
 
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a referida carta, a escala a ser utilizada será de: 
 a)1:15.000. c) 1:1.500. b) 1:375.000. d) 1:7.500. 
 
14) Em relação às linhas imaginárias que permitem a localização de um ponto na superfície da terra, 
todas as afirmativas estão corretas, exceto: 
a) Os meridianos são linhas que unem os dois pólos. 
b) Os paralelos diminuem de extensão do Equador para os pólos. 
c) Os meridianos possuem todos a mesma extensão. 
d) Os paralelos de maior dimensão são os trópicos. 
 
15) A distância real entre São Fransico e Nova Iorque é de 4.200km. A distância sobre a carta é de 105 
mm. Com base nesses dados, assinale a alternativa que indica corretamente a escala desse mapa: 
a) 1:400.000. 
b) 1:4.200.000. 
c) 1:40.000.000. 
d) 1:10.500.000. 
 
16) Na rosa-dos-ventos abaixo, os pontos sub-colaterais “ENE” e “SSW” são indicados,respectivamente, 
pelos números: 
a) 2 e 10. 
b) 2e 12. 
c) 3 e 11. 
d) 4e10. 
 
 
Gabarito 
 
 01) C 02) D 03) A 04) C 05) A 06) d 07) C 08) C 
09) D 10) B 11) B 12) A 13) A 14) D 15) C 16) D 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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8. A NOVA ORDEM MUNDIAL 
 
8.1 - A Guerra Fria 
 
 “É consenso considerar 1947 (...) o ano em que se iniciou a Guerra Fria, quando os Estados 
Unidos lançaram as bases da Doutrina Truman e o Plano Marshall. Em 11 de março de 1947, o 
presidente norte-americano Harry fez um discurso propondo a concessão de créditos para a Grécia e a 
Turquia, com o objetivo de sustentar governos pró-ocidentais naqueles países. Ao proferir esse discurso, 
lançava a doutrina que levaria seu nome. 
 O pressuposto geopolítico fundamental da doutrina Turman era a contenção do socialismo. 
Desenvolvida pelo então conselheiro da embaixada norte-americana em Moscou, George F. Kennan, a 
idéia básica era impedir o expansionismo da União Soviética, fazendo alianças com outros países para 
isola´-la. Completamente a Doutrina Turman, o secretário de Estado norte-americano, George C. 
Marshall, idealizou um plano de ajuda econômica para acelerar a recuperação dos países da Europa 
ocidental. Além de frear a influência comunista, ainda tinha como objetivo recuperar mercados para 
produtos e capitais norte-americanos. (...). 
 O mundo da Guerra Fria foi marcado pela bipolarização de poder entre estados Unidos e União 
Soviética, que buscavam ampliar suas respectivas zonas de influência. Mergulharam em uma acirrada 
corrida armamentista, na tentativa de chegar a um equilíbrio de forças, a uma paridade bélica. Como 
bem definiu o cientista político francês Raymond Aron: “Guerra Fria, paz impossível, guerra improvável”. 
A paz era impossível porque as superpotências apresentam, sob vários aspectos, um antagonismo 
latente. No entanto, a guerra era improvável porque, caso ocorresse, significaria o fim de todos, sem 
vencedores. Em suma, o que garantiu a paz durante esse período foi à premissa da mútua destruição 
assegurada. Imperou a “paz armada!” As armas eram construídas, as nunca usadas, servindo apenas 
como instrumento de dissuasão. Era somente pelo poderio destrutivo de suas armas convencionais e 
nucleares que esses dois países eram chamados de superpotências, e isso se revelou válido 
principalmente para a união Soviética. (grifo nosso) 
Fonte: SENE, E. e MOREIRA, J. Carlos, Geografia – Espaço Geografia e Globalização. 
 
8.2 - O MUNDO BIPOLAR 
 
 O poder das nações do mundo é comprovado no momento de destruição que uma guerra 
representa. Nesse momento, quem detém maior conhecimento técnico destrói mais e amedronta 
aqueles que não possuem o mesmo poder destrutivo. Esse fato aconteceu em vários momentos do 
desenvolvimento do homem, em sua caminhada evolutiva, desde seu aparecimento na superfície da 
Terra. 
 Um desses momentos difíceis foi a Segunda Guerra Mundial. 
 A maioria dos países envolvidos no confronto eram países centrais, que foram a campo 
comprovar seu poderio. Já os periféricos se tornaram participantes devido às suas ligações de 
dependência com algum dos países centrais envolvidos na guerra. 
 
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 O fim da guerra deixa no ar um “empate técnico” entre duas nações que se destacaram no 
conflito: os Estados Unidos da América e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Nos cinqüenta 
anos seguintes, essas duas nações dividirão o mundo entre si. 
 O mundo dividiu-se em dois grandes blocos. É o mundo bipolar: 
� um bloco, ocidental, capitalistas, liderado pelos EUA. 
� um bloco, oriental, socialista liderado pela URSS. 
Duas nações são os pólos de atração dos povos de todo o mundo. Todos os outros países, 
direta ou indiretamente, se transformaram em seus “satélites”, girando sob a força de sua atração. 
 Essas nações apresentam duas maneiras antagônicas de gerenciar os e cursos da Terra: uma 
forma já bastante conhecida, que é o sistema capitalista, defendido pelos EUA, e uma nova forma, 
desenvolvida no século XVIII e implantada na segunda década do século XX, durante o período da 
Primeira Guerra, que é o sistema socialista defendido pela ex-URSS. 
 Não será apenas no mundo das idéias que EUA e URSS irão se enfrentar. Para impor seu 
modelo socioeconômico, as duas nações irão se valer de técnicas desenvolvidas para disseminar o 
terror. É o domínio de medo da extinção total da vida no planeta. Nesse momento, era preciso escolher 
entre p terror e a coexistência pacífica. 
 São criados blocos militares, agrupando os países aliados das duas potências: a OTAN-
Organização do Trabalho do Atlântico Norte-liderada pelos países anticomunistas, e, em resposta, o 
pacto de Varsóvia, integrado pelos países sob influência da ex-URSS. 
 O mundo bipolar é marcado pela Guerra Fria, denominação do período em que o mundo não 
estava mergulhado em uma guerra mundial declarada, mas que havia sempre possibilidade concreta de 
ela existir. 
 Inicia-se no tempo da Segunda Guerra, com a explosão pelos EUA das bombas sobre Hiroshima 
e Nagasaki, um processo em que as duas nações vão se equipando cada vez mais, com armas mais e 
mais sofisticadas. Não se trata de guerra convencional. Ela independe de haver homens se enfrentando. 
Não são necessários soldados, mas todos os cidadãos estão envolvidos. 
 No decorrer da corrida bélica, as duas nações tornaram-se capazes de se destruir 
simultaneamente, sem sair de seu território, atingindo a outra pelo espaço aéreo, através de um simples 
apertar de botões lança-mísseis intercontinentais. Essa ameaça não se restringe ao enfrentamento das 
duas potências e a sua conseqüente destruição: envolve todo o restante do planeta. Numa guerra desse 
porte, toda a Terra estaria destinada ao extermínio. 
 As duas potências máximas da Terra se equipam, cada uma, de forma a fazer frente aos 
avanços técnicos da outra. Esse período foi marcado pela ocorrência de várias frentes de batalha no 
mundo, nas quais as duas superpotências experimentavam suas técnicas mais recentes de poder 
destrutivo. É o enfrentamento em terras distantes, dos países periféricos; a guerra da Coréia, nos vários 
países africanos novos, no Vietnã, com intromissão das duas potências nas várias “revoluções” internas 
dos países. 
A disputa por maior domínio territorial é levada ao espaço. É o momento dos grandes avanços 
espaciais, das conquistas espaciais, da corrida espacial. 
 
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 A URSS inicia este processo, lançando ao espaço o primeiro artefato humano: o satélite Sputnik 
I, lançado em 4 de outubro de 1957. Logo depois, a mesma URSS lança o primeiro satélite com um 
serviço: o Sputnik II, levando a cadela Laika, em 3 de novembro de 1957. Laika passou dez dias em 
órbita da Terra, mas morreu quando o oxigênio do compartimento onde estava se esgotou. 
 A era das viagens espaciais tripuladas tem início também na URSS, quando, em 12 se abril de 
1961, Iuri Gagarin foi lançado ao espaço a bordo da Vostok I. Gagarin completou uma volta ao redor da 
Terra. 
 Após esse início espetacular das viagens espaciais pela URSS, os EUA tomam a decisão de 
seremos primeiros a colocar um homem em solo lunar. Isso acontece em 20 de julho de 1969, quando a 
nave Apollo 11 leva à Lua os astronautas americanos Armstrong, Aldrin e Collins. 
 As viagens espaciais têm continuidade, evoluindo para as estações espaciais com fins 
científicos. 
 O auge da disputa entre as duas potências acontece com o programa “Guerra nas Estrelas”. Os 
satélites são então utilizados para detectar o poderio militar da outra nação e como instrumento de 
defesa contra mísseis nucleares. O programa gerou muita polêmica e protestos e não teve continuidade. 
 Os conhecimentos adquiridos com as conquistas espaciais permitiram o avanço das técnicas de 
comunicação e a utilização na transmissão de imagem e som a longas distâncias. 
 Em terra, as duas nações dividem o espaço, conquistando, cada vez mais, novos aliados. 
 A primeira grande divisão se dá no território da Europa. Ela é dividida em: Europa Ocidental – 
sob a influência dos EUA – e a Europa Ocidental - sob a influência da URSS. O marco simbólico dessa 
divisão é o Muro de Berlim, que foi construído em 1961, para bloquear a parte oriental da cidade de 
Berlim, sob o domínio soviético, na tentativa de evitar a infiltração da influência norte-americana da 
porção ocidental. 
 O processo de descolonização dos países dependentes da África e da Ásia, desencadeado após 
a Segunda Guerra, estabelece uma corrida em busca da colonização sociopolítica. As duas potências 
disputam cada um dos países recentemente independentes, procurando colocá-los sob sua esfera de 
influência. 
 Na Ásia, a China, o Vietnã do Norte e a Coréia do Norte alinham-se à URSS. As nações 
africanas têm menor peso, uma vez que se encontram mais desorganizadas politicamente. A China 
consegue desenvolver a bomba nuclear, tornando-se um dos membros do fechado clube de países 
detentores do poder nuclear. Sua independência em relação ao domínio soviético instala um certo 
equilíbrio entre as duas superpotências. 
 Alguns países periféricos da África e da Ásia, numa conferência realizada em Bandung, na 
Indonésia, formam o grupo dos países não-alinhados, países que pretendem manter uma eqüidistância 
das duas megapotências. Aqui aparece a noção de “Terceiro Mundo”: países diferentes, com problemas 
iguais, buscando definir rumos de desenvolvimento não atrelado aos modelos impostos pelas nações 
líderes mundiais. Em Bandung está o reforço de uma nova divisão do mundo: 
� Desenvolvido Capitalista 
� Desenvolvido Socialista 
� Subdesenvolvido 
 
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A economia cresce muito nos anos do pós-guerra. Entretanto, a crise do petróleo, desencadeada 
pelos países produtores do Oriente Médio e outros, causa uma crise econômica que atinge, 
indistintamente, países desenvolvidos e subdesenvolvidos, capitalistas e socialistas. A crise econômica, 
iniciada nos anos 70, vai repercutir na década de 80, conhecida como “década perdida”. Estão criadas 
as condições para o término do mundo bipolar. 
 Junto com a crise econômica, vem a crise política, que apresenta sintomas mais fortes no bloco 
dos países socialistas, aliados à ex-URSS. Os países da Europa Oriental, um a um, firmam sua 
independência das normas socialistas, tanto no nível político quanto no nível econômico. O 
enfraquecimento político e as dificuldades econômicas internas causam sérios problemas ao socialismo 
soviético. Apesar de grandes modificações internas, tanto na questão política com a glasnot, quanto na 
questão econômica com a Perestroika, o Partido Comunista da ex-URSS não consegue manter a 
unidade da nação. E a URSS deixa de existir em 1991. 
 A questão do Muro de Berlim, em 1989, e a reunificação da Alemanha marcam o fim do mundo 
bipolar. 
 
8.3 – Um Mundo Multipolar – O Estabelecimento de uma Nova Ordem 
 
Norte e Sul 
 Com a crise econômica dos anos 80, o mundo conhece nova divisão: o mundo Note/Sul. 
 Esta divisão Norte/Sul não obedece à divisão clássica estabelecida pela Geografia Física, 
levando em consideração o Equador. Não se referem aos hemisférios Norte e Sul. Também não faz uma 
divisão baseada em domínios climáticos. O mundo Norte/Sul, geograficamente, encontra-se ao norte do 
Trópico de Câncer, porém não obedece ao seu traçado. Obedecem aos contornos políticos dos países 
que fazem parte de um dos blocos. Reforça a divisão do mundo em países desenvolvidos e 
subdesenvolvidos. 
 A composição política dos dois blocos não é muito fácil de ser feita. Os países conhecidos 
anteriormente como pertencentes ao mundo socialista ainda não foram suficientemente analisados e 
conhecidos para serem catalogados como pertencentes a um dos blocos. Os problemas internos 
enfrentados por eles, após a desagregação do modelo soviético, trazem dificuldades para o seu pleno 
conhecimento. 
 Com a queda do sistema socialista, resta, inicialmente, a alternativa do sistema capitalista, que 
se fortalece, não por seus próprios méritos, mas principalmente que lhe fazia oposição e servia como 
comparação. 
 A força renovada do capitalismo faz crescer a desigualdade entre os povos. Fica clara a 
diferença entre ser um país pobre e ser um país rico, não tendo então a menor importância o sistema 
sociopolítico adotado pelas nações, uma a uma. 
 Enquanto o mundo bipolar era mantido sobre a força e o conhecimento dos meios de destruição, 
o mundo Norte/Sul tem sua base estruturada sobre o poder econômico. 
 Nações que estiverem distantes do poder, durante o período anterior, agora fazem valer o eu 
poderio econômico. É o momento do ressurgimento de países, como a Alemanha e o Japão, que de 
 
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dependentes que eram, aliados ao bloco capitalista, aparecem no cenário mundial como grandes 
potências econômicas. 
 A pobreza da maioria das nações do mundo fica cada vez mais aparentes. As graves crises de 
fome de diversos países africanos, como o Sudão, Etiópia, Eritréia, já não são socorridas. Às voltas com 
seus próprios problemas econômicos internos, as grandes potências já não mais precisam se preocupar 
com um possível alinhamento de nações ao bloco inimigo, pois este deixou de existir. 
 É um período em que está estabelecida a nova ordem mundial. 
 Os diversos problemas mundiais agora são vistos como um enfrentamento entre povos ricos e 
pobres do planeta. 
 Esse enfrentamento pode ser notado em diversos momentos: os ricos – não desejando perder 
sua posição econômica – criticam seriamente os povos pobres, colocando a responsabilidade da 
pobreza generalizada sobre os próprios pobres. Não conseguem – ou não querem – ver que a causa 
principal de tão grande desnível econômico entre povos está diretamente ligada a processos de 
dominação e de dependência, estabelecidos séculos atrás. 
 Procuram justificativas para a pobreza no grande crescimento populacional dos países pobres: é 
como se o número de filhos nas famílias fosse o responsável pelo aumento da pobreza. 
 O crescimento populacional nos países pobres é um dos problemas encarados pelos países do 
Norte sob um ponto de vista um tanto incorreto, trazendo á tona à carência alimentar. Esquecem-se de 
que os medicamentos eficazes no combate à mortalidade foram criação sua e por eles distribuídos, na 
busca de mercados consumidores. 
 A forma é atribuída ao despreparo dos povos pobres para a prática agrícola. Esquecem-se de 
que durante séculos, aqueles povos foram induzidos pelomercado externo, dominado pelos países 
ricos, a produzir apenas para a exportação. Sendo os maiores produtores mundiais de alimentos, os 
ricos transformam a comida em arma de controle econômico das nações submetidas. 
 Os grandes problemas ambientais que assolam o mundo são debitados aos países pobres, 
colocados no panorama mundial como os principais responsáveis pela exaustão dos recursos naturais 
do planeta. Os países ricos esquecem-se, convenientemente, de que seu desenvolvimento tecnológico 
se deu a partir da exploração desses recursos em seu território e, posteriormente, nos países pobres, 
que são seus fornecedores de matérias-primas ao longo do tempo. 
 Uma amostra desse comportamento pode ser vista no desenrolar do processo de “salvação” das 
grandes reservas florestais do mundo, quando são espalhadas pelo planeta idéias pouco científicas de 
que o mundo pobre estaria, Poe exemplo, acabando com o “pulmão do mundo”, como ficou conhecida 
pelos meios de comunicação a Floresta Amazônica. Outra amostra, bem significativa, é o aumento de 
gás carbônico na atmosfera da Terra, cuja responsabilidade recaiu sobre os ombros dos povos pobres, 
por praticarem queimadas de áreas florestais para a atividade da agricultura. Os povos ricos se 
esquecem de que a maior parte do gás é proveniente da queima de combustíveis fósseis dos motores de 
automóveis e de que a maior parte absoluta dos veículos está concentrada nos países do Norte. 
 As conferências mundiais do Meio Ambiente, em 1992- ECO 92, da população, em 1994, no 
Cairo, e a da Mulher forma tratadas dentro do enfoque de um mundo dividido entre pobres e ricos. 
 
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 Nos anos 90, fica clara a nova divisão mundial: um mundo rico, localizado ao norte, composto de 
uns poucos países centrais, pólos de decisão político-econômica, identificados ao longo dos séculos; e 
um mundo pobre, ao sul, composto de uma infinidade de países de povoamento muito antigo, mas de 
reconhecimento político recente. 
 
8.4 - A NOVA ORDEM MUNDIAL 
 
No final da década de 80, com a desintegração do sistema socioeconômico socialista, tem fim a 
divisão do mundo bipolar, estabelecida ao final da Segunda Guerra. Não existem mais as condições de 
oposição entre os dois sistemas defendidos pelas grandes nações: USA e URSS. 
 A União Soviética deixa de existir. Os Estados Unidos enfrentam problemas internos, 
atravessando séria crise econômica, resultado da “década perdida”. Porém, como a antiga divisão do 
mundo estava estabelecida no poderio político-militar, os Estados Unidos apresentam-se, no primeiro 
instante da queda da bipolaridade, como a única nação hegemônica do mundo. É a única nação que 
mantém um certo controle sobre as outras, baseada no seu poder de armamento. Essa situação de 
único líder mundial, porém, dura pouco tempo. Logo são reconhecidas condições para o estabelecimento 
de uma Nova Ordem Mundial. 
 A nova Ordem Mundial é estabelecida sobre uma ordem econômica, sobre o domínio do 
conhecimento e sobre o domínio de desenvolvimento tecnológico. 
 A tecnologia e o poder econômico trazem de volta ao panorama político mundial nações que 
haviam sofrido o domínio político-militar no mundo bipolar. O Japão e a Alemanha ressurgem no cenário 
mundial. 
 A tecnologia japonesa – desenvolvida sobre os escombros da Segunda Guerra – ao longo dos 
anos de reconstrução deixa o país na confortável posição de uma das nações mais desenvolvidas do 
mundo. Seu arsenal de novidades, iniciado com um simples rádio de pilhas portátil, invade todos os 
quadrantes do planeta. Poucas nações estão em condições de competir com o preço dos produtos 
japoneses. Tendo por base uma mão-de-obra altamente especializada, barata e dócil, empenhada na 
reconstrução da pátria, o parque industrial japonês tem condições de oferecer produtos de alta 
qualidade, acabamento e precisão a pecos incompatíveis com seus similares fabricados em outros 
lugares. Os produtos japoneses vencem em todos os mercados. O Japão apresenta uma situação 
econômica invejável perante as nações: é o único país a atravessar a “década perdida” apresentando 
lucros, não dívidas. A primeira impressão que se tem dos anos 90 é a de que o Japão será o grande pólo 
da Nova Ordem Mundial. 
 A Alemanha capitalista, no período posterior á Segunda Guerra, refaz-se dos prejuízos 
econômicos e torna-se a nação européia mais equilibrada economicamente nos anos 80. Prepara-se 
para ser um dos líderes da Europa Unificada. Porém, sofre sérias perdas econômicas com a 
reunificação. Ao tornar a si a responsabilidade de dar ao povo alemão uma única pátria, a Alemanha 
Ocidental arca também com o ônus econômico. Os gastos são enormes. Porém, já nos meados da 
década de 90, a Alemanha. Já reunificada, refaz-se dos gastos econômicos da reunificação. Enfrenta 
para todos tipos de problema, como a falta de emprego para todos os alemães, o que cria situações de 
 
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extrema aversão aos estrangeiros, que estão trabalhando ou mesmo morando na Alemanha (xenofobia). 
É a Alemanha para alemães. 
 
8.5 - O Neoliberalismo 
 
 A derrocada do socialismo dá novo vigor ao capitalismo. As nações ricas capitalistas do mundo 
buscam no neoliberalismo a forma ideal do capitalismo. Os principais expoentes da política neoliberal 
são os EUA, com a política agressiva, modelo Rambo, do ex-presidente Ronald Reagan, e a Grã-
Bretanha, com o modelo político da dama de Ferro, a ex-primeira ministra Margaret Thatcher. 
 O neoliberalismo é uma doutrina econômica, elaborada na década de 30, para adequar o 
capitalismo às novas condições do século XX. É retomado no fim das décadas de 70 e 80, procurando 
dar novas forças ao capitalismo. Para a política neoliberal, o Estado deve intervir indiretamente na 
economia, deixando que as leis do mercado sejam a principal forma de orientação econômica. Também, 
para o neoliberalismo, o Estado não deve exercer funções assistencialistas, como previdência social, 
deixando essa responsabilidade para a sociedade civil, isto é, que o próprio cidadão resolva seus 
problemas de saúde, aposentadoria e outros. Manter a estabilidade dos sistemas financeiro e monetário 
é, para o neoliberalismo, função do Estado, assim como o controle de inflação. A livre concorrência e a 
liberdade das empresas são mantidas. Para disciplinar a economia e os abusos da livre concorrência, 
são criados os blocos econômicos. 
 
O Mundo Bipolar dos Anos 1990 e início do século XXXI 
 
Figura 20. Fonte: Adaptado de Vesentini, J.W. Sociedade e espaço – Geografia 
geral e do Brasil. São Paulo, Ática, 1999. 
 
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Os Blocos Econômicos do Norte 
 
 A nação de “bloco” traz a idéia de “conjunto”. Os blocos econômicos são formados a parir de um 
agrupamento de países que apresentam condições econômicas semelhantes e se unem para se 
fortalecer no mercado. 
 A nova Ordem Mundial é uma ordem econômica. Com a prática do neoliberalismo na economia 
mundial, nasce a necessidade da formação de blocos econômicos para um enfrentamento econômico 
em condições de mais igualdade ente os países e para o estabelecimento do poderio econômico dentro 
da Nova Ordem Mundial. 
 Os blocos

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