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CENTRO FEDERAL DE 
EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA 
DE MINAS GERAIS 
 
 
CCuurrssoo PPrróó--TTééccnniiccoo 
 
 
 
 
Disciplina: 
 
Geografia 
 
TTeexxttoo EExxppeerriimmeennttaall –– 11aa EEddiiççããoo 
 
 
 
Professor Manoel Antônio Cardoso 
 
 
 
 
 
 
Varginha – Minas Gerais 
Dezembro de 2006 
 
 
 
 
 Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - Campus VIII - Varginha 
Curso Pró-Técnico. Disciplina: Geografia - Professor: Manoel Antônio Cardoso. ii 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Geografia 
 
 
 
Detalhe com Rosa dos ventos 
Crédito: Reprodução de imagem do livro Cartografia da Conquista do Território das Minas. 
Antônio Gilberto Costa (org). Belo Horizonte: Editora UFMG; Lisboa: Kapa Editorial, 2004. 
Fonte: http://www.universiabrasil.net/images/materias/livro_minas/ft_minas006.htm 
 
 
 
 
 
 Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - Campus VIII - Varginha 
Curso Pró-Técnico. Disciplina: Geografia - Professor: Manoel Antônio Cardoso. iii 
Sumário 
 
 
1 - NOÇÕES DE CARTOGRAFIA ..........................................................................................................1 
1.1 – Orientação .................................................................................................................................1 
A Rosa-dos-Ventos.............................................................................................................................1 
1.2 – Outros Meios de Orientação......................................................................................................3 
2 - COORDENADAS GEOGRÁFICAS ...................................................................................................4 
2.1 – Introdução ..................................................................................................................................4 
2.2 – O Brasil e as Coordenadas Geográficas ...................................................................................6 
3 – FUSOS HORÁRIOS..........................................................................................................................7 
3.1 – Fusos Horários do Brasil .........................................................................................................10 
4 – As Estações do Ano........................................................................................................................12 
4.1 – Translação ...............................................................................................................................12 
5 – Representação Cartográfica ..........................................................................................................14 
5.1 – Introdução ................................................................................................................................14 
5.2 – O Estudo das Projeções Cartográficas ...................................................................................14 
5.3 – Tipos de Projeções Cartográficas............................................................................................15 
5.4 - Classificação das Projeções Cartográficas ..............................................................................18 
5.5 - A representação dos Aspectos Físicos e Humanos nos Mapas..............................................19 
5.6 - Símbolos Convencionais ..........................................................................................................19 
6 – Escala..............................................................................................................................................20 
6.1 – Escala Numérica......................................................................................................................21 
6.2 Escala Gráfica.............................................................................................................................21 
6.3 - Reprodução de Escala Numérica.............................................................................................22 
Veja este exemplo: .......................................................................................................................22 
6.4 - Relação Entre os Diferentes Tipos de Escala..........................................................................22 
6.5 - Cálculo de Escala .....................................................................................................................23 
7 - DOCUMENTAÇÃO CARTOGRÁFICA ............................................................................................23 
7.1 - Fotografia Aérea.......................................................................................................................23 
7.2 - Sensoriamento Remoto............................................................................................................24 
7.3 - As Estações Receptoras Terrestres.........................................................................................25 
Exercícios – Questões de Vestibulares ............................................................................................26 
8. A NOVA ORDEM MUNDIAL .............................................................................................................30 
8.1 - A Guerra Fria ............................................................................................................................30 
8.2 - O MUNDO BIPOLAR................................................................................................................30 
8.3 – Um Mundo Multipolar – O Estabelecimento de uma Nova Ordem .........................................33 
8.4 - A NOVA ORDEM MUNDIAL ....................................................................................................35 
8.5 - O Neoliberalismo ......................................................................................................................36 
8.6 - O Mundo Globalizado...............................................................................................................38 
 
 Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - Campus VIII - Varginha 
Curso Pró-Técnico. Disciplina: Geografia - Professor: Manoel Antônio Cardoso. iv 
Questões Comentadas .....................................................................................................................41 
9. BLOCOS ECONÔMICOS .................................................................................................................45 
9.1 - Origem ......................................................................................................................................45 
9.2 - Conceitos..................................................................................................................................45 
9.3 – Destrinchando os Principais Blocos Mundiais.........................................................................48 
9.3.1 – MERCOSUL .....................................................................................................................48 
9.3.2 - Acordo de Livre-Comércio da América do Norte – NAFTA ..............................................51 
9.3.3 – ALCA, Área de Livre Comércio das Américas .................................................................53 
9.3.4 - UE - União Européia .........................................................................................................54 
9.3.5 - APEC - Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico....................................................55 
9.3.6 - ASEAN - Associação das Nações do Sudeste Asiático ...................................................559.3.7 - CAN - Comunidade Andina ou Pacto Andino ...................................................................55 
9.3.8 - CARICOM - Mercado Comum da Comunidade do Caribe ...............................................56 
9.3.9 - SADC - Comunidade da África Austral .............................................................................56 
9.3.10 - CEI - Comunidade dos Estados Independentes.............................................................56 
9.3.11 - UA - União Africana.........................................................................................................57 
9.3.12 - Outros Blocos Económicos menores ..............................................................................57 
9.4 – EXERCICIOS...........................................................................................................................57 
Referências Bibliográficas ................................................................................................................63 
 
 
 
 
 Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - Campus VIII - Varginha 
Curso Pró-Técnico. Disciplina: Geografia - Professor: Manoel Antônio Cardoso. 1 
 
1 - NOÇÕES DE CARTOGRAFIA 
 
1.1 – Orientação 
 
 O conceito mais apropriado de orientação é direção, rumo, cada uma das orientações 
que são marcadas pela Rosa-dos-Ventos. 
 O homem, para se deslocar sobre a superfície da terra, tomou por base o nascer e o pôr 
do sol, criando os pontos de orientação. 
 
 O conceito de orientação está 
associado à determinação da posição do 
elemento no espaço geográfico e sua 
relação com os pontos cardeais, colaterais e 
subcolaterais. Veja o desenho da Rosa-dos-
Ventos, também chamada de Rosa-dos-
Rumos. 
 
A Rosa-dos-Ventos 
 
A rosa-dos-ventos – Figura 1 - é a 
representação gráfica dos principais pontos 
de orientação. É assim chamada por indicar 
as diversas direções que o vento pode 
tomar. 
 
Figura 1 (BORBA; VIEGAS, 2001). 
 
 
 
CARDEAIS COLATERAIS 
NORTE = N NOROESTE = NW 
SUL = S NORDESTE = NE 
LESTE = E SUDOESTE = SW 
OESTE = W SUDESTE = SE 
SUBCOLATERAIS 
Nor-nordeste = NNE Es-nordeste = ENE 
Nor-noroeste = NNW Es-sudeste = ESE 
Su-sudeste = SSE Oes-sudoeste = WSW 
Su-sudoeste = SSW Oes-noroeste = WNW 
 
 
 
 Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - Campus VIII - Varginha 
Curso Pró-Técnico. Disciplina: Geografia - Professor: Manoel Antônio Cardoso. 2 
 
Outros nomes dos pontos cardeais 
 
NORTE: Setentrional e boreal 
SUL: Meridional e austral 
LESTE: Oriental e nascente 
OESTE: Ocidental e poente 
 
Nota: Cardeal em 
latim significa 
principal. 
 
O estudo da Rosa-dos-Ventos, relacionados dentro do mapa, tem sentido estático. Veja 
agora a localização no espaço vivido pelo homem. 
 
• A localização na vida 
 
Rotação da Terra 
 
sentido oeste para leste 
 
Movimento aparente do Sol 
 
leste para oeste 
 
Veja agora os desenhos (Figura 2): 
 
 
 Rotação da Terra Movimento aparente do Sol 
Figura 2 (BORBA; VIEGAS, 2001). 
 
 Devido à influência que o sol exerce sobre a Terra, o homem passou a observar a sua 
aparente marcha pelo espaço, fixando a atenção na direção em que ele aparecia diariamente no 
horizonte. A partir de suas observações, este ponto conhecido como leste, e o ponto em que ele 
se põe, como oeste. 
 Estendendo a mão direita para o leste e a esquerda para o oeste, encontramos mais dois 
pontos de orientação: o norte, à nossa frente, e o sul, às nossas costas. 
 
 
 Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - Campus VIII - Varginha 
Curso Pró-Técnico. Disciplina: Geografia - Professor: Manoel Antônio Cardoso. 3 
1.2 – Outros Meios de Orientação 
 
 Até o século XIII, utilizava-se a orientação astronômica simples, através da localização e 
posição dos astros, como o Sol, as estrelas, as constelações e a Lua. 
 Não podemos esquecer: 
1º) A Terra tem um eixo inclinado de 23º e 27’. 
2º) As estações do ano significam diferentes posições dos hemisférios. 
 Estes dois fatos dificultam a localização pelas estrelas, astros ou constelações. 
 
Figura 3 (BORBA; VIEGAS, 2001). 
 
A orientação pelas estrelas é distinta nos dois hemisférios – veja a Figura 3. Assim como o 
Sol durante o dia, elas parecem deslocar-se de leste para oeste. No hemisfério norte, apenas a 
ESTRELA POLAR parece estar fixa, pois encontra-se quase diretamente acima do pólo norte. 
Portanto, para se determinar a direção do pólo norte, basta traçar uma linha imaginária 
perpendicular da Estrela Polar à Terra. No hemisfério sul não existe qualquer estrela que indique a 
posição do pólo sul. A orientação do CRUZEIRO DO SUL (Figura 4), devido à sua forma peculiar, 
é utilizada para a orientação e indicação do pólo sul. Para determinar a direção do pólo sul, basta 
prolongar quatro vezes o braço maior da cruz e, então, traçar uma linha imaginária, perpendicular 
à linha do horizonte, até a Terra. 
 
Figura 4 (BORBA; VIEGAS, 2001). 
 
 
 Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - Campus VIII - Varginha 
Curso Pró-Técnico. Disciplina: Geografia - Professor: Manoel Antônio Cardoso. 4 
• A Bússola 
 Do século XIII ao século XV,acontece a invenção e o predomínio da BÚSSOLA, um prático e 
eficiente instrumento de orientação inventado pelos chinenes, que permite traçar o rumo em qualquer 
momento de uma viagem. Constitui-se uma agulha imantada que gira sobre um eixo vertical, em um 
fundo constituído de um mostrador, como a Rosa-dos-Ventos, com 360º de circunferência (BÚSSOLAS 
MODERNAS). A agulha imantada da bússola não aponta o norte geográfico, mas sim o pólo magnético 
da Terra. É necessário, então, fazer uma correção na direção apontada pela bússola, denominada 
declinação magnética, que é o ângulo formado pela distância entre o pólo Norte da Terra e o pólo 
magnético, indicado pela agulha da bússola. 
 
Na Figura 5, veja os pólos magnéticos e os pólos geográficos. 
 
Figura 5 (BORBA; VIEGAS, 2001). 
 
2 - COORDENADAS GEOGRÁFICAS 
 
2.1 – Introdução 
 
 Utilizando os paralelos e os meridianos podemos, por meio da latitude e da longitude, 
determinar a posição exata de um ponto qualquer na Terra. 
 
• Paralelos 
 Paralelos são círculos imaginários que atravessam a Terra, paralelamente ao Equador, nos 
dois hemisférios. Diminuem de tamanho à medida que se afastam do Equador, até se transformarem 
em um ponto nos pólos, a 90º (veja a Figura 6). 
 Entre os paralelos existem dois círculos mais importantes em cada hemisfério, que são: 
• Hemisfério Norte: Trópico de Câncer, a aproximadamente 23º 27’ do Equador; e o Círculo 
Polar Ártico, distante aproximadamente 66º 30’ do Equador. 
 
 Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - Campus VIII - Varginha 
Curso Pró-Técnico. Disciplina: Geografia - Professor: Manoel Antônio Cardoso. 5 
 
Figura 6 (BORBA; VIEGAS, 2001). 
 
 
• Hemisfério Sul: Trópico de Capricórnio e Círculo Polar Antártico, ambos apresentando a 
mesma distância aproximadamente do Equador que os seus correspondentes do hemisfério 
norte. 
 
Latitude 
 
 É a distância em graus de qualquer ponto da superfície terrestre em relação ao Equador 
(Figura 7). Pode ser definida como o ângulo que a vertical desse lugar forma com o plano do Equador. 
 A latitude pode ser norte ou sul e variar de 0ºa 90º. Cada grau divide-se em 60 minutos e cada 
minuto em 60 segundos. 
 
Meridianos 
 Meridianos são semicircunferências imaginárias traçadas na Terra de pólo, possuindo a 
mesma extensão, sendo 180º a leste e 180º a oeste de Greenwich. 
 
Longitude 
 É a distância em graus entre um ponto da superfície terrestre e o Meridiano Inicial, ou de 
Greenwich. 
 A longitude pode ser ocidental ou oriental, variando de 0º a 180º em cada um. 
 Através dos paralelos e dos meridianos determinam-se LATITUDE e LONGITUDE e, 
conseqüentemente, a posição exata de um ponto qualquer da superfície terrestre. A latitude, e a 
longitude constituem as COORDENADAS GEOGRÁFICAS. 
 
 
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Curso Pró-Técnico. Disciplina: Geografia - Professor: Manoel Antônio Cardoso. 6 
 
 
Figura 7 (BORBA; VIEGAS, 2001). 
 
 
 
2.2 – O Brasil e as Coordenadas Geográficas 
 
 
Posição do Brasil no Planisfério – Figura 8a. 
 
 
Figura 8a (BORBA; VIEGAS, 2001). 
 
 
 Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - Campus VIII - Varginha 
Curso Pró-Técnico. Disciplina: Geografia - Professor: Manoel Antônio Cardoso. 7 
 
Figura 8b – Posição do Brasil no Planisfério Político. Fonte: http://www.ufsm.br/antartica/pics/zero1.jpg. 
 
 
Figura 9 (BORBA; VIEGAS, 2001). 
 
Aproximadamente, a localização das coordenadas brasileiras (Figura 9) é entre os paralelos 5º 
N e 33º S entre os meridianos 34º W a 73º W, sendo atravessado pelo Equador, que corta a cidade de 
Macapá e pelo Trópico de Capricórnio, que corta a cidade de São Paulo. 
 
3 – FUSOS HORÁRIOS 
 
 Existem diversas maneiras de se medir o tempo: tempo solar verdadeiro, tempo solar médio, 
tempo civil ou pelos fusos horários. 
 
 Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - Campus VIII - Varginha 
Curso Pró-Técnico. Disciplina: Geografia - Professor: Manoel Antônio Cardoso. 8 
 A velocidade das comunicações acabou impondo a necessidade de unificação da hora em todo 
o mundo. Foram criados, então, os sistemas de fusos horários, propostos em 1884, na Conferência 
de Washington. 
 O conceito de tempo civil (ou hora civil) passou a ser utilizado desde 1º de janeiro de 1925, a 
partir de sua adoção pelos astrônomos. A duração do tempo é de 24 horas, e a contagem é feita de 0 
a 24 horas. 
 A rotação da Terra é feita de oeste para leste, enquanto a direção do movimento aparente do 
Sol é de leste para oeste. Para realizar o movimento de rotação, isto é, para dar uma volta em torno da 
circunferência equatorial, gastam-se 24 horas. Dessa maneira, temos: 
 
360º 24 h 
 360º = circunferência da Terra 
24 horas = duração de um dia 
 15º 
 
 Ao dividirmos a circunferência da Terra por uma rotação, encontraremos 15º. Cada intervalo de 
15º, nos meridianos, será equivalente a 1 hora, sendo chamado de fuso horário. Todos os lugares 
situados no interior do mesmo fuso horário possuem a mesma hora: é a chamada hora legal, 
diferente da hora verdadeira (ou local), determinada pelo movimento aparente do Sol. 
 Para calcular a hora, convencionou-se que o fuso horário inicial, isto é, o fuso a partir do qual a 
hora começaria a ser contada, seria o fuso que passa por Greenwiich. A hora determinada por este 
fuso horário recebeu o nome de hora GMT. 
 O fuso horário de Greenwich é formado pela soma de 7,5 º a leste e 7,5º a oeste de 0º 
(Meridiano Inicial, ou de Greenwich). 
 Para resolver problemas relacionados aos fusos horários, lembre-se de que: 
1 – Quando as duas localizações se encontrarem em hemisférios diferentes (oeste para leste ou vice-
versa), deve-se somar as longitudes e dividir o resultado por 15º. Veja o exemplo: 
 
Localidade X = 30º longitude Leste 
Localidade Y = 105º longitude Oeste 30º 
+ 105º 
 
135º 15º 
 
 135º 9 Horas 
 
 (15º = 1 hora) 
 A diferença entre X e Y será de 9 horas. 
 
2 – Quando as duas localizações se encontrarem num mesmo hemisfério (leste para leste ou oeste 
para oeste), deve-se subtrair as longitudes e dividir o resultado por 15º. Veja o exemplo: 
 
 
Localidade X = 135º E 
Localidade Y = 45º E 135º 
- 45º 
 
90º 15º 
 
 90º 6 Horas 
 
 
 
A diferença entre X e Y será de 6 horas. 
 
 
 Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - Campus VIII - Varginha 
Curso Pró-Técnico. Disciplina: Geografia - Professor: Manoel Antônio Cardoso. 9 
 Sabendo a localização e a hora de uma cidade, você irá somar se o pedido for a leste ou 
subtrair se for a oeste. Vamos aos exemplos: 
• Na cidade X a 120º E, são 5 horas. Qual a hora na cidade 45º W? 
 
 
120º E 165º 15º 24 horas = 1 dia (veja, voltamos 1 dia) 
+ 45º W 11 horas - 11 horas diferença 
165º A diferença entre as cidades é de 11 horas 13 horas 
 
 
 A hora de 120º não era 5. então vamos somar 5 a 13 horas e acharemos 18 horas. Resposta: 
18 horas do dia anterior. 
Vamos conferir: 
 
Figura 10 (BORBA; VIEGAS, 2001). 
 
A partir deste exemplo, faça outros. 
 
Fusos Horários - A Linha Internacional da Data 
 
Para se marcarem as horas, o meridiano de Greenwich é tomado como referência. A hora 
oficial GMT (Greenwich Meridian Time) considerada é a que corresponde às 12 horas (meio-dia). 
Assim, o meridiano correspondente a 180º de longitude representa o tempo de 24 horas, e 
corresponde à linha na qual se faz a mudança de data, de um dia para outro: é a linha internacional 
de mudança de data. 
 A linha internacional da data atravessa o oceano Pacífico, apresentando vários desvios, para 
não passar por nenhum lugar habitado. Passa pelo Estreito de Bering, pelo leste da Península de 
Kamtchatka, entre as ilhas Aleutas e Samoa, e daí prossegue até o pólo sul. Se um viajante cruzar 
essa linha no sentido oeste-leste, deve acrescentar um dia; se cruza-la no sentido leste-oeste, deve 
subtrair um dia. 
 
 Observar que o meridiano de 180º não coincide com a linha internacional, de mudança 
de data, por convenção internacional. 
 
 
 
 Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - Campus VIII - Varginha 
Curso Pró-Técnico. Disciplina: Geografia - Professor: Manoel Antônio Cardoso. 10 
 
 
Figura 11 – Mapa Mundi. Disponível em <http://www.riosummit2004.com.br/web/mapa_mundi.htm>. 
Acesso em: 03 novembro 2006, 14:45:30. 
 
3.1 – Fusos Horários do Brasil 
 
 Considerando as ilhas oceânicas, o Brasil possui quatro fusos horários (ver a Figura 12). 
 Há um limite prático e um teórico dos fusos horários. Os limites práticos foram criados no Brasil 
para padronizar as horas em algumas áreas. O Brasil possui quatro fusos horários e três horas 
diferentes dentro de seu território. Para entender melhor, veja o mapa de fusos brasileiros. 
O 1º fuso horário do Brasil está atrasado duas horas em relação à hora de Greenwch. 
 O 2º fuso horário, atrasado três horas em relação a Greenwich, constitui a hora legal do 
Brasil (hora de Brasília). Nele se encontra a maioria dos estados brasileiros. Observe que parte do 1º 
fuso passou para o 2º, formando limite prático. 
 O 3º fuso horário está atrasado quatro horas em relação a Londres e uma hora em relação a 
Brasília. 
 O 4º fuso horário apresenta atraso de cinco horas em relação a Greenwich e duas horas em 
relação a Brasília. Apenas o Acre e o extremo-oeste do Amazônia encontram-se nesse fuso horário.Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - Campus VIII - Varginha 
Curso Pró-Técnico. Disciplina: Geografia - Professor: Manoel Antônio Cardoso. 11 
 
Figura 12 (BORBA; VIEGAS, 2001). 
 
Horário de Verão 
 
Aproveitando-se da claridade maior dos raios solares, o Brasil adianta seu relógio em uma 
hora. É o chamado horário de verão (um pouco antes do verão oficial, outubro). 
Porém, deve-se lembrar que esse recurso não é utilizado em todo o território, pois quanto mais 
próximo do Equador, maior será a igualdade dos dias durante o ano. 
 
 
Figura 13 – O horário de verão em diversas regiões do Brasil (2004-2005). 
Disponível em <www.geografiaparatodos.com.br/img/infograficos/Horario_verao.jpg>. 
 
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Curso Pró-Técnico. Disciplina: Geografia - Professor: Manoel Antônio Cardoso. 12 
4 – As Estações do Ano 
 
As estações do ano ocorrem devido ao movimento de translação. 
 
4.1 – Translação 
 
É o movimento que a Terra faz em torno do sol, descrevendo uma órbita elíptica. Quatro 
posições destacam-se nesse movimento. Observe, no desenho, que os pontos 2 e 4 representam o 
momento em que a Terra terá a mesma luminosidade nos dois hemisférios: são os EQUINÓCIOS, de 
outono ou primavera. Agora, observe que nas posições 1 e 3 os hemisférios da Terra receberão 
luminosidade diferente: são os SOLSTÍCIOS, de verão ou de inverno. As Figuras 14a e 14b sintetizam 
o que foi dito. 
 
 
 
Nº do 
desenho 
H. N. Estação H. S. 
Nº do 
desenho 
1 21 junho Verão 21 dezembro 3 
2 23 setembro Outono 21 março 4 
3 21 dezembro Inverno 21 junho 1 
4 21 março Primavera 23 setembro 2 
 
 
Figura 14a (BORBA; VIEGAS, 2001). 
 
 
 
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Figura 14b – Fonte: www.geografiaparatodos.com.br/img/Estacoes%20do%20ano.jpg 
 
Solstício: Este hemisfério receberá maiores radiações solares, seus dias serão mais longos e suas 
noites mais curtas. 
Equinócios: Os raios solares atingirão os dois hemisférios com a mesma intensidade, e os dias e as 
noites serão iguais. 
Solstício:Este hemisfério receberá maiores radiações solares, seus dias serão mais longos e suas 
noites mais curtas. 
 
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5 – Representação Cartográfica 
 
5.1 – Introdução 
 
 Existem duas formas de representar graficamente a Terra: o globo e o mapa. 
 O globo terrestre é a melhor forma de se representar a Terra, a quem mais se aproxima da 
realidade, apesar de não ser a mais utilizada. Suas vantagens são: 
1) Sendo esférico, dá uma idéia bastante real; 
2) Mostra todos os continentes, seus oceanos; 
3) Permite a localização correta das principais linhas imaginárias; 
4) Possibilita a simulação dos movimentos da Terra; 
5) Apresenta as distâncias em latitudes e longitudes com exatidão; 
6) As distâncias serão mais exatas, pois não haverá distorções das projeções. 
 O mapa nada mais é do que uma superfície plana na qual a Terra é total ou parcialmente 
representada. É mais utilizado devido à praticidade de manuseio e transporte, além de conter indicações 
mais completas e minuciosas que o globo. 
 A linguagem do mapa é cartográfica, precisa de métodos científicos mais adequados para 
melhor representar a Terra. A cartografia ocupa-se em analisar e desenhar os mapas e as cartas 
topográficas de maneira mais adequada à sua utilização. 
 Os mapas podem ser: 
• Temáticos: destinam-se ao estudo específico de determinados temas, como Geologia, 
Demografia. 
• Especiais: atendem a um público específico, de profissionais que têm no mapa um 
instrumento de trabalho. Geralmente são mapas em grande escala. 
• Gerais: quando atendem a diversos tipos de usuários. Geralmente são mapas em pequena 
escala. 
 
5.2 – O Estudo das Projeções Cartográficas 
 
 A maior dificuldade em cartografia é transferir o que existe numa superfície curva, que é a Terra, 
para uma superfície plana, que é o mapa. Só podemos conseguir essa transferência, essa passagem, de 
maneira imperfeita, infiel, com algumas alterações. O problema das projeções cartográficas exige, 
portanto, uma grande dose de imaginação. 
 
 
Todo mapa é um processo de alteração da superfície terrestre. Esta distorção 
será maior quanto maior for a área cartografada. 
 
 
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Curso Pró-Técnico. Disciplina: Geografia - Professor: Manoel Antônio Cardoso. 15 
 
5.3 – Tipos de Projeções Cartográficas 
 
• O Desenvolvimento de Uma Esfera 
 Ao tentarmos desenvolver uma esfera (ou parte de uma esfera) sobre um plano, observamos 
que os limites externos de sua superfície são os mais sacrificados, apresentando maiores alterações, 
enquanto que o centro da mesma não apresentará deformações. Portanto, o centro de uma projeção é a 
parte – que pode ser um ponto ou uma linha (um paralelo ou um meridiano) – em verdadeira grandeza, 
sem alterações de escala. 
 Como a esfera não se desenvolve sobre o plano, utilizamos superfícies intermediárias que 
tenham a propriedade de se desenvolver. Temos, então, que procurar figuras semelhantes à esfera, que 
sejam passíveis de desenvolvimento. 
 O cilindro, o cone e o plano constituem esses tipos de figuras. 
 As projeções cartográficas costumam ser reunidas em três tipos básicos: cilíndricas; cônicas e 
plano tangente ou azimutal. 
 
Projeção Cilíndrica 
 Em uma projeção cilíndrica (Figura 15), observam-se as seguintes conseqüências: 
 
Figura 15 - Projeção Cilíndrica (BORBA; VIEGAS, 2001). 
 
• Apenas o Equador tangencia a superfície. 
• As áreas próximas aos pólos e mesmo os pólos não têm possibilidade de serem projetadas na 
superfície cilíndrica. 
• Os demais paralelos projetados não conservam as medidas originais, guardando iguais 
comprimentos em relação ao Equador. 
• O Equador é a única linha projetada que conserva a dimensão original. 
 As linhas traçadas na esfera são transferidas para a superfície cilíndrica de desenvolvimento, 
através de projeções partidas do centro da esfera. 
 A projeção cilíndrica, também conhecida como Projeção de Mercátor, apresenta os paralelos e 
os meridianos cruzando-se em ângulos de 90º e é bastante utilizada na navegação e na confecção de 
mapas-múndi. 
 
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 Os paises localizados nas mais altas latitudes apresentam-se bastante deformados, ao contrário 
daqueles situados ao longo ou próximo da linha do Equador, que apresentam pequenas alterações. 
 
Projeção Cônica 
 
 Na projeção cônica (Figura 16), a esfera projeta-se a partir do Equador, tangenciando de um dos 
paralelos. São observados as seguintes conseqüências: 
• A única linha de verdadeira grandeza é o paralelo de tangência. 
• O pólo é projetado, graças à forma própria do cone. 
• Os meridianos projetados se cruzam no pólo, semelhantemente ao que acontece na esfera. 
• As linhas traçadas na esfera são projetadas para a superfície cônica de desenvolvimento a partir 
de um certo ponto do interior da esfera. 
 
Figura 16 - ProjeçãoCônica (BORBA; VIEGAS, 2001). 
 
 Observe a projeção cônica: os países que apresentam maiores distorções são aqueles 
localizados próximos ao Equador. 
 Este tipo de projeção é ótima para representar mapas regionais, onde aparecem apenas 
pequenas partes da superfície terrestre. 
 
Projeção Plano Ou Azimutal 
 
 Na projeção plano ou azimutal, as linhas traçadas na esfera são projetadas no plano, partidas de 
um certo ponto do interior da esfera, a partir do pólo. São observados as seguintes conseqüências: 
• Os meridianos, irradiando-se do pólo, são projetados em linha reta. 
• À medida que se afastam do ponto de tangência - o pólo – o espaçamento e as dimensões dos 
paralelos e dos meridianos crescem rapidamente. 
• O pólo, ponto em que a esfera é tangente, é projetado no centro do plano. 
• Os paralelos são arcos de círculos concêntricos, como na esfera terrestre. 
 
 
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(a) (b) 
 
Figura 17a - Projeção Plano Ou Azimutal (BORBA; VIEGAS, 2001). 
17b – Idem. Fonte: http://www.professores.uff.br/cristiane/Estudodirigido/Cartografia/Figura%2012.JPG 
 
 A projeção azimutal destina-se a representar as regiões polares e suas proximidades. 
 
Uma Projeção Fora dos Padrões 
 
Projeção de Peters 
 
 
Figura 18 – Projeção de Peters. 
Fonte: http://www.curso-objetivo.br/vestibular/roteiro_estudos/imagens/re_projecoes_2.gif 
 
Na projeção de Peters, países e continentes recuperam suas verdadeiras proporções, 
distorcidas por Mercátor. 
 
 
 
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O Alemão Amo Peters (nascido em 1916) apresenta um mapa que valoriza o Terceiro Mundo. A 
principal qualidade deste planisfério é que cada cm² dentro do formato 113 x 72 cm representa 
exatamente 63.550 Km². Assim, as regiões temperadas do planeta não aparecem maiores do que as 
outras, como ocorre nos mapas tradicionais. Outra boa qualidade é que a linha do Equador está 
eqüidistante dos pólos e todas as regiões terrestres aparecem representadas. 
Esta projeção também facilita uma compreensão mais real da relação entre os tamanhos dos países. 
A projeção de Peters não é uma projeção conforme. É uma projeção cilíndrica da área igual. Isso 
significa que as áreas dos continentes e países aparecem em escala igual, conservando suas 
dimensões relativas. 
Compilado dos livros: 
Tibúrcio, J. Arnaldo e Coimbra, P. Geografia. 
Uma Análise do Espaço Geográfico – 
Harbra e Magnoli, D. e Araújo, R. A 
Nova Geografia – Moderna. 
 
5.4 - Classificação das Projeções Cartográficas 
 
 As projeções cartográficas devem cumprir determinadas condições, objetivando a construção do 
mapa ideal. 
 
1º) Conformidade – manter a verdadeira forma das áreas a serem representadas. 
2º) Equivalência – manter inalteradas as dimensões relativas das áreas cartografadas. 
3º) Eqüidistância – manter a constância das relações entre as distâncias dos pontos representados e 
as distâncias dos seus correspondentes. 
 
As projeções cartográficas podem ser classificadas: 
a) Conformes: não deformamos os ângulos, não deformando pequenas áreas. Os paralelos e os 
meridianos se interceptam em ângulos retos. 
b) Equivalentes: têm a propriedade de não deformar as áreas, conservando, quanto à área, uma 
relação constante com as suas correspondentes na superfície da Terra. Para conseguir a 
equivalência de áreas, a forma será sacrificada, sendo deformada. 
c) Eqüidistantes: não apresentam deformações lineares, isto é, os comprimentos são 
representados em escala uniforme. 
d) Azimutais: resolvem apenas um problema, aquele que nem uma projeção equivalente nem uma 
projeção conforme soluciona; o de cartografar as direções da superfície terrestre. Destinam-se, 
invariavelmente, a mapas especiais construídos para fins náuticos ou aeronáuticos. 
 
 
 
 
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5.5 - A representação dos Aspectos Físicos e Humanos nos Mapas 
 
 A representação dos diversos aspectos físicos e humanos nos mapas pode ser feita por meio de 
vários processos: graduação de cores, linhas, hachuras, sombreamento e sinais gráficos. Para facilitar 
seu manuseio, todo mapa deve conter uma legenda, que explica o significado dos símbolos utilizados. 
As cores utilizadas são determinadas por convenções 
• Altimétricas 
• Hipsométricas 
• Batimétricas 
• Planimétricas 
 
Hipsométricas Batimétricas 
Terras emersas 
Tons de verde – 200m 
Tons de amarelo – 200 a 500m 
Tons de laranja – 500 a 2.000m 
Tons de marrom - + 2.000m 
Branco - + 4.000m 
 
Terras submersas tons de azul. 
A cor azul é usada da cor clara à mais escura, 
indicando profundidade maiores. 
 
 Quando são usadas para representar aspectos localizados na superfície terrestre, cores básicas. 
Exs.: 
Vermelho = correntes marinhas, estradas rodoviárias. 
Azul = aspectos relacionados a água. 
Preto = cidades, vilas, limites, etc. 
Verde = vegetação, cultivos. 
 
5.6 - Símbolos Convencionais 
 
Legendas 
 A linguagem do mapa baseia-se no uso correto dos símbolos. Qualquer símbolo representado 
precisa de quatro itens principais. 
• Apresentar uniformidade. 
• Facilitar a compreensão. 
• Apresentar-se com fácil leitura. 
• Apresentar-se preciso. 
 
Isolinhas 
 As isolinhas unem pontos de igual valor, relacionados ao que está sendo representado, e 
recebem nome diferentes, dependendo do aspecto que foi cartografado. 
 
 
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Isoieta: linha que une os dois pontos de igual precipitação. 
Isóbata: linha que une os pontos de igual profundidade, abaixo do nível do mar. 
Isóbara: linha que une pontos de igual pressão atmosférica. 
Isoterma: linha que une os locais de igual temperatura. 
Isoípsa: linha que une os pontos de igual altitude, acima do nível do mar. 
Isoígra: linha que une pontos de igual unidade atmosférica. 
Isócrona: linha que une pontos de horas iguais. 
 
� Curvas de nível 
 
 São linhas traçadas num 
mapa que unem os pontos do 
relevo de uma mesma altitude 
(isoípsa). 
 Sabendo-se as altitudes do 
relevo, é possível representa-lo. 
Veja o desenho: sua escala vertical 
é de 2 mm, isto é, cada 2 mm no 
desenho da elevação significa 10 
metros de altitude. 
 Observe, também, que as 
cotas entre as isoípsas 
representam a mesma altitude, ou 
seja, 10 metros. 
 Volte a observar o desenho 
a seguir. 
 A diferença de nível entre 
duas curvas é quase sempre a 
mesma. Se duas curvas se 
aproximam, é sinal de que o 
declive inclinação do terreno é 
maior; caso se afastem, o declive é 
mais suave, menos abrupto. 
 
2 mm = 10 m 
Figura 19 - Construção de um perfil Topográfico ou de Curvas de Nível. 
Fonte: Noções básicas de Geografia Geral e do Brasil – Melhem Adas 
– Ed. Moderna. 
 
6 – Escala 
 
 O mapa é uma relação de lugares e toda a representação mantém uma certa relação de 
tamanho (proporção) com o objetivo representado. 
 Existem duas maneiras de se indicaras proporções entre o mapa e o mundo real, porém, antes, 
vamos guardar a frase abaixo: 
 
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Escala é relação especial de equivalência entre as medidas reais do terreno e a sua representação 
reduzida no mapa. 
 
 As escalas podem ser: 1) Numérica ou 2) Gráfica. 
 
6.1 – Escala Numérica 
 
 Usa-se por convenção 1 centímetro e o número seguinte quantas vezes o espaço foi reduzido. 
 Por exemplo: 
 Em um mapa cuja escala é de 1: 100 000 (lê-se um por cem mil), a medida de 1 cm no mapa 
equivale a 100000 cm no terreno. 
 
Escala Numérica: quando a relação é expressa em números. É representada por uma fração. 
Ex.: 1: 100 000 ou 1 ou 1 / 100 000 
 100 000 
 
 
6.2 Escala Gráfica 
 
É uma linha graduada na qual as marcas que indicam a distância estão escritas com os valores 
observados no terreno. Nesta escala não é necessário que o tamanho do segmento seja equivalente a 1 
cm. 
 
Por exemplo: 
 
 
 0 10 20 
quilômetros 
Ou 
 
 
 0 5 10 15 20 
quilômetros 
 
 
Você percebeu que no primeiro exemplo 2 cm correspondem a 20 Km e, no segundo exemplo, 
0,5 mm é igual a 5 Km. 
 Veja agora o exemplo abaixo: 
se precisar passar esta escala para a numérica? 
 0 1 2 km 
 
 
 
Se precisar passar esta 
Escala para a numérica? 
 
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 0 1 2 Km = 2 cm – 2 Km, ou seja 
 
 
 
 1 cm = 1 Km = 1:100 000 
 
Por que cinco zeros? 
A escala usa o sistema métrico decimal. 
1 cm 
10 cm = decímetro 
100 cm = 1 metro 
1 dam = 10 metros 
10 dam = 100 metros = 1 hectômetro 
10 hm = 1000 metros = 1 quilômetro. 
 
 Ou seja, tanto no sistema gráfico como no numérico, o mapa desenhado foi reduzido 100.000 
vezes. 
 A escala numérica ainda pode ser: 
Simples: 
 0 100 200 Km 
 
 
Dupla: 
 
 
 0 50 100 150 200 Km 
 
6.3 - Reprodução de Escala Numérica 
 
Veja este exemplo: 
Por exemplo: 1 5 000 000, quanto vale 1 cm? 1 : 5 750 000 
 
6.4 - Relação Entre os Diferentes Tipos de Escala 
 
Não existe uma escala melhor que outra, a escolha é determinada segundo os seguintes itens: 
• finalidade do mapa; 
• conveniência da escala. 
 Devemos lembrar que a riqueza de detalhes do mapa é diretamente proporcional à escala; ou seja, 
quanto maior for a escala, maior será a riqueza de detalhes. 
 Existem três grupos principais para as escalas, dependendo de sua finalidade. 
Escala Pequena Escala Média Escala Grande 
Acima de 1:250 000 usada em 
mapas e Atlas Geográficos e 
Globo 
Entre 1:25000 a 1:250 000 
usadapara a confecção de mapas 
topográficos. 
1:20 a 1:20000 usada em 
plantas residenciais e projetos 
arquitetônicos maiores. 
 
 
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6.5 - Cálculo de Escala 
 
Na utilização de mapas, surgem algumas dificuldades com relação a três elementos: 
- a medida no terreno, ou distância real (D); 
- a medida no mapa, ou distância gráfica (d); 
- o denominador da escala (E). 
 
 Conhecendo-se dois desses elementos, o terceiro será conhecido através de cálculos simples, 
utilizando-se as seguintes fórmulas: 
 1 - Distância real D D = E x: Veja: D 
 2-Distância no mapa d=D—E E d 
 3-Conhecer a escala E~I~ 
 
 
7 - DOCUMENTAÇÃO CARTOGRÁFICA 
 
7.1 - Fotografia Aérea 
 
A palavra aerofotogrametria vem de aero + fotografia + metro. É uma técnica de fotografia aérea, de 
partes da superfície da Terra, cujas imagens, impressas em papel fotográfico, permitem a 
elaboração de mapas. 
 Prof. Melhem Idas 
 
A aerofotogrametria é “a ciência ou a arte da obtenção de medições fidedignas por meio da 
fotografia.” 
Predomina hoje na produção cartográfica, não atendendo apenas aos cartógrafos, mas também a 
uma extensa série de técnicos ou especialistas que se utilizam da cartografia no desempenho de suas 
funções, como: engenheiros, urbanistas, militares, geólogos, geógrafos, oceanógrafos, meteorologistas, 
agrônomos, entre outros tantos. 
 
A fotografia aérea resulta de um grande número de especificações, normas e cuidados relativos aos 
seguintes pontos: 
• As condições atmosféricas para o voo. 
• A lente e a câmara utilizada. 
• O filme utilizado. 
 
A fotografia aérea pode ser classificada por: 
• Cores, dando preferência ao preto e branco. 
• Sistema ótico, em simples ou múltiplos. 
• Verticalização ou posição oblíqua da câmara fotográfica. 
 
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Itens importantes para analisar fotografia área 
Nas fotos aéreas, os vários tons da cor cinza representam os elementos da paisagem: 
• cinza escuro: estradas pavimentadas; 
• cinza claro: estradas não-pavimentadas; 
• branco: areia; 
• cinza bem escuro: vegetação; 
• aparência espelhada: água. 
 
• A textura (maior ou menor variação da tonalidade) constitui um importante indicador de como se 
localiza o solo na agricultura. 
• Os diversos tipos, tamanhos e densidades das estradas são facilmente reconhecíveis em uma 
fotografia aérea, sendo bastante útil nos estudos urbanos e nos transportes. 
• As condições atmosféricas são primordiais para a execução de um vôo. Há regiões em que é 
possível encontrar condições satisfatórias durante vários meses do ano; outras, entretanto, raramente 
favorecem esse tipo de trabalho, estando quase sempre cobertas de nuvens. 
• A posição do Sol é outro fator de grande importância para não prejudicar detalhes importantes: 
o excesso de sombras e o Sol a pino são prejudiciais para a obtenção de fotos adequadas à correta 
fotointerpretação e utilização técnica dos dados fotog rafados. 
 
A fotointerpretação consiste na análise dos dados apreendidos numa fotografia aérea, com o 
propósito de identificá-los, descobrir detalhes, analisá-los e estabelecer suas inter-relações. 
As fotos aéreas trazem a escala indicada na foto. Na ausência de escala, esta é deduzida, sabendo-
se a altura do vôo e a distância focal da câmara. 
 
7.2 - Sensoriamento Remoto 
 
 
 O conjunto de diversas técnicas (tecnologia espacial, o acesso global do planeta, a eletrônica, a 
telecomunicação, o tratamento das informações) para estudar a Terra, tanto na parte continental 
quanto na oceânica e atmosfera, sem• o contato direto com elas, denomina-se sensoriamento remoto. 
(TIBURCIO, J. ARNALDO, COIMBRA, PEDRO. ANÁLISE DO ESPAÇO GEOGRÁFICO. PAG. 275 - ED. HARBRA). 
 
 Os sensores são capazes de coletar energia .1 proveniente do objeto e convertê-la em sinal passível 
de ser registrado. A transferência de dados do objeto para o sensor é feita através de energia. 
 O sensoriamento remoto, aplicado ao estudo da superfície terrestre, fornece a possibilidade da 
obtenção de informações de grande importância na utilização efetiva e naconservação dos recursos 
naturais. 
Remoto se refere à questão de posição no espaço ou no tempo, sendo, portanto, relativo. 
 
 
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7.3 - As Estações Receptoras Terrestres 
 
 As imagens captadas pelos satélites são convertidas em sinais eletromagnéticos, armazenados em 
fitas e, depois, irradiados de volta a uma estação terrestre ou retransmitidos por outro satélite ou, ainda, 
transmitidos diretamente para uma estação terrestre. Existe no Brasil, uma estação de recepção, 
implantada em Cuiabá, que opera desde 1973. A localidade foi escolhida por tratar-se do centro 
geográfico da América do Sul. Os dados são recebidos através de uma antena parabólica e gravados em 
fitas magnéticas de alta densidade. Depois, são enviadas, através de vôos comerciais, para o laboratório 
em São Paulo. O laboratório de processamento de imagens temafunção de transformar os dados em 
imagens compatíveis com o computador, sendo enviados, então, para os usuários. 
 
� Principais aplicações 
 
Avaliação de Recursos Hídricos 
 Pode ser feita através do estudo dos componentes do ciclo hidrológico e de suas relações, avaliando 
as taxas de movimentação da água, a sua quantidade e qualidade no interior de cada subsistema do 
ciclo hidrológico. 
 
Ex.: 
• Recursos marítimos de pesca, usados em grande escala pelos navios japoneses. 
• Controle de descargas contendo solventes químicos. 
• Distribuição da umidade, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Exercícios – Questões de Vestibulares 
 
01) (PUC/02) O perfil geomorfológico a baixo possui quatro pontos, numerados de 1 a 4, e representa 
um corte leste-oeste no continente sul-americano, em torno de 200 lat. Sul, ou seja, na latitude 
aproximada de Belo Horizonte. Essa região, portanto, está inserida na zona intertropical do globo 
terrestre. 
 
Os pontos 1 e 3 encontram-se separados por A 3 cm no perfil geomorfológico. Considerando-se que sua 
escala aproximada é de 1 :400 km, a O distância linear entre os pontos 1 e 3 está corretamente 
expressa em: 
 
a) 120 km c) 1200km b) 400km d) 1400km 
 
 
02) O território brasileiro possui quatro fusos horários, sendo que pouco mais de 50% têm sua hora 
oficial (normal) regida pelo meridiano de 4500 Gr, aí estão incluídos os Estados: 
 
a) do Acre e de Alagoas. 
b) do Pará e Mato Grosso. 
c) do Mato Grosso do Sul e Pará. 
d) de São Paulo e Minas Gerais. 
 
03) (UFPE) De acordo com o mapa, afirma-se que: 
 
 
I. Pequena parte do território brasileiro acha-se no hemisfério setentrional. 
II . A maior parte do território brasileiro fica na Zona lntertropical. 
 
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III. Tanto o extremo oeste quanto o extremo leste do país estão situados, em longitude, a oeste do 
meridiano inicial de Greenwich. 
IV. O Braisl está inteiramente localizado no hemisfério oriental. 
V. No território brasileiro, predominam características de clima subtropical. 
 
São verdadeiras: 
a) I,II e III. c) III, lV e V. b) II, III e IV. d) II, IV e V. 
 
04) (UFPI) - A “HORA LEGAL” (“HORA DE BRASÍLIA”) do País: 
a) está “atrasada” 3 horas de Greenwich por estar no 3º fuso horário brasileiro e a oeste de tal 
meridiano. 
b) está “adiantada” em 3horas de Greenwich por estar no 3º fuso horário brasileiro e a leste de tal 
meridiano. 
o) está “atrasada” em 3 horas de Greenwich, porque Brasília está no 2º fuso horário brasileiro. 
d) está “atrasada” em 2 horas de Greenwioh, porque Brasília está no 3º fuso horário brasi lei ro. 
 
As questões 08 e 09 referem-se ao mapa abaixo: 
 
05) (UFPA) Observando-se o mapa podemos afirmar que: 
a) A capital de Roraima, assinalado no mapa com A, é Boa Vista, enquanto a capital do E é Rio Branco. 
b) Os Estados E, C e D são atravessados pela linha do Equador. 
c) O maior Estado brasileiro é o Amazonas, identificado no mapa por D. 
d) São estados interioranos na Região Norte A, C, D e E. 
 
06) (UFPA) - Na cidade de Belém, situada no Pará, são 8 horas. Que horas serão nos Estados 
identificados no mapa com O e E? 
a) 8 e 9 horas. 
b) b)10 e 11 horas. 
c) 8 e 7 horas. 
d) 7 e 6 horas. 
 
 
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07) Em Brasília são 24 horas do dia 13 de maio. Que horas são, respectivamente, em Cuiabá, a 60º 
oeste de GMT, e Recife, a 45º oeste de GMT? 
a) 1 e 2 horas do dia 14 de maio. 
b) 24 horas e 1 hora do dia seguinte. 
c) 23 horas e 24 horas do mesmo dia. 
d) 20 horas e 21 horas do mesmo dia. 
 
08) (UnB) - Convencionou-se dividir a Terra em 24 fusos horários, cada um abrangendo 15º de 
longitude. A hora legal, em qualquer localidade situada num desses fusos, corresponde à hora local 
a) da capital que se situa no fuso. 
b) do meridiano mais oriental. 
c) do meridiano que passa pelo centro do fuso. 
d) do meridiano mais ocidental. 
 
09) (UNIP) - O Trópico de Capricórnio atravessa: 
a) sul de SP, MT, GO e norte do PR. 
b) norte de SP, sul de MI e norte do PR. 
c) sul de GO e norte de SP. 
d) sul de MS, SP e norte do PR. 
 
10) Considerando as escalas: 1:100.000 e 1:5.000.000, é correto afirmar que: 
a) a primeira é uma pequena escala e a segunda é uma grande escala. 
b) a primeira é uma média escala e a segunda uma pequena escala. 
c) ambas são grandes escalas. 
d) ambas são pequenas escalas. 
 
11) Num mapa de escala não citada, a menor distância entre São Paulo e Rio de Janeiro é de 4 cm. 
Sabendo-se que a distância real entre ambas éde 400 km, em linha reta, é correto afirmar que o 
mapa foi feito na escala de 
a)1:40. 
b) 1 :10.000000. 
c) 1:800.000. 
d) 1:5.000.000. 
 
12) Dentre as escalas dadas, a alternativa que possibilita um mapeamento detalhado é: 
a) 1:5.000. 
b) 1:50.000. 
c) 1:100.000. 
d) 1:200.000. 
13) Considerando-se que uma área foi mapeada na escala de 1:75.000 e desejando-se ampliar 5 vezes 
 
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a referida carta, a escala a ser utilizada será de: 
 a)1:15.000. c) 1:1.500. b) 1:375.000. d) 1:7.500. 
 
14) Em relação às linhas imaginárias que permitem a localização de um ponto na superfície da terra, 
todas as afirmativas estão corretas, exceto: 
a) Os meridianos são linhas que unem os dois pólos. 
b) Os paralelos diminuem de extensão do Equador para os pólos. 
c) Os meridianos possuem todos a mesma extensão. 
d) Os paralelos de maior dimensão são os trópicos. 
 
15) A distância real entre São Fransico e Nova Iorque é de 4.200km. A distância sobre a carta é de 105 
mm. Com base nesses dados, assinale a alternativa que indica corretamente a escala desse mapa: 
a) 1:400.000. 
b) 1:4.200.000. 
c) 1:40.000.000. 
d) 1:10.500.000. 
 
16) Na rosa-dos-ventos abaixo, os pontos sub-colaterais “ENE” e “SSW” são indicados,respectivamente, 
pelos números: 
a) 2 e 10. 
b) 2e 12. 
c) 3 e 11. 
d) 4e10. 
 
 
Gabarito 
 
 01) C 02) D 03) A 04) C 05) A 06) d 07) C 08) C 
09) D 10) B 11) B 12) A 13) A 14) D 15) C 16) D 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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8. A NOVA ORDEM MUNDIAL 
 
8.1 - A Guerra Fria 
 
 “É consenso considerar 1947 (...) o ano em que se iniciou a Guerra Fria, quando os Estados 
Unidos lançaram as bases da Doutrina Truman e o Plano Marshall. Em 11 de março de 1947, o 
presidente norte-americano Harry fez um discurso propondo a concessão de créditos para a Grécia e a 
Turquia, com o objetivo de sustentar governos pró-ocidentais naqueles países. Ao proferir esse discurso, 
lançava a doutrina que levaria seu nome. 
 O pressuposto geopolítico fundamental da doutrina Turman era a contenção do socialismo. 
Desenvolvida pelo então conselheiro da embaixada norte-americana em Moscou, George F. Kennan, a 
idéia básica era impedir o expansionismo da União Soviética, fazendo alianças com outros países para 
isola´-la. Completamente a Doutrina Turman, o secretário de Estado norte-americano, George C. 
Marshall, idealizou um plano de ajuda econômica para acelerar a recuperação dos países da Europa 
ocidental. Além de frear a influência comunista, ainda tinha como objetivo recuperar mercados para 
produtos e capitais norte-americanos. (...). 
 O mundo da Guerra Fria foi marcado pela bipolarização de poder entre estados Unidos e União 
Soviética, que buscavam ampliar suas respectivas zonas de influência. Mergulharam em uma acirrada 
corrida armamentista, na tentativa de chegar a um equilíbrio de forças, a uma paridade bélica. Como 
bem definiu o cientista político francês Raymond Aron: “Guerra Fria, paz impossível, guerra improvável”. 
A paz era impossível porque as superpotências apresentam, sob vários aspectos, um antagonismo 
latente. No entanto, a guerra era improvável porque, caso ocorresse, significaria o fim de todos, sem 
vencedores. Em suma, o que garantiu a paz durante esse período foi à premissa da mútua destruição 
assegurada. Imperou a “paz armada!” As armas eram construídas, as nunca usadas, servindo apenas 
como instrumento de dissuasão. Era somente pelo poderio destrutivo de suas armas convencionais e 
nucleares que esses dois países eram chamados de superpotências, e isso se revelou válido 
principalmente para a união Soviética. (grifo nosso) 
Fonte: SENE, E. e MOREIRA, J. Carlos, Geografia – Espaço Geografia e Globalização. 
 
8.2 - O MUNDO BIPOLAR 
 
 O poder das nações do mundo é comprovado no momento de destruição que uma guerra 
representa. Nesse momento, quem detém maior conhecimento técnico destrói mais e amedronta 
aqueles que não possuem o mesmo poder destrutivo. Esse fato aconteceu em vários momentos do 
desenvolvimento do homem, em sua caminhada evolutiva, desde seu aparecimento na superfície da 
Terra. 
 Um desses momentos difíceis foi a Segunda Guerra Mundial. 
 A maioria dos países envolvidos no confronto eram países centrais, que foram a campo 
comprovar seu poderio. Já os periféricos se tornaram participantes devido às suas ligações de 
dependência com algum dos países centrais envolvidos na guerra. 
 
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 O fim da guerra deixa no ar um “empate técnico” entre duas nações que se destacaram no 
conflito: os Estados Unidos da América e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Nos cinqüenta 
anos seguintes, essas duas nações dividirão o mundo entre si. 
 O mundo dividiu-se em dois grandes blocos. É o mundo bipolar: 
� um bloco, ocidental, capitalistas, liderado pelos EUA. 
� um bloco, oriental, socialista liderado pela URSS. 
Duas nações são os pólos de atração dos povos de todo o mundo. Todos os outros países, 
direta ou indiretamente, se transformaram em seus “satélites”, girando sob a força de sua atração. 
 Essas nações apresentam duas maneiras antagônicas de gerenciar os e cursos da Terra: uma 
forma já bastante conhecida, que é o sistema capitalista, defendido pelos EUA, e uma nova forma, 
desenvolvida no século XVIII e implantada na segunda década do século XX, durante o período da 
Primeira Guerra, que é o sistema socialista defendido pela ex-URSS. 
 Não será apenas no mundo das idéias que EUA e URSS irão se enfrentar. Para impor seu 
modelo socioeconômico, as duas nações irão se valer de técnicas desenvolvidas para disseminar o 
terror. É o domínio de medo da extinção total da vida no planeta. Nesse momento, era preciso escolher 
entre p terror e a coexistência pacífica. 
 São criados blocos militares, agrupando os países aliados das duas potências: a OTAN-
Organização do Trabalho do Atlântico Norte-liderada pelos países anticomunistas, e, em resposta, o 
pacto de Varsóvia, integrado pelos países sob influência da ex-URSS. 
 O mundo bipolar é marcado pela Guerra Fria, denominação do período em que o mundo não 
estava mergulhado em uma guerra mundial declarada, mas que havia sempre possibilidade concreta de 
ela existir. 
 Inicia-se no tempo da Segunda Guerra, com a explosão pelos EUA das bombas sobre Hiroshima 
e Nagasaki, um processo em que as duas nações vão se equipando cada vez mais, com armas mais e 
mais sofisticadas. Não se trata de guerra convencional. Ela independe de haver homens se enfrentando. 
Não são necessários soldados, mas todos os cidadãos estão envolvidos. 
 No decorrer da corrida bélica, as duas nações tornaram-se capazes de se destruir 
simultaneamente, sem sair de seu território, atingindo a outra pelo espaço aéreo, através de um simples 
apertar de botões lança-mísseis intercontinentais. Essa ameaça não se restringe ao enfrentamento das 
duas potências e a sua conseqüente destruição: envolve todo o restante do planeta. Numa guerra desse 
porte, toda a Terra estaria destinada ao extermínio. 
 As duas potências máximas da Terra se equipam, cada uma, de forma a fazer frente aos 
avanços técnicos da outra. Esse período foi marcado pela ocorrência de várias frentes de batalha no 
mundo, nas quais as duas superpotências experimentavam suas técnicas mais recentes de poder 
destrutivo. É o enfrentamento em terras distantes, dos países periféricos; a guerra da Coréia, nos vários 
países africanos novos, no Vietnã, com intromissão das duas potências nas várias “revoluções” internas 
dos países. 
A disputa por maior domínio territorial é levada ao espaço. É o momento dos grandes avanços 
espaciais, das conquistas espaciais, da corrida espacial. 
 
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 A URSS inicia este processo, lançando ao espaço o primeiro artefato humano: o satélite Sputnik 
I, lançado em 4 de outubro de 1957. Logo depois, a mesma URSS lança o primeiro satélite com um 
serviço: o Sputnik II, levando a cadela Laika, em 3 de novembro de 1957. Laika passou dez dias em 
órbita da Terra, mas morreu quando o oxigênio do compartimento onde estava se esgotou. 
 A era das viagens espaciais tripuladas tem início também na URSS, quando, em 12 se abril de 
1961, Iuri Gagarin foi lançado ao espaço a bordo da Vostok I. Gagarin completou uma volta ao redor da 
Terra. 
 Após esse início espetacular das viagens espaciais pela URSS, os EUA tomam a decisão de 
seremos primeiros a colocar um homem em solo lunar. Isso acontece em 20 de julho de 1969, quando a 
nave Apollo 11 leva à Lua os astronautas americanos Armstrong, Aldrin e Collins. 
 As viagens espaciais têm continuidade, evoluindo para as estações espaciais com fins 
científicos. 
 O auge da disputa entre as duas potências acontece com o programa “Guerra nas Estrelas”. Os 
satélites são então utilizados para detectar o poderio militar da outra nação e como instrumento de 
defesa contra mísseis nucleares. O programa gerou muita polêmica e protestos e não teve continuidade. 
 Os conhecimentos adquiridos com as conquistas espaciais permitiram o avanço das técnicas de 
comunicação e a utilização na transmissão de imagem e som a longas distâncias. 
 Em terra, as duas nações dividem o espaço, conquistando, cada vez mais, novos aliados. 
 A primeira grande divisão se dá no território da Europa. Ela é dividida em: Europa Ocidental – 
sob a influência dos EUA – e a Europa Ocidental - sob a influência da URSS. O marco simbólico dessa 
divisão é o Muro de Berlim, que foi construído em 1961, para bloquear a parte oriental da cidade de 
Berlim, sob o domínio soviético, na tentativa de evitar a infiltração da influência norte-americana da 
porção ocidental. 
 O processo de descolonização dos países dependentes da África e da Ásia, desencadeado após 
a Segunda Guerra, estabelece uma corrida em busca da colonização sociopolítica. As duas potências 
disputam cada um dos países recentemente independentes, procurando colocá-los sob sua esfera de 
influência. 
 Na Ásia, a China, o Vietnã do Norte e a Coréia do Norte alinham-se à URSS. As nações 
africanas têm menor peso, uma vez que se encontram mais desorganizadas politicamente. A China 
consegue desenvolver a bomba nuclear, tornando-se um dos membros do fechado clube de países 
detentores do poder nuclear. Sua independência em relação ao domínio soviético instala um certo 
equilíbrio entre as duas superpotências. 
 Alguns países periféricos da África e da Ásia, numa conferência realizada em Bandung, na 
Indonésia, formam o grupo dos países não-alinhados, países que pretendem manter uma eqüidistância 
das duas megapotências. Aqui aparece a noção de “Terceiro Mundo”: países diferentes, com problemas 
iguais, buscando definir rumos de desenvolvimento não atrelado aos modelos impostos pelas nações 
líderes mundiais. Em Bandung está o reforço de uma nova divisão do mundo: 
� Desenvolvido Capitalista 
� Desenvolvido Socialista 
� Subdesenvolvido 
 
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A economia cresce muito nos anos do pós-guerra. Entretanto, a crise do petróleo, desencadeada 
pelos países produtores do Oriente Médio e outros, causa uma crise econômica que atinge, 
indistintamente, países desenvolvidos e subdesenvolvidos, capitalistas e socialistas. A crise econômica, 
iniciada nos anos 70, vai repercutir na década de 80, conhecida como “década perdida”. Estão criadas 
as condições para o término do mundo bipolar. 
 Junto com a crise econômica, vem a crise política, que apresenta sintomas mais fortes no bloco 
dos países socialistas, aliados à ex-URSS. Os países da Europa Oriental, um a um, firmam sua 
independência das normas socialistas, tanto no nível político quanto no nível econômico. O 
enfraquecimento político e as dificuldades econômicas internas causam sérios problemas ao socialismo 
soviético. Apesar de grandes modificações internas, tanto na questão política com a glasnot, quanto na 
questão econômica com a Perestroika, o Partido Comunista da ex-URSS não consegue manter a 
unidade da nação. E a URSS deixa de existir em 1991. 
 A questão do Muro de Berlim, em 1989, e a reunificação da Alemanha marcam o fim do mundo 
bipolar. 
 
8.3 – Um Mundo Multipolar – O Estabelecimento de uma Nova Ordem 
 
Norte e Sul 
 Com a crise econômica dos anos 80, o mundo conhece nova divisão: o mundo Note/Sul. 
 Esta divisão Norte/Sul não obedece à divisão clássica estabelecida pela Geografia Física, 
levando em consideração o Equador. Não se referem aos hemisférios Norte e Sul. Também não faz uma 
divisão baseada em domínios climáticos. O mundo Norte/Sul, geograficamente, encontra-se ao norte do 
Trópico de Câncer, porém não obedece ao seu traçado. Obedecem aos contornos políticos dos países 
que fazem parte de um dos blocos. Reforça a divisão do mundo em países desenvolvidos e 
subdesenvolvidos. 
 A composição política dos dois blocos não é muito fácil de ser feita. Os países conhecidos 
anteriormente como pertencentes ao mundo socialista ainda não foram suficientemente analisados e 
conhecidos para serem catalogados como pertencentes a um dos blocos. Os problemas internos 
enfrentados por eles, após a desagregação do modelo soviético, trazem dificuldades para o seu pleno 
conhecimento. 
 Com a queda do sistema socialista, resta, inicialmente, a alternativa do sistema capitalista, que 
se fortalece, não por seus próprios méritos, mas principalmente que lhe fazia oposição e servia como 
comparação. 
 A força renovada do capitalismo faz crescer a desigualdade entre os povos. Fica clara a 
diferença entre ser um país pobre e ser um país rico, não tendo então a menor importância o sistema 
sociopolítico adotado pelas nações, uma a uma. 
 Enquanto o mundo bipolar era mantido sobre a força e o conhecimento dos meios de destruição, 
o mundo Norte/Sul tem sua base estruturada sobre o poder econômico. 
 Nações que estiverem distantes do poder, durante o período anterior, agora fazem valer o eu 
poderio econômico. É o momento do ressurgimento de países, como a Alemanha e o Japão, que de 
 
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dependentes que eram, aliados ao bloco capitalista, aparecem no cenário mundial como grandes 
potências econômicas. 
 A pobreza da maioria das nações do mundo fica cada vez mais aparentes. As graves crises de 
fome de diversos países africanos, como o Sudão, Etiópia, Eritréia, já não são socorridas. Às voltas com 
seus próprios problemas econômicos internos, as grandes potências já não mais precisam se preocupar 
com um possível alinhamento de nações ao bloco inimigo, pois este deixou de existir. 
 É um período em que está estabelecida a nova ordem mundial. 
 Os diversos problemas mundiais agora são vistos como um enfrentamento entre povos ricos e 
pobres do planeta. 
 Esse enfrentamento pode ser notado em diversos momentos: os ricos – não desejando perder 
sua posição econômica – criticam seriamente os povos pobres, colocando a responsabilidade da 
pobreza generalizada sobre os próprios pobres. Não conseguem – ou não querem – ver que a causa 
principal de tão grande desnível econômico entre povos está diretamente ligada a processos de 
dominação e de dependência, estabelecidos séculos atrás. 
 Procuram justificativas para a pobreza no grande crescimento populacional dos países pobres: é 
como se o número de filhos nas famílias fosse o responsável pelo aumento da pobreza. 
 O crescimento populacional nos países pobres é um dos problemas encarados pelos países do 
Norte sob um ponto de vista um tanto incorreto, trazendo á tona à carência alimentar. Esquecem-se de 
que os medicamentos eficazes no combate à mortalidade foram criação sua e por eles distribuídos, na 
busca de mercados consumidores. 
 A forma é atribuída ao despreparo dos povos pobres para a prática agrícola. Esquecem-se de 
que durante séculos, aqueles povos foram induzidos pelomercado externo, dominado pelos países 
ricos, a produzir apenas para a exportação. Sendo os maiores produtores mundiais de alimentos, os 
ricos transformam a comida em arma de controle econômico das nações submetidas. 
 Os grandes problemas ambientais que assolam o mundo são debitados aos países pobres, 
colocados no panorama mundial como os principais responsáveis pela exaustão dos recursos naturais 
do planeta. Os países ricos esquecem-se, convenientemente, de que seu desenvolvimento tecnológico 
se deu a partir da exploração desses recursos em seu território e, posteriormente, nos países pobres, 
que são seus fornecedores de matérias-primas ao longo do tempo. 
 Uma amostra desse comportamento pode ser vista no desenrolar do processo de “salvação” das 
grandes reservas florestais do mundo, quando são espalhadas pelo planeta idéias pouco científicas de 
que o mundo pobre estaria, Poe exemplo, acabando com o “pulmão do mundo”, como ficou conhecida 
pelos meios de comunicação a Floresta Amazônica. Outra amostra, bem significativa, é o aumento de 
gás carbônico na atmosfera da Terra, cuja responsabilidade recaiu sobre os ombros dos povos pobres, 
por praticarem queimadas de áreas florestais para a atividade da agricultura. Os povos ricos se 
esquecem de que a maior parte do gás é proveniente da queima de combustíveis fósseis dos motores de 
automóveis e de que a maior parte absoluta dos veículos está concentrada nos países do Norte. 
 As conferências mundiais do Meio Ambiente, em 1992- ECO 92, da população, em 1994, no 
Cairo, e a da Mulher forma tratadas dentro do enfoque de um mundo dividido entre pobres e ricos. 
 
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 Nos anos 90, fica clara a nova divisão mundial: um mundo rico, localizado ao norte, composto de 
uns poucos países centrais, pólos de decisão político-econômica, identificados ao longo dos séculos; e 
um mundo pobre, ao sul, composto de uma infinidade de países de povoamento muito antigo, mas de 
reconhecimento político recente. 
 
8.4 - A NOVA ORDEM MUNDIAL 
 
No final da década de 80, com a desintegração do sistema socioeconômico socialista, tem fim a 
divisão do mundo bipolar, estabelecida ao final da Segunda Guerra. Não existem mais as condições de 
oposição entre os dois sistemas defendidos pelas grandes nações: USA e URSS. 
 A União Soviética deixa de existir. Os Estados Unidos enfrentam problemas internos, 
atravessando séria crise econômica, resultado da “década perdida”. Porém, como a antiga divisão do 
mundo estava estabelecida no poderio político-militar, os Estados Unidos apresentam-se, no primeiro 
instante da queda da bipolaridade, como a única nação hegemônica do mundo. É a única nação que 
mantém um certo controle sobre as outras, baseada no seu poder de armamento. Essa situação de 
único líder mundial, porém, dura pouco tempo. Logo são reconhecidas condições para o estabelecimento 
de uma Nova Ordem Mundial. 
 A nova Ordem Mundial é estabelecida sobre uma ordem econômica, sobre o domínio do 
conhecimento e sobre o domínio de desenvolvimento tecnológico. 
 A tecnologia e o poder econômico trazem de volta ao panorama político mundial nações que 
haviam sofrido o domínio político-militar no mundo bipolar. O Japão e a Alemanha ressurgem no cenário 
mundial. 
 A tecnologia japonesa – desenvolvida sobre os escombros da Segunda Guerra – ao longo dos 
anos de reconstrução deixa o país na confortável posição de uma das nações mais desenvolvidas do 
mundo. Seu arsenal de novidades, iniciado com um simples rádio de pilhas portátil, invade todos os 
quadrantes do planeta. Poucas nações estão em condições de competir com o preço dos produtos 
japoneses. Tendo por base uma mão-de-obra altamente especializada, barata e dócil, empenhada na 
reconstrução da pátria, o parque industrial japonês tem condições de oferecer produtos de alta 
qualidade, acabamento e precisão a pecos incompatíveis com seus similares fabricados em outros 
lugares. Os produtos japoneses vencem em todos os mercados. O Japão apresenta uma situação 
econômica invejável perante as nações: é o único país a atravessar a “década perdida” apresentando 
lucros, não dívidas. A primeira impressão que se tem dos anos 90 é a de que o Japão será o grande pólo 
da Nova Ordem Mundial. 
 A Alemanha capitalista, no período posterior á Segunda Guerra, refaz-se dos prejuízos 
econômicos e torna-se a nação européia mais equilibrada economicamente nos anos 80. Prepara-se 
para ser um dos líderes da Europa Unificada. Porém, sofre sérias perdas econômicas com a 
reunificação. Ao tornar a si a responsabilidade de dar ao povo alemão uma única pátria, a Alemanha 
Ocidental arca também com o ônus econômico. Os gastos são enormes. Porém, já nos meados da 
década de 90, a Alemanha. Já reunificada, refaz-se dos gastos econômicos da reunificação. Enfrenta 
para todos tipos de problema, como a falta de emprego para todos os alemães, o que cria situações de 
 
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extrema aversão aos estrangeiros, que estão trabalhando ou mesmo morando na Alemanha (xenofobia). 
É a Alemanha para alemães. 
 
8.5 - O Neoliberalismo 
 
 A derrocada do socialismo dá novo vigor ao capitalismo. As nações ricas capitalistas do mundo 
buscam no neoliberalismo a forma ideal do capitalismo. Os principais expoentes da política neoliberal 
são os EUA, com a política agressiva, modelo Rambo, do ex-presidente Ronald Reagan, e a Grã-
Bretanha, com o modelo político da dama de Ferro, a ex-primeira ministra Margaret Thatcher. 
 O neoliberalismo é uma doutrina econômica, elaborada na década de 30, para adequar o 
capitalismo às novas condições do século XX. É retomado no fim das décadas de 70 e 80, procurando 
dar novas forças ao capitalismo. Para a política neoliberal, o Estado deve intervir indiretamente na 
economia, deixando que as leis do mercado sejam a principal forma de orientação econômica. Também, 
para o neoliberalismo, o Estado não deve exercer funções assistencialistas, como previdência social, 
deixando essa responsabilidade para a sociedade civil, isto é, que o próprio cidadão resolva seus 
problemas de saúde, aposentadoria e outros. Manter a estabilidade dos sistemas financeiro e monetário 
é, para o neoliberalismo, função do Estado, assim como o controle de inflação. A livre concorrência e a 
liberdade das empresas são mantidas. Para disciplinar a economia e os abusos da livre concorrência, 
são criados os blocos econômicos. 
 
O Mundo Bipolar dos Anos 1990 e início do século XXXI 
 
Figura 20. Fonte: Adaptado de Vesentini, J.W. Sociedade e espaço – Geografia 
geral e do Brasil. São Paulo, Ática, 1999. 
 
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Os Blocos Econômicos do Norte 
 
 A nação de “bloco” traz a idéia de “conjunto”. Os blocos econômicos são formados a parir de um 
agrupamento de países que apresentam condições econômicas semelhantes e se unem para se 
fortalecer no mercado. 
 A nova Ordem Mundial é uma ordem econômica. Com a prática do neoliberalismo na economia 
mundial, nasce a necessidade da formação de blocos econômicos para um enfrentamento econômico 
em condições de mais igualdade ente os países e para o estabelecimento do poderio econômico dentro 
da Nova Ordem Mundial. 
 Os blocoseconômicos estão intimamente interligados: suas grandes empresas fazem 
investimentos em diferentes países, garantindo presença em todos os blocos. O objetivo é atingir a 
totalidade do mercado consumidor, uma vez que os centros econômicos exercem influência sobre o 
restante da humanidade, esta dividida em áreas de influência de cada um dos blocos. 
 Os blocos econômicos possuem apenas 25% da população do planeta, mas dominam cerca de 
80% da riqueza mundial. 
 Lideram esse poderio três blocos, que são: NAFTA, A EU – União Européia e a APEC, que 
controlam a riqueza e o desenvolvimento tecnológico e científico do mundo atual. 
 
Sul - o Bloco dos Países Pobres 
 
A linha da pobreza não é a linha do Equador; o sul pobre invade o norte geográfico da Terra. A linha 
da Pobreza passa, grosso modo, ao norte do Trópico de Câncer. 
Todos os países do sul são subdesenvolvidos, exceção feita à Austrália / Nova Zelândia. 
Impressiona o número de pobres e miseráveis: 1,16 bilhão de pobres, isto é, indivíduos dispondo de 
apenas 370 dólares por ano para viver. 
Segundo dados levantados pela ONU, temos: 
� Cerca de 1 bilhão de seres humanos vive em miséria absoluta; 
� Mais de 1 bilhão passa fome; 
� 1,5 bilhão vivem sem acesso à água potável; 
� Quase 1 bilhão é analfabeto. 
 
Outros indicadores negativos são as altas taxas de crescimento populacional associados ao 
baixo crescimento econômico. As diferenças entre o Norte desenvolvido e o Sul pobre deverão crescer 
cada vez mais nos próximos anos. 
Essas diferenças já são tão grandes que se substitui o temor do uso de bombas nucleares, 
comum no período da Guerra Fria, pelo medo da fome, de doenças epidêmicas e da miséria. Surgem, 
por isso em vários países, movimentos nacionalistas. 
A enorme massa de pobres que está concentrada no Sul encontra-se maioritariamente na Ásia 
meridional, que conta com 30% da população do Terceiro Mundo e representa metade dos pobres dos 
 
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países subdesenvolvidos. O leste e o sudeste da Ásia contam com 280 milhões de pobres, 210 milhões 
na China; 420 milhões na Índia, os outros países da região assolados pela pobreza são: Vietnã, 
Camboja e Filipinas. 
A América Latina e o Caribe contam com apenas 12% da população do Terceiro Mundo, embora 
7% dos pobres estejam concentrados nessa região, representando 70 milhões de pessoas. 
O Oriente Médio e a África do Norte contam, com 60 milhões de pobres, mas o fenômeno tende 
a se agravar em alguns países, como o Iraque e a Argélia. 
A África Sub-saariana, que conta com 12% da população do mundo subdesenvolvido, concentra 
16% dos pobres do Terceiro Mundo, representando 180 milhões de pessoas. E a indigência se agrava a 
cada ano nessa área, a tal ponto que o centro da gravidade da pobreza do mundo desloca-se do sudeste 
da Ásia para África. 
Em dez anos, a dívida do Terceiro Mundo mais do que dobrou, atingindo 1.340 bilhões e dólares, 
sendo a América Latina o continente cujo produto interno e cujas possibilidades de pagamento são 
menores. 
Embora concentrado a enorme massa de pobres e detento dívidas astronômicas, o Sul ou 
Terceiro Mundo interessa aos países do Norte enquanto espaço de expansão para suas economias, 
como mercado ou como fornecedor de produtos estratégicos de sua linha de montagem industrial. 
Disputado pelos megablocos do poder econômico, o espaço geográfico do Terceiro Mundo está 
dividido em áreas de domínio das potências centrais. 
� América Latina: espaço dominado pelo bloco econômico dos EUA; 
� Norte da África: espaço sob interesse da Europa, que reivindica seu passado de colonizador do 
continente; 
� Leste e Sudeste Asiático e Oceania: pela proximidade e interdependência econômica, essa 
região encontra-se sob o domínio do bloco econômico comandado pelo Japão. 
 
8.6 - O Mundo Globalizado 
 
Uma Aldeia Global 
O avanço da tecnologia é o responsável pela rapidez de produção e de transferência de 
mercadorias de uma parte à outra da Terra. 
A tecnologia é a responsável pelo fenômeno da globalização, um fenômeno que tem sido tema 
de várias discussões, pelo mundo afora, nos últimos tempos. 
Inicialmente, falava-se apenas na globalização da economia. Hoje, ela atingiu todos os setores 
da vida humana. 
A globalização é um fenômeno que se intensifica a partir da década de 70 e alcança grande 
velocidade a partir dos anos 80. 
Grandes transformações já aconteceram em várias épocas. Aconteceram no século XVIII, 
durante a Revolução Industrial, numa velocidade muito menor. Alcançaram o mundo, mas isto demorou 
pelo menos dois séculos. Agora não. Os avanços técnicos e científicos alcançaram quase que 
imediatamente o mundo todo. 
 
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Costuma-se dizer que o mundo é outro depois da Segunda Guerra Mundial. E é verdade. Os 
esforços científicos e tecnológicos desenvolvidos na produção dos artefatos da guerra foram sendo 
transferidos para a comunidade civil, nos anos seguintes ao final da guerra. 
Os avanços tecnológicos, que resultaram na corrida espacial, na conquista da Lua e nos 
conhecimentos sobre o espaço exterior, permitiram uma utilização dos seus subprodutos nessa corrida 
científica. A comunicação imediata a longas distâncias, a transmissão de imagem e som, a invenção de 
cérebros eletrônicos (os computadores), a utilização de fibras óticas nos mais variados trabalhos 
humanos, dos satélites do “laser” são exemplos de tecnologias descobertas com o avanço da ciência 
nos tempos do pós-guerra. 
A soma das várias tecnologias desenvolvidas acabou gerando robôs. Inicialmente, eles foram 
utilizados nas explorações espaciais, desempenhando tarefas difíceis de serem executadas pelos 
homens. Daí, eles acabaram ocupando lugar de destaque na linha de produção e de montagem das 
fábricas das grandes empresas transnacionais. Hoje, as grandes indústrias produzem mais, melhor, em 
menos tempo, cada vez que modernizam sua linha de produção, substituindo o trabalhador humano 
pelas máquinas. Disso resulta o fenômeno do desemprego, que é a marca da globalização. 
Com a produção multiplicada e com os sistemas de transporte cada vez mais eficientes, as 
mercadorias alcançam todos os mercados do mundo. 
É a globalização da cidade um produto fabricado em outro continente. 
Como acontece a globalização? 
Sempre está em jogo o preço da produção das mercadorias. Veja: 
� O produto compra a matéria-prima em qualquer lugar do mundo, onde ela seja de melhor qualidade 
e de preço mais barato; 
� Instala a sua fábrica onde a mão-de-obra fique mais em conta – deve ser altamente especializada e 
mais barata -; pode estar em qualquer lugar, Cingapura ou Chile, isto não tem a menor importância; 
� Depois de fabricada, o produtor distribui e vende a sua mercadoria para o mundo inteiro. 
 
Com esse processo, é produzido um entrelaçamento econômico no mundo inteiro. Esse entrelaçamento 
vem acontecendo desde a pré-história, mas a partir dos anos 80, ele vem sendo feito numa velocidade 
espantosa. E a velocidade das transformações tem desorientado as pessoas no mundo todo. 
Uma das principais transformações refere-se ao emprego. De uma hora para outra, as pessoas 
estão perdendo seus empregos para as máquinas. O índice de desemprego, na década de 90, é muito 
mais alto e atinge principalmente os países mais industrializados. 
O interesse por mão-de-obra mais baratatem levado as grandes empresas a procurarem 
trabalhadores em países onde o preço do trabalho seja menor. Os países pobres que investiram no 
treinamento e na especialização de sua mão-de-obra mais barata têm sido os mais procurados, como é o 
caso dos Tigres Asiáticos. 
Desemprego é a palavra mais escutada pelos trabalhadores. A busca da “qualidade total” e seus 
métodos tem provocado um volume muito grande de desempregados. Essa é uma das causas do 
crescimento do setor terciário da economia de todos os países do mundo. O comércio e os serviços têm 
 
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oferecido oportunidades de emprego para a população desempregada. Mas até essas atividades vêm se 
modificando. Hoje se vende quase tudo pela televisão. E nas outras atividades acontece o mesmo. 
A globalização desencadeou novos padrões de consumo em todo o mundo, que abrangeram 
desde a higiene pessoal até a alimentação. A necessidade de consumir os mesmos produtos em todos os 
lugares da Terra aumentou demais a demanda.O aumento do consumo dos mais variados produtos 
aumentou, logicamente, a sua produção. Como você sabe, para a produção das variadas matérias-primas. 
O crescimento da exploração dos mais diversos tipos de matérias-primas acabou por alterar o equilíbrio 
dos recursos naturais do planeta. 
E o principal recurso natural do planeta é a água. 
Utilizada pelo homem para sua sobrevivência, pois o corpo humano necessita de grande 
quantidade de água para viver, ela também é utilizada em todos os processos de produção, desde a 
produção de alimentos até a produção de bens, qualquer um deles, sejam chapas de aço ou alumínio, seja 
geladeira ou carro, seja um tecido ou uma máquina. E a água potável, isto é, aquela ao consumo dos 
seres vivos – pessoas, animais e vegetais -, está se escasseando. Os grandes mananciais de água doce 
do mundo estão localizados nos países tropicais, países subdesenvolvidos ou países do Sul. Essa 
informação dá muito que pensar. Leia o próximo texto com bastante atenção e pense na seguinte questão: 
Como a globalização pode interferir na sobrevivência da humanidade no planeta Terra? 
 
Para você saber mais 
 
 País não precisa ser rico para ingressar na Terceira Onda 
 Alvin Toffler diz que o Vale do Silício, na Califórnia, compra chips s softwares na Malásia e na 
Índia. 
 
Rio – Nos anos 70, quando os computadores eram gigantescos, o sociólogo Alvin Toffler previa que os 
modelos de pequeno porte se espalhariam pelos lares em todo o mundo. Isso resultaria em uma nova 
economia, uma nova política e uma nova educação. Nesse momento nascia a Terceira Onda, um termo 
cunhado por ele e também título de um de seus livros, para definir a sociedade da informação e da 
tecnologia, sucessora da Segunda Onda, a dá produção industrial massificada, e da Primeira Onda, a 
agrícola. 
 Para Toffler, uma nação não precisa ser rica e poderosa para entrar na Terceira Onda. O 
problema é que não há fórmula para eliminar o desemprego causado pelas mudanças. 
 Toffler esteve no Brasil acompanhado da mulher, Heidi, co-autora de suas obras, para um 
seminário internacional promovido pela Universidade de Gama Filho, com apóio de O Estado e da 
Agência Estado. 
 Ele também lançou o livro “Criando uma Nova Civilização”, publicado pela Editora Rocco. A 
seguir, alguns trechos da entrevista: 
 
 
 
 
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Mudanças provocam aumento do desemprego 
 
� Desemprego - quando da revolução industrial houve um grande deslocamento da população rural, 
que ficou sem função, e não há dúvida de que com a terceira Onda, vai haver deslocamento da 
produção da Segunda Onda: do contingente de trabalhadores na produção baseada na indústria 
massificada. Seria ingenuidade imaginar que isso vá se dar sem traumas, e nem há por enquanto 
solução para o desemprego provocado por esse fenômeno. 
� Retreinamento - Hoje, nos EUA, há uma grande discussão sobre o que fazer para readaptar os 
desempregados da Segunda Onda à Terceira Onda. Li um trabalho sobre a história do desemprego 
nos últimos 500 anos e fiz uma lista de todos os programas para enfrentá-lo, não vi nada que 
pudesse ser usado agora. O governo americano está discutindo um programa de retreinamento. 
Nesse debate há duas correntes. Uma diz que os recursos a serem destinados ao programa devem 
ir para os EUA, que o promoveriam; outra. Defende que o dinheiro seja entregue a cada indivíduo, 
para que ele faça com os recursos o que quiser. 
� Computadores – Em 1980, somente 10% dos computadores estavam ligados em rede. Em 94, esse 
percentual pulou para 60%. Perto de 30 milhões de americanos já trabalham em casa, geralmente 
usando micro e fax. A tendência é de que esse movimento se acentue: o trabalhador não perderá 
horas preciosas para ir trabalhar num escritório ou fábrica. Assim, ele ganhará mais. 
� Os países industrializados e a Terceira onda – Dizer que a Terceira Onda é monopólio de poucos e 
ricos países não passa de uma falácia. Hoje o Vale do Silício, na Califórnia, compra chips da Malásia 
e softwares produzidos na Índia. O próprio Japão enriqueceu por ter centrado seus esforços na 
produção de bens com tecnologia da Terceira Onda, tornando-os mais baratos. 
� Educação – Como todas as estruturas de Segunda Onda, a educação também precisa mudar, pois 
as escolas não podem ser mais como fábricas, de onde saem adultos padronizados. O mercado não 
terá lugar para esse tipo de educação. 
� Quarta Onda – Estará ligada à combinação das tecnologias da mente: a informação aliada à biologia 
genética. Isso ocorrerá quando essa Onda finalmente se concretizar. Haverá conflitos até que se 
estabeleça o que é humano e o que não é. 
Fonte: Jornal “O Estado de São Paulo”, 29 de outubro de 1995. 
 
Questões Comentadas 
 
1. (PUC-MG) “Devido à globalização da economia, o déficit nas suas contas provocou estresse nas 
bolsas da América Latina e abalou profundamente o sistema financeiro mundial. A sua crise revelou-
se capaz de levar o caos ao sistema financeiro mundial, pondo em xeque as economias do primeiro 
mundo”. 
O texto se refere ao seguinte país: 
a) Argentina 
b) Brasil 
c) México 
 
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d) Peru 
e) Venezuela 
Resposta: c 
 Comentário: A bancarrota mexicana trouxe para a América Latina o medo generalizado da 
economia Neoliberal. A ajuda dos EUA ao México deu-se por diversos motivos, entre eles o chamado 
“efeito dominó”, quando o problema atingisse o Brasil, a Argentina e o Chile. 
 No ano de 1997, nova crise atinge o mundo. Agora, são os países do Sudeste Asiático que 
levam pânico às bolsas de valores, levando à conclusão de que o dinheiro volátil é uma conseqüência da 
globalização. 
 
2. (PUC-MG) Todas as afirmativas a seguir fortalecem a tendência à Globalização, que, por sua vez, 
influencia a organização do espaço mundial, EXCETO: 
a) Um direcionamento para um mercado unificado, já que a economia mundial vai se 
transformando numa zona única de produção e de trocas. 
b) Empresas mundializadas, gerando sobre uma base planetária a concepção, a produção e a 
distribuição de seus produtos e serviços. 
c) Um quadro regularmente e institucional que permite controlar,em escala planetária, a 
interdependência econômica e política. 
d) Poucas áreas que não possuem ser consideradas integradas, mesmo indiretamente, à produção 
mercantil. 
e) Empresas multinacionais que dividem os continentes em espaços de produção e consumo, 
como se não existissem fronteiras políticas. 
Resposta: c 
Comentário: Não existe, a nível regulamentar e institucional, um organismo mundial gerenciador 
a globalização. Blocos econômicos são a forma de estabelecimento de relações de interdependência 
política e econômica entre as nações do mundo. 
 
3. Não é fator que condiciona a configuração de uma nova ordem internacional: 
a) A consolidação de uma unificação européia. 
b) A emergência do Japão e Alemanha como potências. 
c) O fortalecimento da hegemonia econômica, militar do s Estados Unidos. 
d) O fortalecimento do bloco oriental com a industrialização dos “Tigres Asiáticos”. 
e) As transformações econômicas dos países socialistas. 
 
Resposta: e 
 Comentário: A desagregação socialista não trouxe transformações econômicas que permitissem 
a inserção imediata dos países socialistas na nova ordem econômica. A nova ordem se estabeleceu 
sobre bases econômicas e formação de blocos englobando grupos de países já estruturados 
economicamente. 
 
 
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4. (PUC-MG) São mudanças fundamentais que ocorreram no mundo pós-89 EXCETO: 
a) Fortalecimento de oposição culturais, étnicas, nacionais e religiosas, ampliando os conflitos, 
como no Oriente Médio. 
b) Surgimento de uma nova ordem multipolar, com a expansão de potências médias, absorvendo 
parcelas significativas do poderio econômico e tecnológico. 
c) Crise das economias socialistas planificadas, agravada pela desarticulação territorial de países 
como Alemanha Oriental e União Soviética. 
d) Desarticulação espacial do poder, beneficiando o intenso desenvolvimento de países periféricos 
como Brasil e México. 
e) Abertura de mecanismos de mercado na China, apesar da centralização política, favorecendo 
sua expansão econômica e relações comerciais. 
 
Resposta: d 
 Comentário: A desarticulação espacial do poder não favoreceu os países periféricos como o 
Brasil e México e sim trouxe uma nova divisão econômica do mundo. Quanto aos países periféricos, 
diferenciou os emergentes do restante. 
 
5. A globalização, a partir da década de 80, trouxe, além de interdependência dos povos e das 
economias mundiais, a criação de megablocos e mercados regionais. No Brasil, a nova situação se 
relaciona 
 
a) à desvalorização do real e à reduzida dependência externa. 
b) ao nível tecnológico do setor informal e ao desemprego estrutural. 
c) ao aumento do poderio militar e à criação de um bloco econômico do Sul. 
d) à privatização das empresas estatais e ao aumento do capital estrangeiro em setores estratégicos. 
 
6. Referindo-se ao conflito Norte-Sul, é INCORRETO afirmar que 
a) a fronteira entre esses dois mundos é o Equador, reforçando o caráter geográfico dessa 
regionalização. 
b) a oposição “Norte x Sul”, de natureza essencialmente econômica, difere do extinto conflito Leste x 
Oeste, de natureza geopolítica. 
c) as migrações em massa, se constituem em um fenômeno preocupante, por causa de suas dimensões 
sociais, econômicas, culturais e geopolítícas. 
d) os governos de países em desenvolvimento têm se empenhado em tratados de cooperação, 
aumentando o poder de negociação nos organismos internacionais. 
 
7. Sobre o processo de globalização, é correto afirmar que 
a) acelera o processo competitivo avançando na informatização, automatização e na robotização das 
atividades produtivas. 
b) toma o espaço mundial mais homogêneo diminuindo as desigualdades, tanto entre os países como 
 
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entre os segmentos sociais. 
c) preocupa-se com a eliminação das barreiras entre as nações, enfraquecendo as grandes corporações 
econômicas e fortalecendo o Estado. 
d) é um processo exclusivamente econômico, liderado pela ação das empresas transnacionais, agora 
chamadas firmas globais. 
 
8. A União Européia entrou em vigor em novembro de 1.992, em substituição à Comunidade Econômica 
Européia, de acordo com o tratado assinado em dezembro de 1.991, na cidade de Maastricht. Este 
tratado, além de redefínir os requisitos fundamentais para a aceitação de um país no interior da 
União, estabelece, como objetivos, a criação de uma moeda única, o euro, e a definição de uma 
política externa comum. 
 
No atual momento, a União Européia encontra-se na seguinte etapa de integração: 
 
a) união econômica e monetária. 
b) zona de livre comércio. 
c) união aduaneira. 
d) união política. 
 
9. Sobre a globalização, NÃO é correto afirmar que 
a) o atual momento da expansão capitalista é marcado pelo avanço dos meios de comunicação e de 
transportes. 
b) a cooperação internacional entre governos se reduz, gradativamente, em função do crescente 
isolamento das nações. 
c) as mudanças tecnolôgicas provocam o desaparecimento de determinadas profissões ligadas às áreas 
industriais e financeiras. 
d) o novo processo de reestruturação das empresas aumentou a competitividade entre os países, 
distanciando os ricos dos pobres 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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9. BLOCOS ECONÔMICOS 
 
9.1 - Origem 
 
 Em 1948 alguns países da Europa Ocidental criam os primeiros blocos econômicos mundiais (o 
BENELUX e a OECE0) para enfrentarem a concorrência e influência dos norte-americanos, fortalecendo 
assim os Estados membros dos blocos. Estas experiências de blocos culminaram no Tratado de Roma, 
de 1957, que criou a CEE (COMUNIDADE Econômica Européia) ou MCE (Mercado Comum Europeu), 
pais da atual União Européia (EU). Eram signatários deste tratado os países do BENELUX (Bélgica, 
Luxemburgo e Holanda) A França, a Itália e a Alemanha Ocidental (até 1991 a Alemanha se dividia em 
Ocidental, capitalista, e Oriental, socialista). Paralelamente a criação da CEE, criou-se em 1959 a AELC 
(Associação Européia de livre Comércio) formada por: Áustria, Dinamarca, Noruega, Suécia, Suíça e 
Reino Unido. Em 1986 esvaziou-se a AELC em função do CEE, com a assinatura do Ato Único Europeu. 
Em 1991 foi criada a União Européia em substituição a CEE. A UE torna-se então o bloco mais integrado 
e desenvolvido do mundo. 
 Com o fim do modelo bipolar e o início do modelo multipolar se intensificam a integrações entre 
os países (podemos notar este fenômeno ao analisarmos as datas de criação dos blocos econômicos). A 
formação das zonas independentes de livre-comércio é um dos aspectos do processo de globalização, 
sendo uma de suas características principais a liberalização econômica (neoliberalismo). Os Estados 
tendem a deixarem de lado as políticas de defesa de seus produtos, as barreiras comerciais e as 
limitações ao livre fluxo de capitais ao mesmo tempo em que procuram se unir para garantirem 
mercados para seus produtos. Ocorre então uma tendência ao regionalismo que leva ao 
desenvolvimento de blocos econômicos.Os blocos econômicos acabam se tornando uma imposição da 
nova ordem global para os Estadosgarantirem seu ¨status quo¨ na geopolítica multipolar.Assim surge 
um Novo Mundo polarizado por alguns blocos centrais, outros periféricos e muitos países parias 
desconectados ou pouco conectados ao novo paradigma global. 
 
 
9.2 - Conceitos 
 
O que são os Blocos Econômicos? 
 
 São associações de países que estabelecem relações comerciais privilegiadas entre si (que nem 
sempre são, mas em geral são de uma mesma religião geográfica) e que se subdividem em fases de 
integração econômica, podendo ou não atuar de forma conjunta no mercado internacional. 
Posteriormente amplia-se ou não o objetivo inicial, atendendo aos objetivos comuns dos membros, 
definindo assim o estágio de desenvolvimento do bloco econômico. Os blocos tendem sempre a 
aumentar a interdependência das economias dos países membros. 
 
 
 
 
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Fases de Integração Econômica ou Estágios de 
Desenvolvimento do Bloco Econômico 
1ª ZONA DE LIVRE 
COMÉRCIO: 
 
Nesta fase de integração estuda-se somente a redução ou 
eliminação das taxas alfandegárias que incidem sobre a troca de 
mercadorias entre os países membros do bloco. Dependendo das 
negociações entre os países as taxas podem ou não cair. 
Exemplo: o NAFTA e futuramente a ALCA. 
2ª UNIÃO ADUANEIRA: 
 
Abertura parcial ou total, dependendo do que negociado entre os 
membros do bloco, dos mercados internos de cada país aos demais 
integrantes do bloco. Regulamentação do comércio com outras 
nações COM O USO UNIFICADO PELO BLOCO DE UMA Tarifa 
Externa Comum (TEC) para os países externos ao bloco. Política 
externa comercial unificada e negociações comerciais do bloco com 
países externos e do bloco com outros blocos. 
Exemplo: MECOSUL. 
Abertura parcial ou total, dependendo do que negociado entre os 
membros do bloco, dos mercados internos de cada país aos demais 
integrantes do bloco. Regulamentação do comércio com outras 
nações COM O USO UNIFICADO PELO BLOCO DE UMA Tarifa 
Externa Comum (TEC) para os países externos ao bloco. Política 
externa comercial unificada e negociações comerciais do bloco com 
países externos e do bloco com outros blocos. 
Exemplo: MECOSUL. 
3ª MERCADO COMUM: 
 
Superada a fase de união aduaneira, atinge-se uma forma mais 
elevada de integração econômica. Continua a TEC unificada. Livre 
circulação de pessoas, serviços e capitais entre os países membros 
sem restrições .Adoção de uma padronização legislativa das leis 
nacionais de cada membro do bloco nos setores econômico 
trabalhista fiscal e ambiental. 
Exemplo: Européia até 1998. 
4ª 
União Econômica e 
Monetária ou União 
Político e Monetária: 
 
Evolução do Mercado Comum. Harmonização das leis e políticas em 
áreas como agricultura e pesca, transporte, meio-ambiente, 
indústria, pesquisa e desenvolvimento, saúde,justiça, educação, 
energia e turismo.Livre circulação de mercadorias, capitais, serviços 
e pessoas. Qualquer cidadão pode morre trabalhar em qualquer um 
dos países do bloco, como também votar e se candidatar ao 
parlamento. Criação do parlamento, tribunais, bancos e organismos 
de desenvolvimento. Adoção de moeda única. Adoção de uma 
presidência (rotativa entre os países membros).apesar da unificação 
a soberania dos Estados Nacionais é mantida em uma coexistência 
com o bloco. 
Exemplo: união Européia atualmente. 
5ª 
INTEGRAÇÃO 
POLÍTICO ECONOMICA 
TOTAL 
 
Próximo estágio de evolução dos blocos econômicos. Os Estados 
Nacionais perdem sua soberania em prol de uma autoridade 
supranacionacional, apoiada por um parlamento, com poderes para 
legislar e executar as políticas e leis do bloco. As decisões dessa 
autoridade devem ser acatadas por todos os estados 
membros.estágios ainda não alcançado por nenhum bloco mundial. 
 
 
 
 
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QUADRO COMPARATIVO DOS PRIANCIPAIS BLOCOS ECONÔMICOS DO MUNDO 
Bloco Criação Número de membros 
População (em 
milhes de hab. ) 
PIB (em bilhões 
de US$) 
PIB per-capita 
(US$) 
ASEAN 1967 10 536.441 636.147 1.228 
CAN (Pacto 
Andino) 
1969 
5 membros e 1 
observador (Panamá 
116.900 277.121 2.450 
CARIOM 1973 
15 países membros. 
4 territórios e 1 
observador (Cuba) 
14.854 31.284 2.167 
NAFTA 1988 3 421.600 11.099.800 10.748 
APEC 1989 
20 países e 1 
território (Hong Kong) 
2.595.541 19.179.657 7.560 
CEI 1991 12 281.700 356.938 1.265 
União 
Européia 
1991 15 377.348 7.836.341 8.459 
MERCOSUL 1991 
7 países (4 membros 
plenos e 3 
associados) 
272.600 1.039.946 3.919 
SADC 1992 14 211.729 181.216 911 
UA 2002 52 799.907 538.847 701 
 
Fonte: Bird, Fundo de População da ONU, OMC. Europe Yearbook, FNJP, Almanaque Abril Ano 29. 
Org: Prof. Cristiano Fonseca Dutra. 
Dados de 2003: Dados de 2002: ‘Exclui os dados econômicos (PIE e PiB per-capita) de Miamar; ‘Exclui dados do Panamá; 
Excui dados de da Hepúolica Dominicana e de Cuba: Exclui dados dos futuros memlxos que ainoa estão adaptando suas 
economias para ingressarem na UE; ‘ Inclui dados dos paises membros e associados; Exclui dados da Prcvincia de Zanzibar 
pertencente à Tanzânia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Alguns conceitos importantes para melhor compreender tabelas e gráficos: 
PIB 
O produto interno bruto é o principal indicador das atividades econômicas de 
um país.representa a soma dos valores de todos os bens e produtos 
produzidos dentro do território de um país em um determinado período, não 
importando a nacionalidade das unidades produtoras. Quando as taxas de 
variação apresentam valores positivos, indicam crescimento (a produção no 
ano foi superior à do ano anterior) e, quando apresentam valores negativos 
indicam recessão (a produção não ano foi inferior à do ano anterior). 
PIB per-capita 
É o indicador de produtividade do país, obtido pela divisão do Produto Interno 
Bruto (PIB) pela população total. Se ele ficar estagnado durante um período, é 
porque as taxas de crescimento da economia não superam por grande margem 
o aumento anual da população, impossibilitando a melhoria no padrão de vida 
médio dela. 
PNB 
O Produto Nacional Bruto é a expressão em valor monetário de todos os bens 
e serviços produzidos com recursos de um pis, empregado dentro ou fora do 
território nacionais, pertencentes a pessoas ou empresas. Ao contrário do PIB, 
inclui o resultado de empresas no exterior e desconta os investimentos de 
capital estrangeiro dentro do território nacional. Na prática, a diferença entre 
PIB e PNB representa o tamanho da renda enviada ao exterior ou recebida 
dele. Quando o PNB é inferior ao PIB,o país remete mais renda do que recebe. 
Se a relação for inversa, o país recebe mais renda que envia. 
Renda 
Per-capita 
A renda per-capita representa quanto cada habitante receberia,.se o valor do 
produto nacional bruto (PNB)de um país fosse distribuído igualmente entre 
todos,sem considerar a concentração de riquezas. A renda per-capita, obtida a 
partir da divisão da renda total de um país pela população, é um indicador 
usado para medir o grau de desenvolvimento de uma nação. Este índice 
apresenta a desvantagem de esconder disparidades na distribuição de renda 
por se tratar de média. Porexemplo, um país pode ter uma renda per-capita 
bastante elevada, mas uma distribuição de renda desigual; ou,ao 
contrário,apresentar renda per-capita baixa pelo fato de a riqueza ser bem 
distribuída, não registrando grandes disparidades entre pobres e ricos. 
IDH 
O índice de Desenvolvimento Humano é um indicador elaborado pela ONU 
para medir e comparar a qualidade de vida em todos os países. Cálculo é feito 
com base em estatísticas de educação (grau de escolaridade), saúde 
(expectativa de vida) e rendimento l(renda per-capita). A escala varia de 0 a 
1.quanto mais próximo de 1, melhor é a qualidade de vida. 
Balança 
Comercial 
Relação entre as exportações e as importações realizadas por um país ou 
estado durante um determinado período. Quando as exportações excedem as 
importações, ocorre superávit da balança comercial. Com o inverso, o resultado 
se chama déficit. 
 
9.3 – Destrinchando os Principais Blocos Mundiais 
 
9.3.1 – MERCOSUL 
 
Mercado Comum do Cone Sul 
 
 O MERCOSUL é quarto maior bloco econômico do mundo. O Mercado Comum do Cone Sul foi 
criado em 1991 através do Tratado de Assunção, com o objetivo de eliminar as tarifas alfandegárias 
entre seus membros (Brasil, Argentina Paraguai e Uruguai). Com a assinatura do Protocolo de Ouro 
Preto, em dezembro de 1994, o MERCOSUL ganhou personalidade jurídica de direito internacional: o 
 
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Protocolo reconhece ao bloco competência para negociar em nome próprio, acordos com terceiros paí-
ses, grupos de países e organismos internacionais. Cabe mencionar, nesse contexto, o Acordo-Quadro 
Inter-regional de Cooperação Econômica, entre o MERCOSUL e a União Européia. Em seu processo de 
harmonização tributária, o MERCOSUL contempla a eliminação das tarifas aduaneiras e restrições não-
tarifárias à circulação de mercadorias entre os países membros, tendo por horizonte garantir, no futuro, a 
livre circulação de bens, serviços e fatores produtivos em um mercado comum. 
O bloco atualmente pode ser considerado uma União Aduaneira. Aproximadamente 90% dos produtos 
fabricados no bloco podem ser comercializados internamente sem taxas de importação. Alguns setores, 
porém, mantém barreiras tarifárias temporárias, que deverão ser reduzidas gradualmente. Além de abolir 
a maior parte das tarifas internas, o Mercosul estipula uma política fiscal com base em uma TEC 
unificada para diversos tens, o que significa a padronização das taxas de comércio exterior com países 
fora do Mercosul. Um significativo avanço no processo de integração. 
 O bloco mantém conversações com o Pacto Andino, desde 1998, para a unificação dos dois 
blocos em um só antes da integração de suas economias na formação da ALCA, que inclui os EUA, a 
mais poderosa economia do mundo. O Mercosul e o Chile têm manifestado grande vontade política para 
uma integração plena, mas a chance de isso acontecer num futuro próximo parece escassa. O Chile não 
é membro efetivo do bloco porque possui tarifas de importação mais baixas: enquanto no Mercosul a 
TEC é de 14%, em média, dependendo do produto, no Chile a tarifa de importação é única e está em 
9%. Essa taxa será reduzida progressivamente até 2006, quando atingirá 6%. O governo brasileiro tem 
sido o principal incentivador da incorporação do Chile, pois acredita que o Mercosul ganhará 
confiabilidade ao contar com a credibilidade que a economia chilena goza no mercado internacional. 
Atualmente raciocina-se que quando a TEC do MERCOSUL estiver compatível com as tarifas chilenas, 
este se integrará imediatamente ao bloco. Entretanto, em Dezembro de 2002, interesses comerciais 
norte-americanos que envolvem também a criação da ALCA e o enfraquecimento do MERCOSUL, 
pressionam o Chile a assinar um acordo bi-lateral de comércio com os EUA a taxas inferiores a 6%. Tal 
acordo praticamente inviabilizou a entrada do Chile no MERCOSUL a curto ou médio prazo. O Governo 
chileno explica à Argentina e ao Brasil que tal acordo aumenta ria em US$ 500 milhões anuais às 
exportações do Chile para os Estados Unidos. 
 Apesar dos altos e baixos e das crises (como a desvalorização do Real em 1998,0 acordo 
Chile/EUA em 2001 e a quebra da Argentina em 2002), o sucesso do MERCOSUL foi incontestável. O 
intercâmbio comercial intra-regional sofreu um acréscimo significativo verificado em todos os membros 
do bloco. Só no Brasil, que detém uma economia muito maior que a dos outros três membros plenos do 
bloco, este crescimento atingiu surpreendentes 271% entre 1990e 1999. 
 Existem algumas normas para a participação no bloco. Dentre elas podemos citar aquela que 
obriga o país membro a manter uma normalidade democrática, com pena do autor do seu 
descumprimento ser expulso do bloco. Esta norma foi muito importante como forma de pressão externa, 
na manutenção dos governos legais, nas recentes crises institucionais no Paraguai e na Bolívia. 
 Na XXIVª Reunião do Conselho do Mercado Comum do Cone Sul, finalizada em Dezembro de 
2003, o Peru foi aceito como o terceiro membro associado do MERCOSUL tornando-se o sétimo país a 
entrar para o Bloco Econômico, juntamente com o Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina (como 
 
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fundadores e membros plenos), ao lado de Chile e Bolívia (como membros associados). Vale ressaltar 
que nesta mesma rodada de reuniões dos Chefes de Estados, a Argentina apresentou a proposta de 
inclusão de Cuba no Mercado Comum do Cone Sul. 
 
Índices Gerais da economia dos países do Mercosul 
País 
População 
(milhões) 
(2002) 
IDH e 
ranking 
(2000) 
PIB (2000) 
(US$ bi) 
crescimento 
Médio (%) 
(1999/2000) 
PNB 
(US$ bi) 
(2000) 
Renda 
per-capita 
(US$) 
(2000) 
Principais 
Produtos de 
Exportação 
(2002) 
Saldo da 
Balança 
Comercial 
(US$ bi) 
(2000) 
Inflação 
anual 
(em %) 
(2000) 
Brasil 174,7 0,757 (73) 595,5 (2,9) 610,1 3.580 
Carros, aviões, 
minério de ferro, 
aço, cafpe, soja, 
carnes bovinas e 
de aves 
4,14 7 
Argentina 37,9 0,844 (34) 285,1 (4,3) 276,2 7.460 
Petróleo e seus 
derivados, 
autopeças, carne, 
soja, frutas e 
produtos químicos 
1,14 - 1 
Chile 15,6 0,831 (38) 70,5 (6,8) 69,8 4.590 
Manufatura 
básicas de metais 
e papel, 
autopeças, 
minérios (cobre) e 
produtos 
alimentícios (frutas 
e peixes) 
0,08 4 
Peru 26,5 0,747 (82) 53,5 (4,7) 53,4 2.080 
Manufatura 
básicas de metais, 
cobre, ouro, zinco 
e produtos 
alimentícios 
- 1,79 4 
Uruguai 3,4 0,831 (40) 19,8 (3,4) 20 6.000 
Animais vivos, 
couro, peles, 
carnes, soja e 
manufaturas 
básicas (têxtil). 
-01,17 5 
Bolívia 8,7 0,653 (114) 8,2 (4) 8,2 990 
Gás natural, 
madeiras, soja, 
minérios e folhas 
de coca e 
derivados. 
- 0,54 5 
Paraguai 5,8 0,740 (90) 7,5 (2,2) 7,9 1.440 
Eletroeletrônicos, 
Derivados do 
tabaco e soja. 
- 1,39 9 
 
Fonte: Bird, www.sindicatoorgbr/mmercosul, Almanaque Abril Ano 29, Cadernos do Mercosul No 25 Org: Prof Cristiano Fonseca 
Dutra Os dados incluem os números dos membros plenos (Brasil, Argentina Uruguai e Paraguai) e dos membros 
associados (Chile, Bolívia e Peru) do MERCOSUL. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MERCADO COMUM DO 
CONE SUL EM 2004 
 
 
DADOS GERAIS 
 
Área (Km²) 
Densidade 
(Hab/Km²) (2002) 
15.017.686 18,16 
 
Usuários Internet 
(milhares) (200) 
Defesa: Efetivos 
(milhares) gastos (bi 
US$) (2000) 
30.000 619,2 (26,560) 
 
Produção: 
petróleo/dia (milton) 
Gás/dia (terajoules) 
(1998) 
 
Exportações (bi US$) 
Impotações (bi US$) 
(2001) 
148.220 
(1.721.027) 
110.905 (117.967) 
 
Reservas 
Internacionais (bi 
US$) (2000) 
 
Dívida Externa (bi 
US$) (2000) 
 
 
Figura 21 - Adaptado de Vesentini, J.W. Sociedade e 
Espaço – Geografia Geral e do Brasil. São Paulo, Ática, 
1999. 
86.179 466.712 
 
9.3.2 - Acordo de Livre-Comércio da América do Norte – NAFTA 
 
 O NAFTA é uma zona de livre comércio, sendo o segundo maior bloco do mundo. Seus 
membros são os Estados Unidos, Canadá e México. Ela foi assinada pelos lideres dos países membros 
em 7 de Outubro de 1992. Entretanto somente em 1 de Janeiro de 1994 é que a Zona de Livre Comércio 
entrou em vigor. O objetivo é ter uma área de livre comércio com reduções tarifárias progressivas entre 
os países. O NAFTA sofre as mesmas críticas que a futura ALCA. Peca por ser muito mais um acordo 
comercial do que um projeto de desenvolvimento e integração política e econômica entre os países. 
 
 
As indústrias maquiladoras do México. Um exemplo 
para os futuros membros da ALCA. 
A “indústria maquiladora” refere-se às empresas que, instaladas no norte do México, funcionam 
basicamente como plataformas para a montagem de produtos cujos componentes já vêm prontos dos 
EUA. Os empresários aumentam sua taxa de lucro graças à disponibilidade de mão-de-obra-barata e 
menos protegida por direitos trabalhistas. E o acordo do Nafta garante a operação, já que isenta de 
tributação os insumos importados pelo México, desde que a maior parte da produção final seja 
 
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exportada. Apenas em 1999, as maquiladoras respondem por metade do volume das vendas externas 
mexicanas, que saltam de 83 bilhões de dólares em 1994 para 182,6 em 2000. Em contrapartida, o 
Nafta torna a economia mexicana extremamente dependente da norte-americana. O desaquecimento 
econômico dos EUA produz uma tendência recessiva do México nos últimos anos. Só que em função 
de tais indústrias, a economia mexicana passa a ser a décima do mundo em 2000, depois da do Brasil. 
Em 2001 o México passa a ser o maior pólo de investimentos diretos da América Latina, superando o 
Brasil. Especialistas dizem que se a ALCA for implantada do modo que os Estados Unidos planejam, 
uma onda sem precedentes de indústrias maquiladoras aportaram em território nacional. Seria este o 
tipo de indústria e empregos almejados pelo povo e governo brasileiro? Empresas que entram e saem 
sem o menor comprometimento com a nação, apenas com o lucro que ela possa dar. Empregos que na 
verdade tornam-se subempregos, vistos que teriam os seus direitos e salários reduzidos ao mínimo 
possível em prol do lucro. Tecnologias que apesar de se instalarem aqui nunca nos seriam repassadas. 
Enfim, sena este o modelo de desenvolvimento e soberania nacional que queremos para o Brasil? 
Autor: Prof. Cristiano Fonseca Dutra. 
 
 
 
Índices Gerais da economia dos países do NAFTA 
País 
População 
(milhões) 
(2002) 
IDH e 
ranking 
(2000) 
PIB (2000) 
(US$ bi) 
crescimento 
Médio (%) 
(1999/2000) 
PNB 
(US$ bi) 
(2000) 
Renda 
per-
capita 
(US$) 
(2000) 
Principais 
Produtos de 
Exportação (2002) 
Saldo da 
Balança 
Comercial 
(US$ bi) 
(2000) 
Inflação 
anual (em %) 
(2000) 
EUA 288,5 0,939 (6) 9.837,7 (3,5) 9.601,5 34.100 
Manufatura 
pesadas, 
equipamentos de 
transport e bens 
consumo. 
- 476,5 3 
Canadá 31,3 0,940 (3) 687,9 (2,9) 649,8 21.130 
Veículos e 
autopeças, papel e 
madeira. 
31,8 3 
México 101,8 0,796 (54) 57,5 (3,1) 497,1 5.070 
Petróleo, 
manufaturas, 
equipamentos de 
transporte e 
alimentos 
- 16,2 9 
 
 
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Figura 22 - Fontes: Europa Yearbook, Banco Mundial e FNUAP. 
 
9.3.3 – ALCA, Área de Livre Comércio das Américas 
 
 A contestação da formação da ALCA pode ser decifrada a partir mesmo do quadro que deverá 
formar o livre mercado: ela coloca no mesmo patamar a nação mais rica e mais poderosa do mundo, 
Estados Unidos, um dos raros países do primeiro mundo, o Canadá, e 32 outras nações que, com 
freqüência, são tratadas, nos estudos sociais e econômicos, como terceiro mundo, república das 
bananas, nações neocoloniais, subdesenvolvidas ou, no menos ruim dos casos, como ‘emergentes”. 
Somadas, seu produto nacional bruto é menos da metade do produto norte-americano. Só um estado 
daquele grande país, o Texas, é mais rico, mais poderoso que qualquer um dos outros 33 países que 
formarão a ALCA. A desproporção bastaria para colocar o Brasil de guarda contra essa área de livre 
comércio, mas há muito mais a questionar. Vejam-se, por exemplo, algumas medidas recentes da 
grande potência, quando estabelece medidas protecionistas para sua produção de aço e garante 
enormes subsídios para sua agricultura. Tecnicamente e nacionalmente, medidas inquestionáveis Na 
primeira, buscou proteger seu mercado e seus trabalhadores e produtores do campo, o que qualquer 
nação decente deve fazer. Contudo, na forma como estão postas, essas medidas têm profunda 
repercussão na economia internacional, comprometendoolivremercado. 
Um dos temas mais discutidos em relação a ALCA é o acesso a mercados. Essa abertura seria 
 
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possível por causa da redução, e posterior eliminação, das tarifas de importação que incidem sobre os 
diversos produtos, estabelecendo o livre comércio. Os mais otimistas acreditam que o acordo vai 
significar o acesso privilegiado de produtos brasileiros aos mercados de outros países, gerando um 
aumento nas exportações. Por outro lado, o mercado nacional também vai se abrir aos produtos 
estrangeiros, acirrando a concorrência interna. A redução das tarifas poderia beneficiaras produtos 
brasileiros que sofrem com a proteção norte-americana, os chamados produtos sensíveis, como suco de 
laranja, aço, siderúrgicos, calçados e fumo, ampliando sua fatia de mercado. Em contrapartida, os 
setores atualmente protegidos no Brasil, como o manufatureiro, o de produtos eletrônicos e o de 
informática, seriam afetados em termos de produção. 
 A área de Livre Comércio das Américas é uma proposta de integração comercial nos moldes de uma 
zona de livre comércio. Pertenceriam a ela todos os países das Américas, menos Cuba, somando 34 no 
total. Seriam 783 milhões de habitantes, com um PIB estimado em 12 Trilhôes dólares. Ocuparia a 
segunda colocação entre os maiores blocos econômicos do Mundo. Entretanto, a ALCA seria muito 
menos abrangente que o MERCOSUL, por exemplo. 
 
BLOCO 
ECONÔMICO 
OBJETIVOS 
ALCA Discutir apenas a redução ou eliminação das tarifas alfandegárias. 
MERCOSUL 
É uma proposta de integração e criação de um Mercado Comum. 
É intenção zerar as tarifasa alfandegárias entre os países 
membros, criar uma TEG única e ampla para o bloco e permitir 
livrecirculação de bens, serviços e pessoas. 
 
9.3.4 - UE - União Européia 
 
 A UE é o bloco de integração mais completo do mundo, sendo o terceiro maior do mundo. Seus 
membros são o Reino Unido, Alemanha, França, Itália, Suécia, Finlândia, Holanda, Dinamarca, Bélgica, 
Portugal, Espanha, Grécia, Austria, Irlanda e Luxemburgo. O bloco elimina as barreiras fronteiriças entre 
os países membros permitindo a livre circulação de pessoas, mercadorias e serviços. Eliminas as taxas 
alfandegárias e cria a TEC unificada. Adota uma moeda única. Unifica as leis e políticas 
desenvolvimentistas em áreas como assuntos externos, controle fiscal e monetário, segurança, 
comércio, agricultura e pesca, transporte, meio-ambiente, indústria, pesquisa e desenvolvimento, saúde, 
justiça, educação, energia e turismo. Cria o Parlamento Europeu (com eleições diretas e onde qualquer 
cidadão do bloco pode se candidatar), tribunais de justiça, Banco Central e organismos de 
desenvolvimento. O bloco está sempre em desenvolvimento e sua integração é cada vez mais complexa. 
 A Cúpula da União Européia dá início às negociações para o ingresso de novos países em 1998. Mas 
o processo de adesão ao organismo é lento, e os observadores mais otimistas não acreditam que os 
primeiros ingressos ocorram antes de 2004. A demora tem vários motivos. Um deles é de natureza 
econômica. Para fazer parte da UE é preciso exibir contas públicas equilibradas. O déficit não pode ser 
maior que 3% do P!B, e o endividamento tem de ser menor que 60%. Além disso, a inflação deve ser 
 
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baixa e manter-se em equilíbrio. Os países levam anos para implementar reformas e cumprir as regras 
determinadas pelo Banco Central Europeu. As mudanças envolvem também alterações nas legislações 
trabalhistas e previdenciàrias. Além disso, o processo de adesão muitas vezes esbarra em questões 
relacionadas aos direitos humanos. Os tchecos, por exemplo, têm de encontrar uma saída para melhorar 
a situação da população cigana, enquanto os turcos precisam rei rear seus abusos em relação à 
comunidade dos curdos. Os mais prováveis candidatos ao ingresso na UE em um futuro próximo e que 
estão cumprindo as determinações de ingresso no grupo com algum sucesso são: Bulgária, Chipre, 
República Theca, Estônia, Hungria, Letônia, Lituânia, Malta, Polônia, Roménia, Eslováquia e Eslovênia. 
A Turquia, por problemas de direitos humanos com a população curda, passa por um retrocesso e pode 
ser eliminada desta primeira leva de integração. 
 
9.3.5 - APEC - Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico 
 
A Cooperação Econômica da Asia e do Pacífico (APEC) surge em 1989, com a proposta de criar até 
2020 uma zona de livre-comércio entre os 20 países membros e Hong Kong (China). Nações mais 
desenvolvidas — caso do Japão e da Austrália —implementariam totalmente o plano de redução tarifária 
em 2010. Na prática, a queda das tarifas já vem ocorrendo nos últimos anos. E, à medida que o 
processo avança, crescem as transações comerciais. Em 2000, o grupo destaca-se como o maior do 
planeta em volume de negócios, respondendo por quase a metade das vendas externas realizadas por 
blocos. Do total exportado no mundo, cerca de 30% partem dos sócios da APEC. Aproximadamente 70% 
tem como destino países do próprio bloco. Dentro da APEC estão incluídos blocos como o NAFTA, 
ASEAN. ANZCERTA e Pacto Andido ou Comunidade Andina (CAN). Destacam-se entre os membros do 
bloco países da Ásia, América e Oceania banhados pelo Oceano Pacífico (incluindo os EUA, Canadá, 
Japão, China e Austrália). 
 
9.3.6 - ASEAN - Associação das Nações do Sudeste Asiático 
 
A Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) é integrada entre outros por Indonésia, 
Malásia, Filipinas, Cingapura, Tailândia, Brunei, Gamboja e Vietnã. A rede do secretariado geral fica em 
Jacarta, na Indonésía. Surge em 1967 com o objetivo de acelerara progresso econômico e aumentar a 
estabilidade regional. Diferentemente de europeus e norte-americanos, em 2000 os asiáticos destinam 
76% de suas exportações a países fora do bloco. Em parte, isso se deve à lentidão das negociações de 
redução das barreiras econômicas e tarifárias no interior do bloco. Estima-se que elas levarão ainda de 
cinco a dez anos para entrar em vigor. A ASEAN também prevê (sem prazos para a implantação) a 
cooperação nas áreas de transporte, comunicação, segurança, relações externas, indústria, finanças, 
agricultura, energia, transporte, tecnologia, educação, turismo e cultura. 
 
9.3.7 - CAN - Comunidade Andina ou Pacto Andino 
 
 Bloco econômico instituído em 1969 pelo Acordo de Cartagena, como nome de Pacto Andino. 
Em 1996, os países membros definem reformas na organização, e, no ano seguinte, o bloco passa a 
 
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funcionar com o nome de Comunidade Andina. Tem como objetivo aumentar a integração comercial, 
econômica e política entre seus membros. As negociações em torno de um mercado comum, no entanto, 
perdem força por causado projeto brasileiro de ampliara Mercosul para agregar as nações andinas. A 
partir de 1995 (com a exceção do Peru), adotou uma TEC (Tarifa Externa Comum). Em 1997, constituiu 
um acordo comercial com o MEROOSUL. Desse modo, prevê-se a união deste bloco com o 
MERCOSUL, devido à torça expressiva deste último, a fim de fortalecer a América Latina nas discussões 
da ALCA. Formam o bloco seis países, sendo cinco membros (Peru, Equador, Bolívia, Colômbia, 
Venezuela) e um observador (Panamá). 
 
9.3.8 - CARICOM - Mercado Comum da Comunidade do Caribe 
 
 Mercado Comum e Comunidade do Caribe (CARICOM) é um bloco de cooperação econômica 
estabelecido pelo Tratado de Chaguaramas, em 4 de julho de 1973. A partir de 1999, tem início um 
acordo de livre-comércio, que prevê a redução de tarifas. Apesar do esforço dos países em baixá-las, 
ainda estão na média de 16%, patamar considerado elevado pela Organização Mundial do Comércio 
(OMC). A dificuldade em diminuí-las se explica pela fragilidade da economia dos países e dos territórios 
que fazem parte do bloco. Isso se reflete diretamente no desempenho das transações comerciais. Entre 
1 990 e 2000. as vendas externas dessas nações ficam praticamente estagnadas. Mesmo registrando 
números discretos, o crescimento das trocas internacionais acaba impulsionando o consumo e a geração 
de empregos. O CARICOM é formado por 15 países, 4 territórios e possui um observador (Cuba). 
 
9.3.9 - SADC - Comunidade da África Austral 
 
 A SADC (Comunidade da África Austral) nasceu em 1992, para estabelecer a paz e a segurança 
na região. O bloco, formado por 14 países, tem plano de criar um mercado comum, mas aínda patina na 
implementação de uma zona de livre-comércio, que deveria entrar em vigor em 2004. Participantes: 
Angola, República Democrática do Congo, Malauí, Moçambique, Seychelles, Suazilândia, Zimbábue, 
Botsuana, Lesoto, Mauritânia, Namíbia, África do Sul e Tanzânia. 
 
9.3.10 - CEI - Comunidade dos Estados Independentes 
 
É uma confederação de estados soberanos com vínculos entre si, sendo a Rússia o maior e mais 
poderoso deles. A Comunidade dos Estados Independentes (CEI) é criada em 1991, após a 
desagregação da antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Reúne 12 das 15 
repúblicas que a formavam. A disparidade econômica entre elas é o principal entrave para sua 
integração. A FederaçãoRussa detém inequívoca hegemonia. Depois de ver sua economia encolher ao 
longo de quase toda a década de 1990 e de uma grave crise cambial que leva o rublo à lona em 1998, a 
Federação Russa fecha o ano de 2000 com uma das mais altas taxas de crescimento econômico do 
mundo: 8,3%. Exporta petróleo para os maiores importadores do planeta e seu foco está em encontrar 
parcerias bilaterais com países de fora da CEI. Desde 1997 existe um acordo de integração econômica e 
monetária na região, com a adoção do rublo como moeda única. Mas as negociações se encontram 
 
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emperradas e apenas Bielorússia, Cazaquistão, Federação Russa e Quirguistão se empenham pela 
integração e unificação monetária. 
 
9.3.11 - UA - União Africana 
 
A União Africana (UA) é criada em julho de 2002, para substituir a Organização da Unidade Africana 
(OUA). E formada por ex-membros da OUA somando 52 países do Continente Africano. A nova 
entidade, que se inspira na União Européia (UE), é ambiciosa. Tem metas mais amplas que sua 
antecessora, pretendendo unificar política, social e economicamente o continente. Ela prevê a criação de 
um Parlamento, uma Corte de Justiça e um Banco Central em âmbito continental. Seus objetivos incluem 
a união monetária e, futuramente, a eliminação de fronteiras. Porém, a enorme carga de problemas da 
África, além da instabilidade política, torna esse objetivo difícil de alcançar. Diferentemente da OUA, ela 
pode intervir em um pais membro em circunstâncias graves, como crimes de guerra, genocídio e crimes 
contra a humanidade. A organização pretende, ainda, promover a iniciativa Nova Parceria para o 
Desenvolvimento da Africa (cuja sigla em inglês é Nepad), que visa a atrair iiaís investimentos 
internacionais. 
 
9.3.12 - Outros Blocos Económicos menores 
 
MCCA 
Mercado Comum Centro-Americano — 1960. Formado por países da América 
Central Continental, sendo além de uma União Aduaneira, uma Zona de 
Integração Monetária e Financeira. 
ANZCERTA 
Austrália e Nova Zelândia — 1983. Área de Livre Comércio que integrará a 
ASEAN áANZCERTA partir de 2010. 
COMESA 
Mercado Comum dos Países do Leste e Sul da África. Vinte países formam este 
COMESA bloco que por enquanto encontra-se estagnado e sem previsão de 
implantação. 
 
 
 
9.4 – EXERCICIOS 
 
01) (UFRGS/1999) A mundialização da economia capitalista gerou a segmentação do espaço econômico 
mundial. Esta característica geográfica se expressa, no final do século XX, pela formação de blocos 
econômicos em todo o mundo. 
Com relação a esse tema, são feitas as seguintes afirmações. 
 
I. A criação da Alca faz parte da proposta conhcida como Plano Bush — iniciativa para as Américas, que 
visa a integração pan-americana sob a liderança dos Estados Unidos da América do Norte. 
II. Originada da Comunidade Econômica Européia (CEE), a União Européia (UE) é o segundo maior 
bloco econômico do mundo em termos de Produto Interno Bruto (PIB) e pos-sul o euro como moeda 
 
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oficial. 
III. O Nafta (Acordo de Livre Comércio da América do Norte) é formado pelos Estados Unidos da América 
do Norte, Canadá e México, que desde 1994 aboliram totalmente as tarifas aduaneiras entre si. 
 
Quais estão corretas? 
a) Apenas I 
b) Apenas II 
o) Apenas I e II 
d) Apenas II e III 
 
02) (FMTM/2001) Frutos do atual momento histórico do sistema capitalista, o Mercosul e, recentemente, 
a Alca são iniciativas que 
a) devem, em conjunto, superar o poderio técnico e econômico da União Européia. 
b) possibilitam o crescimento harmônico de todo o continente americano. 
c) se excluem mutuamente porque têm objetivos e estratégias de atuação diferentes 
d) derivam da mesma filosofia de ajuda mútua entre os países componentes. 
 
03) Em resposta à tendência mundial de formação de blocos de países, constituíram-se o NAFTA, o 
MERCOSUL, a União Européia, a CEF e a APEC. Marque a alternativa em que tenha a correta 
correspondência entre o bloco e os países que o constituem. 
a) NAFTA — Canadá, Estados Unidos e México. 
b) MERCOSUL — Argentina, Brasil, Equador e Paraguai. 
e) União Européia — Alemanha, Espanha, França, Inglaterra, Itália, Portugal e Turquia. 
d) CEF — Armênia, Bielo-Rússia, Moldávia, Rússia, Turcomenistão, Ucrânia e Japão. 
 
04) (UNISINOS/2001) “A economia latino-americana começa no muro de Tijuana N do México, e se 
estende até a Terra do Fogo, S da Argentina. Mas éno México que as maquiladoras nasceram e se 
desenvolveram plenamente. Essa nova forma de indústria — marca registrada das economias 
dominadas e recentemente globalizadas, também chamadas pelos ideológicos capitalistas de “novos 
países industríalizados” — ainda está em um estágio mais ou menos embrionário nas principais 
economias da América do Sul. 
Essas novas indústrias chegam limitadamente no Brasil e Argentina em setores como o automobilístico e 
pequenas áreas do eletrônico de consumo. O entrave maior é que essas maquiladoras do Mercosul 
ainda se desenvolvam com base nos próprios mercados internos, gerando rivalidades federativas 
“guerras fiscais” entre estados de um mesmo país. Não se instalam, como no exemplar modelo 
mexicano, como uma estratégia necessariamente reesportadora para as economias dominantes. Ao 
contrário, no Mercosul, a nova indústria se desenvolve em um viciado e desgastante sistema de trocas 
entre o Brasil e a Argentina, que ameaça explodir a todo momento com desconfianças recíprocas 
pequenas controvérsias e ameaças de retaliações protecionistas.” 
(PERICÁS, Luiz B. América Latina: história, crise e movimento. São Paulo: Xamã, 1999. p. 205.) 
 
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 Como solução para esse entrave da balança comercial, os EUA propõem um projeto na forma 
institucional de acordo regional de livre comércio que absorveria os principais acordos existentes na 
América Latina, denominado de 
a) ALADI - Associação latino-americana de desenvolvimento e integração. 
b) CEPAL - Comissão econômica para a América Latina. 
c) ALCA - Áreas de livre comércio das Américas. 
d) NAFTA - Acordo de livre comércio da América do Norte. 
 
05) Associe a coluna 2 à coluna 1 e indique a alternativa correta: 
 
1) Bloco Americano ( ) União Européia 
2) Bloco Europeu ( ) APEC 
3) Bloco Asiático ( ) Pacto de Visegrád 
 ( ) CEI 
 ( )Mercosul 
 ( ) Nafta 
a) 1,2,3,3,2,1 
b) 3,2,2,3,1,2 
c) 2,2,3,3,1,1 
d) 2,3,2,2,1,1 
 
06) (FEVALE/2001) “Em 1994, na cidade de Miami, nos Estados Unidos, iniciaram-se as negociações 
para a criação da ALCA (Área de Livre Comércio das Améncas) que reunirá 34 países, ou seja, 
todas as nações do Continente Americano, com exceção de um país. Desde então reuniões 
denominadas Encontro das Américas passaram a ser realizadas sistematicamente.’ 
Qual o país que não irá fazer parte do bloco econômico referido no texto acima? 
a) Guatemala 
b) México 
c) Paraguai 
d) Cuba 
 
07) Um dos fenômenos mais importantes de nossos dias é o da formação e/ou fortalecimento de 
alianças ou blocos entre países. Sobre esse fenômeno, podemos afirmar que 
a) a Comunidade Européia subsidia fortemente seu setorde produção agropecuário, articulando-se 
dessa maneira com a política dos EUA para o setor e possibilitando um amplo acordo no âmbito do 
GATT, de forma rápida e sem grandes polêmicas. 
b) o Nafta e o Mercosul são blocos amplamente consolidados e em pleno funcionamento por um tempo 
somente menor do que a CE. 
c) a Comunidade de Estados Independentes (CEI) formou-se com a desagregação da URSS e tem por 
objetivo unificar as políticas econômicas e estratégicas da Europa Ocidental. 
 
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d) o bloco de países com processo de unificação mais avançado é o da Comunidade Européia (CE). O 
aprofundamento desse processo de unificação é evidenciado pelo fato de, recentemente, ter deixado 
de ser oficialmente denominada Comunidade Econômica Européia (CEE). O processo de unificação é 
muito mais amplo, abarcando o campo político, cultural, financeiro, etc. 
 
08) Quanto à criação de mercados comuns, tendência cada vez mais forte no comércio internacional, 
marque a resposta incorreta. 
a) Tendem a permitir às empresas em geral disporem de um mercado mais amplo que a sua nação de 
origem. 
b) Tendem a obrigar os países-membros a darem prioridade aos produtos fabricados por eles. 
c) Tendem a favorecer o fortalecimento de um único poder econômico mundial centralizador. 
d) Tendem a abrir entre os países-membros as fronteiras comerciais. 
 
09) Todas as alternativas apresentam fatores que interferem na margem de lucro dos países 
exportadores de produtos agrícolas, exceto: 
a) A pressão de países monoexportadores sobre os preços praticados no mercado internacional. 
b) A oscilação das safras, provocada por fenômenos climáticos. 
e) A diferença de custo de transporte nos diversos países produtores. 
d) As modificações na estrutura da demanda internacional. 
 
10) Vivemos uma nova revolução tecnológica, que une os diversos lugares do mundo num processo 
acelerado de globalização. A esse respeito, marque a resposta incorreta. 
a) Uma das características da globalização da economia é a formação de megablocos regionais, como a 
União Européia, o Mercosul e o Nafta. 
b) Os investimentos em ciência e tecnologia são fundamentais nesse processo. Os Estados Unidos, 
Japão e África do Sul lideram os investimentos em ciência e tecnologia no mundo. 
c) Empresas transnacionais como a IBM, Sony e Microsoft atuam no setor da informática. 
d) A comunicação por redes tem possibilrtado o armazenamento e a transmissão de informações, 
acelerando e ampliando o conhecimento científico. 
 
11) Compatível com a globalização, a organização de blocos econômicos regionais constituí importantes 
mercados ampliados pela integração das economias. No processo de integração latino-americana, 
apesar das particularidades sensíveis entre os parceiros e os obstáculos próprios de uma integração 
econômica e política, a regionalização do Cone Sul representa uma importante estratégia geopolítica 
e econômica para a América Latina. A respeito do processo de formação do Mercado Comum do Sul 
(MERCOSUL), julgue os itens a seguir e marque a resposta correta. 
I. A macrorregionalização, em decorrência do processo de globalização, configura-se como iniciativa 
política do Estado-Nação, voltada àorganização de blocos econômicos regionais, com cessões de 
soberania em favor das macrorregiões. 
II. O MERCOSUL é uma experiência inovadora no processo de integração latino-americana, no qual se 
 
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destacam as trocas comerciais de produtos agropecuários e agroalimentares. 
III.O processo decisório de integração do MERCOSUL foi conduzido pelo setor privado dos países 
envolvidos, com grande participação das organizações sociais, culturais e educacionais. 
IV.A liberalização comercial, atualmente em curso na América Latina,valeu-se da proximidade 
geográfíca, e, como resultado, as trocas entre países vizinhos cresceram acentuadamente. 
 
a) Todos os itens estão corretos. 
b) I e IV estão corretos. 
c) I,111 e IV estão corretos. 
d) I e III estão corretos. 
 
12) Alguns economistas consideram que a economia mundial vive, hoje, o prelúdio da primeira recessão 
da era globalizada. 
Todas as alternativas apresentam características desse comportamento, exceto. 
a) Na América Latina, as maiores economias —Brasil e México — enfrentam, por razões diferentes, 
uma queda no ritmo de crescimento e a ameaça de recessão. 
b) Na Ásia, a pujança da economia dos Tigres Asiáticos não conseguiu compensar, no âmbito 
regional, o declínio da economia chinesa. 
e) Na Europa, a União Européia, em fase de implantação da moeda comum, enfrenta dificuldades 
econômicas e ameaça de inflação. 
d) Nos EUA, o enfraquecimento da demanda interna e a redução das exportações contribuíram para a 
desaceleração do crescimento econômico do pais. 
 
13) (USP/2001) No dia 02/05/00 o economista Robert Mundell, prêmio Nobel de economia em 1999, 
voltou a defender a adoção do dólar como referência para a criação da moeda única no Mercosul. 
Segundo Mundell, o segmento dessa proposta seria fundamental para chegar a um equilíbrio fiscal 
sólido na região. 
 Embora seja uma opinião respeitável, o eco econômico não foi bem recebido por alguns 
economistas brasileiros. 
Tal contestação deve-se principalmente à: 
a) A referência ao dólar como moeda trará, com certeza, um fortalecimento constante na moeda do 
Mercosul, entretanto essa referência proporcionará uma elevação constante nas dívidas externas. 
b) Utilizar o dólar como referência poderá impedira fixação de políticas monetárias próprias na região 
diminuindo, inclusive, a força política dos países partícipantes. 
c) Enquanto não houver uma política agrícola eficiente no Mercosul, a utilização de uma única 
moeda poderá tornar os produtos mais baratos, comprometendo os balanços comerciais. 
d) Nos últimos anos, podemos perceber que a linha econômica seguida pelos Estados Unidos, 
através do fortalecimento do capital, sempre foi uma proposta saudável para a América Latina, o 
que faz da contestação um ato isolado das minorias. 
 
 
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14) (UFMG/2001) Considerando-se as questões que envolvem o processo de integração da economia 
brasileira com a economia mundial globalizada, é incorreto afirmar que: 
a) a abertura da economia aos produtos estrangeiros, por um lado, contribuiu para o aumento da 
competitividade, mas, por outro, favoreceu o fechamento de postos de trabalho. 
b) a persistência da concentração de renda no País acentua a diferença entre o tamanho da 
população e o tamanho do mercado, desestimulando pequenos e médios empresários, que 
produzem sobretudo para o consumo interno. 
c) a reserva de mercado para o capital nacional, no setor eletroeletrônico, contribuiu para afugentar o 
capital estrangeiro dos ramos industriais que empregam tecnologia de ponta. 
d) o custo/salário da mão-de-obra brasileira vem perdendo importância como fator de atração de 
investimentos, já que a indústria tem privilegiado o uso intensivo de capital, em detrimento do 
trabalho. 
 
15) (FUMARC/2002) A globalização reordena os espaços, criando uma nova hierarquização de acordo 
com as diferentes atividades desenvolvidas, sendo incorretoafirmar que: 
a) estimula uma reconstituição dos espaços, desarticulando e fragilizando o Estado-Nação. 
b) amplia as contradições entre os interesses nacionais e mundiais. 
c) promove múltiplos arranjos espaciais decorrentes do uso homogeneizado da tecnologia global. 
d) alimenta a interdependência, reproduzindo diversidade e desigualdades sociais, econômicas e 
políticas. 
 
16) (UFMG/1997) O processo de globalização está associado a mudanças de natureza distinta no 
mundo como um todo. 
Todas as alternativas apresentam modificações decorrentes desse processo, exceto. 
a) Formação de grandes blocos econômicos regionais. 
b) Maior segurança em relação à melhoria dos padrões sociais. 
o) Rápida movimentação de capitais internacionais por todo o mundo. 
d) Redução do poder do Estado na proposição de politicas econômicas internas. 
 
GABARITO 
01) C 02) C 03) A 04) C 05) D 
06) D 07) D 08) C 09) A 10) B 
11) B 12) B 13) B 14) B 15) D 
16) B 
 
 
 
 
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