direito administrativo Aula 20

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Atos Administrativos XIII
DIREITO ADMINISTRATIVO
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ATOS ADMINISTRATIVOS XIII
ANULAÇÃO X REVOGAÇÃO
ANULAÇÃO
A própria administração que praticou o ato poderá anulá-lo de ofício ou a 
requerimento do interessado, por aplicação do princípio da autotutela (art. 53, 
Lei n. 9.784/99).
• A administração decai do direito de anular seus próprios atos ilegais 
que produzam efeitos favoráveis para os administrados, no prazo de 
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cinco anos, contados da data da prática do ato, salvo quando a ilegali-
dade resultar de má-fé do beneficiário do ato, em decorrência do princípio 
da segurança jurídica (art. 54, Lei 9.784/99). 
 – “Decair” é sinônimo de “perder”. 
 – Para a anulação, o ato ilegal deve produzir efeito favorável para o admi-
nistrado. 
 – O direito de anular seus atos ilegais não decai caso o ato não produza 
efeitos favoráveis para o administrado. 
 – A ilegalidade do ato não pode ter sido causada por aquele que se bene-
ficiou do ato. 
• Caso ocorra a decadência, configura-se a convalidação tácita. 
 – O ato ilegal não foi corrigido, mas não pode ser retirado do mundo jurí-
dico, em razão da decadência. Nesse caso, ele produz efeitos como se 
válido fosse. 
• Motivos: 
 – Ilegalidade: ato contrário à lei. 
 – Irregularidade: contrariedade a um ato normativo. 
 – Ilegitimidade: contrariedade a um princípio. 
• O judiciário somente pode rever e anular ato administrativo praticado 
por outro poder, se for provocado mediante ação judicial, uma vez que 
ele não atua de oficio em relação a outros poderes.
• A anulação tem natureza de ato vinculado; é obrigatória, não havendo 
margem de liberdade da administração.
Exceções aos efeitos ex tunc
• Não retroage para acarretar enriquecimento ilícito ou sem causa para a 
administração;
• Não retroage para acarretar prejuízo para terceiros de boa-fé (art. 55, Lei 
n. 9.784/99)
• Não retroage para desfazer efeitos que, se forem desfeitos, causarão pre-
juízo ainda maior para interesse coletivo.
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Atenção!
Caso a administração pública anule uma nomeação que se deu de forma ilegal, 
embora o indivíduo tenha trabalhado regularmente durante certo período, 
ele não fica obrigado a devolver o valor das remunerações recebidas, visto 
que prestou sua força de trabalho à administração pública. No entanto, se a 
administração pública ordenar a devolução das remunerações pagas, visto que 
não há condições desse indivíduo devolver a força de trabalho já empregada, 
configura-se enriquecimento ilícito por parte da administração. 
REVOGAÇÃO 
• O judiciário não pode revogar atos de outro poder, mas pode revogar seus 
próprios atos administrativos, por motivo de conveniência e oportuni-
dade. 
• Motivo: a (in)conveniência e a (in)oportunidade são fatos supervenientes, 
posteriores. 
• O ato de revogação tem natureza discricionária. 
Pegadinha da banca
Caso a questão afirme que o poder judiciário poderá revogar atos administrativos, 
a questão ou item estarão errados. Somente se a questão ou item afirmar 
expressamente que são “os atos do poder judiciário” que podem ser revogados 
pelo próprio poder, a questão ou item estarão corretos. 
Atenção!
• Não se revogam atos ilegais. 
• Somente os atos discricionários são revogados. 
• Não se anulam atos válidos (legais).
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�Os..:� Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos 
Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pelo professor 
Emerson Caetano.