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TRABALHO TEC CONTRUÇÃO

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INTRODUÇÃO
Desde o início da civilização o homem vem utilizando materiais naturais como elementos constituintes da construção civil. Porém, com o passar dos anos, tem-se preocupado cada vez mais com a estabilidade e segurança das edificações e com o desenvolvimento de materiais, técnicas e métodos, consolidando cada vez mais a tecnologia das construções, abrangendo a análise, o cálculo e o detalhamento das estruturas bem como as respectivas técnicas construtivas. 
Esses processos de alterações e aprimoramento proporcionaram, dentro de certos limites, a construção de estruturas adaptadas as necessidades dos usuários, sejam elas habitacionais, laborais ou de infraestrutura.
Na fundação
Qualquer um dos tipos de fundação deve ficar nivelado. Caso necessário, faça uma camada de argamassa para nivelamento (regularização) sobre a fundação pronta. Para evitar que a umidade do solo suba pelas paredes, aplique uma camada de argamassa com impermeabilizante sobre a fundação ou sobre a camada de nivelamento. Esta argamassa deve ser desempenada sem alisar. Quando ela estiver seca, aplique uma pintura impermeabilizante.
Em relação a problemas referentes ao desconhecimento do comportamento real das fundações, podemos citar:
-Adoção de sistemas de fundações diferentes na mesma estrutura, em razão de variação de cargas, de profundidade das camadas resistentes do subsolo ou condições locais estritas de acesso;
-Obtenção por correlações com ensaios de penetração, de valores de capacidade de carga de fundações profundas sem observar limites de atrito e resistência de ponta, pela extrapolação de valores elevados ou profundidade impossíveis de serem atingidos;
-uso de elemento de fundação como reforço, sem avaliação do possível efeito no conjunto do novo elemento executado;
-uso de fundações de comportamento diferenciado e má avaliação dos efeitos de carregamento especial.
Causas relativas à estrutura de fundação
Sobre as principais causas de patologias na estrutura de fundação, podemos citar:
-Erro na determinação do cálculo das cargas atuantes nas fundações
-fundação projetada apenas para a carga final atuante, desconsiderando etapas construtivas e outras condições intermediarias que são mais critica para fundações ( estruturas pré-moldadas);
-Erros decorrentes de indicação apenas de cargas máximas em casos de fundações em estacas com solicitações de compressão e momentos atuantes;
-Erro no dimensionamento de elementos estruturais de fundação (ex.: vigas de equilíbrio);
-Armaduras de estacas de concreto armado tracionadas, calculadas sem previsão da fissuração do concreto;
-Uso de emendas padrão para estacas metálicas, sem a verificação do carregamento de tração;
-Adoção de solução estrutural na qual os esforços horizontais não são equilibrados pelas fundações;
Causas relativas a fundações sobre aterros
A fundação sobre aterros ou solos criados é fonte significativa de problemas, estes não considerados nos projetos por desconhecimento dos mecanismos envolvidos. Fundações apoiadas sobre aterros tem aspectos muitos particulares, além dos demais aspectos verificados nas demais fundações. 
Causas relativas execução das fundações
 As falhas de execução correspondem ao segundo maior fator de patologia sem fundações. Para que a fundação seja realizada de forma adequada, deverão ser especificados de forma precisa e detalhada, também os materiais e procedimentos em conformidade com a boa prática, uso de processos construtivos apropriados, equipamentos adequados, supervisão e controle construtivo rigoroso. Em casos especiais, existe a necessidade de ensaios complementares para comprovação da adequação e segurança. 
As principais patologias encontradas são:
Fundações superficiais:
-Problemas envolvendo o solo: construção de elementos sobre solos de diferentes comportamentos;
-Almogamento de solo no fundo da vala provocando recalques incompatíveis com o projeto;
-Sobre-escavação, preliminar e aterros mal executados; 
-Sapatas executadas em cotas diferentes com desmoronamento ou alívio da fundação.
 
Umidade do solo
Como causas de patologias relativas ao solo, podemos citar:
- Identificação incorreta ou não identificação dos movimentos do solo, tais quais recalque totais, recalques diferenciais, rotações relativa, distorções angulares, etc.
- Ausência de investigação do subsolo, comum em obras de pequeno e médio porte;
- Investigações insuficientes, sendo casos típicos deste grupo:
a) número insuficiente de sondagens ou ensaios para áreas extensas ou de subsolo variado;
b) profundidade de investigação insuficiente, não caracterizando camadas de comportamento distinto;
c) propriedades de comportamento não determinadas por necessitar ensaios especiais;
d) situações com grande variação de propriedades, ocorrência localizada e anomalia ou situação não identificada;
e) investigação com falhas (erro na localização do sítio da obra; localização incompleta; adoção de procedimentos indevidos ou ensaio não padronizado; uso de equipamento com defeito ou fora de especificação; falta de nivelamento dos furo sem relação à referência bem identificada e permanente, etc.);
f) interpretação inadequada dos dados do programa de investigação;- casos especiais:
• influência da vegetação existente, por interferência física das raízes e/ou modificação no teor de umidade do solo;
Investigação Geotécnica
A primeira etapa para elaboração de um projeto de fundação consiste investigação geotécnica. Na investigação geotécnica definiram-se os parâmetros para a definição do tipo de fundação tais como:
- Capacidade de carga do solo
- Nível de água (N. A.)
- Tipo de solo
- Profundidade da fundação
- Definição do tipo de fundação.
Ensaio SPT (Standard Penetration Test )
Este ensaio originou-se nos estados unidos, e hoje é um dos mais utilizados. O ensaio consiste na penetração do amostrador através do impacto de um martelo de 65 kg caindo de uma altura de 75 cm, erguido por corda. A sondagem deve ser executada a cada metro, sendo medido o número de golpes necessários para penetração do amostrador a profundidade de 45 cm em três segmentos 15 cm. Para cada metro o avanço da escavação (55 cm) deve ser feito com trado ou com trépano e circulação de água. 
O índice de resistência à penetração (NSPT) consiste no número de golpes necessários para a cravação dos 30 cm finais do amostrado. Em abordagem recente, sugeriu procedimentos adicionais ao ensaio, com a medição de torque após a execução do SPT para a obtenção de um valor de atrito lateral. 
Patologias em Estruturas de Concreto Armado
A patologia inserida no contexto da Construção Civil
Desde os primórdios da civilização que o homem tem se preocupado com a construção de estruturas adaptadas às suas necessidades, sejam elas habitacionais (casas e edifícios), laborais (escritórios, indústrias, silos, galpões, etc.), ou de infraestrutura (pontes, cais, barragens, metrôs, aquedutos, etc.). Com isto, a humanidade acumulou um grande acervo cientifico ao longo dos séculos, o que permitiu o desenvolvimento da tecnologia da construção, abrangendo a concepção, o cálculo, a análise e o detalhamento das estruturas, a tecnologia de materiais e as respectivas técnicas construtivas. 
A construção civil é uma indústria tradicional e atrasada, apresentando grande inércia a alterações, métodos de gestão ultrapassados e resistência a inovações tecnológicas. Há uma tolerância com problemas crônicos, como por exemplo, a baixa qualidade no processo e a baixa qualidade do produto final, as edificações, que apresentam inúmeras não-conformidades e patologias. 
Os fatores podem ser vários, sendo o principal o desleixo quanto à necessidade de manutenção e a presunção de que uma estrutura de concreto duraria ilimitadamente, dispensando manutenções. Por muito tempo o concreto foi considerado um material extremamente durável, devido a algumas obras muito antigas ainda encontrarem-se em bom estado, porém a deterioração precoce de estruturasrecentes remete aos porquês das patologias do concreto.
Vida útil
Outro termo importante que é necessário caracterizar é “vida útil”. A estrutura, ao decorrer de sua vida útil, estará naturalmente sujeita ao “desgaste”, devido à ação de cargas e sobrecargas, estáticas, dinâmicas, vibrações, impactos, assim como a recalques diferenciados em pontos da fundação com o decorrer dos anos e erosão e cavitação por ação de agentes sólidos e líquidos em reservatórios, canais, tanques. Isto leva a definir “vida útil” como o tempo que a estrutura conserva seus índices mínimos de resistência e funcionalidade. 
Assim, considera-se que um material chegou ao fim de sua vida útil quando suas propriedades, sob dadas condições de uso, se deterioram a tal ponto que a continuação do uso desse material é considerada insegura ou antieconômica (ANDRADE, 1997). Souza e Ripper (1998) também definem vida útil: “por vida útil de um material entende-se o período durante o qual as suas propriedades permanecem acima dos limites mínimos especificados. O conhecimento da vida útil e da curva de deterioração de cada material ou estrutura são fatores de fundamental importância para a confecção de orçamentos reais para a obra, assim como de programas de manutenção adequados e realistas”.
Durabilidade
Helene (2001) define durabilidade como sendo o resultado da interação entre a estrutura de concreto, o ambiente e as condições de uso, de operação e de manutenção. Portanto não é uma propriedade inerente ou intrínseca à estrutura, à armadura ou ao concreto. 
Uma mesma estrutura pode ter diferentes comportamentos, ou seja, diferentes funções de durabilidade no tempo, segundo suas diversas partes, até dependente da forma de utilizá-la. Para a NBR 6118, durabilidade “consiste na capacidade de a estrutura resistir às influências ambientais previstas e definidas em conjunto pelo autor do projeto estrutural e o contratante, no início dos trabalhos de elaboração do projeto”. 
As estruturas de concreto devem ser projetadas e construídas de modo que sob as condições ambientais previstas na época do projeto e quando utilizadas conforme preconizado em projeto, conservem sua segurança, estabilidade e aptidão em serviço durante o período correspondente à sua vida útil”. Isaia (2001) ensina que, no sentido estrito do termo, a durabilidade dos materiais está ligada à sua capacidade de se conservar em determinado estado, com a mesma qualidade ao longo de um dado tempo. 
De outra forma, é a resistência de um material ou elemento da construção à deterioração ou degradação. Este conceito, diz o autor, está intimamente conectado com o de desempenho que é o comportamento de um produto em serviço (em utilização), sob condições de real funcionamento ou uso, com pleno atendimento às exigências do usuário. De forma semelhante, para Neville (2001), a durabilidade significa que uma dada estrutura de concreto terá desempenho contínuo satisfatório, para as finalidades para as quais foi projetada, isto é, que manterá sua resistência e condições normais de serviço durante a vida útil especificada ou esperada. 
Isaia (2001) afirma que esta definição implica no conhecimento dos processos de deterioração aos quais, um dado concreto, estará exposto nas condições ambientais reais da estrutura, durante o seu tempo de duração.
Desempenho de uma edificação
Segundo Souza e Ripper (1998), por desempenho entende-se o comportamento em serviço de cada produto, ao longo da vida útil, e a sua medida relativa espelhará, sempre, o resultado do trabalho desenvolvido nas etapas de projeto, construção e manutenção. 
Em uma estrutura, para que um sintoma, seja classificado como patológico, deve comprometer algumas das exigências da construção, seja ela de capacidade funcional, mecânica ou estética. Assim, observa-se que existe uma forte relação entre a manifestação patológica e o desempenho da edificação, na medida em que sua avaliação é relacionada com o comportamento da estrutura em utilização. 
As patologias relacionadas aos custos da construção
É sabido que, em uma obra de construção civil, quanto antes for diagnosticado um problema, melhor. Como numa fase de projeto, por exemplo, a fim de se evitar patologias de ordem estrutural. O custo envolvido numa recuperação da estrutura posterior ao término da construção é muito maior se comparado à alguma intervenção a nível de projeto ou execução inicial. 
Devido à sua importância, um grande avanço na obtenção da melhoria de qualidade da construção pode ser alcançado partindo-se de uma melhor qualidade dos projetistas. É na fase de projeto que são tomadas as decisões de maior repercussão nos custos, velocidade e qualidade dos empreendimentos. 
De qualquer forma, o que realmente se busca é assegurar um comportamento satisfatório de uma edificação durante um período de vida útil planejado. Os responsáveis pela execução de um projeto de edificação devem atentar para as decisões que serão tomadas durante o processo construtivo, como a compra de materiais, ou nas formas de execução. Pode-se citar como exemplo de tomada de decisão, a economia na etapa de sondagem do terreno. É verificado na história da construção civil que uma sondagem feita de modo menos detalhada pode ser decisiva no que diz respeito ao atendimento da qualidade na execução do projeto. 
CORROSÃO DE ARMADURAS 
Fatores e mecanismos de degradação
Em princípio, a deterioração do concreto pode ocorrer a partir da degradação da pasta, do agregado ou de ambos. Brandão (1999) diz que na prática a degradação da pasta é apontada como a principal causa, uma vez que, sendo o agregado um tipo de rocha, possui maior resistência ao ataque químico. Além disso, os danos na pasta são, em geral, mais severos do que nos agregados. 
A deterioração do concreto é iniciada, geralmente, por processos químicos, embora fatores físicos e mecânicos também possam estar envolvidos, em combinação ou não, com os processos químicos. Podem-se distinguir outros tipos de deterioração, como, por exemplo, os desencadeados por processos biológicos ou, ainda, eletroquímicos, como é o caso da corrosão de armaduras embutidas nos concretos. 
Diversos agentes naturais atuam sob o concreto armado provocando o seu envelhecimento, ou seja, a perda gradual de seu desempenho estético, funcional e estrutural. As causas de deterioração originam-se de diversas ações: mecânicas, físicas, químicas e biológicas, podendo estas ocorrer isoladamente ou simultaneamente, dependendo da velocidade de propagação principalmente, do meio que a estrutura está inserida (ANDRADE e SILVA, 2005). 
Helene (2001) indica que os mecanismos mais importantes de deterioração da estrutura de concreto são:
a) Mecanismos de deterioração relativos ao concreto: lixiviação (águas puras e ácidas), expansão por sulfatos ou magnésio, expansão por reação álcali-agregado, reações superficiais deletérias. 
b) Mecanismos de deterioração relativos à armadura: corrosão devida à carbonatação e corrosão por elevado teor de íon cloro (cloreto). ,
c) Mecanismos de deterioração da estrutura propriamente dita: ações mecânicas, movimentações de origem térmica, impactos, ações cíclicas (fadiga), deformação lenta (fluência), relaxação, e outros 33 considerados em qualquer norma ou código regional, nacional ou internacional, mas que não fazem parte de uma análise de vida útil e durabilidade tradicional. 
Outro fator importante que deve ser considerado é o ambiente em que a estrutura está inserida. 
Causas Físicas
Como causas físicas agentes de deterioração das estruturas tem-se a variação da temperatura, insolação, vento e agua e tem atuação principalmente durante o período da cura no endurecimento do concreto, variando seus efeitos conforme a composição interna da estrutura de concreto armado.
Causas Biológicas
O ataque e consequente deterioração do concreto por microrganismos é um tipo de bio-deterioração. Esta deterioração ocorre pelo motivo de que os microrganismos, em especial bactérias e fungos, agem de maneira a dissolver os componentesdo cimento. A alta porosidade do concreto ou fissuras e trincas geradas por falhas permitem a entrada de raízes de plantas e até mesmo algas que se instalam e geram compostos nocivos ao concreto. 
• Os danos físicos e mecânicos se caracterizam por pressões causadas devido ao desenvolvimento dos microrganismos, que podem levar a estrutura à fissuração. Não há consumo do concreto.
 	• Os danos estéticos consistem na mudança de cor e tonalidade da estrutura, não alteram a composição química e a funcionalidade do concreto. • Danos químicos assimilatórios, ocorrem quando os microrganismos consomem componentes do concreto e liberam ácidos agressivos como o sulfureto de cálcio. 
• Danos químicos não assimilatórios, são os que ocorrem devido ao metabolismo dos microrganismos que liberam compostos para o ambiente, que por sua vez reagem com os componentes do concreto decompondo seus minerais.
Causas químicas
Existem diversas causas químicas de patologias em estruturas de concreto, que tem origem na própria composição do material, tais como; reação álcalis-agregado, presença de cloretos e elevação interna da temperatura do concreto. A seguir, as três causas citadas serão detalhadas. Segundo Souza e Ripper (1998), para que ocorra uma boa aderência entre o cimento e os agregados, desenvolvem-se combinações químicas entre os mesmos e os componentes hidratados do cimento. 
Estas combinações são benéficas, pois contribuem para o aumento da resistência mecânica e homogeneidade do concreto, mas em contrapartida em alguns casos, podem ocorrer reações químicas expansivas, que acabam por anular a coesão do concreto. A reação álcalis-agregado se dá entre a sílica reativa de alguns minerais utilizados como agregado e o Sódio e Potássio presentes no cimento, sendo necessária também a presença de umidade. 
Propriedades das argamassas de revestimentos
Trabalhabilidade
É a combinação das características das argamassas relacionadas com a coesão, consistência, plasticidade, viscosidade, adesividade e massa específica. Segundo Carasek (2007), trabalhabilidade é a propriedade das argamassas no estado fresco que determina a facilidade com que elas podem ser misturadas, transportadas, aplicadas, consolidadas e acabadas em uma condição homogênea. 
A trabalhabilidade é uma propriedade complexa, resultante da conjunção de diversas outras propriedades, tais como: consistência, plasticidade, retenção de água, coesão, exsudação, densidade de massa e adesão inicial. 
 
Aderência inicial 
É a capacidade que a argamassa apresenta para ancorar na superfície da base através da penetração da pasta nos poros, reentrâncias e saliências seguidos do endurecimento gradativo da pasta. Segundo Carasek (2007), a adesão inicial, também denominada de “pegajosidade” é a capacidade de união inicial da argamassa no estado fresco a uma base. Ela está diretamente relacionada com as características reológicas da pasta aglomerante, especificamente a sua tensão superficial. 
A redução da tensão superficial da pasta favorece a “molhagem” do substrato, reduzindo o ângulo de contato entre as superfícies e implementação da adesão. Esse fenômeno propicia um maior contato físico da pasta com os grãos de agregado e também com sua base, melhorando, assim, a adesão. 
Retenção de água 
Segundo Maciel, Barros e Sabbatini (1998), retenção de água é a capacidade que a argamassa apresenta de reter a água de amassamento contra a sucção da base ou contra a evaporação. A retenção permite que as reações de endurecimento da argamassa se tornem mais gradativa, promovendo a adequada hidratação do cimento e consequente ganho de resistência. A determinação da retenção de água pode ser avaliada pelo método da norma NBR 13277 (ABNT, 2005) – Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos – Determinação da retenção de água.
Retração 
A retração ocorre devido à perda rápida e acentuada da água de amassamento e pelas reações na hidratação dos aglomerantes, fatos que provocam as fissuras nos revestimentos. As argamassas ricas em cimento apresentam maiores disponibilidades para o aparecimento de fissuras durante a secagem. Segundo Fiorito (2003), o endurecimento da argamassa é acompanhado por uma diminuição do volume em função da perda de água evaporável ocasionada pelas reações de hidratação. 
Mesmos após a secagem notamos variações dimensionais em função do grau higrométrico do ambiente, tal fenômeno é conhecido como “retração”. Carasek (2007) afirma que a retração é resultado de um mecanismo complexo, associado com a variação de volume da pasta aglomerante e apresenta papel fundamental no desempenho das argamassas aplicadas, especialmente quanto à estanqueidade e à durabilidade. 
Durabilidade 
É a propriedade que a argamassa apresenta para resistir ao ataque de meios e agentes agressivos, mantendo suas características físicas e mecânicas inalteradas com o decorrer do tempo e de sua utilização. 
De acordo com Maciel, Barros e Sabbatini (1998), durabilidade é uma propriedade do período de uso do revestimento no estado endurecido e que reflete o desempenho do revestimento frente às ações do meio externo ao longo do tempo. Alguns fatores prejudicam a durabilidade dos revestimentos, tais como: fissuração, espessura excessiva, cultura e proliferação de microorganismos, qualidade das argamassas e a falta de manutenção.
Conclusão
O trabalho apresenta os resultados obtidos de um levantamento de dados e estudos bibliográficos sobre casos de patologias de estruturas de concreto armado. 
Os conceitos de patologia, desempenho, durabilidade, vida útil e agressividade do meio ambiente, são elementos básicos para a compreensão da importância de um projeto bem detalhado e coerente com o ambiente o qual a estrutura será instalada. 
O atendimento aos requisitos de qualidade e durabilidade das construções deve ser analisado em todas as etapas do processo construtivo e também nos trabalhos de reparo e reforço. Estes requisitos são indispensáveis para o desenvolvimento sustentado.
 A necessidade de melhoria nos processos de execução de estruturas, a obrigação de reduzir custos, o cumprimento de prazos pré-estabelecidos, garantir a qualidade e a durabilidade da edificação e acima de tudo a satisfação do usuário final é a meta que as empresas buscam em todas as suas áreas de atuação.

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