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Abordagem das Vias Aéreas e Ressuscitação Cardiopulmonar

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1 
ABORDAGEM DAS VIAS AÉREAS E 
REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR 
Profa: Marion Vecina A. Vecina 
 
Introdução 
 
• O tratamento da parada cardiorrespiratória 
(PCR) recebe diferentes denominações: 
ressuscitação cardiopulmonar (RCP), 
ressuscitação cardiorrespiratória (RCR), 
reanimação cardiorrespiratória, reanimação 
cardiopulmonar, reani-mação 
cardiorrespiratória cerebral; todas elas 
corretas. 
Epidemiologia 
• Cerca de 75% das paradas cardíacas ocorrem em casa, 
 
• De 1,5 milhão de pacientes com IAM, em torno de 500 mil 
morrem e 50% destas mortes são súbitas, dentro da 
primeira hora a partir do início dos sintomas.(EUA) 
 
• Fibrilação ventricular (FV) é o ritmo mais freqüente nas 
PCRs (85 % dos eventos extra-hospitalares) 
• A FV tem como principal forma de tratamento a 
desfibrilação. 
 
 
 
• A RCP não resolve a FV, mas prolonga o tempo em que 
a desfibrilação pode ser eficaz. 
 
 A RCP fornece o sangue oxigenado ao cérebro e 
coração para manter a vítima viva até que chegue o 
desfibrilador. 
 
• A sobrevivência posterior à parada cardíaca causada por 
FV diminui, aproximadamente, de 7% a 10% por cada 
minuto sem desfibrilação. 
 
 
 
 
2 
Reanimação cardiopulmonar ( RCP ) 
• RCP, é o conjunto de procedimentos 
realizados após uma parada 
cardiorrespiratória, destinados a manter a 
circulação de sangue oxigenado para o cérebro e 
outros órgãos vitais. 
 
• Pode ser executado por profissionais da área de saúde 
ou por leigos treinados, consistindo no reconhecimento 
de obstrução das vias aéreas, de parada respiratória e de 
parada cardíaca e na aplicação da RCP através da 
sequência ABCD 
ATUALIZAÇÃO 
A sequencia de atendimento ABC sofreu modificações 
importantes de acordo com as diretrizes (2015) e 
reconfirmação de 2010 da American Heart Association, 
International Liaison Committee on Resuscitation ou 
Aliança Internacional dos Comitês de Ressuscitação 
(ILCOR), onde a sequência ABC foi alterada para CAB. 
Atualização em reanimação 
cardiopulmonar 
• As novas diretrizes americanas de 2015 e RECONFIRMAÇÃO DE 2010 
enfatizam o trabalho em equipe do serviço de emergência e a necessidade 
primária de fazer com que o sangue circule no corpo da vítima, não gastando 
tempo inicial na desobstrução de vias aéreas e ventilação. 
 
• A reanimação sempre foi ensinada na sequência do ABCD da 
reanimação. O “ABC” coincide com a avaliação primaria, A de 
desobstruir vias aéreas, B de checar respiração e ventilação e C 
de checar circulação e compressão torácica. A letra D não 
coincide com a avaliação primária e significa desfibrilação. 
Atualização em reanimação 
cardiopulmonar 
• As novas diretrizes mudaram essas prioridades enfatizando o 
inicio da compressão torácica quase que imediato, antes mesmo 
da ventilação. 
 
• O socorrista não deve confundir a mudança da sequência de 
atendimento ABC para CAB da RCP como também uma mudança da 
avaliação primária. 
 
• A avaliação primária continua com a mesma sequência de 
prioridades (ABCDE), nunca se esquecendo da prioridade“zero” 
que é imobilizar a coluna cervical em vítimas de trauma. 
 
3 
PARADA RESPIRATÓRIA 
É a supressão súbita dos movimentos respiratórios, 
podendo ser acompanhado ou não de parada 
cardíaca; 
 
Diagnóstico: 
- Ausência de movimentos respiratórios; 
- Cianose (cor azul arroxeada dos lábios, unhas, não 
obrigatória); 
- Inconsciência. 
 
PARADA CARDÍACA 
• O Coração para de bombear o sangue para o organismo que, desta 
forma, deixa de transportar oxigênio para os tecidos; 
• Diagnóstico:- Ausência de pulso (radial, femural e carotídeo); -
 Pele fria, azulada ou pálida; - Parada respiratória (freqüente mas não 
obrigatória); - Inconsciência; 
 
• É a mais grave forma de choque cardiogênico e também o exemplo 
mais extremo de insuficiência no transporte de oxigênio. 
 
 
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA 
• Cessação súbita e inesperada da circulação e 
da respiração em um ser humano, cuja 
expectativa de morte não existe. 
• Em pacientes debilitados e com doença 
incurável, a parada dos batimentos cardíacos 
pode ser uma conseqüência natural da 
evolução da doença e representar a morte 
propriamente dita e não uma parada cardíaca. 
MODALIDADES DE PARADA 
CARDÍACA 
 
• ASSISTOLIA 
É a cessação de qualquer atividade elétrica ou 
mecânica dos ventrículos. 
 
 
 No eletrocardiograma (ECG) caracteriza-se pela 
ausência de qualquer atividade elétrica 
ventricular 
Arq Bras CardiolConsenso ressuscitação cardiorrespiratória 
378 
volume 66, (nº 6), 199 
4 
MODALIDADES DE PARADA 
CARDÍACA 
• FIBRILAÇÃO VENTRICULAR – 
 
É a contração incoordenadado do miocárdio em conseqüência da 
atividade caótica de diferentes grupos de fibras miocárdicas, 
resultando na ineficiência total do coração em manter um rendimento 
de volume sangüíneo adequado. 
 
 
 
 
No ECG, ocorre a ausência de complexos ventriculares 
individualizados que são substituídos por ondas irregulares em 
ziguezague, com amplitude e duração variáveis. 
Arq Bras CardiolConsenso ressuscitação 
cardiorrespiratória 
378volume 66, (nº 6), 199 
MODALIDADES DE PARADA 
CARDÍACA 
• TAQUICARDIA VENTRICULAR SEM PULSO – 
 
É a sucessão rápida de batimentos ectópicos ventriculares que podem 
levar à acentuada deterioração hemodinâmica, chegando mesma 
ausência de pulso arterial palpável, quando, então, é considerada 
uma modalidade de parada cardíaca, devendo se tratada com o 
mesmo vigor da FV. 
 
 
 
 
O ECG caracteriza-se pela repetição de complexos QRS alargados 
não precedido de ondas P. Podem ocorrer capturas isoladas de 
alguns complexos QRS. Em geral os ciclos ventriculares tem 
sucessão a intervalos irregulares. 
Arq Bras CardiolConsenso ressuscitação cardiorrespiratória 
378 
volume 66, (nº 6), 199 
CADEIAS DE SOBREVIVÊNCIA Suporte básico da vida - SBV 
• Abordagem da vítima 
• Chamada do serviço médico de urgência 
• C- Circulation ( circulação ) 
• A- Air way ( via aérea ) 
• B- Breathing ( respiração ) 
• D- Desfibrilation ( desfibrilação ) 
5 
C- Circulation ( circulação) 
• Recomendações: 
• Sentir pulso central 
1. Olhar ouvir sentir a 
respiração da vítima; 
2. Observar a 
movimentação 
voluntária 
3. Se a vítima não 
respira, não tosse, 
não se movimenta 
INICIA-SE A 
MASSAGEM 
CARDÍACA 
EXTERNA 
 
A atenção do socorrista deve se concentrar: ver even- 
tuais movimentos respiratórios do tórax; ouvir ruídos res- 
piratórios; sentir o fluxo do ar exalado sobre a sua face. 
A – Air way ( via aérea ) 
• Observação do 
padrão respiratório 
da vítima 
• Abertura da via 
aérea ( extensão 
cervical e remoção 
de conteúdos da 
cavidade oral ) 
B- Breathing ( respiração ) 
• Ver e ouvir inspiração e 
expiração; 
• Após a avaliação ( não 
respira ou a respiração 
é inadequada) ventilar a 
vítima adequadamente ( 
boca a boca; boca nariz; 
boca TQT;boca 
máscara). 
D- Desfibrilation ( desfibrilação ) 
 
É o uso terapêutico do choque de corrente 
elétrica contínua, com grande amplitude e curta 
duração aplicada no tórax ou diretamente sobre 
o miocárdio 
É o único tratamento eficaz da fibrilação 
ventricular 
Durante uma atividade elétrica irregular, a 
desfibrilação despolariza todas as células 
cardíacas, permitindo o reinício do ciclo 
cardíaco normal, de forma organizada em 
todo o miocárdio. 
6 
 
D- Desfibrilation ( desfibrilação ) 
 
 
• Recomendações: 
 
 1. Ligar o desfibrilador 
 2. Posicionar as pás 
 
 3. Quando o desfibrilador 
estiver totalmentecarregado diga à equipe; 
UM eu estou afastado; 
DOIS vocês estão 
afastados; TRÊS todos 
estão afastados 
 
 4. Liberar o choque 
 5. Níveis de energia utilizados – 
200, 300 e 360 J 
 
 
ÊNFASE NAS COMPRESSÕES 
TORÁCICAS 
• SOCORRISTAS leigos sem treinamento devem 
fornecer RCP somente com as mãos, para adultos 
vítimas de PCR. O socorrista deve continuar a RCP até a 
chegada de um DEA ou socorristas com treinamento 
adicional 
FREQUÊNCIA DAS 
COMPRESSÕES TORÁCICAS 
• Em vítimas adultas de PCR, o correto é que os 
socorristas apliquem compressões torácicas a uma 
frequência de 100 a 120 /min 
PROFUNDIDADE DAS 
COMPRESSÕES 
• Durante a RCP manual , os socorristas devem aplicar 
compressões torácicas até uma profundidade de 
pelo menos 2 polegadas ( 5 cm) para um adulto, 
evitando excesso de profundidade. 
• Em Bebês ( menos de 1 ano de idade) pelo 
menos 1/3 do diâmetro ântero posterior do tórax- 
cerca de 11/2 polegada ( 4 centímetros) 
7 
RETORNO DO TÓRAX 
• Os socorristas devem evitar apoiar-se sobre o tórax 
entre as compressões para permitir o retorno total do 
tórax em adultos com PCR 
O que fazer e o que não fazer no 
SBV 
8 
 
 
SITUAÇÕES ESPECIAIS DE RCR 
 • Obstrução das vias aéreas por corpo estranho –Pode ser completa ou 
incompleta. Nas incompletas a ventilação e as trocas gasosas podem ser 
suficientes ou insuficientes. Na presença de troca gasosa suficiente, a vítima 
tosse vigorosamente, o que deve ser encorajado. 
• O socorrista não deve tentar a expulsão do corpo estranho com manobras, 
como o golpeamento da região posterior do tórax. 
• Na vítima de obstrução completa, ainda consciente,utiliza-se a manobra de 
Heimlich. 
• O socorrista posiciona-se atrás da vítima envolvendo-a com os 
braços,fechando uma das mãos que é colocada com o lado do polegar 
contra o abdômen da vítima na linha média entre o apêndice xifóide e a 
cicatriz umbilical. O punho fechado deve ser agarrado pela outra mão, em 
seguida aplica-se um golpe rápido para dentro e para cima. 
COMENTÁRIOS FINAIS 
(passado) 
O golpe do precórdio difere da 
compressão torácica,pois 
tem a finalidade de tentar 
cessar a taquicardia ou a FV 
ou, ainda, reiniciar a 
atividade elétrica cardíaca na 
assistolia . 
 Aplica-se um único e vigoroso 
golpe na região médio 
esternal com os punhos 
cerrados de uma altura de 20 
a30cm . 
 
 
ABANDONO DAS MANOBRAS DE 
RESSUSCITAÇÃO 
 • Situações que se autorizam a interrupção das manobras de ressuscitação: 
 
Partindo-se do princípio de que as manobras de RCR estão sendo 
realizadas, de maneira adequada, autoriza-se a interrupção dessas 
manobras na situação em que há ausência de restabelecimento 
cardiocirculatório, usualmente,após 30min de RCR. 
 Embora seja recomendação geral, devem ser considerados outros 
fatores e ou situações para esta decisão, preditivos de sucesso na 
RCR, quanto à interrupção das manobras de RCR, ou seja: 
antecedentes e história prévia, causa da parada, mecanismo da 
parada, local de ocorrência; presença de testemunha;tempo dos 
sintomas; tempo de chegada do socorro especizalizado; tempo de 
ressuscitação pré-hospitalar. 
Consenso ressuscitação cardiorrespiratória 
9 
SITUAÇÕES EM QUE NÃO HÁ 
INDICAÇÃO PARA 
INÍCIO DE MANOBRAS DE RCR 
a) Nas condições de doenças irreversíveis, quando bem estabelecida 
a doença do indivíduo e o médico assistente encontra-se apto a 
afirmar ser uma doença terminal. 
b) Nestas condições aconselha-se que seja discutida com os 
familiares e, eventualmente, até com o paciente, a obtenção e a 
ordem expressa de não ressuscitar. 
c) Obtida a ordem por expresso, o eventual socorrista, seja no 
ambiente hospitalar ou não, estará autorizado a não proceder a 
uma ressuscitação ou, até mesmo, interrompê-la. 
 Na condição em que existam evidentes sinais de deteriorização dos 
órgãos, caracterizando morte biológica. 
Consenso ressuscitação cardiorrespiratória 
 
RECOMENDAÇÕES FINAIS 
 
• a) O indivíduo que realiza o salvamento nunca deve colocar a sua vida em risco para 
salvar uma vítima. 
• b) Para o atendimento das vítimas de PCR é importante tomar-se as precauções 
adequadas contra as doenças contagiosas, além da proteção contra quaisquer riscos para 
o socorrista. 
• c) O Consenso de Ressuscitação Cardiorrespiratória considera, como membros 
habilitados, profissionais de saúde que tenham realizado cursos de RCR em centros de 
referência. 
• d) A Sociedade Brasileira de Cardiologia, SOBRATI , FUNCOR,através da Comissão de 
Ressuscitação Cardiorrespiratória,oferecem condições para o desenvolvimento de cursos 
teórico-práticos para qualquer região do Brasil, provendo mecanismos de qualificação e 
reciclagem a todos os interessados. 
• e) A Sociedade Brasileira de Cardiologia junto às sociedades médicas afins, deverá 
viabilizar e desenvolver cursos por ela credenciados e recomenda que os mesmos sejam 
freqüentados por médicos que atuem na área de emergência e de medicina intensiva. 
• f) A comissão de Ressuscitação Cardiorrespiratória da Sociedade Brasileira de Cardiologia 
será responsável pelo credenciamento e revalidação do certificado de habilitação em 
Ressuscitação Cardiorrespiratória desses profissionais.As solicitações deverão ser 
encaminhadas à sede do FUNCOR, SOBRATI ou a seus representantes regionais. 
Consenso ressuscitação cardiorrespiratória 
Referências 
• Atualização das Diretrizes de RCP da American Heart 
Association 2015 
• Rev Bras Clin Med. São Paulo, 2012 mai-jun;10(3):194-
200 
• Hazinski MF, Nolan JP, Billi JE, et al. Part 1: Executive 
summary: 2010 International Consensus on 
Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency 
Cardiovascular Care Science with Treatment 
Recommendations. Circulation 2010;122(16 Suppl 
2):S250-75.

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