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Reanimação cardiopulmonar (RPC) em adultos e crianças

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Gabrielle Nogueira – Med 3° Período UniFG 
 
 
 
 
 
 
 
 
A parada cardiorrespiratória (PCR) 
permanece como uma das emergências 
cardiovasculares de grande prevalência e 
com morbidade e mortalidade elevadas. 
O reconhecimento precoce das causas 
desencadeantes, orientando a intervenção 
para cada cenário clínico, com ênfase nos 
cuidados após o retorno à circulação 
espontânea, trouxe melhoras nos resultados, 
contribuído ao prognóstico dos pacientes. 
- O principal ritmo de PCR em ambiente extra-
hospitalar é a Fibrilação ventricular (FV) e a 
Taquicardia Ventricular (TV) – 80% dos eventos 
e com bom índice de sucesso. 
Na fibrilação ventricular, não há 
despolarização organizada dos ventrículos, o 
músculo ventricular tremula. 
- Quando a desfibrilação é realizada 
precocemente, em até 3 a 5 minutos do início 
da PCR, a taxa de sobrevida é em torno de 
50% a 70%. 
- Em ambiente intra-hospitalar, o ritmo de PCR 
mais frequente é Atividade Elétrica Sem Pulso 
(AESP) ou assistolia, com pior prognóstico e 
baixas taxas de sobrevida, inferiores a 17%. 
Na AESP existe atividade elétrica no monitor 
cardíaco, mas o paciente não reage, não 
respira e não se consegue sentir pulso 
carotídeo. 
O protocolo no atendimento de uma PCR 
segue uma sequência lógica e 
fundamentada de condutas que melhoram a 
taxa de reversibilidade do processo inicial. 
O algoritmo é formado pela cadeia de elos 
de sobrevivência diferenciadas no contexto 
de uma PCR intra-hospitalar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pontos essenciais no sucesso do atendimento 
da parada cardiorrespiratória 
- Reconhecimento de PCR: O sucesso 
depende do atendimento imediato e pronto 
reconhecimento, ressaltando o novo conceito 
de PCR como ausência de pulso carotídeo ou 
presença de gasping. 
Obs.: Gasping é um padrão respiratório 
caracterizado por movimentos respiratórios 
assincrônicos não efetivos, caracterizado por 
altas amplitudes de curta duração com 
períodos de apneias subsequente. Última 
medida do corpo para se salvar. 
- Treinamento e implementação: A 
capacitação e o exercício do algoritmo de 
RCP é fundamental para o êxito do retorno 
da circulação espontânea. Recomendado 
retreinamentos períodos de 1 a 2 anos. 
- Ênfase na RCP: compressões cardíacas são o 
destaque com frequência cardíaca entre 100 
a 120 compressões por minuto. 
Reanimação 
Cardiopulmonar 
 Gabrielle Nogueira – Med 3° Período UniFG 
 
- Cumprimento dos elos da cadeia de 
sobrevivência: ressaltando as diferenças entre 
o PCR intra-hospitalar e extra-hospitalar com 
foco na prevenção e na vigilância nos 
cuidados intra-hospitalares e pós-PCR nos dois 
âmbitos. 
- Cuidados pós-PCR: ênfase na avaliação 
neurológica, cumprimento das metas 
hemodinâmicas e controle térmico, com 
menor variação de temperatura e prevenção 
de febre. 
A ressuscitação cardiopulmonar é o conjunto 
de manobras realizadas para restabelecer a 
ventilação pulmonar e a circulação 
sanguínea, tais como, respiração artificial e 
massagem cardíaca externa. 
É importante ressaltar que a morte clínica não 
é seguida instantaneamente da morte 
biológica, pois no momento em que um 
paciente apresenta sinais de morte clínica 
(inconsciência sem resposta a qualquer 
estímulo e ausência de movimentos 
respiratórios e de pulso), há ainda uma 
viabilidade de biológica dos órgãos internos. 
Dessa forma, se for possível manter a oferta 
de oxigênio aos tecidos e recuperar a 
respiração e a circulação espontâneas, antes 
da morte biológica dos tecidos, a 
reanimação é conseguida com sucesso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Parada Respiratória 
A parada respiratória evolui em alguns 
minutos para uma parada cardiopulmonar e 
apesar de ser a menor causa de paradas, 
possui resultados positivos quando aplicado 
RCP logo no início da parada, principalmente 
em obstrução de vias aéreas ou afogamento. 
São causas de parada respiratória por ordem 
de incidência. 
# Doença pulmonar, Trauma, Obstrução de 
vias aéreas por inconsciência, obstrução das 
vias áreas por corpo estranho (OVACE), 
acidente cardiovascular, overdose por 
drogas, afogamento, inalação de fumaça, 
epiglotite e laringite, choque elétrico. 
- Parada Cardíaca 
Doenças cardíacas são a principal causa de 
morte em todo o mundo e em cerca de 60% 
destas mortes ocorre uma Parada Cardíaca 
Súbita (PCS) 80% das paradas 
cardiopulmonares - principal causa o Infarto 
Agudo no Miocárdio (IAM) - 
# Outras causas de parada cardíaca são: 
Trauma direto no coração e uso de drogas. 
Sinais de Parada Pulmonar 
- Inconsciência em resposta a estímulo. 
- Ausência de movimentos respiratórios 
- Ausência de Pulso 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Gabrielle Nogueira – Med 3° Período UniFG 
 
 
Corrente da sobrevivência para adultos 
Diminuir as mortes por parada 
cardiopulmonar – a American Heart 
Association (AHA) criou um fluxograma 
simples baseado em uma corrente com 4 
elos. 
1 – Reconhecimento imediato da 
emergência e acionamento do sistema 
médico de Emergência: ligue 192 ou 193. 
2 – Aplicação de RCP (ressuscitação 
cardiopulmonar) desde logo. 
3 – Aplicação imediata de choque com 
desfibrilador assim que disponível. 
4 – Suporte avançado de vida seguido de 
tratamento pós-ressuscitação. 
Procedimentos para Ressuscitação 
Cardiopulmonar. 
A ressuscitação cardiopulmonar é o conjunto 
de manobras realizadas para restabelecer a 
ventilação pulmonar e a circulação 
sanguínea, tais como, respiração artificial e 
massagem cardíaca externa. 
Ela requer uma sequência de procedimento 
parecido com o ABCD da avaliação inicial, 
com a diferença que o D do RCP se refere a 
desfibrilação. 
A – Vias Aéreas: manter as vias aéreas 
permeáveis para a passagem do ar; 
B – Respiração: ventilar os pulmões da vítima 
para garantir um mínimo de troca de ar; 
C – Circulação: comprimir o tórax de forma a 
realizar uma pressão intratorácica que faça o 
coração bombear sangue para os órgãos 
vitais; 
D – Desfibrilação: aplicação de um choque 
no coração para normalizar os batimentos 
cardíacos que entram em movimentos 
descompassados como a fibrilação 
ventricular e a taquicardia ventricular. 
 
 
 
De acordo com as Diretrizes da American 
Heart Association (2010), para Reanimação 
Cardiopulmonar (RCP) e Atendimento 
Cardiovascular de Emergência (ACE) 
recomenda-se a alteração da sequência de 
procedimentos A-B-C (via aérea, respiração, 
compressões torácicas) para C-A-B 
(compressões torácicas, via aérea, 
respiração) em adultos, crianças e bebês 
(excluindo-se os recém-nascidos). 
Essa mudança vem do fato de que a maior 
parte dos pacientes que sofrem PCR 
inicialmente apresentou Fibrilação Venticular 
– FV ou Taquicardia Ventricular – TV sem 
pulso. Diante disto as medidas imediatas são 
compressões e desfibrilação precoce. Sendo 
assim a sequência utilizada anteriormente 
retardaria o início da massagem cardíaca. 
Suporte Básico de Vida no adulto 
Programas de RCP e com uso de Desfibrilador 
Externo Automático (DEA) precoce, realizados 
por leigos, têm proporcionado taxas de 
sobrevivência muito otimistas, alcançando 
até 85%. 
Os aspectos fundamentais do Suporte Básico 
de Vida (SBV) no adulto incluem: 
- Reconhecimento imediato da PCR 
- Contato com o sistema de emergência 
- Início da RCP de alta qualidade 
- Uso do DEA, assim que disponível 
• Compressões torácicas 
Aspectos principais a serem observados nas 
compressões são: FREQUÊNCIA, 
PROFUNDIDADE, RETORNO DO TÓRAX A CADA 
COMPRESSÃO E INTERRUPÇÃO MÍNIMA. 
Para oxigenação adequada dos tecidos, é 
essencial minimizar as interrupções das 
compressões torácicas e maximizar a 
quantidade de tempo em que as 
compressões geram fluxo de sangue. 
 
 
 Gabrielle Nogueira – Med 3° Período UniFG 
 
 
Para realizar as compressões toráxicas: 
1 - Posicione-seao lado da vítima e 
mantenha seus joelhos com certa distância 
um do outro, para que tenha melhor 
estabilidade. 
2 – Afaste ou corte a roupa da vítima (se uma 
tesoura estiver disponível), para deixar o tórax 
desnudo. 
3 – Coloque a região hipotenar de uma mão 
sobre a metade inferior do esterno da vítima e 
a outra mão sobre a primeira, entrelaçando-
a. (2 dedos acima do processo xifóide - 
cartilagem que forma a extremidade inferior 
do esterno). 
4 – Estender os braços e manter cerca de 90° 
acima da vítima. 
5 – Comprima na frequência de 100 a 120 
compressões/minuto 
6 – Comprima com profundidade de, no 
mínimo, 5 cm (evitando compressões com 
profundidade maior que 6 cm). 2 polegada 
até 2,4 polegada 
7 – Permitir o retorno completo do tórax após 
cada compressão, evitando se apoiar no 
tórax da vítima. 
8 – Minimize interrupções das compressões, 
pause no máximo 10 segundos para 2x 
Ventilações. 
9 – Reveze com outro socorrista a cada 2 
minutos para evitar cansaço e compressão 
de má qualidade. 
As manobras de RCP devem ser ininterruptas, 
exceto quando: a vítima se movimentar, 
durante a fase de análise do ritmo cardíaco 
pelo desfibrilador, durante o posicionamento 
de via aérea avançada e quando ocorrer 
exaustão do socorrista. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Ventilações 
As ventilações são aplicadas após 30 
compressões torácicas durante a RCP, 
seguindo a sequência C-A-B. 
A prioridade para as compressões torácicas 
se deve ao fato da necessidade em gerar 
fluxo de sangue e também evitar os atrasos 
práticos inerentes às tentativas de 
ventilações. 
Além disso, se a vítima possui uma via área 
patente, ocorre a chamada ventilação 
passiva durante as compressões torácicas. 
1 – Abertura das vias aéreas 
Independente da técnica utilizada para 
aplicar ventilações, é necessário abertura de 
via aérea, que pode ser por duas técnicas: 
Manobra da inclinação da cabeça e 
elevação do queixo e, se houver suspeita de 
Trauma, Manobra de elevação do ângulo da 
mandíbula. 
# Manobra de elevação do ângulo da 
mandíbula: 
1.1 - Desliza suas mãos para cada lado da 
cabeça e apoie as pontas dos dedos. 
1.2 – Coloque os polegares sobre a parte 
anterior da mandíbula e tracione 
deslocando o mento para a frente sem 
movimentar a cabeça. 
1.3 Em caso dos lábios se fecharem, afastar 
os dedos. 
 
 
30 COMPRESSÕES 
X 
2 VENTILAÇÕES 
 Gabrielle Nogueira – Med 3° Período UniFG 
 
 
# Manobra de inclinação da cabeça e 
elevação do mento 
1.1 Com uma das mãos apoie na testa da 
vítima e exerça uma pequena tração 
para trás, fazendo uma pequena 
extensão do pescoço. 
1.2 Ao mesmo tempo que você apoia a mão 
na testa com a outra faça uma pinça 
com os dedos elevando o queixo e o 
abrindo. 
1.3 Caso o ar não passe tente estender um 
pouco mais o pescoço e procure por 
OVACE a cada procedimento. 
 
 
 
 
 
 
 
Obseravações: Hiperventilação é 
contraindicada, pois pode aumentar a 
pressão intra-torácica, diminuindo a pré-
carga e o Débito Cardíaco. 
Evidências mostravam que a realização de 
ventilação boca a boca são mínimas, mas é 
indicado que o socorrista utilize mecanismos 
de barreira – Máscara de Bolso (pocket mask) 
ou Bolsa-Válvula-Máscara (BVM). 
Ventilação Boca-a-boca 
1 – Pince o nariz da vítima usando o polegar e 
o dedo indicador da mão que está na testa 
da vítima. 
2 - Respire normalmente e coloque seus lábios 
na boca da vítima, vedando por completo e 
impedindo vazamento de ar. 
3 - Ventile 2 vezes (cerca de 1 segundo para 
cada ventilação) a cada 30 compressões 
torácicas. 
4 – A ventilação deve provocar elevação 
visível do tórax. 
5 – Manter as vias aéreas abertas para 
expiração. 
6 – Observar o tórax subindo e descendo, 
ouvir e sentir o fluxo de ar. 
7 – Manter as vias aéreas abertas para a 
expiração. 
8 – Não demorar mais de 10 segundos na 
aplicação das ventilações 
9 – Se a ventilação não evitar o tórax após 
algumas tentativas, inicie a compressão 
torácica. 
10 – Havendo pulso, efetue de 10 a 12 
ventilações por minuto sem compressões 
torácicas 
11 – Evite a hiperventilação, pois isto pode 
causar uma distensão gástrica reduzindo 
débito cardíaco. 
 
 
 
 
 
 
Ventilação bolsa-válvula-máscara 
Máscara que garante a vedação da boca e 
nariz, uma válvula impede a reinalação e 
uma bolsa com um volume aproximado de 
1.600 ml. 
Para ventilação, segure firmemente com uma 
das mãos a máscara e um dos ângulos da 
mandíbula da vítima, com a outra comprima 
lentamente a bolsa até verificar a elevação 
visível do tórax. 
 
 
 
 
 
 
 Gabrielle Nogueira – Med 3° Período UniFG 
 
Ventilação com Via Aérea Avançada 
Quando uma via aérea avançada (por 
exemplo, intubação endotraqueal, 
combitube, máscara laríngea) estiver 
instalada, o primeiro socorrista deve 
administrar compressões torácicas contínuas 
e o segundo socorrista deve aplicar uma 
ventilação a 6 cada segundos – cerca de 
ventilação por minuto. 
Não se devem pausar as compressões para 
aplicar as ventilações, em caso de via aérea 
avançada instalada. 
 
Ventilação em vítima em Parada respiratória 
Vítima que não respira ou respira de forma 
ineficaz (gasping), porém apresenta pulso 
palpável, encontra-se em parada respiratória. 
Nesses casos, realiza uma ventilação a cada 5 
a 6 segundos (aproximadamente 10 a 12 
ventilações por minuto) para vitima adultas. 
O pulso deve ser chegado a cada 2 minutos, 
com finalidade de verificar se a parada 
respiratória progrediu para uma PCR, 
necessitando de RCP. 
• Desfibrilação 
A desfibrilação precoce é o tratamento para 
vítima em FIBRILAÇÃO VENTRICULAR (FV) E 
TAQUICARDIA VENTRICULAR (TV) sem pulso de 
curta duração, apresentam colapso súbito 
em ambiente extra-hospitalar. 
A desfibrilação pode ser realizada com um 
equipamento manual ou o DEA. 
Observação: 
A taquicardia ventricular é um ritmo cardíaco 
rápido que ocorre em um dos ventrículos do 
coração e à medida que o coração bate 
mais rápido, ele bombeia menos sangue, não 
havendo tempo suficiente para ele encher 
com sangue entre os batimentos. 
Já a fibrilação ventricular se origina em 
muitos locais diferentes nos ventrículos, o 
coração bate muito mais rápido que o 
normal, as câmeras inferiores tremem ao 
invés de se contraírem e, pouquíssimo 
sangue, ou nenhum sangue é bombeado do 
coração pro restante do corpo. 
O tempo ideal para aplicação do primeiro 
choque compreende os primeiros 3 a 5 
minutos da PCR. 
- O DEA é um equipamento portátil, capaz de 
interpretar o ritmo cardíaco, selecionar o nível 
de energia e carregar automaticamente, 
cabendo ao operador apenas pressionar o 
botão de choque, quando indicado. 
Recomenda-se que a RCP seja fornecida 
enquanto as pás do DEA são aplicadas e até 
que o DEA esteja pronto para analisar o ritmo. 
Assim que o DEA estiver disponível, o 
socorrista, se estiver sozinho, deve parar a 
RCP para conectar o aparelho à vítima. 
Porém, se houve mais de um socorrista, o 
segundo socorrista manuseia o DEA e, nesse 
caso, a RCP só é interrompida quando o DEA 
emitir um alerta verbal como: “analisando o 
ritmo cardíaco”, “não toque o paciente” e/ou 
“choque recomendado, carregando, afasta-
se do paciente”. 
 
 
 
 
 
 
Passos para utilização do DEA: 
1- Ligue o DEA, apertando o botão on-off. 
Colocar acima do paciente 
2- Conectar as pás (eletrodos) ao tórax 
desnudo da vítima, observando o 
desenho contido nas próprias pás do 
posicionamento correto. 
3- Encaixe o conector das pás (eletrodos) ao 
aparelho. 
Anterolateral: uma pá imediatamente abaixo 
da clavícula direita na linha hemiclavicular e 
coloque a pá ao lado do esquerdo, nas 
últimas costelas, na linha hemiaxilar (abaixo 
do mamilo esquerdo. 
 Gabrielle Nogueira – Med 3° Período UniFG 
 
4- Quando o DEA indicar “analisando o ritmo 
cardíaco,não toque no paciente”, 
solicitar para que todos se afastem 
efetivamente. 
5- Se o choque for indicado, o DEA emitirá a 
frase: “choque recomendado, afaste-se 
do paciente”. O socorrista deve solicitar 
para que todos se afastem. 
6- Pressionar o botão indicado pelo aparelho 
para aplicar o choque, o qual produz uma 
contração repentina dos músculos do 
paciente. 
7- A RCP deve ser reiniciada pelas 
compressões torácicas imediatamente 
após o choque. 
A cada 2 minutos, o DEA analisa o ritmo 
novamente e pode indicar novo choque, 
se necessário. 
8- Mesmo se a vítima retornar à consciência, 
o aparelho não deve ser desligado e as 
pás não devem ser removidas ou 
desconectadas até que o serviço médico 
de emergência assuma o caso. 
9- Se não houver suspeita de trauma, e a 
vítima já apresentar a respiração normal e 
pulso, o socorrista pode lateralizar a 
vítima, porém deve permanecer no local 
até que o serviço médico de emergência 
chegue. (melhor funcionamento do 
estômago, evitar vômito) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sequência do Suporte Básico do Adulto 
Mnemônico: C-A-B-D 
Compressões (30), Abertura das vias aéreas, 
Boa ventilação (2) e Desfibrilação. 
1 – Segurança do Local 
2 – Avaliar Responsividade da Vítima 
3 – Chamar ajuda 
Samu (192) 
4 – Cheque respiração e pulso 
Chegar o pulso carotídeo e a respiração 
simultaneamente observando se há elevação 
do tórax da vítima e se há pulso, em não mais 
que 10 segundos. 
Profissional de saúde acionar o código Azul. 
Se não estiver respirando somente, aplicar 
uma ventilação a cada 5 a 6 segundos, 
mantendo frequência de 10 a 12 ventilações 
por minuto. Cheque o pulso a cada 2 min. 
5 – Iniciar ciclos de 30 compressões e 2 
ventilações. 
Frequência de 100 a 120 por minuto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Gabrielle Nogueira – Med 3° Período UniFG 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Gabrielle Nogueira – Med 3° Período UniFG 
 
Reanimação Cardiopulmonar em crianças 
A corrente de sobrevivência de crianças é a 
mesma para jovens adultos (até 21 anos). 
Como as mortes nesta faixa etárias são mais 
comuns devido a trauma (acidentes de 
trânsito, afogamento, queimadura), a 
prevenção ganha maior importância. 
Uma parada nesse caso, só é revertida de 2 a 
5% dos casos e a sua maioria desenvolve 
alguma complicação neurológica. 
PRINCIPAL CAUSA: hipóxia – parada 
respiratória – parada cardiorrespiratória 
Os elos da Corrente da Sobrevivência para 
crianças são: 
1º – Prevenção nas causas de parada 
cardiorrespiratória; 
2º - Aplicação de 2 (dois) minutos ou 5 (cinco) 
ciclos de RCP desde logo; 
3º - Acionamento rápido do Sistema Médico 
de Emergência: ligue 192 ou 193; 
4º - Suporte Avançado de Vida em Pediatria 
seguido de tratamento pós-ressuscitação. 
Caso você tenha conhecimento de que a 
criança sofra de alguma doença cardíaca, 
o acionamento do SME é prioritário à 
aplicação de RCP. 
Suspeitar + avaliar 
1 – Segurança do local 
2 – Responsabilidade (crianças x lactentes) 
Crianças toca no ombro, lactente bate nos 
pezinhos. 
3– Pedido de ajuda (192/193) 
4- Respiração + pulso central (crianças x 
lactentes). <60bpm 
5 – Compressões cardíacas 
 Posicionamento correto 
 Força (1/3 da profundidade do tórax) 
 4 cm – lactentes 
 5 cm – crianças e adolescentes (máx 6 cm) 
 Velocidade: 100/120min (1,6/2 compressões 
a cada 1 segundo). 
 Sequência mesma 
 Técnica diferente 
6 – Compressão + ventilação sincronizada 
Criança: boca a boca 
Lactente: Boca/nariz/boca 
 
 Reanimação Cardiopulmonar em Bebês 
Em bebês, menos de 1 (um) ano de idade, as 
causas mais comuns de parada 
cardiorrespiratória são: síndrome da morte 
súbita em lactentes, doenças respiratórias, 
OVACE, afogamento e doenças 
neurológicas. 
A ressuscitação nestes casos é extremamente 
difícil e resultam muitas vezes em 
complicações neurológicas. 
- Na abertura das vias aéreas, deve ser 
colocada uma pequena toalha sobre os 
ombros da criança para manter as vias 
aéreas abertas devido a relação da cabeça 
da criança com tórax. 
- Na ventilação, é recomendado sem o uso 
de equipamentos, sendo a boca-boca e 
nariz. Observar que a quantidade de ar é 
menor, então fornecer só o suficiente para 
elevar o tórax do bebê. 
- Nas compressões toráxicas, apalpar o pulso 
braquial nos bebês, se estiver ausente, inicie o 
RCP. 
Se estiver sozinho, o socorrista pode executar 
o RCP sentado com o bebê em seu braço, 
apoiado em uma das pernas, porém a 
superfície rígida é mais apropriada 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Gabrielle Nogueira – Med 3° Período UniFG 
 
A aplicação da compressão é logo abaixo 
da linha mamilar. 
Comprima o tórax com 2 dedos sobre o 
esterno, ou se possível com -, abraçando o 
peito da vítima com as mãos. 
 
 
 
 
 
 
 
Reanimação cardiopulmonar em Neonatos 
Como o RCP em Neonatos somente é 
aplicável nas primeiras horas após o parto, 
dificilmente uma equipe de socorristas irá usá-
lo, mas como pode haver a ocorrência de 
um parto de emergência na ambulância, o 
socorrista deve saber aplicá-lo. 
- Abertura de vias aéreas com procedimento 
igual ao da criança, com diferença de que 
logo após o parto se faz necessária aspirar as 
vias aéreas por completo para retirar 
qualquer obstrução pelo líquido amniótico. 
- Mesma ventilação recomendada para 
criança, mas em neonatos deve ser aplicada 
apenas 1 ventilação antes de iniciar as 
compressões. 
- Compressões torácicas 
Apalpar o pulso braquial em neonatos, se 
tiver ausente iniciar o RCP. 
Aplicação da compressa realizada logo 
abaixo linha mamilar. 
Comprima o tórax com os dois polegares 
abraçando o peito da vítima com as mãos. 
Comprima 3 vezes o tórax para cada 1 
ventilação. 
Comprima a uma taxa de 90. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Reanimação cardiopulmonar em gestante 
As alterações fisiológicas da gravidez, 
somadas à tendência à hipóxia e a 
compressão aorto-cava pelo útero em 
pacientes na segunda metade da gestação 
tornam a ressuscitação mais difícil. 
O ÚTERO GRAVÍDICO PODE COMPRIMIR A 
VEIA CAVA INFERIOR, DIFICULTANDO O 
RETORNO VENOSO E REDUZINDO ASSIM O 
VOLUME SISTÓLICO E O DÉBITO CARDÍACO. 
A manobra mais adequada é o 
deslocamento uterino manual para esquerda 
que pode ser realizada com a técnica de 
duas mãos ou de uma mão, na última o 
assistente se posiciona a direita da paciente e 
empurra o útero para a esquerda.

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